Resumo Do Léo - Fisiologia Renal
Resumo Do Léo - Fisiologia Renal
Resumo Do Léo - Fisiologia Renal
Resumo
do Léo
T. 19.1
Resumo do Léo
Sumário
1 INTRODUÇÃO ......................................................................................................................................04
1.1 Classes de néfrons..............................................................................................................................04
2 FILTRAÇÃO GLOMERULAR................................................................................................................05
2.8 Autorregulação....................................................................................................................................10
3.24 Balanço glomerulotubular - Regulação do transporte de solutos e água pelo túbulo proximal......20
4 ALÇA DE HENLE...................................................................................................................................22
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Resumo do Léo
7 COMPARAÇÃO DA REABSORÇÃO DE SÓDIO AO LONGO DO NÉFRON.......................................25
8.1 Aldosterona.........................................................................................................................................26
8.3 Urodilatina...........................................................................................................................................28
8.8 Recirculação de ureia entre os ductos coletores medulares internos e as porções profundas da alça
de Henle....................................................................................................................................................32
9.4 ADH.....................................................................................................................................................37
9.7 Sede....................................................................................................................................................38
9.9 Três vias pelas quais a redução do volume efetivo circulante e a baixa pressão arterial aumentam a
liberação de ADH......................................................................................................................................39
9.11 Efeito da variação abrupta da ingestão de sódio sobre o peso corporal e a excreção renal de
sódio.........................................................................................................................................................39
10 DIURÉTICOS.......................................................................................................................................44
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Resumo do Léo
INTRODUÇÃO
CLASSES DE NÉFRONS
- Justamedulares (12 a 15% do total): são os
glomérulos próximos do limite córtex-medula e
com alça de Henle longas.
FUNÇÕES DO RIM
- Algumas delas serão revisadas com calma no
decorrer do estudo, mas basicamente são:
COMPOSIÇÃO DA URINA
- Só para dar uma noção geral da urina:
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Resumo do Léo
REGULAÇÃO DA FUNÇÃO RENAL
- O rim é regulado pelos sistemas endócrino e nervoso:
- Sinais neurais: fibras simpáticas que se originam no plexo celíaco; rim não possui inervação
parassimpática, nem motora.
- Sinais hormonais:
- Angiotensina II;
- Sinais parácrinos:
- Prostaglandinas;
- Endotelina;
- Urodilatina;
- Óxido nítrico;
- A quantidade de sangue que chega pela artéria é apenas 1% maior do que o que sai pela veia. Este
1% perdido corresponde à urina.
- A circulação renal é peculiar por apresentar, após um capilar (glomerular), uma nova arteríola
(eferente). Depois, há uma segunda rede de capilares (peritubulares e vasos retos). Só então vai às
vênulas e veias. Ou seja, são duas redes de capilares em série separados por uma arteríola eferente.
Isso implica que a primeira rede de capilares
(glomerulares) está localizada entre dois vasos
de resistência (arteríolas; alteram seu diâmetro).
FILTRAÇÃO GLOMERULAR
- Processo pelo qual um ultrafiltrado plasmático sai
dos capilares glomerulares e passam para túbulos
proximais.
ESTRUTURA DO GLOMÉRULO
- Capilar glomerular: proveniente da arteríola aferente e com destino à arteríola eferente. O endotélio
deste capilar é fenestrado (poros com tamanho aproximado de 700 Å).
- Cápsula de Bowman: composta por um lúmen (expansão do túbulo proximal) para o qual o filtrado
se dirige. Esta cápsula é composta de células epiteliais na parede parietal e na parede visceral (que
envolve os capilares). As células epiteliais da parede visceral se chamam podócitos.
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Resumo do Léo
COMPOSIÇÃO DA BARREIRA DA FILTRAÇÃO
Em função do tamanho
- Em função do tamanho (raio da molécula), a seletividade
de uma molécula é observada pela razão da concentração
desta molécula na cápsula de Bowman sobre a
concentração da mesma no plasma.
- Destrinchando a equação, percebemos que a PEUF depende de duas pressões: hidrostática (P) e
oncótica (π). Mais do que isso, depende da diferença destas pressões entre dois meios: interior de
um capilar (c) e interstício (i).
- Analisando estas duas pressões, percebemos que, enquanto a pressão hidrostática é como uma
força repulsiva - ou seja, no local de maior pressão hidrostática há tendência de expulsão de fluidos
deste local -, a pressão oncótica é como uma força atrativa, ou seja, no local de maior pressão
oncótica há tendência de atraimento de fluidos para este local. Vale ainda lembrar que a pressão
oncótica é realizada, principalmente, pela concentração de proteínas - por isso está fortemente
ligada ao sangue, uma vez que a quantidade de proteínas no interstício é muito menor que a do
sangue. É aquela situação vista em ensino médio: o fluido vai da menor para a maior concentração.
- A PEUF é importante porque indica se, em determinado capilar, há saída de fluidos ou entrada:
- PEUF zero: a diferença de pressão hidrostática é igual à diferença de pressão oncótica. Isso
significa que nenhuma pressão predomina sobre a outra e temos o equilíbrio de forças.
- Permeabilidade: quanto mais permeável, maior o fluxo de fluidos por uma barreira.
- Área/ superfície: quanto maior o diâmetro do capilar, maior a área e, portanto, maior o fluxo de
fluidos através da barreira. Células mesangiais são capazes de alterar o diâmetro dos capilares.
Flu xo = K f . PEUF
- Neste tópico, vamos entender como a força hidrostática e a força oncótica (chamadas forças de
Starling) atuam no capilar glomerular para que a filtração seja possível. Além disso, é crucial
entender o porquê da existência de uma segunda arteríola (a eferente) após uma rede de capilares
(os glomerulares) ser importante para o processo de filtração.
- Em qualquer capilar, a entrada e a saída de fluidos é controlada pelas forças de Starling e, como
vimos, pode ser determinada pelo cálculo da PEUF.
- Para entendermos o funcionamento dos capilares glomerulares, antes vamos entender como
funciona um capilar sistêmico qualquer do corpo, representado aqui por um CAPILAR MUSCULAR:
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Resumo do Léo
- Início do capilar: o sangue percorre exercendo maior pressão hidrostática nas paredes do
vaso (Pc = 32 mmHg), enquanto no interstício esta força é bem menos proeminente (Pi = 1
mmHg). Da mesma forma, a força oncótica no capilar (πc = 25 mmHg) é maior do que a do
interstício (πi = 2 mmHg). Entretanto, colocando-
se os valores na equação da PEUF, percebemos
que a diferença de pressão hidrostática é maior
do que a diferença de pressão oncótica e,
portanto, a PEUF fica positiva, resultando no
favorecimento da saída de fluidos do capilar para
o interstício (filtração).
- Final do capilar: pressão hidrostática no capilar pouco se reduz (PCG = 45 mmHg), enquanto
a pressão oncótica aumenta grandemente (πCG = 35 mmHg) devido à perda de fluidos. Na
cápsula os valores são mantidos. Com isso, obtém-se PEUF zero, ou seja, não há absorção
ou filtração, mostrando mais uma vez a adaptação do glomérulo à filtração.
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Resumo do Léo
AULA PRÁTICA DE FILTRAÇÃO GLOMERULAR
- Neste tópico, vamos analisar os efeitos na filtração glomerular por néfron (FPN) quando da alteração
dos seguintes fatores:
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Resumo do Léo
AUTORREGULAÇÃO
- De forma simples, a lógica da autorregulação é manter o fluxo sanguíneo renal (FSR) constante
mesmo com alterações na pressão arterial média entre 80 a 180 mmHg, realizando a
manutenção da filtração glomerular. Lembrando que ela só atua em situações fisiológicas.
Q = ΔP/R
Mecanismo miogênico
- Trata-se da propriedade intrínseca à musculatura lisa
vascular (VML), a qual possui a propriedade de se contrair
quando submetida a alguma distensão
Feedback tubuloglomerular
Mácula densa
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Resumo do Léo
- Seu funcionamento ocorre da seguinte forma:
- Analisando como a resistência das arteríolas aferente (Ra) Nota: CÉLULAS MESANGIAIS
e eferente (Re) afetam TFG e FSR, traçamos os gráficos:
São células mioepiteliais com
propriedades contráteis, localizadas
no polo vascular do glomérulo e nos
interstícios dos capilares
glomerulares. Quando se contraem
(sob ação de angiotensina, por
exemplo), contribuem para a redução
da área glomerular disponível para
filtração.
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Resumo do Léo
OUTROS FATORES QUE INFLUENCIAM O FSR E A IFG
- Para entendermos cada um deles, vamos tomar a tabela a seguir como base e comentar cada um
dos efeitos.
Vasoconstritores
- Para entender suas ações, vamos partir do princípio de que todos são liberados e atuam a partir de
um estímulo comum: diminuição do volume de líquido extracelular (VLEC).
1. Nervos simpáticos: atuam principalmente sobre a arteríola aferente, mas o tônus simpático é
mínimo em situações normais. Em condições especiais, como a diminuição do VLEC (como
desidratação), a redução da PAM, fortes emoções (como medo e dor), e a realização de
exercícios físicos, por exemplo, ocorre uma necessidade sistêmica do corpo em aumentar a
resistência vascular periférica e aumentar o débito cardíaco. Para isso, há uma descarga
simpática generalizada, a qual pode afetar a arteríola aferente, gerando contração da mesma, o
que reduz o FSR e reduz a IFG. Observação: perceba que este caso pode gerar confusão, pois
se trata de uma reduz de pressão arterial associada a um aumento da resistência da arteríola
aferente (contrariando o que vimos na autorregulação). Entretanto, tratam-se de situações
diferentes. Nesse caso, os nervos simpáticos atuam para atender a uma necessidade sistêmica,
e não para atender as necessidades renais.
2. Angiotensina II: produzida tanto nos rins quanto de forma sistêmica, contrai ambas as
arteríolas, promovendo redução do FSR e da IFG.
3. Endotelina: liberada pelo endotélio dos vasos renais, pelas células mesangiais e pelas células
do túbulo distal, promove vasoconstrição das arteríolas aferente e eferente, reduzindo o FSR e a
IFG.
Vasodilatadores
- Os vasodilatadores, por outro lado, possuem estímulos variados para a liberação dos mesmos. A
mais distinta é a prostaglandina, a qual possui como estímulo para sua liberação o mesmo estímulo
dos vasoconstritores, isto é, a diminuição do VLEC. Vejamos a seguir:
7. Peptídeos natriuréticos (PNA, PNE): esses sim são liberados quando há aumento do VLEC.
Tanto o peptídeo natriurético atrial como o encefálico (PNA e PNE) dilatam a arteríola aferente e
contraem a arteríola eferente. Isso promove aumento da IFG, com pouca alteração do FSR.
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Resumo do Léo
FISIOLOGIA DO TÚBULO
PROXIMAL
- Água;
- Eletrólitos;
TIPOS DE TRANSPORTE
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Resumo do Léo
PASSOS DO TRANSPORTE DE SOLUTOS E
ÁGUA DO TÚBULO AO CAPILAR
CONCENTRAÇÃO DE SOLUTOS EM
FUNÇÃO DO COMPRIMENTO DO TÚBULO
PROXIMAL
- No gráfico ao lado, temos, nas ordenadas,
a relação entre a concentração da
substância no fluido tubular (TF) pela
concentração da mesma substância no
plasma (P), ou seja, expressa o quanto da
substância ainda permanece no túbulo ou já
foi reabsorvido. Enquanto, nas abscissas,
temos o comprimento do túbulo proximal.
1. Grande quantidade de fluido é reabsorvida durante todo o túbulo proximal. Isso pode ser
concluído pela pequena alteração na razão FT/P do sódio, pois o sódio é reabsorvido
simultaneamente à água. Uma vez que concentração é uma relação massa/volume, a de sódio
permanece relativamente constante no decorrer do túbulo.
2. A inulina é uma substância não tóxica, extremamente pequena e que não interage com nenhum
epitélio, passando totalmente pelo túbulo sem sofrer reabsorção. Isso pode ser concluído pelo
aumento acentuado da relação FT/P desta substância, explicado pela reabsorção de fluidos.
3. A queda da razão para o HCO3- é reflexo do aumento da razão para o Cl-. Tal fato decorre da
maior reabsorção de bicarbonato na primeira metade do túbulo proximal, enquanto o cloro é
reabsorvido na segunda metade do túbulo. Dessa forma, o HCO3- tem queda brusca logo no
início do gráfico, enquanto a razão para o cloro aumenta até sofrer uma inflexão resultante da
sua reabsorção.
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Resumo do Léo
PRIMEIRA METADE DO TÚBULO PROXIMAL
TRANSPORTE DE SÓDIO
* Existem outros modos pelos quais o sódio é reabsorvido, mas serão vistos mais para frente em
tópicos específicos e analisados conjuntamente no final (pg. 25).
REABSORÇÃO DE HCO3-
4. A partir daí o processo se repete, CA convertendo CO2 e H2O em próton e HCO3-. Este
bicarbonato precisa ser reabsorvido ao interstício e depois ao capilar peritubular. Para isso, há
dois processos:
- Simporte: sódio e bicarbonato -> para cada sódio, três bicarbonatos são levados juntos.
SECREÇÃO DE PRÓTONS
- Os dois mecanismos já foram vistos: antiporte com sódio (80% do total secretado) e bomba
H+ATPase (20% do total secretado).
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Resumo do Léo
SEGUNDA METADE DO TÚBULO PROXIMAL
TRANSPORTE DE SÓDIO
- Nesta segunda metade, a reabsorção de
sódio ocorre de dois modos:
TRANSPORTE DE CLORETO
- A principal mudança da primeira para a
segunda metade do túbulo proximal é a
substituição de bicarbonato (HCO3-) por
cloreto (Cl-) como principal ânion
transportado.
- Como vimos anteriormente no gráfico de polaridade do túbulo (pg. 14), na primeira metade a
polaridade era negativa devido à reabsorção de sódio e à concentração crescente de íons cloreto.
Pois bem, é agora, na segunda metade, que há a troca de voltagem do lúmen para uma polaridade
positiva. Isso, como visto, ocorre por reabsorção de cloreto por duas formas:
- Antiporte: ânions e cloreto -> os ânions podem ser OH-, HCO2-, oxalato, etc.
- Difusão através das junções: a elevada concentração de cloreto no fluido tubular gera força
propulsora para a difusão deste íon do túbulo para o interstício.
- A passagem transcelular de cloreto para o interstício e depois para o sangue ocorre pelo
cotransporte com potássio.
SECREÇÃO DE PRÓTONS
- Após secretados, H+ e ânion se combinam no lúmen tubular para formar o complexo H+-ânion.
- O acúmulo deste complexo no lúmen acaba fornecendo gradiente para a reciclagem do mesmo
através da membrana. Assim, retornando à célula, próton e ânion podem se dissociar e promover a
recaptação de mais NaCl.
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Resumo do Léo
REABSORÇÃO DE ÁGUA E SOLUTOS
- Acontece, basicamente, por um gradiente de
osmolaridade - estabelecido pela reabsorção
de solutos, como sódio e glicose -, uma vez que
não há pressão hidrostática suficiente.
REABSORÇÃO DE GLICOSE
- Transportada exclusivamente por via transcelular.
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Resumo do Léo
- Observemos agora a concentração de 300 mg/dL de glicose plasmática. Como indicado, refere-se
ao limiar plasmático antes da excreção. Isso significa que, acima deste valor, a glicose passa a ser
excretada na urina (o gráfico aponta para 200 mg/mL, mas na prova é cobrado 300 mg/dL).
- Por último, vamos dar um foco à concentração em torno de 400 mg/mL de glicose plasmática, a
qual determina, aproximadamente, o ponto em que a excreção passa a aumentar linearmente e a
reabsorção atinge um platô. A este ponto, chamamos de máximo tubular (saturação). Quer dizer que
os transportadores de glicose das porções inicial e final do túbulo proximal (SLGT2 e SLGT1) estão
saturados (350mg/min glicose reabsorvida) e não podem responder a aumentos da glicose filtrada.
REABSORÇÃO DE PROTEÍNAS
- O processo se dá por
endocitose:
- Endossomo se liga ao
lisossomo para proteólise em
aminoácidos.
- Defeito na filtração de
proteínas por aumento da
permeabilidade da barreira de
filtração (diafragma)(pg. 6) e por perda de cargas negativas na barreira.
- Excesso de proteínas de baixo peso molecular no plasma. Exemplo: mieloma múltiplo, no qual
há um excesso na produção de proteínas de baixo peso molecular, as quais são filtradas no
néfron e superam a capacidade de reabsorção renal.
REABSORÇÃO DE OLIGOPEPTÍDEOS
- Ocorre de duas formas:
2. Clivagem em aminoácidos:
oligopeptídeos sofrem ação de
peptidases na membrana apical,
sendo clivados em aminoácidos
ainda no lúmen tubular. Os
aminoácidos então entram na
célula em cotransporte com
sódio e depois são transportados
ao sangue.
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Resumo do Léo
REABSORÇÃO DE AMINOÁCIDOS
- Aminoácidos são livremente filtrados
no glomérulo e são totalmente
reabsorvidos nos ramos tubulares,
ou seja, não deve haver aminoácidos
na urina.
1. Proteínas transportadoras:
específicas para cada
aminoácido, proteínas
transportadoras da membrana
apical levam estes elementos
do lúmen ao interior da célula.
SECREÇÃO DE ÂNIONS
- Já na membrana apical, a
secreção de PAH para o lúmen
tubular ocorre através da troca de
ânions luminais (A-) ou por meio
da difusão facilitada eletrogênica,
estimulada pelo potencial de
membrana interior negativo.
SECREÇÃO DE CÁTIONS
* Fração de filtração
aumentada: em frações de
filtração normais, as forças de
Starling promovem a
reabsorção de fluidos com
pequeno refluxo ao lúmen.
Com o aumento da fração
de filtração, há uma
diminuição da pressão
hidrostática no capilar
peritubular (devido à
remoção de fluidos dos
vasos) e também aumento
da pressão oncótica por
maior concentração de
proteínas (as quais, como
vimos, são filtradas em
baixíssimas quantidades),
estimulando ainda mais a
reabsorção de fluidos no
capilar peritubular.
ALTERAÇÕES NA REABSORÇÃO
DEVIDO A ALTERAÇÕES NO VEC
- Expansão do volume extracelular:
origina-se de fatores como retenção
de sódio, insuficiência vascular
periférica, etc. Qualquer que seja a
origem, o aumento do VEC gera
aumento de fluidos no capilar
peritubular, aumentando a pressão
hidrostática (Pc) e diminuindo a
pressão oncótica (πc). Com isso,
ocorre a diminuição da reabsorção
por determinação das forças de
Starling.
- Contração do volume
extracelular: dado, por exemplo,
por eliminação de sódio na urina, a
diminuição do VEC gera diminuição
de fluidos no capilar peritubular,
diminuindo Pc e aumentando a πc.
Assim, há a determinação de
aumento da reabsorção.
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Resumo do Léo
FIM DO TÚBULO PROXIMAL
ALÇA DE HENLE
- Conforme a imagem ao lado, a alça é
composta por três partes:
- Membrana basolateral:
- Antiporte HCO3-Cl-: com a entrada de cloreto a favor de seu gradiente para o interior da célula,
há a reabsorção de bicarbonato para o interstício (20% é reabsorvido aqui).
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Resumo do Léo
- Membrana apical:
- Furosemida: como veremos mais para frente (pg. 45), este diurético atua neste transportador.
- Canal de vazamento para potássio: permite secreção de parte do potássio que havia entrado
via cotransporte.
- DDP transepitelial: é a diferença de potencial medida entre o lúmen tubular e o interstício. Observa-
se, no ramo espesso ascendente, que o lúmen é positivo (10mV). Isso ocorre porque os dois
cotransportadores da membrana apical são eletricamente neutros, mas o canal de vazamento para
potássio torna o lúmen eletricamente positivo. Com isso, nas junções entre as células, há
permeabilidade a cátions (Na+, K+, Ca2+, Mg2+), promovendo reabsorção de sódio (observa-se que
metade da reabsorção de sódio é paracelular).
- Segmento diluidor: uma vez que o ramo ascendente espesso não reabsorve água e reabsorve
NaCl, tanto por via transcelular, quanto por via paracelular, a osmolaridade do fluido tubular reduz
significativamente, inclusive ficando hipo-osmótico em relação ao plasma.
- Membrana apical:
- Membrana basolateral:
- Reabsorção de sódio.
- Secreção de potássio.
- Secreção de prótons.
- Reabsorção de bicarbonato.
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Resumo do Léo
CÉLULAS PRINCIPAIS
- Membrana basolateral:
- Membrana apical:
- Via paracelular:
- Reabsorção de ânions, principalmente cloreto, devido DDP negativa no lúmen (dada pela
reabsorção de sódio).
* Adendo: em resumo, lúmen só é negativo no início do néfron (túbulo proximal) e no final (d. coletor).
CÉLULAS INTERCALARES
- Membrana apical:
- Membrana basolateral:
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Resumo do Léo
COMPARAÇÃO DA REABSORÇÃO DE SÓDIO AO LONGO DO NÉFRON
- Túbulo conector e ducto coletor: acontece através da célula majoritária: a célula principal. Nela,
há os canais para sódio.
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Resumo do Léo
REGULAÇÃO HORMONAL DOS MECANISMOS DE TRANSPORTE NOS
SEGMENTOS DISTAIS DO NÉFRON
ALDOSTERONA
- A partir da administração intravenosa de
aldosterona, podemos observar alguns
efeitos agudos na excreção urinária de alguns
eletrólitos.
- Difundindo-se pela
membrana celular,
aldosterona se liga a um
receptor mineralocorticóide
no citosol e migra para o
núcleo.
- No núcleo, atua na
estimulação de:
- Síntese e inserção de
novam bombas
Na+K+ATPase na
membrana basolateral.
- Síntese e inserção de
canais para sódio na
membrana apical.
- Dessa forma, há aumento da reabsorção de sódio, o que torna o lúmen mais negativo e estimula a
secreção de potássio.
- Além dos efeitos a nível nuclear, aldosterona também atua no aumento da cinética dos canais de
sódio, dos canais de potássio e da bomba Na+K+ATPase.
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Resumo do Léo
Efeito paradoxal da aldosterona
- Este tópico diz respeito à diferença na
secreção de potássio dependendo da
quantidade de aldosterona liberada pela
glândula suprarrenal. Para isso, dois
estímulos nos demonstram este paradoxo: a
diminuição do volume de líquido extracelular
(LEC) e a hipercalemia (aumento da
concentração de potássio no sangue).
Funcionamento:
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Resumo do Léo
URODILATINA
- Secretado pelo túbulo distal e ducto coletor, atua direta e unicamente na função renal.
- De forma semelhante ao ANP, é estimulada pelo aumento da pressão arterial e do volume de líquido
extracelular.
Funcionamento:
- Ligando-se a receptores V2 na
membrana basolateral das células
principais dos túbulos e ductos
coletores, o ADH (também conhecido
como AVP - arginina vasopressina)
promove a ativação da proteína G, estimulando a adenilil ciclase para gerar cAMP.
- AMPc, então, ativa a proteína quinase A, a qual fosforila diversas proteínas de estímulo à síntese de
aquaporinas do tipo 2 (AQP2) no núcleo.
- Estas aquaporinas são integradas a vesículas, as quais, também sob estímulo das proteínas
fosforiladas, são fundidas à membrana apical, aumentando o número de AQP2 e, portanto,
aumentando a reabsorção de água.
- Sua estrutura é formada por um tetrâmero, ou seja, quatro poros para a água.
- Cada tetrâmero é formado por seis proteínas transmembrana que formam um poro.
- Estão distribuídas por todo o néfron, com exceção das porções impermeáveis.
- A AQP2 é o único tipo modulada por hormônios, mais especificamente por ADH.
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Resumo do Léo
FORMAÇÃO DA URINA CONCENTRADA E DILUÍDA
- É sabido que os rins apresentam capacidade de excretar urina tanto hiposmótica, quanto
hiperosmótica em relação ao meio interno. A osmolaridade urinária humana varia de 50-70 mOsm a
1200 mOsm.
- Além disso, o volume excretado também é alterado de acordo com o meio interno.
- Para controlar a concentração da urina, os rins variam a quantidade de Na+ e água reabsorvidos no
néfron distal (túbulo distal e ducto coletor).
- Vale ressaltar que o interstício no néfron possui osmolaridade crescente do córtex para a medula.
- De forma resumida:
- Baixa concentração de ADH: excreção de alto volume urinário e baixa concentração de solutos.
- Alta concentração de ADH: excreção de baixo volume urinário e alta concentração de solutos.
- Vale ressaltar que o fluxo urinário nunca pode ser zero, pois existe uma gama de solutos de excreção
obrigatória. Este fluxo urinário mínimo depende de ureia, NaCl e KCl, mas não de glicose.
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Resumo do Léo
VARIAÇÃO DA PERMEABILIDADE AO LONGO DO NÉFRON
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Resumo do Léo
MECANISMO DE MULTIPLICAÇÃO
POR CONTRACORRENTE
2. Em seguida é ativado um mecanismo que remove sal do ramo ascendente (fica hipotônico) para
o interstício (fica hipertônico), criando um gradiente de osmolaridade entre o ramo ascendente e
o interstício e, também, entre o ramo ascendente e o ramo descendente.
3. Nesta etapa, ativa-se a permeabilidade à água no ramo descendente, transportando água deste
ramo ao interstício, aumentando a osmolaridade do ramo descendente. Isso gerou
hipertonicidade do ramo descendente e do interstício e gerou hipotonicidade do ramo
ascendente.
- Com isso, podemos entender o porquê de a água ser reabsorvida em todo o ducto coletor. A partir
da remoção de sal no ramo ascendente e no túbulo distal, obtemos um fluido extremamente diluído.
Ao atingir o ducto coletor, a osmolaridade intersticial é sempre maior do que a tubular, promovendo a
remoção de água.
CONCENTRAÇÃO DE SÓDIO,
CLORETO E UREIA NO INTERSTÍCIO
- O gráfico ao lado nos mostra a
concentração de sódio, cloreto e
ureia em cada porção do interstício
do néfron.
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Resumo do Léo
RECIRCULAÇÃO DE UREIA ENTRE OS DUCTOS COLETORES MEDULARES INTERNOS E AS
PORÇÕES PROFUNDAS DA ALÇA DE HENLE
- Como vimos, a hipertonicidade
medular é obtida pelo mecanismo
de multiplicação por contracorrente,
a partir do transporte de NaCl no
ramo ascendente.
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Resumo do Léo
COMO SE CONSERVA A HIPERTONICIDADE MEDULAR?
- A resposta a esta pergunta
está na disposição dos vasos
sanguíneos na medula em
forma de alça (vasos retos) e,
novamente, no sistema de
contracorrente.
- Na figura a, no entanto,
temos a situação real, em
que os vasos retos
apresentam forma de alça.
Nesse caso, ao fluir em
direção à medula hipertônica,
o sangue perde água para o
interstício e reabsorve solutos
do mesmo. Assim, ao atingir a forquilha, o sangue apresenta uma elevada concentração. Por outro
lado, ao ascender em direção ao córtex hipotônico, a situação inversa ocorre, ou seja, passa a
reabsorver água do interstício e a perder solutos para o mesmo.
- Além deste mecanismo, devemos lembrar que 90% da circulação renal passa no córtex e apenas
10% passa pela medula através dos vasos retos, o que também contribui para a manutenção da
hipertonicidade medular.
- Fluxo sanguíneo aumentado nos vasos retos: nesse caso, imagine que o sangue, ao passar pelo
ramo descendente dos vasos retos, tem menos tempo para entrar em equilíbrio com o interstício,
não absorvendo tanto sal do meio. Dessa forma, ao chegar ao ramo ascendente, o sangue estará
mais diluído do que deveria e, portanto, vai ter maior capacidade de absorver sais e menor
capacidade de absorver água. Logo, o interstício medular fica mais diluído do que deveria e a
capacidade de concentração da urina diminui, levando a aumento da diurese (porque reduz a
capacidade do ducto coletor de reabsorver água) e aumento da natriurese (porque o fluido tubular
fica muito diluído, reduzindo a capacidade de reabsorção de Na+ do ducto coletor).
- Fluxo sanguíneo diminuído nos vasos retos: acontece tudo ao contrário. No ramo descendente
dos vasos retos, há maior tempo para interação entre sangue e interstício, reabsorvendo mais
sais. Ao chegar no ramo ascendente, o sangue hipertônico possui maior capacidade de
reabsorver água. Logo, o interstício medular fica mais concentrado e a capacidade de
concentração da urina aumenta.
- Como vimos (pg. 29), o que determina a concentração ou diluição da urina é a variável reabsorção
de sal e água no néfron distal (túbulo distal e ducto coletor).
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Resumo do Léo
EXCREÇÃO DE URINA CONCENTRADA
- ADH máximo: a osmolaridade aumenta devido à remoção de água (restando menos de 1%).
- ADH mínimo: a osmolaridade diminui devido à remoção de sal (restando 10% de água).
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Resumo do Léo
REGULAÇÃO RENAL DE VOLUME EXTRACELULAR
- A osmolaridade e o volume de
fluidos corporais são mantidos
dentro de uma estreita faixa de
variação, apesar de grandes
variações na ingestão de solutos e
água.
- A osmolaridade extracelular é
regulada para evitar alterações
no volume das células. A
osmolaridade extracelular é
controlada ajustando o
conteúdo de água do corpo.
- Observando a fórmula:
osmolaridade = nº de solutos
osmoticamente ativos (principal
Na+)/ volume (principal H2O),
compreendemos que a
osmolaridade dos
compartimentos extracelulares
dependem do conteúdo de
sódio e do conteúdo de água.
BALANÇO DE ÁGUA
35
Resumo do Léo
RINS CONSERVAM VOLUME, NÃO PODEM RESTABELECER VOLUME PERDIDO
- O corpo funciona como uma
caneca:
- Duas situações:
- Déficit de água:
- Em resposta, há estímulo à
sensação de sede e à
secreção de ADH.
- E, então, há aumento da
reabsorção de água.
- Excesso de água:
- Acontece devido à ingestão de água superior à ingestão de sódio, o que leva à redução da
osmolaridade e ao aumento da volemia.
36
Resumo do Léo
ADH
- É sintetizado no hipotálamo e é secretado
pela neuro-hipófise:
- No hipotálamo, há neurônios
osmorreceptores (detectam alterações
na osmolaridade do plasma).
Dependendo do nível de água
extracelular, o volume destes neurônios
se alteram e eles transformam isso em
potenciais de ação para os centros de
síntese de ADH (núcleos supraóptico e
paraventricular) no hipotálamo anterior.
37
Resumo do Léo
CONTROLE OSMÓTICO E HEMODINÂMICO DA SECREÇÃO DE ADH
- Para observar a variação na concentração plasmática de
ADH, conforme se variam a osmolaridade e a pressão ou
volume sanguíneo, dois gráficos podem ser montados
(imagem ao lado):
SEDE
- Mudanças na osmolaridade plasmática, no volume sanguíneo
ou na pressão arterial alteram também a percepção de sede.
OSMORRECEPTORES HIPOTALÂMICOS
- Alterações da osmolaridade do VEC
provoca alteração do volume destes
neurônios, abrindo ou fechando canais
sensíveis à distensão e alterando a
frequência de potenciais de ação.
38
Resumo do Léo
LIMIAR DA SECREÇÃO DE ADH E
SENSAÇÃO DE SEDE
- O gráfico ao lado, representando a atividade
dos dois parâmetros no eixo y e a
osmolaridade plasmática no eixo x, nos
mostra o limiar de osmolaridade necessário
para que cada parâmetro comece a atuar.
3. Outra via é a queda da pressão arterial, a qual faz com que barorreceptores de alta pressão no
seio carotídeo estimulem a liberação de ADH.
BALANÇO DE SÓDIO
- Antes de qualquer coisa devemos saber que, em condições normais, a ingestão de sódio se
equivale à excreção renal do mesmo. No gráfico de baixo, o primeiro traçado representa uma
ingestão de sódio de 10 mEq e uma excreção renal em igual quantidade (linha tracejada horizontal).
- Esta expansão do volume extracelular sinaliza para que os rins aumentem gradualmente a
excreção de sódio. Por um período, a ingestão de sódio (linha continua) passa a ser maior do que a
excreção (linha tracejada), resultando em um balanço positivo de sódio, até que seja atingido um
novo estado de equilíbrio em que a excreção se equivale aos 150 mEq de sódio ingeridos. Vale
ressaltar que não é o aumento da concentração de sódio que promove a excreção do mesmo, isso
porque o aumento do sódio é acompanhado por retenção de líquidos, o que, em si, não altera a
concentração. Portanto, é a expansão do volume extracelular que promove excreção de sódio.
- Seguindo o experimento, reduziu-se a ingestão de sódio de 150 mEq/dia para 10 mEq/dia. Como
consequência, há a redução do volume de líquido extracelular e, consequentemente, diminuição
gradual da excreção de sódio. Por um período, a excreção de sódio supera a ingestão e ficamos
com uma balanço negativo de sódio, até que seja novamente atingido o estado de equilíbrio.
Nesse caso, há a perda de 1 kg do peso corporal anteriormente adquirido.
- Como vimos, mudanças na ingestão de sódio induzem alterações no volume extracelular (VEC).
Entretanto, devemos lembrar que o VEC pode ser dividido em duas porções:
- O volume circulante efetivo é aquela porção do VEC que está contido dentro do sistema vascular e
que efetivamente perfunde os tecidos.
40
Resumo do Léo
SENSORES DO VOLUME CIRCULANTE EFETIVO
- São eles:
- Baixa pressão (são os mais importantes. Mais sensíveis à distensão, portanto mais eficientes):
- Átrios cardíacos;
- Vasos pulmonares;
- Alta pressão:
- Seio carotídeo;
- Arco aórtico;
- Barorreceptores hepáticos;
- Estes sensores geram quatro sinais paralelos, hormonais ou neurais, para alterar a excreção renal
de sódio a partir da detecção de alterações no volume circulante efetivo. Estes sinais são os
seguintes: divisão simpática do SNA, sistema renina-angiotensina-aldosterona, secreção de ADH
e peptídeo natriurético atrial. O ADH nós já vimos (pgs. 28 e 37), vejamos agora os outros.
- Diminui filtração glomerular: isso porque nervos simpáticos aumentam a resistência vascular renal
e, como vimos, isso gera diminuição do fluxo sanguíneo renal, o que diminui a pressão
hidrostática nos capilares glomerulares, diminuindo a taxa de filtração glomerular.
- Aumenta reabsorção de NaCl: no túbulo proximal, ramo espesso da alça de Henle, túbulo
contorcido distal e ducto coletor.
- Dessa forma, estas ações têm como consequência o aumento do volume circulante efetivo.
SISTEMA RENINA-ANGIOTENSINA-
ALDOSTERONA
- Aumento da atividade deste sistema
leva a uma diminuição na excreção
renal de NaCl.
Funcionamento:
41
Resumo do Léo
Como o aparelho justaglomerular
detecta a diminuição do volume
circulante efetivo (VCE) para liberar
renina?
- Existem três maneiras:
- Mecanismo barorreceptor:
receptores de estiramento nas
células granulares das arteríolas
aferentes percebem a redução da
pressão de perfusão renal por
diminuição da distensão da
parede das arteríolas aferentes, o
que diminui a concentração de
cálcio intracelular, aumentando a
liberação de renina.
42
Resumo do Léo
PEPTÍDEO NATRIURÉTICO ATRIAL
- O aumento do volume sanguíneo
leva ao estiramento das células
atriais, o que promove o aumento
da secreção de PNA e o aumento
na excreção renal de NaCl:
- Diminuição da secreção de
renina.
- Diminuição da secreção de
aldosterona.
- Diminuição da reabsorção de
NaCl e água no ducto coletor
medular.
RESPOSTA
INTEGRADA À
REDUÇÃO DO
VOLUME
EXTRACELULAR
- A contração do
volume gera aumento
da atividade
simpática. Com seu
efeito vasoconstritor,
há diminuição da
TFG, além de
aumentar a
reabsorção de sódio
no túbulo proximal.
- Por fim, ADH e aldosterona agem no ducto coletor aumentando a reabsorção de sódio e água,
diminuindo a excreção de ambos e promovendo aumento do volume circulante efetivo.
43
Resumo do Léo
RESPOSTA INTEGRADA
À EXPANSÃO DO
VOLUME
EXTRACELULAR
- Em oposição à situação
anterior, vejamos as
respostas em cada
sistema quando há
aumento do volume
circulante efetivo.
- Como consequência,
ocorre diminuição da
atividade simpática.
Assim, há redução da
reabsorção de Na+ no
túbulo proximal,
aumento da TFG e
redução da secreção de
renina.
- Com menor
concentração de renina,
menor quantidade de
angiotensina II é
formada e menor
quantidade de
aldosterona é liberada.
- Além disso, há secreção de urodilatina pelo próprio rim para a redução da reabsorção de sódio e
água no ducto coletor.
DIURÉTICOS
- São fármacos que inibem a reabsorção de sódio em algum ponto do néfron, aumentando a
excreção de Na+ e água, reduzindo, portanto, o volume de líquido extracelular. Embora alterem a
excreção de água, nenhum destes diuréticos atuam em aquaporinas, sendo a maior excreção de
água dada em consequência da maior osmolaridade tubular, que evita a reabsorção de água.
- São utilizados no tratamento de diversas patologias, como hipertensão, edema causado por
insuficiência cardíaca, síndrome nefrótica, etc.
- Diuréticos de alça: atuam no ramo espesso da alça de Henle, bloqueando o transporte de sal.
- Exemplo: Furosemida.
- Exemplo: Hidroclorotiazida.
- Poupadores de potássio (retentores): bloqueia canais de sódio nas células principais do ducto
coletor.
- Exemplo: Amiloride, espironolactona (esta bloqueia receptor para aldosterona, ou seja, para
mineralocorticóides).
* Diurese osmótica ou gerada por soluto: trata-se de uma situação especial em que um soluto
pouco permeável é infundido no plasma. Dessa forma, ao chegar no lúmen tubular, a osmolaridade
tubular se torna tão elevada que reduz a reabsorção de água e Na+, promovendo a excreção dos
mesmos. Portanto, não se trata de um fármaco diurético, mas de um soluto com ação diurética.
- Exemplo: Manitol.
44
Resumo do Léo
MECANISMO DE AÇÃO DA FUROSEMIDA
- Atua no ramo espesso da alça de Henle,
ligando-se ao transportador Na+K+Cl-,
substituindo o cloreto no transporte e,
dessa forma, desativando o
transportador.
* Este efeito colateral, se muito acentuado, pode levar o indivíduo a hipocalemia (diminuição da
concentração plasmática de potássio). Esta hipocalemia pode levar a alterações na excitabilidade
neural e cardíaca. Isso gera, por exemplo, transtorno do ritmo cardíaco (arritmia). Este efeito varia de
pessoa para pessoa. Isso pode ser evitado pela administração simultânea de outro diurético, como
um poupador de potássio, ou pelo aumento da oferta de potássio na dieta (banana, laranja, etc).
45
Resumo do Léo
MECANISMO DE AÇÃO DOS
RETENTORES DE POTÁSSIO
(Amiloride)
- Atuam na membrana luminal das
células principais dos túbulo conector
e ducto coletor, bloqueando canal de
sódio (ENaC - canais de sódio
específicos do ducto coletor).
- Uma vez que túbulo conector e ducto coletor reabsorvem apenas 2-3% do sódio filtrado, os
retentores de potássio possuem fraca potência natriurética. Assim, são utilizados, sobretudo, para
prevenir a depleção de potássio associada ao uso de tiazídicos e diuréticos de alça.
46
Resumo do Léo
TÉCNICA DE CLEARANCE OU DEPURAÇÃO
- Portanto, mantendo a relação de equilíbrio de massas no rim, podemos criar uma igualdade de
entrada e saída de uma substância x por unidade de tempo:
PX ,a . FPRa = PX ,v . FPRv + Ux . V
- Em que:
- Ux = é a concentração de x na urina.
- V = é o fluxo urinário.
CLEARANCE OU DEPURAÇÃO
47
Resumo do Léo
- Para ficar claro, tenha em mente que a depuração descreve um volume virtual de plasma que seria
totalmente depurado da substância, enquanto o fluxo plasmático renal descreve um volume muito
maior de plasma, o qual é só parcialmente depurado do soluto (depuração é uma parte do FPR).
- Ora, se para que uma quantidade “y” da substância x seja totalmente depurada basta um volume
virtual de plasma (o qual vamos representar por Cx, do inglês clearance), podemos substituir o fluxo
plasmático renal arterial (FPRa ) na equação de equilíbrio de massas por Cx:
PX ,a . Cx = PX ,v . FPRv + Ux . V
- Além disso, se para este volume de plasma (Cx) toda a substância é depurada no glomérulo, não há
concentração plasmática de x na veia, o que zera a saída venosa de x e a equação fica assim:
PX . Cx = Ux . V
- Em que:
- Cx = volume depurado;
- V = fluxo urinário;
- Isolando o volume depurado, chegamos à equação clássica da depuração, que descreve o volume
virtual de plasma que ficaria totalmente livre de um soluto em determinado intervalo de tempo:
Ux . V
Cx =
Px
- Portanto, se você sabe o volume de urina que foi excretado e o tempo que foi necessário para esta
excreção, você encontra o fluxo. Agora, basta analisar as concentrações da substância na urina e no
plasma e pronto! Substitua na fórmula acima e você encontrará o clearance da substância.
UIn . V
CIn = TFG =
PIn
- Porém, atenção! Ser “livremente filtrada” não significa que toda a inulina que chega no glomérulo vai
ser filtrada (isto é, passar para a cápsula de Bowman), assim como nem todo o plasma que chega ao
glomérulo passa para a cápsula (isso não faria sentido, pois só sobrariam células sanguíneas e
proteínas na arteríola eferente). Ser livremente filtrada significa que a concentração filtrada é igual à
concentração que chega no glomérulo (lembre-se de que concentração é uma relação massa/
volume). Em outras palavras, a quantidade de inulina filtrada é proporcional à quantidade de plasma
filtrado (como mostra o retângulo, representando o plasma, com quatro bolinhas pretas,
representando a inulina, na imagem acima). Assim, a concentração de inulina na arteríola aferente é
igual à concentração na cápsula de Bowman e é igual à concentração na arteríola eferente.
- Todavia, pela necessidade de ser administrada via endovenosa e pela dificuldade de determinação
dos níveis plasmáticos da inulina, fez-se necessário descobrir uma substância endógena com as
mesmas propriedades da inulina para que fosse utilizada na prática clínica.
48
Resumo do Léo
A DEPURAÇÃO DA CREATININA É UTILIZADA PARA MEDIR TFG NA PRÁTICA CLÍNICA
- Descobriu-se que a creatinina possui prioridades semelhantes às da inulina e, portanto, pode ser
utilizada para se estimar a TFG. Para isso, basta coletar amostras do sangue e da urina do paciente,
analisar as concentrações de creatinina em ambas, verificar o fluxo urinário e realizar o cálculo
simples da fórmula abaixo:
UCr . V
CCr = TFG =
PCr
- Vale lembrar que a fonte de creatinina plasmática é o metabolismo normal de creatina fosfato (ou
fosfocreatina) no músculo.
UPAH . V
CPAH = FPR =
PPAH
CÁLCULO DA REABSORÇÃO DE ÁGUA
- Para descobrirmos a quantidade total de água reabsorvida nos túbulos, basta subtrairmos a taxa de
filtração glomerular (ou seja, o volume que está saindo dos capilares glomerulares e entrando nos
túbulos) pelo fluxo urinário (ou seja, somente o que está sendo efetivamente excretado). O que sobra
só pode ser o que foi reabsorvido nos túbulos e não foi excretado, ou seja, a água que foi
reabsorvida. Assim, temos:
- A fração de filtração (FF) nos fornece uma estimativa de quanto do fluxo plasmático renal está
realmente sendo filtrado. Portanto, obtemos este parâmetro pela fórmula:
TFG
FF =
FPR
PRÁTICA DE FUNÇÃO RENAL NO HOMEM
- Nesta última prática, vamos analisar as funções renais no homem, no que diz respeito a
concentração e diluição da urina, a partir do acompanhamento de 6 voluntários em 6 situações
diferentes: um dos voluntários sem ingerir qualquer coisa, outro ingerindo água enquanto está
sentado, mais um ingerindo água enquanto está em pé, um quarto ingerindo uma solução de NaCl,
outro ingerindo cerveja e um último ingerindo diurético.
- Antes de observarmos cada situação, precisamos conhecer dois conceitos ainda não explorados.
49
Resumo do Léo
Clearance de água livre (CH2O)
- Nos casos em que há excreção de urina hipo-osmótica em relação ao plasma - em outras palavras,
urina diluída - podemos separá-la em duas porções: uma porção formada por solutos e água em
concentração isosmótica ao plasma (a qual chamamos de clearance osmolar - Cosm) mais uma
porção de água livre de solutos (a qual chamamos de clearance de água livre - CH2O). Assim,
deduzimos que o fluxo urinário é formado pela soma do clearance osmolar mais o clearance de água
livre, isto é:
V = Cosm + CH2O
- Se ajustarmos a fórmula, percebemos que, para o cálculo do clearance de água livre (volume virtual
de plasma depurado de água livre de soluto), basta termos o valor do fluxo urinário e reduzir o
clearance osmolar deste valor, logo:
CH2O = V − Cosm
- O valor do clearance osmolar pode ser obtido pela fórmula clássica do clearance:
Uosm . V
Cosm =
Posm
- Em que:
- Água livre de soluto gerada pela reabsorção de soluto sem reabsorção de água no ramo
ascendente da alça de Henle.
- Água excretada na urina final quando o ducto coletor esteja impermeável, ou seja, na ausência de
ADH circulante.
C
Transporte efetivo de água no coletor (TH O)2
- Nos casos em que há excreção de urina hiperosmótica em relação ao plasma - em outras palavras,
urina concentrada - podemos separá-la em duas porções: uma porção formada por solutos e água
em concentração isosmótica ao plasma (a qual chamamos de clearance osmolar - Cosm) mais uma
porção com os solutos em excesso. A água que deveria acompanhar estes solutos em excesso,
para que eles obtivessem uma concentração isosmótica ao plasma, é a água que foi reabsorvida no
C
ducto coletor e, por isso, chamamos transporte efetivo de água no coletor (TH ), o qual é mediado
2O
pelo ADH.
- Dessa forma, o fluxo urinário é formado pelo clearance osmolar menos o transporte efetivo de água
no coletor, isto é:
V = Cosm − THC O
2
- Se ajustarmos a fórmula, percebemos que, para o cálculo do transporte efetivo de água no coletor,
basta termos o valor do clearance osmolar e reduzirmos o fluxo urinário deste valor, logo:
THC2O = Cosm − V
Resumo
- Um indivíduo, portanto, apresenta sempre uma das seguintes situações:
50
Resumo do Léo
DESCRIÇÃO DO EXPERIMENTO
- Seis indivíduos do sexo masculino, com idade entre 18 e 20 anos, deveriam tomar café da manhã às
7 horas da manhã e não ingerir mais líquidos para participar do experimento às 9 horas. Neste
horário, foram orientados a irem ao banheiro para fazer a primeira coleta de urina. Ao retornarem,
cada um ingeriu o seguinte:
- Assim, após a ingestão, cada voluntário fazia uma nova coleta de urina de 40 em 40 minutos (para
análise de volume urinário, excreção de sódio, excreção de potássio, osmolaridade e pH da urina) e
uma coleta de gota de sangue (para análise da osmolaridade do plasma). Os resultados obtidos
foram estes:
51
Resumo do Léo
- Considerando que no tempo zero o intervalo também foi de 40 minutos, pede-se para que seja
calculado, para cada voluntário em cada intervalo, o fluxo urinário (V = volume/tempo), a excreção
urinária de sódio em mEq/min (ou seja, UNa + . V), a excreção urinária de potássio em mEq/min (ou
C
seja, UK + . V), o clearance osmolar e o TH (sinal negativo) ou CH2O (sinal positivo).
2O
- Após obtidos os valores dos cálculos acima, montam-se gráficos para comparação entre os
voluntários em cada parâmetro analisado, conforme abaixo:
Fluxo urinário
- Furosemida: trata-se de um
diurético de alça que atua no
ramo espesso, reduzindo a
reabsorção de sais e,
consequentemente, de água, o
que mantém perdas por mais
tempo, ou seja, maior fluxo
urinário.
* O aumento do fluxo no
intervalo de 40 para 80 minutos
é maior que de 0 para 40
porque é o tempo necessário
para o ADH diminuir.
52
Resumo do Léo
- Água-sentado: reteve mais água que deitado - ou seja, menor fluxo urinário - devido à diminuição do
retorno venoso.
- Cerveja: etanol inibe o ADH. Isso diminui a reabsorção de água e aumenta a diurese.
- Soro fisiológico: não há perda de água livre. Houve expansão de volume, mas não há inibição de
ADH (pois não altera osmolaridade, isto é, trata-se de uma expansão isosmótica). Isso ocorre
porque, como vimos (pg. 38), a alteração do VEC só é suficiente para aumentar o fluxo urinário
quando ultrapassa 10%, ao contrário da osmolaridade, que basta 1% de mudança para provocar
alteração do fluxo urinário.
- Antidiurese: mantém baixa excreção de urina por todo o tempo, pois há baixa ingestão de líquidos.
Continua concentrando urina.
- Furosemida: trata-se da
situação de maior
excreção de sódio, pois
este diurético atua
inibindo o transportador
Na+K+Cl- e restringindo a
reabsorção de sais,
incluindo o sódio.
- Água sentado: possui excreção de sódio menor quando comparada à situação de água-deitado em
decorrência da menor excreção de água, o que aumenta a força motriz de reabsorção paracelular de
sais.
- Soro fisiológico: também tem excreção de sódio reduzida pela menor excreção de água.
- Antidiurese: ainda que com baixo fluxo, uma quantidade pequena de sódio continua sendo
excretada, exceto no caso em que o fluxo é zero, no qual a excreção de sódio também é nula, óbvio.
Excreção
urinária de
potássio
- Furosemida:
como vimos, a
alta excreção
de potássio,
quando da
administração
de furosemida,
provém do
efeito
indesejado
deste diurético
(efeito
caliurético).
- O raciocínio
para as demais
situações segue a lógica do sódio: maior fluxo tende a maior excreção de sais. O gráfico de K+ não
se equivale ao gráfico de Na+ porque a excreção de K+ varia conforme o organismo e os hábitos
dos voluntários.
53
Resumo do Léo
Clearance osmolar
- Neste parâmetro,
percebemos que as
curvas de soro
fisiológico e de
antidiurese mantêm-
se relativamente
constantes, pois
estão concentrando
urina (o tempo de 80
minutos para a curva
de antidiurese foge
ao padrão devido ao
fluxo nulo).
- Cerveja: álcool inibe ADH, diminuindo reabsorção de água no coletor, diluindo a urina.
Transporte efetivo de
C
água no coletor (TH O)
2
e clearance de água
livre (CH2O)
- Furosemida: como
dito acima, os
valores positivos
representam o
clearance de água
livre. Isso explica o
porquê de a linha do
furosemida ser a
mais proeminente,
afinal maior é a
excreção de água
livre de solutos.
- O raciocínio para os
demais também
acompanha a ideia de fluxo: quanto maior o fluxo, maior a excreção de água livre de solutos. No
caso das situações de antidiurese e soro fisiológico, as linhas mantêm-se em valores negativos
porque se tratam de situações nas quais há reabsorção de água pelo ducto coletor.
54
Resumo do Léo
Osmolaridade urinária
(Uosm)
- Uma vez que a
osmolaridade aumenta
quanto menor a
quantidade de água
remanescente no
fluido tubular, os
parâmetros que
cursam com
diminuição da
reabsorção de água
apresentam menor
osmolaridade urinária.
Assim:
- Furosemida, água-
sentado, água-
deitado e cerveja:
são parâmetros que
tendem a aumentar a excreção de água, o que promove a redução da osmolaridade urinária,
como representado no gráfico.
- Antidiurese e soro fisiológico: são parâmetros que demandam a retenção de água e, portanto, a
menor excreção da mesma. Isso é responsável pela maior osmolaridade urinária, conforme o
gráfico. Vale ressaltar que a assimetria da curva de antidiurese no tempo de 80 minutos é devida à
ausência de urina (fluxo igual a zero) neste período, isto é, sem urina não há como mensurar a
osmolaridade urinária.
- Certo! A primeira dúvida que costuma surgir é sobre o valor de hematócrito. Este valor nada mais é
do que a porcentagem do sangue representada pelos elementos celulares. Logo, se 47%
corresponde a eritrócitos, leucócitos e plaquetas, o 53% restante representa o volume plasmático.
Entretanto, este valor só deve ser levado em consideração para o cálculo do fluxo sanguíneo renal
(FSR) solicitado na letra C.
- Caso tenha dúvidas quanto à diferenciação entre os fluxos renais, veja a explicação da pg. 57.
- Além disso, nos cálculos que solicitam “concentração plasmática” de uma das substâncias, deve-se
usar a concentração na artéria renal, pois na veia renal a substância não mais influencia (sai do rim).
55
Resumo do Léo
1. Vamos aos cálculos:
a. Para calcular o ritmo (velocidade ou taxa) de filtração glomerular, como vimos (pg. 48),
utilizamos a depuração da inulina. Isso porque, sendo uma substância livremente filtrada,
livremente excretada e não sofrendo alteração nos túbulos (reabsorção e secreção), a
depuração da inulina indica a taxa de filtração glomerular. Assim, pegamos os valores de
concentração urinária de inulina (UIn), de fluxo urinário (V) e de concentração plasmática de
inulina (PIn) e colocamos na fórmula a seguir para descobrirmos o RFG:
UIn . V 500.2
RFG = = = 100m L /min
PIn 10
Como dito, as unidades de concentração poderiam ser colocadas (mg%), mas se anulariam.
b. O volume total de água reabsorvida pode ser obtido subtraindo o fluxo urinário (V) do ritmo de
filtração glomerular (RFG). Em outras palavras, se pegarmos tudo o que foi filtrado (RFG) e
retirarmos o que foi excretado (V), o que sobra é a parte que foi reabsorvida nos túbulos. Assim:
Lembrando que o RFG foi encontrado na questão anterior e o V foi dado no enunciado.
c. Esta alternativa costuma gerar muitas dúvidas por causa de um erro na apostila. O texto
explicativo de fluxo plasmático renal efetivo (FPRE), no final da página 11 da apostila e início da
página 12, apresenta corretamente que este dado pode ser encontrado utilizando o clearance
do PAH. Contudo, logo em seguida o texto tenta explicar o fluxo sanguíneo renal e coloca uma
fórmula começando com as iniciais FPRE, o que está errado. Assim, basta substituirmos a sigla
FPRE por FSR na segunda fórmula da página 12 e o erro está consertado:
ClPAH
FSR =
hipúrico (PAH), que é um indicativo do fluxo plasmático renal efetivo (FPRE). Chama-se efetivo
porque se refere à parte do fluxo que entra no rim e efetivamente passa para filtração no néfron,
ou seja, não inclui a parte do fluxo que entra no rim para nutrir as células do órgão. O PAH pode
ser utilizado como referência para o fluxo sanguíneo renal porque, como vimos (pg. 49), além de
livremente filtrado e excretado, este ácido é totalmente secretado nos túbulos e não é
reabsorvido. Em outras palavras, todo o PAH que chegar ao rim efetivamente será eliminado na
urina. Assim, utilizando os dados fornecidos na tabela da concentração urinária de PAH (UPAH),
UPAH . V 600.2
FPR E = ClPAH = = = 600m L /min
PPAH 2
Encontrado o valor do clearance do PAH, basta substituirmos na fórmula do FSR, além de
600
FSR = = 1132,075m L /min
(1,0 − 0,47)
d. Como vimos (pg. 49), a fração de filtração (FF) é uma estimativa de quanto do sangue que
efetivamente chega ao rim (FPRE) está sendo realmente filtrado (RFG), portanto:
- É possível que você tenha dúvidas em relação à diferença entre fluxo sanguíneo renal (FSR), fluxo
plasmático renal (FPR), fluxo sanguíneo renal efetivo (FSRE) e fluxo plasmático renal efetivo (FPRE).
Portanto, segue abaixo uma definição de cada um deles com um desenho representativo para
clarear estes conceitos.
- FSRE: de todo o sangue que chega ao rim, uma porção dele se dirige especificamente para a
nutrição do órgão e outra porção se dirige para a filtração no glomérulo (a qual formará a urina). A
porção do sangue que chega ao rim e se dirige para a filtração no glomérulo é chamada de FSRE.
- FPRE: assim como o FSR, o FSRE pode ser dividido em elementos figurados e plasma. A parte
plasmática do FSRE é conhecida como FPRE. Em outras palavras, é o plasma que chega ao rim e
se dirige especificamente para a filtração no glomérulo (isto é, para a produção da urina).
* Adendo: uma vez que parte do plasma (FPRE) é filtrado, a partir da arteríola eferente o valor de
hematócrito aumenta, pois maior é a proporção de elementos figurados sobre o plasma.
- Em casos de hipocalemia
(concentração plasmática de
potássio menor que 3,5 mEq/L),
ocorre hiperpolarização da
membrana. Ou seja, o potencial de
repouso atinge valores mais
negativos.
- Em casos de hipercalemia
(concentração plasmática de
potássio maior que 5,0 mEq/L), ocorre despolarização da membrana. Ou seja, o potencial de
repouso atinge valores menos negativos.
57
Resumo do Léo
HOMEOSTASE DO POTÁSSIO
- Quando falamos na
homeostase do K+, nos
referimos basicamente a dois
equilíbrios:
- Em situações normais, a
concentração de potássio
no fluido extracelular
(FEC) é de 4,5 mmoles/L e
no fluido intracelular (FIC)
é de 140 mmoles/L.
- Dos estoques
intracelulares, 75% do
potássio é mantido em
células musculares e os
outros 25% se distribuem nas outras células.
- Em situações normais, a ingestão de potássio na dieta deve ser igual à excreção do mesmo
(90% excretado na urina e 10% excretado nas fezes).
INCREMENTO RÁPIDO NA
CONCENTRAÇÃO
PLASMÁTICA DE POTÁSSIO
- No gráfico de cima,
apresenta-se a
concentração plasmática de
potássio (eixo y) e o tempo
em horas (eixo x).
- No gráfico de baixo,
mostra-se a fração de
incremento de potássio
(eixo y) e o mesmo tempo
em horas do gráfico
superior (eixo x).
- Observando o gráfico de baixo, percebemos que esta queda inicial do potássio no plasma se dá por
uma translocação do íon para o interior das células (em cerca de duas horas). Simultaneamente,
mas de forma mais demorada, ocorre aumento da excreção renal do K+, até que os níveis normais
sejam restabelecidos.
58
Resumo do Léo
FATORES QUE INFLUENCIAM A DISTRIBUIÇÃO DE POTÁSSIO NO PLASMA
- Epinefrina;
- Insulina;
- Aldosterona.
- Equilíbrio ácido-básico;
- Osmolaridade plasmática;
- Lise celular;
- Exercício.
FATORES FISIOLÓGICOS
- Os três hormônios
(insulina, epinefrina e
aldosterona) atuam nas
células dos tecidos
estimulando a bomba Na+K+ATPase para a captação de potássio e redução da concentração
do mesmo no plasma.
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Resumo do Léo
FATORES FISIOPATOLÓGICOS
- Exercício físico: durante a realização de atividades físicas, há maior liberação de potássio pelas
células, o que promove hipercalemia e a resposta fisiológica do corpo como acabamos de ver.
- Lise celular: como vimos, a maior parte do potássio é armazenada no compartimento intracelular.
Assim, em casos de trauma, a lise celular ocasiona o extravasamento de potássio no sangue,
gerando hipercalemia.
- Acidose respiratória ocorre quando há aumento da pCO2 pela retenção de CO2 em casos de
hipoventilação. Já a acidose metabólica é mais produzida por ácidos inorgânicos (HCl, H2SO4).
- A primeira nuvem listrada, mais para a esquerda do gráfico, mostra que, independente do indivíduo,
o túbulo proximal sempre reabsorve K+ (note que toda a nuvem está abaixo da concentração
plasmática de potássio, representada pela linha tracejada no número 1).
- Controle: a nuvem azul nos mostra que há grande reabsorção de K+ nas primeiras porções dos
ramos distais e nas porções finais a concentração tubular aumenta, indicativo de secreção do íon.
- Carência de K+: a nuvem verde mostra que, com baixo potássio plasmático, há tendência para
reabsorção do íon em toda a extensão dos ramos distais e inibição da secreção do mesmo.
- Carga de K+ (hipercalemia): a nuvem laranja deixa claro que, conforme nos deslocamos nos ramos
distais, há secreção de potássio cada vez maior, ultrapassando o nível plasmático de K+.
- Por último, percebemos que a hipercalemia é a única com [K+] na urina superior à do plasma.
60
Resumo do Léo
TRANSPORTE TUBULAR DE POTÁSSIO
- Hipercalemia;
- Aldosterona;
- ADH;
- Alcalose.
- Hipocalemia.
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Resumo do Léo
HIPERCALEMIA
ALDOSTERONA
Mecanismo da aldosterona
62
Resumo do Léo
ADH (HORMÔNIO ANTIDIURÉTICO)
- O efeito do ADH sobre o ducto coletor é
estimular o canal de sódio a reabsorver
Na+ e assim promover gradiente
eletroquímico favorável à secreção de
potássio. Entretanto, este efeito se
contrapõe a outro efeito do ADH:
redução do fluxo tubular.
Mecanismo celular
- A razão pela qual o aumento do fluxo
estimula a secreção de potássio é a
presença do cílio central (pg. 23) nas
células principais do ducto coletor.
63
Resumo do Léo
EFEITO DO PH NA SECREÇÃO DE POTÁSSIO
* Aqui cabe uma conclusão interessante. Como vimos (pg. 60), a nível sistêmico, a alcalose
promove captação de K+ pelas células. Agora, vemos que a alcalose promove secreção de K+
pelos rins. Ou seja, a alcalose estimula a hipocalemia tanto a nível sistêmico como a nível renal.
- Agora, quando se trata de acidose, dependendo da duração (aguda ou crônica), o efeito obtido na
secreção de potássio é oposto! Vejamos a seguir:
1. Inibição da Na+K+ATPase:
como o baixo pH inibe esta
bomba, a força
eletroquímica para a saída
de potássio pelo canal
apical fica reduzida.
2. Redução da
permeabilidade da
membrana apical ao K+.
- Células do músculo
esquelético: aumenta a ação
do trocador H+K+ para
reabsorver H+ (tamponamento)
e secretar K+ no plasma,
gerando hipercalemia e,
consequentemente, aumento na secreção de aldosterona.
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Resumo do Léo
EFEITOS OPOSTOS DA REDUÇÃO
DO VEC SOBRE A SECREÇÃO DE
POTÁSSIO
- Uma vez que os níveis aumentados de aldosterona e de K+ plasma atuam conjuntamente para
estimular a secreção de potássio, o fluxo tubular reduzido em nível distal não é suficiente para se
contrapor. Portanto, o resultado é o aumento da secreção de potássio.
ACABOU!
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