Bold Bula
Bold Bula
Bold Bula
COMPOSIÇÃO:
(E)-N1-[(6-chloro-3-pyridyl)methyl]-N2-cyano-N1-methylacetamidine
(ACETAMIPRIDO) ..................................................................................................... 75,0 g/L (7,5% m/v)
(RS)-alfa-cyano-3-phenoxybenzyl 2,2,3,3-tetramethylcyclopropanecarboxylate
(FENPROPATRINA) ............................................................................................ 112,5 g/L (11,25% m/v)
Outros Ingredientes ............................................................................................. 852,5 g/L (85,25% m/v)
GRUPO 4A INSETICIDA
GRUPO 3A INSETICIDA
TITULAR DO REGISTRO:
IHARABRAS S.A. INDÚSTRIAS QUÍMICAS
Av. Liberdade, 1701 - Bairro Cajuru do Sul - 18087-170 - Sorocaba/SP
Fone: (15) 3235-7700 - CNPJ: 61.142.550/0001-30
Registro da Empresa no Estado de São Paulo CDA/SP Nº 8
3103975
DECCAN FINE CHEMICALS (INDIA) PRIVATE LIMITED
Plot Nº 74A, Road Nº 9, Jubilee Hills 500 033 Hyderabad, Telangana - Índia
FORMULADOR:
IHARABRAS S.A. INDÚSTRIAS QUÍMICAS
Av. Liberdade, 1701 - Bairro Cajuru do Sul - 18087-170 - Sorocaba/SP
Fone: (15) 3235-7700 - CNPJ: 61.142.550/0001-30
Registro da Empresa no Estado de São Paulo CDA/SP Nº 8
Nº do lote ou partida:
Data de fabricação: VIDE EMBALAGEM
Data de vencimento:
3103975
INSTRUÇÕES DE USO:
Inspecionar periodicamente a
lavoura através de batidas de pano,
no mínimo uma vez por semana.
Percevejo- Iniciar as aplicações foliares no 2 200 L/ha
Barriga-verde início da infestação da praga.
400 a 500
Centeio mL/ha Repetir a aplicação 7 dias após a
(Dichelops
primeira aplicação, não
melacanthus)
ultrapassando o limite máximo 2
aplicações durante o ciclo da
cultura, sempre respeitando o
período de carência.
Inspecionar periodicamente a
lavoura através de batidas de pano,
no mínimo uma vez por semana.
Percevejo- Iniciar as aplicações foliares no 2 200 L/ha
Barriga-verde início da infestação da praga.
400 a 500
Cevada mL/ha Repetir a aplicação 7 dias após a
(Dichelops
primeira aplicação, não
melacanthus)
ultrapassando o limite máximo 2
aplicações durante o ciclo da
cultura, sempre respeitando o
período de carência.
Realizar aplicação logo após a
Percevejo-
emergência do milheto quando for
barriga-verde 400 a 500
Milheto constatada a presença da praga. Em
(Dichelops mL/ha
áreas de histórico e de maior 2 200 L/ha
melacanthus)
pressão, deve-se utilizar a maior
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dose. Caso seja necessário, devido
a reinfestação, realizar 2
aplicações com intervalo de 7 dias.
Realizar monitoramento constante
e aplicar impreterivelmente sobre
Lagarta-do- as lagartas ainda pequenas ou 2 150 a 200
cartucho 400 a 500 quando estiverem causando danos L/ha
(Spodoptera mL/ha iniciais de raspagem nas folhas.
frugiperda) Aplicar, no máximo, quando houver
20% de plantas com os sintomas
de raspagem nas folhas.
Realizar aplicação logo após a
emergência do milho quando for
Percevejo- constatada a presença da praga.
barriga-verde 400 a 500 Em áreas de histórico e de maior 2 200 L/ha
(Dichelops mL/ha pressão, deve-se utilizar a maior
melacanthus) dose. Caso seja necessário, devido
a reinfestação, realizar 2
aplicações com intervalo de 7 dias.
Pulgão-do-milho
400 a 500 Realizar aplicação no início da
Milho (Rhopalosiphum 1 200 L/ha
mL/ha ocorrência da praga.
maidis)
Realizar monitoramento constante
e aplicar impreterivelmente sobre
Lagarta-do- as lagartas ainda pequenas ou
cartucho 400 a 500 quando estiverem causando danos 2 150 a 200
(Spodoptera mL/ha iniciais de raspagem nas folhas. L/ha
frugiperda) Aplicar, no máximo, quando houver
20% de plantas com os sintomas de
raspagem nas folhas.
Realizar monitoramento constante
Pulgão-roxo-da- para verificar a ocorrência da
2,5 a
roseira praga. Realizar aplicação no início 1 500 L/ha
Rosa 5,0 mL /100L
(Macrosiphum da ocorrência da praga. Realizar no
de água
rosae) máximo uma aplicação por ciclo da
cultura.
Inspecionar periodicamente a
lavoura, realizar aplicação quando
for observado o início de infestação
de adultos na área, ou conforme
nível de infestação na cultura. Caso 2 150 L/ha
Mosca-branca seja necessário, devido a
400 a 500
Soja (Bemisia tabaci reinfestação, realizar duas
mL/ha
Raça B)
aplicações com intervalo de sete
dias.
Utilizar a dose menor em condições
de menor infestação da praga. Em
maiores infestações da praga,
utilizar a maior dose.
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Inspecionar periodicamente a
lavoura através de batidas de pano,
no mínimo uma vez por semana.
Recomenda-se realizar a batida de
pano em um metro linear de um
lado da fileira de soja nos
momentos mais frescos do dia.
Realizar aplicação quando for 2 150 L/ha
observado o início de infestação.
Percevejo-
No máximo dois percevejos
marrom 400 a 500
maiores que 0,4 cm por metro
(Euschistus mL/ha
linear em áreas de produção de
heros) grãos e no máximo um percevejo
maior que 0,4 com em áreas de
produção de sementes. Caso seja
necessário devido a reinfestação,
realizar 2 aplicações com intervalo
de 7 dias.
Utilizar a dose menor em condições
de menor infestação da praga. Em
maiores infestações da praga,
utilizar a maior dose.
Pulgão-do-milho
400 a 500 Realizar aplicação no início da
(Rhopalosiphum
mL/ha ocorrência da praga. 1 200 L/ha
maidis)
Inspecionar periodicamente a
lavoura através de batidas de pano,
no mínimo uma vez por semana.
Percevejo- Iniciar as aplicações foliares no 2 200 L/ha
Barriga-verde início da infestação da praga.
400 a 500
Trigo Repetir a aplicação 7 dias após a
mL/ha
(Dichelops primeira aplicação, não
melacanthus) ultrapassando o limite máximo 2
aplicações durante o ciclo da
cultura, sempre respeitando o
período de carência.
3103975
Inspecionar periodicamente a
lavoura através de batidas de pano,
no mínimo uma vez por semana.
Percevejo- Iniciar as aplicações foliares no 2 200 L/ha
Barriga-verde início da infestação da praga.
400 a 500
Repetir a aplicação 7 dias após a
Triticale mL/ha
(Dichelops primeira aplicação, não
melacanthus) ultrapassando o limite máximo 2
aplicações durante o ciclo da
cultura, sempre respeitando o
período de carência.
Preparo da calda: Encher com água o tanque do pulverizador com ¾ da capacidade. Com o sistema
de agitação do tanque do pulverizador funcionando, adicionar lentamente o produto diretamente no
tanque do pulverizador de acordo com as doses recomendadas. Completar o volume do tanque com
água. Deve-se respeitar os volumes de calda recomendados para que seja possível proporcionar
uma boa cobertura da área a ser tratada.
Via terrestre:
Utilizar turbo atomizador ou pistola equipado com bicos apropriados, e procurar através de volume de
calda e tamanho de gotas obter uma aplicação com cobertura uniforme da toda a parte aérea da planta.
No caso de pulverizador tratorizado de barra, equipar com bicos ou pontas tipo leque, mas utilizar
preferencialmente com bicos ou pontas de jato cônico vazio da série JA ou D. Utilizar nesta série o
difusor 23 ou 25 de acordo com as variações da umidade relativa do ar nas áreas de aplicação, de forma
a se obter um diâmetro de gotas de 110 a 140 µm e uma densidade de 50 a 70 gotas/cm² sobre o local
onde o alvo biológico se situa. A pressão de trabalho para os bicos recomendados deverá ser de 80 a
120 libras. Utilizar turbo atomizador conforme regulagem acima citados, e procurar através de volume de
calda e tamanho de gotas obter uma aplicação com cobertura uniforme de toda a parte aérea da planta.
Via aérea:
- Aplicação aérea: Esta modalidade de aplicação é indicada para a cultura Aveia, Centeio, Cevada,
Milheto, Milho, Soja, Sorgo, Trigo e Triticale
Uso de barra ou atomizador rotativo Micronair AU 3.000/5.000;
Volume de aplicação:
Com barra: 20-30 L/ha;
Com Micronair: máximo de 18 L / micronair / minuto.
Altura do voo: com barra ou micronair: 4-5 m em relação ao topo das plantas.
Largura da faixa de deposição efetiva: 20 m, para aviões do tipo Ipanema.
Tamanho/densidade de gotas: 110-140 micrômetros com mínimo de 40 gotas/cm².
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No caso de barra, usar bicos cônicos da série D com disco (core) inferior a 45º.
Usando Micronair, o número de atomizadores devem ser quatro, onde para o ajuste do regulador de
vazão (VRU), pressão e ângulo da pá, seguir a tabela sugerida pelo fabricante.
O sistema de agitação no interior do tanque deve ser mantido em funcionamento durante toda operação
de preparo da calda e aplicação.
- Condições climáticas:
Atentar-se para as condições climáticas para as aplicações terrestres e aéreas a fim de garantir boa
deposição de gotas sobre o alvo:
A temperatura ambiente deve ser no máximo de 30ºC;
A umidade do ar não deve ser menor que 50%;
A velocidade do vento deve ser de 3 a 10 km/h.
Observação: Seguir as recomendações de aplicação acima indicadas e consultar um Engenheiro
Agrônomo.
INTERVALO DE SEGURANÇA:
Cultura I.S.
Aveia, Cevada, Centeio, Trigo e Triticale 15 dias
Milheto, Milho e Sorgo 7 dias
Rosa U.N.A
Soja 30 dias
LIMITAÇÕES DE USO:
Quando este produto for utilizado nas doses recomendadas, não causará danos às culturas indicadas.
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INFORMAÇÕES PARA O MANEJO DE RESISTÊNCIA A INSETICIDAS:
A resistência de pragas a agrotóxicos ou qualquer outro agente de controle pode tornar-se um
problema econômico, ou seja, fracassos no controle da praga podem ser observados devido à
resistência.
O inseticida BOLD pertence ao Grupo 3A e ao Grupo 4A (moduladores de canais de sódio e
moduladores competitivos de receptores nicotínicos da acetilcolina, respectivamente) e o uso repetido
deste inseticida ou de outro produto do mesmo grupo pode aumentar o risco de desenvolvimento de
populações resistentes em algumas culturas.
Para manter a eficácia e longevidade do BOLD como uma ferramenta útil de manejo de pragas
agrícolas, é necessário seguir as seguintes estratégias que podem prevenir, retardar ou reverter a
evolução da resistência:
Adotar as práticas de manejo a inseticidas, tais como:
• Rotacionar produtos com mecanismo de ação distinto do Grupo 3A e ao Grupo 4A. Sempre
rotacionar com produtos de mecanismo de ação efetivos para a praga alvo.
• Usar BOLD ou outro produto do mesmo grupo químico somente dentro de um “intervalo de
aplicação” (janelas) de cerca de 30 dias.
• Aplicações sucessivas de BOLD podem ser feitas desde que o período residual total do
“intervalo de aplicações” não exceda o período de uma geração da praga-alvo.
• Respeitar o intervalo de aplicação para a reutilização do BOLD ou outros produtos do Grupo
3A e ao Grupo 4A quando for necessário.
• Sempre que possível, realizar as aplicações direcionadas às fases mais suscetíveis das
pragas a serem controladas.
• Adotar outras táticas de controle, previstas no Manejo Integrado de Pragas (MIP) como
rotação de culturas, controle biológico, controle por comportamento etc., sempre que
disponível e apropriado.
• Utilizar as recomendações e da modalidade de aplicação de acordo com a bula do produto;
• Sempre consultar um Engenheiro Agrônomo para o direcionamento das principais estratégias
regionais para o manejo de resistência e para a orientação técnica na aplicação de
inseticidas;
• Informações sobre possíveis casos de resistência em insetos e ácaros devem ser
encaminhados para o IRAC-BR (www.irac-br.org), ou para o Ministério da Agricultura,
Pecuária e Abastecimento (www.agricultura.gov.br).
PRECAUÇÕES GERAIS:
− Produto para uso exclusivamente agrícola.
− Não coma, não beba e não fume durante o manuseio e aplicação do produto.
− Não transporte o produto juntamente com alimentos, medicamentos, rações, animais e pessoas.
− Não manuseie ou aplique o produto sem os equipamentos de proteção individual (EPI)
recomendados.
− Não utilize equipamentos com vazamentos ou com defeitos e não desentupa bicos, orifícios e
válvulas com a boca.
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− Não utilize Equipamentos de Proteção Individual (EPI) danificados úmidos ou vencidos e siga as
recomendações do fabricante.
− Não aplique próximo de escolas, residências e outros locais de permanência de pessoas e de
áreas de criação de animais. Siga as orientações técnicas específicas de um profissional
habilitado.
− Caso ocorra contato acidental da pessoa com o produto, siga as orientações descritas em
primeiros socorros e procure rapidamente um serviço médico de emergência.
− Mantenha o produto adequadamente fechado em sua embalagem original, em local trancado,
longe do alcance de crianças e animais.
− Os equipamentos de proteção individual (EPI) recomendados devem ser vestidos na seguinte
ordem: macacão, botas, avental, máscara, óculos, touca árabe e luvas.
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roupas da família. Ao lavar as roupas, utilizar luvas e avental impermeáveis.
- Após cada aplicação do produto faça a manutenção e lavagem dos equipamentos de aplicação.
- Não reutilizar a embalagem vazia.
- No descarte de embalagens utilize equipamento de proteção individual – EPI: macacão de
algodão hidro-repelente com mangas compridas, luvas de nitrila e botas de borracha.
- Os equipamentos de proteção individual (EPI’s) recomendados devem ser retirados na seguinte
ordem: touca árabe, óculos, avental, botas, macacão, luvas e máscara.
As informações presentes nesta tabela são para uso exclusivo do profissional de saúde. Os
procedimentos descritos devem ser realizados somente em local apropriado (hospital, centro de
saúde, etc.).
Grupo químico ACETAMIPRIDO: Neonicotinoide
FENPROPATRINA: Piretroide
Classe toxicológica CLASSE II – ALTAMENTE TÓXICO
Vias de exposição Dérmica, ocular, oral e inalatória.
Toxicocinética Acetamiprido: Em estudos realizados em ratos, o Acetamiprido foi absorvido
de forma rápida e quase completamente pelo trato gastrointestinal (> 96%, 24
horas após administração). Após absorvido, o produto foi distribuído pelo
organismo, sendo encontrado escassos resíduos (0,01-0,1 ppm) no trato
gastrointestinal, fígado, rins, adrenais e tireoide, com baixo potencial de
bioacumulação. A biotransformação ocorreu mediante processos de
demetilação e conjugação com glicina.
A maior concentração do produto no organismo dá-se na primeira hora pós-dose;
após este tempo, os níveis começam a cair e sua eliminação do organismo ocorre
em 6 horas. O Acetamiprido foi excretado principalmente pela urina e fezes. A
absorção dérmica (aprox. 30%) e inalatória foram baixas.
Fenpropatrina:
Absorção:
A) Oral: Os piretroides são prontamente e rapidamente absorvidos oralmente,
com ampla distribuição por todo organismo. O pico de concentração sorológica
da permetrina foi de 4 horas após ingestão em um caso relatado.
B) Dérmica: Geralmente os piretroides são absorvidos lentamente através da pele,
o que geralmente previne a toxicidade sistêmica. Contudo, um depósito
significante de piretroide pode permanecer ligado à epiderme. Os piretroides são
altamente lipofílicos, passando através das membranas celulares; contudo, devido
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ao rápido metabolismo, a magnitude da toxicidade é amplamente diminuída.
Metabolismo: Os piretroides são rapidamente hidrolisados no fígado ao seu ácido
inativo e derivados alcoólicos, provavelmente pela carboxilesterase microssomal.
Toxicocinética Também ocorre degradação e hidroxilação do álcool da posição 4’, e a oxidação
produz uma grande quantidade de metabólitos. Há alguma estereoespecificidade
no metabolismo, com os isômeros trans sendo hidrolisados mais rapidamente do
que os isômeros cis, para os quais a oxidação é a mais importante via metabólica.
Contudo os grupos alfa-ciano reduzem a suscetibilidade da molécula ao
metabolismo hidrolítico e oxidativo; o grupo ciano é convertido ao aldeído
correspondente (com liberação do íon cianeto), seguido por oxidação ao ácido
carboxílico, suficientemente rápido para que ocorra uma excreção eficiente pelos
mamíferos. Outras diferenças na estrutura química dos piretroides têm menos
efeito na velocidade do metabolismo.
Toxicocinética: Os padrões de metabólitos variam quando da administração oral
ou dérmica em humanos. Por exemplo, após administração dérmica de
cipermetrina (outro piretroide tipo II) a proporção de ácidos ciclopropano cis/trans
excretados foi aproximadamente 1:1, comparada a 2:1 após administração oral.
Essas medidas podem ser úteis na determinação da via de exposição. Estudos
em animais mostraram que a hidrólise de piretroides é inibida por agentes
dialquilfos-foriladores tais como inseticidas organofosforados.
Experimentos com galinhas mostraram que a toxicidade de piretroides
(permetrina) também foi ampliada pelo brometo de piridostigmina e pelo
repelente de insetos N,N-dietil-m-toluamida. Os autores levantaram a hipótese
de que a competição dos compostos pelas esterases hepáticas e plasmáticas
leva ao decréscimo da quebra de piretroides e aumento no transporte dos
piretroides para os tecidos neurais.
Eliminação: Ocorre uma metabolização rápida por éster hidrólise, resultando em
metabólitos inativos que são excretados principalmente na urina. Uma
proporção menor é excretada inalterada nas fezes. Os piretroides são
eliminados dos animais rápida e completamente.
Mecanismos Acetamiprido: Os neonicotinoides, com estrutura similar à nicotina, agem como
de toxicidade agonistas nos receptores nicotínicos da acetilcolina no sistema nervoso central
(SNC), alterando assim a transmissão do sinal nas sinapses nervosas. A
Acetilcolina (ACh) é um neurotransmissor que é liberado nas sinapses nervosas
para transmitir o impulso nervoso. Uma vez liberada, a ACh deve ser removida
rapidamente para permitir que ocorra a repolarização, processo realizado pela
enzima acetilcolinesterase.
Os neonicotinoides mimetizam a acetilcolina, mas não são inativados pela
acetilcolinesterase, causando, assim, hiperestimulação nervosa. Os
neonicotinoides apresentam relativamente baixa toxicidade devido a baixa
afinidade pelos subtipos de receptor nicotínico dos vertebrados, quando
comparados aos dos insetos, e não penetram a barreira hematoencefálica.
Efeitos no SNC não deveriam ser esperados a baixos níveis de exposição.
Fenpropatrina: O sítio primário de ação dos piretroides no sistema nervoso dos
vertebrados é o canal de sódio da membrana neural. Os piretroides causam
prolongamento da permeabilidade da membrana ao íon sódio durante a fase
excitatória do potencial de ação. Isso diminui o liminar para ativação de mais
potenciais de ação, conduzindo a uma excitação repetitiva das terminações
sensoriais nervosas e podendo progredir para uma hiperexcitação de todo o
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sistema nervoso. Os piretroides do Tipo II (ex: fenpropatrina) possuem o grupo
alfa-ciano e são mais potentes e tóxicos, podendo produzir bloqueio da
condução nervosa, com despolarização persistente e redução da amplitude do
potencial de ação e colapso na condução axonal. A interação com os canais de
sódio não é o único mecanismo de ação proposto para os piretroides. Os efeitos
causados no SNC levaram à sugestão de ações via antagonismo do ácido
gama-aminobu-tírico (GABA) mediado por inibição, modulação da transmissão
nicotínico-colinérgica, aumento na liberação de noradrenalina ou ações nos íons
cálcio; mas é improvável que um desses efeitos represente o mecanismo
primário de ação dos piretroides.
Sintomas e Acetamiprido:
sinais clínicos Exposição aguda: este tipo de inseticida parece ser mais tóxico após ingestão.
Muitos dos efeitos observados podem ser derivados dos outros componentes da
formulação. Dois casos de intoxicação por Acetamiprido em humanos foram
descritos no Japão. Os pacientes apresentaram: náuseas, vômitos, debilidade
muscular, hipotermia, convulsões, taquicardia, hipotensão, alterações
eletrocardiográficas e hipóxia. Os sintomas foram parcialmente semelhantes
aos apresentados na intoxicação por organofosforados. Tratamento de suporte
foi suficiente e os dois pacientes se recuperaram sem complicações, em 2 dias.
Em ratos mostrou elevada toxicidade aguda após ingestão causando:
Sinais e sintomas
Inalatória Insuficiência respiratória, aspiração pulmonar.
Oral Náuseas, vômitos.
Sistêmica Hipotensão, depressão do SNC, desorientação, agitação, tremores,
delírios, hipotermia, arritmias.
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Sintomas sistêmicos podem ser desenvolvidos após exposição de extensa
superfície dérmica, inalação ou ingestão prolongada. Os sintomas incluem dor de
cabeça, vertigem, anorexia e hipersalivação.
Sintomas e A intoxicação severa não é comum e geralmente sucede ingestão considerável e
sinais clínicos causa comprometimento da consciência, fasciculações musculares, convulsões e,
raramente, edema pulmonar não cardiogênico.
Cardiovascular - Podem ocorrer hipotensão e taquicardia associados à anafilaxia.
Respiratória - Podem ocorrer reações de hipersensibilidade caracterizadas por
pneumonia, tosse, dispneia, dificuldade respiratória, dor no peito e
broncoespasmo. Foram relatados casos raros de parada respiratória e
cardiopulmonar.
Neurológica - Parestesias, dores de cabeça e vertigens são comuns. Exposição
substancial pode resultar em hiperexcitabilidade e convulsões, mas é raro.
Gastrointestinal - Geralmente ocorrem náuseas, vômito e dor abdominal dentro
de 10 a 60 minutos após a ingestão.
Dermatológica - Podem ocorrer irritação e dermatite de contato. Após exposição
prolongada, também foi observado eritema semelhante àquele produzido por
queimadura solar.
Imunológica - Após inalação foi relatado broncoespasmo repentino, inchaço das
membranas mucosas da cavidade oral e da laringe e reações anafiláticas.
Podem ser observadas: pneumonia por hipersensibilidade caracterizada por tosse,
alterações respiratórias, dor no peito e broncoespasmo.
Diagnóstico Para efeito de diagnostico, observar:
Leve a moderada intoxicação: náusea, vômito, diarreia, dor abdominal, tontura,
dores de cabeça, salivação, tremores e excitabilidade.
Intoxicação severa: ingestão em grande quantidade pode causar agitação,
convulsões, acidose metabólica, hipotermia, pneumonite e depressão respiratória.
Monitorar eletrólitos séricos, realizar monitoramento cardíaco e realizar ECG em
pacientes sintomáticos.
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efetivo quando administrado dentro de uma hora após a ingestão do agrotóxico;
2) O carvão ativado não deve ser administrado a pacientes que ingeriram ácidos
ou bases fortes. O benefício do carvão ativado também não é comprovado em
pacientes que ingeriram substâncias irritantes, onde ele pode obscurecer os
achados endoscópicos, nos casos em que o procedimento é necessário.
• Lavagem gástrica: na maioria dos casos não é necessário, dependendo da
quantidade ingerida, tempo de ingestão e circunstâncias específicas.
Considere após a ingestão de uma quantidade de veneno potencialmente
perigosa à vida, caso possa ser realizada logo após a ingestão (geralmente
dentro de 1 hora). Atentar para nível de consciência e proteger vias aéreas do
risco de aspiração em posição de Trendelenburg e decúbito lateral esquerdo ou
por intubação endotraqueal. Controlar as convulsões antes.
Contraindicações: perda de reflexos protetores das vias respiratórias ou nível
diminuído de consciência em pacientes não intubados; após ingestão de
compostos corrosivos; hidrocarbonetos (elevado potencial de aspiração);
pacientes com risco de hemorragia ou perfuração gastrointestinal e ingestão de
quantidade não significativa.
• Não provocar vômito, entretanto é possível que o mesmo ocorra
espontaneamente não devendo ser evitado, deitar o paciente de lado para
evitar que aspire resíduos. ATENÇÃO: nunca dê algo por via oral para uma
pessoa inconsciente.
• Fluídos intravenosos e monitorização de eletrólitos.
• Convulsões: indicado benzodiazepínicos IV (Diazepam (adultos: 5-10 mg;
crianças: 0,2-0,5 mg/kg e repetir a cada 10 a 15 minutos) ou Lorazepam
(adultos: 2-4 mg; crianças: 0,05-0,1 mg/kg). Considerar Fenobarbital ou Propofol
se há recorrência das convulsões em maiores de 5 anos.
• Irritação: Observe os pacientes que ingeriram a substância quanto a
possibilidade de desenvolvimento de irritação ou queimadura gastrointestinal ou
esofágica. Se estiverem presentes sinais ou sintomas de irritação ou
queimadura esofágica, considere a endoscopia para determinar a extensão do
dano.
Contraindicações A indução do vômito é contraindicada em razão do risco de aspiração e de
pneumonite química.
Fenpropatrina: A diálise e a hemoperfusão são contraindicadas. Aminas
adrenérgicas só devem ser usadas em indicações específicas, devido à
possibilidade de hipotensão e fibrilação cardíaca (morfina, succinilcolina,
teofilina, fenotiazinas e reserpina).
Efeitos sinérgicos Acetamiprido: Não relatados em humanos.
Fenpropatrina: Com outros organofosforados ou carbamatos.
Ligue para o Disque-Intoxicação: 0800-722-6001 para notificar o caso e obter
informações especializadas sobre o diagnóstico e tratamento. Rede Nacional de
Centros de Informação e Assistência Toxicológica RENACIAT – ANVISA/MS
ATENÇÃO
Notifique ao sistema de informação de agravos de notificação (SINAN / MS)
Telefone de Emergência da empresa: 0800-774-4272
Centro de Envenenamento do Paraná: 0800-410148
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produto foi distribuído pelo organismo, sendo encontrado escassos resíduos (0,01-0,1 ppm) no trato
gastrointestinal, fígado, rins, adrenais e tireoide, com baixo potencial de bioacumulação. Sofreu
biotransformação mediante processos de demetilação e conjugação com glicina. A maior
concentração do produto no organismo dá-se na primeira hora pós-dose; após este tempo, os níveis
começam a cair e sua eliminação do organismo ocorre em 6 horas. O Acetamiprido foi excretado
principalmente pela urina e fezes. A absorção dérmica (aprox. 30%) e inalatória foram baixas.
FENPROPATRINA:
Absorção:
A) Oral: Os piretroides são prontamente e rapidamente absorvidos oralmente, com ampla distribuição
por todo organismo. O pico de concentração sorológica da permetrina foi de 4 horas após ingestão
em um caso relatado.
B) Dérmica: Geralmente os piretroides são absorvidos lentamente através da pele, o que geralmente
previne a toxicidade sistêmica. Contudo, um depósito significante de piretroide pode permanecer ligado à
epiderme. Os piretroides são altamente lipofílicos, passando através das membranas celulares; contudo,
devido ao rápido metabolismo, a magnitude da toxicidade é amplamente diminuída.
Metabolismo: Os piretroides são rapidamente hidrolisados no fígado ao seu ácido inativo e derivados
alcoólicos, provavelmente pela carboxilesterase microssomal. Também ocorre degradação e
hidroxilação do álcool da posição 4’, e a oxidação produz uma grande quantidade de metabólitos. Há
alguma estereoespecificidade no metabolismo, com os isômeros trans sendo hidrolisados mais
rapidamente do que os isômeros cis, para os quais a oxidação é a mais importante via metabólica.
Contudo os grupos alfa-ciano reduzem a suscetibilidade da molécula ao metabolismo hidrolítico e
oxidativo; o grupo ciano é convertido ao aldeído correspondente (com liberação do íon cianeto),
seguido por oxidação ao ácido carboxílico, suficientemente rápido para que ocorra uma excreção
eficiente pelos mamíferos. Outras diferenças na estrutura química dos piretroides têm menos efeito
na velocidade do metabolismo.
Toxicocinética: Os padrões de metabólitos variam quando da administração oral ou dérmica em
humanos. Por exemplo, após administração dérmica de cipermetrina (outro piretroide tipo II) a
proporção de ácidos ciclopropano cis/trans excretados foi aproximadamente 1:1, comparada a 2:1
após administração oral. Essas medidas podem ser úteis na determinação da via de exposição.
Estudos em animais mostraram que a hidrólise de piretroides é inibida por agentes dialquilfosforiladores
tais como inseticidas organofosforados.
Experimentos com galinhas mostraram que a toxicidade de piretroides (permetrina) também foi
ampliada pelo brometo de piridostigmina e pelo repelente de insetos N,N-dietil-m-toluamida. Os autores
levantaram a hipótese de que a competição dos compostos pelas esterases hepáticas e plasmáticas
leva ao decréscimo da quebra de piretroides e aumento no transporte dos piretroides para os tecidos
neurais.
Eliminação: Ocorre uma metabolização rápida por éster hidrólise, resultando em metabólitos inativos
que são excretados principalmente na urina. Uma proporção menor é excretada inalterada nas fezes.
Os piretroides são eliminados dos animais rápida e completamente.
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EFEITOS CRÔNICOS DOS INGREDIENTES ATIVOS E COMPONENTES:
ACETAMIPRIDO: Em estudos toxicológicos crônicos, os ratos apresentaram perda de peso, redução
no consumo da dieta e hipertrofia, com vacuolização hepatocelular (ratos e camundongos). Em altas
doses, o Acetamiprido causou incremento no consumo de água, hipotrigliceridemia, efeitos sobre o
SNC e alterações nas papilas renais.
FENPROPATRINA: Não apresentou carcinogenicidade em ratos e camundongos. Os efeitos
observados foram redução do ganho de peso corpóreo e sinais clínicos de toxicidade nas maiores
doses testadas.
COMPONENTES DA FORMULAÇÃO
O uso adequado dos equipamentos de proteção, conforme recomendado nesta bula, não é esperado
que os componentes desta formulação causem efeitos adversos toxicologicamente relevantes em
humanos.
- Este produto é:
(X) ALTAMENTE PERIGOSO AO MEIO AMBIENTE (CLASSE I)
( ) Muito Perigoso ao Meio Ambiente (CLASSE II)
( ) Perigoso ao Meio Ambiente (CLASSE III)
( ) Pouco perigoso ao Meio Ambiente (CLASSE IV)
- Este produto é ALTAMENTE MÓVEL, apresentando alto potencial de deslocamento no solo,
podendo atingir principalmente águas subterrâneas.
- Este produto é ALTAMENTE PERSISTENTE no meio ambiente.
- Este produto é ALTAMENTE TÓXICO para minhocas.
- Este produto é ALTAMENTE TÓXICO para organismos aquáticos (microcrustáceos e peixes).
- Este produto é ALTAMENTE TÓXICO para abelhas, podendo atingir outros insetos benéficos. Não
aplique o produto no período de maior visitação das abelhas.
- Evite a contaminação ambiental - Preserve a Natureza.
- Não utilize equipamentos com vazamento.
- Não aplique o produto na presença de ventos fortes ou nas horas mais quentes.
- Aplique somente as doses recomendadas.
- Não lave as embalagens ou equipamento aplicador em lagos, fontes, rios e demais corpos d'água.
Evite a contaminação da água.
- A destinação inadequada de embalagens ou restos de produtos ocasiona contaminação do solo,
da água e do ar, prejudicando a fauna, a flora e a saúde das pessoas.
- Não execute aplicação aérea de agrotóxicos em áreas situadas a uma distância interior a 500
(quinhentos) metros de povoação e de mananciais de captação de água para abastecimento público
e de 250 (duzentos e cinquenta) metros de mananciais de água, moradias isoladas, agrupamentos
de animais e vegetação suscetível a danos.
- Observe as disposições constantes na legislação estadual e municipal concernentes às atividades
aeroagrícolas.
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- Mantenha o produto em sua embalagem original sempre fechada.
- O local deve ser exclusivo para produtos tóxicos, devendo ser isolado de alimentos, bebidas, rações
ou outros materiais.
- A construção deve ser de alvenaria ou de material não combustível.
- O local deve ser ventilado, coberto e ter piso impermeável.
- Coloque placa de advertência com os dizeres: CUIDADO VENENO.
- Tranque o local, evitando o acesso de pessoas não autorizadas, principalmente crianças.
- Deve haver sempre embalagens adequadas disponíveis para envolver embalagens rompidas ou
para o recolhimento de produtos vazados.
- Em caso de armazéns, deverão ser seguidas as instruções constantes na NBR 9843 da Associação
Brasileira de Normas Técnicas - ABNT.
- Observe as disposições constantes da legislação estadual e municipal.
• LAVAGEM DA EMBALAGEM
Durante o procedimento de lavagem o operador deverá estar utilizando os mesmos EPI's –
Equipamentos de Proteção Individual – recomendados para o preparo da calda do produto.
• Tríplice Lavagem (Lavagem Manual):
Esta embalagem deverá ser submetida ao processo de Tríplice Lavagem, imediatamente após
o seu esvaziamento, adotando-se os seguintes procedimentos:
- Esvazie completamente o conteúdo da embalagem no tanque do pulverizador, mantendo-a na
posição vertical durante 30 segundos;
- Adicione água limpa à embalagem até ¼ do seu volume;
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- Tampe bem a embalagem e agite-a, por 30 segundos;
- Despeje a água de lavagem no tanque pulverizador;
- Faça esta operação três vezes;
- Inutilize a embalagem plástica ou metálica perfurando o fundo.
• Lavagem sob Pressão:
Ao utilizar pulverizadores dotados de equipamentos de lavagem sob pressão seguir os seguintes
procedimentos:
- Encaixe a embalagem vazia no local apropriado do funil instalado no pulverizador;
- Acione o mecanismo para liberar o jato de água;
- Direcione o jato de água para todas as paredes internas da embalagem, por 30 segundos;
- A água de lavagem deve ser transferida para o tanque do pulverizador;
- Inutilize a embalagem plástica ou metálica, perfurando o fundo.
Ao utilizar equipamento independente para lavagem sob pressão adotar os seguintes procedimentos:
- Imediatamente após o esvaziamento do conteúdo original da embalagem, mantê-la invertida sobre
a boca do tanque de pulverização, em posição vertical, durante 30 segundos;
- Manter a embalagem nessa posição, introduzir a ponta do equipamento de lavagem sob pressão,
direcionando o jato de água para todas as paredes internas da embalagem, por 30 segundos;
- Toda a água de lavagem é dirigida diretamente para o tanque do pulverizador;
- Inutilize a embalagem plástica ou metálica, perfurando o fundo.
• TRANSPORTE
As embalagens vazias não podem ser transportadas junto com alimentos, bebidas, medicamentos,
rações, animais e pessoas.
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• DEVOLUÇÃO DA EMBALAGEM VAZIA
É obrigatória a devolução da embalagem vazia, pelo usuário, ao estabelecimento onde foi adquirido o
produto ou no local indicado na nota fiscal emitida pelo estabelecimento comercial.
• TRANSPORTE
As embalagens vazias não podem ser transportadas junto com alimentos, bebidas, medicamentos,
rações, animais e pessoas.
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