NBR 16.337 - 2015
NBR 16.337 - 2015
NBR 16.337 - 2015
Válida a partir de
19.01.2015
e diretrizes gerais
Risk management in projects — Principles and guidelines
Número de referência
ABNT NBR 16337:2014
20 páginas
© ABNT 2014
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Sumário Página
Prefácio.................................................................................................................................................v
Introdução............................................................................................................................................vi
1 Escopo.................................................................................................................................1
2 Referências normativas......................................................................................................1
3 Termos e definições............................................................................................................1
4 Generalidades......................................................................................................................1
4.1 Gerenciamento de projeto..................................................................................................1
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Figuras
Figura 1 – Relacionamento entre os princípios da gestão de riscos, estrutura e processos,
conforme ABNT NBR ISO 31000......................................................................................vii
Figura 2 – Visão geral dos conceitos de gerenciamento de projetos e seus relacionamentos,
conforme ABNT NBR ISO 21500, acrescido do conceito de governança
organizacional, responsável por desdobrar os conceitos descritos na
ABNT NBR ISO 31000 para o ambiente de projetos.....................................................viii
Figura 3 – Relacionamento entre os princípios da gerenciamento de riscos em projetos,
estrutura e processos, alinhados com conceitos apresentados nas normas
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Prefácio
Os Documentos Técnicos ABNT são elaborados conforme as regras da Diretiva ABNT, Parte 2.
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A ABNT chama a atenção para que, apesar de ter sido solicitada manifestação sobre eventuais direitos
de patentes durante a Consulta Nacional, estes podem ocorrer e devem ser comunicados à ABNT
a qualquer momento (Lei nº 9.279, de 14 de maio de 1996).
Ressalta-se que Normas Brasileiras podem ser objeto de citação em Regulamentos Técnicos. Nestes
casos, os Órgãos responsáveis pelos Regulamentos Técnicos podem determinar outras datas para
exigência dos requisitos desta Norma, independentemente de sua data de entrada em vigor.
A ABNT NBR 16337 foi elaborada pela Comissão de Estudo Especial de Gestão de Projetos,
Programas e Portfólio (ABNT/CEE-93). O Projeto circulou em Consulta Nacional conforme Edital nº 09,
de 09.09.2014 a 07.11.2014, com o número de Projeto 93:000.00-003.
Scope
This Standard provides principles and generic guidelines for managing project risk
This Standard can be used by any public company, private or community, association, group or
individual and any project, regardless of complexity, size and duration.
This Standard describes concepts and processes that are considered best practices in project risk
management.
—— Senior managers and project sponsors , so they can better understand the principles and practices
of project risk management and provide appropriate support and guidance to their project
managers, project risk managers, project management teams and their project teams;
—— Project managers , project risk managers, project management teams and members of project
teams, so they can have a common basis on which to compare their standards and practices
of project risk management with the other;
This Standard does not apply to programs, portfolios and business risk management
Introdução
Esta Norma fornece orientação sobre conceitos e processos do gerenciamento de riscos em projetos
que têm impacto na realização dos objetivos dos projetos.
a) gerentes seniores e patrocinadores de projeto, de forma que possam compreender melhor
os princípios e práticas do gerenciamento de riscos em projetos e prover apoio apropriado
e orientação para seus gerentes de projeto, gerentes de riscos em projetos, equipes de gerencia-
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c) elaboradores das normas nacionais ou organizacionais para uso no desenvolvimento de normas
de gerenciamento de riscos em projetos, as quais são consistentes em um nível mais profundo
com as dos outros.
Legenda:
Implementação/Controle
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l
r
a
1 Escopo
1.1 Esta Norma fornece princípios e diretrizes genéricas para o gerenciamento de riscos em projetos.
1.2 Esta Norma pode ser utilizada por qualquer empresa pública, privada ou comunitária, associação,
grupo ou indivíduo e para qualquer tipo de projeto, independentemente de complexidade, tamanho
e duração.
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1.3 Esta Norma descreve conceitos e processos que são considerados boas práticas em geren-
ciamento de riscos em projetos.
a) gerentes seniores e patrocinadores de projeto, de forma que possam melhor compreender
os princípios e práticas do gerenciamento de riscos em projetos e prover apoio apropriado
e orientação para seus gerentes de projeto, gerentes de riscos em projetos, equipes de gerencia-
mento de projetos e suas equipes de projetos;
c) elaboradores das normas nacionais ou organizacionais para uso no desenvolvimento de normas
de gerenciamento de riscos em projetos, as quais são consistentes em um nível mais profundo
com as dos outros.
1.5 Esta Norma não se aplica ao gerenciamento de riscos de programas, de portfólios e de negócios.
2 Referências normativas
Os documentos relacionados a seguir são indispensáveis à aplicação deste documento.
Para referências datadas, aplicam-se somente as edições citadas. Para referências não datadas,
aplicam-se as edições mais recentes do referido documento (incluindo emendas).
ABNT NBR ISO/IEC 31010, Gestão de riscos – Técnicas para o processo de avaliação de riscos
3 Termos e definições
Para os efeitos deste documento, aplicam-se os termos e definições do ABNT ISO Guia 73.
4 Generalidades
4.1 Gerenciamento de projeto
O gerenciamento de projetos é realizado por meio dos processos. Convém que os processos selecio-
nados para desenvolver um projeto estejam alinhados com uma visão sistêmica. Convém que cada
fase do ciclo de vida do projeto tenha entregas específicas. Convém que estas entregas sejam regulares
e analisadas criticamente durante o projeto para atender aos requisitos do patrocinador, dos clientes
e das outras partes interessadas.
A governança de projeto estabelece a estrutura de direção, controle e incentivo do projeto. Esta inclui,
mas não está limitada às, áreas de governança organizacional que são especificamente relacionadas
às atividades de projeto.
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Para que o gerenciamento de riscos de projeto seja eficaz, convém que uma organização, em todos
os níveis, atenda aos princípios descritos a seguir:
a) o gerenciamento de riscos em projetos, cria e protege valor para o projeto, de forma alinhada
com os objetivos da organização;
—— o gerenciamento de riscos em projetos não é uma atividade autônoma separada das principais
atividades e processos do gerenciamento de projetos da organização. O gerenciamento de riscos
do projeto faz parte das responsabilidades da equipe de projeto e é parte integrante de todos
os processos de gerenciamento de projetos;
—— o gerenciamento de riscos em projetos auxilia aos tomadores de decisão a fazer escolhas cons-
cientes, priorizar ações e distinguir entre formas alternativas de ação de forma a potencializar
as oportunidades e minimizar as ameaças resultantes do risco;
g) o gerenciamento de riscos em projetos é feito sob medida e vinculado com o andamento do projeto;
—— o gerenciamento de riscos em projetos está alinhado com o contexto interno e externo da orga-
nização e com o perfil do risco;
5.2.1 Generalidades
riscos proveniente deste processo seja adequadamente reportada e utilizada como base para a tomada
de decisões e a responsabilização em todos os níveis organizacionais aplicáveis.
Esta Seção descreve os componentes necessários da estrutura para gerenciar riscos em projetos
e a forma como eles se inter-relacionam.
Esta estrutura tem por objetivo auxiliar a organização a integrar o gerenciamento de riscos em seu
sistema de gerenciamento de projetos, bem como nos processos de gestão internos. Portanto, convém
que as organizações adaptem os componentes da estrutura às suas necessidades específicas.
c) defina indicadores de desempenho para o gerenciamento de riscos em projetos que estejam
alinhados com os indicadores de desempenho do projeto e da organização;
g) assegure que os recursos necessários sejam alocados para o gerenciamento de riscos em
projetos;
i) assegure que a estrutura para gerenciamento de riscos em projetos continue a ser apropriada.
é importante avaliar e compreender os contextos externo e interno da organização, uma vez que estes
podem influenciar significativamente a concepção da estrutura.
5.2.3.1.1 A avaliação do contexto externo da organização pode incluir, mas não está limitada a:
a) ambientes cultural, social, político, legal, regulatório, financeiro, tecnológico, econômico, natural
e competitivo, quer seja internacional, nacional, regional ou local;
5.2.3.1.2 A avaliação do contexto interno da organização pode incluir, mas não está limitada a:
c) capacidades, entendidas em termos de recursos e conhecimento (por exemplo, capital, tempo,
pessoas, processos, sistemas e tecnologias);
f) a forma e frequência com que o desempenho do gerenciamento de riscos em projetos será medido
e reportado; e
5.2.3.3 Responsabilização
Convém que a organização assegure que haja responsabilização, autoridade e competência apro-
priadas para gerenciar riscos, incluindo implementar e manter o processo de gerenciamento
de riscos em projetos e assegurar a suficiência, a eficácia e a eficiência de quaisquer controles.
Isto pode ser facilitado por:
a) identificar os proprietários dos riscos que têm a responsabilidade e a autoridade para gerenciar
riscos em projetos;
c) identificar outras responsabilidades das pessoas, em todos os níveis da organização, no processo
de gerenciamento de riscos em projetos;
d) estabelecer medição de desempenho e processos de reporte internos ou externos e relação com
os devidos níveis hierárquicos; e
Convém que exista um plano de gerenciamento de riscos para toda a organização, a fim de assegurar
que a política de gerenciamento de riscos seja implementada. Convém que o gerenciamento de riscos
em projetos seja incorporado às práticas e aos processos pertinentes da organização, de forma
a prezar pela eficácia e eficiência operacional e para que se torne parte integrante, e não separado,
desses processos organizacionais. Em particular, convém que o gerenciamento de riscos seja
incorporado no desenvolvimento de políticas, na análise crítica, no planejamento estratégico
e de negócios, na gestão de portfólio e programas e nos processos de gestão de mudanças.
5.2.3.5 Recursos
Convém que a organização aloque recursos apropriados para o gerenciamento de riscos em projetos.
b) recursos necessários para cada etapa do processo de gerenciamento de riscos em projetos;
c) processos, métodos e ferramentas da organização para serem utilizados para gerenciar riscos
em projetos;
Convém que a organização estabeleça mecanismos de comunicação interna e reporte a fim de apoiar
e incentivar a responsabilização e a propriedade dos riscos. Convém que tais mecanismos assegurem
que:
Convém que estes mecanismos incluam processos para consolidar a informação sobre os riscos,
conforme apropriado, a partir de uma variedade de fontes, levando em consideração sua sensibilidade.
Convém que a organização desenvolva e implemente um plano sobre como se comunicará com partes
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d) comunicação às partes interessadas sobre os efeitos das ações do gerenciamento de riscos
em projetos e seu impacto nos indicadores de desempenho do projeto e da organização,
relacionados às suas expectativas;
Convém que estes mecanismos incluam processos para consolidar a informação sobre os riscos,
conforme apropriado, a partir de uma variedade de fontes, levando em consideração sua sensibilidade.
e) consulte e comunique-se com as partes interessadas para assegurar que a estrutura de geren-
ciamento de riscos continue apropriada.
Convém que o gerenciamento de riscos em projetos seja implementado para assegurar que o processo
de gerenciamento de riscos descrito na Seção 6 seja aplicado, por meio de um plano de gerenciamento
de riscos, em todos os níveis e funções pertinentes da organização, como parte de suas práticas
e processos.
A fim de assegurar que o gerenciamento de riscos do projeto seja eficaz e continue a apoiar o desem-
penho organizacional, convém que a organização:
de riscos do projeto são apropriados, dado o contexto externo e interno das organizações;
Com base nos resultados do monitoramento e das análises críticas, convém que decisões sejam
tomadas sobre como a política, o plano e a estrutura do gerenciamento de riscos do projeto podem
ser melhorados. Convém que essas decisões visem a melhorias na capacidade de gestão de riscos
da organização e em sua cultura de gerenciamento de riscos de projeto.
Para que o processo de gerenciamento de riscos em projetos seja eficaz, é importante que ele seja
cíclico e dinâmico. Convém que as etapas do processo de gerenciamento de riscos em projetos sejam
periodicamente analisadas criticamente ao longo do ciclo de vida do projeto, considerando a própria
natureza dinâmica na qual os projetos estão inseridos. A Figura 4 mostra uma visão de ciclo para este
processo.
6.2.1 Generalidades
O contexto externo é o ambiente externo no qual a equipe de projeto busca atingir seus objetivos.
a) ambientes cultural, social, político, legal, regulatório, financeiro, tecnológico, econômico, natural
e competitivo, quer seja internacional, nacional, regional ou local;
c) relações com as partes interessadas externas e suas percepções, expectativas e valores.
6.2.3.1 O contexto interno é o ambiente interno no qual a equipe de projeto busca atingir seus obje-
tivos. Convém que o processo de gerenciamento de riscos do projeto esteja alinhado com a cultura,
os processos, a estrutura e a estratégia da organização. O contexto interno é algo dentro da organi-
zação que pode influenciar a maneira pela qual uma organização gerenciará os riscos. Convém que
o contexto interno seja estabelecido, uma vez que:
a) o gerenciamento dos riscos do projeto ocorre no contexto dos objetivos da organização;
b) os objetivos e os critérios de um determinado projeto ocorrem com base nos objetivos da
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c) algumas organizações deixam de reconhecer oportunidades para atingir seus objetivos estraté-
gicos, de projeto ou de negócios, o que afeta o comprometimento, a credibilidade, a confiança
e o valor organizacional.
6.2.3.2 É necessário compreender o contexto interno. Isto pode incluir, mas não está limitado a:
c) capacidades, entendidas em termos de recursos e conhecimento (por exemplo, capital, tempo,
pessoas, processos, sistemas e tecnologias);
e) relações com as partes interessadas internas, e suas percepções, expectativas e valores;
Convém que sejam estabelecidos os objetivos, as estratégias e o escopo do projeto onde o geren-
ciamento de riscos está sendo aplicado.
Convém que os recursos requeridos, as responsabilidades e as autoridades, além dos registros a serem
mantidos, também sejam especificados de acordo com as capacidades e restrições da organização.
b) definição das responsabilidades pelo processo e dentro do gerenciamento de riscos do projeto;
c) definição do escopo, bem como da profundidade e da amplitude das atividades de gerenciamento
de riscos do projeto a serem realizadas, englobando inclusões e exclusões específicas;
d) definição da atividade, processo, função, projeto, produto, serviço ou ativo em termos de tempo
e localização;
e) definição das relações entre um projeto, processo ou atividade específicos e outros projetos,
processos ou atividades da organização;
g) definição da forma como são avaliados o desempenho e a eficácia no gerenciamento dos riscos
do projeto;
i) identificação, definição ou elaboração dos estudos necessários, de sua extensão e objetivos, e
dos recursos requeridos para tais estudos.
A atenção para estes e outros fatores pertinentes pode ajudar a assegurar que a abordagem adotada
para o gerenciamento de riscos do projeto seja apropriada às circunstâncias, à organização e aos riscos
que afetam a realização de seus objetivos.
Convém que a organização defina os parâmetros a serem utilizados para avaliar a significância
do risco. Convém que os parâmetros reflitam os valores, objetivos e recursos da organização.
Alguns parâmetros podem ser impostos por, ou derivados de, requisitos legais e regulatórios e outros
requisitos que a organização subscreva. Convém que os parâmetros de risco sejam compatíveis
com a política de gestão de riscos da organização e analisados criticamente de forma contínua.
Ao definir os parâmetros de risco, convém que os fatores a serem considerados incluam os seguintes
aspectos:
a) a natureza e os tipos de causas e de consequências que podem ocorrer e como elas serão medidas;
h) se for conveniente, levar em consideração combinações de múltiplos riscos e, em caso afirmativo,
como e quais combinações serão consideradas.
6.3.1 Generalidades
O objetivo do processo de avaliação de riscos é identificar, analisar e avaliar os riscos para determinar
o tipo de tratamento requerido.
O propósito de identificar os riscos é gerar uma lista abrangente, baseada em eventos potenciais
de riscos e suas características, que, caso ocorram, podem ter um impacto positivo ou negativo
nos objetivos do projeto. Convém que a identificação inclua todos os riscos, estando suas fontes
sob o controle da organização ou não, mesmo que as fontes ou causas dos riscos possam não ser
evidentes.
Convém que este processo seja sistemático e repetitivo, pois novos riscos podem se tornar riscos
conhecidos ou podem mudar ao longo do ciclo de vida do projeto. Riscos com um potencial impacto
negativo para o projeto são referidos como “ameaças”, ao passo que os riscos com potencial impacto
positivo sobre o projeto são referidos como “oportunidades”. Convém que todos os riscos identificados
sejam tratados de acordo com 6.4.
Convém que este processo envolva múltiplos participantes, normalmente o cliente do projeto, patro-
cinador do projeto, gerente do projeto, membros da equipe do projeto, gerentes seniores, usuários,
especialistas, outros membros do comitê diretor do projeto.
Existem diversos métodos e meios de consulta para identificação de riscos em projetos. Entre eles
estão:
a) brainstorming;
d) questionários;
A partir dos riscos identificados, a análise de riscos envolve a apreciação das suas causas,
suas consequências positivas e/ou negativas, e sua probabilidade de ocorrência. Convém que
os fatores que afetam as consequências e a probabilidade sejam identificados. Um evento pode ter
várias consequências e pode afetar vários objetivos. É também importante considerar a interdepen-
dência dos diferentes riscos e suas fontes.
Convém que a confiança na determinação do nível de risco e sua sensibilidade a condições prévias
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Pode ser necessário revisitar a identificação dos riscos durante a análise de riscos para mais
esclarecimentos.
A análise de riscos pode ser realizada de forma qualitativa ou quantitativa. Uma análise preliminar
qualitativa pode ser realizada nas fases iniciais do projeto, quando os dados são preliminares,
ou mesmo não existentes, sobre o projeto e, posteriormente, uma análise quantitativa pode ser reali-
zada quando mais dados forem obtidos, permitindo sua execução.
De acordo com o objetivo e dados disponíveis, técnicas como análise da árvore de falhas, análise
do tipo e efeito de falha (FMEA), árvore de eventos, análise de sensibilidade, técnicas estatísticas
e análise de redes podem ser aplicadas. As técnicas para o processo de avaliação de riscos
são dadas na ABNT NBR ISO/IEC 31010.
A avaliação de riscos consiste em comparar o resultado da análise de cada risco com o critério
de tolerância adotado conforme o contexto considerado, com a finalidade de estabelecer a necessidade
e prioridade para o seu tratamento.
Em algumas circunstâncias, a avaliação de riscos pode levar à decisão de se proceder a uma análise
mais aprofundada. A avaliação de riscos também pode levar à decisão de não se tratar o risco
de nenhuma forma específica, e apenas manter os controles existentes. Esta decisão é influenciada
pela atitude perante o risco da organização e pelos critérios de risco que foram estabelecidos.
6.4.1 Generalidades
O propósito de tratar os riscos é desenvolver opções e determinar ações para aumentar as oportunidades
e reduzir ameaças para os objetivos do projeto.
O tratamento de riscos envolve a seleção de uma ou mais opções para modificar os riscos e a imple-
mentação dessas opções. Uma vez implementado, o tratamento fornece novos controles ou modifica
os existentes.
6.4.1.1 Convém que o tratamento do risco seja apropriado, oportuno, realístico dentro do contexto
do projeto, compreendido por todas as partes envolvidas e designado a uma pessoa apropriada.
c) definir e implementar um novo tratamento para os riscos, se os riscos não forem toleráveis;
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e) ajustar as necessidades das ações de tratamento dos riscos à disponibilidade de recursos
do projeto e da organização; e
f) selecionar os riscos a serem tratados de acordo com uma lista de priorização e da capacidade
de recursos da organização e do projeto.
6.4.1.2 As opções de tratamento de riscos nem sempre são mutuamente exclusivas ou adequadas
em todas as circunstâncias. As opções podem incluir as seguintes ações:
—— aceitar – Indica que a equipe do Projeto decidiu não mudar o plano de Projeto para lidar
com o risco ou é incapaz de identificar qualquer outra estratégia factível de resposta.
—— explorar – Aproveitar uma oportunidade para garantir que a oportunidade vai ocorrer e seu
impacto será realizado.
—— aceitar – Indica que a equipe do Projeto decidiu não mudar o plano de Projeto para lidar
com a oportunidade ou é incapaz de identificar qualquer outra estratégia factível de resposta.
Para cada risco, deve ser atribuído um responsável pelo seu tratamento. Convém que a pessoa
escolhida:
b) tenha poder de ação sobre a probabilidade e/ou impacto, no caso da ocorrência;
c) tenha trânsito no projeto para agir no caso de ocorrência do risco para reduzir e recuperar as suas
consequências;
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Selecionar a opção mais adequada de tratamento de riscos envolve equilibrar, de um lado, os custos
e os esforços de implementação e, de outro, os benefícios decorrentes. Convém que as decisões
também levem em consideração os riscos que demandem um tratamento economicamente não
justificável, como, por exemplo, riscos severos (com grande consequência negativa ou positiva),
porém raros (com probabilidade muito baixa).
Convém que o plano de tratamento identifique claramente a ordem de prioridade dos riscos a serem
tratados e sua implementação deve seguir esta lista de prioridades e ser condicionada à disponibilidade
de recursos disponíveis para tratá-los.
O plano de recuperação parte do princípio que o risco ocorreu. Ele pode ter ou não ações preventivas.
Se um risco foi identificado antecipadamente, é muito mais fácil a minimização de seus impactos,
no caso de sua ocorrência, se um plano de recuperação foi definido e implementado.
a) no grau de risco existente, após as opções de tratamento terem sido implementadas;
Convém que os planos de recuperação sejam iniciados quando condições predefinidas ou janelas
de oportunidades ocorrerem. Estas condições podem ser baseadas em valores monetários, de tempo,
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A finalidade dos planos de tratamento de riscos é documentar como as opções de tratamento escolhidas
serão implementadas. Convém que as informações fornecidas nos planos de tratamento incluam:
a) as razões para a seleção das opções de tratamento, incluindo os benefícios que se espera obter;
b) os responsáveis pela aprovação do plano e os responsáveis pela implementação das ações que
compõem o plano de resposta;
Convém que os planos de tratamento sejam integrados com os processos de gestão da organização
e discutidos com as partes interessadas apropriadas.
Convém que os tomadores de decisão e outras partes interessadas estejam cientes da natureza
e da extensão do risco residual após o tratamento do risco. Convém que o risco residual seja docu-
mentado e submetido a monitoramento, análise crítica e, quando apropriado, a tratamento adicional.
b) obter informações adicionais para melhorar o processo de avaliação dos riscos;
d) analisar os eventos, mudanças, tendências, sucessos e fracassos e aprender com eles;
e) detectar mudanças no contexto externo e interno, incluindo alterações nos critérios de risco
e no próprio risco, as quais podem requerer revisão dos tratamentos dos riscos e suas prioridades,
bem como identificar os riscos emergentes.
Convém que a comunicação dos riscos do projeto aborde questões relacionadas com o risco
propriamente dito, suas causas, suas consequências e as medidas que estão sendo tomadas para
tratá-los. Convém que comunicação e consulta interna e externa eficazes sejam realizadas, a fim
de assegurar que os responsáveis pela implementação do processo de gerenciamento de riscos
do projeto e as partes interessadas compreendam os fundamentos sobre os quais as decisões são
tomadas e as razões pelas quais ações específicas são requeridas.
A comunicação e a consulta às partes interessadas são importantes na medida em que elas fazem
julgamentos sobre riscos com base em suas percepções. Estas percepções podem variar devido às
diferenças de valores, necessidades, suposições, conceitos e preocupações das partes interessadas.
Como os seus pontos de vista podem ter um impacto significativo sobre as decisões tomadas, convém
que as percepções das partes interessadas sejam identificadas, registradas e levadas em consideração
no processo de tomada de decisão.
A comunicação dos riscos é necessária e serve de entrada para o processo de tomada de decisão
e para transmitir o nível de confiança de que os resultados do projeto são viáveis.
Todas as reuniões da equipe do projeto são oportunidades para discutir e deliberar sobre riscos.
Estas reuniões podem ser formais ou informais, mas convém que todas as discussões e decisões
relativas ao processo de gerenciamento de riscos do projeto sejam registradas e reportadas.
Nestas reuniões, os seguintes tópicos relacionados ao gerenciamento de riscos do projeto podem ser
incluídos:
c) revisões na avaliação dos riscos e nas atividades relacionadas aos seus tratamentos;
6.6.2 Documentação
Convém que o plano de gerenciamento de riscos do projeto descreva a forma como foi estruturado o
processo de gerenciamento de riscos e como ele será aplicado no projeto.
Convém que o plano de gerenciamento de riscos do projeto, como parte integrante do plano de geren-
ciamento do projeto, inclua ou faça referência ao seguinte:
e) definição das restrições de orçamento, de recursos e de pessoal disponíveis pelas atividades
do gerenciamento de riscos;
l) planos de gerenciamento de riscos de outras fontes, quando apropriado (por exemplo, subcon-
tratadas).
Convém que o plano de gerenciamento de riscos do projeto seja regularmente analisado criticamente
e atualizado quando necessário.
O registro de riscos do projeto permite a rastreabilidade sobre o histórico dos riscos e sua avaliação.
Seu conteúdo é referência para relatórios do projeto e para as reuniões da equipe do projeto e para
discussões sobre riscos e seus tratamentos.
Convém que o registro dos riscos seja criado a partir da identificação dos riscos. Ele pode ser com-
posto por uma base de dados que inclua todas as informações relativas à identificação dos riscos.
e) o método de acesso, facilidade de recuperação, forma de descarte, nível de acesso e meios
de armazenamento;
Bibliografia