Literatura Luso Brasileira
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Literatura Luso Brasileira
Fátima
MussaVateva
708205717
2º Ano
Classificação
Categorias Indicadores Padrões Nota
Pontuação
do Subtotal
máxima
tutor
Índice 0.5
Introdução 0.5
Aspectos
Estrutura Discussão 0.5
organizacionais
Conclusão 0.5
Bibliografia 0.5
Contextualização
(Indicação clara do 2.0
problema)
Introdução Descrição dos
1.0
objectivos
Metodologia adequada
2.0
ao objecto do trabalho
Articulação e domínio
do discurso académico
Conteúdo (expressão escrita 3.0
cuidada, coerência /
Análise e coesão textual)
discussão Revisão bibliográfica
nacional e internacional
2.0
relevante na área de
estudo
Exploração dos dados 2.5
Contributos teóricos
Conclusão 2.0
práticos
Paginação, tipo e
Aspectos tamanho de letra,
Formatação 1.0
gerais paragrafo, espaçamento
entre linhas
Normas APA
Referências Rigor e coerência das
6ª edição em
Bibliográfica citações/referências 2.0
citações e
s bibliográficas
bibliografia
ii
Folha para recomendações de melhoria:A ser preenchida pelo tutor
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Índice
Introdução....................................................................................................................................5
1. MODERNISMO BRASILEIRO E MODERNISMO PORTUGUÊS...................................6
1.1. Modernismo no Brasil..................................................................................................6
1.2. Modernismo em Portugal...........................................................................................12
2. LIRISMO...........................................................................................................................16
2.1. Texto lírico.................................................................................................................17
Conclusão...................................................................................................................................19
Referencias Bibliográficas.........................................................................................................20
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Introdução
O presente trabalho aborda acerca de modernismo em Portugal e no Brasil. O pré-
modernismo foi uma espécie de ensaio para o modernismo brasileiro. Durante os anos de
1902 a 1922, o modernismo foi sendo forjado até fixar as suas bases. Nesse período, os
problemas sociais, económicos e políticos tornaram-se mais evidentes, e falar sobre eles era
inevitável. Não havia mais espaço para idealizações, o novo Brasil que se descortinava no
início do século XX precisava ser discutido.
Era um Brasil republicano, em que a economia não dependia mais do trabalho escravo, e o
ambiente urbano, com suas indústrias, passava a ter protagonismo na história económica e
cultural do país, que entrava, enfim, na modernidade. Assim, o pré-modernismo fez a ponte
entre o passado rural, escravocrata e imperial e o futuro urbano, republicano e dependente da
força de trabalho do operariado
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1. MODERNISMO BRASILEIRO E MODERNISMO PORTUGUÊS
Inspirado pelas inovações artísticas das vanguardas europeias (cubismo, futurismo, dadaísmo,
expressionismo e surrealismo), ele teve como marco inicial a Semana de Arte Moderna, que
aconteceu entre os dias 11 e 18 de Fevereiro de 1922, no Theatro Municipal de São Paulo.
Foi nesse cenário de incertezas que um grupo de artistas, empenhados em propor uma
renovação estética na arte, apresentam um novo olhar, mais libertário, contrário ao
tradicionalismo e o rigor estético.
Assim, surge a Semana de Arte Moderna, liderada pelo chamado “Grupo dos cinco”: Anita
Malfatti, Mário de Andrade, Menotti del Picchia, Oswald de Andrade e Tarsila do Amaral.
Esse evento, que reuniu diversas apresentações e exposições, colaborou com o surgimento de
revistas, manifestos, movimentos artísticos e grupos com experimentações estéticas
inovadoras. Tudo isso permitiu consolidar as ideias modernistas e inaugurar o movimento no
país.
O modernismo no Brasil surge logo após a Primeira Guerra Mundial (1914-1918) que levou a
morte de milhares de pessoas, a destruição de diversas cidades e a instabilidade política e
social.
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Assim, numa tentativa de reestruturar o país politicamente, e também o campo das artes -
estimulado pelas vanguardas europeias -, encontra-se a motivação para romper com o
tradicionalismo.
Algumas revoltas que aconteceram nesse momento pelos tenentistas foram: a revolta do forte
de Copacabana, em Julho de 1922, no Rio de Janeiro; a revolta paulista de 1924, que ocorreu
na cidade de São Paulo; e a Coluna Prestes (1925-1927). Todos eles reivindicavam o fim da
República Velha e do sistema oligárquico.
A crise económica gerada pela quebra da bolsa de valores de Nova Iorque, em 1929, acelerou
esse processo e essa mudança foi alcançada com a Revolução de 30. Assim, um golpe de
estado depôs o presidente Washington Luís e marcou o fim da República velha. Começa,
então, a Era Vargas que durou até 1945, ano que termina da Segunda Guerra Mundial.
O modernismo no Brasil foi um longo período (1922-1960) que reuniu diversas características
e obras, por isso, esteve dividido em três fases, também chamadas de gerações:
A primeira fase do modernismo esteve voltada para a busca de uma identidade nacional.
Nesse momento, diversos artistas aproveitaram a agitação causada pela semana de arte
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moderna para romper com os modelos preconcebidos que, segundo eles, eram limitados e
impediam a criatividade.
Inspirado nas ideias das vanguardas artísticas europeias, os artistas buscam uma renovação
estética. Por esse motivo, ela é conhecida como a "fase heróica", sendo a mais radical de
todas. É também chamada de "fase de destruição", pois propunha a destruição dos modelos
que vigoravam no cenário artístico-cultural do país.
Muitas revistas e manifestos foram criados, o que fez surgir alguns movimentos, dos quais se
destacam: o movimento pau-brasil, o movimento antropofágico, o movimento regionalista e o
movimento verde-amarelado.
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Segunda fase modernista no Brasil (1930-1945)
Diferente da primeira fase, que apresentava um carácter mais destrutivo e radical, na segunda
geração, os artistas demonstram maior equilíbrio e racionalidade em seus escritos.
Esse é um momento muito fértil da literatura brasileira onde encontramos uma vasta produção
de textos poéticos em verso e prosa.
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Vinicius de Moraes (1913-1980) - Obras: Poemas, Sonetos e
Baladas (1946), Antologia Poética (1954), Orfeu da Conceição (1954).
Graciliano Ramos (1892-1953) - Obras: Vidas Secas (1938), São Bernardo (1934),
Angústia (1936), Memórias do cárcere (1953).
José Lins do Rego (1901-1957) - Obras: Menino do Engenho (1932), Doidinho
(1933), Banguê (1934) e Fogo morto (1943).
Jorge Amado (1912-2001) - Obras: O País do Carnaval (1930), Mar morto (1936)
e Capitães da areia (1937).
Rachel de Queiroz (1910-2003) - Obras: O quinze (1930), Caminho das
pedras (1937) e Memorial de Maria Moura (1992).
Érico Veríssimo (1905-1975) - Obras: Olhai os lírios do campo (1938), O Tempo e
o Vento - 3 volumes (1948-1961) e Incidente em Antares (1971).
Esse momento, que ficou conhecido como “Geração de 45”, reuniu um grupo de escritores,
muitas vezes chamados de neoparnasianos, que buscavam uma poesia mais equilibrada e
objectiva.
Assim, a liberdade formal, característica das fases anteriores, é deixada de lado para dar lugar
à métrica e o culto à forma, com produções inspiradas no Parnasianismo e Simbolismo.
Além da poesia, há uma diversidade grande na prosa com a prosa urbana, intimista e
regionalista.
Mário Quintana (1906-1994) - Obras: Rua dos cataventos (1940), Canções (1946)
e Baú de espantos (1986).
João Cabral de Melo Neto (1920-1999) - Obras: Pedra do sono (1942), O cão sem
plumas (1950) e Morte e vida severina (1957).
Di Cavalanti (1897-1976)
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Tarsila do Amaral foi uma das mais importantes pintoras do movimento modernista. Ao lado
de seu marido, Oswald de Andrade, inaugurou o movimento Antropofágico na primeira fase.
Abaporu é, sem dúvida, sua obra mais emblemática.
Em Portugal, berço do Modernismo no Brasil, seu marco inicial data de 1915 com a
publicação da Revista Orpheu.
Contexto Histórico
O Modernismo tomou lugar num período que permeia a Primeira (1914-1918) e a Segunda
(1939-1945) Guerras Mundiais.
O Situacionista, numa proposta saudosista, pretendia resgatar os anos de glória vividos por
Portugal. Os Inconformados, por sua vez, almejavam uma ruptura de padrão e estilo, e
propunham a inovação.
Assim, com o lançamento da Revista Águia, os Situacionistas tentam reviver o passado numa
pretensão de incutir nas pessoas o orgulho português oriundo das suas conquistas.
Principais Características
Distanciamento do sentimentalismo.
Originalidade e excentricidade.
Gerações Modernistas
De acordo com os seus autores e, consequentemente dos seus estilos, as gerações modernistas
se dividem em três grupos:
A primeira geração modernista é assim chamada tendo em conta que é esse o nome da
publicação que demarca a fronteira com a anterior escola literária.
Escreveu contos como "Princípio", "A Confissão de Lúcio", "Céu em Fogo", bem como
poesias. São exemplos "Dispersão", "Indícios de Oiro", "Poesias";
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Almada Negreiros (1893-1970): distinguiu-se como artista plástico, no entanto escreveu
manifestos futuristas, textos doutrinários, peças teatrais, entre outros.
O objetivo desse grupo era dar continuidade ao trabalho iniciado com a Revista Orpheu.
José Régio (1901-1969): além de escritor, foi director e editor da Revista Presença.
Escreveu "Poemas de Deus e do Diabo", "Jogo da Cabra-Cega", "Há mais Mundos";
Neorrealismo
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Diferentes fases marcaram o Modernismo em Portugal. Entre elas, o Orfismo, o
Presencialismo, o Neorrealismo e o Surrealismo, compreendendo os anos de 1915 a 1974.
Para que você conheça um pouco mais sobre a literatura portuguesa, o sítio de Português
apresenta para você as principais fases do modernismo em Portugal, suas principais
características e representantes. Boa leitura!
Os orfistas tinham como objectivo chocar a burguesia ao apresentar uma poesia livre da
métrica e inserir a literatura portuguesa no contexto cultural europeu, que àquela época estava
sob forte influência das tendências futuristas. Embora tenha desaparecido precocemente
(foram publicadas apenas duas edições), a revista Orpheu deixou uma enorme herança
cultural, influenciando novos artistas, assim como o surgimento de novas publicações.
2. LIRISMO
O lirismo tem a sua primeira afirmação nacional na poesia trovadoresca, cujos géneros
principais são: as cantigas de amor (assimiláveis à poética provençal, na qual o poeta
exprime uma forte admiração e submissão em relação à mulher amada), as cantigas de amigo
(caracterizadas por veicularem a expressão feminina), as cantigas de escárnio e maldizer
(sátiras e motejos), as albas (que remetem para situações de alvorada), as bailias (que
remetem para as danças) e as barcarolas (que versam temas marinhos ou relativos às águas
dos rios).
O lirismo medieval tem uma poética muito própria, fortemente codificada na metrificação e
nos agrupamentos estróficos, e muito distinta da evolução que a poesia vai seguir, sobretudo
devido ao renascimento e à imitação dos antigos, que mantém os rigores da modificação
poética mas a altera substancialmente.
A poesia lírica de Camões tem com principais temas o discurso sobre o amor e o destino do
ser humano. Influenciado pelo Humanismo, o escritor lusitano utilizava a forma fixa do
soneto petrarquista, tanto na métrica (decassílaba), quanto na disposição de suas estrofes (dois
quartetos e dois tercetos), além de outros traços da escola clássica.
As poesias camonianas, como todos os poetas que buscam por meio da expressão filosófica a
explicação e expressão do amor cristão, possuem uma estreita relação com as ideias de Platão
acerca do que seja esse amor. Para o filósofo, existe um mundo sensível (mundo real,
concreto) e um mundo inteligível (mundo das ideias), o primeiro vive à sombra do segundo, e
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o mundo inteligível pode ser (re) interpretado como sendo o Paraíso Cristão, no qual existe
uma beleza absoluta, um grande gerador e gerenciador do mundo, aquilo que se tornou a
grande busca cristã: Deus.
Por isso é comum apontar o Cancioneiro Geral (1516), de Garcia de Resende, como uma
colectânea de transição, onde autores renascentistas como Bernardim Ribeiro (cultor de
metros tradicionais, exprimindo uma visão moderna da experiência amorosa e do desengano)
e Sá de Miranda (ligado a uma visão do mundo mais convencional, mas programaticamente,
e formalmente, adepto da escola classicista) aparecem a par. Mas o sistema dos géneros
modifica-se: cultivam-se as elegias, as odes, as sátiras, as epístolas, os epigramas, assim como
as canções (que em muito se aparentam às elegias) e os sonetos, forma recente mas
comummente adoptada na literatura europeia ocidental. A obra de Camões constituirá a prova
da fecundidade deste sistema.
É um contentamento descontente;
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É querer estar preso por vontade;
Luís de Camões
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Conclusão
O presente trabalho abordou acerca de modernismo em Portugal e no Brasil, onde afirma que
modernismo no Brasil surge logo após a Primeira Guerra Mundial (1914-1918) que levou a
morte de milhares de pessoas, a destruição de diversas cidades e a instabilidade política e
social.
O “modernismo” brasileiro foi (na medida do possível) a verdadeira carta de Vaz de Caminha.
O famigerado canibalismo cultural exemplificado pela exaltação da antropofagia, mesmo
contando com o humorismo da atitude, traduz bem a essência do “modernismo” brasileiro,
que não tinha milhares de anos para rejeitar, mas apenas uma cultura herdada de Portugal e só
com excepção comparável com ela.
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Referencias Bibliográficas
CANDIDO, António. Literatura e sociedade. Estudos de teoria e história literária.
Companhia Editora Nacional, 1976.
Andrade, Oswald de. Ponta de lança. São Paulo: Editora Globo, 1991.
Guimarães, Fernando. O Modernismo Português e a sua Poética. Porto, Lello Editores, 1999.
Lourenço, Eduardo. A nau de Ícaro. São Paulo: Companhia das Letras, 2001.
Presença da literatura portuguesa. Modernismo. São Paulo: Difusão Europeia do Livro, 1970.
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