Dissertação de Mestrado Thiago Raeder - Rev Após Defesa
Dissertação de Mestrado Thiago Raeder - Rev Após Defesa
Dissertação de Mestrado Thiago Raeder - Rev Após Defesa
Centro Tecnológico
Dissertação de Mestrado
Dissertação apresentada ao
Programa de Pós-Graduação em
Engenharia Mecânica da UFF como
parte dos requisitos para obtenção
do grau de Mestre em Ciências em
Engenharia Mecânica. Área de
Concentração: Análise Estrutural
Niterói
2012
THIAGO SARAIVA DE ALMEIDA RAEDER
Dissertação apresentada ao
Programa de Pós-Graduação em
Engenharia Mecânica da UFF como
parte dos requisitos para obtenção
do grau de Mestre em Ciências em
Engenharia Mecânica. Área de
Concentração: Análise Estrutural
Banca Examinadora:
Niterói
2012
Agradecimentos
Aos Professores Felipe Rachid e Thiago Ritto pelas propostas de melhorias nesta
dissertação.
Aos meus pais pelas oportunidades que me concederam ao longo de toda a vida.
ii
Abstract
Industrial pipes are designed to ensure the transport of fluids throughout the
service life of the installation. Fabrication errors, corrosion, erosion and fatigue are
failure mechanisms often identified in pipes of plants around the world, causing
leaks that may result in wounds to operators, releasing dangerous fluids to the
environment, or result an unscheduled shutdown. A common issue for new designs
is dynamic loads that piping systems could be subjected in operation, which may
result fatigue failures, for example.
Experimental analyses for induced vibration in two-phase flow were conducted
in Laboratory of Vibration and Automation - Universidade Federal Fluminense. The
forces resulting from two-phase flow were measured for twenty volumetric fractions
of air and water mixtures. The flow was carried by acrylic tube with 19mm inner
diameter, mounted vertically and horizontally.
During tests in two-phase flow conducted in a flexible arrangement, wherein the
acrylic pipes could vibrate without restriction, the more intense displacements
occurred at frequencies equivalent to the first vibration modes (resonance).
Dynamic forces and predominant frequencies from two-phase flow are strongly
dependent on the superficial velocity of the mixture, In general, the magnitude of
the dynamic forces produced by the two-phase flow for volume fractions of air
between 50% and 75% can be attributed to the impulses created by change in
momentum of a slug travelling through the bends.
iii
Sumário
1. Introdução ......................................................................................................... 1
1.1 Objetivo do trabalho ....................................................................................... 2
1.2 Conteúdos dos capítulos ............................................................................... 3
7. Conclusão ....................................................................................................... 76
iv
Sumário de Figuras
Figura 2.4 – Impulso axial em linha submetida à onda de pressão (golpe de aríete). ............ 8
Figura 2.6 – Forças de reação exercidas por uma curva devido ao escoamento interno. ..... 10
Figura 3.5 – Elemento de viga para modelagem de vibrações transversais. ........................ 24
Figura 4.2 – Amostras no diagrama de escoamento bifásico vertical (Giraudeau [10]). ..... 29
Figura 4.3 – Fotografias da montagem final da bancada com curvas de raio longo. ........... 31
Figura 4.4 – Fotografias do tubo “U” fabricado a partir de duas curvas de raio curto......... 32
Figura 4.6 – Fotografia do sistema de aquisição de dados utilizado nos experimentos. ...... 34
Figura 4.7 – Dimensões gerais dos tubos para os ensaios de força dinâmica na vertical..... 35
Figura 4.8 – Dimensões gerais dos tubos para os ensaios de força dinâmica na horizontal. 36
v
Figura 4.9 – Posicionamento da bancada instalada na horizontal. ....................................... 37
Figura 4.10 – Dimensões gerais das tubulações para os ensaios de aceleração. .................. 38
Figura 5.1 – Imagens dos modelos em elementos finitos criados para o tubo de raio longo (à
esquerda ) e tubo de raio curto (à direita). ............................................................................ 40
Figura 5.2 – Primeiro (à esquerda) e segundo (à direita) modos de vibração (raio longo). . 41
Figura 5.3 – Terceiro (à esquerda) e quarto (à direita) modos de vibração (raio longo). ..... 41
Figura 5.4 – Primeiro (à esquerda) e segundo (à direita) modos de vibração (raio curto). .. 42
Figura 5.5 – Terceiro (à esquerda) e quarto (à direita) modos de vibração (raio curto)....... 42
Figura 5.6 – Ensaio de impacto realizado no tubo com curvas de raio longo – modos de
vibração excitados fora do plano. ......................................................................................... 43
Figura 5.7 – Ensaio de impacto realizado no tubo com curvas de raio longo – modos de
vibração excitados no plano. ................................................................................................ 44
Figura 5.8 – Resposta em freqüência dos ensaios com curvas de raio longo (ar) ................ 45
Figura 5.9 – Resposta em freqüência dos ensaios com curvas de raio longo (água)............ 45
Figura 5.10 – Resposta em freqüência dos ensaios com curvas de raio curto (ar). .............. 46
Figura 5.11 – Resposta em freqüência dos ensaios com curvas de raio curto (água). ......... 47
Figura 5.12 – Resposta em freqüência dos ensaios com curvas de raio curto (água). ......... 47
Figura 5.13 – Sinais no tempo de acelerações para j =2 m/s e β = 75%. ............................. 48
Figura 5.14 – Sinais no tempo de acelerações para j =4 m/s e β = 75%. ............................. 48
Figura 5.15 – Sinais no tempo de acelerações para j =6 m/s e β = 75%. ............................. 49
Figura 5.16 – Sinais no tempo das acelerações para j=8m/s e β = 75%............................... 49
vi
Figura 5.19 – Espectro em freqüência das acelerações no plano para diferentes velocidades
de escoamento bifásico (fração volumétrica de ar - 75%).................................................... 50
Figura 5.22 – Espectro em freqüência das acelerações no plano para diferentes velocidades
de escoamento bifásico (fração volumétrica de ar, em 50%). .............................................. 52
Figura 5.25 – Espectro em freqüência das acelerações no plano para diferentes velocidades
de escoamento bifásico (fração volumétrica de ar, em 75%). .............................................. 53
Figura 5.26 – Espectro em freqüência das forças atuantes no tubo com curva de raio longo
em diferentes velocidades de escoamento (fração volumétrica de ar, em 50%). ................. 55
Figura 5.27 – Espectro em freqüência das forças atuantes no tubo com curva de raio longo
em diferentes velocidades de escoamento (fração volumétrica de ar, em 75%). ................. 55
Figura 5.28 – Sinal no tempo da força dinâmica em escoamento por bolhas (β = 25%). .... 56
Figura 5.29 – Sinal no tempo da força dinâmica em escoamento por golfadas (β = 50%). . 56
Figura 5.30 – Sinal no tempo da força dinâmica em escoamento por golfadas (β = 75%). . 57
Figura 5.31 – Sinal no tempo da força dinâmica em escoamento por golfadas (β = 95%). . 57
Figura 5.33 – Força dinâmica (média quadrática – “rms”) em função de β......................... 59
Figura 5.34 – Ilustração da força resultante criada durante o escoamento bifásico. ............ 59
Figura 6.1 – Forças dinâmicas em: (a) RMS (b) Amplitude - pico a pico, para razões
volumétricas de gás β de 25%. ............................................................................................. 61
vii
Figura 6.2 – Visualização das forças dinâmicas (em rms e pico a pico) para β igual a 25% e
velocidade j igual a 4m/s. ..................................................................................................... 62
Figura 6.3 – Freqüências predominantes de forças dinâmicas para β igual a 25%. ............. 63
Figura 6.4 – Forças dinâmicas em (a) RMS (b) Amplitude pico a pico, para razões
volumétricas de gás β de 50%. ............................................................................................. 64
Figura 6.5 – Visualização das forças dinâmicas (em rms e pico a pico) para β igual a 50% e
velocidade j igual a 2m/s. ..................................................................................................... 64
Figura 6.6 – Freqüências predominantes de forças dinâmicas para β igual a 50%. ............. 65
Figura 6.7 – Forças dinâmicas em (a) RMS (b) Amplitude pico a pico, para razões
volumétricas de gás β de 75%. ............................................................................................. 66
Figura 6.8 – Visualização das forças dinâmicas (em rms e pico a pico) para β igual a 75% e
velocidade j igual a 8m/s. ..................................................................................................... 66
Figura 6.9 – Freqüências predominantes de forças dinâmicas para β igual a 75%. ............. 67
Figura 6.10 – Forças dinâmicas em (a) RMS (b) Amplitude pico a pico, para razões
volumétricas de gás β de 95%. ............................................................................................. 68
Figura 6.11 – Visualização das forças dinâmicas (em rms e pico a pico) para β igual a 95%
e velocidade j igual a 15m/s. ................................................................................................ 68
Figura 6.12. – Freqüências predominantes de forças dinâmicas para β igual a 95%. .......... 69
Figura 6.18 – Forças dinâmicas geradas em curvas durante o escoamento bifásico. ........... 75
viii
1. Introdução
1
Apesar da grande quantidade de falhas em tubulações identificadas na
indústria, ainda é reduzida a quantidade de referências de projeto que definam
critérios para evitar vibrações nas tubulações em operação. Na maioria das
situações, os projetos de tubulações industriais são elaborados somente com base
no comportamento estático: pressão, dilatação térmica, deslocamentos e esforços
impostos. Ainda nesta situação, há a preferência em realizar análises particulares
somente em tubulações com diâmetro nominal acima de 100mm (ou 4 polegadas).
2
1.2 Conteúdos dos capítulos
3
2. Vibrações induzidas pelo fluxo
4
da rotação da máquina. Os efeitos observados são caracterizados por
desbalanceamentos axiais na tubulação, sendo usualmente identificado em
descargas de bombas ou compressores alternativos (podendo também ser
identificado nas linhas de sucção).
5
Cavitação / vaporização – assim como no caso do escoamento turbulento,
também neste caso há excitação de uma ampla faixa de freqüências. A cavitação
ou a vaporização são observadas em grandes restrições ao escoamento, por
exemplo, em válvulas de controle. O fluido, neste caso, é expandido a pressões
inferiores à pressão de vapor. A cavitação ocorre sempre que a pressão estática a
jusante é superior à pressão de vapor, provocando implosões das bolhas de
vapor, responsáveis pala geração de ruído, vibração e até erosão das paredes
internas.
A Figura 2.2 ilustra o processo de cavitação ou vaporização em função da
pressão a montante P1, pressão a jusante P2 e pressão de vapor Pv ao longo do
comprimento.
6
Figura 2.3, Blevins [4]. Este tipo de vibração pode ser observado em tubulações
industriais junto a placas de orifício, poços para medição de temperatura ou em
derivações.
7
ilustra o desbalanceamento dos esforços provocado pela presença de uma onda
de pressão gerada durante uma variação súbita de vazão no sistema.
Figura 2.4 – Impulso axial em linha submetida à onda de pressão (golpe de aríete).
8
Figura 2.5 – Desbalanceamento hidráulico em tubulação com escoamento bifásico.
d
( ) ( )( ) ∑ ∑
d
dt Ω∫T ∫∂Ω ∫Ω ρ v Ω dv
ρ v − v Ω dv + ρ v − v Ω v − v Ω nda = F S + F B −
T
dt T
(2.1)
9
Figura 2.6 – Forças de reação exercidas por uma curva devido ao escoamento interno.
ρ = (1 − β )ρ L + βρ V (2.2)
d
∫
dt ΩT
ρ(v
X
− v Ω
X
)
dv − ∫ ρ v (
X
− v Ω
X
v
X
− )(
v Ω
X
da )
= ( P1 A1 − R X ) −
d
∫
dt ΩT
ρ v Ω X dv
∂ΩT
(2.3)
Integrando os termos, é possível determinar a componente x da reação:
X
v V
dρ
dt
(
− ρ v − vΩ
X X
) A = (P A − R
2
1 1 X ) (2.4)
(
R X = P1 A1 + ρ v − v Ω
X X 2
) A−v X
V
dρ
dt
(2.5)
10
3. Conceitos básicos de vibrações
11
k e um amortecedor com coeficiente de amortecimento c é representada pela
seguinte equação:
k
ωn = (3.2)
m
c
ξ= , (3.3)
2 mω n
ωd = ωn 1 − ξ 2 . (3.4)
12
onde A e φ são as constantes de integração a serem determinadas a partir das
condições iniciais do movimento, e representam, respectivamente, a amplitude
máxima de deslocamento e o ângulo de fase. A Figura 3.2 apresenta o gráfico da
solução apresentada na Equação (3.5), para as seguintes condições iniciais:
deslocamento inicial x0 igual a 1mm; velocidade inicial v0 igual a 0mm/s; freqüência
natural ωn igual a 2rd/s e ângulo de fase φ igual a π/2 rd.
13
Figura 3.3 – Modelo de vibração com dois graus de liberdade.
A equação diferencial nos casos de dois ou mais graus de liberdade pode ser
apresentada na seguinte forma:
14
De forma análoga ao sistema com um grau de liberdade, as freqüências
naturais de um sistema com n graus de liberdade serão obtidas a partir de um
movimento livre ( F(t) = 0 ) e sem amortecimento ( C = 0 ), ou seja:
q&&(t ) + M q(t ) = 0
−1 / 2 −1 / 2 −1 / 2 −1 / 2
M MM KM (3.10)
~
I q&&(t ) + K q(t ) = 0 (3.11)
onde
~ −1 / 2 −1 / 2
K=M KM (3.12)
q (t ) = v ⋅ e j⋅ω ⋅t (3.13)
~
K v = λv (3.14)
15
Neste caso, existirão n autovalores λ capazes de satisfazer a equação anterior,
assim como n autovetores v associados a cada autovalor. Em sistemas com finitos
graus de liberdade, a quantidade de freqüências naturais será igual número de
graus de liberdade, e as suas magnitudes serão iguais a:
(ω n )i = λi (3.15)
−1 / 2
u=M v (3.16)
x(t ) = ∑ d i sen((ω n )i t + φi ) ⋅ u i
n
(3.17)
n =1
C =αM + βK (3.18)
16
Para um movimento livre amortecido, a Equação (3.6) pode ser escrita na
seguinte forma (considerando x(t) = M-1/2q ):
( ~
) ~
q&&(t ) + α I + β K q& (t ) + K q(t ) = 0 (3.19)
( )
&r&(t ) + α I + β Λ r&(t ) + Λ r (t ) = 0 (3.20)
onde,
T ~
Λ = P K P = diag (λi ) (3.21)
~
enquanto que P é uma matriz ortogonal composta pelos autovetores de K .
onde a razão de amortecimento para cada modo de vibração será função das
constantes α e β além de suas freqüências naturais ωn:
α β (ω n )i
ξi = + (3.23)
2(ω n )i 2
17
As equações do movimento para cada modo de vibração de um sistema
amortecido com n graus de liberdade pode ser apresentada de forma bastante
semelhante à Equação (3.5), que referia-se a apenas um grau de liberdade:
ri (t ) = Ai e sen((ω d )i t + φ i )
−ξ i (ω n )i t
(3.24)
onde Ai e φi são constantes que devem ser determinadas a partir das condições
iniciais, e (ωd)i é a freqüência natural amortecida para cada modo de vibração.
O caso mais generalizado ocorre quando forças periódicas F(t) são diferentes
de zero em um sistema com amortecimento. De forma semelhante às
simplificações anteriores, é necessário substituir x(t) por M-1/2q na Equação (3.6):
~ ~
&r&(t ) + P T C P r&(t ) + P K P r (t ) = P T M −1 / 2 F (t ) (3.26)
18
τ
e −ξωnt
x(t ) = Ae −ξωn t
sen(ω d t + φ ) + ∫ f (τ )e
ξωnτ
sen(ω d (t − τ ))dτ (3.28)
ωd 0
19
Figura 3.4 – Elemento de viga proposto por Euler-Bernoulli.
∂M ( x, t )
M ( x + dx, t ) = M ( x, t ) + dx (3.29)
∂x
∂V ( x, t )
V ( x + dx, t ) = V ( x, t ) + dx (3.30)
∂x
⎛ ∂V ( x, t ) ⎞ ∂ 2 w( x, t )
⎜ V ( x, t ) + dx ⎟ − V ( x, t ) + f ( x, t )dx = ρA( x )dx (3.31)
⎝ ∂x ⎠ ∂t 2
20
⎛ ∂M ( x, t ) ⎞ ⎛ ∂V ( x, t ) ⎞
⎜ M ( x, t ) + dx ⎟ − M ( x, t ) + ⎜V ( x, t ) + dx ⎟dx + [ f ( x, t )dx ] = 0
dx
⎝ ∂x ⎠ ⎝ ∂x ⎠ 2
(3.32)
⎛ ∂M ( x, t ) ⎞ ⎛ ∂V ( x, t ) f ( x, t ) ⎞
+ V ( x, t )⎟dx + ⎜ ⎟(dx ) = 0
2
⎜ + (3.33)
⎝ ∂x ⎠ ⎝ ∂x 2 ⎠
∂M ( x, t )
V ( x, t )dx = − (3.34)
∂x
∂2 ∂ 2 w( x, t )
− [M ( x , t ) )]dx + f ( x , t )dx = ρA( x )dx (3.35)
∂x 2 ∂t 2
∂ 2 w(x, t )
M (x, t )dx = EI ( x ) (3.36)
∂2x
21
∂ 2 w( x, t ) ∂ 2 ⎡ ∂ 2 w( x, t ) ⎤
ρA(x ) + 2 ⎢ EI ( x ) ⎥ = f ( x, t ) (3.37)
∂t 2 ∂x ⎣ ∂x 2 ⎦
∂ 2 w( x, t ) 2 ∂ 4 w(x, t )
+c =0 (3.38)
∂t 2 ∂x 4
EI
c= (3.39)
ρA
X ′′′′( x ) T&&(t )
c2 =− = ω2 (3.40)
X (x ) T (t )
T&&(t ) + ω 2T (t ) = 0 (3.41)
22
T (t ) = Asen(ωt ) + B cos(ωt ) (3.42)
2
⎛ω ⎞
X ′′′′(x ) − ⎜ ⎟ X (x ) = 0 (3.43)
⎝c⎠
2
⎛ω ⎞ ρAω 2
β =⎜ ⎟ =
4
(3.45)
⎝c⎠ EI
23
análise estrutural, a base do método de elementos finitos consiste em transformar
o sólido contínuo em uma associação de elementos discretos e escrever
equações de equilíbrio e compatibilidade entre eles, admitindo funções contínuas
capazes de representar o campo de deslocamentos no domínio do elemento. A
partir de então, obtém-se o estado de deformações e, através de relações
constitutivas chega-se ao estado de tensões nos elementos.
O método de elementos finitos associado com a teoria de vigas de Euler-
Bernoulli é uma ferramenta muito utilizada em análises de vibrações transversais
em tubulações. A Figura 3.5 apresenta as variáveis utilizadas no método de
elementos finitos para o caso de vibrações livres numa viga em balanço.
∂2 ⎡ ∂ 2 u ( x, t ) ⎤
⎢ EI ⎥=0 (3.46)
∂x 2 ⎣ ∂x 2 ⎦
24
Caso seja considerado que os elementos de viga serão constantes ao longo do
comprimento, a Equação (3.46) se reduzirá a:
∂ 4 u ( x, t )
=0 (3.47)
∂x 4
u ( x, t ) = c1 (t )x 3 + c2 (t )x 2 + c3 (t )x + c 4 (t ) (3.48)
⎧ u (0, t ) = u1(t )
⎪ u (l , t ) = u3(t )
⎪⎪
∂u (0, t )
⎨ = u 2 (t ) (3.49)
⎪ ∂x
⎪ ∂u (l , t ) = u (t )
⎪⎩ ∂x 4
1
c1 (t ) = [2(u1 − u3 ) + l (u 2 + u 4 )] (3.50)
l3
1
c2 (t ) = [3(u3 − u1 ) + l (2u 2 + u 4 )] (3.51)
l2
c3 (t ) = u 2 (t ) (3.52)
c 4(t ) = u1 (t ) (3.53)
25
∂ 2 u ( x, t ) ∂ 4 u ( x, t )
ρA + EI =0 (3.54)
∂t 2 ∂x 4
26
4. Metodologia Experimental
27
Os parâmetros de escoamento foram ajustados a partir dos valores de vazão
de ar e de água com o auxílio de rotâmetros Conaut, em escalas entre 1 - 10 m3/h
e 10 - 100 m3/h para a linha de suprimento de ar, enquanto que na linha de
suprimento de água foram utilizados rotâmetros com escalas entre 0,1 – 1 m3/h e
1 - 10 m3/h. Durante os experimentos, duas variáveis foram utilizadas para
caracterizar o escoamento bifásico: a velocidade da mistura “j ” e a fração
volumétrica de ar “β ”, definidas respectivamente pelas Equações (4.1) e (4.2):
QL + QG
j= (4.1)
Ai
QG
β= (4.2)
QG + QL
onde, “QL” e “QG” são as vazões volumétricas de líquido e de gás (medidas por
rotâmetros), “Ai” é a área interna do tubo. Desta forma, foram estabelecidas vinte
amostras para diferentes velocidades de escoamento “j”, a partir de quatro frações
volumétricas “β ” (25%, 50%, 75% e 95%). A Figura 4.2 apresenta a disposição
das vinte amostras em função das velocidades superficiais de escoamento de ar
“jG” e de água “jL”, definidas como a partir das vazões volumétricas: jG=QG/Ai e
jL=QL/Ai.
28
Figura 4.2 – Amostras no diagrama de escoamento bifásico vertical (Giraudeau [10]).
29
Tabela 4.1 – Velocidades e vazões utilizadas em cada amostra.
Velocidade Velocidade Fração
Velocidade Vazão de Vazão de
Amostra superficiais superficiais Volumétrica.
da mistura água ar
do liquido do ar β
jL jG j QL QG
Seq. Identif.
[m/s] [m/s] [m/s] [%] [m3/h] [m3/h]
Capacidade 14,88 15,79 30,68 - 16,00 16,98
Figura 4.3 – Fotografias da montagem final da bancada com curvas de raio longo.
31
Finalizado o dobramento das curvas de raio longo, iniciou-se o processo de
fabricação do tubo “U” a partir da colagem de luvas e conexões. A ligação entre as
curvas de raio longo e os trechos retos foi realizada com o auxílio de luvas coladas
com resina epóxi. Pequenas secções de tubos de acrílico com diâmetro nominal
de 1-1/4 polegada (32mm de diâmetro externo) foram utilizadas como luvas,
enquanto que adaptadores em PVC (diâmetro nominal de 3/4 pol) foram colados
de forma a permitir a utilização dos acessórios roscados, tais como “Tês”, curvas
90º, curvas 45º e adaptadores de mangueiras. Em todos os processos de
colagem, foram utilizadas resinas bicomponente com tempo de cura lenta (10min),
aguardando 24 horas na temperatura ambiente para cura completa.
Figura 4.4 – Fotografias do tubo “U” fabricado a partir de duas curvas de raio curto.
32
4.4 – Aquisição de dados
O sinal analógico do transdutor de força foi convertido em sinal digital por meio
do módulo de aquisição e condicionamento de sinais SPIDER 8 (HBM),
transmitido para um microcomputador portátil por uma porta paralela, e
processado em ambiente Windows pelo sistema CATMAN 4.5 (HBM). A taxa de
aquisição de dados foi estabelecida em 400Hz (período entre amostras de 2,5ms),
e o número total de amostras foi definido em 40.000, resultando em 100s de
33
período total para cada ensaio. A Figura 4.6 apresenta uma imagem do arranjo
final do sistema de aquisição de dados após a montagem.
A Figura 4.7 apresenta as dimensões gerais das bancadas para realização dos
ensaios de medição força dinâmica para tubos em “U” na posição vertical com
curvas de raio longo e curvas de raio curto. Destaca-se a distância entre curvas de
565mm (medida entre linhas de centro) e a distância entre o misturador (“Y”) e o
transdutor de força igual a 1900mm.
34
Figura 4.7 – Dimensões gerais dos tubos para os ensaios de força dinâmica na vertical.
35
Figura 4.8 – Dimensões gerais dos tubos para os ensaios de força dinâmica na horizontal.
36
Figura 4.9 – Posicionamento da bancada instalada na horizontal.
37
Figura 4.10 – Dimensões gerais das tubulações para os ensaios de aceleração.
38
5. Resultados Experimentais
Para a avaliação dos modos de vibração e freqüências naturais dos tubos, foi
necessário criar dois modelos em elementos finitos (Figura 5.1) para a
representação das geometrias dos tubos de raio longo e de raio curto.
As freqüências naturais calculadas a partir do modelo em elementos finitos
utilizando o programa comercial Caesar II (Intergraph) e apresentadas na Tabela
5.1 foram determinadas para as condições de tubos preenchidos com ar e com
água, a partir das seguintes propriedades:
39
Figura 5.1 – Imagens dos modelos em elementos finitos criados para o tubo de raio longo
(à esquerda ) e tubo de raio curto (à direita).
40
Figura 5.2 – Primeiro (à esquerda) e segundo (à direita) modos de vibração (raio longo).
Figura 5.3 – Terceiro (à esquerda) e quarto (à direita) modos de vibração (raio longo).
41
Figura 5.4 – Primeiro (à esquerda) e segundo (à direita) modos de vibração (raio curto).
Figura 5.5 – Terceiro (à esquerda) e quarto (à direita) modos de vibração (raio curto).
42
5.2 – Ensaios de impacto no tubo com curvas de raio longo
Figura 5.6 – Ensaio de impacto realizado no tubo com curvas de raio longo – modos de
vibração excitados fora do plano.
43
Figura 5.7 – Ensaio de impacto realizado no tubo com curvas de raio longo – modos de
vibração excitados no plano.
44
Os gráficos apresentados nas Figuras 5.8 e 5.9 referem-se às respostas em
freqüências dos ensaios de impacto realizado com os tubos com as curvas de raio
longo.
Figura 5.8 – Resposta em freqüência dos ensaios com curvas de raio longo (ar)
Figura 5.9 – Resposta em freqüência dos ensaios com curvas de raio longo (água).
45
5.3 – Ensaios de impacto no tubo com curvas de raio curto
Figura 5.10 – Resposta em freqüência dos ensaios com curvas de raio curto (ar).
46
Figura 5.11 – Resposta em freqüência dos ensaios com curvas de raio curto (água).
Figura 5.12 – Resposta em freqüência dos ensaios com curvas de raio curto (água).
47
Para os tubos fabricados com curvas de raio longo, foram realizados quatro
ensaios com escoamento bifásico com fração volumétrica de ar (β) igual a 75%,
com velocidades de escoamento equivalentes às amostras de 11 a 14,
apresentadas na Tabela 4.1. Durante estes ensaios foi possível comprovar que as
principais componentes de freqüências de vibração mantêm-se inalteradas com o
aumento da velocidade de escoamento, aproximando-se das freqüências naturais
do tubo. As Figuras 5.13 a 5.16 apresentam os sinais de aceleração no plano e
fora do plano para os ensaios realizados na fração volumétrica igual a 75%.
48
Figura 5.15 – Sinais no tempo de acelerações para j =6 m/s e β = 75%.
49
Figura 5.18 – Espectro em freqüência das acelerações para velocidades de escoamento
bifásico de 6 e 8 m/s (fração volumétrica de ar - 75%).
50
velocidades de mistura j, se mantiveram estáveis ao redor de 33Hz (menor
freqüência natural de vibração no plano) tanto para os ensaios realizados na
fração volumétrica de ar de 50% quanto para 75%, como verificado nas Figuras
5.20 a 5.25.
51
j [m/s]
52
Figura 5.24 – Espectro em freqüência das acelerações para velocidades de escoamento
bifásico de 6 e 10 m/s (fração volumétrica de ar igual a 75%).
53
A partir dos resultados numéricos e experimentais apresentados nesta seção
(ensaios de aceleração), é possível identificar algumas características básicas da
vibração induzida pelo escamento bifásico:
Os ensaios para medição das forças dinâmicas impostas pelos fluidos tiveram
de ser realizados separadamente dos ensaios de aceleração em função da
necessidade de restrição do movimento da tubulação para a utilização do
transdutor de força rigidamente instalado entre a tubulação e a estrutura base.
Para a medição de força dinâmica, portanto, não foram identificados
deslocamentos nas tubulações devido à vibração induzida pelo fluxo.
As forças dinâmicas geradas pelo escoamento bifásico apresentaram aumento
da freqüência predominante com o acréscimo da velocidade de escoamento,
como verificado nas Figuras 5.26 e 5.27 (para tubos com curvas de raio longo). É
possível verificar também o aumento da amplitude da força dinâmica com o
aumento da velocidade média de escoamento da mistura - j.
54
Figura 5.26 – Espectro em freqüência das forças atuantes no tubo com curva de raio
longo em diferentes velocidades de escoamento (fração volumétrica de ar, em 50%).
Figura 5.27 – Espectro em freqüência das forças atuantes no tubo com curva de raio
longo em diferentes velocidades de escoamento (fração volumétrica de ar, em 75%).
55
Os sinais de força no domínio do tempo são apresentados nas Figuras 5.28 a
5.31 para amostras de 40000 pontos, com período total de aquisição de 100s.
Para melhor visualização, os gráficos são apresentados em períodos de 5s.
Figura 5.28 – Sinal no tempo da força dinâmica em escoamento por bolhas (β = 25%).
Figura 5.29 – Sinal no tempo da força dinâmica em escoamento por golfadas (β = 50%).
56
Figura 5.30 – Sinal no tempo da força dinâmica em escoamento por golfadas (β = 75%).
Figura 5.31 – Sinal no tempo da força dinâmica em escoamento por golfadas (β = 95%).
57
freqüências correspondem ao escoamento por golfadas em frações volumétricas
com 95% de ar (caracterizada por bolhas longas). A redução da freqüência
predominante pode ser visualizada nos espectros apresentados na Figura 5.32.
β = 75%
β = 50%
β = 95%
β = 25%
58
Figura 5.33 – Força dinâmica (média quadrática – “rms”) em função de β.
A força medida pelo transdutor pode ser considerada a resultante Fx(t) entre os
impulsos gerados nas duas curvas durante a passagem de bolhas, como ilustrado
na Figura 5.34.
59
6. Análise dos Resultados Experimentais
FRMS = FMédio
2
+ σ F2 (6.1)
⎛ dV ⎞
⎟ ⋅ j = (ρ L ⋅ j ⋅ Ai ) ⋅ j = ρ L ⋅ j ⋅ Ai
dm
FA = ⋅ j = ⎜ ρL ⋅ 2
(6.2)
dt ⎝ dt ⎠
60
onde (dm/dt) e dV/dt) são respectivamente as vazões mássica e volumétrica, ρL é
a massa específica do líquido, j é a velocidade de mistura e Ai é a área interna do
tubo.
A Figura 6.1 apresenta os resultados dos ensaios realizados para a fração
volumétrica β igual a 25%, nos cinco arranjos de bancadas apresentados nas
Figuras 4.7 e 4.8.
(a) (b)
Figura 6.1 – Forças dinâmicas em: (a) RMS (b) Amplitude - pico a pico, para razões
volumétricas de gás β de 25%.
61
forças dinâmicas pico a pico). No gráfico (b) da Figura 6.1, é possível observar
uma tendência de elevação da amplitude de força dinâmica com a velocidade da
mistura. Ainda assim, para as amostras obtidas com a bancada na horizontal, é
possível identificar a inversão da tendência de aumento da força dinâmica a partir
de velocidades de mistura na ordem de 4m/s, fato coincidente com os resultados
apresentados por Giraudeau [10] para tubos com diâmetro interno de 52 mm.
Para evidenciar a relação entre os resultados experimentais com as Equações
6.1 e 6.2, a Figura 6.2 apresenta o sinal de força ao longo de 100 segundos para o
ensaio realizado na fração volumétrica β de 25% e velocidade de mistura j de
4m/s.
Figura 6.2 – Visualização das forças dinâmicas (em rms e pico a pico) para β igual a 25%
e velocidade j igual a 4m/s.
62
Figura 6.3 – Freqüências predominantes de forças dinâmicas para β igual a 25%.
63
(a) (b)
Figura 6.4 – Forças dinâmicas em (a) RMS (b) Amplitude pico a pico, para razões
volumétricas de gás β de 50%.
Figura 6.5 – Visualização das forças dinâmicas (em rms e pico a pico) para β igual a 50%
e velocidade j igual a 2m/s.
64
As freqüências predominantes das forças resultantes do escoamento bifásico
apresentaram valores bastante próximos aos obtidos experimentalmente por
Riverin [7]. De fato, para os dois tipos de curva (raio longo e raio curto) e para as
três disposições da bancada (vertical, horizontal e horizontal negativo) avaliados,
observou-se pouca dispersão dos resultados, exceto para os ensaios realizados
na fase de escoamento por bolhas ( j igual a 2 e 3m/s).
65
dispersão relativamente pequena em relação ao resultados obtidos nas demais
frações volumétricas. Novamente, a partir dos resultados obtidos para a fração
volumétrica de 75% de ar, é possível considerar que a as forças dinâmicas
resultantes do escoamento bifásico podem ser representadas pela Equação 6.2,
como apresentado na Figura 6.5 (b).
(a) (b)
Figura 6.7 – Forças dinâmicas em (a) RMS (b) Amplitude pico a pico, para razões
volumétricas de gás β de 75%.
Figura 6.8 – Visualização das forças dinâmicas (em rms e pico a pico) para β igual a 75%
e velocidade j igual a 8m/s.
66
Apesar da coerência das forças dinâmicas com os ensaios realizados por
Riverin [7] para a fração volumétrica de 75%, as freqüências predominantes
associadas a cada velocidade de escoamento foram inferiores às identificadas por
Riverin [7] em tubos com diâmetro interno de 20mm, e bancada construída com
distância entre curvas de 300mm.
67
(a) (b)
Figura 6.10 – Forças dinâmicas em (a) RMS (b) Amplitude pico a pico, para razões
volumétricas de gás β de 95%.
Figura 6.11 – Visualização das forças dinâmicas (em rms e pico a pico) para β igual a
95% e velocidade j igual a 15m/s.
68
ambos os casos, atribui-se à diferença a dois principais fatores: maior distância
entre as curvas (300mm na bancada utilizada por Riverin[7] comparada com
565mm para a bancada desta dissertação) e a utilização de misturador com maior
dispersão de bolhas por Riverin.
FRMS
FRMS = 2
= C ⋅ We −0, 4 (6.3)
D
ρL ⋅ j ⋅π ⋅
2
4
onde D é o diâmetro interno do tubo, C é uma constante de aproximação e o
número de Weber é definido em função da tensão superficial - σ (considerada
igual a 0,06 N/m, como proposto por Giraudeau [10]), como:
69
ρL j2D
We = (6.4)
σ
70
De forma equivalente aos ensaios de força dinâmica, os espectros de potência
obtidos a partir dos sinais de força no tempo também podem ser
adimensionalizados a partir da massa específica do líquido ρL, da velocidade de
escoamento da mistura j, do diâmetro interno - D, e do número de Weber - We, da
seguinte forma:
Φ j
Φ= ⋅ We 0,8 (6.5)
(ρ L ⋅ j ⋅D
2
)
2 2 D
f ⋅D
f = (6.6)
j
⎧ k1 ⋅ f m1 , f ≤ f0
Φ=⎨ (6.7)
⎩k 2 ⋅ f , f > f0
m2
Tabela 6.1 – Parâmetros das curvas de aproximação dos ensaios de Giraudeau [10].
β [%] f0 Φ( f 0 ) k1 k2 m1 m2
71
(a) (b)
Figura 6.14 – Espectros de potência adimensionalizados – tubos na vertical (a) e na
horizontal (b), para β = 25%
(a) (b)
Figura 6.15 – Espectros de potência adimensionalizados – tubos na vertical (a) e na
horizontal (b), para β = 50%
72
(a) (b)
Figura 6.16 – Espectros de potência adimensionalizados – tubos na vertical (a) e na
horizontal (b), para β =75%.
(a) (b)
Figura 6.17 – Espectros de potência adimensionalizados – tubos na vertical (a) e na
horizontal (b), para β =95%.
73
Novamente, observa-se que as freqüências, desta vez não somente as
freqüências predominantes, mas também todos os espectros dos ensaios
realizados apresentam deslocamento para a esquerda com relação às curvas
apresentadas por Giraudeau [10]. Esta redução das freqüências excitadas pode
ser atribuída à diferença entre as distâncias entre curvas, que no caso dos ensaios
por Giraudeau [10], que utilizou a mesma bancada de Riverin[7] (distância entre
curvas de 300mm).
74
⎧ QL + Qg
⎪⎪ j = Ai
F = ρ L ⋅ j 2 ⋅ Ai , para ⎨ (6.8)
⎪ A = π ⋅ di
2
⎪⎩ i 4
75
7. Conclusão
76
são misturados. Imagina-se que a distância entre duas curvas adjacentes também
seja contribuinte para as freqüências predominantes das forças geradas pelo
escoamento bifásico.
Em projetos de tubulações industriais com expectativa de escoamento bifásico
de líquido e gás, é razoável considerar que as maiores forças dinâmicas que
deverão ser consideradas em uma análise de tensões sejam as obtidas pelo
cálculo da variação da quantidade de movimento.
Em trabalhos futuros, propõe-se que sejam realizados ensaios com medidores
de vazão não-intrusivos, de forma a reduzir a perda de carga total da bancada, e
permitir atingir maiores velocidades de escoamento. A posição da ancoragem do
transdutor de força também pode ser alterada para a linha de centro da bancada,
entre as duas curvas, para medições diretas da força resultante, reduzindo a
influência de pequenas deformações e rotações dos tubos. Finalmente, a
utilização de curvas pré-fabricadas (ainda que opacas), com dimensões
padronizadas, permitirá menores dispersões entre os resultados.
77
8. Referências Bibliográficas
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Investigation Project - 1/4/2000 to 31/3/2001”, Offshore Technology Report
2001/055;
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Project”, NEA/CSNI/R(2009)19 – 2009;
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2007.
[6]. Caughey, T.K. e O’Kelly, M.E.J., “Classical Normal Modes in Damped Linear
Dynamic Systems”, ASME Journal of Applied Mechanics, Vol 49, pp. 867-870 –
1965.
[7]. Bathe, K.-J. “Finite Element Procedures”, Prentice-Hall, Upper Saddle River,
N.J. – 1996.
78
[8]. Riverin, J.-L. “Vibration Excitation Forces due to Two-Phase Flow in Piping
Elements”, ASME Journal of Pressure Vessel Tecnology, Vol. 129 – 2007.
[9]. Riverin, J.-L. “Fluctuating forces caused by internal two-phase flow on bends
and tees”, Journal of Sound and Vibration, Vol. 298: pp 1088-1098 – 2006.
79