Psicologia Organizacional
Psicologia Organizacional
Psicologia Organizacional
AUTORIA
Renata Emy Koyama
Bem vindo(a)!
O terceiro momento retratará sobre o trabalho de grupo e equipe, bem como seu
desenvolvimento e diferenciações. Em seguida, apresentar-se-á sobre a cultura
organizacional e suas funções, o con ito e as estratégias para o seu gerenciamento,
o estresse e sua administração, nalizando com as re exões da importância do
comportamento organizacional frente aos desa os surgidos na
contemporaneidade.
Sumário
Essa disciplina é composta por 3 unidades, antes de prosseguir é necessário que
você leia a apresentação e assista ao vídeo de boas vindas. Ao termino da quarta da
unidade, assista ao vídeo de considerações nais.
AUTORIA
Renata Emy Koyama
Introdução
Olá, caro(a) aluno(a)! Nesta unidade serão abordados o comportamento
organizacional e seus constituintes. Inicialmente, será retratada a de nição de
comportamento organizacional e todas as ciências que contribuem para o
entendimento de seu desenvolvimento, psicologia, antropologia, sociologia, entre
outras.
Em seguida, explanar-se-á a importância das razões para o seu estudo, como nas
aplicações práticas, da necessidade de um estilo gerencial para aumentar o
desempenho de uma equipe de trabalho e estratégias para a resolução de
problemas. A sua compreensão também promove o crescimento pessoal por meio
do conhecimento das pessoas no ambiente laboral, desenvolvendo uma maior
autopercepção e autoconhecimento, o que propicia um maior desenvolvimento
para as pessoas por meio do acúmulo de conhecimento das diversas situações e
ambientes de trabalho.
AUTORIA
Renata Emy Koyama
Ao abordar o tema comportamento organizacional, constata-se que os problemas de
relacionamentos interpessoais estão presentes frequentemente na maioria das
organizações. Desde a comunicação inadequada dos gestores à resistência das pessoas
frente à reorganização da empresa, di culdade de trabalhar em equipe, problemas
comportamentais como falta de respeito, con ança, entre outros, todos estes são
aspectos que aumentam a insatisfação dos colaboradores.
Diante deste cenário, a partir da década de 1990, o corpo docente das universidades,
principalmente dos cursos de Administração e Gestão, percebeu a importância da
compreensão do comportamento humano para uma formação adequada dos futuros
pro ssionais, e inseriu em seus currículos disciplinas sobre as relações interpessoais.
Sobre este tema, Robbins e Judge (2014) constataram em seu trabalho que
relacionamentos interpessoais positivos favorecem a manutenção de um clima
organizacional saudável, com menor índice de estresse, tornando o ambiente de
trabalho agradável e satisfatório, sendo um fator relevante no processo de agregar e
manter as pessoas na organização.
Deste modo, a organização deve atentar-se em capacitar os seus líderes e gestores, uma
vez que gestores com alto desenvolvimento das habilidades interpessoais auxiliam na
atração e manutenção de colaboradores de alto desempenho. Assim, as organizações
devem estar atentas, pois trabalhadores de excelência são difíceis de encontrar e
manter na organização, independente das condições do mercado.
Taylor (2003) apresenta em seu estudo dicas importantes para os pro ssionais na
organização:
Dessa maneira, o comportamento organizacional é uma área especí ca que estuda três
determinantes do comportamento organizacional: a estrutura, grupos e indivíduos. Por
meio do conhecimento destes determinantes deve-se fazer com que a organização
trabalhe com maior e cácia.
Ciência Unidade de
Contribuição Resultado
Comportamental Análise
Aprendizagem
Motivação
Personalidade
Emoção
Percepção
Treinamento
E cácia de
Liderança
Satisfação no Estudo do
Psicologia Trabalho Individual Comportamento
Tomada de Organizacional
decisão
individual
Seleção de
colaboradores
Design de
trabalho
Estresse no
trabalho
Mudança
Comportamental
Mudança de
atitude
Comunicação
Processos de
grupo
Estudo do
Tomada de
Psicologia Social Grupo Comportamento
decisão em
Organizacional
grupo
Comunicação
Con ito
Comportamento
intergrupos
Poder
Sociologia Teoria formal da Sistema da Estudo do
organização Organização Comportamento
Tecnologia
Organizacional
organizacional
Mudança
organizacional
Cultura
organizacional
Valores
comparativos
Atitudes Estudo do
Antropologia comparativas Grupo Comportamento
Análise Organizacional
transcultural
Cultura
Organizacional
Estudo do
Ambiente Sistema da
Antropologia Comportamento
Organizacional Organização
Organizacional
Poder
A psicologia social tem seu foco na in uência das pessoas entre si. Ela busca a mudança
comportamental, de que forma implementá-la e minimizar as barreiras que podem
surgir para que ocorra a aceitação. Contribui para a mensuração, compreensão e
mudança de atitudes, identi cação de padrões de comunicação e auxilia na construção
da con ança no comportamento de grupo, poder e con ito.
A sociologia contribui com o estudo das relações das pessoas e os ambientes sociais e
culturais de cada grupo, tendo um olhar atento diante da cultura organizacional, da
teoria e a estrutura da organização formal, da tecnologia, comunicação, poder e con ito.
A antropologia estuda a sociedade para aprender sobre o ser humano e suas atividades.
Ela auxilia na compreensão das diferenças de valores, atitudes e comportamentos
básicos entre as pessoas em diferentes países e dentro de diferentes organizações.
Aplicações Práticas
Os gerentes e gestores necessitam compreender os princípios do comportamento
organizacional para desenvolverem um estilo pessoal de liderança que satisfaça às
exigências das situações, como também saber escolher uma estratégia de resolução de
problemas ou a busca de um maior desempenho. Essas são ações que necessitam do
conhecimento do comportamento organizacional para serem aplicadas em sua equipe.
Atualmente, o ambiente das organizações está cada vez mais complexo, e tornou-se
necessária a criação de estruturas organizacionais mais e cazes. Para isso, é importante
saber relacionar-se de forma distinta com as pessoas.
Crescimento Pessoal
Ao estudar o comportamento organizacional, temos como resultado uma realização
pessoal por compreender as pessoas do ambiente laboral, e essa compreensão das
pessoas irá auxiliar em um maior autoconhecimento e autopercepção.
Maior Conhecimento
O estudo do comportamento organizacional busca agregar cada vez mais um número
de conhecimento sobre as pessoas em seus cenários de trabalho. Deste modo, irá
ajudar o trabalhador a ter um pensamento mais crítico a respeito de assuntos
relacionados à experiência do trabalho, como também para análise de problemas
pessoais e dos trabalhadores, ou seja, um acervo acumulativo do conhecimento
humano.
AUTORIA
Renata Emy Koyama
O estudo do comportamento humano na organização é complexo porque sofre
in uência de diversos fatores, como os fatores internos formados pela personalidade
(aprendizagem, motivação, percepção e valores), e os fatores externos do ambiente
organizacional (regulamentos, cultura, políticas, métodos e processos, grau de
con ança e recompensas).
Os resultados para a organização são importantes, mas para que isso ocorra deve-se
cuidar das pessoas que produzem estes resultados, uma vez que são elas que criam,
desenvolvem os produtos ou serviços e estão em contato direto com o cliente,
devendo, assim, ser a prioridade o cuidado com as pessoas.
Na psicologia não existe um medidor de personalidade para poder quali car como
forte, média ou fraca somente pela veri cação de alguns traços psicológicos, nem
mesmo a valorização para ser quali cada como boa ou má de modo geral. Não
existe nenhuma teoria que parta de uma única característica da pessoa, fazendo um
per l da personalidade.
Determinantes da Personalidade
A personalidade do ser humano é in uenciada por dois fatores: hereditariedade e
ambiente.
A abordagem da hereditariedade argumenta que a personalidade de um indivíduo
é a estrutura molecular dos genes, localizados nos cromossomos que foram
herdados pelos pais. Por meio da hereditariedade de ne-se a estatura física,
atratividade facial, gênero, temperamento, composição muscular e re exos, nível de
energia e ritmos biológicos (ROBBINS; JUDGE, 2014).
Percepção
A percepção é o “[...] processo pelo qual as pessoas selecionam, organizam,
armazenam e recuperam informações” (WAGNER; HOLLENBECK, 2012, p. 58).
Mecanismos internos são barreiras presentes na percepção que podem surgir por
meio do sentimento de rejeição ao desprazer. Seria uma forma de fuga inconsciente
em que a pessoa percebe a sua realidade interna e externa, situações ameaçadoras
como abandono, medo, perda da saúde física ou psíquica que podem afastar da
realidade e fazer perder a objetividade da vida.
Aprendizagem
O conceito de aprendizagem não é simples, pois existem diversas possibilidades de
aprendizagem. Ela é um processo mais ou menos permanente de aquisição de
tendências para se comportar de determinada forma em resposta aos estímulos e
situações vivenciais.
Esta teoria preocupa-se com a forma com que os estímulos são selecionados pela
pessoa no ambiente e quais comportamentos se resultarão.
Assim, com base nesta teoria, os trabalhadores com cargos de che a ou gestores
podem apropriar-se deste conhecimento para inserirem comportamentos
desejados em sua equipe, por exemplo, a pontualidade na entrega de trabalhos. Ao
oferecer um estímulo positivo aos trabalhadores, como um elogio, grati cações para
aqueles que forem pontuais em seus resultados, estes cam condicionados a
manterem este comportamento, entregar os trabalhos dentro do prazo previsto. A
palavra “condicionado” refere-se a um comportamento aprendido.
A cognição ocorre, por exemplo, quando o trabalhador necessita aprender uma nova
execução das atividades do seu trabalho. Deve-se levá-lo para observar como é
realizada a atividade, fazê-lo experimentar as execuções e, assim, ele conseguirá
atribuir o signi cado de cada procedimento. Esta cognição envolve o processo de
compreensão, transformação, armazenamento e utilização das informações.
Valores
Os valores são representações de convicções básicas de um modo especí co de
conduta ou objetivos de vida pessoal e social. Constata-se que os valores possuem
um elemento de julgamento no qual cada pessoa se baseia a partir de suas ideias
do que é certo ou errado.
Constata-se que todas as pessoas possuem uma hierarquia de valores que formam o
sistema de valores de forma singular para cada um. Por exemplo, cada pessoa dá
uma importância relativa a valores como a honestidade, delidade, respeito,
liberdade, entre outros.
Tipos de Valores
Pode-se agrupar os valores em dois conjuntos, conforme Milton Rokeach, criador da
pesquisa de valores Rokeach (RVS). Ele chamou um conjunto de valores de
terminais, que são aqueles que são objetivos e que uma pessoa gostaria de alcançar
durante a vida inteira, e o outro conjunto de valores instrumentais, referindo-se aos
modos preferíveis de comportamento para alcançar os valores terminais, como
mostra o quadro a seguir.
Quadro 1.5 - Tipos de valores
Vários estudos con rmam que os valores RVS variam entre grupos, por exemplo,
pessoas com as mesmas ocupações ou categorias semelhantes possuem uma
tendência de possuírem os mesmos valores, como pais, professores, gestores,
alunos.
Deste modo, os gestores e líderes de equipe devem avaliar candidatos não somente
por suas habilidades e experiência, mas também pelos valores. A adequação dos
valores entre a organização e o trabalhador é fundamental, uma vez que as pessoas
são atraídas e selecionadas pelas organizações, devendo possuir valores
semelhantes com os da organização ou compatíveis com sua personalidade, para
evitar insatisfação do trabalhador, que pode afetar a sua motivação e,
consequentemente, a produtividade no trabalho.
Inteligência e Inteligência
Emocional
AUTORIA
Renata Emy Koyama
Na contemporaneidade vivencia-se constantes mudanças tecnológicas, um elevado
nível de competitividade no mercado, mudanças no ambiente organizacional e
necessidade de inovação a todo o momento, afetando a vida de todas as pessoas
que fazem parte da organização.
Inteligência
A inteligência é um conceito complexo a ser de nido. Etimologicamente, a palavra
“origina-se do latim intelligentia, que signi ca entendimento, conhecimento”
(HOUAISS; VILLAR, 2008, p. 1631).
Inteligências Múltiplas
Os estudiosos da inteligência, até meados da década de 1960, acreditavam em um
modelo unifatorial da inteligência, ou seja, que havia um fator geral para explicar
toda a inteligência.
Inteligência Emocional
A inteligência emocional teve sua terminologia criada por Peter Salovey e John
Mayer da Yale University a partir dos estudos da inteligência interpessoal e da teoria
das inteligências múltiplas de Gardner, mas foi Daniel Goleman que a difundiu em
seu livro “Inteligência Emocional” de 2001.
Com isso, pode-se de nir que a inteligência emocional, conforme Mayer e Salovey
(1997, p. 401 apud VALLE, 2006, p. 33) é:
1. Autoconsciência
2. Autodomínio
3. Automotivação
4. Empatia
5. Habilidades Sociais
Estes cinco domínios são desenvolvidos por meio dos nossos relacionamentos,
envolvendo uma maturidade emocional, e estão intimamente relacionados com o
equilíbrio emocional. Sabe-se que quanto maior é o controle das nossas emoções,
melhor estaremos posicionados nas nossas relações no ambiente de trabalho,
familiar, social e pessoal.
FICA A DICA
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Livro
Unidade 2
Liderança, Poder e
Motivação
AUTORIA
Renata Emy Koyama
Introdução
Para melhor compreensão sobre a liderança, nesta unidade será apresentada as
características de um líder e liderança contemporânea, assim como suas principais
teorias: a teoria dos traços, teorias comportamentais, teoria da contingência -
modelo de Fiedler, modelo da Árvore de Decisão, de Vroom-Yetton, teoria Caminho-
Objetivo, liderança on-line, liderança carismática e liderança transformacional.
Logo depois, será explanado sobre as relações de poder. Conceito, tipos de poder,
como o poder formal e poder pessoal, as fontes de poder e suas táticas para
conseguir ações concretas. Em seguida, estudaremos sobre um dos temas mais
estudados na organização, a motivação. Apresentaremos como ocorre o processo de
motivação e as principais teorias motivacionais. Ela foi dividida em dois grupos: as
teorias motivacionais de conteúdo e as teorias motivacionais de processo, para um
melhor entendimento do seu funcionamento.
AUTORIA
Renata Emy Koyama
O papel de líder, na organização, é de grande importância para o sucesso
organizacional, além de poder mudar a percepção de alguém ou de uma situação
negativa que talvez ocorra naturalmente em seu cotidiano. O cenário competitivo
exige inovações a todo o momento, e as organizações perceberam que necessitam
investir em seu capital humano, uma vez que ele agrega valor às empresas e é
responsável por criar, desenvolver e se relacionar com seus clientes.
Assim, para a sobrevivência das organizações não basta somente ter pessoas com
elevado conhecimento e habilidades operacionais, mas também se tornaram
necessárias pessoas com elevada competência comportamental com traços de
liderança para auxiliar no desenvolvimento organizacional.
O que é Liderança
A liderança é “a capacidade de in uenciar um grupo para a realização de uma visão
ou conjunto de metas” (ROBBINS; JUDGE, 2014, p. 249). Ela pode ser considerada
como um processo em que o líder consegue fazer com que seus membros façam
algo que ele deseja, sendo um modo de in uência. Líder é a pessoa que exerce
in uência sobre os outros. A liderança é a função que a pessoa executa, como tomar
iniciativas, planejar e organizar ações.
Muitas pessoas acreditam que o líder é o gerente ou aquela pessoa que ocupa um
cargo de che a, no entanto, eles não são semelhantes.
Uma pessoa pode ser um excelente gerente, ter um cargo de che a e não ser
considerado um líder. Da mesma maneira, existem pessoas que são consideradas
líderes por um determinado grupo e não ocupam cargo de che a. Assim, para as
organizações, o ideal seria que a pessoa no cargo de gerente ou che a também
fosse considerada um líder, pois quem tem um cargo de che a possui autoridade
formal diante de seus membros, e se ela também for considerada um líder terá uma
autoridade incremental substancial.
Quando o líder de um grupo não é a mesma pessoa que ocupa o cargo de che a,
percebe-se que pode acontecer de os valores do líder não coincidirem com os
valores da che a, incentivando os membros da organização a serem menos
produtivos, ou se tornarem até um oponente político. Assim, a presença de um líder
pode ser boa ou ruim, dependerá se este apoiará, ou irá se opor às metas da
organização.
Qualidade da liderança
Traços tradicionais de liderança
estratégica
Especialização em áreas
Expertise em várias áreas
tradicionais
Orientação doméstica e
Perspectiva global e sistêmica
internalizada
Conhecimento íntimo da
Conhecimento íntimo do cliente
organização
Existem várias teorias que explicam sobre a liderança. Iremos abordar as principais
ao longo deste estudo.
Teoria dos Traços
A teoria dos traços tem seu foco nas qualidades das características individuais da
pessoa. São atributos da personalidade que podem ser sociais, físicos, intelectuais,
que diferenciam das pessoas líderes e não líderes.
O estudo desta teoria buscou inicialmente isolar os traços de liderança, mas não
obteve sucesso. Em 1960, com uma revisão de vinte estudos diferentes, foram
identi cados oitenta traços de liderança, mas somente cinco eram comuns a quatro
ou mais estudos. Na década de 1990, já com muitos estudos e análises, o que se
poderia concluir é que os líderes não são iguais às outras pessoas, e seus traços
variam muito de um para outro.
Deste modo, a teoria dos traços retrata que os líderes gostam de estar perto de
pessoas e são capazes de se a rmar (extrovertidos), são disciplinados e capazes de
manter compromissos assumidos (consciente), são criativos e exíveis (abertos), têm
vantagem aparente quando se trata de liderança, assim, bons líderes possuem
traços em comum.
Buda, Napoleão, Mao, Churchill, Roosevelt e Reagan são descritos como líderes
fortes em seus traços.
Teorias Comportamentais
As teorias comportamentais de liderança posicionam-se diferentemente das teorias
dos traços, e acreditam que se podem treinar pessoas para serem líderes. Desta
forma, pode-se entender que a teoria do traço, vista anteriormente, fornece uma
base para selecionar as pessoas certas para a liderança. Já as teorias
comportamentais de liderança a rmam que se pode desenvolver uma pessoa para
se tornar líder com treinamentos.
São várias as teorias que explicam estas condições. O modelo de Fiedler, a teoria
situacional, a teoria Caminho-Meta e o modelo de participação do Líder.
Estudaremos estas variáveis situacionais por meio do modelo de Fiedler.
Modelo de Fiedler
O modelo de contingência de Fiedler sugere que o desempenho e caz de um
grupo dependerá da correspondência correta entre o estilo do líder e o grau que a
situação confere o controle ao líder. Ele criou o questionário do colega de trabalho –
LPC (Least Prederred Co-worker) que mede se uma pessoa é orientada à tarefa ou
ao relacionamento. Se você é menos capaz de trabalhar em termos favoráveis com
alta pontuação, seria orientado para o relacionamento; se você está preocupado
com a produtividade, é orientado para a tarefa.
Depois de avaliar o estilo de liderança combina, o líder com a situação, que propõe
três dimensões, conforme Robbins e Judge (2014, p. 254) relatam:
Autoritário ou autocrático.
Consultivo.
Delegador.
Baseado no grupo ou participativo.
Esses quatro estilos, em seguida, são divididos em sete estilos de decisão, e três
deles serão apropriados para as decisões individuais ou em grupo, dois apropriados
para decisões individuais e dois apenas para decisões que envolvam um grupo
inteiro de seguidores.
A forma de participação desejada na tomada de decisão de nirá uma sequência de
regras que deverão ser seguidas, como um modelo de uma árvore. Essa árvore
possui doze modos de contingência que deverão ser identi cadas conforme a
importância. Estudos mostram que as decisões compatíveis com este modelo são
bem-sucedidas e as incompatíveis tendem ao fracasso.
Assim, o líder e caz deve avaliar a situação e ajustar seu estilo para o tipo de
liderança mais adequada.
CONECTE-SE
Liderança
ACESSAR
Teoria Caminho-Objetivo
A teoria caminho-objetivo visualiza o propósito do líder como motivador de seus
seguidores, esclarecendo as metas e quais os melhores caminhos para alcançá-las.
Ela enfatiza a existência de três variáveis motivacionais que os líderes podem
in uenciar diante de seus comportamentos ou decisões: valências,
instrumentalidades e expectativas.
Liderança
orientada O líder xa metas desa adoras para os subordinados e
para a demonstra con ança em que eles atingirão essas metas.
realização
Liderança Carismática
Quando se pergunta quem são considerados líderes populares carismáticos,
podemos considerar Martin Luther King Jr., John Kennedy, Mary Kay Ash e outros. O
que será que eles têm em comum?
Robert House (apud ROBBINS; JUDGE, 2014) em sua teoria da liderança carismática
descreve que os seguidores atribuem habilidades heroicas de liderança em seus
comportamentos. Wagner e Hollenbeck (2012) relatam que estudos identi cam que
as várias características dos líderes carismáticos são:
Liderança Transformacional
A liderança transformacional inspira seguidores para transcender seus interesses
pessoais para o bem da organização, e os líderes podem ter um efeito extraordinário
sobre eles (WAGNER; HOLLENBECK, 2012).
Liderança On-line
A cada momento que passa, mais pro ssionais estão ligados às redes de trabalho e
menos por proximidade física. Os líderes on-line desejam que suas mensagens
digitais se desencadeiem e enfrentem desa os únicos, que são desenvolver e
manter a con ança por parte de seus liderados. A con ança baseada na
identi cação em compreensão mútua do outro e apreciação das vontades e dos
desejos do outro é muito difícil alcançar sem ocorrer uma interação face a face.
Conclui-se que a existência das diversas teorias sobre liderança vem favorecer a
compreensão e o entendimento da importância do papel do líder na organização.
Seja este líder inato desenvolvido, cada estilo de liderança provoca reações
diferentes em seus liderados, podendo tanto auxiliar como di cultar no trabalho
laboral e no atingimento das metas e dos objetivos organizacionais. Cabe à
organização obter maior número de pessoas com competências de liderança e as
auxiliar na condução de um estilo mais e caz em cada situação apresentada no
cotidiano laboral para utilizá-la de forma estratégica.
Relações de Poder
AUTORIA
Renata Emy Koyama
O poder é um potencial ou capacidade que alguém possui e pode, ou não, usar. Ela
envolve dependência, ou seja, ela é a capacidade que uma pessoa tem de
in uenciar outra, desde que a outra se conforme com os desejos de quem tem o
poder de seu comportamento. Por exemplo, os pais têm o poder de controlar o
comportamento dos lhos ao fazerem irem à escola, ou, no ambiente de trabalho, a
sua che a tem o poder de delegar algumas funções compatíveis com seu cargo
para você executar.
Muitas pessoas confundem liderança com poder ou vice-versa. Será que Poder e
Liderança são a mesma coisa? O poder exige somente dependência, pode utilizar
outras pessoas ou grupos para atingir seu objetivo. Já a liderança necessita de
compatibilidade de objetivo, uma congruência entre os objetivos do líder e de seus
liderados, exercendo in uência. O poder pode ser agrupado de duas formas: formal
e pessoal.
Poder Formal
O poder formal é baseado no cargo que a pessoa possui na organização e concedido
por uma autoridade formal, e a pessoa que a possui pode tanto recompensar como
coagir os seus subordinados. É coercitivo, tem a sua base por medo dos resultados
negativos para as pessoas que não agem conforme as regras da organização. Aplica-
se com ameaça, sanções físicas, imposições que geram dor e frustração.
Poder Pessoal
O poder pessoal vem das características da pessoa por meio de duas bases: a
especialização e o respeito e a admiração dos outros. Pela especialização, possui a
sua in uência conforme os resultados da experiência, do conhecimento ou da
habilidade especial. O mercado exige cada vez mais as especialidades para
alcançarmos os objetivos.
O poder pessoal referente é conquistado pela identi cação com a pessoa que possui
características pessoais desejáveis. Assim, a outra pessoa a respeita e a admira,
podendo exercer in uência sobre ela. Este tipo de poder se desenvolve pela
admiração e desejo de ser como essa pessoa. Muitos que não possuem posições de
liderança formal têm poder referente, exercendo in uência sobre as outras pessoas
com o seu carisma, a sua agradabilidade e pelos efeitos emocionais.
Bases do Poder
Na organização, o poder está presente em todos os níveis, e por meio dele todos são
afetados, in uencia o comportamento das pessoas e, concomitantemente, de toda
organização em seus processos de trabalho e relações interpessoais, impactando
nos resultados da produtividade organizacional.
John French e Bertram Raven (apud VECCHIO, 2008, p. 125), estudiosos sobre o tema
poder complementam categorizando-o em cinco diferentes fontes de poder:
está
Concordância (baseada em Poder de
relacionada
reconhecimento) reconhecimento
a
está
Concordância (baseada em
relacionada Poder coercitivo
punição)
a
está
Identi cação relacionada Poder referente
a
está
Poder legítimo e poder
Internalização relacionada
referente
a
Táticas de Poder
No ambiente laboral, constata-se o uso de muitas táticas de poder para conseguir
ações concretas, podendo in uenciar a che a, os colegas de trabalho e grupos. Cada
tática possui sua in uência de forma distinta, e conheceremos cada uma delas,
conforme Robbins e Judge (2014, p. 281).
a. Legitimidade: quando a pessoa diante de sua posição de
autoridade faz uma solicitação conforme as políticas da organização.
b. Persuasão racional: a pessoa apresenta argumentos lógicos e
provas para demonstrar que o pedido é razoável.
c. Apelos inspiradores: desenvolve o compromisso emocional apelando
a valores do alvo, necessidades, esperanças e aspirações.
d. Consulta: a pessoa busca aumentar o apoio ao alvo, envolvendo-o
em decidir como você realizará o seu plano.
e. Permuta: meio de recompensar o alvo com benefícios ou favores
em troca de um pedido.
f. Recursos pessoais: a pessoa pede a colaboração com base na
lealdade e amizade.
g. Aceitação: a pessoa usa elogios, bajula o outro ou tem um
comportamento amigável antes de fazer um pedido.
h. Pressão: a pessoa se utiliza de pedidos reiterados, avisos e
ameaças.
i. Coalizações: a pessoa elenca ajuda ou apoio de outros para
persuadir o alvo a concordar.
Constata-se que algumas táticas são mais e cazes do que outras. Isto também
dependerá do contexto e da pessoa com quem estará exercendo o poder. A tática
da persuasão racional com apelos inspiradores e consulta tende a ser mais e caz,
principalmente quando o público está com seu foco nos resultados de um processo
de decisão. A pressão é a menos e caz de todas as táticas.
Para saber mais sobre esse assunto, acesse o artigo “O Poder nas
Organizações: Um Modelo Contemporâneo Baseado na Ideia do
Panóptico”, de Eduardo Luis Hepper e Michelli Viana Agliardi.
ACESSAR
Motivação
AUTORIA
Renata Emy Koyama
Desde o início do século XX, a motivação tem sido estudada e teve como grande
incentivador a pesquisa liderada por Elton Mayo, na indústria Wester Electric
Company em Hawthorne, nos EUA, nos anos de 1927 a 1932. Esta organização era
uma fábrica de equipamentos e componentes eletrônicos, e a nalidade da
pesquisa foi determinar se existia uma relação entre a intensidade de iluminação
com a e ciência dos trabalhadores, cuja medida seria utilizada na produção. No
entanto, não se obteve relevância na iluminação com a produtividade, mas
obtiveram conclusões signi cativas sobre a importância dos aspectos emocionais
(motivação, liderança, trabalho em grupo, comunicação) no trabalho para a
organização.
No Brasil, temos como exemplo o Senhor Abravanel, mais conhecido como Silvio
Santos. Com mais de 80 anos, apresentador de televisão e empresário brasileiro,
possui um patrimônio de mais de um bilhão de dólares e continua a trabalhar com
muito a nco.
O que será que motivam estas pessoas a trabalhar? O que podemos fazer para que
as pessoas tenham motivação em seu trabalho?
Processo de Motivação
Há mais de um século, discute-se o conceito de motivação. Geralmente, é de nida
como “um estado interior que induz uma pessoa a assumir determinados tipos de
comportamento” (SPECTOR, 2012, p. 284). Complementa Haggai (2004, p. 129) que
motivar é: “ser capaz de in uenciar pessoas de tal maneira que elas decidam
esforçar-se mais para atingir um alvo estabelecido por você”.
REFLITA
Motivação no ambiente Laboral
Há ocasiões em que a pessoa, por mais que tenha investido seus empreendimentos
de esforços, não consegue atingir sua satisfação da necessidade, devido a uma ou
várias barreiras surgidas, e ela acaba se frustrando. A frustração pode levar a pessoa
à desorganização de comportamento, como alienação, agressividade, apatia,
ansiedade, a ição e aparecimentos de doenças.
Figura 2.2 - Frustração e Compensação
Teorias da Motivação
As teorias da motivação podem ser classi cadas em dois grupos: o de teorias de
conteúdo, que busca explicar quais são os fatores que motivam as pessoas – Teoria
das Necessidades de Maslow, Teoria ERC de Alderfer, Teoria dos Dois Fatores de
Herzberg e a Teoria de McClelland; e o outro grupo de teorias de processo que visa
explicar como funciona a motivação – Teoria da Expectativa, Teoria do Behaviorismo,
Teoria da Equidade e Teoria da Meta.
Iniciaremos nosso estudo pelas Teorias Motivacionais de Conteúdo.
Deste modo, pode-se entender que quanto mais forte for a necessidade, mais
intensa será a motivação. E quando a necessidade for satisfeita, elimina-se o motivo
que movimenta o comportamento, e a motivação se encerra.
Para ele, não existe uma hierarquia das necessidades. A pessoa tanto pode satisfazer
as suas necessidades, independentemente de qual for a categoria de necessidades,
dependendo da prioridade naquele momento. Também pontua que várias
necessidades podem ser realizadas ao mesmo tempo. Por exemplo, o trabalhador
busca um determinado emprego analisando várias de suas necessidades, se o
salário é condizente, se o clima organizacional é saudável, seu status diante do
cargo, entre outros.
Deste modo, a teoria dos dois fatores de Herzberg conclui que as organizações
devem prevenir a insatisfação de seus trabalhadores, oferecendo fatores higiênicos e
devem promover a satisfação de seus trabalhadores oferecendo fatores
motivacionais.
McClelland aponta que estas três necessidades são inconscientes, assim, não é
possível mensurá-las. Ela busca atender à satisfação da pessoa em uma busca pela
qualidade de vida no trabalho, vida social e outros ambientes.
Teoria do Behaviorismo
John Watson (1878-1958), psicólogo americano, é considerado o fundador da teoria
do behaviorismo. Esta abordagem teórica visualiza que a motivação possui caráter
impulsivo, uma vez que as respostas aos estímulos são automáticas e motivadas
pelo ambiente.
Teoria da Equidade
A teoria da Equidade de Stacy Adams a rma que as pessoas sempre fazem
comparações entre os seus esforços e as suas recompensas com os dos outros,
principalmente com as pessoas mais próximas (VECCHIO, 2008).
Dessa forma, pro ssionais da organização com cargos de che a, gestor, devem estar
atentos sobre as situações de iniquidade, e quando esta ocorrer, buscar minimizar as
consequências negativas. Deve-se sempre mostrar e fazer as pessoas do grupo
perceberem o senso de equidade que existe no seu tratamento perante os outros.
Teoria da Meta
A teoria da meta se baseia no fato de que o comportamento é regulado por valores,
crenças e metas. Estudos sobre a xação de metas e performance na tarefa
apontam que, quando as metas são especí cas, estas levam o trabalhador a uma
elevada performance, como exemplo, solicitar ao trabalhador um aumento de 5%
em sua produtividade. Quando a performance di culta o atingimento da meta, deve
ser vista como um desa o. Assim, para que se eleve a performance, o trabalhador
deve aceitar o seu aumento. As metas tornam-se mais e cazes quando são
utilizadas para avaliar a performance, e estas devem estar associadas ao feedback e
às recompensas.
Esta teoria atenta-se ao fato de que todos os trabalhadores, dos subordinados aos
gestores, buscam metas desa adoras, e o desempenho é importante para todos.
Mas se deve levar em consideração, quando for aplicá-la, a cultura da empresa e do
país, e analisar o quanto todos são orientados para a realização de objetivos e metas.
Assim, conclui-se que é necessário que as metas sejam especí cas, aceitas, que as
pessoas recebam feedback e considere que os fatores de comprometimento com a
meta, características da tarefa e cultura nacional irão in uenciar no desempenho
(ROBBINS; JUDGE, 2014).
Teoria X e Y de McGregor
Douglas McGregor estabeleceu as teorias X e Y, que serviu como base para o
desenvolvimento de outras teorias. Ela consiste em um exame sobre a motivação
que os gerentes possuem sobre os seus subordinados.
Percebe-se que a liderança na teoria X deve ser autoritária, uma vez que os
trabalhadores tendem a não realizar o trabalho. Já na teoria Y, o estilo de liderança
participativa e democrática, baseado em valores, tende a ser mais e ciente.
Conclui-se, diante das diversas teorias motivacionais, que cada uma tem seus
propósitos e objetivos. O conhecimento desta diversidade proporciona aos
pro ssionais uma abrangência maior de conhecimento, compreensão motivacional
para poder aplicá-las de forma e ciente diante de cada situação, sujeito e cultura
inserida.
Conclusão - Unidade 2
Dessa maneira, pudemos entender o que é liderança, bem como observar diversas
teorias que explicam sobre o tema, tais como: teoria dos traços, teorias
comportamentais de liderança, teorias das contingências, como modelo de Fiedler, a
teoria situacional, a teoria Caminho-Meta e o modelo de participação do Líder, o
modelo de liderança da árvore de decisão de Victor-Yetton, teoria caminho-objetivo,
teorias da liderança carismática e da liderança transformacional e a teoria da
liderança on-line.
Nesse sentido, observamos que existem diferentes tipos de poder, como o formal e o
pessoal, compreendemos as diferentes bases ou fontes de poder, a saber: poder de
reconhecimento, coercitivo, legítimo, referente e baseado em especialização, e ainda
abordamos algumas táticas de poder.
AUTORIA
Renata Emy Koyama
Introdução
Olá, aluno(a). Neste estudo será apresentado, primeiramente, o comportamento de
grupo e de equipe de trabalho, suas características, desenvolvimento e
diferenciações. Em seguida, abordar-se-á a cultura organizacional, como avaliar a
cultura e suas funções. Em um terceiro momento, serão apresentados o con ito
organizacional, a diferenciação de um con ito funcional e disfuncional e quais são as
possíveis estratégias de gerenciamento. Na sequência, será feita uma explanação
sobre o estresse, suas fontes, causas e administração, na busca do bem-estar dos
trabalhadores na organização.
Bons estudos!
Compreendendo o
Comportamento de Grupo e
Equipe de Trabalho
AUTORIA
Renata Emy Koyama
O grupo é composto por duas ou mais pessoas que se interagem para alcançarem
um objetivo e trabalham de forma independente. Por sua vez, as equipes de
trabalho se tornaram populares por serem uma forma de utilizar melhor os talentos
humanos da organização, a exibilidade, a sensibilidade às mudanças, a busca de
motivação, a participação nas decisões e a democratização da organização.
Grupo de Trabalho
O grupo pode ser originado de duas formas: formal e informalmente. O grupo
formal tem sua formação diante da estrutura organizacional, com atribuições de
tarefas direcionadas às metas da organização. Os membros não escolhem participar
do grupo, isso já está decidido diante da escolha do cargo e do setor de trabalho,
conforme o organograma da empresa. No grupo informal, por sua vez, os membros
escolhem participar ou não do grupo; não é determinado pela organização, ele
surge naturalmente no ambiente laboral, diante das necessidades sociais de cada
membro.
Desse modo, constata-se que as pessoas sempre fazem parte de algum grupo em
sua vida, do grupo familiar, da escola, do bairro, do clube, do trabalho, dentre outros.
Várias são as razões que fazem elas participarem de um grupo, como segurança,
status, elevação da autoestima, a liação, poder e realização de metas.
Papéis: Cada integrante de um grupo tem seu papel, que é formado por um
conjunto de padrões de comportamentos esperados dentro dessa unidade
social, e esses padrões estão explícitos e implícitos.
Normas: É formada por normas estabelecidas e compartilhadas pelos
membros referente ao que se deve fazer e ao que não se deve fazer.
Status: É uma posição social de nida por outras pessoas ou por membro do
grupo. Ele é um motivador derivado de três fontes: poder, capacidade de
contribuição com as metas e características pessoais.
Tamanho: O tamanho afeta o comportamento do grupo. Grupo menores são
mais ágeis, e os grupos maiores têm um maior desempenho.
Coesividade: A coesividade afeta a produtividade do grupo. Ela é motivadora e
necessita de tempo deformação para se desenvolver.
Diversidade: A diversidade favorece o aumento do con ito, no entanto
possibilita um melhor desempenho.
Equipe de Trabalho
Para um melhor entendimento a respeito da equipe, primeiramente, será explanada
a diferenciação entre grupo de trabalho e equipe de trabalho. O grupo de trabalho
se constitui na formação de duas ou mais pessoas as quais interagem entre si para
alcançarem um objetivo especí co.
REFLITA
Equipes de Trabalho
Para que a equipe de trabalho possa ter um bom desempenho e seja bem-sucedida,
deve-se considerar que é vital que existam recursos adequados, uma liderança
e caz, um zelo para o clima de con ança entre os membros e, principalmente, com
o líder, um sistema de avaliação de desempenho para incentivar o desenvolvimento
da equipe e recompensar de forma justa seus talentos humanos.
Cultura Organizacional
AUTORIA
Renata Emy Koyama
A cultura tem uma grande in uência no comportamento das pessoas. Ela
representa crenças, costumes, valores, preferências e gostos que são passados
dentro de uma sociedade. Assim, a forma de comunicação, a alimentação, o modo
de se vestir, a aparência, os hábitos são in uenciados pela cultura da sociedade e do
grupo aos quais pertencemos.
Uma vez que os trabalhadores saibam o que é esperado deles, essas expectativas
percorrem um caminho que auxilia em um determinado comportamento. Com
uma elevada concordância sobre a cultura organizacional, o nível de rotatividade e
absenteísmo de pessoal diminui e permite a construção de lealdade, coesão,
comprometimento, dando unicidade de propósito para a organização.
Outro ponto a se constatar é que quanto mais forte for a cultura organizacional, os
gestores terão uma preocupação menor com o desenvolvimento de regras e
regulamentos formais para orientar o comportamento dos subordinados, que já
estarão internalizados por aceitarem a cultura da organização.
Deal e Kenedy (apud OLIVEIRA, 2010, p. 88) apresentam a seguinte estratégia para
uma mudança cultural bem-sucedida em uma organização.
Assim, pode-se veri car que a cultura tem várias funções na organização, ela de ne
os limites, cria a unicidade de uma organização para outra, gera um senso de
identidade para os membros, permite um comprometimento coletivo e auxilia na
estabilidade de um sistema social. Sendo assim, o gestor deve estar atento à cultura
de seu ambiente, podendo moldá-la para criar também uma cultura ética.
Con ito Organizacional
AUTORIA
Renata Emy Koyama
“O con ito pode ser de nido como um processo que começa quando uma das
partes percebe que a outra parte tem ou está prestes a afetar negativamente algo
que interessa à primeira” (ROBBINS; JUDGE, 2014, p. 299). Ele envolve uma
incompatibilidade entre as partes, podendo ocorrer uma forma de interferência ou
oposição.
Diante dessa diversidade de con itos, o con ito que será enfatizado é o interpessoal,
que surge em contextos organizacionais entre trabalhadores, pares, superior ou
subordinado e equipe.
Em uma visão tradicional, o con ito é visto como algo negativo, sem nalidade
proveitosa, uma vez que afasta a atenção dos gestores e acaba esgotando as
energias e os recursos, por isso deve ser evitado. Ele é visto como um gerenciamento
ruim, causando problemas.
No mínimo, o con ito serve como um sinal vermelho que sinaliza a necessidade de
mudança. Quando os pro ssionais e gerentes acreditam que ele tem um efeito
positivo, buscam administrar e/ou resolver o con ito, ao invés de evitá-lo ou suprimi-
lo.
Assim, o abafamento de con itos pode ser um fator negativo, por reduzir ou tornar
mais lenta a capacidade da organização de resolver seus problemas.
Fatores de Comportamento
Fatores estruturais
comunicação pessoal
Uma
O tamanho das organizações
comunicação
in uencia no surgimento de
inadequada é
con itos, sendo mais preponderante
um dos
em organizações de grande porte, Quanto maior for
fatores mais
devido à maior formalidade, à a diversidade das
signi cativos
especialização mais elevada, aos pessoas em
para o
níveis de supervisão. Também se cultura, valores e
surgimento
deve considerar a heterogeneidade percepções,
de um
dos colaboradores, a autoridade, a maior será a
con ito, pois
idade e os valores, pois quanto maior propensão de
informações
for a diversidade entre os membros, con itos serem
incorretas,
a participação dos subordinados, gerados.
distorcidas ou
maior será o envolvimento,
ambíguas
aumentando a manifestação do
podem criar
con ito.
hostilidade.
Desse modo, os pro ssionais e gestores na organização devem saber lidar com o
con ito. Ken Thomas (apud VECCHIO, 2008) indicou cinco principais estilos de
gerenciamento de con itos: coação, colaboração, conciliação, evasão e benevolência.
Quadro 3.3 - Os principais estilos de gerenciamento de con itos
Deve-se atentar que, dependendo da meta proposta, cada estilo será mais bené co
diante de uma determinada situação. Cabe ao pro ssional identi car a situação e a
meta almejada para poder gerenciar o con ito da forma mais adequada.
CONECTE-SE
Gestão
ACESSAR
Uma prática que também estimula o surgimento de con ito muito utilizada nas
empresas, principalmente no cargo de vendedores, é avaliar e premiar os grupos e
seus membros. Assim, deve-se ter em mente que as pessoas e os grupos podem se
diferenciar em valores, crenças e percepções, que orientam o desempenho.
Administração de Estresse
AUTORIA
Renata Emy Koyama
A ocorrência de estresse no mundo está elevada e se torna preocupante. As pessoas
estão vivenciando sintomas de estresses cada vez maiores. O estresse está presente
no cotidiano das pessoas. Trabalhadores estão estressados pela falta de estabilidade
no emprego, pelo corte de pessoas nas empresas, pela cobrança excessiva da che a,
pelo aumento de impostos, pela tentativa de equilibrar as responsabilidades da vida
familiar e da vida no trabalho. En m, a presença do estresse passou a ser algo
natural.
A palavra estresse é uma terminologia latina que foi criada pelo Dr. Hans Selye, em
1926, que o de niu como um “estado patogênico do organismo” (LIPP, 1999, p. 12). O
estresse é um estado que causa uma tensão no organismo da pessoa,
desequilibrando seu sistema interno. Com isso, surgem reações psicológicas com
componentes emocionais, físicos, mentais e químicos que estimulam a pessoa a
car irritada, amedrontada ou se confundir.
Em vista disso, o estresse pode ser categorizado de duas formas: eustresse, que, em
nível adequado, é importante para a sobrevivência da pessoa, tornando a vida
estimulante, sendo passageiro e funcional; distresse, que é um estresse excessivo,
que prejudica todo o organismo da pessoa, com um tempo prolongado e
disfuncional. Os dois tipos de estresse podem ser exempli cados pelas guras a
seguir.
Figura 3.2 - Fase Eustresse
Assim, quais são as fontes do estresse para poder prevenir? Pode-se a rmar que
existem duas fontes de estresse na vida de uma pessoa, as fontes externas e as
internas. As fontes externas surgem de fatores que estão fora da pessoa, como falta
de dinheiro, perda, falecimento, determinadas pro ssões, eventos com grande carga
emocional etc. As fontes internas de estresse, por sua vez, referem-se à própria
fábrica da pessoa, com o seu modo de ser, agir, seus valores, crenças, cultura e
conhecimentos. Cada pessoa acaba fabricando seu estresse em maior ou menor
grau.
Administração do Estresse na
Organização
Muitos são os fatores na organização que podem in uenciar o surgimento e o
aumento do estresse na vida do trabalhador. Assim, os trabalhadores e gestores
precisam estar conscientes de ações importantes no ambiente laboral, para
evitarem certas situações, como propõem Wagner e Hollenbeck (2012, pp. 128-135):
AUTORIA
Renata Emy Koyama
A compreensão do comportamento organizacional é complexa e fundamental para
os pro ssionais e gestores na organização, principalmente na contemporaneidade.
Constata-se uma diversidade de gerações comportamentais no mesmo ambiente
laboral, um aumento de mulheres ocupando cargos de trabalho que eram
estritamente de homens, pessoas de várias etnias favorecidas pela globalização, um
grande uso de trabalhadores temporários, di cultando os laços de lealdade com
patrões e colaboradores, um mercado acirrado, com elevada competitividade,
rápidas mudanças tecnológicas, clientes exigindo a cada momento inovações,
recessão global, trazendo desa os no modo de trabalhar e gerir as pessoas.
A organização, hoje, não se limita mais a um bairro, a uma cidade, a um país, e não
existem mais fronteiras, bem como concorrentes. O mundo se tornou global e
qualquer cliente, independente da localidade de residência, pode comprar um
produto em qualquer lugar no mundo.
Os gestores devem criar uma cultura com foco no cliente, na qual os trabalhadores
sejam gentis, educados, informados, dispostos a atenderem às necessidades e aos
desejos dos clientes.
Para que o pro ssional e o gestor possam lidar com as necessidades desses futuros
pro ssionais, necessitarão utilizar o conhecimento do comportamento
organizacional, para colocarem em prática a estratégia com planejamentos que
possam ajudar essas pessoas.
REFLITA
Capacitação de Talentos Humanos nas Organizações
Com relação ao con ito organizacional, vimos que pode ser de nido como um
processo que começa quando uma das partes percebe que a outra parte está prestes
a afetar negativamente algo que interessa à primeira e entendemos que envolve uma
incompatibilidade entre as partes, podendo ocorrer uma forma de interferência ou
oposição. Além disso, vimos alguns estilos de gerenciamento de con itos, entre eles:
coação, colaboração, conciliação, evasão e benevolência, bem como vimos algumas
condições que estimulam o con ito.