O Que É Eletroterapia
O Que É Eletroterapia
O Que É Eletroterapia
A eletroterapia é um recurso fisioterápico amplamente utilizado como adjuvante na reabilitação dos mais diversos
tipos de patologias. Sua técnica consiste em utilizar correntes elétricas de baixa intensidade através de eletrodos que
são aplicados diretamente na pele.
O uso da corrente elétrica para alívio da dor vem desde o primeiro século, quando foi relatado o alívio da dor em um
paciente de gota depois que um peixe elétrico (ou raia elétrica) oi aplicado contra a pele de um paciente. Cada tipo
de corrente possui indicações e contraindicações específicas e todas elas têm como objetivo auxiliar o processo de
reabilitação.
A eletroterapia consiste em aplicar correntes elétricas diversas para conseguir efeitos como analgesia, diminuição de
edema, relaxamento e fortalecimento muscular para auxiliar no processo de reabilitação das mais diversas
patologias.
Consiste na emissão de correntes elétricas pulsadas através da pele, com a finalidade de estimular, excitar ou
despolarizar grupos de fibras nervosas participantes do processo de percepção e modulação da dor.
Corrente russa
Essa corrente é definida como a modulação do tempo, na forma de trens de ciclos elétricos de uma corrente
alternada contínua de onda senoidal, com uma frequência portadora de 2.500 ciclos por segundo.
Corrente elétrica de baixa frequência e amplitude modulada que resulta da interferência causada pelo cruzamento
de duas ou mais correntes de forma senoidal alternadas de média frequência, com diferentes frequências
portadoras.
Ondas curtas
Uso de energia eletromagnética de ondas curtas com objetivo de aquecer tecidos moles profundos.
Indicado para aumentar a extensibilidade do colágeno, diminuir a rigidez articular, alivia dores e espasmos e ajuda
na regeneração de tecidos moles.
Ultrassom
Energia acústica ou mecânica que atravessa um meio com frequências acima do limite do ouvido humano.
Laser
Emissão de ondas eletromagnéticas, constituída de fótons, trafegando no espaço. A luz laser é monocromática,
colimada e coerente. Laser é o nome do aparelho que produz esse tipo de luz.
Indicado para analgesia, para diminuir a inflamação e para estimular a reparação do tecido lesionado.
Cada tipo de corrente possui indicações e parâmetros específicos que devem ser levados em consideração na hora
da prescrição da eletroterapia.
É necessário avaliar o tipo de dor, local da lesão, profundidade da lesão, qual tipo de tecido está lesionado e qual o
tamanho total da lesão.
Com esses dados em mão o fisioterapeuta deverá primeiramente escolher qual corrente elétrica é indicada para o
caso em questão e depois ajustar os parâmetros para que se possa conseguir o resultado desejado.
O fisioterapeuta não precisa conhecer apenas a patologia tratada, mas é necessário que ele conheça o mecanismo
pelo qual a estimulação elétrica afeta os tecidos, para que ele seja capaz de escolher o processo de estimulação
elétrica mais seguro e eficaz para a reabilitação de seu paciente.
Os objetivos da eletroterapia
A eletroterapia tem como objetivo principal ser um aliado no processo de reabilitação do paciente.
O fisioterapeuta utilizará os efeitos da corrente elétrica para conseguir benefícios que vão ajudar no tratamento da
patologia.
Independente de qual corrente escolhida todas elas têm um objetivo em comum: produzir algum efeito no local a
ser tratado, que é conseguido através de reações do corpo frente ao estímulo elétrico.
Cada corrente elétrica possui objetivos diferentes e estimulam o corpo a produzir reações físicas, biológicas e
fisiológicas diferentes.
Cabe ao fisioterapeuta avaliar e escolher qual corrente elétrica é a mais indicada para o tratamento da patologia em
questão.
A eletroterapia é muito vantajosa no processo de reabilitação pois é um tratamento que pode ser usado na grande
maioria dos pacientes (com poucas contraindicações), é um método não-invasivo, não causa dependência, pode ser
utilizado todos os dias (várias vezes no mesmo dia, caso seja preciso), não apresenta efeitos colaterais e é
totalmente seguro.
Ela pode ser usada nas mais diversas patologias ortopédicas, neurológicas, respiratórias e ginecológicas, sejam elas
adultas ou pediátricas.
Além de todas essas vantagens, a eletroterapia traz uma série de benefícios que auxiliam muito no processo de
reabilitação. São eles:
Controle da dor
Diminuição do edema
Relaxamento muscular
Tipos de eletrodos
Os eletrodos são os responsáveis por transferir a energia elétrica do aparelho para o interior da pele do paciente.
Cada corrente elétrica possui um tipo diferente de eletrodo.
O TENS, Corrente Russa e Corrente Interferencial utilizam o mesmo tipo de eletrodo, que está disponível em dois
modelos:
Eletrodo de silicone
É o mais comum e o mais utilizado na maioria das clínicas. É feito de silicone flexível para que ele possa se moldar no
local da aplicação.
É necessário o uso de um gel condutor que facilita a passagem da corrente elétrica e fitas adesivas para prender o
eletrodo na pele do paciente.
Eletrodo autoadesivo
O eletrodo autoadesivo não necessita de fita adesiva e nem de gel condutor, basta colocá-lo diretamente na pele do
paciente.
Eles são considerados descartáveis, porém a fixação deles é muito boa e permite que os eletrodos possam ser
utilizados diversas vezes. Porém eles devem ser utilizados sempre nos mesmos pacientes, pois não são laváveis.
Já o ondas curtas utiliza um tipo diferente de eletrodo, feito de placa vulcanizada que costuma ser grande e rígido.
Os eletrodos do ondas curtas devem sempre ser utilizados em pares e são prendidos na região de aplicação com fita
de velcro.
A estimulação elétrica pode induzir, de forma geral, respostas fisiológicas tanto em sistemas excitatórios quanto nos
não excitatórios.
Respostas não-excitatórias
O mecanismo pelo qual a estimulação elétrica influencia as células não-excitatórias em patologias de humanos até o
momento não foi adequadamente elucidado.
Ainda não está claro e raramente se identifica na literatura se é um processo eletroquímico, eletrofísico ou ambos.
Também é percebido que células diferentes (sadias ou patológicas) parecem responder de forma diferenciada à
estimulação elétrica.
Hipoteticamente, qualquer fluxo de corrente por intermédio de um meio condutor deve ter algum efeito em células
não-excitatórias. Correntes pulsadas modernas e correntes alternadas afetam diretamente apenas as células. O
efeito da correte pulsada no metabolismo das células pode levar a aumento da microcirculação, incluindo trocas nos
capilares arteriais, venosos e linfáticos.
Quando a estimulação elétrica é utilizada para controle da dor, ganho de força, controle da inflamação ou
insuficiência nervosa, tanto as células excitatórias como as não-excitatórias são afetas pela corrente elétrica.
Respostas excitatórias
A estimulação elétrica afeta diretamente as células nervosas e possui várias respostas fisiológicas indiretas bem
complexas.
Como exemplo, a excitação motora que causa contração muscular pode aumentar a força muscular e ao mesmo
tempo, aumentar a pressão intersticial e promover melhora do fluxo sanguíneo venoso e linfático.
Essa excitação motora também resulta da produção de resíduos e o ácido láctico fornece um sinal químico para
aumentar o fluxo sanguíneo, para que esses resíduos possam ser eliminados.
A complexidade aumenta, pois, condições patológicas e não patológicas respondem de forma diferente à
estimulação elétrica.
Resumindo, as respostas fisiológicas à corrente elétrica ocorrem em 4 níveis do sistema biológico (celular, tecidual,
segmentar e sistêmico). Os efeitos podem ser diretos, indiretos e podem envolver respostas simples e conhecidas.
Na prática, o fisioterapeuta deve reconhecer as respostas de cada um dos métodos da eletroterapia, estabelecer o
procedimento adequado e ajustar os parâmetros para que o paciente atinja a percepção sensorial, motora ou
dolorosa necessária para o tratamento, utilizando essas respostas para alcançar os benefícios propostos durante o
processo de reabilitação.
Ultrassom
O ultrassom é descrito como uma pressão ultrassônica ou ondas mecânicas ou acústicas com frequências acima do
limite superior da audição humana, em torno de 20.000Hz.
O objetivo do ultrassom terapêutico é induzir efeitos térmicos e mecânicos nos tecidos patológicos como tendões,
ligamentos, cápsulas articulares e músculos. O ultrassom induz esse efeito nas estruturas mais profundas produzindo
efeito mínimo na pele e nos tecidos subcutâneos que os recobrem.
Efeitos térmicos
Quando o ultrassom penetra no tecido uma porcentagem dele é absorvida, o que faz com que haja uma geração de
calor dentro do tecido tratado.
A quantidade de ondas de ultrassom que vai penetrar no tecido vai depender de suas características. Tecidos com
muita proteína absorvem o ultrassom muito mais facilmente do que tecidos com maior quantidade de gordura.
Um efeito térmico é conseguido quando a temperatura do tecido for elevada para entre 40º e 45º por no mínimo 5
minutos.
O efeito térmico traz como benefício a analgesia, redução da rigidez articular e o aumento do fluxo sanguíneo.
O ultrassom, através de seus parâmetros, permite que o fisioterapeuta tenha um controle sobre a profundidade
onde deseja que o aquecimento ocorre, podendo tratar o local da lesão de forma bem pontual.
O ultrassom consegue promover efeitos biológicos no tecido sem que haja aumento da temperatura local.
A cavitação e as correntes acústicas são os mecanismos físicos envolvidos na produção de efeitos terapêuticos não-
térmicos do ultrassom.
Cavitação
A cavitação é a atividade das bolhas dentro de campo ultrassônico. A bolha cresce pouco ou moderadamente em
cada ciclo acústico até atingir um determinado tamanho, que está relacionado a frequência sonora empregada. O
resultado dessa ação são oscilações de grande amplitude, onde se obtém o efeito de micro massagem.
Correntes acústicas
O resultado desse movimento é o aumento da secreção de mastócitos, alterações das mobilidades dos fibroblastos,
aumento da captação do cálcio e aumento da produção de fatores de crescimento por macrófagos. Esses efeitos
terapêuticos podem ser responsáveis pela aceleração do reparo do tecido.
Indicações
Distensões
Luxações
Fraturas
Contraturas
Tendinites
Espasmos Musculares
Neuroma
Reparo de lesões
Cicatrizes cirúrgicas
Contraindicações
Neoplasias
Útero gravídico
Ovários e testículos
Tromboses e flebites
Olhos e ouvidos
Processos infecciosos
Na região do marca-passo
Feridas abertas
Pós-cirúrgico imediato
Parâmetros do ultrassom
Frequência do cabeçote: 1MHz para áreas profundas e 3MHZ para áreas superficiais
Tempo de aplicação:
O tempo de aplicação vai variar de acordo com o tamanho da área a ser tratada e o tamanho da E.R.A. do cabeçote a
ser utilizado.
Exemplo: Aplicação do ultrassom em uma tendinite de punho. A área de aplicação é de aproximadamente 25 cm2 e
a E.R.A é de 5 cm2.
R.A. – 3 a 6 minutos
R.A. – 6 a 10 minutos
R.A – 10 a 15 minutos
Intensidade:
> 1,2 w/cm2 – intensidade alta – não recomendado, pois o acúmulo de calor é alto e há maior risco de lesão.
Técnicas de aplicação:
Contato direto: Indicado para áreas regulares onde o cabeçote se adapta bem ao local da aplicação.
Sub-aquática: indicado para áreas irregulares em que o cabeçote não se adapta a estrutura do local da aplicação.
TENS
TENS é a abreviação de transcutaneous electrical nerve stimulation (estimulação elétrica nervosa transcutânea) e
utiliza estimuladores elétricos que emitem correntes pulsadas com objetivo de estimular fibras nervosas através da
pele por meio de eletrodos estimuladores.
É uma técnica analgésica muito simples e bastante utilizada por fisioterapeutas para manejo da cor aguda e crônica
como auxílio no tratamento de reabilitação das mais diversas patologias.
TENS Convencional
O modo convencional do TENS envolve a emissão de pulsos elétricos com durações curtas, altas frequências e
amplitudes de corrente que correspondem à estimulação de nível sensorial.
É o modo mais confortável de aplicação e o resultado de analgesia é bastante rápido, mas possui curta duração.
TENS Acupuntura
O modo acupuntura refere-se à emissão de pulsos elétricos com durações longas, baixas frequências e amplitudes
de corrente capazes de estimulação a nível sensorial e motor.
TENS Breve-intensa
O modo breve-intenso envolve a emissão de pulsos elétricos com duração longa, alta frequência e amplitude de
corrente capazes de atingir uma estimulação nociva.
O resultado é uma estimulação curta, mas muito intensa, que pode gerar inclusive dor durante a aplicação.
Costuma ser dolorosa e não tolerável pelos pacientes, por isso é pouco utilizado.
TENS Burst
Emissão de trens de pulsos (burst) e não pulsos individuais, com frequências burst baixas e amplitudes de correntes
de estimulação sensorial e motora.
A analgesia é lenta, mas se mantém por um longo período e a modulação da dor ocorre por sistema opioide.
Indicações:
Dores pós-operatórias
Contraindicações
O TENS não deve ser aplicado nas regiões das carótidas, em portadores de marcapasso e na região abdominal de
mulheres grávidas.
Deve-se ter cuidado extra com crianças, idosos, portadores de epilepsia e mulheres no primeiro trimestre de
gravidez.
Parâmetros
Modo convencional:
Frequência: 100-150hz
Largura de pulso: 45 µs
Intensidade: O suficiente para gerar uma sensação agradável ao paciente, sem contração muscular
Modo acupuntura:
Frequência: 2-10hz
Intensidade: Dentro do limite considerado tolerável pelo paciente, com contração muscular (fibrilação).
Modo breve-intenso
Frequência: 150-250hz
Tempo: 20 minutos.
Modo Burst
Frequência: 100-250hz
Intensidade: Dentro do limite considerado tolerável, com contrações musculares na frequência da corrente de
modulação..
Ondas Curtas
É o uso de energia eletromagnética de ondas curtas com o objetivo de aquecer tecidos moles profundos.
É utilizada para enviar calor e energia para tecidos situados profundamente, a fim de obter os efeitos fisiológicos do
calor em regiões que não são alcançadas pelos recursos de termoterapia convencionais.
Efeitos terapêuticos
Os efeitos terapêuticos do calor são os mesmos, independente da forma com que ele é aplicado.
A diferença básica entre a termoterapa convencional e a diatermia por ondas curtas é a profundidade, em que esta
última consegue penetrar em estruturas mais profundas.
Diminui a dor
Alivia espasmos
Indicações:
Contusões
Contraturas
Entorses
Anquilose fibrosa
Mialgias no geral
Artropatias
Contraindicações:
Uso de marcapasso
Gestação
Áreas hemorrágicas
Tecido isquêmico
Tuberculose ativa
Paciente piréxico
IMG
Parâmetros
Modo de aplicação:
Contínuo
Intensidade (dose):
Tempo:
Entre 15 a 30 minutos. Estruturas menores pedem tempos menores, estruturas maiores pedem tempos maiores.
Laser (Fototerapia)
O laser é um aparelho que produz uma luz especial que é monocromática, colimada e coerente. Os aparelhos de
laser utilizados na reabilitação são de baixa intensidade, com potências de saída abaixo de 500mW.
AsGa (Arseneto de Gálio) – Possui maior profundidade de absorção, indicado para lesões musculoesqueléticas.
Possui luz invisível.
HeNe (Hélio Neônio) – Possui ação superficial, indicado para lesões dermatológicas. Possui luz vermelha.
Tabela 2
Indicações
Edemas
Escaras
Lesões dermatológicas
Contraindicações
Técnicas de aplicação
Pontos
Indicada para locais menores e aplicação localizada. Pode-se marcar a pele do paciente com pontos para auxiliar o
fisioterapeuta na aplicação.
Varredura
Indicado para áreas maiores, onde há uma maior dificuldade na aplicação por pontos.
Parâmetros
Dose:
Aparelhos como o ultrassom e o ondas curtas tem como efeitos fisiológicos a vasodilatação e a melhora do fluxo
sanguíneo, melhorando consideravelmente a circulação sanguínea.
Pacientes com problemas circulatórios podem se beneficiar do uso dessas terapias para melhorar a circulação,
diminuir o edema e obter uma melhor resposta no processo de reabilitação.
A cinesioterapia ainda é a melhor forma de fortalecer a musculatura do seu aluno, porém nem sempre essa
modalidade é capaz de ser realizada.
Pacientes com um alto grau de fraqueza muscular, atrofia, espasticidade, flacidez muscular entre outros problemas
pode impedir que a musculatura seja fortalecida da forma como deveria.
O fisioterapeuta pode então aproveitar os recursos da eletroterapia para conseguir fortalecer músculos que
precisam de um reforço extra para realização das atividades de fortalecimento.
O TENS pode ser utilizado para realização de fortalecimento, porém o FES e a Corrente Russa são mais indicados
caso a intenção seja um trabalho de ganho de força muscular.
FES
FES é a abreviação do termo Functional Electrical Stimulation (Estimulação Elétrica Funcional) e utiliza uma corrente
elétrica de baixa frequência para provocar a contração muscular.
Essa corrente é mais específica e consegue gerar uma contração muscular funcional.
O FES é indicado para facilitação neuromuscular, controle da espasticidade, plegias e paresias e hipotrofia por
desuso.
Parâmetros
Frequência:
É necessário verificar qual a maior quantidade de fibras musculares do grupo a ser trabalhado.
Largura de pulso:
Repouso:
Para escolher o tempo de repouso deve-se avaliar o grau de força muscular do paciente. Quanto menor a força,
maior deverá ser o tempo de repouso.
Para pacientes com muita fraqueza muscular e distrofias é indicado que se utilize número de repetições ao invés de
tempo, para controlar melhor o tempo de contração e repouso.
Já para os outros casos pode-se estabelecer um tempo pré-definido que pode variar entre 20 minutos a 1 hora.
Corrente Russa:
Já a corrente russa é uma corrente alternada de média frequência, retangular, simétrica, balanceada, despolarizada
e modulada.
Parâmetros
Frequência:
Varia entre 10% e 50%. Quanto menor o grupo muscular, menor deve ser a porcentagem de corrente.
On Time:
Off Time:
Tempo de repouso.
Tempo:
Pode ser feito através de números de repetições ou por tempo, que varia entre 20 e 40 minutos.
Gestantes
Uso de marca-passo
Neoplasias
Processos infecciosos
Região torácica
Nervo frênico
Alguns cuidados são necessários durante a sessão de eletroterapia e cada método possui cuidados específicos:
Os eletrodos devem ser sempre utilizados com gel de indução (não necessário no caso de eletrodos autoadesivos).
É necessário respeitar o limiar de intensidade do indivíduo, nunca deixando uma frequência muito forte que cause
desconforto ao paciente
Ultrassom
Nunca deixar o cabeçote parado em um local só. É necessário movê-lo constantemente durante a aplicação.
Ondas curtas
Não deixar cabos posicionados diretamente no paciente. Envolver os cabelos com uma toalha.
Laser
A eletroterapia não causa dependência, pode ser utilizada por uma grande parte de pacientes, possui um custo
relativamente baixo e não traz efeitos colaterais.
A cada ano novos estudos na área de eletroterapia são realizados comprovando o quanto esse método é benéfico
para o processo de reabilitação.
As pesquisas comprovam que a eletroterapia traz inúmeros benefícios é que é realmente eficaz para o tratamento
das mais diversas doenças.
Antigamente os aparelhos de eletroterapia eram grandes e com parâmetros difíceis de serem ajustados, mas os
avanços estão desenvolvendo aparelhos que são cada dia mais portáteis e fáceis de serem programados.
Os novos aparelhos também possuem múltiplos benefícios em um só, oferecendo ao terapeuta a possibilidade de
oferecer vários tratamentos ao paciente sem ter a necessidade de comprar vários equipamentos.
A tendência é que a eletroterapia continue avançando e que ela possa trazer ainda mais benefícios, já que é uma
terapia que além de ser extremamente benéfica e eficaz, pode ser utilizada por uma grande parte de pacientes das
mais diversas patologias, sem causar dependência e sem trazer efeitos colaterais.
Conclusão
Os métodos auxiliam na diminuição da dor, diminuição do edema e auxiliam no processo de cicatrização de lesões
profundas e superficiais, sendo um excelente adjuvante para o fisioterapeuta durante o tratamento de diversas
patologias.
É importante que o fisioterapeuta conheça bem os efeitos fisiológicos e terapêuticos de cada um dos métodos para
que ele saiba indicar qual é o mais indicado para o paciente em questão.
E principalmente, saiba que a eletroterapia é apenas uma parte de um processo de reabilitação global que envolve
não só o uso de aparelhos, mas também de outras técnicas como a cinesioterapia, hidroterapia, terapias manuais e
todo o conhecimento técnico que o fisioterapeuta possui.
Bibliografia
BÉLANGER, A. Recursos Fisioterapêuticos: evidências que fundamentam a prática clínica. 2ªed. São Paulo: Manole,
2012. 493p.
KITCHEN, S. Eletroterapia: Prática Baseada em Evidências. 11ªed. São Paulo: Manole, 200. 339p.
NELSON, R.M.; HAYES, K.W.; CURRIER, D.P. Eletroterapia Clínica. 3ªed. São Paulo: Manole, 2003. 557p.