Eletroterapia Aplicada A Dermatofuncional Unidade I

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ELETROTERAPIA

APLICADA À
DERMATOFUNCIONAL
UNIDADE I
INTRODUÇÃO À
ELETROTERAPIA E AOS
RECURSOS TERAPÊUTICOS
UTILIZADOS NA ESTÉTICA
Elaboração
Luísiane de Ávlia Santana

Produção
Equipe Técnica de Avaliação, Revisão Linguística e Editoração
SUMÁRIO

INTRODUÇÃO...........................................................................................................................4

UNIDADE I
INTRODUÇÃO À ELETROTERAPIA E AOS RECURSOS TERAPÊUTICOS UTILIZADOS NA ESTÉTICA........ 7

CAPÍTULO 1
ATUAÇÃO DE ALGUMAS CORRENTES ELÉTRICAS UTILIZADAS NA ESTÉTICA......................... 7
CAPÍTULO 2
CORRENTES ELÉTRICAS USADAS NA ESTÉTICA – CORRENTE RUSSA, CORRENTE FARÁDICA,
CORRENTE GALVÂNICA E MICROCORRENTE....................................................................... 13
REFERÊNCIAS.........................................................................................................................34
INTRODUÇÃO

De todas as tecnologias que serão abordadas neste caderno de estudo, o laser de CO2
é a única técnica que deve ser aplicada somente pelo médico especializado. Alguns
recursos terapêuticos não são considerados ablativos, mas ainda não há consenso sobre
qual profissional pode aplicar qual técnica, mesmo que seja pouco invasiva. Para que
não haja problemas legais, é extremamente importante que o profissional da saúde, o
especialista em estética, o fisioterapeuta e o especialista em dermatofuncional conheçam
as normativas de seu conselho de classe. Contudo, também é importante conhecer as
leis municipais e estaduais, pois nenhum conselho pode ir contra elas, o que seria uma
contradição.

O profissional fisioterapeuta possui um conselho de fisioterapia e terapia ocupacional


(Crefito) bem definido e estruturado, com normas sobre a atividade privativa que deve
ser desempenhada por ele. São essas as regras que ele deve seguir, independentemente
das estipuladas por outros conselhos, como o de medicina (CRM). Já o especialista em
estética, graduado em outras áreas da saúde, deve verificar o que diz o seu conselho
ou se devem ser seguidas normas do CRM, quando são desenvolvidos tratamentos
minimamente invasivos. Uma vez que nem todos os conselhos têm normas definidas
para tratamentos estéticos, muitos seguem o CRM. O mais importante é ter consciência
de que somente o conhecimento da técnica não habilita o profissional a utilizá-la.
Portanto, ter a consciência de que algumas tecnologias existentes no mercado não
podem ser manuseadas por alguns profissionais é o conhecimento mais importante
antes de começar a estudar este caderno.

No presente caderno de estudos e pesquisa, encontram-se definidas as técnicas de


eletroterapia, em que o objetivo é elucidá-las, aprofundar seus detalhes técnicos e a
aplicação delas.

Nesse sentido, quando falamos em eletroterapia, várias são as possibilidades devido à


alta gama de estudos desenvolvidos nas diversas categorias utilizadas nessa modalidade
terapêutica. Isso é uma vantagem para o paciente e uma ferramenta a mais para o
terapeuta.

Na área da fisioterapia dermatofuncional e estética, tem sido utilizada a eletroterapia


com mais frequência, tanto na demanda facial quanto na corporal. Por esse fato,
torna-se imprescindível o conhecimento pleno das técnicas e de sua correta utilização
para evitar lesões.

Muitas melhorias no tratamento estético são temporárias, mas, conforme o tratamento


vai sendo realizado, os benefícios tornam-se mais duradouros, pois o efeito contínuo

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Introdução

da corrente faz com que ela atue mesmo após a aplicação. Esses benefícios não são
definitivos, visto que os efeitos do tempo continuarão a incidir sobre o organismo.

Assim, cabe destacar que cada capítulo é destinado às atividades educativas,


bem como às práticas desenvolvidas no cotidiano de um ambiente universitário.
Contudo, lembramos sempre de que você é o protagonista da história que estamos
construindo a partir de agora, portanto tenha este caderno como direção, mas nunca
se limite a ele.

Bons estudos e sucesso!


Profª. Érika Fuscaldi

Objetivo
» Estudar os equipamentos mais utilizados na estética e entender os seus princípios
de funcionamento.

» Identificar os aspectos físicos necessários para a compreensão da aplicabilidade


de cada equipamento.

» Desenvolver habilidades no manuseio dos equipamentos.

» Reconhecer as características dos equipamentos e seu funcionamento para as


disfunções estéticas.

» Conhecer as indicações e contraindicações dos equipamentos.

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INTRODUÇÃO À
ELETROTERAPIA E AOS
RECURSOS TERAPÊUTICOS
UNIDADE I
UTILIZADOS NA ESTÉTICA

Capítulo 1
ATUAÇÃO DE ALGUMAS CORRENTES ELÉTRICAS
UTILIZADAS NA ESTÉTICA

Na estética em geral, contamos com variados recursos terapêuticos, suas especificidades


de indicação, suas contraindicações e seus usos. Dando uma introdução à eletroterapia,
podemos dizer que na polaridade, em todos esses processos, existe efeito elétrico.

O impulso nervoso que ocorrer será devido à transmissão do sinal elétrico pelo axônio,
que indicará que há algum estímulo sendo dado. Perpassa o sinal de um neurônio ao
outro, ou termina no órgão efetor, como nas fibras musculares, ou faz o retorno para
o sistema nervoso central.

Em qualquer evento, existe polaridade; quando esta é interrompida, ou por lesão, ou por
dor, ou quando se deseja aumentar a intensidade do evento, precisamos restabelecer
a polaridade do local.

Quando se fala em eletroterapia, tem-se de ter consciência dos efeitos da eletricidade em


nosso organismo, pois, em relação a tratamentos estéticos, baseados na eletroterapia,
pode-se dizer que ela estimulará ou inibirá a eletricidade do nosso organismo, com
base na terapêutica aplicada.

Quanto menor a fase do pulso, maior tem de ser a intensidade para alcançar os limiares,
de modo que essa corrente é mais agradável.

Usada para tratar pacientes que perderam o nervo periférico, a corrente tem de
ser suficiente para produzir contração diretamente na fibra muscular. Para isso, há
necessidade de corrente ideal, que é encontrada quando a adequamos à frequência.

A frequência (Hz) é a quantidade de repetições por determinado tempo. A faixa de


frequência terapêutica do nosso organismo é de 1 a 200Hz, quando se refere à corrente

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UNIDADE I | Introdução À eletroterapia e aos recursos terapêuticos utilizados na estética

elétrica excitomotora. Fora isso, o nosso organismo não trabalha, portanto não existe
terapia.

» 1-10Hz – Alcança músculo liso (por exemplo, vasos linfáticos); músculo esquelético
do tipo I; analgesia.

» 30-100Hz – Alcança músculo esquelético tipo II.

» 80-200Hz – Alcança analgesia.

Observação: não adianta aplicar frequências mais elevadas para correntes excitomotoras
porque não existe nada no organismo que trabalhe fora dessas frequências.

1.1. Conhecendo os parâmetros físicos


Porque a amperagem (intensidade) é alta e o paciente iria levar um choque.

1.1.1. Eletricidade

É uma forma básica de energia na ciência física e pode produzir efeitos sobre os tecidos.

1.1.2. Carga elétrica

É uma propriedade física, com cargas positivas e negativas. A carga é carregada por
elétrons (negativa) e prótons (positiva).

Cargas iguais se repelem, enquanto cargas opostas se atraem.

» Átomo: formado por elétrons e prótons.

» Íons: são átomos carregados positivamente ou negativamente.

Átomo (positivos) cátions. Átomo (negativos) ânions.

Os tecidos biológicos são condutores, porque os íons são livres para se moverem quando
expostos às forças eletromotrizes.

1.1.3. Campo elétrico

Em um campo eletromagnético é onde haverá atuação de forças magnéticas para


conduzir um campo de condução de energia elétrica.

A alta intensidade da corrente no condutor faz com que fique mais potencializado esse
campo.

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Introdução À eletroterapia e aos recursos terapêuticos utilizados na estética | UNIDADE I

1.1.4. Pulso (ms ou µs)

O pulso é dado pelo tamanho da onda em largura, em que há o início e o término dela.

1.1.5. Frequência (Hz)

Frequência é a quantidade de pulso em determinado tempo.

Frequência versus largura de pulso – Quando ocorre alteração da frequência, está


ocorrendo alterações no repouso do pulso.

Sempre a frequência é inversamente proporcional à largura da onda; quanto maior a


largura da onda, menor a sua frequência. Quanto maior a frequência, menor a resistência
cutânea, portanto mais agradável é a corrente.

Classificação das Frequências

Baixa Frequência: 1 a 1.000 Hz, mas utilizada na prática clínica a faixa


de 1 a 200Hz. Galvânica, Farádica, Diadinâmicas, Tens e FES.

Média Frequência: 1.000 a 100.000 Hz, sendo utilizado na eletroterapia


de 2.000 a 4.000 Hz. Interferêncial e Corrente Russa.

Alta Frequência: Acima de 100 mil Hz. Ondas Curtas, Ultracurtas,


Decimétricas, Microondas, Ultrassom (sic) (ROBERTSON, 2006).

1.1.6. Intensidade (µA ou mA)

Quando ocorre o aumento da intensidade, consequentemente recruta-se mais a unidade


motora. Além disso, é um parâmetro da manutenção do estímulo sensorial.

1.2. Algumas modulações existentes nos aparelhos


TON/TOFF – Tempo de transmissão da corrente/tempo de repouso (sem corrente):
unidade em segundos. A contração produzida pela corrente elétrica traz mais fadiga
que a voluntária. É utilizado de maneira exclusiva em correntes excitomotoras.

No tempo on, existe o tempo de subida e tempo de descida, para a questão da


acomodação do estímulo. No tempo off, há a ausência da corrente sendo transmitida.

Subida/descida – Tempo de subida é o tempo necessário para que a extremidade de


uma fase saia da linha de base zero até atingir a amplitude de pico. Tempo de descida
é o tempo necessário para que a extremidade de uma fase diminua da amplitude de
pico até a linha de base zero.

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UNIDADE I | Introdução À eletroterapia e aos recursos terapêuticos utilizados na estética

Burst ou salva – É o tempo que a corrente fica em TON. Quando ouvimos a pronúncia
burst, logo imaginamos o tempo em que ela está sendo conduzida.

Repouso (R) – É o que está entre as faces das ondas.

1.3. Tipos de correntes elétricas


Corrente direta/contínua: sem repouso e pausa, constitui, portanto, entrada contínua
de energia no organismo.

Figura 1. Corrente contínua.

contínua

pulsada

Fonte: Nelson; Hayes; Currier, 2003.

Corrente pulsada: caracterizada por possuir o tempo on (subida e descida) e tempo off.

Figura 2. Corrente pulsada, com rampa de subida e descida, que demonstra TON e TOFF.

Fonte: Nelson; Hayes; Currier, 2003.

Obs.: cuidado para não confundir repouso (R) com tempo off (TOFF).

1.4. Resistência
É a propriedade do material em promover oposição de fluxo:

» Materiais isolantes: alta resistência.

» Materiais condutores: baixa resistência.

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1.5. Eletrodo
É o meio pelo qual o fluxo de elétrons do circuito de saída do estimulador é convertido
em fluxo de corrente iônica nos tecidos vivos. São necessários pelo menos dois eletrodos
para completar o circuito elétrico e levar a corrente do estimulador até os tecidos-alvos.

1.5.1. Material do eletrodo


» borracha de silicone tratada com carbono;

» autoadesivo; e

» placa de alumínio com bucha umedecida.

1.6. Classificações
Antes de começarmos a falar de correntes utilizadas no tratamento estético, é importante
saber que existem duas classificações para as correntes elétricas:

1.6.1. Despolarizadas

Também conhecidas como as correntes pulsadas, são correntes bifásicas e não


apresentam polos definidos, uma vez que eles se alteram a cada fase da corrente.
Em um primeiro momento, o negativo (-) é preto, e o positivo (+), vermelho; num
segundo momento, isso é invertido, de modo que o negativo (-) é vermelho, e o positivo
(+) é preto.

São usadas, principalmente, em correntes para efeito analgésico e contração muscular;


são utilizados eletrodos de borracha ou ato adesivo.

1.6.2. Polarizadas

Também conhecidas como correntes diretas, são correntes monofásicas e apresentam


polos definidos: um negativo (-) na cor preta e um positivo (+) na cor vermelha.

A definição dos polos é importante quando há a necessidade de correntes com


efeitos polares. Já sabemos que nosso organismo possui energia elétrica, portanto
cargas positivas (cátions) e cargas negativas (ânions). Quando aplicamos uma corrente
polarizada, temos de ter em mente que as cargas positivas (+) de nosso organismo
vão em direção ao eletrodo negativo (-) e que as cargas negativas (-) vão em direção
ao eletrodo positivo (+). Devido a isso, essa corrente se torna útil quando há interesse
em efeitos ionizantes.

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UNIDADE I | Introdução À eletroterapia e aos recursos terapêuticos utilizados na estética

Essas correntes são usadas, principalmente, para cicatrização, diminuição de edema


(drenagem) e tratamento de estrias, mas também podem ser utilizadas no alívio da dor;
utilizam-se eletrodos de alumínio com bucha umedecida.

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Capítulo 2
CORRENTES ELÉTRICAS USADAS NA ESTÉTICA –
CORRENTE RUSSA, CORRENTE FARÁDICA,
CORRENTE GALVÂNICA E MICROCORRENTE

2.1. Corrente russa


É uma corrente usada para o fortalecimento muscular tanto corporal quanto facial.

Para que possamos entender como usá-la, é importante se lembrar da fisiologia


muscular.

2.1.1. Fibras do tipo I

Já está bem estabelecido pela ciência que elas são as responsáveis pelo desempenho
dos atletas (maratonistas, ciclistas de estrada, nadadores de longa distância etc.).

Carregam muitas mitocôndrias (usinas de energia) e a enzima (acelerador metabólico)


SDH. São volumosas e possuem altos níveis de mioglobina, que lhes dão coloração
vermelha, razão do outro nome a elas atribuído: fibras vermelhas.

São estimuladas na frequência 20 a 30Hz.

2.1.2. Fibras do tipo II

Somente são trabalhadas com exercícios extenuantes e realizadas em frequência muito


rápida. Desse modo, costumam ser as primeiras a se atrofiarem. Em geral, as fibras
de contração rápida são ativadas nas atividades explosivas e rápidas, como basquete
ou hóquei de campo; necessitam, às vezes, de energia rápida que somente as vias
metabólicas anaeróbicas podem fornecer.

Dependem quase inteiramente do metabolismo anaeróbico para a produção de energia.

São as principais responsáveis por flacidez e perda de tônus. Cansam-se com facilidade
e não toleram contrações prolongadas.

São estimuladas na frequência de 50 a 150Hz.

» Fibras do tipo I – Contração lenta/metabolismo oxidativo/alta resistência à fadiga.

» Fibras do tipo II – Contração rápida/metabolismo glicolítico/baixa resistência à


fadiga.

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2.1.3. Parâmetros físicos

A corrente russa (corrente excitomotora) trabalha com uma frequência de 2500Hz,


porque, quando se aumenta a frequência da corrente, ela se torna mais suportável. O
nosso organismo não é sensível a essa frequência, com isso a resistência diminui, e a
frequência não encontra nenhuma barreira até chegar à fibra nervosa. Essa frequência
permite, inclusive, aumento na intensidade sem que se torne desconfortável.

Contudo, a frequência de 2500Hz serve apenas para “enganar” o organismo, pois na


corrente russa a frequência é modulada em modo conhecido como burst. Cada burst será
modulado de acordo com o tipo de fibra que se deseja estimular (branca ou vermelha).
Para fibras brancas, frequências mais altas, na ordem de 80Hz são indicadas. Já para
fibras vermelhas, a frequência que indicamos é a de 20Hz. A depender do grupamento
muscular, o profissional deve dar ênfase a um tipo de fibra ou a outro; dentro de cada
burst, tem-se uma frequência de 2500Hz.

Figura 3. Corrente bifásica com burst representando corrente russa: tempo off (A) e pulso em burst (B).

Fonte: Nelson; Hayes; Currier, 2003.

O tempo médio para pacientes sedentários é de 20 minutos. Durante a evolução do


tratamento ou em pacientes que realizam atividade física, o tempo pode ser estendido
para 25 ou 30 minutos. Para maior conforto, deve-se programar o tempo de sustentação
e TOFF (em segundos) iguais ou um pouco maior, para diminuir os riscos de fadiga
muscular.

A largura de pulso da sinapse de uma contração muscular, no estado normal, varia de


100 a 500us.

O eletrodo mais utilizado é o de borracha; é recomendado um no ponto motor, local


de maior inervação da fibra muscular, e um no ventre muscular.

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Introdução À eletroterapia e aos recursos terapêuticos utilizados na estética | UNIDADE I

2.1.4. Contraindicações da fisiologia da contração muscular


» cardiopatias congestivas;

» portadores de marca-passo;

» patologias circulatórias como flebites, embolias, varizes, tromboflebites;

» gestantes;

» hiper e hipotensos descompensados;

» processos infecciosos e inflamatórios;

» neoplasia;

» problemas renais crônicos;

» patologias pulmonares, como enfisema pulmonar;

» epilepsia;

» regiões com dermatites ou dermatoses;

» lesões musculares; e

» prótese metálica.

Figura 4. Exemplo de colocação dos eletrodos para a corrente russa.

Fonte: https://royalskin.com.br/corrente-russa-em-curitiba-heccus.html.

Quando refletimos sobre a fisiologia da contração muscular, observamos que:

2.1.4.1. Contração fisiológica

» As fibras musculares de diâmetro pequeno e de contração lenta são as primeiras


a serem recrutadas.

» As contrações e o recrutamento atuam de forma assincrônica para reduzir a fadiga.

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Os órgãos tendinosos de Golgi evitam que os músculos gerem muita força.

2.1.4.2. Contração elétrica

» As fibras musculares de diâmetro grande e de contração rápida são as primeiras


a serem recrutadas.

» As contrações e o recrutamento atuam de forma sincrônica, a depender do número


de pulso por tempo.

Os órgãos tendinosos de Golgi não conseguem anular o desenvolvimento da tensão


dentro da unidade musculotendinosa.

2.2. Corrente farádica


Essa corrente, quando empregada na estética, é usada de forma alternada devido à sua
polaridade mudar em determinado tempo preestabelecido, o que realiza estimulação
muscular por excitação nervosa.

Ela reduz a flacidez muscular e melhora a circulação da periferia. Além disso, realiza um
estímulo muscular, melhora o metabolismo e a parte circulatória do tecido.

A região a ser estimulada deve seguir o mapa muscular e apresentar mais tendência à
flacidez na face, não necessariamente por pontos motores.

2.2.1. Parâmetros físicos


A intensidade deve ser ajustada de acordo com a sensação do paciente e deve ser
aplicada por volta de 5 a 10 minutos.

A corrente farádica é uma corrente excitatória, de baixa frequência, de 50 a 100 Hz, em que
a largura do pulso varia de 0,1 a 1 ms e com intervalo de 20 ms; o eletrodo utilizado é o
de silicone.

Figura 5. Exemplo de posição de eletrodos para aplicação da corrente farádica.

Fonte: https://www.shutterstock.com/pt/image-photo/closeup-portrait-lovely-young-woman-
lying-131303570.

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Introdução À eletroterapia e aos recursos terapêuticos utilizados na estética | UNIDADE I

Sua utilização está bastante reduzida, atualmente, por ter-se tornado obsoleta diante dos
modernos estimuladores. As restrições são decorrentes da forma de pulso (triangular) e
da largura de pulso (1,0ms), que proporcionam grande estímulo sensorial e acarretam
desconforto ao paciente. Com isso, consequente há restrição da contração muscular.

2.2.2. Contraindicações

As contraindicações são as mesmas descritas para a corrente russa.

2.3. Corrente galvânica


É uma corrente do tipo polarizada (direta) e com sentido unidirecional, ou seja, os
elétrons caminham num só sentido do polo negativo para o positivo. Devido a essa
particularidade, ela produz efeito eletroquímico.

O efeito eletroquímico é a movimentação dos íons:

» Cátodo – eletrodo negativo: para onde as cargas positivas (cátions) se direcionam.

» Ânodo – eletrodo positivo: para onde as cargas negativas (ânions) se direcionam.

Para que estejamos cientes de onde aplicar cada polo (+ ou -), é importante saber que
tipo de molécula cada um desses polos atrai. Além disso, não se deve esquecer que o
polo negativo atrai íons positivos, e vice-versa.

2.3.1. Polo negativo


» tem reação alcalina OHNa;

» repele íons -;

» atrai íons +;

» é vasodilatador;

» produz > hiperemia;

» fluidifica os tecidos;

» hidrata os tecidos;

» amolece os tecidos;

» estimula a circulação;

» provoca o abaulamento tecidual; e

» é cataletrótono (aumenta a irritabilidade).

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2.3.2. Polo positivo


» produz reação ácida HCl;

» repele íons +;

» atrai íons -;

» provoca vasoconstrição;

» produz < hiperemia (difusa);

» desidrata os tecidos;

» endurece os tecidos;

» é bactericida;

» é anti-inflamatório;

» tem ação analgésica;

» provoca depressão tecidual; e

» é anelectrótono (diminui a irritabilidade).

Devido ao efeito eletroquímico, podemos utilizar essa corrente para diversas aplicações,
conforme veremos mais abaixo, mas antes é importante que se conheçam os eletrodos
utilizados na corrente galvânica.

Quando falamos na corrente despolarizada, comentamos sobre a posição do eletrodo.


Como você imagina a posição dos eletrodos para uma corrente polarizada?

Essa corrente utiliza eletrodos metálicos com esponja umedecida (Figura 6), além de
uma série de eletrodos específicos, produzidos para estética (Figura 7).

Figura 6. Esponja umedecida.

Fonte: https://catalogohospitalar.com.br/eletrodo-esponja-vegetal-para-ionizacao-e-eletrolifiting.html.

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Introdução À eletroterapia e aos recursos terapêuticos utilizados na estética | UNIDADE I

Figura 7. Eletrodos específicos.

Fonte: http://www.ck.com.br/a-eletroterapia-aplicada-na-estetica-facial/.

Quando utilizado o eletrodo retangular (Figura 7), devemos aplicar o eletrodo (+)
em uma região, e o (-) em outra, o que varia de acordo com o tratamento desejado.
Ademais, podemos aplicar apenas o eletrodo (+) ou o (-) para tratar o local desejado e o
outro de forma dispersiva, isto é, geralmente o outro eletrodo estará entre as escápulas
ou abaixo da coxa.

Quando utilizado os eletrodos estéticos (Figura 7), podemos aplicar os dois eletrodos
(+ e -) ao mesmo tempo, ou então o paciente segura um eletrodo (bastonete), e o
terapeuta usa o outro para aplicação da corrente no local desejado.

2.3.3. Técnicas de aplicação

2.3.3.1. Ionização

É uma técnica que facilita a penetração das substâncias ativas dos cosméticos através
da pele. A utilização da corrente elétrica “quebra” as moléculas do princípio ativo do
produto e as transforma em íons, que possuem massa e tamanhos menores.

Pensando nisso, é de extrema importância que o profissional da estética tenha amplo


conhecimento sobre o produto a ser utilizado, fundamentado na teoria de que “cargas
iguais se repelem, e cargas opostas se atraem”. Sempre se deve ter o cuidado de utilizar
o produto no eletrodo com mesma carga, pois o objetivo é fazer o produto penetrar
com mais facilidade.

Essa dissociação facilita a passagem do produto pela pele, pela membrana celular e
pelos folículos pilossebáceo, o que permite melhor absorção e penetração.

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UNIDADE I | Introdução À eletroterapia e aos recursos terapêuticos utilizados na estética

Geralmente, os produtos utilizados são ampolas nutritivas à base de ureia, colágeno,


elastina, extrato placentário, DNA, vitamina C, entre outros.

Além de favorecer a penetração de substâncias nutritivas, também estimula os


tecidos e promove o aumento do metabolismo e a melhora da atividade celular. Essa
técnica é indicada para tratamentos preventivos ou mesmo para atenuar os sinais do
envelhecimento.

Podem ser utilizados os dois eletrodos em esfera, movimentados ao mesmo tempo;


ou uma esfera e outro bastonete; ou um com eletrodo caneta, especial para linhas de
expressão, e o outro com bastonete. Ainda, pode-se usar o eletrodo rolinho, tanto facial
quanto corporal.

2.3.3.2. Desincruste

É uma técnica que utiliza a corrente galvânica para facilitar a retirada do excesso de
secreção sebácea da superfície da pele. Geralmente, é utilizado um produto com ativos
à base de carbonato de sódio, salicilato de sódio ou lauril sulfato de sódio, que possuem
características alcalinas.

Esses produtos realizam saponificação, ou efeito detergente com os ácidos graxos


presentes na secreção sebácea, e os transforma em sabão, que é facilmente removível
com água. A função da corrente é facilitar a penetração do produto, por isso a polaridade
selecionada no aparelho deve ser a mesma do produto, com base no mesmo princípio
da ionização.

A diferença entre a ionização e o desincruste é que este último atinge a camada mais
superficial da pele. A aplicação do desincruste deve ser feita principalmente na zona T,
ou seja, testa, nariz e queixo.

Os eletrodos que devem ser utilizados são o gancho (jacaré), envolvido por algodão
embebido na solução, e o bastonete. Essa técnica também tem sido bastante utilizada
nos tratamentos capilares para redução da oleosidade em quadros seborreicos.

2.3.3.3. Eletrolifting ou galvanopuntura

É uma técnica que utiliza a corrente galvânica, porém em microamperagem


(microgalvânica). Ela não deve ser confundida com microcorrente, pois a microcorrente
é pulsada, e a microgalvânica é contínua, juntamente com uma agulha de 5mm, com
o objetivo de atenuar vincos e linhas de expressão. Não se caracteriza por um método
invasivo, pois a agulha atinge apenas a superfície da pele, sem aprofundar-se.

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Introdução À eletroterapia e aos recursos terapêuticos utilizados na estética | UNIDADE I

Esse método consiste em provocar sutil agressão na camada superficial da epiderme,


sobre as rugas ou linhas de expressão nas regiões nasolabial, periocular, frontal, entre
outras. Também é muito utilizado para minimizar estrias, com o intuito de estimular a
produção de novas células, de colágeno e de elastina e, ainda, incrementar a nutrição
do local, pois age sobre os tecidos que se encontram desnutridos e desvitalizados. Um
aparelho bastante usado para esse fim terapêutico é comercializado com o nome de
Estriat.

O resultado varia de acordo com a profundidade da ruga, o tempo da estria, a idade e


os cuidados que se tem com a pele.

Para a aplicação, são utilizados os eletrodos bastonete e porta-agulha.

2.3.3.4. Eletrólise ou eletrocoagulação

Também denominada depilação “definitiva”, é uma técnica que utiliza a corrente


galvânica e uma agulha metálica de 7mm. O objetivo é realizar a destruição do folículo
pilossebáceo para que não ocorra mais o crescimento do pelo. Isso ocorre devido à
descarga elétrica emitida por intermédio de agulha na raiz do pelo.

Mesmo utilizando agulha, o recurso não é considerado, porque esse objeto atravessa
a epiderme e chega à derme apenas, de modo que atinge a capa germinativa do bulbo
e a papila.

Poder ser utilizada em qualquer região do organismo, mas é mais recorrente no buço,
no peito, nas virilhas e nas sobrancelhas.

Os eletrodos utilizados são o porta-agulha, o bastonete e um pedal para que ocorra a


liberação do estímulo da corrente.

Para a aplicação eficaz desse recurso, é importante localizar com lupa e precisão o
bulbo piloso.

Por mais que seja uma técnica muito boa para eliminação dos pelos, não é totalmente
definitiva; como ocorre em vários tratamentos, pode haver o crescimento do pelo.

2.3.4. Parâmetros físicos

Os parâmetros são preestabelecidos. É uma corrente considerada contínua, então não


aparece largura de pulso. A frequência colocada normalmente é por volta de 8MHz e
intensidade de 0,1 a 0,5 mA/cm². O tempo de aplicação varia de 10 a 15 minutos no
máximo.

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UNIDADE I | Introdução À eletroterapia e aos recursos terapêuticos utilizados na estética

2.3.5. Contraindicações

As contraindicações são as da corrente russa.

Figura 8. Corrente galvânica na aplicação para desincruste.

Fonte: https://finissimaestetica.com.br/site/desincruste/.

A corrente galvânica é usada para realizar ionização, desincruste, eletrolifting ou


galvanopuntura, eletrólise ou eletrocoagulação.

2.4. Microcorrentes
As microcorrentes são correntes elétricas alternadas, não polarizadas e de baixa
intensidade. Elas auxiliam na redução de edemas, algias e em consequências de pós-
operatórios.

É um tipo de corrente galvânica modificada, modulada em tipos de onda contínua


ou pulsada, com valores de frequência baixa e com amperagem medida em
microamperagem (µA).

Essas variáveis, quando combinadas, efetuam trabalhos específicos. Foi criada com
base nos conceitos de galvanização, porém é mais específica e mais confortável, pois o
paciente não tem a percepção da corrente. É também chamada de Micro Electro Neuro
Stimulation (MENS).

A aplicação dos aparelhos de microcorrentes ocorre em níveis (µA). Nesse sentido,


não consegue realizar a ativação das fibras nervosas sensoriais subcutâneas. Assim, o
paciente não tem a sensação de formigamento do aparelho.

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Introdução À eletroterapia e aos recursos terapêuticos utilizados na estética | UNIDADE I

Figura 9. Corrente monofásica com pulsos representando uma microcorrente.

Fonte: Guirro, 2004.

São indicadas para cicatrização, crescimento e regeneração em todos os organismos


vivos que são mediados por um fluxo endógeno de corrente elétrica. Em tecidos
lesados, entretanto, uma “interrupção elétrica” toma lugar. Então, ocorre um aumento
na resistência ao fluxo elétrico (bioimpedância elétrica), o que impede a resolução de
problemas crônicos.

A microcorrente exógena (milionésimo de um ampere) pode ser utilizada no local lesado


para normalizar o fluxo de corrente endógena, algo que não é permitido a correntes
de média e alta intensidade.

A bioimpedância dos tecidos lesados é então reduzida, o que restabelece a


bioeletricidade para reestabilizar a homeostase local. A microcorrente atua no processo
de cicatrização, pois é uma catalisadora durante o processo.

A cicatrização ocorre com base na ideia de que a corrente polarizada serve para
restabelecer a alteração nos sítios de lesão. A célula é negativa em seu interior e
positiva em seu exterior, porém, numa situação de lesão, há inversão da situação, e a
microcorrente restabelece o equilíbrio elétrico local e evita os fenômenos de apoptose,
que é a morte programada das células que foram pouco atingidas pela lesão e sofreram
aquilo que se chama de lesão secundária. A microcorrente atende a esse tipo de
demanda e pode servir para o restabelecimento dos potenciais locais.

Existe um montante considerável de literatura científica que sugere que a cicatrização,


o crescimento e a regeneração em todos os organismos vivos são mediados por fluxo
endógeno de corrente elétrica.

Em tecidos lesionados, entretanto, uma “interrupção elétrica” toma lugar, de modo que
ocorre aumento na resistência ao fluxo elétrico (bioimpedância elétrica), o que impede a
resolução de problemas crônicos e da dor. Para solucionar esse dilema, foi desenvolvida

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UNIDADE I | Introdução À eletroterapia e aos recursos terapêuticos utilizados na estética

a microcorrente exógena (milionésimo de um ampere) no local lesado para normalizar


o fluxo de corrente endógena.

A bioimpedância dos tecidos lesados é, então, reduzida e restabelece a bioeletricidade


para reestabilizar a homeostase local. A terapia com estimulação por microcorrente
pode, então, ser vista como catalisadora nos processos iniciais e de sustentação em
numerosas reações químicas e elétricas que ocorrem no processo cicatricial.

Também se utiliza dessa técnica para promover a revitalização cutânea e melhorar a


flacidez muscular, a elasticidade, a viscosidade e o brilho da pele. A seleção do tipo da
onda se deve a cada etapa do tratamento, ao grau de flacidez e ao estado geral da pele,
mas é indicada para todos os tipos de flacidez.

A técnica atinge a camada superficial da pele, o que movimenta os líquidos intersticiais


numa primeira fase. Depois, estimula a musculatura e, então, auxilia na ionização de
produtos para a melhora de afecções cutâneas.

2.4.1. Efeitos fisiológicos


A movimentação dos líquidos proporciona alguns efeitos fisiológicos bastante
importantes para a restauração dérmica:

» elevação da temperatura local;

» formação de hiperemia;

» otimização do metabolismo;

» aumento da síntese de ATP e de colágeno;

» incremento da drenagem;

» desobstrução ganglionar;

» aumento das trocas iônicas intracelulares;

» mobilização de líquidos provenientes das circulações linfática e sanguínea; e

» aumento da reabsorção de hematomas, edemas e cicatrização em pós-cirúrgicos.

2.4.2. Parâmetros físicos


Os controles de intensidade normalmente permitem ajuste de amplitude em torno de
10 a 1000 microamperes (µA).

Os controles de frequência permitem ajuste de 0,5 Hz a 900 Hz (ou em até 1000 Hz), e
a duração de pulso de microcorrente típico é de aproximadamente 0,5 segundo, o que
é cerca de 2500 vezes maior que um pulso típico de TENS.

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Uma frequência abaixo de 1 Hz realiza penetração profunda e é indicada para estimular


cicatrizes. Já uma frequência de 10 a 900 Hz é indicada para analgesia, efeito bactericida,
entre outros; o tempo pode variar de 1 a 30 minutos.

Geralmente, são feitas 10 sessões com intervalos de dois dias entre elas. Depois, uma
sessão de manutenção pode ser feita a cada mês.

2.4.3. Aplicabilidade

Para a aplicação, são utilizados sempre dois eletrodos com um polo positivo e outro
negativo. Isso também ocorre com os eletrodos utilizados para aplicação estética da
corrente galvânica, ou eletrodos de borracha.

2.4.3.1. Primeira fase

Conectar os bastões (eletrodos) no equipamento, manter o bastão de polaridade


negativa parado no local de aplicação e movimentar o bastão eletrodo positivo em
sentido da musculatura para a movimentação dos líquidos. Em seguida, realizar cada
movimento por 10 segundos.

Nutrição: 150 Hz e 200 µA.

2.4.3.2. Segunda fase

Já na segunda etapa, priorizamos a estimulação da musculatura com movimentação no


sentido das fibras e as seguimos em um mapa anatômico.

Para essa fase, devemos utilizar os eletrodos de borracha. Inicialmente, localiza-se o


eletrodo negativo ao lado do eletrodo positivo, com gel condutor; em seguida, ele
deve ser fixado na pele. Liga-se o equipamento e regula-se a intensidade, conforme a
sensibilidade da cliente, pois essa estimulação vai tonificar a musculatura. Lembre-se
de que não podemos utilizar intensidade muito alta para não causar fadiga muscular,
portanto devemos controlar a intensidade conforme a sensibilidade de cada paciente
(deixar agir de 10 a 15 minutos).

Tonificação: 100 Hz e 300 µA.

2.4.3.3. Terceira fase

A terceira consiste em ionizar um produto cujos benefícios estão diretamente


relacionados com o seu princípio ativo.

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2.4.4. Aplicação

Na aplicação, são utilizados eletrodos como bastões, canetas ou esferas. Enrola-se um


algodão na parte metálica de cada caneta junto com uma solução aquosa, geralmente
solução N.M.F. (natural moisturizing factor), fator hidratante sintético semelhante
ao encontrado na pele, rico em aminoácidos, lactato e sais, conhecida como ureia.
Podem-se utilizar também produtos de lifting, lipossomas ou produtos hidratantes e
rejuvenescedores ionizáveis de acordo com a preferência.

Iontoforese: 500 Hz intensidade baixas para não produzir contração.

Para essa fase, existem algumas sugestões de aplicação. Pode-se esquematizar o


movimento das canetas como:

» As duas canetas se movimentam de dentro para fora; as duas canetas se


movimentam de fora para dentro; uma caneta fica parada enquanto a outra se
movimenta de fora para dentro.

» Uma caneta fica parada enquanto a outra se movimenta em ziguezague, de dentro


para fora.

Cada movimento (passo) com a caneta deve ser feito durante, aproximadamente, 10
segundos, com base no esquema abaixo:

Figura 10. Exemplos das regiões a serem tratadas.

Inicie a sessão utilizando os terminais de inserção, com bastonetes embebidos


em produto cosmético, pela região supraclavicular. Posicionando os
bastonetes em paralelo e de forma ascendente, movimente-os até a região
mandibular, sempre de forma lenta. Repita o movimento até completar a
circunferência de toda a região cervical anterior (pescoço).

Movimente os bastonetes em paralelo e de forma ascendente por toda a


região mentual.

Movimente os dois bastonetes horizontalmente e em paralelo e por toda


a região do mento. Repita a operação do outro lado.

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Fixe um bastonete na região do músculo depressor do ângulo da boca e
Movimente os dois bastonetes horizontalmente e em paralelo e por toda
a região do mento. Repita a operação do outro lado.
Introdução À eletroterapia e aos recursos terapêuticos utilizados na estética | UNIDADE I

Fixe um bastonete na região do músculo depressor do ângulo da boca e


movimente o outro por toda a região nasogeniana.

Movimente conjuntamente os bastonetes em paralelo. Inicie na


região da mandíbula até alcançar a metade da face.

Movimente os bastonetes em paralelo a partir da metade da face até a região


do músculo orbicular dos olhos (pálpebras inferiores).

Percorra a pálpebra inferior e utilize os bastonetes em paralelo. Inicie o


movimento pelo lado externo e dirija-se ao interno, de forma lenta.

Com os bastonetes em paralelo, movimente-os de forma a percorrer a


pálpebra superior, desde a parte externa até a interna.

Movimente os bastonetes em paralelo, intercalados pelo supercílio, desde a


região externo até a interna.

Movimente os bastonetes em paralelo e forme um leque desde a lateral


externa dos olhos até o início do couro cabeludo.

Fonte: https://www.ck.com.br/eletroestimulacao-muscular-facial/.

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2.4.5. Peculiaridades dessa corrente

É interessante pedir para o paciente ingerir líquido 1 hora antes do tratamento. Isso
auxiliará na concentração hídrica no tecido celular subcutâneo, que oferece resistência
à passagem da microcorrente.

O paciente pode se queixar de “choques” elétricos quando a microcorrente é aplicada


em um tecido cicatricial.

2.4.6. Contraindicações
» alergia ou irritação à corrente elétrica;

» sobre útero grávido;

» eixo cardíaco;

» três primeiros meses de gestação;

» próteses metálicas no local de aplicação;

» pacientes com doenças cardíacas, como arritmias severas, insuficiência cardíaca


congestiva;

» encurtamento funcional do músculo;

» traumas locais; e

» sensibilidade alterada.

Obs.: o uso de microcorrentes em pacientes desidratados pode causar náuseas, tontura


e/ou dores de cabeça.

Devido aos seus efeitos fisiológicos, essa corrente é muito bem utilizada em processo de
reparo e em rejuvenescimento. Assim, observamos boa aplicabilidade em processos como:

» acne (anti-inflamatório, cicatrizante, bactericida e antiedematoso);

» involução cutânea (aumento do número de fibroblastos e realinhamento das fibras


colágenas, o que potencializa a circulação linfática e diminui edemas);

» pós-operatório de cirurgia plástica (cicatrizante, anti-inflamatório e antiedematoso);

» estrias (rearranjo das fibras colágenas);

» eliminação de metabólitos celulares e relaxamento muscular (restabelecimento


da bioeletricidade tecidual);

» celulite (antiedematoso);

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» pós-peeling (cicatrizante anti-inflamatório); e

» iontoforese.

A microcorrente galvânica tem forma de onda de pulso monofásico retangular e pode


reverter periodicamente sua polaridade.

O plano de atuação das microcorrentes é profundo e pode atingir um nível muscular,


bem como apresentar-se com imediata atuação no plano cutâneo e subcutâneo.

As microcorrentes têm características subsensoriais e não causam desconforto ao


paciente.

2.5. Alta frequência


Alta frequência é uma corrente de elevada tensão e de baixa intensidade que é aplicada
sobre o organismo humano através de eletrodos de vidro, que se fixam a uma bobina
elétrica.

O aparelho consiste num gerador de alta frequência, num porta-eletrodo e em diversos


eletrodos de vidro a vácuo ou com gás especial. A passagem da corrente provoca ionização
das moléculas de gás, que, sob o forte impacto energético, tornam-se fluorescentes.

É uma corrente elétrica que se forma dentro do eletrodo de vidro e transmite ondas
eletromagnéticas.

A onda eletromagnética provoca a formação de ozônio quando entra em contato com


a pele.

Para podermos entender os efeitos da corrente eletromagnética no organismo, é


importante conhecermos especificamente cada eletrodo.

Figura 11. Eletrodos de vidro mais utilizados.

1. eletrodo tipo forquilha; 2. standart pequeno (ou cebolinha ou esférico menor); 3. tipo saturador; 4. tipo
cauterizador (ou cautelizador); 5. standart grande (cebolão ou esférico maior ); 6. tipo pente.

Fonte: https://www.nucleodoconhecimento.com.br/saude/tratamentos-esteticos.

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UNIDADE I | Introdução À eletroterapia e aos recursos terapêuticos utilizados na estética

» Os standarts pequeno e grande (cebolinha e cebolão) são utilizados nos


tratamentos faciais.

» O eletrodo pente é utilizado nos tratamentos capilares para a descontaminação e


ativação do couro cabeludo; é muito usado pelo profissional tricologista.

» O fulgurador (cauterizador) é utilizado durante a limpeza de pele, após extrações


de comedões ou milium.

» A forquilha é utilizada após depilações no corpo e para relaxamento da cervical.

» Já o saturador (ionizador indireto) é utilizado nos tratamentos faciais e capilares;


associado às massagens, facilita a penetração de substâncias nutritivas.

2.5.1. Efeitos fisiológicos da aplicação de alta frequência

O ozônio é uma substância instável que se decompõe rapidamente em oxigênio


molecular (O2) e em oxigênio atomar (atômico) (O). A grande ação desinfetante do
ozônio reside na grande agressividade do oxigênio atomar (atômico) que é liberado
durante a decomposição do ozônio. O envelhecimento celular está ligado à ação dos
radicais livres, e o oxigênio é um dos precursores dessa ação, por meio da oxidação das
estruturas orgânicas. O oxigênio atomar é o oxidante mais agressivo depois do flúor;
ele é um radical livre.

Baseado nas considerações sobre os radicais livres, os eletrodos de alta frequência,


produtores de ozônio em nível da pele, devem ser utilizados pelo profissional de maneira
bem criteriosa, pois não é lógico que um tratamento estético, que visa atenuar e atrasar
os efeitos do envelhecimento, utilize os eletrodos de alta frequência, o que põe todo o
resto do tratamento a perder. A corrente de alta frequência, quando empregada sem
critérios, é um meio de trazer o envelhecimento da pele de maneira precoce.

O principal efeito das correntes de alta frequência no organismo é a produção de calor. É


um efeito comum a todas as formas de aplicação, que se acentua mais nos casos em que
o eletrodo se coloca a uma ligeira distância da pele do que quando há o contato direto.

O efeito térmico obtido é inversamente proporcional à superfície do eletrodo. Por isso,


para efeitos destrutivos (fulgurações), usam-se eletrodos de pouca superfície (em forma
de ponta, já que concentram em um ponto os efeitos térmicos). O efeito térmico obtido
é diretamente proporcional ao tempo de aplicação, e os tratamentos mais habituais
duram entre 3 e 5 minutos.

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Introdução À eletroterapia e aos recursos terapêuticos utilizados na estética | UNIDADE I

Quando são utilizados os eletrodos de superfície (em forma de bico), podem ocorrer
lesões por queimadura devido à concentração no local aplicado, o que ocasiona os
efeitos térmicos do aparelho de alta frequência.

Os efeitos vasodilatadores e hiperemiante são aproveitados para melhorar a absorção


de produtos que são aplicados sobre a pele, como nutritivos e revitalizantes, e permitem
o aumento do trofismo e da oxigenação do metabolismo celular.

Por ser um elemento ativador do metabolismo dos tecidos, nos tratamentos capilares,
é importante como um elemento ativador da circulação sanguínea do couro cabeludo
e acentua também a penetração de produtos nutritivos pelos folículos pilossebáceos.
Por isso, é utilizado nos tratamentos antiquados mediante o eletrodo em forma de
pente.

O efeito anti-inflamatório associa-se à inflamação ocorrida nos processos de reparo


tecidual em que há solução de continuidade da pele, como em feridas abertas (úlceras,
acne etc.). Nesse casos, comumente há a presença de germes e bactérias que acabam
por dificultar a resolução do processo inflamatório. Esse efeito também se justificaria
pelo aumento do fluxo sanguíneo, pois aumentaria a presença dos elementos de defesa
na área da lesão. Então, o alta frequência não é indicado para inflamação em estruturas
internas do corpo, como tendões, músculos, articulações etc., pois não tem ação em
profundidade para a melhora dos tecidos.

A formação de ozônio no nível da pele tem ação bactericida e antisséptica. As faíscas


que saltam entre a superfície do eletrodo e a pele formam, a partir do oxigênio do
ar, o ozônio através da corrente elétrica. O ozônio formado é muito oxidante e,
portanto, é um bom bactericida, germicida, fungicida e um antisséptico em geral.
São utilizados eletrodos específicos, como o standart, que atuará nas diversas regiões
da face.

A ação bactericida melhora o trofismo dérmico, pois muitas vezes o trofismo da pele,
relacionado a processos de regeneração tecidual, está prejudicado pela ação de bactérias.

O eletrodo “cauterizador”, conhecido como fulgurador, é um recurso que auxilia o


profissional na limpeza da pele, por cauterizar as pústulas que são removidas durante
o processo das extrações.

A corrente pode ser utilizada como ionizadora indireta, em que utilizamos eletrodo
“saturador” para aumentar a penetração de ampolas aquosas ionizáveis à base de
elastina, colágeno, ureia e extratos placentários através da pele; e na penetração de
substâncias que tonificam o couro cabeludo e fortalecem o bulbo capilar.

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UNIDADE I | Introdução À eletroterapia e aos recursos terapêuticos utilizados na estética

2.5.2. Parâmetros físicos

É um aparelho que trabalha com correntes alternadas de alta frequência, no qual há


parâmetros de frequência e tensão que podem variar de acordo com o fabricante. Eis
alguns parâmetros encontrados normalmente:

» Frequência: varia entre 100 e 200KHz.

» Tensão: oscila entre 25.000 e 40.000V; ou entre 150 e 200KHz; ou entre 30.000 e
40.000V; ou entre 500KHz e 1KHz; ou entre 40.000 e 90.000V; ou entre 100.000 e
150.000V, sempre com intensidade na ordem de 100mA.

Com a finalidade de aumentar a ação do eletrodo, pode ser utilizado ligeiramente


afastado da pele ou sobre gaze seca.

O tempo de utilização depende do local e do tipo da aplicação; geralmente, é em torno


de 3 a 8 minutos.

2.5.3. Peculiaridades dessa corrente

A junção entre o eletrodo e o porta-eletrodo não deve tocar a pele do cliente, pois
ele sentiria um choque elétrico muito forte. Também o profissional não deve jamais
encostar nessa junção.

Os aparelhos de alta-frequência devem manter distância de 6m de aparelhos de corrente


galvânica ou corrente farádica, quando usados simultaneamente. Os cabos dos outros
agem como antenas e captam as ondas eletromagnéticas produzidas pelos aparelhos
de alta frequência. Isso pode danificar o aparelho e/ou proporcionar algum perigo para
o cliente que está sendo tratado.

2.5.4. Contraindicações

» marca-passo cardíaco;

» gestantes (é prudente que a profissional grávida evite usar o aparelho nas clientes);

» implante metálico local (aquecimento perigoso);

» zonas hemorrágicas;

» distúrbios de sensibilidade; e

» pele com cosméticos inflamáveis (álcool e éter).

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Introdução À eletroterapia e aos recursos terapêuticos utilizados na estética | UNIDADE I

Figura 12. Algumas aplicações do alta frequência.

Fonte: https://www.shutterstock.com/pt/image-photo/beauty-spa-wellness-concept-woman-
having-1152720944.

Pode ser utilizado na estética facial, corporal e capilar. A maioria das indicações tem por
base a ação bactericida, por exemplo, desinfecção após extração acneica e de acnes
inflamadas, desinfecção do couro cabeludo em casos de seborreia, pós-depilação,
principalmente em casos de foliculite, úlcera de pressão infectadas, feridas abertas.

Nos procedimentos estéticos, a alta frequência é empregada principalmente na


terapêutica facial, não só nos procedimentos de limpeza de pele como também em
outros protocolos de tratamentos faciais.

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REFERÊNCIAS
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