O Sapo de Sapato
O Sapo de Sapato
O Sapo de Sapato
O Sapo
de Sapato
Copyright © 2008 Antonio Filho
Ilustrador: Breno Macedo
Governador
Cid Ferreira Gomes
Vice-Governador
Francisco José Pinheiro
Secretária da Educação
Maria Izolda Cela de Arruda Coelho
Secretário Adjunto
Maurício Holanda Maia
Coordenadora de Cooperação
com os Municípios
Márcia Oliveira Cavalcante Campos
C387s
Ceará. Secretaria de Educação.
O sapo de sapato / Antônio Filho; ilustrações de Breno Macedo. – Fortaleza: SEDUC, 2008.
24p.; il. A Lucilene Carvalho,
ISBN: 978-85-62362-11-8 dona das três dimensões da criação: espaço, tempo e corpo.
1. Lendas. 2. Fábulas. 3. Contos. 4. Literatura infanto-juvenil. I. Título.
CDD 028.5
A Clara Ana,
CDU 37+028.1(813.1) que me acendeu a chama da literatura infantil, luz e som
que ilumina e encanta muitas letras dessas linhas.
Eu vi um sapo
que pulava pela rua.
Eu vi um sapo
cantando, encantando a lua.
Eu vi um sapo
no seu canto enluarado.
Mas o sapo de sapato
só pulava enchendo o papo.
Eu vi um sapo
coaxando para a lua
e vi um sapo
batendo perna na rua.
Eu vi um sapo
de papo e perna pro ar,
pois o sapo de sapato
não parava de pular.
10 11
Eu vi um sapo
tomar banho de sapato
e outro sapo
mergulhar dentro do rio.
12 13
Eu vi um sapo
no rio tremer de frio,
quando o sapo de sapato
passeava de navio.
14 15
Eu vi um sapo
procurando o que papar
e vi o sapo
com o papo papando o ar.
16 17
Eu vi um sapo
sem sapato sem jantar,
mas o sapo de sapato
não parava de papar.
18 19
Eu vi um sapo
cururu lavando o pé
e vi um sapo
de sapato com chulé.
20 21
O cururu
com cuidado lava o pé,
pois o pé, que não se preza,
tem chulé só porque quer.
22 23
Antonio Filho
Nasceu numa linda cidade do interior do Ceará
chamada Baturité. Lá foi menino a soltar peões
e arraias, a jogar de bola e bila, a tomar banhos
de rio. Lá, aprendeu as primeiras letras e teve
o primeiro contato com os livros. Também foi
importante na sua formação, Mundaú, uma vila
de pescadores, para onde ia durante as férias
escolares. Ali, à noite, na calçada da mercearia
do Vovô Almeida, aquele homem de cabelos
prateados como a lua, alto, magro e moreno
como os antigos deuses, o maior contador de
estórias que o mundo já conheceu, ao ouvir-lhe
os contos de almas penadas, mulas-sem-cabeça
e espíritos noturnos dos mares e dos rios,
a semente da criação literária foi plantada em seu
espírito. Tentando seguir os passos de seu avô,
agora escreve letras de música, poesia e ficção,
e tem alguns livros a publicar.
Breno Macedo
Graduando em artes visuais pelo Centro Federal
de Educação Tecnológica do Ceará - CEFET-CE.
Estuda piano no conservatório de música Alberto
Nepomuceno, como também a língua japonesa no
Núcleo de Línguas Estrangeiras da Universidade
Estadual do Ceará - UECE. Participou do
projeto educativo Draco para o Museu de Arte
Contemporânea (MAC) do centro Dragão do Mar
de Arte e Cultura, onde eram usadas histórias em
quadrinhos para falar sobre arte contemporânea
para o público infantil. Fez parte da primeira
amostra do curso superior de Artes Plásticas no
MAUC (Museu de Arte da UFC) em 2005.