Portaria 350 de 6 de Setembro de 2010
Portaria 350 de 6 de Setembro de 2010
Portaria 350 de 6 de Setembro de 2010
Art. 2º Tornar disponível a certificação voluntária para os Equipamentos Elétricos sob Regime de
Vigilância Sanitária, no âmbito do Sistema Brasileiro de Avaliação da Conformidade – SBAC, a qual
deverá ser feita consoante o estabelecido nos Requisitos ora aprovados.
Art. 3º Determinar que no prazo de até 12 (doze) meses, contados a partir da data de publicação
desta Portaria, os produtos certificados conforme Portaria Inmetro n.º 86, de 03 de abril de 2006,
publicada no Diário Oficial da União, de 06 de abril de 2006, seção I, página 44, deverão se adequar
aos Requisitos ora aprovados.
Art.-4º Revogar a Portaria Inmetro n.º 86/2006, doze meses após a publicação desta Portaria.
,
Art. 5º Esta Portaria entrará em vigor na data de sua publicação no Diário Oficial da União.
1 OBJETIVO
Estes Requisitos de Avaliação da Conformidade - RAC estabelecem os critérios para o Programa de
Avaliação da Conformidade - PAC para Equipamentos Elétricos sob regime de Vigilância Sanitária,
atendendo os requisitos das normas relacionados em Documentos Complementares, visando à
segurança do usuário.
2 DOCUMENTOS COMPLEMENTARES
Equipamento Eletromédico – Parte 1 – Prescrições Gerais
ABNT NBR IEC 60601-1
para Segurança. e suas emendas
3 SIGLAS
4 DEFINIÇÕES
Para fins deste RAC, são adotadas as definições a seguir:
2
ANEXO DA PORTARIA INMETRO Nº 350/ 2010
Comissão técnica do OCP composta por representantes das entidades de classe dos solicitantes,
usuários, órgãos de normalização, todos com reconhecida capacitação na área de equipamentos
elétricos sob regime de Vigilância Sanitária. Esta comissão é de caráter permanente e consultivo, que
tem como função analisar os processos de certificação e auxiliar na concessão, manutenção, extensão,
redução, advertência, suspensão ou cancelamento da certificação.
4.8. Fabricante
Fabricante é a pessoa jurídica responsável pelo projeto, fabricação, embalagem e rotulagem de um
produto médico, montagem de um sistema ou adaptação do produto antes de ser colocado no mercado
ou em funcionamento, independentemente do fato de tais operações serem realizadas por essa pessoa
ou em seu nome, por uma terceira parte.
4.9. Família
A caracterização de família é conforme previstos no Anexo D deste RAC.
4.10. Importador
É a pessoa jurídica responsável pela entrada de mercadoria procedente do exterior no território
nacional e que tem a responsabilidade de garantir a realização dos ensaios de rotina previstos neste
RAC.
3
ANEXO DA PORTARIA INMETRO Nº 350/ 2010
4.20. Série
Designação dada pelo solicitante para identificar de forma inequívoca cada unidade produzida.
4.21. Solicitante
Pessoa física ou jurídica, pública ou privada, nacional ou estrangeira, legalmente estabelecida no país,
que desenvolve uma das seguintes atividades: produção, montagem, criação, construção,
transformação, importação, distribuição gratuita ou não, ou comercialização de equipamentos elétricos
sob regime de Vigilância Sanitária, abrangidos por este RAC. É responsável pela solicitação de
certificação do produto junto ao OCP e que detém a concessão de uso do Selo de Identificação da
Conformidade
5.1 O mecanismo de avaliação da conformidade utilizado nos Equipamentos Elétricos sob regime de
Vigilância Sanitária, contemplado por este RAC, é a certificação voluntária, exceto para os produtos
que o Regulamentador, Anvisa, exigir a compulsoriedade da certificação pela IN/Anvisa vigente.
4
ANEXO DA PORTARIA INMETRO Nº 350/ 2010
5.2 Este RAC estabelece o Modelo com Avaliação do SGQ do processo produtivo do produto e a
realização de ensaios (de tipo e de rotina) no produto. A qualquer momento, ensaios de verificação
com relação à manutenção da conformidade poderão ser realizados durante a vigência da certificação.
5.3 As etapas do processo de avaliação da conformidade, descritas no item 6, devem ser conduzidas
pelo Organismos de Certificação de Produto - OCP.
Nota: A decisão final sobre a aplicabilidade da certificação compulsória ao produto, nos termos deste
RAC, é da Anvisa de acordo com a IN vigente.
6.1.1.3.1.1 Os ensaios de tipo devem ser realizados no produto conforme normas técnicas aplicáveis
relacionadas no item 2 deste RAC nas amostras coletadas, conforme estabelecido no item 6.1.1.3.3.
6.1.1.3.1.2 O ensaio de tipo deve ser realizado integralmente na unidade piloto ou na amostra da linha
de produção do equipamento em processo de certificação.
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ANEXO DA PORTARIA INMETRO Nº 350/ 2010
6.1.1.3.1.3.1 Caso não tenham ocorrido alterações no projeto neste período, o fabricante do
equipamento sob processo de certificação, seja ele nacional ou estrangeiro, deve encaminhar
documento declarando que após a data de emissão do relatório de ensaios o produto não sofreu
modificações que impliquem na realização de novos ensaios.
6.1.1.3.1.3.2 O OCP deve fazer uma avaliação do relatório de ensaio apresentado, do projeto inicial do
equipamento, para qual o relatório foi emitido, e do projeto atual do equipamento, com a finalidade de
constatar a conformidade do relatório de ensaio ao projeto atual do equipamento. Esta avaliação deve
ser documentada e integrar a documentação do processo de certificação do equipamento.
6.1.1.3.3.1 O OCP deve utilizar no processo de avaliação da conformidade uma amostra representativa
do produto a ser certificado.
6.1.1.3.3.1.1 A amostra representativa deve ser uma unidade piloto ou que já está em linha de
produção.
6.1.1.3.3.2 Para um produto que já está em linha de produção, a coleta realizada na planta de produção
deve ser uma escolha aleatória, realizada pelo OCP, de um produto que já tenha sido inspecionado e
liberado pelo controle de qualidade da fábrica, em embalagem pronta para comercialização. Havendo a
necessidade de outras amostras, o mesmo procedimento deve ser utilizado para a seleção.
6.1.1.3.3.3 No caso de unidades piloto, o fabricante pode coletar e encaminhar a amostra ao laboratório
ou OCP, mediante acordo entre as partes envolvidas, e sob responsabilidade do OCP. Havendo a
necessidade de outras amostras, o mesmo procedimento deve ser utilizado para a seleção.
6.1.1.3.3.3.1 A aprovação da unidade piloto nos ensaios iniciais não isenta o OCP de validar os
produtos após o início do funcionamento da linha de produção.
6.1.1.4.2 Durante a auditoria o fabricante deve apresentar, quando existente, cópia dos relatórios das
auditorias / inspeções do seu SGQ, emitidos respectivamente por um OCP ou autoridade sanitária no
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ANEXO DA PORTARIA INMETRO Nº 350/ 2010
Brasil (ANVISA, VISAs etc.) e os registros das ações corretivas que tenham sido implementadas
quando identificadas.
6.1.1.4.3 Se o fabricante mantém certificação do seu SGQ, no âmbito do SBAC, de acordo com a
ABNT NBR ISO 13485:2004 ou Certificado de Boas Práticas de Fabricação e Controle da ANVISA,
conforme a RDC/ANVISA n° 59/00, a certificação poderá ser aceita em substituição as verificações
necessárias previstas no Anexo B, desde que o OCP possa evidenciar no último relatório de auditoria
das referidas certificações que os requisitos previstos no Anexo B foram verificados e estejam
conformes. Em ambos os casos, o certificado deve estar válido.
6.1.1.5.1 O certificado somente deve ser concedido ao solicitante que tenha em seu processo todas as
não-conformidades eliminadas.
6.1.1.5.2 Estando o produto conforme, o OCP deve formalizar a concessão da autorização para uso do
Selo de Identificação da Conformidade, pelo prazo de até 5 (cinco) anos, previsto no Capítulo 9, para
o(s) produto(s) que atenda(m) aos critérios estabelecidos neste RAC.
6.1.1.5.3 O OCP deve apresentar à Comissão de Certificação todo o processo de certificação, sem
exceção, depois de cumpridos todos os requisitos exigidos neste RAC. O OCP somente deve decidir
pela concessão da certificação após o parecer do processo pela Comissão de Certificação.
6.1.1.5.5.1 Nos casos em que o local auditado corresponder a um fabricante contratado pelo fabricante
do produto para executar a fabricação sob sua responsabilidade, o endereço, a razão social e o CNPJ
(quando aplicável) do fabricante contratado devem também figurar no certificado emitido.
7
ANEXO DA PORTARIA INMETRO Nº 350/ 2010
6.1.1.5.5.2 O certificado pode ser composto de várias páginas e não deve conter anexos. As páginas
devem ser numeradas e em cada uma das páginas deve constar o nº do certificado e sua data de
emissão. A página inicial deverá informar quantas páginas compõem o certificado completo.
6.1.2.1.2 Desde que haja evidências que as justifiquem, o OCP pode realizar auditorias extraordinárias.
6.1.2.2.1.1 Anualmente o OCP deve selecionar uma amostra representativa do produto certificado,
conforme o item 6.1.1.3.3.2, para acompanhar a realização dos ensaios de rotina, anexo A, e verificar o
atendimento à conformidade. Estes ensaios podem ser conduzidos nas instalações do fabricante. Caso o
produto certificado seja fabricado por encomenda, o OCP deve se programar para acompanhar a
realização dos ensaios de rotina, Anexo A, e verificar o atendimento à conformidade deste produto.
6.1.2.2.1.2 O OCP deve evidenciar que o produto não sofreu alterações em relação às características
originais avaliadas na concessão da certificação, por meio da avaliação do RMP e RHP (por exemplo,
comparação entre as listas de componentes apresentadas na concessão e na manutenção, encontradas
na linha de produção e conferir por meios físicos, tais como fotos externas e internas do produto e/ou
desenhos técnicos da linha de produção, além de outras constatações).
6.1.2.2.1.3 Caso sejam observadas alterações de projeto ou atualização de partes, peças, componentes
ou versão de software, deve ser verificado o impacto destas alterações na certificação do produto. Caso
necessário, novos ensaios de tipo, em uma amostra representativa do produto, devem ser realizados de
acordo com as normas aplicáveis relacionadas no item 2 deste RAC.
6.1.2.2.1.4 Quando ocorrer do produto não ser encaminhado para novos ensaios, apesar da constatação
de alterações no mesmo, o OCP deverá elaborar um relatório que justifique para cada alteração
realizada, com base em conhecimento técnico-científico, o não encaminhamento do produto para
realização de novos ensaios de tipo. Cópia deste relatório deverá ficar de posse da empresa autorizada.
6.1.2.2.1.4.1 Este relatório deve fazer parte do processo de manutenção para ser apreciado pela
Comissão de Certificação, conforme o item 6.1.2.4.3.
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ANEXO DA PORTARIA INMETRO Nº 350/ 2010
6.1.2.2.1.5 A qualquer momento a Anvisa ou o Inmetro pode solicitar a realização de ensaios de tipo,
estabelecidos conforme os itens do 6.1.1.3, durante a vigência do certificado, para verificação da
manutenção da conformidade do equipamento.
6.1.2.4.1 A certificação somente deve ser mantida para a empresa autorizada que tenha em seu
processo todas as não-conformidades eliminadas.
6.1.2.4.2. Estando o produto em conformidade com os critérios estabelecidos neste RAC, o OCP deve
formalizar a manutenção da autorização para uso do Selo de Identificação da Conformidade, previsto
no Capítulo 9.
Caso alguma atividade realizada pelo OCP identifique uma não-conformidade, o OCP deve emitir um
relatório de não-conformidade, encaminhando-o a empresa autorizada/solicitante para que as devidas
ações para correção da não-conformidade sejam tomadas.
6.1.3.1.1. O OCP deve avaliar a necessidade de realização de nova auditoria para verificar a
implementação das ações corretivas e se as não-conformidades foram devidamente sanadas.
6.1.3.2.1 Esta decisão deve ser devidamente embasada de modo a garantir que não sejam colocados no
mercado produtos não-conformes ou com a segurança comprometida. Registros da empresa autorizada
e do fabricante devem ser fornecidos ao OCP para que seja realizada uma análise da extensão dessas
reprovações. A certificação e conseqüentemente a autorização para uso do Selo de Identificação da
Conformidade no modelo reprovado deve ser suspensa até que todas as ações corretivas sejam
implementadas pela empresa.
6.1.3.3.1 Devem ser considerados o impacto da não-conformidade nos riscos associados ao uso do
produto e a necessidade de realizar, ou não, a retirada dos produtos não-conformes do mercado, caso
não seja possível o seu reparo/correção. Esta decisão deve ser documentada pelo OCP e integrar a
documentação do processo de certificação do produto.
6.1.3.3.2 Se não for um produto passível de reparo, os produtos não conformes devem ser recolhidos e
destruídos com o acompanhamento do OCP. Na possibilidade do produto ser reparado, o mesmo, após
o reparo, deve ser submetido a todos os testes necessários para liberação de produto acabado que
avaliem se a não-conformidade foi devidamente sanada.
6.1.3.3.3 Os testes mencionados no item 6.1.3.3.2 podem ser realizados pelo próprio fabricante em
suas dependências, devendo os seus resultados ser devidamente registrados, garantindo inclusive os
critérios de rastreabilidade exigidos para o SGQ dos produtos médicos, RDC/ANVISA nº 59/00 e
ABNT NBR ISO 13485:2004.
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ANEXO DA PORTARIA INMETRO Nº 350/ 2010
7 TRATAMENTO DE RECLAMAÇÕES
A empresa autorizada deve manter registros de todas as reclamações ou deficiências trazidas ao seu
conhecimento relativas ao produto certificado, assim como das ações apropriadas tomadas para
atendimento aos requisitos da certificação, tornando-os disponíveis ao OCP, quando solicitado.
7.1 Uma Política para Tratamento das Reclamações, assinada pelo seu executivo maior, que evidencie
que a empresa:
a) Valoriza e dá efetivo tratamento às reclamações apresentadas por seus clientes;
b) Conhece e compromete-se a cumprir e sujeitar-se às penalidades previstas nas leis (Lei nº
8078/1990, Lei nº 9933/1999, ou outros.);
c) Estimula e analisa os resultados, bem como toma as providências devidas, em função das
estatísticas das reclamações recebidas;
d) Define responsabilidades quanto ao tratamento das reclamações;
e) Compromete-se a responder ao Inmetro qualquer reclamação que o mesmo tenha recebido e
no prazo por ele estabelecido.
7.2 Uma pessoa ou equipe formalmente designada, devidamente capacitada e com liberdade para o
devido tratamento às reclamações;
7.4 Procedimento para Tratamento das Reclamações, que deve contemplar um formulário simples de
registro da reclamação do cliente, bem como rastreamento, investigação, resposta, resolução e
fechamento da reclamação.
7.6 Realização de análise crítica anual das estatísticas das reclamações recebidas e evidências da
implementação das correspondentes ações corretivas, bem como das oportunidades de melhorias.
8.2 Especificação
8.2.2 O Selo de Identificação da Conformidade deve atender aos requisitos deste RAC, e será de
responsabilidade da empresa autorizada, podendo o Inmetro a qualquer tempo e hora, solicitar amostra
dos selos confeccionados para verificação quanto ao cumprimento dos mesmos.
8.3 Rastreabilidade
A empresa autorizada deve implementar um controle para a rastreabilidade dos produtos que ostentam
o Selo de Identificação da Conformidade, devendo este controle estar disponível para o Inmetro por um
período de tempo equivalente à vida útil esperada para o produto, mas em nenhum caso por menos de 5
(cinco) anos da data da distribuição comercial pelo fabricante. O OCP deve verificar a implementação
deste controle, bem como a eficácia da rastreabilidade destes produtos certificados.
11
ANEXO DA PORTARIA INMETRO Nº 350/ 2010
9.1 A autorização para uso do Selo de Identificação da Conformidade tem a sua validade vinculada à
validade estabelecida na certificação.
9.2.2 A concessão da autorização para uso do Selo de Identificação da Conformidade ocorrerá por
meio da apresentação de instrumento formal, o certificado, que deve conter, no mínimo, os dados
mencionados no item 6.1.1.5.5.
9.4.2 A interrupção da suspensão, parcial ou integral, está condicionada à comprovação, por parte da
empresa autorizada, da correção das não-conformidades que deram origem à suspensão.
9.4.3 O solicitante que tenha a sua autorização para uso do Selo de Identificação da Conformidade
cancelada deve realizar um novo e completo processo de certificação.
9.4.4 Na renovação da certificação os ensaios de tipo devem ser repetidos nas seguintes situações:
a) Após 5 (cinco) anos da emissão do relatório de ensaio;
b) Alteração na revisão de qualquer norma técnica utilizada no ensaio inicial;
c) Alteração na estrutura do equipamento que implique em mudanças no produto com a conformidade
anteriormente avaliada;
d) Mediante determinação da Anvisa.
Nota: no item 9.4.4.a, para equipamentos específicos o órgão regulamentador (Anvisa) poderá
estabelecer prazos próprios por meio de instrução normativa.
10 RESPONSABILIDADES E OBRIGAÇÕES
b) Utilizar o sistema de banco de dados fornecido pelo Inmetro para manter atualizadas as
informações acerca dos produtos certificados.
f) Repassar para a empresa autorizada exigências estabelecidas pelo Inmetro que a impacte.
g) Responsabilizar-se pela seleção e contratação de terceiros, tais como laboratório, organismo para
avaliação do produto e da fábrica.
h) Para os ensaios realizados por laboratórios estrangeiros, desde que acordado pelo regulamentador,
devem ser observadas a equivalência do método de ensaio, a tensão e freqüência de alimentação do
equipamento ensaiado e a metodologia de amostragem utilizada. Além disso, esses laboratórios
devem ser acreditados pelo Inmetro ou por um Organismo de Acreditação que seja signatário de
um acordo de reconhecimento mútuo do qual o Inmetro também faça parte.
i) Manter no seu endereço eletrônico, claro e de fácil acesso, a relação de todos os certificados
emitidos, com cópia eletrônica, que permita a leitura integral dos textos e informações referentes à
estes certificados, ou por meio de consultas a relatórios extraídos de banco de dados, contendo
todas as informações incluídas nos certificados emitidos.
l) Emitir relatórios consolidados e demais documentos, quando exigidos pelo órgão regulamentador
(Anvisa).
11 PENALIDADES
11.1 A empresa autorizada ou solicitante que fizer uso indevido e/ ou abusivo do selo de identificação
da conformidade estará sujeito a penalidades, de acordo com o estabelecido na Portaria Inmetro nº 179,
de 16 de junho de 2009.
11.2 A empresa autorizada que deixar de atender aos requisitos deste RAC, está sujeito às penalidades
de suspensão e cancelamento da certificação, definidas e operacionalizadas de acordo com o esquema
de certificação do OCP e do Inmetro.
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ANEXO DA PORTARIA INMETRO Nº 350/ 2010
11.3 No âmbito do SBAC serão consideradas infrações sujeitas a penalidades, entre outras:
a) fornecer produtos fora dos padrões de qualidade com o Selo de Identificação da Conformidade
estabelecidos neste RAC;
b) usar o selo de identificação da conformidade em produtos não autorizados;
c) não informar ou prestar falsas informações a respeito dos produtos certificados;
d) impedir o acesso dos auditores aos documentos e registros de seu sistema;
e) não aceitar a verificação e coletas nos prazos previstos neste RAC.
11.4 Para os produtos passíveis de registro na Anvisa, o descumprimento deste RAC, nos itens
cabíveis, está sujeito às penalidades descritas na Lei nº. 6437/77 e no art. 273 do Código Penal
Brasileiro – Lei nº 2848/40.
12.1 Os ensaios de tipo previstos para avaliação da conformidade deste RAC devem ser realizados por
laboratório de 3º parte acreditado pelo Inmetro, para o escopo previsto neste RAC.
Nota: Caso um único laboratório não seja capaz de realizar todos os ensaios previstos, mais de um
laboratório pode ser utilizado, observando-se os mesmos critérios estabelecidos no item 12 deste RAC.
12.2 Em caráter excepcional e precário, desde que condicionado a uma avaliação pelo OCP, pode-se
utilizar laboratório não acreditado para o escopo específico, quando configurada uma das hipóteses
abaixo descritas:
a) Quando não houver laboratório acreditado pelo Inmetro para parte do escopo do programa de
avaliação da conformidade do produto.
b) Quando o(s) laboratório(s) acreditado(s) pelo Inmetro não atender(em) em, no máximo, 6 (seis)
meses, o prazo para o início dos ensaios previstos nos RACs a partir da assinatura do contrato.
12.2.1 A avaliação realizada pelo OCP no laboratório não acreditado pelo Inmetro deverá ser feita por
profissional do OCP que possua registro de no mínimo 3 auditorias nos três últimos anos sucessivos na
Norma ABNT NBR ISO/IEC 17025:2005.
12.2.2 O OCP deve obter evidências objetivas que o laboratório não acreditado pelo Inmetro está
capacitado a realizar todos os ensaios previstos nas normativas estabelecidas neste RAC.
Nota: Caso um único laboratório não seja capaz de realizar todos os ensaios previstos, mais de um
laboratório pode ser utilizado, obedecendo-se os mesmos critérios estabelecidos no item 12 deste RAC.
12.3 Quando configurada uma das hipóteses anteriormente descritas, o OCP deve seguir a seguinte
ordem de prioridade na seleção de laboratório não acreditado pelo Inmetro, porém capacitado, para o
escopo específico:
a) Laboratório de 3ª parte acreditado para outro(s) escopo(s) de ensaio(s);
b) Laboratório de 1ª parte acreditado;
c) Laboratório de 3ª parte não acreditado;
d) Laboratório de 1ª parte não acreditado.
12.4 Considerando-se as possibilidades descritas nos subitens 12.2 e 12.3, o OCP deve registrar,
através de documentos comprobatórios, os motivos que o levaram a selecionar o laboratório.
15
ANEXO DA PORTARIA INMETRO Nº 350/ 2010
12.5 Para os ensaios realizados por laboratórios estrangeiros devem ser observadas as equivalência
do método de ensaio e da metodologia de amostragem estabelecidos neste RAC. Além disso, esses
laboratórios devem ser acreditados pelo Inmetro ou por um Organismo de Acreditação que seja
signatário de um dos seguintes acordos de reconhecimento mútuo, dos quais o Inmetro faz parte:
Notas: 1) A relação dos laboratórios acreditados pode ser obtida consultando-se o sítio do Inmetro,
www.inmetro.gov.br, das cooperações e dos organismos signatários dos referidos acordos;
2) O escopo de acreditação do laboratório deve incluir o método de ensaio aplicado no
âmbito deste RAC;
3) Os relatórios de ensaios emitidos pelo laboratório devem conter identificação clara e
inequívoca de sua condição de laboratório acreditado.
13.1 As atividades de avaliação da conformidade, executadas por um organismo estrangeiro podem ser
aceitas, desde que observadas todas as seguintes condições:
a) O Organismo de Certificação de Produto (OCP) brasileiro, acreditado pelo Inmetro, deve ter
um Memorando de Entendimento (MOU) com o organismo estrangeiro;
b) O organismo estrangeiro deve ser acreditado pelas mesmas regras internacionais adotadas pelo
Inmetro, para o mesmo escopo ou equivalentes;
c) As atividades realizadas no exterior devem ser equivalentes àquelas regulamentadas pelo
Inmetro;
d) O organismo acreditado pelo Inmetro deve emitir a autorização para uso do Selo de
Identificação da Conformidade à regulamentação brasileira e deve assumir todas as
responsabilidades pelas atividades realizadas no exterior e decorrente desta emissão, como se o
próprio tivesse conduzido todas as atividades;
e) O OCP brasileiro, acreditado pelo Inmetro, deve ser o responsável pelo julgamento e
concessão, manutenção e renovação das autorizações para uso do Selo de Identificação da
Conformidade, e
f) O Inmetro deve aprovar o MOU.
13.2 No caso da avaliação ser feita por OCP estrangeiro e não contemplar todos os requisitos
estabelecidos neste RAC, o OCP deve complementar a avaliação realizando os requisitos não
atendidos.
14.1 O OCP deve programar uma auditoria extraordinária para verificação e registro dos seguintes
requisitos:
• Quantidade de itens e data de fabricação do último lote de produção;
• Material disponível em estoque para novas produções;
• Quantidade de produto acabado em estoque e qual a previsão da empresa autorizada para que este
lote seja consumido;
• Se os requisitos previstos neste regulamento foram cumpridos desde a última auditoria de
16
ANEXO DA PORTARIA INMETRO Nº 350/ 2010
acompanhamento;
• Coleta de amostras para a realização dos ensaios de encerramento do processo conforme Anexo A
deste RAC.
14.2 O OCP deve programar também os ensaios de encerramento de processo. Estes ensaios são
aqueles que seriam realizados na avaliação da manutenção subseqüente.
14.3 Caso o resultado destes ensaios apresente alguma não conformidade, o OCP, antes de considerar o
processo cancelado, deve solicitar a empresa autorizada o tratamento pertinente conforme estabelecido
no item 6.1.3 deste RAC.
14.4 Os resultados da auditoria e dos ensaios de encerramento devem ser documentados e integrarem a
documentação do processo de certificação do produto.
14.5 Uma vez concluídas as etapas acima, o OCP notifica este cancelamento à sua Comissão de
Certificação, ao Inmetro e Anvisa.
_____________________________
Anexos A, B e C
17
ANEXO DA PORTARIA INMETRO Nº 350/ 2010
A.1 Os ensaios de rotina deverão ser realizados de acordo com as prescrições estabelecidas nas
cláusulas 18, 19 e 20 da ABNT NBR IEC 60601 – 1:1994 e da emenda 1:1997, além da verificação do
funcionamento do produto, objeto da certificação, especificamente:
a) Funcionamento do equipamento (os itens a serem verificados serão objeto de acordo entre o
OCP e o fabricante de modo a garantir a segurança do produto objeto de certificação de acordo
com a sua finalidade)
b) Aterramento (cláusula 18);
c) Corrente de fuga (cláusula 19);
d) Rigidez dielétrica (cláusula 20).
A.2 Os ensaios de rotina para rigidez dielétrica deverão ser realizados de acordo com as prescrições
estabelecidas na cláusula 20 da ABNT NBR IEC 60601 – 1:1994 e da emenda 1:1997. O tempo
especificado nesta cláusula pode ser reduzido, de acordo com a preferência do fabricante, desde que tal
aplicação seja devidamente justificada pelo fabricante e acordada com o OCP.
_________________________
Anexos B, C e D
18
ANEXO DA PORTARIA INMETRO Nº 350/ 2010
B-1 Na avaliação, inicial e manutenção, do SGQ de fabricação utilizando a ABNT NBR ISO
13485:2004 para o(s) produto(s) objeto(s) da certificação deve verificar o atendimento aos requisitos
relacionados abaixo:
_____________________________
Anexos C e D
19
ANEXO DA PORTARIA INMETRO Nº 350/ 2010
C.1 A identificação do produto certificado, conforme este RAC, deve constar as informações
estabelecidas neste anexo e de acordo com o campo de aplicação, compulsório ou voluntário.
C.2 A empresa autorizada deve seguir as seguintes orientações para o uso do Selo de Identificação da
Conformidade:
a) O selo, de acordo com a Figura 1a, somente pode ser utilizado em produtos que constem vigentes
na IN/Anvisa, que estabelece as normas técnicas, adotadas para fins de certificação de
conformidade dos Equipamentos Eletromédicos sob Regime de Vigilância Sanitária;
b) Na embalagem, o selo pode ser impresso ou pode ser usada uma etiqueta, com características de
indelebilidade e permanência, desde que obedeça as dimensões mínimas, definidas na Figura 1a e
1b desse RAC;
c) No produto, quando o Selo de Identificação da Conformidade for estampada, impressa ou inserida
por meio de etiqueta, definidas na Figura 1a e 1b desse RAC, não couber na parte frontal dos
Equipamentos Eletromédicos, pode ser aposto nas outras partes do mesmo;
d) A versão preta e branca pode ser utilizada na embalagem somente no caso da mesma possuir cor
parecida com a do selo colorido.
C.3 O OCP deve assegurar-se que a aposição do Selo de Identificação da Conformidade seja feita de
forma indelével, permanente e visível bem como da possibilidade dos Equipamentos Elétricos sob
Regime de Vigilância Sanitária serem rastreados por numeração seqüencial ou outra forma
deliberada pelo OCP em comum acordo com a empresa autorizada.
20
ANEXO DA PORTARIA INMETRO Nº 350/ 2010
_____________________________
/Anexo D
21
ANEXO DA PORTARIA INMETRO Nº 350/ 2010
1 - Os produtos que compõem esta família são fabricados por um mesmo fabricante
ou grupo fabril, dentro de um mesmo processo produtivo e regido por um único
Não sistema da qualidade?
Sim
Sim
Sim
Sim
Sim
Sim
Sim
Enquadra-se como
Não se enquadra como família de equipamentos
família de equipamentos para a saúde
para a saúde
22