TCC Analise de Falhas
TCC Analise de Falhas
TCC Analise de Falhas
Varginha
2016
JÉSSICA MARIANA RIBEIRO
Varginha
2016
JÉSSICA MARIANA RIBEIRO
Aprovado em / /
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OBS.:
Dedico este Trabalho de Conclusão de Curso à
minha família, que sempre foi fundamental para
que conseguisse chegar até aqui, me apoiando,
me ensinando. Em especial à minha mãe Deise,
que nunca desistiu, nem se cansou dos meus
sonhos. Aos amigos, que sempre entenderam
minha ausência nesta caminhada e que me
perdoaram por isso. Ao meu amor, Everton, que
me apoia em qualquer decisão e confiou
também nos meus sonhos.
AGRADECIMENTOS
Keywords: Motors. Failures. Predictive Maintenance. Fuzzy Logic. Vibration Analysis. Rules.
LISTA DE ILUSTRAÇÕES
1 INTRODUÇÃO .................................................................................................................. 12
9 CONCLUSÃO....................................................................................................................42
REFERÊNCIAS ..................................................................................................................... 43
12
1 INTRODUÇÃO
Os processos industriais, cada vez mais competitivos e exigentes, admitem cada vez
menos erros em seus procedimentos e execução de produção, para garantirem qualidade e
quantidade de produto, afinal, cada falha gera uma parada de processo e cada parada de processo
traz desconforto para o cliente, perda de dinheiro, dentre diversos outros fatores empresariais.
Tendo em vista as dificuldades, observa-se a necessidade de uma análise peculiar para
os processos, ou parte deles, para que sejam previstas e evitadas as falhas, onde as mesmas
serão corrigidas preditivamente após análise, ou seja, antes mesmo que a falha ocorra
(SPAMER, 2009).
O segmento escolhido para pesquisa serão os motores de indução trifásico, que são
muito utilizados em processos industriais e que também podem gerar quebras de linhas de
produção, como em extrusoras, puxadores, compressores, entre outros equipamentos.
Para que a análise seja feita com eficácia, será utilizado como ferramenta de trabalho a
Lógica Fuzzy que, basicamente, consiste em aplicação de entradas (vibração, temperatura,
corrente, tensão), para obtenção de saídas, ou falhas, que no caso da pesquisa podem ser falhas
no isolamento dos motores, falhas em rolamentos, falhas no alinhamento do eixo, ou ainda,
falha no dimensionamento para aplicação do motor.
Segundo Pinheiro (2011), os motores de indução trifásicos podem ter diversos tipos de
problemas, tais como:
a) Erros de Projetos, onde o mesmo não se aplica para determinado trabalho, sendo ele sub ou
super dimensionado;
b) Materiais com Defeitos: os motores podem possuir parte de seus componentes
comprometidos, danificados ou desgastados;
c) Processamento e Fabricação deficiente: motores fabricados de forma errada, se tornando
impróprio para utilização;
d) Instalações Equivocadas: instalações dos motores feita sem alinhamento, em locais
impróprios;
e) Condições de Serviço: as condições sendo ruins, por exemplo em local com alta umidade,
excesso de poeiras limalhas, coisas que comprometem a vida útil do motor:
f) Manutenção Deficiente: tópico essencial, onde não é dada a devida atenção as manutenções
de motores, aumentando assim o índice de falhas;
g) Operação imprópria: maneira de utilizar os motores errada.
13
2 TIPOS DE MANUTENÇÃO
Para que seja trabalhado melhor a Análise de Falhas, primeiramente será visto os tipos
de manutenções existentes, concluindo assim, onde melhor se aplica a Lógica Fuzzy em MIT’s.
São basicamente classificados como:
a) Manutenção Corretiva;
b) Manutenção Corretiva Programada;
c) Manutenção Preventiva;
d) Manutenção Preditiva;
e) Manutenção Detectiva.
No topo de todos esses tipos de manutenção, se encontra a Engenharia de Manutenção,
que gerencia e controla todas as manutenções, assim como sua equipe (SALMAZO, 2012).
Todos esses itens exemplificados, serão detalhados em seguida.
A Manutenção Corretiva ocorre no exato momento em que a falha ocorre. Esse tipo de
manutenção acarreta custos altos e, de modo geral, é um item que a Engenharia de Manutenção
sempre tenta reduzir. Além de parar o processo produtivo, a manutenção corretiva sempre gera
custos inesperados para a indústria. Não é possível prever, ou planejar este tipo de manutenção
(SENAI, 2000).
Similar à manutenção corretiva, porém feita de forma organizada e planejada. Uma vez
que a falha já foi detectada, porém ainda sim o equipamento continua em seu processo produtivo
para que se planeje ferramentas, peças para reparo, entre outras coisas que sejam necessárias
para intervenção no equipamento (MONTEIRO; SOUZA; ROSSI; 2010)
(MTBF x MTTR – Tempe Médio Entre Falhas x Tempo Médio de Reparo). Com as
manutenções preventivas também é possível reduzir custos com spare parts, já que
manutenções, como por exemplo Lubrificações, reduzirão as substituições de rolamentos,
redutores, entre outros (GURSKI, 2002).
3 MOTORES ELÉTRICOS
O motor elétrico tornou-se um dos mais notórios inventos do homem ao longo de seu
desenvolvimento tecnológico. Máquina de construção simples, custo reduzido, versátil e não
poluente, seus princípios de funcionamento, construção e seleção necessitam ser conhecidos
para que ele desempenhe seu papel relevante no mundo de hoje (WEG, 2005).
Possui-se uma diversidade imensa de motores e para cada tipo é necessária análise de
sua aplicação, para que seja dimensionado o melhor tipo de motor para determinado
funcionamento. Segue abaixo uma breve listagem com os motores existentes (KOSOW, 2005):
a) Motores de Indução: Alimentados por tensão CA monofásica ou trifásica, operam por
indução. Podem ser síncronos, com velocidade igual à do campo girante, ou assíncronos.
b) Motores de Corrente Contínua (CC): caracterizados por serem alimentado em tensão CC,
pelo alto torque desenvolvido, além da facilidade e precisão no controle de velocidade.
c) Motores Síncronos: alimentados em tensão CA, requerem excitação em tensão CC
independente (externa) ou por excitatriz (interna). Podem ter o fator de potência controlado
e operam em larga faixa de velocidade, porém com baixo torque de partida.
d) Motores de Passo: sua principal característica é pelo controle preciso da rotação. Isso é
possível devido os polos do estator serem energizados gradativamente. Como o rotor é
projetado de forma dentada, assim que os polos são alimentados, o dente adjacente é atraído.
e) Servo motores: apresentam precisão de rotação ainda mais fina. Geralmente são motores CC
com controle de rotação em malha fechada.
f) Motor Universal: aplicável somente em baixas potências, podendo ser CA ou CC.
g) Motores Lineares: ao invés de produzirem torque (rotação), produzem força linear.
Para a pesquisa, os motores de indução trifásico serão vistos com maiores detalhes, onde
também será feita a aplicação da Análise de Falhas, utilizando a Lógica Fuzzy.
Os MIT’s são basicamente constituídos por rotor e estator. A Figura 1, que mostra as
partes constituintes em um MIT em corte. Já na Figura 2, a imagem está explodida, onde é
possível observar os subitens dos MIT’s (ÁGUAS, 2013).
Segundo Águas (2013), define-se estator (ilustrado na Figura 3) como sendo a parte
imóvel do motor, que possui os seguintes componentes:
a) Carcaça;
b) Caixa de ligação;
c) Núcleo;
d) Enrolamentos e
e) Base.
Segundo Bloch (1999), falha pode ser definida como qualquer mudança em uma parte
ou em um componente da máquina a qual a deixa incapacitada para desempenhar sua função
de modo satisfatório, levando a parte ou o componente à condição de inconfiável ou insegura,
para continuar em uso.
Os MIT’s são visivelmente robustos, porém ainda sim é susceptível a falhas, assim como
todo e qualquer equipamento industrial. Suas falhas podem ser de origem mecânica ou elétrica.
É citado abaixo alguns tipos de falhas que podem ocorrer de origem elétrica nos motores
de indução trifásico (PINHEIRO, 2011):
a) Fechamento de curto-circuito entre espiras;
b) Falha no isolamento dos enrolamentos;
c) Barras rotóricas quebradas;
d) Sobrecarga;
e) Falha na fixação das conexões na caixa de ligação;
f) Fuga de corrente para os mancais.
As falhas de origem mecânica em MIT, podem ser vistas abaixo:
a) Rolamentos travados ou gastos;
b) Folgas nas tampas;
c) Desalinhamento;
d) Falhas nos eixos, podendo estar empenados ou trincados;
22
e) Desbalanceamentos mecânicos;
f) Falha na fixação da base ou quebra da mesma;
g) Folga da chaveta.
Em sumo, as falhas dos motores abrangem desde a operação até sobrecargas, desgastes
naturais, vibração. Em sua maioria, se localizam nos estatores, rotores e rolamentos.
23
Segundo Spamer (2009), a vibração possui três grandezas físicas, que são:
a) Frequência: é o número de ciclos que um evento acontece em um determinado período,
medidos na unidade de Hz – Hertz (Figura 7).
c) Fase: informa o ângulo em que o sinal se apresenta através da reação física da máquina ou
componente (Figura 9).
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Segundo Spamer (2009), para todos os pontos de medição, é registrado o nível global,
que representa a composição de várias fontes de vibração. Estes níveis avaliados devem
permanecer dentro de faixar admissíveis. A partir de uma tendência de evolução desses níveis
de vibração, é feita uma análise de frequência para identificação da origem do problema.
Oliveira (2013), diz que a frequência é a razão de repetições de um evento periódico,
podendo ser expressa em rotações por segundo (Hz), rotações por minuto (rpm), ciclos por
segundo, ou ainda, múltiplos da velocidade de rotação (harmônicas), que comumente são
referidas como sendo 1x, 2x, 3x, ..., Nx, a frequência de rotação.
Qualquer tipo de anomalia em uma máquina rotativa, como fadiga, desalinhamento,
desbalanceamento, instabilidade, desgaste, gera um tipo de vibração específica e característica,
sendo que a vibração mais comum ocorre na frequência de rotação da máquina, onde
geralmente encontra-se os maiores valores de amplitude para medidas de velocidade e
deslocamento (OLIVEIRA, 2013).
Para que a análise seja realizada de forma assertiva, a Norma ISO 2372, limitou os valores
de velocidade de vibração em rms, para as diferentes classes de motores. Para cada limite, existe
um nível de estado do motor, sendo eles de Nível A, para quando o motor estiver em condições
normais de trabalho, Nível B, para os motores com um nível singelo fora dos parâmetros
normais de trabalho, Nível C, aos motores que já apresentam resultados da análise insatisfatório,
com algum tipo de falha, e por último, Nível D, onde o motor não se encontra em condições de
trabalho, sendo necessária intervenção imediata de manutenção. Isso poderá ser observado de
forma mais detalhada nas tabelas 1 e 2.
27
5 LÓGICA FUZZY
O sistema fuzzy, para a aplicação na detecção de falhas dos motores, condiz na seleção
de dados de entrada, que possivelmente acarretarão algum tipo de falha. Posteriormente, é feito,
através de software, a inserção de regras no sistema que, por análise, são conjunto das variáveis
de entrada que podem estar em níveis baixos, médios ou altos. A união de duas ou mais entrada,
dependendo do seu nível podem acarretar um tipo de falha específico, que são as saídas da
Lógica Fuzzy, que estão exemplificadas na Figura 11 abaixo.
Para a coleta das entradas, obtém se, à primórdio, as condições de trabalho do motor,
com o mesmo sem qualquer tipo de falha. E posteriormente, aplica-se os mesmos testes
realizados no motor saudável, aos motores com um desgaste superior, ou com uma vida útil
mais elevada. Esses dados são recolhidos por diversos tipos de análises, que estão listados
abaixo (PITOLI, 2013):
a) Monitoramento por vibração;
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Segundo Tanscheit (2004), uma variável linguística é uma variável cujos valores são
nomes de conjuntos fuzzy. A temperatura pode ser uma variável linguística com valores baixa,
média, e alta. Estes valores são descritos por intermédio de conjuntos fuzzy, representados por
funções de pertinência, conforme mostrado na Figura 12.
(1)
Onde:
U = conjunto universo
A = subconjunto de U
x = elemento de U
Essa função característica, discrimina entre todos os elementos de U aqueles que,
segundo algum critério, pertencem ao subconjunto A, dividindo o conjunto universo em duas
partes com fronteiras bem definidas (SANTOS, 2003).
Ainda sobre Santos (2003), para obtermos os conjuntos fuzzy e suas operações basta
generalizarmos a função característica da lógica clássica para o intervalo [0; 1], ou seja, µA(x):
U - [0; 1], o que implica em considerarmos um contínuo de valores de pertinência e não apenas
pertence e não pertence. O elemento x pertencerá ao subconjunto A com um grau de pertinência
que é um valor no intervalo [0,1].
Um conjunto fuzzy A em um conjunto universo U é um conjunto de pares ordenados de
um elemento genérico x e seu grau de pertinência µA(x) da forma:
(2)
Onde:
U = conjunto universo
A = subconjunto de U
x = elemento de U
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A aplicação prática do sistema Fuzzy consistirá em três etapas distintas, listadas abaixo:
a) Levantamento de dados de entrada de um motor saudável;
b) Simulação da Aplicação Fuzzy via Software.
Este item será feito com auxílio de fornecedores de MIT’s para que obtenhamos um
valor ideal de condições de trabalho do motor. Escolheu-se a Análise de Vibração para coleta
de dado de entrada para o sistema Fuzzy. Todos esses para um determinado torque específico,
para que não haja diferenças na aplicação de testes com falhas.
De posse desses dados, será possível diagnosticar em esquema comparativo, através das
regras de Fuzzy, os prováveis problemas, tanto mecânicos, quanto elétricos.
Utilizando o Software Matlab® (versão 2015) mostrado na Figura 13, é possível simular
entradas, saídas e regras para evidenciar falhas em motores. Isso é possível pois temos uma
ferramenta (Figura 14) que nos permite tal feito.
É possível inserir N entradas para obter diferentes tipos de saídas. Quanto maior o
número de variáveis observar, melhor será minha definição da falha. Contudo é necessário que
as regras sejam bem definidas para um melhor resultado (OLIVEIRA, 2013).
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Para realização dos testes, foi retirado dados das frequências de vibração de um motor
de 2 polos, com 160 de carcaça. Segundo Teknikao (2011), abaixo estão descritos na tabela 3
os dados fixos, para o motor em questão, para os diversos problemas que podem ser detectados
na Análise de Vibração.
De posse desses dados, foram introduzidas entradas (Figura 15) no Sotware Matlab®
(plataforma Fuzzy). Cada entrada representava uma faixa de frequência, partindo do número 1
da tabela 3. Isso se procede devido à cada tipo de falha pertencer à uma faixa de frequência,
assim como, pensando em aplicações práticas, o sistema de controle mandaria os valores
detectados de mm/s para sua respectiva entrada (faixa de frequência).
Fonte: o autor.
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Essas entradas foram programadas de acordo com as faixas normais, de alerta e perigo,
da tabela 3 de referência. Já para os valores que interceptam (em união), foi estipulado início
em 80% do valor final estabelecido para o mf antecessor. Por exemplo, se a faixa de mf1 abrange
o conjunto de 0 à 1, utiliza-se 80% do valor final para iniciar o conjunto de mf2, que para este
exemplo, seria 0,8.
Para as saídas, foi utilizado a mesma sistemática, contudo seus valores programados
foram de 0 à 1, que são apenas valores adotados para que, dependendo da faixa diagnosticada,
envie um sinal de ‘falha ok’, ‘falha em alerta’ e ‘falha em perigo’. Isso se vê na Figura 16, em
mf1, mf2 e mf3, respectivamente.
Mf1 Mf2
Mf3
Fonte: o autor.
Além das saídas criadas mostrando o status de cada falha, temos uma última saída que
liga todos os sinais de entrada e nos notifica o status geral do motor. Se o mesmo se encontra
em perfeita condições de trabalho, o sinal de saída nos mostrará ‘motor ok’. Se está com
qualquer tipo de falha de nível intermediário, o sinal de saída nos mostra ‘motor em alerta’. Ou
ainda, se existe o risco de quebra, será transmitido um sinal de ‘motor em perigo’.
Feito isto, é necessário que se crie regras, onde os sinais de entrada irão se fuzzificar,
para que a regra criada, manipule os dados e posteriormente desfuzzificar, gerando um sinal de
saída e apresentem o status do motor, de forma online.
A tabela 4 e o quadro 1, vem mostrando como foram escritas as regras na plataforma
fuzzy do Matlab® e qual o diagnóstico previsto para cada regra criada. Na Figura 17, é possível
observar também a plataforma de manipulação dessas regras.
36
Fonte: o autor.
Nas regras de 1 à 24, onde para cada tipo de falha existem três linhas de regras, foi
inserido a lógica que SE os valores de entrada de Rms fosse de nível 1, a saída mostrada seria
‘falha ok’, por exemplo, ‘correias ok’. SE os valores de entra de Rms fossem do nível 2, a saída
mostrada seria ‘falha em alerta’, por exemplo, ‘falha elétrica em alerta’. O mesmo se dá para
as regras de nível 3. Contudo, para as regras de 25 à 27, onde a saída se refere ao status geral
do motor, onde para nível ‘normal’, foi feita a conexão AND entre todas as falhas. Já para os
níveis em alerta e perigo, foi utilizada a conexão OR entre todas as falhas, tendo em vista que
se apenas uma falha se alterar no nível, a saída do motor acusará ‘motor em alerta’ ou ‘motor
em perigo’.
Após a criação de regras, é feita a simulação dos valores de entrada e saída, conforme
nas figuras 18 e 19, respectivamente. Neste ponto é possível verificar a reação do motor, de
acordo com os dado simbólicos de entrada, captados da Análise de Vibração. Na figura 18 os
valores de entrada estão todos em nível intermediário diante do mínimo e máximo especificado.
38
Contudo, os valores de saída na Figura 19 não serão intermediário devido aos valores de mm/s
admissíveis segundo a ISO 2372.
Fonte: o autor.
Fonte: o autor.
39
8 RESULTADOS OBTIDOS
Foram realizadas quatro simulações distintas, onde os valores de entrada (mm/s) foram
alterados em algumas falhas. Na figura 20, a simulação foi feita com todos os valores da Análise
de Vibração estáveis, obtendo como resultado ‘Motor sem Falha’ para todas as saídas.
Figura 20 - Simulação 1
Fonte: o autor.
Para simulação dois (Figura 21), foi inserido apenas um valor fora dos parâmetros
normais, que corresponde à falha de desbalanceamento, onde foi dado um valor intermediário
de vibração permitida (4,6 mm/s). Sua saída correspondente, apesenta um sinal de alerta, o que
seria mostrado em uma interface homem x máquina ‘Desbalanceamento em Alerta’. Nota-se
também, que a saída Status do Motor também teve alteração em nível intermediário, já que a
regra criada para ela, relata que para toda e qualquer falha ocorrente em nível intermediário,
teremos uma resposta também em nível intermediário. Ou seja, se apenas uma falha estiver em
nível intermediário, a saída que mostra a situação do motor mostrará na interface ‘Motor em
Alerta’. Nessas condições, acarretaria uma parada programada do motor, onde a manutenção
interviria ajustando o balanceamento do motor.
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Figura 21 - Simulação 2
Fonte: o autor.
Para simulação três (Figura 22), foi escolhida a falha estator e rotor, em nível já
avançado da Análise de Vibração. Nota-se sua saída em sinal de perigo, assim como o Status
do Motor. Ambos apresentarão na interface homem x máquina, respectivamente, ‘Estator e
Rotor em Perigo’ e ‘Motor em Perigo’. O que justifica a manutenção imediata para este motor,
onde seriam verificados os problemas no estator ou rotor.
Figura 22 - Simulação 3
Fonte: o autor.
Já na simulação quatro (Figura 23), foram escolhidos valores aleatórios para cada falha,
para que seja observado a reação da lógica fuzzy em diversas situações. Certamente um motor
não terá essa reação em uma operação real, contudo para esta simulação didática, nos mostra
que a Lógica aplicada, realmente atende as expectativas para uma manutenção preditiva online.
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Posteriormente, é possível observar na tabela 5, todos os dados que foram implementados nas
entradas, assim como suas respectivas reações.
Figura 23 - Simulação 4
Fonte: o autor.
Legenda
Sem Falha
Falha em Alerta
Falha em Perigo
Fonte: o autor.
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9 CONCLUSÃO
Conclui-se com este trabalho, a total eficácia da ferramenta Lógica Fuzzy, para controles
de falhas em motores. Este feito pode também ser expandido para demais equipamentos, assim
como outras aplicações.
Os tipos de manutenção citadas permite a observação de que com o investimento em
manutenções preditivas online o custo com perdas de produção e peças de reposição em estoque
são reduzidas de forma considerável.
Também foi levantado a utilização de lógica fuzzy no processo de tomada de decisões,
onde definiu-se que para a aplicação em estudo, esse tipo de lógica teria um melhor
desempenho. Tal afirmação se deve ao fato da lógica trabalhar com a incerteza e a imprecisão
e ser muito difícil de estabelecer um modelo matemático para processos industriais.
Através do Toolbox do Matlab®, foi possível elaborar uma estrutura que utiliza como
variáveis de entrada os níveis de vibração, fornecendo uma saída de diagnóstico. Isso foi
possível através das criação de regras na ferramenta.
Os resultados obtidos nesta aplicação foram satisfatórios, pois as regras da estrutura
fuzzy conseguiram expressar os conhecimentos em manutenção, quanto as condições do motor
com relação ao nível de vibração, se estão em boas condições de uso, com algum tipo de alerta,
ou ainda, em risco de quebra.
43
REFERÊNCIAS
CAVALCANTI, José H. F. et al. Lógica Fuzzy aplicada às Engenharias. João Pessoa, PB.
2012.
CHOW, Mo-Yuen, Guest Editorial Special Section on Motor Fault Detection and
Diagnosis. IEEE Transactions on Industrial Eletronics. North Carolina, 2000.
ELETROBRÁS, et al. Motor Elétrico: guia básico. ELETROBRÁS, et al. Rio de Janeiro:
ELETROBRÁS, 2009.
SANTOS, Germano J. C. Lógica Fuzzy. Universidade Estadual de Santa Cruz. Ilhéus, Bahia,
2003.
SÃO PAULO. Manual do uso da teoria dos conjuntos Fuzzy no MATLAB 6.5. Unicamp,
2005.
WEG (Jaraguá do Sul, SC). Motores Elétricos: catálogo. Santa Catarina, 2005. 145 p.