Critérios de Correção - Prova-Modelo 2
Critérios de Correção - Prova-Modelo 2
Critérios de Correção - Prova-Modelo 2
Grupo I
Caso não seja identificada, a cotação dada às respostas do aluno para a Parte A do Grupo I
deverá ser de 0 pontos.
1.- Devem ser abordados dois dos tópicos seguintes, ou outros igualmente relevantes:
• Apesar de ter prometido a si própria que não regressaria a casa de Ricardo Reis, Lídia
não resiste a vir desabafar com ele a situação complicada em que se encontra o seu
irmão Daniel.
• Ricardo Reis consola-a com palavras banais e ocas de sentimento.
• Não há reciprocidade na relação amorosa: Lídia é sincera e espera o carinho de Reis,
porém este mostra-se incapaz de corresponder verdadeiramente a essas expectativas.
3.- Por exemplo: «É que, interrompeu-se para enxugar os olhos e assoar-se, é que os barcos vão
revoltar-se, sair para o mar, Quem to disse, Foi o Daniel em grande segredo, mas eu não consigo
guardar este peso para mim, tinha de desabafar com uma pessoa de confiança, pensei no senhor
doutor, em quem mais havia de pensar, não tenho ninguém, a minha mãe não pode nem
sonhar.», ll.13-17.
Nota: Outros excertos também são válidos para a questão.
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2.- Devem ser abordados dois dos tópicos seguintes, ou outros igualmente relevantes:
• Baltasar pressente que Blimunda guarda algum «mistério», pondo a possibilidade de ela
ter herdado da mãe dons extraordinários.
• Suspeita de vários factos, como, por exemplo, o facto de Blimunda ter obrigatoriamente
de comer pão em jejum
• Baltasar em breve descobrirá que as suas suspeitas são fundadas e que Blimunda tem a
capacidade excecional de ver pessoas e objetos por dentro.
3.- Por exemplo: «Não me faças isso, e foi o grito tal que Baltasar a largou, assustado, quase
arrependido da violência, Eu não te quero fazer mal, só queria saber que mistérios são, Dá-me
o pão, e eu digo-te tudo, Juras, Para que serviriam juras se não bastassem o sim e o não, Aí tens,
come, e Baltasar tirou o taleigo de dentro do alforge que lhe servia de travesseira.» (ll. 26-30)
2.- Devem ser abordados dois dos tópicos seguintes, ou outros igualmente relevantes:
3.- (Exemplo de resposta) Palavras como «plácidas», v.1, «Tranquilos, plácidos», vv.14-16,
«calmos», v. 40, entre outras, acentuam a ideia de calma e de tranquilidade que percorre o
poema. Deste modo contribuem para afirmar no texto a centralidade do tema do sossego, sem
qualquer perturbação, entendido como ideal de vida, ou caminho a seguir, durante o percurso
do «Tempo».
Parte B
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5.- Devem ser abordados os tópicos seguintes, ou outros igualmente relevantes:
Caso não seja identificada, a cotação dada às respostas do aluno para a Parte C do Grupo I
deverá ser de 0 pontos.
Introdução
Desenvolvimento
Se, por um lado, Caeiro defende o primado das sensações, isto é, o sentir naturalmente tudo o
que a Natureza tem para oferecer, sem pensar no devir, apenas no presente; Reis dedica tempo
e racionalismo à perspetivação da Vida e do seu passar. O poeta clássico defende o ‘carpe diem’
típico da vivência tranquila do curso da vida (estoicismo), mas com a consciência plena da sua
brevidade e efemeridade.
Caeiro prefere não fazer interpretações da realidade («Pensar uma flor é vê-la e cheirá-la»); Reis,
pensando sobre a duração curta do que é terreno, opta por convidar a amada a partilhar um
momento de amor sereno («Vem sentar-te comigo, Lídia, à beira do rio»), sempre ciente do seu
fim.
Conclusão
Estas são duas formas de sentir, tão próprias e tão caracterizadoras de cada um destes
heterónimos.
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Parte C2 (Proposta de resposta)
Introdução
Embora com dois séculos a separar as duas obras em análise, tanto a crónica de Fernão Lopes
como a epopeia camoniana apresentam em comum um tom épico e o mesmo tipo de heróis.
Desenvolvimento
b) Também Camões destaca Vasco da Gama como herói individual, ao comando dos
navegadores portugueses, ainda que representando todo um povo cuja determinação e
heroísmo foram essenciais no desvendar dos mares e em particular na descoberta do caminho
marítimo para a Índia.
Conclusão
Assim, pode dizer-se que os dois autores, nas obras referidas, elegem o povo português como
herói coletivo, se bem que também destaquem aqueles que lideraram as ações narradas.
Grupo II
1.- D
2.- C
3.- C
4.- Oração subordinada substantiva completiva.
5.- C
6.- B
7.- C
Introdução
a) A fama não resulta de uma ação relevante, mas de modas mediáticas sempre muito voláteis
(exemplo: é-se famoso por participar em programas televisivos degradantes, ou de interesse
duvidoso vulgarmente designados como «reality shows»).
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c) A fama deve ser a consequência de ações que nobilitem quem as pratica e que sejam motivo
de orgulho para o país, que assim se vê, a si e aos seus, destacado no mundo (exemplo: os feitos
desportivos em competições internacionais; a eleição para cargos políticos de prestígio
internacional, como secretário-geral da ONU, presidente da comissão europeia, presidente do
Eurogrupo, etc.; a escolha para prémio Nobel; a eleição para uma grande corporação
internacional…)
Conclusão
Nota: o aluno deve fundamentar o seu ponto de vista através de, no mínimo, dois argumentos,
cada um deles ilustrado com um exemplo significativo.
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