O documento apresenta três resumos de textos sobre diferentes temas:
1) O primeiro resumo trata de um anúncio que convida o leitor a conhecer a identidade de moradores de São Paulo através de impressões digitais e desenhos de cabeças.
2) O segundo resumo discute um trecho sobre João Calvino, notando a ousadia do teólogo em sacrificar parte da bondade divina para salvar a onipotência de Deus.
3) O terceiro resumo explica a origem da expressão "Dia da M
O documento apresenta três resumos de textos sobre diferentes temas:
1) O primeiro resumo trata de um anúncio que convida o leitor a conhecer a identidade de moradores de São Paulo através de impressões digitais e desenhos de cabeças.
2) O segundo resumo discute um trecho sobre João Calvino, notando a ousadia do teólogo em sacrificar parte da bondade divina para salvar a onipotência de Deus.
3) O terceiro resumo explica a origem da expressão "Dia da M
O documento apresenta três resumos de textos sobre diferentes temas:
1) O primeiro resumo trata de um anúncio que convida o leitor a conhecer a identidade de moradores de São Paulo através de impressões digitais e desenhos de cabeças.
2) O segundo resumo discute um trecho sobre João Calvino, notando a ousadia do teólogo em sacrificar parte da bondade divina para salvar a onipotência de Deus.
3) O terceiro resumo explica a origem da expressão "Dia da M
O documento apresenta três resumos de textos sobre diferentes temas:
1) O primeiro resumo trata de um anúncio que convida o leitor a conhecer a identidade de moradores de São Paulo através de impressões digitais e desenhos de cabeças.
2) O segundo resumo discute um trecho sobre João Calvino, notando a ousadia do teólogo em sacrificar parte da bondade divina para salvar a onipotência de Deus.
3) O terceiro resumo explica a origem da expressão "Dia da M
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Observe este anncio.
Fonte: Folha de S. Paulo, 26/09/2008. Adaptado.
a) Na composio do anncio, qual a relao de sentido existente entre a imagem e o tre- cho quem e o que pensa, que faz parte da mensagem verbal? b) Se os sujeitos dos verbos descubra e pen- sa estivessem no plural, como deveria ser re- digida a frase utilizada no anncio? Resposta a) O anncio centra-se no conceito de impresso (digital/individualizante e impresso pessoal). O leitor convidado a conhecer quem o morador de So Paulo revelado pela impresso digital e, ao mesmo tempo, conhecer o que ele pensa representado pelo desenho da cabea. No final, o conjunto sugere que se pretende conhecer a iden- tidade do morador da cidade. b) Descubram quem so e o que pensam os mo- radores de So Paulo. Leia o seguinte excerto de um artigo sobre o telogo Joo Calvino. Foi preciso o destemor conceitual de um telogo exigente feito ele para dar o passo ra- cional necessrio. Ousou: para salvar a oni- potncia de Deus, no d para no sacrificar pelo menos um qu da bondade divina. Antnio Flvio Pierucci, Folha de S. Paulo, 12/07/2009. a) O excerto est redigido em linguagem que apresenta traos de informalidade. Identifi- que dois exemplos dessa informalidade. b) Mantendo o seu sentido, reescreva o trecho no d para no sacrificar pelo menos um qu da bondade divina, sem empregar duas vezes a palavra no. Resposta a) A informalidade pode ser identificada em "feito ele", "no d para no...", "um qu". b) H vrias possibilidades, entre elas: imposs- vel no sacrificar... . Leia este texto. O ano nem sempre foi como ns o conhe- cemos agora. Por exemplo: no antigo calend- rio romano, abril era o segundo ms do ano. E na Frana, at meados do sculo XVI, abril era o primeiro ms. Como havia o hbito de dar presentes no comeo de cada ano, o pri- meiro dia de abril era, para os franceses da poca, o que o Natal para ns hoje, um dia de alegrias, salvo para quem ganhava meias ou uma gua-de-colnia barata. Com a intro- duo do calendrio gregoriano, no sculo XVI, primeiro de janeiro passou a ser o pri- meiro dia do ano e, portanto, o dia dos pre- sentes. E primeiro de abril passou ser um fal- so Natal o dia de no se ganhar mais nada. Por extenso, o dia de ser iludido. Por exten- so, o Dia da Mentira. Lus F. Verssimo, As mentiras que os homens contam. Adaptado. Portugus FUVEST ETAPA Questo 2 Questo 1 Questo 3 a) Tendo em vista o contexto, correto afir- mar que o trecho meias ou uma gua-de-co- lnia barata deve ser entendido apenas em seu sentido literal? Justifique sua resposta. b) Crie uma frase que contenha um sinnimo da palavra salvo (L. 9), mantendo o sentido que ela tem no texto. Resposta a) No, pois o trecho conota qualquer presente in- significante. b) No texto, salvo preposio equivalente a ex- ceto, como em: Viajarei, exceto se algum impre- visto surgir. Uma nota diplomtica* semelhante a uma mulher da moda. S depois de se des- pojar uma elegante de todas as fitas, rendas, joias, saias e corpetes, que se encontra o exemplar no correto nem aumentado da edi- o da mulher, conforme saiu dos prelos da natureza. preciso desataviar uma nota di- plomtica de todas as frases, circunlocues, desvios, adjetivos e advrbios, para tocar a ideia capital e a inteno que lhe d origem. Machado de Assis. *Nota diplomtica: comunicao escrita e oficial en- tre os governos de dois pases, sobre assuntos do interesse de ambos. a) correto afirmar que, segundo o texto, uma nota diplomtica se parece com o exem- plar no correto nem aumentado da edio da mulher? Justifique sua resposta. b) Tendo em vista o trecho para tocar a ideia capital e a inteno que lhe d origem, indi- que um sinnimo da palavra capital que seja adequado ao contexto e identifique o re- ferente do pronome lhe. Resposta a) No, pois Machado de Assis compara uma nota diplomtica a uma mulher elegante, com "to- das as fitas, rendas, joias, saias e corpetes...". b) Capital: principal, essencial, central, etc. Lhe: refere-se a uma "nota diplomtica". Leia o seguinte texto: Um msico ambulante toca sua sanfoni- nha no viaduto do Ch, em So Paulo. Chega o rapa* e o interrompe: Voc tem licena? No, senhor. Ento me acompanhe. Sim, senhor. E que msica o senhor vai cantar? *rapa: carro de prefeitura municipal que conduz fiscais e policiais para apreender mercadorias de vendedores ambulantes no licenciados. Por exten- so, o fiscal ou o policial do rapa. a) Para o efeito de humor dessa anedota, con- tribui, de maneira decisiva, um dos verbos do texto. De que verbo se trata? Justifique sua resposta. b) Reescreva o dilogo que compe o texto, usando o discurso indireto. Comece com: O fiscal do rapa perguntou ao msico ... Resposta a) Trata-se do verbo acompanhar, que pode ser entendido como "ir com", "fazer companhia a" ou "seguir com voz ou instrumento uma cano". b) O fiscal do "rapa" perguntou ao msico se ele tinha licena, ao que o msico respondeu que no. Ento, o "rapa" pediu-lhe que o acompa- nhasse e o msico respondeu que sim, e indagou ao fiscal qual msica este cantaria. H outras possibilidades Leia estas duas estrofes da conhecida cano Asa-Branca, de Lus Gonzaga e Humberto Teixeira. Quando olhei a terra ardendo Qual fogueira de So Joo, Eu perguntei a Deus do cu, ai Por que tamanha judiao. .......................................... Quando o verde dos teus olhos se espalhar na plantao, eu te asseguro, no chores no, viu, eu voltarei, viu, meu corao. ETAPA FUVEST portugus/redao 3 Questo 5 Questo 6 Questo 4 a) Indique uma palavra ou expresso que possa substituir Qual (primeira estrofe), sem alterar o sentido do texto. b) Na segunda estrofe, substitua a palavra viu por outra que cumpra a mesma funo comunicativa que ela tem no texto. c) Nessas estrofes, os nicos recursos poticos utilizados so rima e ritmo? Justifique sua resposta. Resposta a) Qual conjuno comparativa e pode ser substituda por como, igual, entre outras. b) viu: reduo de ouviu, expresso coloquial e pode ser substituda por t, ok, tudo bem, entre outras. c) No. Existem outros recursos, tais como lingua- gem conotativa ou figurada, com uso da compara- o, metfora e outras figuras. Gente que mamou leite romntico pode meter o dente no rosbife* naturalista; mas em lhe cheirando a teta gtica e oriental, deixa logo o melhor pedao de carne para correr bebida da infncia. Oh! meu doce leite ro- mntico! Machado de Assis, Crnicas. *Rosbife: tipo de assado ou fritura de alcatra ou fil bovinos, bem tostado externamente e sangrante na parte central, servido em fatias. a) A imagem do rosbife naturalista em- pregada, com humor, por Machado de Assis, para evocar determinadas caractersticas do Naturalismo poderia ser utilizada tambm para se referir a certos aspectos do romance O cortio? Justifique sua resposta. b) A imagem do doce leite romntico, que se refere a certos traos do Romantismo, pode remeter tambm a alguns aspectos do roman- ce Iracema? Justifique sua resposta. Resposta a) Sim. Os exageros do Naturalismo so expressi- vos em O cortio, no qual o determinismo marca a revelao do grotesco, da realidade crua e "san- grenta", tal qual a imagem sugerida pelo rosbife. b) Entre outras coisas, o romance Iracema procu- ra resgatar as origens do Brasil, em que se ideali- za a infncia da ptria, alimentando a fantasia do leitor com um passado mtico, heroico e belo, dis- tanciando-se da dura realidade da colonizao. Considere a seguinte relao de obras: Auto da barca do inferno, Memrias de um sargento de milcias, Dom Casmurro e Capites da areia. Entre elas, indique as duas que, de modo mais visvel, apresentam inteno de doutrinar, ou seja, o propsito de transmitir princpios e diretivas que inte- gram doutrinas determinadas. Divida sua resposta em duas partes: a), para a primeira obra escolhida e b), para a segun- da obra escolhida, conforme j vem indicado na respectiva pgina de respostas. Justifique sucintamente cada uma de suas escolhas. Resposta a) Primeira obra escolhida: Em Auto da barca do Inferno, h uma inteno moralizante-pedaggica manifesta na denncia dos vcios e das fraquezas de quase todas as per- sonagens focalizadas, uma vez que a crtica ao comportamento e s mazelas sociais se conforma viso crist de Gil Vicente. b) Segunda obra escolhida: Em Capites da Areia, Jorge Amado visa cria- o de um romance panfletrio, no qual e pelo qual defende a classe proletria por meio da traje- tria de Pedro Bala, que de filho de operrio e menor abandonado ascende a lder sindical. O pequeno sentou-se, acomodou nas per- nas a cabea da cachorra, ps-se a contar-lhe baixinho uma histria. Tinha um vocabulrio quase to minguado como o do papagaio que morrera no tempo da seca. Valia-se, pois, de exclamaes e de gestos, e Baleia respondia com o rabo, com a lngua, com movimentos fceis de entender. Graciliano Ramos, Vidas secas. Considere as seguintes afirmaes sobre este trecho de Vidas secas, entendido no contex- to da obra, e responda ao que se pede. a) No trecho, torna-se claro que a escassez vocabular do menino contribui de modo deci- ETAPA FUVEST portugus/redao 4 Questo 9 Questo 8 Questo 7 sivo para ampliar as diferenas que distin- guem homens de animais. Voc concorda com essa afirmao? Justifi- que, com base no trecho, sua resposta. b) Nesse trecho, como em outros do mesmo li- vro, por exprimir suas emoes e sentimen- tos pessoais a respeito da pobreza sertaneja que o narrador obtm o efeito de contagiar o leitor, fazendo com que ele tambm se emocio- ne. Voc concorda com a afirmao? Justifique sua resposta. Resposta a) No, pois o que acontece em Vidas secas exatamente o oposto: a escassez vocabular no s do menino, como de toda a famlia aproxi- ma-os dos animais, em um processo claro de ani- malizao. b) No, porque no h a expresso de emoes e sentimentos pessoais por parte do narrador o que se nota so outros recursos: o leitor depa- ra-se com cenas que o sensibilizam, como, por exemplo, um menino que aninha a cabea de sua cachorrinha para contar-lhe uma histria. Leia este trecho do poema de Vincius de Mo- raes. MENSAGEM POESIA No posso No possvel Digam-lhe que totalmente impossvel Agora no pode ser impossvel No posso. Digam-lhe que estou tristssimo, mas no [posso ir esta noite ao seu encontro. Contem-lhe que h milhes de corpos a [enterrar Muitas cidades a reerguer, muita pobreza [pelo mundo Contem-lhe que h uma criana chorando [em alguma parte do mundo E as mulheres esto ficando loucas, e h [legies delas carpindo A saudade de seus homens: contem-lhe que [h um vcuo Nos olhos dos prias, e sua magreza [extrema; contem-lhe Que a vergonha, a desonra, o suicdio [rondam os lares, e preciso reconquistar a vida. Faam-lhe ver que preciso eu estar alerta, [voltado para todos os caminhos Pronto a socorrer, a amar, a mentir, a [morrer se for preciso. ........................................................................... Vincius de Moraes, Antologia potica. a) No trecho, o poeta expe alguns dos moti- vos que o impedem de ir ao encontro da poe- sia. A partir da observao desses motivos, procure deduzir a concepo dessa poesia ao encontro da qual o poeta no poder ir: como se define essa poesia? quais suas caractersti- cas principais? Explique sucintamente. b) Na Advertncia, que abre sua Antologia potica, Vincius de Moraes declarou haver dois perodos distintos, ou duas fases, em sua obra. Considerando-se as caractersticas dominantes do trecho, a qual desses perodos ele pertence? Justifique sua resposta. Resposta a) Trata-se da poesia lrica, centrada no "eu" e in- diferente dor alheia. A ela, Vincius ope a dura realidade social e o sofrimento do prximo. b) Pertence segunda fase. Nela, Vincius se dis- tancia do misticismo dos primeiros anos, aderindo temtica do cotidiano e s questes sociais. ETAPA FUVEST portugus/redao 5 Questo 10 Um mundo por imagens Fonte: http://www.imotion.com.br/ imagens/data/media/83/4582janela.jpg. Acessado em 15/10/2009. Adaptado. A imaginao simblica sempre um fa- tor de equilbrio. O smbolo concebido como uma sntese equilibradora, por meio da qual a alma dos indivduos oferece solues apazi- guadoras aos problemas. Gilbert Durand. Ao invs de nos relacionarmos diretamen- te com a realidade, dependemos cada vez mais de uma vasta gama de informaes, que nos alcanam com mais poder, facilidade e rapidez. como se ficssemos suspensos entre a realidade da vida diria e sua representa- o. Tnia Pellegrini. Adaptado. Na civilizao em que se vive hoje, cons- troem-se imagens, as mais diversas, sobre os mais variados aspectos; constroem-se ima- gens, por exemplo, sobre pessoas, fatos, li- vros, instituies e situaes. No cotidiano, comum substituir-se o real imediato por essas imagens. Dentre as possibilidades de construo de imagens enumeradas acima, em negrito, escolha apenas uma, como tema de seu texto, e redija uma dissertao em prosa, lanando mo de argumentos e informaes que deem consistncia a seu ponto de vista. Instrues: Lembre-se de que a situao de produo de seu texto requer o uso da modalidade es- crita culta da lngua portuguesa. D um ttulo para sua redao, a qual deve- r ter entre 20 e 30 linhas. NO ser aceita redao em forma de ver- so. Comentrio Apresentando a afirmao de que "No cotidiano, comum substituir-se o real imediato por essas imagens", o tema prope uma dissertao sobre como "essas imagens" so construdas. Ao redigir seu texto, o candidato foi convidado a escolher um tpico dentre pessoas, fatos, livros, instituies e situaes. Se partirmos do princpio de que estamos rodea- dos de smbolos, signos, metforas e muitas ou- tras representaes, o tema solicitou que se fizes- se uma anlise do quanto as imagens se sobre- pem realidade e do quanto necessrio o equilbrio entre a realidade e sua representao. Tema interessante, porm complexo, que certa- mente exigiu versatilidade no lidar com argumen- taes, inclusive filosficas. ETAPA FUVEST portugus/redao 6 ETAPA FUVEST portugus/redao 7 Prova bem articulada Sem questes de alta complexidade, com enunciados claros e bem elaborados, o exame revelou-se seletivo. Exigiram-se do candidato respostas bem formuladas e articuladas, associa- es semnticas e conhecimento de quase todas as obras li- terrias pedidas. Uma leitura atenta de algumas questes po- deria auxiliar nos argumentos diante do exigente tema de re- dao.