Cavaquinho

Fazer download em pdf ou txt
Fazer download em pdf ou txt
Você está na página 1de 42

Cavaquinho

Versão 1.0.0
Sumário

I Sobre essa Apostila 2

II Informações Básicas 4

III GNU Free Documentation License 9

IV Cavaquinho 18

1 O que é o curso Cavaquinho 19

2 Plano de ensino 20
2.1 Objetivo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 20
2.2 Público Alvo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 20
2.3 Pré-requisitos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 20
2.4 Descrição . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 20
2.5 Metodologia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 20
2.6 Cronograma . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 20
2.7 Programa . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 21
2.8 Avaliação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 21
2.9 Bibliografia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 22

3 Introdução e conceitos iniciais 23


3.1 Lição 1 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 23
3.1.1 Introdução . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 23
3.1.2 O instrumento . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 23
3.1.3 Algumas dicas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 24

4 Sistemas de representação de notas e Afinação 26


4.1 Lição 2 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 26
4.1.1 Início dos estudos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 26
4.1.2 Estudos - Parte 2 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 27
4.1.3 Digitação-Parte II . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 28
4.1.4 Algumas definições . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 28

1
CDTC Centro de Difusão de Tecnologia e Conhecimento Brasil/DF

5 Teoria musical 30
5.1 Lição 3 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 30
5.1.1 Teoria na Prática . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 30
5.1.2 Formação de acordes . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 31
5.1.3 Acordes mais comuns . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 32
5.1.4 Escalas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 33

6 Leitura de Partituras 36
6.1 Lição 4 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 36
6.1.1 Leitura de Partituras . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 36
6.1.2 Tempo e Ritmo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 37
6.1.3 Tempo e Ritmo - Parte 2 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 38
6.1.4 Teoria aplicada ao instrumento . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 39
6.1.5 Seqüências . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 40

2
Parte I

Sobre essa Apostila

3
CDTC Centro de Difusão de Tecnologia e Conhecimento Brasil/DF

Conteúdo
O conteúdo dessa apostila é fruto da compilação de diversos materiais livres publicados na in-
ternet, disponíveis em diversos sites ou originalmente produzido no CDTC (http://www.cdtc.org.br.)

O formato original deste material bem como sua atualização está disponível dentro da licença
GNU Free Documentation License, cujo teor integral encontra-se aqui reproduzido na seção de
mesmo nome, tendo inclusive uma versão traduzida (não oficial).

A revisão e alteração vem sendo realizada pelo CDTC ([email protected]) desde outubro
de 2006. Críticas e sugestões construtivas serão bem-vindas a qualquer hora.

Autores
A autoria deste é de responsabilidade de Tiago Luiz Batista Maciel ([email protected]).

O texto original faz parte do projeto Centro de Difusão de Tecnologia e Conhecimento que
vêm sendo realizado pelo ITI (Instituto Nacional de Tecnologia da Informação) em conjunto com
outros parceiros institucionais, e com as universidades federais brasileiras que tem produzido e
utilizado Software Livre apoiando inclusive a comunidade Free Software junto a outras entidades
no país.

Informações adicionais podem ser obtidas através do email [email protected], ou da


home page da entidade, através da URL http://www.cdtc.org.br.

Garantias
O material contido nesta apostila é isento de garantias e o seu uso é de inteira responsabi-
lidade do usuário/leitor. Os autores, bem como o ITI e seus parceiros, não se responsabilizam
direta ou indiretamente por qualquer prejuízo oriundo da utilização do material aqui contido.

Licença
Copyright ©2006, Instituto Nacional de Tecnologia da Informação ([email protected]) .

Permission is granted to copy, distribute and/or modify this document under the terms
of the GNU Free Documentation License, Version 1.1 or any later version published by
the Free Software Foundation; with the Invariant Chapter being SOBRE ESSA APOS-
TILA. A copy of the license is included in the section entitled GNU Free Documentation
License.

4
Parte II

Informações Básicas

5
CDTC Centro de Difusão de Tecnologia e Conhecimento Brasil/DF

Sobre o CDTC

Objetivo Geral

O Projeto CDTC visa a promoção e o desenvolvimento de ações que incentivem a dissemina-


ção de soluções que utilizem padrões abertos e não proprietários de tecnologia, em proveito do
desenvolvimento social, cultural, político, tecnológico e econômico da sociedade brasileira.

Objetivo Específico

Auxiliar o Governo Federal na implantação do plano nacional de software não-proprietário e


de código fonte aberto, identificando e mobilizando grupos de formadores de opinião dentre os
servidores públicos e agentes políticos da União Federal, estimulando e incentivando o mercado
nacional a adotar novos modelos de negócio da tecnologia da informação e de novos negócios
de comunicação com base em software não-proprietário e de código fonte aberto, oferecendo
treinamento específico para técnicos, profissionais de suporte e funcionários públicos usuários,
criando grupos de funcionários públicos que irão treinar outros funcionários públicos e atuar como
incentivadores e defensores dos produtos de software não proprietários e código fonte aberto, ofe-
recendo conteúdo técnico on-line para serviços de suporte, ferramentas para desenvolvimento de
produtos de software não proprietários e do seu código fonte livre, articulando redes de terceiros
(dentro e fora do governo) fornecedoras de educação, pesquisa, desenvolvimento e teste de pro-
dutos de software livre.

Guia do aluno

Neste guia, você terá reunidas uma série de informações importantes para que você comece
seu curso. São elas:

• Licenças para cópia de material disponível;

• Os 10 mandamentos do aluno de Educação a Distância;

• Como participar dos foruns e da wikipédia;

• Primeiros passos.

É muito importante que você entre em contato com TODAS estas informações, seguindo o
roteiro acima.

Licença

Copyright ©2006, Instituto Nacional de Tecnologia da Informação ([email protected]).

6
CDTC Centro de Difusão de Tecnologia e Conhecimento Brasil/DF

É dada permissão para copiar, distribuir e/ou modificar este documento sob os termos
da Licença de Documentação Livre GNU, Versão 1.1 ou qualquer versão posterior
públicada pela Free Software Foundation; com o Capitulo Invariante SOBRE ESSA
APOSTILA. Uma cópia da licença está inclusa na seção entitulada "Licença de Docu-
mentação Livre GNU".

Os 10 mandamentos do aluno de educação online

• 1. Acesso à Internet: ter endereço eletrônico, um provedor e um equipamento adequado é


pré-requisito para a participação nos cursos a distância;

• 2. Habilidade e disposição para operar programas: ter conhecimentos básicos de Informá-


tica é necessário para poder executar as tarefas;

• 3. Vontade para aprender colaborativamente: interagir, ser participativo no ensino a distân-


cia conta muitos pontos, pois irá colaborar para o processo ensino-aprendizagem pessoal,
dos colegas e dos professores;

• 4. Comportamentos compatíveis com a etiqueta: mostrar-se interessado em conhecer seus


colegas de turma respeitando-os e se fazendo ser respeitado pelos mesmos;

• 5. Organização pessoal: planejar e organizar tudo é fundamental para facilitar a sua revisão
e a sua recuperação de materiais;

• 6. Vontade para realizar as atividades no tempo correto: anotar todas as suas obrigações e
realizá-las em tempo real;

• 7. Curiosidade e abertura para inovações: aceitar novas idéias e inovar sempre;

• 8. Flexibilidade e adaptação: requisitos necessário à mudança tecnológica, aprendizagens


e descobertas;

• 9. Objetividade em sua comunicação: comunicar-se de forma clara, breve e transparente é


ponto - chave na comunicação pela Internet;

• 10. Responsabilidade: ser responsável por seu próprio aprendizado. O ambiente virtual não
controla a sua dedicação, mas reflete os resultados do seu esforço e da sua colaboração.

Como participar dos fóruns e Wikipédia

Você tem um problema e precisa de ajuda?

Podemos te ajudar de 2 formas:

A primeira é o uso dos fóruns de notícias e de dúvidas gerais que se distinguem pelo uso:

. O fórum de notícias tem por objetivo disponibilizar um meio de acesso rápido a informações
que sejam pertinentes ao curso (avisos, notícias). As mensagens postadas nele são enviadas a

7
CDTC Centro de Difusão de Tecnologia e Conhecimento Brasil/DF

todos participantes. Assim, se o monitor ou algum outro participante tiver uma informação que
interesse ao grupo, favor postá-la aqui.
Porém, se o que você deseja é resolver alguma dúvida ou discutir algum tópico específico do
curso. É recomendado que você faça uso do Fórum de dúvidas gerais que lhe dá recursos mais
efetivos para esta prática.

. O fórum de dúvidas gerais tem por objetivo disponibilizar um meio fácil, rápido e interativo
para solucionar suas dúvidas e trocar experiências. As mensagens postadas nele são enviadas
a todos participantes do curso. Assim, fica muito mais fácil obter respostas, já que todos podem
ajudar.
Se você receber uma mensagem com algum tópico que saiba responder, não se preocupe com a
formalização ou a gramática. Responda! E não se esqueça de que antes de abrir um novo tópico
é recomendável ver se a sua pergunta já foi feita por outro participante.

A segunda forma se dá pelas Wikis:

. Uma wiki é uma página web que pode ser editada colaborativamente, ou seja, qualquer par-
ticipante pode inserir, editar, apagar textos. As versões antigas vão sendo arquivadas e podem
ser recuperadas a qualquer momento que um dos participantes o desejar. Assim, ela oferece um
ótimo suporte a processos de aprendizagem colaborativa. A maior wiki na web é o site "Wikipé-
dia", uma experiência grandiosa de construção de uma enciclopédia de forma colaborativa, por
pessoas de todas as partes do mundo. Acesse-a em português pelos links:

• Página principal da Wiki - http://pt.wikipedia.org/wiki/

Agradecemos antecipadamente a sua colaboração com a aprendizagem do grupo!

Primeiros Passos

Para uma melhor aprendizagem é recomendável que você siga os seguintes passos:

• Ler o Plano de Ensino e entender a que seu curso se dispõe a ensinar;

• Ler a Ambientação do Moodle para aprender a navegar neste ambiente e se utilizar das
ferramentas básicas do mesmo;

• Entrar nas lições seguindo a seqüência descrita no Plano de Ensino;

• Qualquer dúvida, reporte ao Fórum de Dúvidas Gerais.

Perfil do Tutor

Segue-se uma descrição do tutor ideal, baseada no feedback de alunos e de tutores.

O tutor ideal é um modelo de excelência: é consistente, justo e profissional nos respectivos


valores e atitudes, incentiva mas é honesto, imparcial, amável, positivo, respeitador, aceita as
idéias dos estudantes, é paciente, pessoal, tolerante, apreciativo, compreensivo e pronto a ajudar.

8
CDTC Centro de Difusão de Tecnologia e Conhecimento Brasil/DF

A classificação por um tutor desta natureza proporciona o melhor feedback possível, é crucial, e,
para a maior parte dos alunos, constitui o ponto central do processo de aprendizagem.’ Este tutor
ou instrutor:

• fornece explicações claras acerca do que ele espera e do estilo de classificação que irá
utilizar;

• gosta que lhe façam perguntas adicionais;

• identifica as nossas falhas, mas corrige-as amavelmente’, diz um estudante, ’e explica por-
que motivo a classificação foi ou não foi atribuída’;

• tece comentários completos e construtivos, mas de forma agradável (em contraste com um
reparo de um estudante: ’os comentários deixam-nos com uma sensação de crítica, de
ameaça e de nervossismo’)

• dá uma ajuda complementar para encorajar um estudante em dificuldade;

• esclarece pontos que não foram entendidos, ou corretamente aprendidos anteriormente;

• ajuda o estudante a alcançar os seus objetivos;

• é flexível quando necessário;

• mostra um interesse genuíno em motivar os alunos (mesmo os principiantes e, por isso,


talvez numa fase menos interessante para o tutor);

• escreve todas as correções de forma legível e com um nível de pormenorização adequado;

• acima de tudo, devolve os trabalhos rapidamente;

9
Parte III

GNU Free Documentation License

10
CDTC Centro de Difusão de Tecnologia e Conhecimento Brasil/DF

(Traduzido pelo João S. O. Bueno através do CIPSGA em 2001)


Esta é uma tradução não oficial da Licença de Documentação Livre GNU em Português Brasi-
leiro. Ela não é publicada pela Free Software Foundation, e não se aplica legalmente a distribuição
de textos que usem a GFDL - apenas o texto original em Inglês da GNU FDL faz isso. Entretanto,
nós esperamos que esta tradução ajude falantes de português a entenderem melhor a GFDL.

This is an unofficial translation of the GNU General Documentation License into Brazilian Por-
tuguese. It was not published by the Free Software Foundation, and does not legally state the
distribution terms for software that uses the GFDL–only the original English text of the GFDL does
that. However, we hope that this translation will help Portuguese speakers understand the GFDL
better.

Licença de Documentação Livre GNU Versão 1.1, Março de 2000

Copyright (C) 2000 Free Software Foundation, Inc.


59 Temple Place, Suite 330, Boston, MA 02111-1307 USA

É permitido a qualquer um copiar e distribuir cópias exatas deste documento de licença, mas
não é permitido alterá-lo.

INTRODUÇÃO
O propósito desta Licença é deixar um manual, livro-texto ou outro documento escrito "livre"no
sentido de liberdade: assegurar a qualquer um a efetiva liberdade de copiá-lo ou redistribui-lo,
com ou sem modificações, comercialmente ou não. Secundariamente, esta Licença mantém
para o autor e editor uma forma de ter crédito por seu trabalho, sem ser considerado responsável
pelas modificações feitas por terceiros.

Esta Licença é um tipo de "copyleft"("direitos revertidos"), o que significa que derivações do


documento precisam ser livres no mesmo sentido. Ela complementa a GNU Licença Pública Ge-
ral (GNU GPL), que é um copyleft para software livre.

Nós fizemos esta Licença para que seja usada em manuais de software livre, por que software
livre precisa de documentação livre: um programa livre deve ser acompanhado de manuais que
provenham as mesmas liberdades que o software possui. Mas esta Licença não está restrita a
manuais de software; ela pode ser usada para qualquer trabalho em texto, independentemente
do assunto ou se ele é publicado como um livro impresso. Nós recomendamos esta Licença prin-
cipalmente para trabalhos cujo propósito seja de introdução ou referência.

APLICABILIDADE E DEFINIÇÕES
Esta Licença se aplica a qualquer manual ou outro texto que contenha uma nota colocada pelo
detentor dos direitos autorais dizendo que ele pode ser distribuído sob os termos desta Licença.
O "Documento"abaixo se refere a qualquer manual ou texto. Qualquer pessoa do público é um

11
CDTC Centro de Difusão de Tecnologia e Conhecimento Brasil/DF

licenciado e é referida como "você".

Uma "Versão Modificada"do Documento se refere a qualquer trabalho contendo o documento


ou uma parte dele, quer copiada exatamente, quer com modificações e/ou traduzida em outra
língua.

Uma "Seção Secundária"é um apêndice ou uma seção inicial do Documento que trata ex-
clusivamente da relação dos editores ou dos autores do Documento com o assunto geral do
Documento (ou assuntos relacionados) e não contém nada que poderia ser incluído diretamente
nesse assunto geral (Por exemplo, se o Documento é em parte um livro texto de matemática, a
Seção Secundária pode não explicar nada de matemática).

Essa relação poderia ser uma questão de ligação histórica com o assunto, ou matérias relaci-
onadas, ou de posições legais, comerciais, filosóficas, éticas ou políticas relacionadas ao mesmo.

As "Seções Invariantes"são certas Seções Secundárias cujos títulos são designados, como
sendo de Seções Invariantes, na nota que diz que o Documento é publicado sob esta Licença.

Os "Textos de Capa"são certos trechos curtos de texto que são listados, como Textos de Capa
Frontal ou Textos da Quarta Capa, na nota que diz que o texto é publicado sob esta Licença.

Uma cópia "Transparente"do Documento significa uma cópia que pode ser lida automatica-
mente, representada num formato cuja especificação esteja disponível ao público geral, cujos
conteúdos possam ser vistos e editados diretamente e sem mecanismos especiais com editores
de texto genéricos ou (para imagens compostas de pixels) programas de pintura genéricos ou
(para desenhos) por algum editor de desenhos grandemente difundido, e que seja passível de
servir como entrada a formatadores de texto ou para tradução automática para uma variedade
de formatos que sirvam de entrada para formatadores de texto. Uma cópia feita em um formato
de arquivo outrossim Transparente cuja constituição tenha sido projetada para atrapalhar ou de-
sencorajar modificações subsequentes pelos leitores não é Transparente. Uma cópia que não é
"Transparente"é chamada de "Opaca".

Exemplos de formatos que podem ser usados para cópias Transparentes incluem ASCII sim-
ples sem marcações, formato de entrada do Texinfo, formato de entrada do LaTex, SGML ou XML
usando uma DTD disponibilizada publicamente, e HTML simples, compatível com os padrões, e
projetado para ser modificado por pessoas. Formatos opacos incluem PostScript, PDF, formatos
proprietários que podem ser lidos e editados apenas com processadores de texto proprietários,
SGML ou XML para os quais a DTD e/ou ferramentas de processamento e edição não estejam
disponíveis para o público, e HTML gerado automaticamente por alguns editores de texto com
finalidade apenas de saída.

A "Página do Título"significa, para um livro impresso, a página do título propriamente dita,


mais quaisquer páginas subsequentes quantas forem necessárias para conter, de forma legível,
o material que esta Licença requer que apareça na página do título. Para trabalhos que não
tenham uma página do título, "Página do Título"significa o texto próximo da aparição mais proe-
minente do título do trabalho, precedendo o início do corpo do texto.

12
CDTC Centro de Difusão de Tecnologia e Conhecimento Brasil/DF

FAZENDO CÓPIAS EXATAS


Você pode copiar e distribuir o Documento em qualquer meio, de forma comercial ou não
comercial, desde que esta Licença, as notas de copyright, e a nota de licença dizendo que esta
Licença se aplica ao documento estejam reproduzidas em todas as cópias, e que você não acres-
cente nenhuma outra condição, quaisquer que sejam, às desta Licença.

Você não pode usar medidas técnicas para obstruir ou controlar a leitura ou confecção de
cópias subsequentes das cópias que você fizer ou distribuir. Entretanto, você pode aceitar com-
pensação em troca de cópias. Se você distribuir uma quantidade grande o suficiente de cópias,
você também precisa respeitar as condições da seção 3.

Você também pode emprestar cópias, sob as mesmas condições colocadas acima, e também
pode exibir cópias publicamente.

FAZENDO CÓPIAS EM QUANTIDADE


Se você publicar cópias do Documento em número maior que 100, e a nota de licença do
Documento obrigar Textos de Capa, você precisará incluir as cópias em capas que tragam, clara
e legivelmente, todos esses Textos de Capa: Textos de Capa da Frente na capa da frente, e
Textos da Quarta Capa na capa de trás. Ambas as capas também precisam identificar clara e
legivelmente você como o editor dessas cópias. A capa da frente precisa apresentar o título com-
pleto com todas as palavras do título igualmente proeminentes e visíveis. Você pode adicionar
outros materiais às capas. Fazer cópias com modificações limitadas às capas, tanto quanto estas
preservem o título do documento e satisfaçam a essas condições, pode ser tratado como cópia
exata em outros aspectos.

Se os textos requeridos em qualquer das capas for muito volumoso para caber de forma
legível, você deve colocar os primeiros (tantos quantos couberem de forma razoável) na capa
verdadeira, e continuar os outros nas páginas adjacentes.

Se você publicar ou distribuir cópias Opacas do Documento em número maior que 100, você
precisa ou incluir uma cópia Transparente que possa ser lida automaticamente com cada cópia
Opaca, ou informar, em ou com, cada cópia Opaca a localização de uma cópia Transparente
completa do Documento acessível publicamente em uma rede de computadores, à qual o público
usuário de redes tenha acesso a download gratuito e anônimo utilizando padrões públicos de
protocolos de rede. Se você utilizar o segundo método, você precisará tomar cuidados razoavel-
mente prudentes, quando iniciar a distribuição de cópias Opacas em quantidade, para assegurar
que esta cópia Transparente vai permanecer acessível desta forma na localização especificada
por pelo menos um ano depois da última vez em que você distribuir uma cópia Opaca (direta-
mente ou através de seus agentes ou distribuidores) daquela edição para o público.

É pedido, mas não é obrigatório, que você contate os autores do Documento bem antes de
redistribuir qualquer grande número de cópias, para lhes dar uma oportunidade de prover você
com uma versão atualizada do Documento.

13
CDTC Centro de Difusão de Tecnologia e Conhecimento Brasil/DF

MODIFICAÇÕES
Você pode copiar e distribuir uma Versão Modificada do Documento sob as condições das se-
ções 2 e 3 acima, desde que você publique a Versão Modificada estritamente sob esta Licença,
com a Versão Modificada tomando o papel do Documento, de forma a licenciar a distribuição
e modificação da Versão Modificada para quem quer que possua uma cópia da mesma. Além
disso, você precisa fazer o seguinte na versão modificada:

A. Usar na Página de Título (e nas capas, se houver alguma) um título distinto daquele do Do-
cumento, e daqueles de versões anteriores (que deveriam, se houvesse algum, estarem listados
na seção "Histórico do Documento"). Você pode usar o mesmo título de uma versão anterior se
o editor original daquela versão lhe der permissão;

B. Listar na Página de Título, como autores, uma ou mais das pessoas ou entidades responsá-
veis pela autoria das modificações na Versão Modificada, conjuntamente com pelo menos cinco
dos autores principais do Documento (todos os seus autores principais, se ele tiver menos que
cinco);

C. Colocar na Página de Título o nome do editor da Versão Modificada, como o editor;

D. Preservar todas as notas de copyright do Documento;

E. Adicionar uma nota de copyright apropriada para suas próprias modificações adjacente às
outras notas de copyright;

F. Incluir, imediatamente depois das notas de copyright, uma nota de licença dando ao público
o direito de usar a Versão Modificada sob os termos desta Licença, na forma mostrada no tópico
abaixo;

G. Preservar nessa nota de licença as listas completas das Seções Invariantes e os Textos de
Capa requeridos dados na nota de licença do Documento;

H. Incluir uma cópia inalterada desta Licença;

I. Preservar a seção entitulada "Histórico", e seu título, e adicionar à mesma um item dizendo
pelo menos o título, ano, novos autores e editor da Versão Modificada como dados na Página de
Título. Se não houver uma sessão denominada "Histórico"no Documento, criar uma dizendo o
título, ano, autores, e editor do Documento como dados em sua Página de Título, então adicionar
um item descrevendo a Versão Modificada, tal como descrito na sentença anterior;

J. Preservar o endereço de rede, se algum, dado no Documento para acesso público a uma
cópia Transparente do Documento, e da mesma forma, as localizações de rede dadas no Docu-
mento para as versões anteriores em que ele foi baseado. Elas podem ser colocadas na seção
"Histórico". Você pode omitir uma localização na rede para um trabalho que tenha sido publicado
pelo menos quatro anos antes do Documento, ou se o editor original da versão a que ela se refira
der sua permissão;

K. Em qualquer seção entitulada "Agradecimentos"ou "Dedicatórias", preservar o título da

14
CDTC Centro de Difusão de Tecnologia e Conhecimento Brasil/DF

seção e preservar a seção em toda substância e fim de cada um dos agradecimentos de contri-
buidores e/ou dedicatórias dados;

L. Preservar todas as Seções Invariantes do Documento, inalteradas em seus textos ou em


seus títulos. Números de seção ou equivalentes não são considerados parte dos títulos da seção;

M. Apagar qualquer seção entitulada "Endossos". Tal sessão não pode ser incluída na Versão
Modificada;

N. Não reentitular qualquer seção existente com o título "Endossos"ou com qualquer outro
título dado a uma Seção Invariante.

Se a Versão Modificada incluir novas seções iniciais ou apêndices que se qualifiquem como
Seções Secundárias e não contenham nenhum material copiado do Documento, você pode optar
por designar alguma ou todas aquelas seções como invariantes. Para fazer isso, adicione seus
títulos à lista de Seções Invariantes na nota de licença da Versão Modificada. Esses títulos preci-
sam ser diferentes de qualquer outro título de seção.

Você pode adicionar uma seção entitulada "Endossos", desde que ela não contenha qual-
quer coisa além de endossos da sua Versão Modificada por várias pessoas ou entidades - por
exemplo, declarações de revisores ou de que o texto foi aprovado por uma organização como a
definição oficial de um padrão.

Você pode adicionar uma passagem de até cinco palavras como um Texto de Capa da Frente
, e uma passagem de até 25 palavras como um Texto de Quarta Capa, ao final da lista de Textos
de Capa na Versão Modificada. Somente uma passagem de Texto da Capa da Frente e uma de
Texto da Quarta Capa podem ser adicionados por (ou por acordos feitos por) qualquer entidade.
Se o Documento já incluir um texto de capa para a mesma capa, adicionado previamente por
você ou por acordo feito com alguma entidade para a qual você esteja agindo, você não pode
adicionar um outro; mas você pode trocar o antigo, com permissão explícita do editor anterior que
adicionou a passagem antiga.

O(s) autor(es) e editor(es) do Documento não dão permissão por esta Licença para que seus
nomes sejam usados para publicidade ou para assegurar ou implicar endossamento de qualquer
Versão Modificada.

COMBINANDO DOCUMENTOS
Você pode combinar o Documento com outros documentos publicados sob esta Licença, sob
os termos definidos na seção 4 acima para versões modificadas, desde que você inclua na com-
binação todas as Seções Invariantes de todos os documentos originais, sem modificações, e liste
todas elas como Seções Invariantes de seu trabalho combinado em sua nota de licença.

O trabalho combinado precisa conter apenas uma cópia desta Licença, e Seções Invariantes
Idênticas com multiplas ocorrências podem ser substituídas por apenas uma cópia. Se houver
múltiplas Seções Invariantes com o mesmo nome mas com conteúdos distintos, faça o título de

15
CDTC Centro de Difusão de Tecnologia e Conhecimento Brasil/DF

cada seção único adicionando ao final do mesmo, em parênteses, o nome do autor ou editor
origianl daquela seção, se for conhecido, ou um número que seja único. Faça o mesmo ajuste
nos títulos de seção na lista de Seções Invariantes nota de licença do trabalho combinado.

Na combinação, você precisa combinar quaisquer seções entituladas "Histórico"dos diver-


sos documentos originais, formando uma seção entitulada "Histórico"; da mesma forma combine
quaisquer seções entituladas "Agradecimentos", ou "Dedicatórias". Você precisa apagar todas as
seções entituladas como "Endosso".

COLETÂNEAS DE DOCUMENTOS
Você pode fazer uma coletânea consitindo do Documento e outros documentos publicados
sob esta Licença, e substituir as cópias individuais desta Licença nos vários documentos com
uma única cópia incluida na coletânea, desde que você siga as regras desta Licença para cópia
exata de cada um dos Documentos em todos os outros aspectos.

Você pode extrair um único documento de tal coletânea, e distribuí-lo individualmente sob
esta Licença, desde que você insira uma cópia desta Licença no documento extraído, e siga esta
Licença em todos os outros aspectos relacionados à cópia exata daquele documento.

AGREGAÇÃO COM TRABALHOS INDEPENDENTES


Uma compilação do Documento ou derivados dele com outros trabalhos ou documentos se-
parados e independentes, em um volume ou mídia de distribuição, não conta como uma Ver-
são Modificada do Documento, desde que nenhum copyright de compilação seja reclamado pela
compilação. Tal compilação é chamada um "agregado", e esta Licença não se aplica aos outros
trabalhos auto-contidos compilados junto com o Documento, só por conta de terem sido assim
compilados, e eles não são trabalhos derivados do Documento.

Se o requerido para o Texto de Capa na seção 3 for aplicável a essas cópias do Documento,
então, se o Documento constituir menos de um quarto de todo o agregado, os Textos de Capa
do Documento podem ser colocados em capas adjacentes ao Documento dentro do agregado.
Senão eles precisarão aparecer nas capas de todo o agregado.

TRADUÇÃO
Tradução é considerada como um tipo de modificação, então você pode distribuir traduções
do Documento sob os termos da seção 4. A substituição de Seções Invariantes por traduções
requer uma permissão especial dos detentores do copyright das mesmas, mas você pode incluir
traduções de algumas ou de todas as Seções Invariantes em adição às versões orignais dessas
Seções Invariantes. Você pode incluir uma tradução desta Licença desde que você também in-
clua a versão original em Inglês desta Licença. No caso de discordância entre a tradução e a

16
CDTC Centro de Difusão de Tecnologia e Conhecimento Brasil/DF

versão original em Inglês desta Licença, a versão original em Inglês prevalecerá.

TÉRMINO
Você não pode copiar, modificar, sublicenciar, ou distribuir o Documento exceto como expres-
samente especificado sob esta Licença. Qualquer outra tentativa de copiar, modificar, sublicen-
ciar, ou distribuir o Documento é nula, e resultará automaticamente no término de seus direitos
sob esta Licença. Entretanto, terceiros que tenham recebido cópias, ou direitos de você sob esta
Licença não terão suas licenças terminadas, tanto quanto esses terceiros permaneçam em total
acordo com esta Licença.

REVISÕES FUTURAS DESTA LICENÇA


A Free Software Foundation pode publicar novas versões revisadas da Licença de Documen-
tação Livre GNU de tempos em tempos. Tais novas versões serão similares em espirito à versão
presente, mas podem diferir em detalhes ao abordarem novos porblemas e preocupações. Veja
http://www.gnu.org/copyleft/.

A cada versão da Licença é dado um número de versão distinto. Se o Documento especificar


que uma versão particular desta Licença "ou qualquer versão posterior"se aplica ao mesmo, você
tem a opção de seguir os termos e condições daquela versão específica, ou de qualquer versão
posterior que tenha sido publicada (não como rascunho) pela Free Software Foundation. Se o
Documento não especificar um número de Versão desta Licença, você pode escolher qualquer
versão já publicada (não como rascunho) pela Free Software Foundation.

ADENDO: Como usar esta Licença para seus documentos

Para usar esta Licença num documento que você escreveu, inclua uma cópia desta Licença
no documento e ponha as seguintes notas de copyright e licenças logo após a página de título:

Copyright (c) ANO SEU NOME.


É dada permissão para copiar, distribuir e/ou modificar este documento sob os termos da Licença
de Documentação Livre GNU, Versão 1.1 ou qualquer versão posterior publicada pela Free Soft-
ware Foundation; com as Seções Invariantes sendo LISTE SEUS TÍTULOS, com os Textos da
Capa da Frente sendo LISTE, e com os Textos da Quarta-Capa sendo LISTE. Uma cópia da li-
cença está inclusa na seção entitulada "Licença de Documentação Livre GNU".

Se você não tiver nenhuma Seção Invariante, escreva "sem Seções Invariantes"ao invés de
dizer quais são invariantes. Se você não tiver Textos de Capa da Frente, escreva "sem Textos de
Capa da Frente"ao invés de "com os Textos de Capa da Frente sendo LISTE"; o mesmo para os
Textos da Quarta Capa.

Se o seu documento contiver exemplos não triviais de código de programas, nós recomenda-
mos a publicação desses exemplos em paralelo sob a sua escolha de licença de software livre,

17
CDTC Centro de Difusão de Tecnologia e Conhecimento Brasil/DF

tal como a GNU General Public License, para permitir o seu uso em software livre.

18
Parte IV

Cavaquinho

19
Capítulo 1

O que é o curso Cavaquinho

Esse curso é sobre cavaquinho, tendo como objetivo introduzir o aprendizado desse instru-
mento e de outros conceitos musicais. Serão abordados temas como técnicas de como tocar o
instrumento, leitura de tablaturas e partituras além de outros relacionados a teoria musical.

20
Capítulo 2

Plano de ensino

2.1 Objetivo
Apresentar ao usuário as maravilhas do mundo musical, em especial o cavaquinho.

2.2 Público Alvo


Usuários interessados em teoria musical instrumentos de corda, em especial aos ligados ao
samba e ao chorinho.

2.3 Pré-requisitos

2.4 Descrição
O curso será realizado na modalidade Educação à Distância e utilizará a Plataforma Moodle
como ferramenta de aprendizagem. Ele será dividido em tópicos e cada um deles é composto
por um conjunto de atividades (lições, fóruns, glossários, questionários e outros) que deverão ser
executadas de acordo com as instruções fornecidas. O material didático estará disponível on-line
de acordo com as datas pré-estabelecidas em cada tópico.

Todo o material está no formato de lições, e estará disponível ao longo do curso.

2.5 Metodologia
O curso está dividido da seguinte maneira:

2.6 Cronograma
• Lição 1 - Introdução;

• Lição 2 - Sistemas de representação de Notas e Afinação;

• Lição 3 - Teoria Musical;

21
CDTC Centro de Difusão de Tecnologia e Conhecimento Brasil/DF

• Lição 4 - Leitura de Partituras.

As lições contêm o conteúdo principal. Elas poderão ser acessadas quantas vezes forem neces-
sárias, desde que estejam dentro da semana programada. Ao final de uma lição, você receberá
uma nota de acordo com o seu desempenho. Responda com atenção às perguntas de cada li-
ção, pois elas serão consideradas na sua nota final. Caso sua nota numa determinada lição seja
menor que 6.0, sugerimos que você faça novamente esta lição.
Ao final do curso será disponibilizada a avaliação referente ao curso. Tanto as notas das lições
quanto a da avaliação serão consideradas para a nota final. Todos os módulos ficarão visíveis
para que possam ser consultados durante a avaliação final.
Aconselhamos a leitura da "Ambientação do Moodle"para que você conheça a plataforma de En-
sino à Distância, evitando dificuldades advindas do "desconhecimento"sobre a mesma.
Os instrutores estarão à sua disposição ao longo de todo curso. Qualquer dúvida deverá ser
enviada ao fórum. Diariamente os monitores darão respostas e esclarecimentos.

2.7 Programa
O curso Cavaquinho oferecerá o seguinte conteúdo:

• Apresentação do Instrumento;

• Teoria musical;

• Leitura de partituras, tablaturas e das principais representações gráficas de músicas.

2.8 Avaliação
Toda a avaliação será feita on-line.
Aspectos a serem considerados na avaliação:

• Iniciativa e autonomia no processo de aprendizagem e de produção de conhecimento;

• Capacidade de pesquisa e abordagem criativa na solução dos problemas apresentados.

Instrumentos de avaliação:

• Participação ativa nas atividades programadas.

• Avaliação ao final do curso.

• O participante fará várias avaliações referente ao conteúdo do curso. Para a aprovação e


obtenção do certificado o participante deverá obter nota final maior ou igual a 6.0 de acordo
com a fórmula abaixo:

• Nota Final = ((ML x 7) + (AF x 3)) / 10 = Média aritmética das lições;

• AF = Avaliações.

22
CDTC Centro de Difusão de Tecnologia e Conhecimento Brasil/DF

2.9 Bibliografia
• http://www.mvhp.com.br/

• Wikipedia
Artigos: Clave, compasso, semibreve, mínima, semínima, colcheia, semicolcheia, fusa, se-
mifusa.

23
Capítulo 3

Introdução e conceitos iniciais

Nessa etapa além de introduzir o nosso curso vamos conhecer um pouco mais o nosso intru-
mento. Apresentaremos algumas dicas tanto na escolha na hora da compra quanto na hora de
tocar.

3.1 Lição 1
3.1.1 Introdução
O cavaco ou cavaquinho é um pequeno instrumento de cordas originado em Portugal, onde
também é chamado de braguinha. No Brasil esse instrumento forma historicamente o conjunto
básico, junto com o bandolim, a flauta e o violão, para execução de choros. Além disso também
é elemento fundamental do samba, um dos estilos musicais mais populares do país.

Nosso curso tem como objetivo mostrar a maioria das formas de se tocar esse instrumento.
Vamos aprender desde o acompanhamento de acordes até a leitura de músicas em partituras
e tablaturas. Aproveite o curso e lembre-se de que sem treino fica impossível desenvolver um
instrumento.

3.1.2 O instrumento
Formas de usar

Todo instrumento tem uma função em um determinado tipo de música. Quando analisamos o
cavaquinho percebemos que ele pode ser usado tanto para acompanhamento quanto como ele-
mento principal em um solo. Como exemplo da primeira função podemos citar o samba, enquanto
que para o segundo podemos lembrar do choro. Isso mostra como esse instrumento é versátil,
permitindo que o músico o desenvolva da forma que achar mais satisfatória.

Nosso instrumento

O cavaquinho pode ser dividido nas seguintes partes:

24
CDTC Centro de Difusão de Tecnologia e Conhecimento Brasil/DF

1. Caixa acústica;

2. Tampo;

3. Casa;

4. Cavalete;

5. Boca;

6. Tarrachas - *onde afinamos o instrumento;

7. Braço.

A afinação das cordas é da seguinte forma, lembrando que elas são contadas de baixo para
cima:

4ª- Ré
3ª- Sol
2ª- Si
1ª-Ré

Essa é a forma clássica, chamada de afinação em Sol Maior. Alguns músicos acostumados com
violão preferem simular nas cordas do cavaco as últimas quatro cordas do violão. A diferença é
que a primeira corda agora vai passar a ser Mi, mas as outras continuam da mesma forma.

3.1.3 Algumas dicas


Escolhendo o seu instrumento

Ao comprar um instrumento muitas vezes damos mais importância a beleza e acabamos nos
esquecendo do objetivo principal, que é um bom som. Antes de mais nada observe a madeira,
verificando se existem rachaduras principalmente na caixa acústica. Em seguida verifique se o
braço está bem alinhado. Para quem estiver iniciando aconselho o uso de instrumentos mais ba-
ratos, até mesmo já usados. Com o desenvolvimento das suas técnicas você vai sentir a necessi-
dade de uma maior qualidade do som e assim vai saber escolher um instrumento mais elaborado.

Além disso, tem escolhas mais pessoais como a palheta e as cordas a serem utilizadas.
Quanto as palhetas é comum o uso da número 50, mas as cordas exigem uma pesquisa mais
intensa nas várias marcas oferecidas no mercado. O importante é combinar durabilidade com
sonoridade.

25
CDTC Centro de Difusão de Tecnologia e Conhecimento Brasil/DF

Dicas para as mãos

Na maioria dos instrumentos as mãos são as partes mais importantes no desenvolvimento


de um músico. No caso do cavaquinho que quanto maior a agilidade dos dedos melhor, temos
algumas dicas. A primeira delas se refere ao tamanho das unhas da mão esquerda. Como é ela
que vai fazer os acordes ou solos quanto menor o seu tamanho melhor. Além disso, evite o con-
tato entre a palma da mão e o braço do cavaco, uma vez que isso prejudica muito a velocidade
dos seus movimentos. Mantenha o polegar o mais perto possível do ponto médio entre os outros
quatro dedos ao fazer um acorde, isso porque é o polegar que faz o suporte da posição.

A última dica também estaria relacionada com a posição dos dedos. Ao pressionar uma
determinada casa deixe o seu dedo o mais próximo possível da casa seguinte. Por exemplo, se
em um determinado trecho de um solo temos que tocar a segunda casa se aproxime o máximo
possível da terceira, mas sem ficar sobre o delimitador (também chamado de traste).

26
Capítulo 4

Sistemas de representação de notas e


Afinação

Nessa etapa vamos conhecer os principais sistemas de representação de notas, como o sis-
tema numérico e as tablaturas. Além disso vamos ver as principais formas de afinar o nosso
instrumento.

4.1 Lição 2
4.1.1 Início dos estudos
Sistema de Numeração

A primeira coisa a se aprender do cavaquinho é o seu sistema de numeração. Cada casa em


conjunto com a corda tem uma numeração. Por exemplo, a primeira corda quando tocada solta
(ou seja, sem ser pressionada nenhuma casa) é representada pelo número 10. Se queremos
representar a primeira corda pressionando a primeira casa usamos o número 11, e assim por
diante. A segunda corda é representada por 20, 21, 22 ... , a terceira por 30, 31, 32 ... e a quarta
por 40,41,42 ... . Observe a figura abaixo:

Tablatura

A tablatura é outra forma de representar as notas a serem tocadas. Cada linha representa
uma corda, enquanto que os números se referem a qual casa deve ser pressionada. O 0 repre-
senta uma corda solta, 1 a primeira casa e assim por diante. Observe o exemplo:

27
CDTC Centro de Difusão de Tecnologia e Conhecimento Brasil/DF

O problema dos dois métodos de representação mostrados acima é que eles não conseguem
mostrar quanto tempo deve durar cada nota. Mas nós vamos ver como resolver esse problema
nas etapas posteriores.

4.1.2 Estudos - Parte 2


Afinação

Um passo fundamental para um bom som é um instrumento bem afinado. Para os que estão
começando temos no mercado uma variedade de instrumentos de afinação, desde um diapasão
até alguns afinadores eletrônicos. Para os mais avançados é possível usar um outro instrumento
para afinar o cavaco, igualando o som das quatro cordas ao outro instrumento.

Existe outra forma de afinar o seu instrumento apenas tendo certeza de que uma das cordas
está afinada. Como exemplo vamos considerar a quarta corda como afinada. Assim sendo a
terceira corda vai ter que apresentar o mesmo som da quinta casa da corda anterior. Já a segunda
corda vai ter o mesmo som da quarta casa da terceira corda e a primeira corda apresentando o
som da terceira casa da segunda corda. É importante lembrar que é bem comum que as cordas
afrouxem depois de um certo tempo. Assim sempre antes de tocar é bom verificar a afinação do
seu instrumento. Outro detalhe é que estamos falando da afinação em Sol Maior.

Digitação

Só é possível conseguir melhorar a agilidade dos dedos treinando bastante tanto com exer-
cícios quanto com algumas músicas. O objetivo principal é conseguir tocar uma seqüência de
notas no tempo certo e com o som o mais limpo possível. Abaixo temos alguns exercícios bem
básicos, tanto usando o sistema de números quanto tablaturas:

11 12 13 14

21 22 23 24

31 32 33 34

41 42 43 44

|————————————–1–2–3–4———–|Ré

|————————–1–2–3–4———————–|Sol

|————–1–2–3–4———————————–|Si

|-1–2–3–4————————————————|Ré

28
CDTC Centro de Difusão de Tecnologia e Conhecimento Brasil/DF

Palhetada

Essa é outra importante etapa do estudo do cavaquinho. A palhetada que vai dar o ritmo da
música e definir o tempo de duração das notas de um solo. Uma boa dica para o solo é posicionar
a mão direita na região do cavalete. Tente alternar o sentido da palhetada, fazendo movimentos
tanto de baixo para cima quanto de cima para baixo.

É interessante para pegar o ritmo o uso de um instrumento chamado metrônomo. Ele fica
dando cliques em um intervalo de tempo, que na maioria das vezes pode ser definido pelo usuário.
Para o exercício acima tente sincronizar a sua batida com os cliques. Em seguida tente dar uma
batida em um clique e outra exatamente na metade de um clique para o outro. Diminua os
intervalos de tempo e refaça o exercício até pegar segurança.

4.1.3 Digitação-Parte II
O objetivo dessa etapa é melhorar mais um pouco a sua agilidade com exercícios um pouco
mais complexos. Tente fazer isso com o som o mais limpo possível e no tempo certo, usando
se possível um metrônomo. Além disso, alterne a palhetada, de cima para baixo e de baixo para
cima.

1) Dedo ímpar, casa ímpar. Dedo par casa par:

|–1–3——————-5–7—————————|Ré

|——–2–4——————-6–8———————|Sol

|————–1–3——————-5–7—————|Si

|——————-2–4——————–6–8———|Ré

2) Dedo ímpar, casa par. Dedo par casa ímpar:

|–2–4——————–6–8——————–|Ré
|——–1–3——————–5–7————–|Sol
|————–2–4——————–6–8——–|Si
|——————–1–3——————–5–7–|Ré

Pratique inventando novos exercícios, de forma que todo o braço seja percorrido.

4.1.4 Algumas definições


1. Melodia: Seqüência de sons, ou seja, a parte solada (um som de cada vez);

2. Harmonia: Ordem em que os acordes se apresentam (sons simultâneos);

3. Intensidade: Grau de força aplicado a uma nota, estando assim relacionada ao volume;

29
CDTC Centro de Difusão de Tecnologia e Conhecimento Brasil/DF

4. Duração: Tempo de duração do som;

5. Timbre: Característica do som, sendo o que o define. Por exemplo, a mesma nota tocada
por um violão ou uma flauta tem timbres diferentes;

6. Altura: Se refere à freqüência do do som, podendo ser agudo ou grave;

7. Tom: Uma unidade de medida do som, sendo um intervalo musical;

8. Semitom: Metade de um tom;

9. Intervalo: Distância entre dois sons;

10. Cifras: Símbolos ou letras usadas para representar uma nota. Elas são definidas da se-
guinte forma: C-dó, D-ré, E-mi, F-fá, G-sol, A-la e B-si.

Essas cifras podem estar acompanhadas de alguns símbolos:

• m: menor;
• °: diminuto;
• 7: com sétima. Se tiver M ou + significa que é maior;
• #: sustenido;
• b: bemol.

Os dois últimos alteram a nota em um semitom, para mais agudo se for o # e para mais
grave se for o b.

11. Pentagrama: Conjunto de cinco linhas usado para representar as notas de uma música;

12. Oitava: Dizer que subimos ou descemos uma oitava significa que saindo de uma nota inicial
chegamos a outra de mesmo nome depois de percorrer todas as notas. Por exemplo, tendo
como nota inicial o Ré se subimos uma oitava o caminho vai ser Ré-Mi-Fá-Sol-Lá-Si-Do-
Ré. Já se descemos uma oitava o caminho será o Ré-Dó-Si-Lá-Sol-Fá-Mi-Ré. Chegamos
a mesma nota, só que uma oitava mais aguda ou uma oitava mais grave.

30
Capítulo 5

Teoria musical

Nessa lição teremos uma breve introdução sobre teoria musical, abordando alguns temas
interessantes para o desenvolvimento do nosso instrumento.

5.1 Lição 3
5.1.1 Teoria na Prática
Na etapa anterior definimos algumas palavras para tornar possível um melhor entendimento
do nosso instrumento. Lembrando da definição de tom e semitom podemos observar algumas
características da escala musical. Considerando a escala dó-ré-mi-fá-sol-lá-si-dó temos tons en-
tre os intervalos dó-ré, ré-mi, fá-sol e lá-si. Em contrapartida temos um semitom entre as notas
mi-fá e si-dó. Entre os intervalos que tem um tom de diferença existe uma nota intermediária,
o que já não acontece com intervalos com um semitom. Isso acontece porque a menor porção
representável do som é um semitom, que não pode ser dividido em porções menores.

Analisando as observações acima notamos que “subir” um semitom a partir do dó é a mesma


coisa que “descer” um semitom a partir do ré. Isso implica que o C# é a mesma nota que o
Db. Isso é o que chamamos de Enharmonia, ou seja, a mesma nota sendo representada por
dois nome diferentes. Quando analisamos um intervalo com apenas um semitom de diferença
observamos que algumas notas não existem. Se estamos em fá e “descemos“ um semitom já
caímos no mi. Ou seja, não faz sentido a nota Fb e nem a E#. O mesmo acontece com o dó
e o si, uma vez que não faz sentido dizer B# ou Cb. Observe a figura abaixo para um melhor
entendimento:

Vamos passar essa idéia de tom e semitom para o nosso instrumento. Como cada casa
representa uma nota as casas vão representar o menor intervalo possível entre elas. Assim o
intervalo de uma casa para outra é de um semitom! Observe a figura abaixo para um melhor
entendimento.

31
CDTC Centro de Difusão de Tecnologia e Conhecimento Brasil/DF

Note que após 12 casas percorremos uma oitava, o que já era esperado.

5.1.2 Formação de acordes


Como vimos nas lições introdutórias o cavaquinho serve tanto para solos quanto para acom-
panhamentos, o que é feito com o uso de acordes. Apenas colocar a lista dos acordes pronta
aqui não seria nada didático. O objetivo é que você entenda como é formado cada um deles para
que ao se deparar com uma cifra que você nunca viu antes seja possível construí-la.

Um acorde é formado por no mínimo três notas, uma vez que se fossem apenas duas seria
apenas um intervalo. Essas três ou mais notas devem ser tocadas simultaneamente. O acorde
mais comum, também chamado natural ou consoante, apresenta a tônica, a terça e a quinta. A
tônica é a nota que denomina o acorde, a terça é que define se ele é maior ou menor (se for maior
o intervalo da tônica para a terça é de 4 semitons e se for menor é de apenas 3) e a quinta é o
complemento, estando 7 semitons a partir da tônica se ela não for nem diminuta nem aumentada.
Para saber quem é a terça e a quinta basta pensar na escala musical. Por exemplo, se a tônica
for o Dó:

1ª Dó , 2ª Ré, 3ª Mi, 4ªFá, 5ªSol, 6ªLá, 7ªSi.

Como o cavaco apresenta quatro cordas uma dessas notas acaba se repetindo.

Existem inúmeras formas de se fazer o mesmo acorde. A melhor vai depender da seqüên-
cia que você estiver realizando. Observe o acorde anterior e o próximo e veja qual é o mais
apropriado. Observe as formas de se tocar o acorde Dó maior como exemplo:

Assim para construir um acorde basta procurar sua terça e sua quinta. Porém existem alguns
mais complexos, envolvendo um pouco mais do que essas notas. Dentre elas podemos destacar:

• Sétima: Quando aparece algo do tipo C7 significa que além das três notas principais tam-
bém teremos que colocar a sétima. Se aparecer apenas isso significa que a sétima é menor,
o que pode ser alterado com um M ou um + (C7M ou C7+). Para descobrir a sétima menor
de uma nota basta ”descer“ um tom, o que significa duas casas (lembrando que cada casa
é um semitom). Já para a sétima maior basta ”descer” um semitom;

32
CDTC Centro de Difusão de Tecnologia e Conhecimento Brasil/DF

• Quinta aumentada ou diminuta: Nesse caso a nossa quinta vai ter que “subir” ou “descer”
um semitom.

É importante lembrar que se não aparecer nada, por exemplo apenas C, significa que é um
acorde maior padrão, com a tônica, a terça maior e quinta. Já o símbolo Cm indica que a terça é
menor, o que não altera em nada a quinta.

5.1.3 Acordes mais comuns


Abaixo estão alguns acordes mais comuns. Já sabemos construir acordes, mas algumas
vezes não sabemos se o que estamos fazendo é a forma mais eficiente. Assim procure na
internet coisas como "Dicionário de acordes"em sites sobre o assunto, que além de nos mostrar
várias opções de como fazer um acorde ainda nos mostra aqueles que não temos a menor idéia
de como fazer.

33
CDTC Centro de Difusão de Tecnologia e Conhecimento Brasil/DF

5.1.4 Escalas
A escala é uma seqüência ordenadas de sons, que pode ser tanto do mais grave para o mais
agudo quanto o contrário. A primeira é chamada de ascendente, enquanto que a segunda é a

34
CDTC Centro de Difusão de Tecnologia e Conhecimento Brasil/DF

descendente.

As escalas também podem ser classificadas entre cromática e diatônica. Na primeira o inter-
valo entre duas notas é de um semitom, o que poderia ser feito apenas mudando de uma casa
para a seguinte no nosso instrumento. Já a segunda apresenta tanto tons quanto semitons, lo-
calizados nos intervalos dos graus III/IV e VII/VIII, lembrando que o grau I é a tônica. Observe
exemplos de escalas diatônicas nas tablaturas abaixo:

|———————-9–10–9————————-|Ré
|—————8–10————10–8——————|Sol
|—–7–9–10————————–10–9–7——–|Si
|-10———————————————-10—-|Ré

Ré-I Mi-II Fá-III Sol-IV Lá-V Si-VI Dó-VII Ré-VIII:

|———————-0———————–|Ré
|—————0–2——2–0—————–|Sol
|———0–2——————2–0———–|Si
|-0–2–4—————————–4–2–0–|Ré

Mi-I Fá-II Sol-III Lá-IV Si-V Dó-VI Ré-VII Mi-VIII:

|———————-1–2–1———————|Ré
|—————0–2————2–0—————|Sol
|———1–2———————–2–1———-|Si
|-2–4————————————-4–2—-|Ré

Fá-I Sol-II Lá-III Si-IV Dó-V Ré-VI Mi-VII Fá-VIII:

|—————-0–2–3–2–0————————-|Ré
|————-1—————–1———————-|Sol
|—-0–2–3———————–3–2–0————-|Si
|-3—————————————–3–4–2—-|Ré

Sol-I Lá-II Si-III Dó-IV Ré-V Mi-VI Fá-VII Sol-VIII:

|——————-4–5–4———————-|Ré
|————-3–5———–5–3—————-|Sol
|—-2–4–5———————–5–4–2——-|Si
|-5—————————————–5—-|Ré

Lá-I Si-II Dó-III Ré-IV Mi-V Fá-VI Sol-VII Lá-VIII:

35
CDTC Centro de Difusão de Tecnologia e Conhecimento Brasil/DF

|——————-6–7–6———————-|Ré
|————-5–7———–7–5—————-|Sol
|—-4–6–7———————–7–6–4——-|Si
|-7—————————————–7—-|Ré

Si-I Dó-II Ré-III Mi-IV Fá-V Sol-VI Lá-VII Si-VIII:

|——————-8–9–8———————-|Ré
|————-7–9———–9–7—————-|Sol
|—-6–8–9———————–9–6–8——-|Si
|-9—————————————–9—-|Ré

Pratique as escalas no seu instrumento. Em seguida mantenha a nota, mas altere a sua
posição no braço do cavaco, tentando percorrer assim todo o instrumento. Por exemplo, a nota
dó pode ser tocada tanto na corda 4 casa10 quanto na terceira corda casa 5. Uma outra boa dica
é fazer o possível para usar todos os dedos, buscando melhorar a sua agilidade.

36
Capítulo 6

Leitura de Partituras

Nessa etapa aprenderemos a ler uma partitura, principal forma de representação musical.
Além disso mostraremos como representar as notas do nosso instrumento nessa importante fer-
ramenta.

6.1 Lição 4
6.1.1 Leitura de Partituras
Essa é uma parte da música que muitas pessoas tem curiosidade em conhecer, mas que dei-
xam de lado por achar que é complicado. Essa etapa é justamente para mostrar que a leitura de
partituras não tem mistério nenhum. Para que ela seja possível basta algumas definições teóricas
que veremos no decorrer desse tópico.

Através da partitura conseguimos representar uma música de forma completa, colocando


além das notas também seus respectivos tempos. Outra coisa que será possível representar
agora é a pausa, ou seja, a ausência do som.

O elemento fundamental de uma partitura é o pentagrama, também chamado de pauta. Como


vimos em lições anteriores ele é definido como sendo o conjunto de cinco linhas e quatro espa-
ços usados para representar as notas de uma música. Porém não faria sentido apenas símbolos
jogados no pentagrama. Precisamos saber quem é quem para representar uma nota. Para isso
são usadas as claves, que definem a nota de uma linha e automaticamente torna possível a re-
presentação de todas as outras. Nós temos três claves, sendo elas a clave de dó, a clave de fá e
a clave de sol. Verifique como elas são representadas:

37
CDTC Centro de Difusão de Tecnologia e Conhecimento Brasil/DF

Na clave de sol a nota sol se localiza na segunda linha de baixo para cima. Já a clave de dó
define a terceira linha como a nota Dó, enquanto que ao usar a clave de Fá temos que a quarta
linha de baixo ou para cima como sendo a nota fá. Esse é o padrão, o que pode ser alterado
desde que fique claro na partitura.

Existe uma relação entre as claves. O Dó representado na terceira linha usando a clave de
Dó é exatamente a mesma nota que está na primeira linha externa inferior da clave de sol e na
primeira linha externa superior na clave de Fá. Observe a figura abaixo para um melhor entendi-
mento:

A clave escolhida vai depender do que está sendo tocado. Se você estiver usando a clave de sol
e estiver precisando de muitas linhas adicionais inferiores é sinal que a clave usada não é a mais
apropriada. Porém para o nosso instrumento a clave mais apropriada é justamente essa.

6.1.2 Tempo e Ritmo


Ao ler uma partitura é necessário saber exatamente durante quanto tempo uma nota deve ser
tocada, ou seja, sua duração deve ser determinada. A solução para isso foi a criação de símbolos
que indicassem quando a nota deveria terminar. Observe a figura abaixo:

Esses são os símbolos que indicam o tempo. Seus nomes são semibreve, mínima, semínima,
colcheia, semicolcheia, fusa e semifusa, respectivamente. A mínima dura metade do tempo da
semibreve, a semínima dura metade do tempo da mínima e assim sucessivamente.

Como já foi visto em etapas anteriores também existe a possibildade de existir uma pausa,
ou seja, a ausência do som. Cada um dos símbolos acima tem um elemento que representa
essa pausa, correspondendo a ausência do som durante o tempo determinado pelo símbolo. Ou
seja, a semibreve e a sua pausa têm a mesma duração. Abaixo temos os símbolos com suas
respectivas pausas:

38
CDTC Centro de Difusão de Tecnologia e Conhecimento Brasil/DF

6.1.3 Tempo e Ritmo - Parte 2


Além desses símbolos, foram criadas outras formas para limitar o tempo de duração das notas.
A música passou a ser dividida em compassos, que é uma forma de organizar uma composição
musical em grupos de mesma duração. Isso significa que dois compassos diferentes demoram o
mesmo tempo para serem tocados.

Os compassos facilitam a execução musical, ao definir a unidade de tempo, o pulso e o ritmo


da composição ou de uma de suas partes. Os compassos são representados na partitura como
linhas verticais desenhadas sobre a pauta. A soma de todas as notas e pausas dentro de um
compasso deve ser igual à duração definida pela fórmula de compasso.

Fórmula do Compasso

Em uma fórmula de compasso, o denominador indica em quantas partes uma semibreve deve
ser dividida para obtermos uma unidade de tempo (na notação atual a semibreve é a maior
duração possível e por isso todas as durações são tomadas em referência a ela). O numerador
define quantas unidades de tempo o compasso contêm. No exemplo abaixo estamos perante
um tempo de “quatro por quatro”. Isso significa que a unidade de tempo tem duração de 1/4 da
semibreve (uma semínima) e o compasso tem 4 unidades de tempo. Neste caso, uma semibreve
iria ocupar todo o compasso e um outro exemplo seriam quatro semínimas ou oito colcheias.
Cada compasso pode ter qualquer combinação de notas e pausas, mas a soma de todas as
durações nunca pode ser menor nem maior que quatro unidades de tempo (Neste exemplo).

39
CDTC Centro de Difusão de Tecnologia e Conhecimento Brasil/DF

A fórmula de compasso é escrita no início da composição ou de cada uma de suas seções.


Quando ocorre mudança de fórmula durante a música, esta mudança é escrita diretamente no
compasso que tem a nova duração.

Certas composições podem ter uma estrutura rítmica que alterna formulas de compasso de
uma forma sempre igual. Neste caso, todas as fórmulas podem ser indicadas no início da parti-
tura ou da seção correspondente.

A escolha da fórmula de compasso permite determinar uma pulsação à música. Cada pulso
ou tempo tem a mesma duração, definida pelo denominador da fórmula de compasso. Geral-
mente o primeiro tempo de um compasso é tocado de forma mais forte ou mais acentuada. Em
alguns tipos de compasso, existe ainda um tempo com intensidade intermediária. Esta alternância
de pulsos fortes e fracos cria uma sensação de repetição ou circularidade. Existem composições
que não apresentam ritmo perceptível, chamadas composições com tempo livre. Para estas não
é necessário utilizar fórmulas ou linhas de compasso na partitura.

Numerador

Como vimos anteriormente, o número de cima (numerador) da fórmula de compasso indica a


quantidade de tempos que temos neste compasso. Como estamos trabalhando com quantidade,
(teoricamente) podemos ter qualquer número no numerador.

Ponto

O ponto de aumento é um símbolo que quando colocado aumenta a duração da nota em me-
tade do seu valor. Ele se apresenta da seguinte forma:

Ligadura

Essa é uma linha que liga duas notas, também dando a idéia de prolongamento do som. Um
exemplo pode ser visto abaixo:

6.1.4 Teoria aplicada ao instrumento


Voltando ao nosso instrumento as notas das cordas soltas do cavaquinho são as seguintes:

Como vemos o cavaco não é um instrumento que permite o uso de notas mais graves. É por
isso que para algumas músicas é necessário que toquemos uma oitava acima.

40
CDTC Centro de Difusão de Tecnologia e Conhecimento Brasil/DF

Agora você já está apto a ler uma partitura. Pegue algumas músicas que você gosta e pode
tocar a vontade!

6.1.5 Seqüências
Para aqueles que gostam de samba existem as famosas seqüências que conseguem acom-
panhar grande parte das músicas. Existe uma relação entre esses acordes que não convém
explicar aqui. Para maiores detalhes consulte materiais mais aprofundados que abordam o tópico
harmonia. Nessa seção daremos apenas alguns exemplos, mas se mudar a tonalidade basta
fazer a transposição.

C A7 Dm G7

C C7 F Fm Em A7 Dm G7

Cm C7 Fm Bb7 Eb G# Fm G7

41

Você também pode gostar