Protocolo de Laserterapia de Baixa Potência Da SES DF
Protocolo de Laserterapia de Baixa Potência Da SES DF
Protocolo de Laserterapia de Baixa Potência Da SES DF
FEDERAL SECRETARIA DE
ESTADO DE SAÚDE
SUBSECRETARIA DE ATENÇÃO INTEGRAL À SAÚDE
COMISSÃO PERMANENTE DE PROTOCOLOS DE ATENÇÃO À
SAÚDE
Área(s): Odontologia
Portaria SES-DF Nº [00] de [data da portaria], publicada no DODF Nº [00] de [data da publicação].
2- Introdução
3- Justificativa
6- Critérios de Inclusão
7- Critérios de Exclusão
8.2.1- Aftas
É uma doença inflamatória caracterizada pelo aparecimento de úlceras necróticas com bordas
bem definidas, cobertas por uma membrana amarelada e rodeadas por um halo eritematoso.
O tratamento é sintomático, focando no alívio da dor e acelerando a cura de aftas, mas não se
pode eliminar a recorrência de surtos.
O LASER deverá ser aplicado diretamente sobre a região afetada, tanto na fase prurido como na
ruptura das vesículas. Na fase de prurido é recomendado aplicar em 2 pontos sobre a região do
prurido, variando de uma a duas aplicações. Na fase de vesícula usa-se aplicação com
infravermelho a cada 48 horas sobre os linfonodos responsáveis pela drenagem da região. Já na
fase de vesícula ulcerada aplica-se o LASER vermelho sobre a lesão. Neste caso é recomendado
a utilização da terapia fotodinâmica 9. Na energia adequada é de 2J a 6J, avaliando-se aa fase da
lesão e a dor do paciente14.
8.2.6- Mucosite
Mucosite oral é uma reação inflamatória aguda do trato gastrointestinal que pode se
desenvolver durante a quimioterapia e/ou radioterapia, estando presente também no transplante
de células-tronco hematopoiéticas. Esses agentes provocam apoptoses das células da mucosa
oral, principalmente fibroblastos e células endoteliais, deflagrando uma resposta inflamatória
orquestrada por citocinas e outros mediadores químicos da inflamação. Uma das evoluções da
mucosite oral é originar ulcerações, as quais são dolorosas e interferem na função de mastigação
e deglutição. O paciente com mucosite oral ulcerada pode exibir diminuição de ingestão alimentar,
podendo exibir alterações nutricionais. Outro aspecto da mucosite oral ulcerada é porta de entrada
para microrganismos, aumentando o risco de infecções secundárias e expor o paciente à
bacteremia16.
A mucosite oral é classificada clinicamente segundo seu aspecto clínico, associado a seu
impacto na ingestão alimentar. Existem diversos sistemas de classificação, porém o mais utilizado,
pela facilidade de aplicação clínica é o da Organização Mundial de Saúde (OMS), segundo o
aspecto clínico e a capacidade de ingestão alimentar se dividem em 04 grupos 16:
O LASER para tratamento curativo existe uma grande variação de doses que têm sido testadas,
desde bem baixas, em torno de 1J/cm², a doses moderadas em torno de 24J/cm² e será aplicado de
forma pontual distribuídas nas áreas acometidas com eritema, edema, pseudomembrana e lesões
8.2.8- Osteonecrose
A osteoradionecrose é um efeito colateral da radioterapia antineoplásica para o câncer de
boca.
A diminuição do reparo ósseo e a ocorrência de trauma e/ou infecção local pode gerar a
osteorradionecrose e levar à fratura óssea, implicando a morbidade do paciente. Geralmente
desenvolve-se mediante a presença de infecção odontogênica ou de intervenção óssea pós-
radioterapia. A instalação desta osteomielite radio- induzida pode causar dor, odor fétido, disgeusia,
disestesia, trismo, dificuldade na mastigação, deglutição e fonação, formação de fístula com
eliminação de pus e sequestro ósseo, fratura patológica e sepse. A exposição de osso ao meio
bucal é de prognóstico sombrio e difícil tratamento, comprometendo a saúde geral e a qualidade de
vida do paciente.
8.2.9- Parestesia
As alterações neurossensoriais em consequência de cirurgias são motivos de preocupação
para ambos, cirurgião dentista e paciente. Apesar de esperadas em alguma circunstância, como
episódios isolados e transitórios, são, por vezes, complexas e desagradáveis, ocasionando também
transtornos como perda funcional, distúrbios psicológicos e mudanças nas atividades rotineiras. A
extensão e a velocidade da lesão, depende da localização anatômica, do agente etiológico, da
dimensão da lesão e das características biológicas individuais. Assim, um longo período de tempo
pode ser necessário para a compleição do processo de reparo, expondo o paciente a risco e
desconforto necessário.
8.2.15- Xerostomia
Os distúrbios salivares proporcionam uma série de complicações como cáries rampantes, atrofia
das papilas linguais, ressecamento da mucosa, candidose, quelite angular, fissuras na semimucosa labial,
halitose dificuldade na deglutição, na mastigação e na fala 24.
A aplicação deverá ser feita diretamente sobre as glândulas maiores que foram acometidas, a cada
96 horas, enquanto perdurar o quadro de xerostomia. A aplicação engloba 4 ou 5 pontos sobre a glândula.
O LASER é indicado nesses quadros para prevenir infecções oportunistas que afetam esses pacientes e
também para prevenir a mucosite que invariavelmente acomete estes pacientes 24.
É utilizado o LASER vermelho na fluência aproximadamente 10J/cm², resultando em uma dose de
0,3J, 3 segundos, em contato interno com a mucosa nas regiões correspondentes às glândulas salivares.
Na fase crônica da enfermidade, as aftas são indicadores do diagnóstico, logo deverá ser usado
aproximadamente 3J, com comprimento de onda infravermelho, em um período de 3 x por semana durante
4 semanas. Após essas sessões, se o paciente estiver salivando com pelo menos 50% da normalidade,
deverá ser feito a manutenção com uma irradiação semanal por 4 semanas seguidas 9.
9- Benefícios esperados:
Por se tratar de uma técnica não invasiva, simples e atraumática, sem relatos clínicos de toxicidade,
a aplicação de luz LASER é ideal para o tratamento de tecidos sem risco de danificar as células
saudáveis1. Dependendo da patologia, poderá ser usado o LASER vermelho, infravermelho ou ambos em
conjunto3. Apesar da laserterapia de baixa potência ser usada há mais de 50 anos, ainda não há um
consenso sobre um protocolo único para a aplicação clínica. Isso se deve à variação dos parâmetros que
podem ser aplicados em comprimento de onda, energia, fluência, potência, duração do tratamento e
repetição4.
Ressalta-se que tecidos com alto número de mitocôndrias (músculos, cérebro, coração e nervos)
tendem a responder com menor dosagem de luz, em comparação ao tecido com baixo número de
mitocôndrias (pele, tendão e cartilagem) que necessitam de uma dosagem maior de luz 4.
A dosimetria sugerida neste protocolo é indicada segundo os artigos estudados neste protocolo
para LASER de baixa potência de 100mW. Entretanto, características individuais, condições sistêmicas e
as manifestações bucais apresentadas no exame clínico, podem interferir no aumento ou redução dessa
dosimetria. Assim como, na quantidade de sessões, visto a resposta individual.
10 – Monitorização
Não se aplica
11 - Acompanhamento Pós-tratamento
O número de sessões de tratamento do atendimento é individual e dependerá da gravidade do
problema clínico bucal apresentado, e será definido pelo cirurgião-dentista que o assiste.
Não se aplica
DTM ~ 3 a 4J INFRA-VERMELHO
GENGIVOESTOMATITE HERPÉTICA ~ 1 a 2J (PDT) VERMELHO
PRIMÁRIA EM PACIENTES
IMUNOCOMPROMETIDOS