Projeto Físico de Indutores

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PROJETO FÍSICO DE INDUTORES

2 – NÚCLEOS DE FERRITE DO TIPO E

3 – PROJETO FÍSICO DE INDUTORES

Seja um indutor L percorrido por uma corrente com a forma de onda mostrada na Fig. 2.

3.1 – Escolha do Núcleo Apropriado

A máxima densidade de corrente é dada por:

Ap: área transversal do enrolamento de cobre.

A constante kw denominado “fator de ocupação do cobre dentro do carretel”.

O valor típico da constante kw para a construção de indutores é 0,7.

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Assim, pode-se definir kw como:

Definida a constante kw, pode-se rescrever a expressão (9) da seguinte forma:

Igualando (8) e (11):

Assim define-se o valor do produto AeAw necessário para a construção do indutor:

O fator 104 na expressão (13) foi acrescentado para ajuste de unidade (cm4). Para núcleos de
ferrite usuais o valor de Bmax fica em torno de 0,3T (este valor é devido à curva de
magnetização dos materiais magnéticos). O valor da densidade de corrente, que indica a
capacidade de corrente por unidade de área, depende dos condutores utilizados nos
enrolamentos, tipicamente utiliza-se 450A/cm2. Os fabricantes de núcleos disponibilizam
alguns tamanhos e formatos padrões de núcleos e, por este motivo, deve-se selecionar o
núcleo com o AeAw maior e mais próximo do calculado.

3.2 – Número de Espiras

3.3 – Entreferro

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A indutância depende diretamente do número de espiras e da relutância total do circuito
magnético, conforme pode ser verificado na expressão:

Onde:

lnúcleo = comprimento do caminho magnético;

µnúcleo = permeabilidade do núcleo.

Caso haja um entreferro aumenta-se a relutância total do circuito magnético, ou seja, existe
maior resistência à passagem de fluxo magnético. Considerando um entreferro de ar, a
relutância adicionada pode ser expressa por:

Onde:

lentreferro = comprimento do entreferro;

µo = permeabilidade do ar.

Considerando a relutância do entreferro muito maior que a relutância do núcleo, a expressão


(15) pode ser rescrita como:

Substituindo (17) em (18) chega-se à:

Novamente incluiu-se um fator 10-2 para ajuste de unidades, tornando o comprimento do


entreferro em cm.

O valor calculado é referente ao comprimento total do entreferro, porém, no caso dos núcleos
do tipo E-E onde o entreferro normalmente é colocado nas pernas laterais, em cada perna
lateral deve existir um entreferro com metade do valor calculado, uma vez o fluxo magnético,
que circula pelo caminho mostrado na Fig. 5, percorrerá também o entreferro situado na
perna central.

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3.4 – Cálculo da Bitola dos Condutores

O valor da profundidade de penetração pode ser obtido através da expressão abaixo:

Desta forma o condutor utilizado não deve possuir um diâmetro superior ao valor 2∆.

O cálculo da bitola necessária para conduzir a corrente do enrolamento depende da máxima


densidade de corrente admitida no condutor. Conforme pode ser verificado na expressão (21)

Onde:

Sskin = área do condutor cujo diâmetro máximo é limitado pelo valor 2∆.

3.5 – Cálculo da Elevação de Temperatura

Onde:

lespira = comprimento médio de uma espira;

ρfio = resistividade do fio por cm.

As perdas Joule são:

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3.5.2 - Perdas Magnéticas

Onde:

Kh = coeficiente de perdas por histerese;

Kf = coeficiente de perdas por correntes parasitas;

Vnucleo = volume do núcleo.

Para núcleos da Thornton:

Kh = 4.10-5; Kf = 4.10-10.

3.5.3 – Resistência Térmica do Núcleo

3.5.4 – Elevação de Temperatura

3.6 – Possibilidade de Execução

Para acondicionar o enrolamento calculado anteriormente é necessária uma janela mínima


dada por:

A Possibilidade de execução é definida como:

Caso não seja possível construir o enrolamento na janela disponível, deve-se ajustar os
parâmetros Bmax, Jmax, e ncondutores ou ainda escolher outro núcleo.

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