Aula de Barramentos-Real FEUEM 2021
Aula de Barramentos-Real FEUEM 2021
Aula de Barramentos-Real FEUEM 2021
DOCENTE (S):
Engº. Fernando H. Chachaia
Engº. Anancleto Joao Albino
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Barramento
• Entende-se por barramento, um ou grupo de condutores que serve de
conexão comum para dois ou mais circuitos. Os condutores de um
barramento, tem normalmente a forma de uma barra.
Flexíveis
• Utiliza-se normalmente o cabo nú cobre e alumínio e são encontrados
principalmente nas subestaçỡes de grandes dimensões.
• Sendo constituidos por material maleável, estão mais sujeitos a esforços
eletrodinámicos e oscilações provenientes do vento ou chuva o que fara com que
seja necessário aumentar a distância entre fases de modo a garantir a segurança.
• Utilizados quando o fator económico é o mais importante na escolha do
barramento.(FONSECA, 2009)
Estrutura dos barramentos Rígidos e Flexiveis
(TISOTT, 2011)
Barramentos Rígidos
Para barramentos rigidos em subestações podem ser usados os seguintes
tipos de perfis:
(TERMOMECÂNICA, 2021)
Barramentos Rígidos
Tubos: possuem melhor refrigeração do que os vergalhões devido ao maior perímetro,
portanto são melhores para transportar mais altas correntes. Alem disso, a forma
tubular apresenta melhor comportamento mecânico do que a forma macica. São
frequentemente usados para subestacoes de até 138kV.
(TERMOMECÂNICA, 2021)
Barramentos Rígidos
Barras chatas: podem ter secções retangulares ou possuirem formas em U, em V ou
em C. Possuem a vantagem de ter uma grande superfície de resfriamento.
Barramentos Flexiveis
Em barramentos flexíveis sao usado normalmente cabos de cobre e aluminio:
AAC (All Aluminum Conductor):
• Tem uma alta relação peso-condutividade. Utiliza fios de aluminio do tipo 1350-
H19 e possui uma condutividade de 61,2% IACS (International Annealed Copper
Standards), a mais alta entre todos os condutores utilizados em linhas aéreas.
• As subestações, em geral possuem vãos curtos, o que reduz a necessidade de
cabos com alta resistência mecânica. Por este motivo, os cabos AAC são os mais
utilizados.
(LUME, 2021)
Barramentos Flexiveis
Em barramentos flexíveis são usado normalmente cabos de cobre e aluminio:
(FARIA, 2009)
Dimensionamento de barramentos
1. Capacidade de condução de corrente em regime
permanentemente
(FARIA, 2009)
2. Resistência Mecânica ao Curto-Circuito
Onde:
𝐼𝑐ℎ : corrente de choque ( A ou Ka)
𝑥: factor adimensional que traduz o decrescimo da componente continua da
corrente de curto-circuito;
𝐼𝐶𝐶 " :Corrente de curto-circuito inicial ( A ou kA)
Dimensionamento de barramentos
Força electromagnética ( Fe): força exercida entre perfis, percorridos pela
corrente de choque aquando da ocorrencia de um curto-circuito.
𝜇0 𝐼1 ∗ 𝐼2 2
𝑙
𝐹𝑒 = ∗ ∗ 𝑙 = 0.2 ∗ 𝐼𝑠 ∗ 2
2𝜋 𝑎 𝑎
Onde:
𝐹𝑒 : força electromagnetica (N)
𝐼𝑐ℎ : corrente de choque ( A ou Ka)
𝑙: distância entre dois apois ( suporte dos barramentos) consecutivos.
𝑎: distância entre fases adjacentes.
Dimensionamento de barramentos
Momento flector( 𝑚𝑓) dado por:
𝐹𝑒 ∗ 𝑙 3
𝑚𝑓 =
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Onde:
𝑘𝑔𝑓
𝑚𝑓: 𝑚𝑜𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 𝑓𝑙𝑒𝑐𝑡𝑜𝑟 ( )
𝑐𝑚
W: modulo de flexão (𝑐𝑚3 )
kgf
𝜎: carga de segurança a flexão do material escolhido ( 2 )
𝑐𝑚
O mesmo será dizer, uma vez que o momento flector que actuara sobre o
perfil já calculado e o material do perfil já definido, deve ser escolhido um
perfil que respeite a seguinte condição
𝑚𝑓
𝑊≥ 5
𝜎
Onde:
𝑘𝑔𝑓
𝑚𝑓: 𝑚𝑜𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 𝑓𝑙𝑒𝑐𝑡𝑜𝑟 ( )
𝑐𝑚
W: modulo de flexão (𝑐𝑚3 )
kgf
𝜎: carga de segurança a flexão do material escolhido ( 2 )
𝑐𝑚
Caso esta condição não se verifique é necessario escolher outro tubo que
verifique a condição. Quando for encontrado um perfil que verifique a
condição, está concluído o cálculo da resistência mecânica ao curto-circuito.
Dimensionamento de barramentos
3. Esforços térmicos devidos ao Curto-Circuito
𝑆
𝑡=𝑘∗ 6
𝐼𝑡ℎ
Onde:
𝑡: tempo de fadiga termica do condutor (s);
𝑘: factor relativo as propriedades termicas do condutor;
𝐼𝑡ℎ : Corrente termica em (A)
Opta-se por assumir o tempo de fadiga térmica como sendo igual ao tempo
de actuação das protecções e procura-se garantir que o condutor tem uma
secção tal, que não entre em fadiga térmica antes de as protecções
actuarem. Essa secção e facilmente encontrada resolvendo em ordem a S
como mostra a expressão seguinte:
Esforços térmicos devidos ao Curto-Circuito
Onde:
𝑡:tempo de actuacao das proteccoes
𝑆𝑚𝑖𝑛 = sessão mínima que o condutor deve ter para não entrar em fadiga
térmica em caso de CC.
(FARIA, 2009)
A corrente térmica é o valor da corrente instantânea que produz a mesma
quantidade de calor, que a corrente real de curto circuito, de componentes
continua e alternada, desde que aconteça o defeito ate que se extingue,
pode ser obtida por:
𝐼𝑡ℎ = 𝐼𝑐𝑐 𝑥 𝑚 + 𝑛 8
Onde:
𝐼𝑡ℎ = 𝑐𝑜𝑟𝑟𝑒𝑛𝑡𝑒 𝑡𝑒𝑟𝑚𝑖𝑐𝑎 (𝐴)
𝐼𝑐𝑐 = corrente de curto circuito ( A)
m= factor adimensional
n= factor adimensional;
(FARIA, 2009)
Factor n
(FARIA, 2009)
Para consultar os gráficos anteriores é necessario, relativamente ao factor m, o
conhecimento do factor X (decréscimo da componente continua) , bem como
do tempo de actuação das protecções.
(FARIA, 2009)
O momento de inercia é a grandeza que mede a distribuição de massa de
um corpo em torno do seu eixo de rotação, bem como do mesmo para
manter o movimento (ou ausência dele) que possui.
𝐸𝑥𝐽
𝑓0 = 112 9
𝑝𝑥𝑙 4