Ecoeficiencia No Tratamento de Residuos
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ECOEFICIÊNCIA NO TRATAMENTO DE
RESÍDUOS DAS EMPRESAS
HOTELEIRAS: UM ESTUDO DE CASO
Resumo
Este artigo se propõe a apresentar que o segmento de serviços de
hospedagem de pequeno e médio porte pode criar um diferencial
competitivo no mercado, através de práticas simples de gerenciamento
de resíduos de suas atividades. Prática antiga na Europa e que vem
disseminando para o Brasil, até o interior do estado do Rio de Janeiro
podendo ser verificado através do Estudo de Caso que se apresenta a
possibilidade da ecoeficiência em hotéis, com o uso de indicadores.
Isso porque a consciência ambiental está se tornando fator de
qualidade e de decisão na escolha dos serviços de hospedagem,
resultando em uma acirrada concorrência futura, através da melhor
conciliação do desenvolvimento econômico com a gestão ambiental.
Abstract
This paper if propose to present that the lodging services segment of
small and average size can create a competitive differential in the
market, through simple practical of management of residues of its
activities. Practice old in the Eurrope and that it comes disseminating
for Brazil, until in the interior of the state of Rio de Janeiro, being able
to be verified through of the case study that if presents the possibility of
the ecoefficiency in hotels, with the use of the indicators. This is
because the environmental conscience is becoming quality factor and
decision in the choice of the lodging services, resulting in a future
fierce competition, through better conciliation economic development
with environmental management.
1. INTRODUÇÃO
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2. METODOLOGIA
3. DESENVOLVIMENTO
De acordo com Leripio (1995 apud SEIFFERT, 2007, p.19), o surgimento de iniciativas
concretas de aplicação do conceito da sustentabilidade indica que este está saindo do âmbito
acadêmico e das organizações não governamentais (ONGs), deixando de significar uma
abordagem conceitual, quase idealista, para se tornar um dos principais norteadores das decisões
de investimentos governamentais e privados.
Uma resposta à necessidade de conciliação de desenvolvimento econômico com gestão
ambiental responsável, foi o surgimento do desenvolvimento sustentável, que possui diversos
conceitos para esta expressão, mas um deles estabelece que o atendimento às necessidades do
presente não deve comprometer a capacidade de as gerações futuras atenderem às suas,
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Os motivos típicos que levam empresas de médio e pequeno porte são principalmente
(SEIFFERT, 2007):
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Cada vez mais se tem aumentado o nível de discussão e percepção das pessoas quanto
aos temas relacionados com o meio ambiente, e o segmento hoteleiro mundial tem atuado, já há
alguns anos, porém com enfoque fortemente na redução de custos e desperdícios.
Conforme aponta Ricci (2005, p. 79), os hotéis europeus já têm minimizado o uso de
recursos naturais através de técnicas desde os anos 80, tais como energia elétrica e água, pois
são altos estes custos energéticos no Velho Mundo. Os hotéis da Ásia, como no Japão, China e
Coréia vêm implementando programas de redução de desperdício e reaproveitamento de
materiais.
A AHMA – American Hotel and Motel Association , a mais importante entidade
americana no ramo hoteleiro, tem incentivado seus associados a praticarem programas de gestão
nos Estados Unidos. Já no Reino Unido, a IHEI- International Hotel and Environmental
Iniciative -, uma organização mantida pelo Príncipe Charles, dedica-se ao desenvolvimento de
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programas básicos de redução de desperdícios e de uso de recursos naturais nos hotéis. Assim
como estes exemplos, muitas entidades têm nascido nos últimos anos.
E com isso aqui no Brasil, a ABIH- Associação Brasileira de Indústria de Hotéis,
através da iniciativa do então presidente Sr. Herculano Iglesias trouxe, baseado em um modelo
do Reino Unido um programa denominado Hóspedes da Natureza, que tem por objetivos utilizar
a adequação ambiental do parque hoteleiro como ferramenta de marketing para a promoção dos
destinos nacionais junto aos principais centros emissores internacionais.
O maior representante da associação brasileira defende que este programa despertará em
muitos hotéis a conscientização para uso de métodos de trabalho mais adequados, com maior
respeito ao meio ambiente.
Ricci(2005), aponta que para se medir a eficácia das ações ambientais propriamente
implementadas, existem vários indicadores que podem ser instalados. A complexidade e
quantidade dos indicadores devem obedecer à relação custo-benefício.
Portanto, é necessário que ocorra uma análise aprofundada sobre o que deverá ser
mensurado e que ação deverá ser tomada, para se poupar tempo e recursos do hotel.
Freqüência
Unidade de Referente ao
Indicador Sugerida de
medida Recurso Natural
Monitoramento
Consumo Total de Água por Hóspede (m³/pax) Água Mensal
Consumo Total de Água na Lavanderia por material
(m³/kg) Água Mensal
processado.
Consumo Total de Energia por UH ocupada no
Kwh/UH Energia Mensal
período.
Consumo Total de Energia por área construída. Kwh/m² Energia Mensal
Consumo de Energia na Lavanderia por material
Kwh/kg Energia Mensal
processado.
Consumo de Gás (GLP) utilizado na área de A&B por
(m³/pax) Energia Mensal
hóspede no período.
Quantidade de Efluentes Gerados (água e esgoto) Vários conforme a Conforme
Água
legislação legislação
Solo
aplicável aplicável
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No quadro anteriormente apresentado, Ricci sugere indicadores que podem ser utilizados
em um Programa de Gestão Ambiental de um Hotel, analisados sob a efetiva ótica dos impactos
mais relevantes às atividades do ramo hoteleiro.
Estes indicadores variam de acordo com o tipo de hotel, sua localização, suas instalações
etc. O ideal, segundo Ricci (2005), seria realizar um benchmarking (um processo contínuo de
comparação de produtos, serviços e práticas empresariais entre os mais fortes concorrentes ou
empresas reconhecidas como líderes) com hotéis de mesmo porte e características semelhantes
de serviços.
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de um Projeto Eco eficiente garantiu resultados positivos para a empresa, norteando assim o
desejo pela busca da Certificação Ambiental ISO.
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Uma política interna de utilização do verso de cada folha impressa, com nova
impressão, para que não se desperdice papel, contribuindo para preservação da
natureza.
Programa de Coleta Seletiva de Lixo
Sistema de Aquecimento de Água por Energia Solar, aproveitando-se do espaço
favorável apresentado pelo terraço do prédio anexo;
Parceria no Recolhimento do Óleo de Cozinha por empresa especializada em
fabricação de sabão, tendo como insumo o óleo de soja;
Conscientização de Colaboradores, Clientes e Parceiros, através de palestras,
reuniões internas, panfletos e banner.
Política de Combate ao Desperdício de Energia Elétrica, através de instrução
interna de trabalho;
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A partir de Junho de 2007, 100% da água utilizada para banho pelos hóspedes é aquecida
através de um sistema que utiliza Placas Solares localizadas no terraço do prédio anexo. Estas
placas recebem o calor do sol aquecendo a água que circula por estas placas e é acondicionada
em um boiler para distribuição em todas as Unidades Habitacionais.
No mês de agosto de 2007 o hotel começou a destinar o óleo de soja usado, para uma
empresa especializada em filtragem e refino com a finalidade de se fabricar sabão, ou seja,
promovem a separação para Transformação de 100% do Óleo de Soja usado no Restaurante em
novos produtos, evitando assim despejá-lo na natureza, prática esta ambientalmente licenciada.
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4. RESULTADOS E CONCLUSÃO
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5. REFERÊNCIAS
MILES, Morgan P.; MUNILLA, Linda S.; MCCLURG, Timote. The impact of ISO 14000
environmental management standard on small and medium sized enterprises. Journal of
Quality Management, v.4,nº 1,p.111-112,1999.
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