Máquinas Térmicas - Aula 4 - Combustão e Combustíveis

UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS – UFAL
CAMPUS DE ENGENHARIAS E CIÊNCIAS AGRÁRIAS – CECA
Máquinas Térmicas
Combustão e combustíveis
Professor Andersson Guimarães Oliveira

MÁQUINAS TÉRMICAS
Na última aula – estequiometria
Nesta aula
Octanagem
Poder calorífico
https://plataforma.bvirtual.com.br/Le
itor/Publicacao/177885/pdf/0
MÁQUINAS TÉRMICAS
E o combustível
pode explodir
assim, do
nada?!
AUTO-IGNIÇÃO
OU
COMBUSTÃO
EXPOTÂNEA
https://segredosdomundo.r7.com/wp-content/uploads/2020/09/o-auto-da-compadecida-historia-e-
personagens-da-obra-de-ariano-suassuna.jpg
MÁQUINAS TÉRMICAS
AUTO-IGNIÇÃO OU COMBUSTÃO EXPONTÂNEA
A auto-ignição é o fenômeno da
combustão espontânea de parte da
mistura, sem ignição e sem que a
frente de chama tenha chegado até
ela. Dadas as condições de
temperaturas específicas, a
combustão se inicia sozinha.
https://s1.1zoom.me/big0/481/Tom_Cruise_Warriors_F
ire_Edge_of_Tomorrow_Run_533673_745x1024.jpg
MÁQUINAS TÉRMICAS
AUTO-IGNIÇÃO OU COMBUSTÃO EXPONTÂNEA
temperatura de auto-ignição - temperatura mínima que propicia a auto-

ignição
atraso de ignição - tempo que decorre antes que se inicie a combustão
Fatores que afetam a auto-ignição:

- Temperatura da mistura;
- Densidade da mistura;
- Tempo (atraso de ignição);
- Composição da mistura-relação A/C,
MÁQUINAS TÉRMICAS
Brunetti(2012)
MÁQUINAS TÉRMICAS
Octanagem – grandeza que representa a resistência da

mistura do combustível com ar à autoignição,
responsável pela detonação.
https://adaptive.com.br/wp-content/uploads/2018/05/gasolina-aditivada.jpg
MÁQUINAS TÉRMICAS
Octanagem
Detonação?
A detonação está relacionada

com a combustão espontânea
não desejada. A detonação
gera ondas de choque dentro
da câmara de combustão do
motor, mesmo antes que se
complete a queima total da
mistura ar-combustível.
https://www.carroaluguel.com/blog/wp-
content/uploads/2017/10/carro-quebrado-na-estrada.jpg
MÁQUINAS TÉRMICAS
Poder calorífico
Quantidade de calor liberada por unidade de massa de um combustível quando queimado completamente em uma
dada temperatura (normalmente 18 a 25°C), sendo os produtos da combustão resfriados até a temperatura inicial da
mistura combustível (BRUNETTI, 2012).
Aqui deu XXX

Joules.
Motores de Combustão Interna – vol. 1 – Franco

Brunetti
MÁQUINAS TÉRMICAS
Poder calorífico
Essa definição corresponde ao poder calorífico superior (PCS), medido através de uma bomba calorimétrica.
Entretanto, os produtos da combustão em um

motor, por exemplo são expelidos em alta
temperatura, de forma que o vapor de
água contido inicialmente na mistura
ou resultante da reação química retém https://www.youtube.com/watch?v=Nl-8FDEGqyM
calor latente de vaporização. E agora?

Brunetti
MÁQUINAS TÉRMICAS
Poder calorífico
Logo, os motores o que interessa é o poder calorífico inferior (PCI), dado por:
𝑃𝐶𝐼 = 𝑃𝐶𝑆 − 𝐿𝐻2 𝑂∙𝑚𝐻 2𝑂
Calor latente de transformação da água a 18°C : 2458,20kJ/kg
𝑚𝐻 2 𝑂 – massa de água resultante por unidade de massa da mistura

Brunetti
MÁQUINAS TÉRMICAS
A gasolina, por exemplo, tem poder calorífico

muito dependente da composição, podendo ser
considerado em torno de 44MJ/kg.
Com gasolina de menor massa específica (mais parafínica) a tendência é

um aumento do poder calorífico em massa, mas diminuição do PCI em
volume. O contrário acontece para gasolina mais densa (mais aromática).
Outros fatores que alteram o PCI
Adição de AEAC (PCI=26MJ/kg) – gasolina tipo A – ficando

com PCI da ordem de 39,9MJ/Kg

Brunetti
MÁQUINAS TÉRMICAS
MCI – motor de combustão interna

MÁQUINAS TÉRMICAS
MÁQUINAS TÉRMICAS
Tonalidade térmica
Massa do ar: 𝑝𝑒𝑠𝑜 𝑚𝑜𝑙𝑒𝑐𝑢𝑙𝑎𝑟 ∙ 𝑞𝑢𝑎𝑛𝑡𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 = 12,5 ∙ 32 + 12,5 ∙ 3,76 ∙ 28 = 1716𝑘𝑔

Massa do combustível: 𝑝𝑒𝑠𝑜 𝑚𝑜𝑙𝑒𝑐𝑢𝑙𝑎𝑟 ∙ 𝑞𝑢𝑎𝑛𝑡𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 = 8 ∙ 12 + 18 ∙ 1 = 114𝑘𝑔
1716 𝑘𝑔
Razão 𝐴 𝐶 = = 15,1
114 𝑘𝑔
MÁQUINAS TÉRMICAS
Tonalidade térmica
Pra cada kg de combustível, necessita-se de 15,1Kg de ar. Logo, numa mistura de 1kg de ar +
combustível(estequiométrica), teremos: 16,1 kg de mistura (1kg+15,1kg)
𝑇𝑇𝑚 − 𝑡𝑜𝑛𝑎𝑙𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑡é𝑟𝑚𝑖𝑐𝑎 𝑚á𝑠𝑠𝑖𝑐𝑎 Para calcular a 𝑇𝑇𝑣 (tonalidade térmica volumétrica)
1
𝑃𝐶𝐼 PCI – poder calorífico inferior Quantidade de combustível na mistura=
16,1
= 0,061𝑘𝑔/𝑘𝑔𝑚𝑖𝑠𝑡𝑢𝑟𝑎
𝑇𝑇𝑚 =
𝑀 M – massa da mistura 15,1
Quantidade de ar na mistura= = 0,939𝑘𝑔/𝑘𝑔𝑚𝑖𝑠𝑡𝑢𝑟𝑎
16,1
𝑘𝐽 Tabela 6.10 (slide 14)

44310 𝑇𝑇𝑣 = 𝑇𝑇𝑚 ∙ (𝑑𝑒𝑛𝑠𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒) 𝑇𝑇𝑣 = 1,2822 ∙ 2752,174
𝑘𝑔 𝑇𝑇𝑣 = 3,53𝑘𝐽/𝐿
𝑇𝑇𝑚 =
16,1𝑘𝑔 𝑚𝑎𝑠𝑠𝑎 𝑑𝑎 𝑚𝑖𝑠𝑡𝑢𝑟𝑎
Peso específico do 𝑑𝑒𝑛𝑠𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 = 𝑣𝑜𝑙𝑢𝑚𝑒 𝑑𝑜𝑠 𝑐𝑜𝑚𝑝𝑜𝑛𝑒𝑛𝑡𝑒𝑠
combustível: 683,76 𝑘𝑔/𝑚3
𝑇𝑇𝑚 = 2752,174 𝑘𝐽 ∙ 𝑘𝑔
Peso específico do ar: 16,1 𝑘𝑔
1,2041 𝑘𝑔/𝑚3 𝑑𝑒𝑛𝑠𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 = 16,1∙0,061 16,1∙0,939 = 1,2822𝑘𝑔/𝑚3
683,76
+ 1,2041
OBS: lembre-se que 1000𝑙 = 1𝑚3

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temperatura de auto-ignição - temperatura mínima que propicia a auto-

atraso de ignição - tempo que decorre antes que se inicie a combustão

Fatores que afetam a auto-ignição:

Octanagem – grandeza que representa a resistência da

A detonação está relacionada

Aqui deu XXX

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Entretanto, os produtos da combustão em um

calor latente de vaporização. E agora?

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𝑃𝐶𝐼 = 𝑃𝐶𝑆 − 𝐿𝐻2 𝑂∙𝑚𝐻 2𝑂

Calor latente de transformação da água a 18°C : 2458,20kJ/kg

𝑚𝐻 2 𝑂 – massa de água resultante por unidade de massa da mistura

Motores de Combustão Interna – vol. 1 – Franco

A gasolina, por exemplo, tem poder calorífico

Com gasolina de menor massa específica (mais parafínica) a tendência é

Outros fatores que alteram o PCI

Adição de AEAC (PCI=26MJ/kg) – gasolina tipo A – ficando

Motores de Combustão Interna – vol. 1 – Franco

MCI – motor de combustão interna

Massa do ar: 𝑝𝑒𝑠𝑜 𝑚𝑜𝑙𝑒𝑐𝑢𝑙𝑎𝑟 ∙ 𝑞𝑢𝑎𝑛𝑡𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 = 12,5 ∙ 32 + 12,5 ∙ 3,76 ∙ 28 = 1716𝑘𝑔

𝑘𝐽 Tabela 6.10 (slide 14)

OBS: lembre-se que 1000𝑙 = 1𝑚3

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