Al-Andaluz Meus Apontamentos
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VI,
estavam divididos em tribos e adoravam vários Deuses. Era um povo muito pobre pois o
deserto ocupava grande parte do seu território, tornando-os nómadas. As suas principais
atividades eram a pastorícia e o comércio de mercadorias que transportavam em caravanas de
camelos.
A sua principal cidade era Meca, centro religioso e comercial. Foi nesta cidade que Maomé
começou a pregar uma nova religião, o Islamismo, palavra que significa submissão à vontade
de Deus. Os seus seguidores são chamados de Muçulmanos.
Maomé era caravaneiro e foi aos 40 anos que começou a pregar uma nova religião, o
Islamismo, baseada na crença de um Deus único – Alá. A partir daí Maomé lançou um amplo
movimento de conversão e, ao fim de alguns anos, conseguiu unir sob a bandeira do Islamismo
numerosas tribos da Arábia.
Esta religião não foi bem aceite pelos ricos mercadores da cidade de Meca, facto que provocou
a fuga de Maomé e dos seus seguidores para Medina, em 622.
O Islamismo surgiu na Arábia, criada por Maomé, baseando-se na crença de um só Deus, Alá.
Maomé assumiu-se como o profeta do islamismo.
No livro sagrado dos muçulmanos, o Corão, são estabelecidas os princípios e normas que
devem ser seguidos pelos seus fiéis (como rezar, comer, vestir, etc.). Além de prometer o
paraíso a quem morrer a combater pelo islamismo, contém ainda os 5 princípios sagrados que
todos os crentes devem cumprir: adorar a Alá como Deus único; rezar 5 vezes por dia virado
para Meca; jejuar no mês do Ramadão; ir a Meca pelo menos uma vez na vida e dar esmola
aos pobres. Outros princípios da religião islâmica: crença em Alá, em Maomé e na palavra do
Corão; crença nos profetas: Abraão, Moisés, Jesus Cristo e Maomé; crença nos anjos e crença
na ressurreição dos mortos.
No séc. VIII (711), a península ibérica foi invadida pelos muçulmanos vindos do Norte de África,
que eram conhecidos por Mouros, por serem habitantes da Mauritânia. Os Mouros
atravessaram o estreito de Gibraltar, comandados por Tarik, derrotaram o exército do rei
visigodo (cristão) na batalha de Guadalete. (visigodos – foram os povos que ocuparam a
Península depois da queda dos Romanos). Alguns anos após esta batalha, os muçulmanos já
tinham conquistado toda a península ibérica, com exceção das Astúrias e parte dos Pirenéus,
por serem zonas montanhosas e de difícil acesso e onde se tinham refugiado cristãos.
O território da península ibérica ocupado pelos Mouros passou a chamar-se o Al- Andalus
(ainda hoje a província espanhola de Andaluzia). O domínio dos mouros era mantido por ações
militares de saque e pilhagem, mas também por muitos acordos entre os chefes mouros e os
chefes visigodos que, por vezes, se auxiliavam e mantinham longos períodos de paz.
A partir das Astúrias formaram-se vários reinos cristãos. A recuperação de todo o território foi
demorada e difícil, só terminou em 1492, com a reconquista do reino mouro de Granada.
Herança muçulmana: tinham uma civilização muito desenvolvida, por isso, trouxeram muitos
conhecimentos para os povos peninsulares, sobretudo na agricultura, alimentação, ciências,
técnicas, arte, música, literatura…
Uma mesquita é um local de culto para os seguidores do islão. A palavra mesquita é usada
para se referir a todos os tipos de edifícios dedicados ao culto muçulmano. O objetivo principal
da mesquita é servir como local onde os muçulmanos possam se encontrar para rezar. No
entanto, as mesquitas são também conhecidas pelo seu papel comunitário e por serem as
formas mais expressivas da arquitetura islâmica e escolas para o estudo do corão.
Minarete: torre donde o muezin chamava os crentes para as 5 orações diárias. Atualmente os
muezins foram substituídos por gravações e são usados altifalantes.
Arabesco: combinação de formas geométricas. Elemento da arte islâmica, usados para enfeitar
as paredes das mesquitas. A escolha das formas geométricas e a maneira como devem ser
usadas, é fruto da visão islâmica do mundo. O motivo dessa restrição é religioso, obedecendo à
lei islâmica que proíbe qualquer representação da figura do homem e de outros animais.
Segundo o Alcorão, somente Alá tem o poder de dar forma aos seres vivos.
Formação do Islão: Religião monoteísta; Fundada por Maomé no que hoje é a Arábia Saudita;
Centro de adoração: Meca; Sharia - conjunto de leis islâmicas que são baseadas no Alcorão, e
responsáveis por ditar as regras de comportamento dos muçulmanos.
Localização: A Península Arábica está localizada no Oriente Médio, limitada entre o Mar
Vermelho, a oeste, o Oceano Índico, ao sul, e o Golfo Pérsico, a leste; ela é ligada ao
continente pelo deserto, que cobre sua maior parte. Não existem rios permanentes. O clima é
extremamente seco, apresentando oscilações térmicas de áreas e variações de temperatura.
Arábia do deserto: População beduínos. Grupos nômades que criavam camelos, carneiros e
cabras. Realizavam o comércio de caravanas. Havia ainda os agricultores que dependiam dos
oásis (área isolada de vegetação, em um deserto, tipicamente vizinho a uma nascente de água
doce), praticavam uma escassa agricultura (tâmaras e trigo).
Beduínos: São os povos nómadas habitantes das áreas desertas do Oriente médio e norte da
África. Seu sistema político está baseado numa extensa unidade familiar de ordem patriarcal.
O grupo é comandado por um líder político e/ou espiritual chamado de xeque.
A religião dos árabes pré-islâmicos era politeísta e idólatra, Hubal era considerado como o
deus dos deuses e um dos mais notáveis, mas adoravam também uma infinidade de deuses
inferiores. Em Meca encontrava-se a Caaba, santuário religioso onde estava a Pedra Negra e
todos os ídolos tribais. Assim, Meca se tornou a cidade mais importante da Arábia pré-
islâmica, pois com a peregrinação religiosa a cidade transformou-se em um importante centro
comercial.
Maomé começou a falar para os coraixitas em frente à Caaba, pregando a destruição dos
ídolos e afirmando a existência de um só deus, Alá. Teve oposição dos coraixitas, fugindo em
direção a Yatreb no ano de 622. Essa migração forçada, conhecida como Hégira, marca o início
do calendário muçulmano. Aos poucos, o profeta atraiu cada vez mais seguidores até ter força
para derrotar os rivais que o expulsaram de Meca. Nesse momento, Maomé implantou um
governo teocrático, transformando a cidade em sua base e mudando seu nome para Medina, a
cidade do profeta.
Em 630, Maomé voltou a Meca, e com apoio dos seus seguidores, destruiu os ídolos tribais
(preservou a Caaba e a Pedra Negra). O Estado Árabe estava praticamente formado, unido em
torno da bandeira do islamismo e de seu único chefe, Maomé, que assumia não apenas o
poder político como também o religioso, iniciando-se, assim, um governo teocrático.
Expansão do islão: A Jihad. Na verdade, Jihad seria um “esforço em favor a Alá” e não “guerra
santa” contra os infiéis. O desejo de expandir a fé e converter o mundo à religião islâmica
continuou. Além da fé, outros motivos explicam a rápida expansão islâmica: A busca de
melhores terras em função da explosão demográfica. A atração pela pilhagem (BUTIM). A
fraqueza dos Impérios Persa e Bizantino e da fragmentação dos reinos bárbaros que haviam
conquistado o Império Romano.
632 - Morte repentina de Maomé CRISE SUCESSÓRIA. Os quatro primeiros califas eram
parentes de Maomé. Em 661, o quarto califa, de nome Ali e genro de Maomé, foi assassinado.
Os muçulmanos se dividiram quanto a sucessão: uns defendiam que somente um membro da
família de Maomé podia sucedê-lo; para outros isso não era necessário. Essa divisão acabou
formando o grupo dos Xiitas.
Os Xiitas - defendem que a única liderança legítima para o Islã deveria vir da linhagem direta
de Maomé. Os Sunitas - termo que deriva da palavra Sunna – documento sagrado que narra as
experiências de Maomé em vida –, acreditam que a liderança da comunidade islâmica não
deveria ficar restrita à família de Maomé.