Trabalho Integrador - Tosse Dos Canis
Trabalho Integrador - Tosse Dos Canis
Trabalho Integrador - Tosse Dos Canis
EMILY TROSTOLF
LYDIA ASSIS
JONNY GANGI
VITÓRIA OLIVEIRA
NELCI FERREIRA
ENGENHEIRO COELHO/SP
OUTUBRO 2020
TRAQUEOBRONQUITE INFECCIOSA CANINA
EMILY TROSTOLF
LYDIA ASSIS
JONNY GANGI
VITÓRIA OLIVEIRA
NELCI FERREIRA
Docentes:
D.ra Patrícia Cristina Ferro Lopes
D.ra Emiliana de Oliveira Santana Batista
D.ra Liliane Menezes Fernandes
D.ra Josemara Neves Cavalcanti
ENGENHERIO COELHO/SP
OUTUBRO 2020
RESUMO
A Traqueobronquite Infecciosa Canina é uma doença autolimitante que acomete cães
e outros animais por via de exposição em ambientes fechados e quentes com baixa
circulação de ar. Esta doença pode ser contraída por diversos agentes sendo o
principal deles a Bordetella bronchiseptica sozinha ou combinada com outros
microrganismos. Essas bactérias se instalam no tecido mucociliar da traqueia e dos
brônquios, alterando a composição química do muco gerando uma tosse aguda. Essa
tosse se dá pela inflamação da traqueia e seus sintomas persistem sem complicações
por até 14 dias. Entretanto, dependendo da condição do animal a doença pode evoluir
para uma broncopneumonia e outras doenças. A profilaxia é importante para prevenir
que outros cães sejam contaminados, embora nem sempre sejam totalmente eficazes.
Por se tratar de uma doença branda, porém, mórbida a ministração de medicamentos
nem sempre é utilizada, embora, já tenham sido desenvolvidas vacinas para a maioria
dos agentes associados à doença. Nesse caso, a tosse por si só já é um mecanismo
de defesa eficiente.
3.CONCLUSÃO: ................................................................................................................................ 21
Foi verificado na revisão bibliográfica que entre Janeiro de 2016 e Abril de 2017
foram atendidos 22 cães com queixa principal de tosse seca e alta. Destes, 16 foram
diagnosticados com a Traqueobronquite Infecciosa correspondendo
aproximadamente a 73% dos casos. Dos 16 cães, a amostra variou entre cães SRD
(Sem Raça Definida) e cães com raça definida. Embora a maioria dos animais
atendidos tenham sido SRD, na literatura consultada não se encontrou relatos de
incidência racial e nem de idade, pois a idade dos animais variava entre 1 e 8 anos,
tendo a média 4 anos.
Vacinas
Atualizadas 31%
44%
Vacinas
Desatualizadas
25%
Não Vacinados
Ademais, um dado interessante foi que 62% dos cães tiveram acesso à rua,
sendo que metade nunca havia sido vacinados e a outra metade estavam com as
vacinas desatualizadas. Para compreensão da etiopatogênese da Traqueobronquite
Infecciosa Canina, é necessário a compreensão dos aspectos anatômicos,
fisiológicos, bioquímicos do sistema respiratório com ênfase na traqueia e nos
brônquios, bem como a descrição microbiológica do agente causador, da patologia e
da imunização inata e adaptativa.
Por conseguinte, tanto na traqueia quanto nos brônquios, existe uma camada
de muco protetor que captura o material particulado inalado. Essa camada mucosa e
os cílios movem o material capturado em direção à orofaringe (“escada rolante”
mucociliar), onde pode ser deglutido e excretado do organismo (Dukes 2017, p. 572).
As vias respiratórias menores, conhecidas como bronquíolos, não possuem
cartilagem, glândulas e células globosas. O revestimento líquido na superfície epitelial
se origina nas células Clara. Com exceção da traqueia e da porção cranial do brônquio
principal, as vias aéreas são intrapulmonares (Cunningham, 2014 p. 1262). O septo
alveolar está ligado às camadas mais externas das vias aéreas de modo que a tensão
dentro do septo abre as vias aéreas, ajudando a manter a sua patência. (Cunningham,
2014 p. 1262).
Os pulmões são separados um do outro pelo coração, vísceras e grandes
vasos do mediastino fixando-se ao coração e à traqueia por meio de estruturas que
englobam as raízes dos pulmões (Falcão 2016).
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