O Cuidado de Si para o Cuidado Do Outro

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O cuidado de si para o cuidado do outro

Article · January 2013

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Karla Amorim
Universidade Federal do Rio Grande do Norte
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ENSAIO / ESSAY

Revista - Centro Universitário São Camilo - 2013;7(4):437-441

O cuidado de si para o cuidado do outro


Self care enabling taking care of others
Karla Patrícia Cardoso Amorim*

Resumo: Um dos grandes desafios existenciais consiste em cuidar de si mesmo. Essa assertiva se torna cada vez mais verdadeira, em se tratando do
mundo atual, onde temos a obrigatoriedade de sermos os melhores e autossuficientes. Esse processo fomenta, no mínimo, uma fragilidade, ou mes-
mo, uma ruptura do conviver, onde teremos, como resultado, relações superficiais e vínculos efêmeros. Esse homem esquece, ou deixa em segundo
plano, de ser e de conviver (o viver com) na busca incessante do ter. Ele preocupa-se com a aparência externa, deixando de lado o cuidado com a sua
essência e, assim, sofre e adoece. Acreditamos, então, que, para se resgatar o verdadeiro sentido do cuidado, faz-se necessário e urgente que o homem
tenha, principalmente, a consciência do que ele é, das suas capacidades e fragilidades, e o que ele efetivamente quer. Ou seja, o homem precisa fazer
o exercício da autoética (autoconsciência e autocrítica) balizada pela sensibilidade, criatividade, humildade, resiliência, responsabilidade e consciência
da finitude humana, dando significado ao viver. O homem precisa cuidar-se para poder cuidar.
Palavras-chave: Humanização da Assistência. Cuidado. Ética. Educação em Saúde. Atenção à Saúde.

Abstract: One of the greatest existential challenges is the self care. This assertion becomes even more genuine in the case of the world nowadays,
where it is mandatory to be the best person possible and to be self-sufficient. This process instigates fragility, or even a coexisting breakdown, resulting
in superficial relationships and ephemeral bonds. The modern man forgets, or puts in the background, “being” or “coexisting” (living with), in
an unceasing seek for the “having”. He worries about the appearance, and not about his essence, suffering and sickening. Therefore, it is believed
that to be able to rescue the real meaning of care it is necessary and urgent for the man to be, primarily, conscious of what he is, of his skills and
fragilities, and of what he effectively wants. In other words, the man needs to improve self-ethics (self-consciousness and self-criticism), guided by
sensitivity, creativity, humbleness, resilience, responsibility and conscience of human finiteness, and to give a meaning to life. Men need to take care
of themselves for taking care of others.
Keywords: Humanization of Assistance. Care. Ethics. Health Education. Health Care.

Introdução Como resultado, esse homem encontra-se continuamente


insatisfeito, sofre e adoece, fato que pode ser comprovado
Um dos grandes desafios existenciais consiste em cui- com os aumentos das doenças de ordem mental e psíquica
dar de si mesmo1. Essa assertiva se torna cada vez mais ver- e das “dores da alma”.
dadeira, em se tratando do mundo atual, onde os aspectos Quando se trata do educar e do cuidar em saúde, essa
mais valorizados pela sociedade são dinheiro, status e beleza realidade torna-se mais complicada. Como exigir de uma
(padrão de estética exterior preestabelecido), e onde não há pessoa o que ela não tem para dar? Como exigir compai-
lugar para demostrarmos nossas dúvidas, fraquezas e me- xão, atenção e respeito se tais virtudes não foram cultivadas
dos; um mundo onde temos a obrigatoriedade de sermos na essência daquele ser? Como exigir um efetivo cuidado
os melhores e autossuficientes, sem necessitar da ajuda do daqueles que foram formados, tendo apenas como base o
outro. Esse processo fomenta, pelo menos, uma fragilida- desenvolvimento, por vezes, de competências técnicas? São
de, ou mesmo uma ruptura do conviver, gerando como perguntas que precisam ser feitas, continuamente, e que re-
resultado relações superficiais e vínculos efêmeros. De uma
velam a complexidade das questões que envolvem o cuidar.
forma geral, cada um vive para si e por si. O outro não tem
lugar na minha história, na minha vida, a não ser que seja
para favorecer os meus planos e projetos. Cuidado de si e do outro
Observamos, então, que o homem esquece, ou deixa
em segundo plano, de ser e de conviver (o viver com) na Acreditamos, então, que, para se resgatar o verdadei-
busca incessante do ter. Ele preocupa-se com a aparência ro sentido do cuidado, faz-se necessário e urgente que o
externa, deixando de lado o cuidado com a sua essência. homem tenha, principalmente, a consciência do que ele

* Cirurgiã-Dentista. Doutora em Ciências da Saúde. Mestre em Odontologia Social pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte – UFRN. Professora de Bioética do
Departamento de Medicina Clínica – UFRN. Docente do Mestrado Profissional em Saúde da Família – UFRN. 3ª Vice-Presidente da Sociedade Brasileira de Bioética. E-mail:
[email protected]
A autora declara não haver conflitos de interesse.

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é, das suas capacidades e fragilidades, e o que ele efetiva- Trazer a estética para a essência do cuidar é tratar de
mente quer. Ou seja, o homem precisa fazer o exercício da encarar a vida e nós mesmos como matérias-primas, na
autoconsciência / autoanálise e autocrítica dando signifi- qual vamos esculpindo as formas e contornos. “Dar for-
cado ao viver. Precisa cuidar-se. ma a nossa vida é criar um estilo”3 (p. 98). O estilo deve
Mas o que entender, então, por cuidado? O cuidado ser concebido como forma de impressão de valores, bem
inclui, normalmente, duas significações básicas intima- como a capacidade de utilização dos meios apropriados
mente ligadas entre si. A primeira, a atitude de desvelo, para instaurar a beleza.
solicitude e de atenção com o outro. A segunda, de preo- É pertinente explicar a etimologia da palavra estilo,
cupação, de inquietação e responsabilidade, porque a pes- pois vem corroborar com o sentido que estamos querendo
soa que tem cuidado se sente envolvida e ligada ao outro2. imprimir ao cuidado de si como uma necessária autoéti-
Assim, surge a questão do desafio existencial explici- ca. No latim, o termo stilu designa um instrumento com
tado no início desse texto, pois essa palavra, normalmen- ponteira usado para escrever sobre a camada de cera das
te, é pensada com relação ao outro, o que por si só já nos tábuas e com a outra extremidade em forma de espátula
remete a uma questão difícil e complexa na atualidade, para anular os erros gráficos. “O estilo é, então, um com-
mas, e o cuidado de si? promisso entre as duas práticas possíveis: o uso da ponta
Esse cuidado de si iniciar-se-ia pela necessidade de para escrever e o uso da espátula para apagar”3 (p. 98). Ou
uma autoética (autoconsciência / autoanálise e autocrí- seja, com o estilo temos a autonomia para traçar nossos
tica). Podemos dizer que seria a exigência do aforismo caminhos, nossas impressões e ações no mundo com a
possibilidade de transformá-los, melhorá-los e consertar
grego: “Conhece-te a ti mesmo”. Tarefa de extrema di-
os erros, tornando-os mais belos.
ficuldade.
A beleza, nesse contexto do cuidado, é concebida
Para prosseguirmos na reflexão sobre o cuidado de
como algo que se aproxima do que se necessita concre-
si, como uma busca essencial pela autoética, é necessário
tamente para o bem social e coletivo, conforme propõe
introduzirmos nesse contexto as reflexões sobre estética.
Rios4 (p. 99). “Poder criar beleza representa a realização
Os gregos usavam o termo aesthesis (estética) para indicar
das mais altas potencialidades espirituais do ser humano,
a percepção sensível da realidade. Vale ressaltar que não
na manifestação de sua consciência sensível”5 (p. 289-90).
temos a pretensão de aprofundar a discussão de estéti-
Em síntese, conceber a autoética no plano da estética no
ca, mas chamar a atenção para a indispensável e urgente processo de cuidar-se e cuidar do outro significa romper
busca do exercício da sensibilidade, da criatividade e da com os modelos padronizados de ação e criar valores que
beleza no cuidado de si e no educar e cuidar do outro, sejam capazes de sustentar a vida com graça, leveza e bele-
principalmente, em se tratando da área da saúde. za, o que requer muita sensibilidade.
Dessa forma, se concebermos a ética como a estéti- A sensibilidade está relacionada com o potencial cria-
ca da vida (ou seja, a percepção sensível e responsável da dor e com afetividade dos indivíduos4. Vale ressaltar que
vida), logo, a autoética seria a estética de si (percepção “a sensibilidade se converte em criatividade, ao ligar-se
sensível e responsável de si), ambas necessárias para quem estreitamente a uma atividade social significativa para o
se propõe a cuidar do outro. Salientamos que a estética de indivíduo”6 (p. 17); no caso em questão − o cuidado. “A
si não deve ser concebida como a exaltação de aparência sensibilidade e criatividade, então, não se restringem ao
externa, culto exagerado ao corpo físico, mas como or- espaço da arte. Criar é algo interligado ao viver humano.
ganização da nossa morada interior, do nosso ethos. Em A estética é, na verdade, uma dimensão da existência, do
suma, o cuidado de si, então, necessita de uma estética de agir humano”4 (p. 97), configurando-se, assim, como algo
si. Dessa forma, a nossa morada deve ser cuidada e retra- essencial para o enfrentamento da vida. Porém, de uma
balhada, enfeitada e melhorada; logo, o ethos não é algo forma geral, tal dimensão não vem sendo estimulada no
acabado, mas algo aberto a ser sempre feito, refeito num âmbito do processo de educação atual.
exercício contínuo que vai requerer disposição, sensibili- Dentro dessa proposta, a estética de si, ou o cuidado
dade e criatividade. de si, necessita, principalmente, da busca em compreender

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e organizar as duas porções do ser sujeito: a sua essência O sujeito que se olha e nesse ato é capaz de transmutar
egocêntrica e a sua essência altruísta, como alerta Morin7. vivência em experiência pode aprofundar o conhecimento
Durante a vida, as atitudes do sujeito oscilam entre o de si e do mundo – conhecimento que vai movimentar a
egocentrismo e o altruísmo. Dessa forma, “cada um vive engrenagem da vida na direção do aparecimento de um
para si e para o outro de maneira dialógica, ou seja, ao novo sujeito, um sujeito capaz de se enxergar, aspecto pri-
mesmo tempo complementar e antagônica” (p. 20)7. O mordial no processo de cuidar de si mesmo.
autor afirma que ser sujeito é associar egocentrismo e Porém, o ‘pensar-se bem’ só será efetivo com a busca
altruísmo. Assim, o grande desafio posto para esse sujeito, da autocrítica. É ela que será “o melhor auxiliar contra a
o qual necessita de sensibilidade estética para cuidar- ilusão egocêntrica e em favor à abertura do outro”7. Vol-
se, é recalcar o egocentrismo presente em excesso na tamos a repetir que é um trabalho de extrema dificuldade,
atualidade (traduzindo-se, por vezes, em individualismo pois a luta fundamental da autocrítica é a luta contra a
exacerbado ou egoísmo com consequente negação do autojustificação pautada pelos nossos interesses particu-
outro) e fomentar o altruísmo e a alteridade, na busca lares e egoístas.
da transformação do homem solitário em um homem A autoética, também, vai requerer, nesse processo de
solidário. Portanto, “todo olhar sobre a ética deve ‘bem pensar’, ‘pensar-se bem’ e autocrítica, a busca pela
reconhecer o aspecto vital do egocentrismo, assim como responsabilidade. Uma responsabilidade por todos e tudo
a potencialidade fundamental do desenvolvimento do que há. Uma “responsabilidade que necessita ser irrigada
altruísmo” (p. 21)7. Quando falamos do aspecto vital pelo sentimento de solidariedade, ou seja, de pertenci-
do egocentrismo, estamos tratando da porção necessária mento a uma comunidade” (p. 100)7. Assim sendo, fica
para a autopreservação e autocuidado do ser humano; da evidente que será no campo e no exercício da responsa-
porção necessária que nos faz gostarmos de nós mesmos. bilidade que a necessária religação do eu com o outro se
Dessa forma, esse autocuidado vai necessitar de um efetivará.
movimento em prol de uma religação. Religação com o Isso nos leva a concluir que duas das características ou
outro, religação com a comunidade, religação com a so- virtudes humanas necessárias, primariamente, ao cuidado
ciedade e, no limite, religação com a espécie humana (p. de si para enfrentar a realidade da vida na busca de um
21)7. Acrescentamos, ainda, uma urgente e necessária reli- conviver solidário são a resiliência e a humildade. Vale
gação com a nossa essência, com o nosso interior. ressaltar que, quando trazemos para o cerne da reflexão
Essa busca em organizar o nosso ethos e religarmo-nos as virtudes, é com o entendimento que são as virtudes
com o outro irá nos obrigar a refletir sobre o significado morais que fazem do ser humano o humano9.
e sentido que damos à vida e ao viver, e, provavelmente, O conceito de resiliência, que é muito utilizado na
resultará na necessidade de ressignificá-los, ou seja, atri- área de engenharia de materiais, refere-se à capacidade de
buir novos significados, mediante a mudança da visão de um material em absorver energia, quando ele sofre uma
mundo. Isso nos obrigará não somente exercitar um ‘bem deformação que não é permanente (deformação elástica),
pensar’, mas, sobretudo, um ‘pensar-se bem’. e depois ter essa energia recuperada10 (p. 90). Ou seja,
O ‘bem pensar’ seria “o modo de pensar que permite quanto menor o grau de deformação permanente, melhor
apreender em conjunto o texto e o contexto, o ser e seu a resiliência. Então, a resiliência vai permitir ao ser huma-
meio ambiente, o local e o global, o multidimensional, no a possibilidade de se recuperar, de se inventar, de ser
em suma, o complexo, isto é, as condições do comporta- criativo mesmo diante das adversidades e desafios.
mento humano. Permite-nos compreender igualmente as A humildade é difícil virtude! Fará com que o homem
condições objetivas e subjetivas”8 (p. 100). consiga visualizar o que ele é, e, principalmente, ter cons-
Já o ‘pensar-se bem’ está no exercício da autoanálise ciência daquilo que não é9, contribuindo para suprimir
(“a integração do observador na sua observação, o retor- o egocentrismo e enxergando a necessidade que tem de
no sobre si mesmo para se objetivar, compreender-se e viver com o outro e a necessidade de religação.
corrigir-se, o que constitui, simultaneamente, um prin- Por fim, a busca pelo cuidado de si, mediante o cultivo
cípio de pensamento e uma necessidade ética” (p. 93)7). da autoética, obrigatoriamente, terá que ter a lucidez de

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enxergar e ter a consciência da nossa finitude, pois “mos- lado as dificuldades, mas não deve sucumbir a elas. Trata-
trar-se capaz de lidar com a mortalidade da vida exige, -se de encarar a vida com criatividade e estilo, pensando
então, certo grau de maturidade e de integração do mun- que uma travessia poderá ser mais feliz e tranquila, com
do interior. Trata-se de uma arte de viver que possibilita à sensibilidade, leveza e beleza, compartilhando os desafios
pessoa integrar, em cada fase da vida, os altos e baixos, as e as alegrias e convivendo de forma respeitosa e solidária
luzes e a obscuridade, de forma a crescer e ganhar liberda- com o outro, num contínuo processo de descobrimento
de interior” (nisso consiste a resiliência). “Poder realizar e aprendizado.
esse processo é revelar-se saudável física, mental e espiri- Nesse sentido, a lucidez das palavras do poeta
tualmente” (p. 211)1. Assim, ter consciência da finitude Fernando Pessoa serve de acalento e incentivo para a
humana poderá desenvolver em nós um potencial de ilu- nossa travessia: “Navegar é preciso, viver não é preciso”.
minar a vida e qualidade do nosso viver, nos ajudando a Realmente, não há precisão no viver. Porém, há uma
buscar um sentido maior para nossa existência, repensar necessidade urgente de uma educação para o cuidado, em
prioridades diante da complexidade da vida e reprimir o
todos os níveis, áreas e disciplinas, que oriente o homem
egocentrismo.
a se voltar para o seu interior e promover a difícil, porém,
Essa perspectiva demonstra que o cuidado de si, tendo
possível tarefa de se enxergar e buscar melhorar-se inti-
o autoconhecimento como caminho, leva-nos ao cultivo
mamente, fato que implicará a capacidade de resistência à
da espiritualidade, que não consiste, obrigatoriamente, na
nossa barbárie interior – batalha mais difícil e que, ao lon-
prática de uma determinada religião, mas em fomentar a
solidariedade, a bondade, a generosidade e a compaixão go de toda a história da civilização ocidental, foi deixada
pelos demais, por si mesmo, por todos os seres viventes de lado7. Acreditamos que a reforma íntima de cada um
e pela natureza, tornando-nos responsáveis socialmente e irá repercutir em uma transformação do meio externo,
explorando novos caminhos por meio da criatividade e contribuindo para um mundo melhor.
sensibilidade. Também, há outra exigência para nos ajudar a lidar
com a imprecisão da travessia da vida: ter a consciência da
necessidade de uma ajuda mútua entre os seres humanos.
Considerações Finais
Precisamos de uma educação que nos ensine a conviver
Na antiguidade clássica, os gregos usavam a imagem solidariamente, principalmente, quando nos propomos a
de um barco, que deve atravessar o oceano, comparan- cuidar.
do-a com o ser humano, que deve realizar a travessia da Em suma, o entendimento do cuidado de si, como
vida. Isso, além de nos remeter à condição temporal de uma estética de si, ambas entendidas como a autoética,
finitude, pois toda travessia tem um ponto de partida e é muito valioso e importante para quem trabalha com
chegada, traz a questão da nossa vulnerabilidade, visto a docência e com o cuidado na área da saúde, pois o seu
que, durante essa travessia, iremos nos deparar com as ensino e prática deverão ser capazes de possibilitar a trans-
surpresas, as intempéries e as condições adversas impostas formação interior permanente do homem, em prol de um
diuturnamente, que, por vezes, tornar-se-iam mais ame- ser humano cada vez melhor, em consonância consigo e
nas com a ajuda e companhia do outro. com o coletivo. Ou seja, um ser humano crítico, criativo
O fato é que, nessa travessia, queremos ser felizes. En- e cuidante, como propõe Boff11. No entanto, ressaltamos:
tretanto, o cuidado de si não pode simplesmente deixar de cuidante de si e do outro.

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Referências

1. Boff L. O cuidado necessário. Petrópolis: Vozes; 2012.


2. Boff L. Saber cuidar: ética do humano. Petrópolis: Vozes; 1999.
3. Gallo S. Ética e cidadania: caminhos da filosofia. Campinas: Papirus; 1997.
4. Rios TA. Compreender e ensinar: por uma docência da melhor qualidade. São Paulo: Cortez; 2001.
5. Ostrower F. A sensibilidade do intelecto. Rio de Janeiro: Campus; 1998.
6. Ostrower F. Universos da arte. Rio de Janeiro: Campus; 1986.
7. Morin E. O método 6: ética. Porto Alegre: Sulina; 2005.
8. Morin E. Os setes saberes necessários à educação do futuro. 2a ed. São Paulo: Cortez; 2000.
9. Comte-Spoville A. O pequeno tratado das grandes virtudes. São Paulo: Martins Fontes; 2009.
10. Callister Jr WD. Ciência e engenharia de materiais: uma introdução. 5a ed. Rio de Janeiro: LTC; 2002.
11. Boff L. Críticos, criativos e cuidantes. Artigos 2004. Disponível em: http://www.leonardoboff.com/site/lboff.htm

Recebido em: 8 de outubro de 2013


Aprovado em: 5 de novembro de 2013

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