Trabalho de NEE Motrizes

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Introdução

Geralmente, não pensamos nos detalhes sobre ir e vir. Tampouco nos preocupamos se o local a
ser visitado tem acesso fácil, se haverá comunicação entre os diferentes espaços. A situação é
diferente para pessoas com deficiências físicas, visuais ou com mobilidade reduzida. Elas
precisam de locais projectados para permitir a acessibilidade e, também, que esse acesso possa
ser realizado pela própria pessoa, de forma independente e autónoma. Por serem espaços
institucionais que têm como tarefa a produção de conhecimento, a construção de cidadania
colectiva e a preparação para o trabalho, a situação das escolas é peculiar. O reconhecimento do
papel fundamental que a educação tem na vida das pessoas, em sociedades nas quais os
princípios da democracia e da cidadania direccionam a organização política e a sociedade civil,
torna-a compulsória (obrigatória), considerada direito público. A não existência de acessibilidade
em escolas públicas é um paradoxo, pois o próprio Estado que define a obrigatoriedade da
educação acaba por não permitir que as famílias cumpram o dever constitucional de ter os seus
filhos na escola. O trabalho presente aponta que, mesmo onde já houve obras, alunos com
deficiência continuam com grandes dificuldades. A justificativa, por exemplo, da não instalação
de pista portátil para deficientes visuais devido à ausência de fornecimento pode soar como
impossível.
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Definição

A deficiência motora é a alteração completa ou parcial de um ou mais segmentos do corpo


humano, acarretando o comprometimento da função física, apresentando-se sob a forma de
paraplégica –perda total das funções motoras dos membros inferiores, paraparesia, monoplegia,
monoparesia, tetraplégica, triparesia, hemiplegia, hemiparesia, ostomia, amputação ou ausência
de membro, paralisia cerebral – lesão de uma ou mais áreas do sistema nervoso central, tendo
como consequência alterações psicomotoras, podendo ou não causar deficiência mental,
nanismo, membros com deformidade congénita ou adquirida, excito as deformidades estéticas e
as que não produzam dificuldades para o desempenho de funções. Considera-se deficiência
motora qualquer défice ou anomalia que tenha como consequências uma dificuldade, alteração
e/ou a não existência de um determinado movimento considerado normal no ser humano. As
alterações dos movimentos podem ter origem em alterações dos grupos musculares, da estrutura
óssea, da estrutura ósseo - articular ou em anomalias do Sistema Nervoso Centra. Podem ter
umcarácter definitivo (estável, isto é, que não sofre alterações com o tempo) ou evolutivo (que
tendências a modificar-se ao longo do tempo).Podemos considerar a Deficiência Motora como
uma perda de capacidades, afectando directamente a postura e/ou movimento, fruto de uma lesão
congénita ou adquirida nas estruturas reguladoras e efectoras do movimento do sistema nervoso.
Considera-se uma pessoa portadora de deficiência motora, de carácter permanente, ao nível dos
membros superiores ou inferiores, quando tiver uma incapacidade igual ou superior a 60%. Ou
por outras palavras, a deficiência motora é uma disfunção física ou motora, a qual poderá ser
congénita ou adquirida, transitória ou permanente. Dependendo de cada problemática e
severidade, as pessoas com deficiência motora podem ser consideradas como alunos com
Necessidades Educativas Especiais. Estes poderão apresentar limitações ao nível das articulações
e estrutura óssea, da função muscular e do movimento (reflexos motores, reacções motoras
involuntárias, controlo do movimento voluntário, movimentos involuntários e padrões de
marcha). A Deficiência Motora afecta o indivíduo: -Na sua mobilidade; -Na coordenação
motora; -Na fala.
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A criança com Deficiência Motora

As crianças com deficiência motora apresentam limitações ao nível dos estímulos afectivos e
sensório - motores. Estes aspectos conduzem, por sua vez, a limitações na aquisição de
competências básicas em cada uma das etapas de desenvolvimento. As crianças com deficiência
motora ficam impedidas de explorar o meio que as rodeia, facto que irá afectar e condicionar as
suas capacidades cognitivas e de personalidade. A criança com Deficiência Motora e a Escola-
Promover a independência do aluno mas tendo sempre presente as suas limitações e
necessidades;

-Procurar soluções específicas adequadas a cada caso;

-Dialogar com a criança tendo em atenção o seu campo de visão (pode ser incómodo estar
sempre com a cabeça levantada);

-Deslocar a cadeira de rodas com prudência para não magoarmos outras pessoas;

-Promover a entreajuda entre todos (pais, professores, auxiliares);

-Esclarecer e informar-se acerca do problema do aluno;

Acredita-se que na formação inicial de professores devam obrigatoriamente ser incluída nos
currículos oficiais das universidades disciplinas que discutam aspectos científicos, sociais e
educacionais que permeiam as deficiências, bem como estágios em instituições que ofereçam
trabalhos direccionados para as necessidades educacionais de seus alunos. Causas principais da
deficiência motora.

As causas da deficiência física nos jovens ou adultos, pode resultar de um acidente vascular
cerebral (derrame), de traumatismo craniano, de lesão medular ou de amputação. Sendo que a
violência urbana, que tem sido tão focalizada pela média, como acidentes no trânsito ou de
trabalho, está se tornando a principal causa da deficiência física. São muitas as causas das
deficiências motoras e normalmente dividem-se em dois grupos fundamentais, de acordo com a
sua origem: Deficiências motoras que têm origem em lesões cerebrais; Deficiências motoras com
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origem não cerebral causadas por factores externos (como por exemplo, traumatismos) ou por
factores internos (como por exemplo reumatismos, tuberculose óssea, entre outras).

Deficiências motoras de origem cerebral

A paralisia cerebral pode dar origem a diferentes situações clínicas que trazem sempre muitas
dificuldades para a pessoa. Trata-se de uma alteração do movimento e da postura, que aparece no
primeiro ano de vida, devido a uma lesão não progressiva (que não evolui) do cérebro. Sabe-se
que grande parte das lesões cerebrais no período pré-natal (antes do nascimento) aparece entre os
cinco e os sete meses de vida intra-uterina. No entanto, ainda não existe um conhecimento claro
das suas causas. Parece ser evidente que certas infecções como a rubéola podem provocar ou
favorecer o aparecimento de alterações circulatórias e de lesões vasculares. As lesões cerebrais
perinatais (período que tem início quinze dias antes do parto e se prolonga quinze dias após o
nascimento da criança) que podem dar origem a paralisias cerebrais são aquelas que resultam de
falta de oxigénio no cérebro (abnóxias) e de hemorragias cerebrais. Estas são apenas algumas das
causas no período perinatal.

Causas pós-natais

As causas mais frequentes de lesão cerebral são os traumatismos crânio encefálicos infecções
como as meningites bacterianas e tuberculosas, entre outras. Deficiência motora de origem não
cerebral. Existem vários tipos de deficiências motoras de origem não cerebral, com causas
também muito diferentes.

Deficiências motoras temporárias

As mais frequentes são aquelas que resultam de traumatismos, especialmente os cranianos. São
especialmente frequentes durante a infância e a adolescência. Na infância são sobretudo
consequência de acidentes ocorridos nos períodos do recreio na escola e no trajecto casa – escola
-casa. Na adolescência têm como causas principais a prática de desportos violentos e a utilização
de veículos de duas rodas. As consequências são normalmente muito graves. Apesar do
traumatismo poder não dar origem a qualquer paralisia, o indivíduo pode apresentar gestos e
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expressão verbal lentos e descoordenados. Acontecem muitas vezes perdas de memória e


alterações no comportamento.

Deficiências motoras definitivas

Como exemplo de deficiências motoras definitivas podemos salientar as paralisias. As paralisias


podem resultar de lesões cerebrais ou de lesões da medula. As suas causas são variáveis e podem
ser congénitas (que já nascem com a pessoa) ou adquiridas, por exemplo, através de
traumatismos. Na maioria dos casos, a inteligência fica preservada. Na escola inclusiva com
deficientes motoras.

Nos dias de hoje muito se tem falado em educação inclusiva. Sabemos que as escolas ainda têm
muito que evoluir no que diz respeito a esse assunto, não só para acolher alunos com deficiência
visual, mas alunos com outros tipos de deficiência. Há necessidade de capacitação de professores
e em fazer adaptações para melhor receber esses alunos. Na sociedade moderna em que vivemos,
onde recebemos estímulos visuais a todo instante, a pessoa com Deficiência Motora além de
encontrar-se em desvantagem, ainda sofre com muitas dificuldades nos seus aspectos motor,
social e emocional.

A educação inclusiva, especificamente relativa às pessoas com deficiência, é um assunto muito


discutido. Busca-se constantemente atingir a qualidade para todos os envolvidos: alunos com
deficiência e seus familiares, professores e equipe escolar, e a comunidade de modo geral.
Portanto, uma mudança na prática, se faz necessária. Incluir alunos com deficiência na rede
regular de ensino, é bem mais que inseri-los em sala de aula, é dar a eles oportunidades de
desenvolvimento, de acordo com as suas necessidades e individualidade, e este é um grande
desafio. Associada a esse aspecto, a formação do professor é um factor que merece atenção. A
docência, como uma profissão aprendida, não se esgota na formação; aí ela é inicial, pois
continua no restante da vida, no trabalho nas escolas. Assim, tanto a graduação quanto a
educação continuada do educador deve incluir, além da informação sobre a deficiência, a
experiência com o aluno com deficiência, pois o esclarecimento e a convivência podem auxiliar
na construção da imagem da pessoa com deficiência como alguém que tem deficiência que lhe
causa limites, como tem também potencialidades a serem desenvolvidas. As diferenças e
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necessidades decorrentes devem ser respeitadas para eliminar as restrições de participação social
e educacional. Assim, a educação inclusiva dos alunos com deficiência é uma questão de
investimento e prioridade, de política pública educacional definida pelas esferas federal, estadual
e municipal, visto que, sem concretizar medidas que venham trazer para as escolas todas as
crianças e adolescentes.

Com deficiência que ainda estão fora dela, aliadas ao devido investimento nos profissionais que
trabalham nas classes especiais, salas de recursos e classe comuns, a distância entre a legislação
e a realidade educacional crescerá cada vez mais. Contudo, não se compactua com a ideia de
simplesmente colocar todos os alunos com deficiência na classe comum e deixar os professores
no completo abandono, sem o apoio necessário de profissionais para a sua função docente. O
efectivo acompanhamento, aliado ao trabalho conjunto entre professores da classe comum, sala
de recursos e também das instituições especializadas com a sua experiência na área, poderão
promover um trabalho profícuo.

Na busca de uma sociedade mais interactiva nos deparamos com a acessibilidade um factor
integrante do processo inclusivo constituindo um desafio a ser superado, pois são muitas
dificuldades e barreiras encontradas no acesso e nas práticas pedagógicas dos professores. As
escolas e as famílias estão realmente preparadas para garantir o desenvolvimento pleno e a
escolarização das crianças com deficiência física na educação infantil? E que por ter essa
limitação, a criança é de certa forma privada por outras pessoas, que na maioria das vezes não
possuem conhecimento de como lidar com essa deficiência, de ter maior estimulação, de
vivenciar as fases de seu desenvolvimento como uma criança vidente.

E desta forma acabam gerando dificuldades no seu repertório motor, em seu convívio social, e
no lado emocional no que diz respeito a auto-estima, a sentimentos de incapacidade e
insegurança. O desafio não é apenas colocar alunos com necessidades especiais dentro de uma
mesma sala de aula e sim fazer com que essa educação inclusiva proporcione a esses alunos uma
evolução no seu desenvolvimento educacional e pessoal, e os faça sentir inclusos numa
sociedade que deveria ser igual para todos.
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Conclusão

Podemos perceber que a adaptação do meio escolar para as crianças que apresentam
Necessidades Educativas Especiais é bastante trabalhosa e diária, mas é dever do cidadão ter
direito a educação em escolas regulares e o professor em conjunto com todo o meio escolar deve
ser capaz de proporcionar a inclusão em sala de aula e com os demais colegas para que todos
ganhem com esse convívio, o retorno a dedicação é enorme são crianças que respondem aos
estímulos propostos e só trazem ganhos para todos inseridos no processo de inclusão escolar.
Pais, professores, direcção, pedagogas e colegas de aula todos serão capazes de identificar o
quão é valida essa integração para a vida em sociedade. Conclui-se portanto que são
consideradas portadoras de deficiência física as pessoas que apresentam comprometimento da
capacidade motora, baseando-se nos padrões considerados normais para nós seres humanos.
Cabe ainda salientar que a deficiência física não tem nada a ver com deficiência mental; a
deficiência física afecta as funções motoras e não a parte cognitiva da pessoa.
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Bibliografia

1. Http://www.abcdasaude.com.br/artigo.php? 185 Acesso em: 20Novembro de 2012.

2. Mantonvan. Maria Teresa Eglér. A integração de pessoas com deficiência: contribuições para
uma reflexão sobre o tema. São Paulo; Memmon; Editora SENAC. 1997.

3. Saberes e práticas da inclusão: desenvolvendo competências para o atendimento às


necessidades educacionais de alunos com deficiência física/neuromotora. [2. ed.] / coordenação
geral SEESP/MEC. - Brasília: MEC, Secretaria de Educação Especial, 2006. 36 p. (Série:
Saberes e práticas da inclusão)

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