Revista Vereda Literaria

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1ª edição | 2014

VEREDA
LITERÁRIA
COLETÂNEA DE PROJETOS LITERÁRIOS
DA REDE DE EDUCAÇÃO DE CONTAGEM

Os clássicos da
Literatura

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APRESENTAÇÃO
“Aceitar que numa sociedade podemos ter gente que nunca vai ter
a menor oportunidade de acesso a uma leitura literária é uma forma
perversa de compactuarmos com a exclusão. Não combina com quem
pretende ser democrático”. 1

Ana Maria Machado

A
Secretaria de Educação de Contagem prima pelo trabalho com a leitura em
sua rede de ensino, sugerindo caminhos que possam levar os estudantes a se
tornarem leitores e que possam sentir o verdadeiro prazer de ler.

Acredita-se que, por meio de projetos de incentivo à leitura, as ações voltadas para
este fim proporcionam nos estudantes manifestações culturais, que oportunizam aflorar
suas habilidades múltiplas no contexto escolar, na família e na vida. Visto que a leitura
permite novas perspectivas de ver o mundo e estimula todos os sentidos imaginativos,
sensoriais ...

O Vereda Literária, em sua 1ª edição, apresenta uma coletânea de projetos desenvolvidos


nas unidades escolares da Rede de Educação de Contagem no âmbito da Literatura.

Para o ano de 2014, os projetos contemplaram o tema “Os Clássicos da Literatura”.


O maior objetivo de todo o trabalho realizado foi despertar e incentivar a leitura,
na perspectiva de nela buscar o prazer e a sua fruição, junto aos estudantes, como
sujeitos em formação.

Os educadores tiveram a oportunidade de escolher livros que dialogassem com a


proposta, a fim de que pudessem formar leitores literários, permitindo, ainda, novos
olhares à obra e provocando descobertas e inquietações com a leitura.

Para tanto, o caminho vem sendo construído na perspectiva de proporcionar o acesso


à leitura, em especial a literária, visando aguçar os sentidos e a percepção do leitor.

Parabéns aos educadores que têm proporcionado ações significativas de leitura no


município de Contagem.

José Ramoniele Raimundo dos Santos


Secretário de Educação de Contagem

1 MACHADO, Ana Maria. Texturas: sobre leitura e escritos. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2001.
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ÍNDICE
A Princesa Lili no Castelo das Letras
CAIC - E.M. Carlos Drummond de Andrade ....................................................05
Viagem ao Fantástico Mundo dos Clássicos
CAIC -E.M. Carlos Drummond de Andrade - Anexo José Maria dos Mares Guia....08
Chá com Leitura
CAIC - E.M. Carlos Drummond de Andrade ...................................................15
Chapeuzinho, qual é a sua cor?
CEMEI Eustáquio Junio Matosinhos ..............................................................17
Clássicos da Literatura Infantil com Chapeuzinho Vermelho
CEMEI Nova Contagem ..............................................................................20
Revivendo o Clássico “Branca de Neve e os Sete Anões”
CEMEi Perobas ..........................................................................................24
No Mundo do Faz de Conta
CEMEi Perobas ..........................................................................................28
Viajando com os Clássicos da Literatura Infantil
CEMEI São Judas Tadeu .............................................................................28
A Nona Arte Visita os Clássicos
Educarte Campo Alto .................................................................................32
O Encontro da Criança com O ‘Era uma vez’
E. M. Dora de Mattos .................................................................................37
As Aventuras de Chapeuzinho …
E. M. Eli Horta Costa ..................................................................................40
Brincando de Era Uma Vez
E. M. Glória Marques Diniz ..........................................................................41
Os Clássicos da Literatura Brasileira em Quadrinhos
E. M. Ivan Diniz Macedo .............................................................................45
Era Uma Vez
E. M. José Silvino Diniz ..............................................................................49
O Pequeno Príncipe: Viagens e Encontros com a Leitura
E. M. José Silvino Diniz ..............................................................................51
Resgatando mm Clássico da Literatura: o Menino do Dedo Verde
E. M. Maria do Carmo Orechio .....................................................................53
Ouvidos Abertos e Olhos Atentos!
E. M. Maria Silva Lucas ..............................................................................54
Guimarães Rosa: Vida e Obra
E. M. Otacir Nunes dos Santos ....................................................................58
Lendo e Vivenciando os Clássicos Brasileiros
E. M. Professora Ana Guedes Vieira .............................................................61
Um Gol de Placa
E. M. Professora Ana Guedes Vieira .............................................................63
Carlos Drummond de Andrade: Algumas Leituras
E. M. Rita Carmelinda Rocha .......................................................................65
Cecília Meireles: Professora e Poetisa – Antologias Poéticas
E. M. Rita Carmelinda Rocha .......................................................................67
Clássicos Infantis – Aprendendo Lendo
E. M. Vereador Jésu Milton dos Santos .........................................................68
Janelas da Alma
E. M. Virgílio de Melo Franco .......................................................................71

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CAIC - ESCOLA MUNICIPAL mundo mágico e encantado com histórias
CARLOS DRUMMOND DE fantásticas é materializada pela Princesa
ANDRADE - ANEXO JOSÉ Lili, uma boneca linda de cabelos rosa e
MARIA DOS MARES GUIA seu castelo, chamado Castelo das Letras,
considerado por ela um lugar muito especial
A Princesa Lili no Castelo das por guardar seu grande tesouro, “um baú
Letras - “Um mundo mágico cheio de livros”.
e encantado com histórias
fantásticas”
Por Silvânia Martins Pessoa

Professora no segmento da Educação


Infantil, se formou em Pedagogia Gestão e
Docência e fez especialização em Gestão de
Projetos Culturais. Atua na Rede Municipal
de Contagem – no CAIC- Riacho com
crianças de 4 anos e na Rede Municipal de
Belo Horizonte – em uma UMEI há sete anos.
Atualmente está na coordenação. Participou A reprodução desse ambiente num cantinho
do estudo do documento preliminar das novas da sala de aula, lugar agradável, aconchegante
Proposições Curriculares para a Educação e convidativo à escuta, proporciona às
Infantil e do curso de formação “A Educação crianças momentos encantadores de leitura,
na Contemporaneidade”. Integrou o grupo em que a criatividade, imaginação e fruição
de delegação brasileira com intercâmbio se entrelaçam de tal maneira que fica
à Itália, para conhecer “in loco” o trabalho impossível dissociá-lo, tornando-o mágico
pedagógico desenvolvido na cidade de para as mesmas. O castelo e a princesa Lili
Reggio Emilia. transportam as crianças imediatamente ao
mundo da fantasia trazido nos livros infantis,
PÚBLICO ALVO: crianças de 4 anos principalmente, nos clássicos da literatura,
fazendo com que os momentos de leitura
APRESENTAÇÃO ali vivenciados se tornem tão especiais que
certamente irão acompanhá-las pelo resto
O projeto “A Princesa Lili no Castelo das de suas vidas. Além dos momentos de
Letras” promove experiências significativas leitura realizados no castelo da Lili, serão
no cotidiano das crianças, através do contato desenvolvidas outras atividades tais como:
com os livros e a leitura, utilizando-se dos visitação à biblioteca pública e da instituição,
clássicos da literatura infantil como fonte de contação de histórias com utilização de
prazer e fruição. A contextualização de um materiais diversificados, encenações

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teatrais, culinária e circuitos literários, um seja no castelo da Lili, na rodona realizada na
chá literário com a participação da família e escola, na biblioteca, no corredor, em casa,
a visita da Lili à casa de cada criança. no parque e certamente em outros lugares.
É assim que tenho visto acontecer...
Evidentemente poderão surgir outras
atividades, uma vez que o projeto não é METODOLOGIA
uma atividade engessada, outras demandas
poderão surgir durante a realização do Primeiramente foi apresentado o contexto
mesmo. da princesa Lili, quem era ela, sua idade, o
que gostava de fazer, como e onde vivia e
OBJETIVOS E desvelado seu imenso desejo “conhecer e
JUSTIFICATIVA conviver com crianças que assim como ela
gostasse muito de ler e ouvir histórias”. Feito
As atividades que envolvem o projeto giram isso, surge a demanda de se construir um
em torno da promoção da leitura e forma- castelo, pois toda princesa tem o seu. Para
ção de leitores, todas as ações fomentam tal, tivemos a participação das crianças, de
a leitura e o ato de ler através experiências pais, professoras, gestoras, amigos e da
significativas, no sentido de que as crianças agente da educação que acompanha a turma.
possam progressivamente adquirir com- Assim que terminamos de construir o castelo,
petências em relação à leitura, se apropri- começamos a utilizá-lo para os momentos de
ando efetivamente do hábito de ler, criar e leitura, Lili enviou o seu baú com os livros
imaginar. de que ela mais gosta - seu tesouro. Para as
crianças, esse espaço realmente é o castelo
Os momentos de leitura percorrem os da Lili, não o denominam como cantinho
clássicos da literatura infantil, assim como de leitura, embora seja utilizado para tal.
outros títulos, e contribuem ativamente para Cedem o espaço com prazer para que outras
o processo de construção do leitor que se crianças ou adultos possam também ouvir
pretende formar através desse projeto, não histórias. Houve um momento de leitura com
somente em relação ao público inicial, mas as gestoras, pedagoga e algumas professoras
também ao público conquistado no decorrer e, também, das outras turmas da educação
do mesmo. Perceber a literatura como fonte infantil.
de prazer e fruição envolve dois caminhos:
a leitura dos clássicos e outras histórias e
o mundo da fantasia proposto pela princesa
Lili e seu castelo. Caminhos que se unem
num só sentimento, “o desejo de querer ler
diferentes livros e ouvir mais e mais histórias”,

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A seleção dos livros trabalhados de forma com a professora de corpo e movimento).
mais efetiva (Quenco, o Pato; Os Três A visita à biblioteca da escola, realizada
Porquinhos; Os Músicos de Bremen; O uma vez por semana, propicia às crianças
Bonequinho Doce; A Bonequinha Preta e o momentos coletivos de leitura, em que têm a
Casamento da Dona Baratinha) ou somente oportunidade de escolher novos títulos para
para leitura (Rapunzel; Cachinhos Dourados ler e demonstrar os conhecimentos que já
e os Três Ursos; O soldadinho de Chumbo; O adquiriram com relação aos objetos textuais,
Patinho Feio; Pinóquio; Clássicos de Ouro) foi pois as mesmas ao escolher um livro já se
feita por mim, a professora da turma. Digo sentem curiosas para saber o título, quem
de forma efetiva, porque são os livros usados escreveu, quem ilustrou e outros. E para que
nas atividades de contação de história, em os pais possam compreender a importância
que são explorados os elementos da história, desse ato na vida das crianças, teremos um
com relação ao ambiente onde a mesma “Chá com História”, um momento de leitura
acontece, aos sons, cores, sabores, objetos, com a participação das famílias e a atividade
sentimentos a que cada uma remete e denominada “A Princesa Lili na minha casa”,
outros. A história escolhida é contada com que ocorrerá da seguinte maneira: a criança
apresentação de painéis, materiais visuais levará uma mala para casa, contendo a
diferentes, fantoches, objetos, bichos e Princesa Lili; alguns pertences da mesma,
bonecos de tecido ou pelúcia, fantasias, um livro de história e um livro de registro
dentre outros. para que a família possa relatar o momento
utilizando texto, desenho ou foto.
A forma diferenciada de contar uma
história, a utilização de materiais diversos, a Assim, as crianças terão conhecimento de
caracterização da professora com vestimentas como foi a visita da Lili na casa do colega
diferentes, instigam o encantamento e a (a cada dia será lido o registro da visita
fantasia das crianças, além de estimular o anterior na roda inicial, parte da rotina de
desejo de ler “no livro” a história contada. acolhida das crianças). Com certeza será
A partir dessas histórias, também, são uma experiência literária divertida e de
realizados momentos de culinária, para muita interação. Ao final do projeto, previsto
que as crianças tenham a oportunidade de para novembro, será organizado um grande
vivenciar os sabores contidos nas histórias. baile no castelo com a participação de fadas,
Assim como a realização de montagem de príncipes e princesas, uma encenação de
circuitos literários, que possibilitarão certa parte da história da Lili que dará sentido
intimidade com as personagens, uma vez que a tudo que viram durante a realização do
as crianças terão a sensação de estar dentro projeto a respeito do despertar da leitura.
da história, participando dos movimentos da
mesma com seu próprio corpo (isto realizado

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AVALIAÇÃO nosso castelo para um momento de leitura.
Tenho utilizado o meu tempo pedagógico
Até a presente data o Projeto está avaliado para atender essa demanda e mesmo assim,
de maneira muito positiva. As crianças não consegui ainda atender todas as crianças
demonstram compreender o contexto em que estão esperando. O primeiro ciclo
que ele está sendo realizado, aponta que também já demonstrou interesse. Destarte,
as mesmas, paulatinamente, adquirem todo esse movimento criado em torno da
competências de grande relevância para leitura só aponta para um único sentido,
o processo da leitura. Elas, também, se o da formação de bons leitores, ponto de
interessam a cada dia mais pelos clássicos, convergência entre a criança e a leitura.
não se limitando somente a eles, pois
apreciam outros gêneros textuais. A leitura CAIC - ESCOLA MUNICIPAL
faz parte de forma efetiva em seu cotidiano CARLOS DRUMMOND DE
e o aspecto da fruição é perceptivo durante ANDRADE - ANEXO JOSÉ MARIA
o desenvolvimento das atividades propostas, DOS MARES GUIA
o que já delineia comportamento igual ou
superior nas atividades que ainda estão para A Viagem ao Fantástico Mundo
acontecer. Foi um projeto elaborado para dos Clássicos
uma única turma, e no decorrer do mesmo,
houve uma superação nesse aspecto, haja Por Ilka Michelline Reis Dias Amin

vista que as crianças da educação infantil, É professora dos anos iniciais do Ensino
bem como alguns adultos, já passaram em Fundamental e Educação Infantil,

REFERÊNCIAS
ABRAMOVICH, Fanny. Literatura Infantil: gostosuras e bobices. São Paulo: Editora Scipione, 2005. 171p.
CASASANTA, Therezinha. A Porquinha do Rabinho Enrolado. Belo Horizonte. Editora: Bakana, 1986. 32p. (Coleção Bakaninha).
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Saberes e Conhecimentos: discutindo o currículo da Educação Infantil de Contagem. Contagem, 2002.
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BRAIDO, Eunice. O Casamento da Dona Baratinha. São Paulo: Editora FTD, 2006. 16p. (Coleção Hora de Ler).
______. O Patinho Feio. São Paulo: Editora FTD, 2006. 16p. (Coleção Contos de Papel).
______. Pinóquio. São Paulo. Editora FTD, 1997. 24p. São Paulo: Editora DCL, 2006. 24p.(Coleção Contos de Ouro).
______. Rapunzel. São Paulo. Editora: FTD, 2006, 16p. (Coleção Contos de Papel).
GRIMM, Jacob e Wilhem. Os Músicos de Bremem. Porto Alegre: Editora KUARUP, 1987. 32p. (Coleção Era Uma Vez).
GRISOLIA, Dulcy. A Raposa e as Uvas. São Paulo: Editora FTD, 2001. 24p. (Coleção Fábulas Encantadas).
MACHADO, Ana Maria. Cachinhos de Ouro. São Paulo: Editora FDT, 1997. 24p. (Coleção Lê Pra Mim).
______. Quenco, O Pato. São Paulo: Editora Ática, 2008. 24p.
OLIVEIRA, Alaíde Lisboa de. A Bonequinha Preta. Belo Horizonte: Editora Lê, 1982. 40p. (Coleção Primeiras Leituras).
______. O Bonequinho Doce. Belo Horizonte. Editora Lê, 1982. 32p. (Coleção Primeiras Leituras).
SILVA, Irami B.; NAHUM, Erdna Perugine. Os Três Porquinhos. São Paulo: Editora Scipione, 2009. 24p.
TUTU. O Soldadinho de Chumbo. São Paulo: Editora FTD, 1996. 16p. (Coleção Contos Coloridos).
VILELA, Antonio Carlos. O Patinho Feio. Editora Melhoramentos, 2001. 32p. (Coleção Contos de Andersen).

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com formação em Nível Superior pelo
Instituto Superior de Educação Anísio Coautora: Mary Angela Alves de Mello
Teixeira – Fundação Helena Antipoff e
pós-graduanda em Educação Infantil pelo Bibliotec á r i a , graduada em
Instituto Pedagógico de Minas Gerais. biblioteconomia pela UFMG. Participou
Atualmente é professora alfabetizadora de vários cursos de formação específica
e educadora infantil efetiva da Rede em biblioteca escolar.
Municipal de Contagem.
PÚBLICO ALVO: crianças de 5 anos
Por Geisa de Andrade Pontes
APRESENTAÇÃO
É professora dos anos iniciais do Ensino
Fundamental. Pedagoga, com habilitação No universo dos clássicos da literatura,
em supervisão Escolar e Educação Infantil. escolhemos os contos de fadas para o trabalho
Especialista em Educação Infantil, pelo com as duas turmas de cinco anos do turno
CEPEMG. Entre 2007 e 2009, atuou da tarde. A princípio, as crianças escolheriam
como Gestora da Educação na Secretaria os contos que gostariam de trabalhar
Municipal de Educação e Cultura de durante o ano. No entanto, percebemos
Contagem, como Assessora Pedagógica que a contação de histórias envolveu mais
do Núcleo de Alfabetização e Letramento. as mesmas, as famílias e os educadores,
Participou, como formadora, nos cursos através do projeto da Sacolinha Literária.
de Formação para os Conselhos Escolares Vale ressaltar, também, outras atividades
das escolas Municipais de Contagem. que nortearam nosso projeto como: cantinho
Municipal de Contagem. da leitura, encenações, produção de texto
coletivo, confecção de portfólios, oficinas de
Por Cleomar A. Ferreira de Alcântara arte, visita à biblioteca, relato dos pais.

É professora, graduada em Pedagogia Os livros escolhidos foram: “Chapeuzinho


ISEAT- Fundação Helena Antipoff, com Vermelho”, “Cachinhos Dourados e os
especialização em Musicalização Infantil Três Ursos”, “A Dona Baratinha”, “Os Três
pela UEMG. Participou de várias formações Porquinhos”, “João e o Pé de Feijão”,dentre
continuadas realizadas pela SEDUC, outros.
tais como: Necessidades Educativas
Especiais, Contação de História e História OBJETIVOS E
e Cultura Afro-brasileira. Atualmente é JUSTIFICATIVA
coordenadora da Educação Infantil.
Este projeto teve o objetivo de despertar

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nas crianças o gosto pela leitura, ampliando bibliotecária. Elas puderam manusear os
saberes e conhecimentos sobre o mundo livros, apreciá-los livremente, trocá-los
dos contos de fadas. Proporcionou um e comentar as histórias com os colegas.
maior envolvimento das famílias, tanto no Mary Angela explicou a existência de várias
processo de incentivo à leitura, quanto no versões e adaptações para a mesma história.
acompanhamento do que é produzido na
sala de aula e no ambiente escolar dessas
crianças. As atividades escolhidas envolveram
as crianças em todo o desenrolar do projeto
através de interações e experiências próprias
da infância.

As visitas semanais à biblioteca já faziam


parte da rotina das turmas. No entanto, a
partir daquele momento os livros de contos
de fadas foram reservados para o projeto.
METODOLOGIA Tanto naquele espaço quanto nos cantinhos
de leitura das salas, os mesmos ganharam
“A viagem ao fantástico mundo dos clássicos” destaque em relação aos outros, sendo
começou com uma visita feita pelas turmas à usados nos momentos de leitura.A partir
biblioteca escolar. Em um trabalho articulado daí, as rodinhas de leitura tinham sempre
e previamente planejado, a bibliotecária Mary os contos de fadas como tema principal.
Angela conversou com as crianças sobre As crianças puderam falar sobre os que já
os contos de fadas e apresentou os títulos conheciam, estimuladas pelas perguntas
existentes no nosso acervo. Trataram sobre das professoras e pelos livros a que tinham
os personagens conhecidos como o lobo, as acesso, foram relatando suas bagagens
fadas, as bruxas, as princesas, os príncipes, literárias.
os animais e bonecos que falam. Também
foram contextualizados os ambientes e os
enredos das histórias lembradas ali.

As crianças ouviram a história de


“Chapeuzinho Vermelho”, contada pela

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Dessa forma, foram listados os títulos. Cada coletiva do livrão da história “A Princesa e
turma construiu sua lista. As professoras o Sapo”. Fizeram também uma encenação
combinaram com as crianças que daquelas para todas as crianças da educação infantil
histórias seriam escolhidas algumas para um e primeiro ciclo.
trabalho mais sistemático e com mais ênfase
naquelas obras. Elas concordaram que seria Na turma da professora Michelline, a história
interessante fazer uma seleção daquelas escolhida foi “João e o Pé de Feijão”. Então, a
menos conhecidas por eles. Em seguida, professora leu e releu a história várias vezes.
houve uma votação em que cada uma pôde Depois, foram observadas as ilustrações. A
escolher a que queria trabalhar. partir desse momento, as crianças fizeram
vários desenhos e decidiram fazer a casa
No andamento do projeto, cada turma trilhou do Joãozinho usando caixa de leite. Cada
um caminho com as histórias escolhidas. Na uma fez seu Joãozinho e um ovo de ouro de
turma da professora Geisa, o trabalho foi com materiais reaproveitáveis. Educação Infantil
“A Princesa e o Sapo” e “A Pequena Sereia”. no auditório. Também foram plantados
Ela leu e releu várias versões das histórias, feijões em potinhos, podendo observar seu
explorando as características literárias e as crescimento. Foram construídas uma harpa
ilustrações. As crianças apontaram as e a galinha com jornais. Houve apresentação
atividades que seriam desenvolvidas a partir das histórias através de dramatização para
dali, tais como: a reescrita coletiva do livro “A as turmas da Educação Infantil no auditório.
Pequena Sereia”, desde que cada um tivesse
o seu exemplar; construção do castelo e Conseguiu-se, também, o envolvimento das
do jardim do livro “A Princesa e o Sapo” professoras de apoio em suas oficinas de arte,
utilizando material reaproveitado; produção em que foram confeccionados produtos que
ilustraram as histórias como: dobraduras,
colagens, desenhos, modelagem e pintura.

A Sacolinha Literária é um projeto


institucional que já faz parte do cotidiano da
escola. Cada criança leva para casa um livro,
nesse caso os contos de fadas, fica durante

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uma semana para leitura entre a família
e se prepara para contar aos colegas.
Este ano, os familiares foram envolvidos
durante todo o processo, auxiliando na
leitura, interpretação e uso da criatividade
na apresentação. Além disso, escreveram
um pequeno relato sobre sua experiência
de leitura junto à criança. É importante
ressaltar que nenhuma delas ficou sem
auxílio familiar na atividade domiciliar,
independente de ter sido pai, mãe, irmão,
avó ou outro parente. Tivemos a presença
de muitos familiares no dia da contação. AVALIAÇÃO

Na turma da professora Michelline, após O retorno foi muito positivo das atividades
a apresentação das crianças, uma delas desenvolvidas, pois as crianças participaram
sugeriu que a turma confeccionasse efetivamente da construção desse projeto.
seu próprio conto, misturando alguns Elas apontaram caminhos, mostrando
personagens das histórias lidas. Todos autonomia, vontade de aprender e respeito
concordaram e foi iniciada a escrita pela opinião do coletivo nos momentos
coletiva. Dessa forma, cada criança terá o das escolhas. Demonstraram grande
seu livrinho sendo coautor e ilustrador. envolvimento e interesse nos momentos
de leitura, pedindo a professora que
disponibilizasse mais vezes os livros do
cantinho de leitura e da biblioteca. Eles
queriam tocar, observar, ver e muitas vezes
pareciam realmente que estavam lendo.

Durante as contações de histórias, observou-


se que todos encontraram estratégias para
cumprir seu ‘compromisso’, vencendo a
timidez, a emoção, a ansiedade de chegar a
sua vez, o nervosismo, o medo, as limitações
cognitivas e físicas, além do próprio fato de
“não serem ainda alfabetizadas”. A presença
dos familiares trouxe muita segurança para
as crianças.

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Muitas pessoas, no ambiente escolar,
questionaram: “como que uma criança de
cinco anos vai ler um livro?” Eles provaram
vontade de conhecer e explorar cada vez mais.
que existem diversos tipos de leitura,
A escola embarcou nessa viagem e a cada
até mesmo leitura de um mundo tão
história completava a bagagem da turma com
desconhecido e fantástico, e que, ao mesmo
alegria, prazer, conhecimento, descobertas.
tempo, conseguiram relacioná-los com suas
Enfim, todos foram príncipes, princesas, sapos,
vivências.
bruxas, reis, bonecos, animais e tudo o que a
Dessa forma, as atividades despertaram a
Literatura nos possibilita imaginar!

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REFERÊNCIAS

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______. MW Editora, s/d. (Coleção Princesinhas)
A PRINCESA E O SAPO. MW Editora, s/d. (Coleção Princesinhas – Ciranda Cultural)
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ANDERSEN, Hans Christian. O patinho feio. São Paulo: Rideel, 2000. (Coleção Conta pra mim)
BALLESTEROS, Xosé. Os sete cabritinhos. São Paulo: Callis, 2013.
BARRO, João de. O gato de botas. São Paulo: Moderna, 2006. (Coleção Clássicos Infantis) BELLI, Roberto. A galinha dos
ovos de ouro. Editora BrasiLeitura, s/d. (Coleção Fábulas Inesquecíveis)
BELLIINGHAUSEN, Ingrid Biesemeyer. Chapeuzinho vermelho. São Paulo: DCL, 2007.
______. Cachinhos dourados e os três ursos. São Paulo: DCL, 2006.
BRADO, Eunice. O pequeno Polegar. São Paulo: FTD, 2009. (Coleção Hora de Ler)
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BRAZ, Júlio Emílio Braz. João e Maria. São Paulo: FTD, 2003. (Coleção As bruxas de Grimm)
BUCH, W. Aladim e a lâmpada maravilhosa. MW Editora, s/d. (Coleção Contos Clássicos
______. Bambi. MW Editora, s/d. (Coleção Clássicos Eternos)
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______. Pinóquio. MW Editora, s/d. (Coleção Clássicos Eternos)
CACHINHOS DE OURO. São Paulo: Escala, s/d. (Coleção Mundo Encantado)
CAPDEVILA, Roser. Os três porquinhos. São Paulo: Scipione, 2004. (Coleção Contos fantásticos das trigêmeas) CINDERELA.
Barueri: Girassol, s/d. (Coleção Clássicos do Mundo)
CUNHA, Mô. Pinóquio. Barueri: Girassol, s/d. (Coleção Grandes Clássicos)
GRIMM, Jacob. O rei sapo. Porto Alegre: Kuarup, 1987. (Coleção Era uma vez...Grimm)
GRISOLIA, Dulcy. João e Maria. São Paulo: FTD, 2000. (Coleção Contos clássicos)
JOÃO E MARIA. Ciranda Cultural, s/d. (Coleção Contos Clássicos)
MACHADO, Ana Maria. Dona baratinha. São Paulo: FTD, 2004. (Coleção Lê pra mim)
______. Os três porquinhos. São Paulo: FTD, 2004. (Coleção Lê pra mim)
MARQUES, Cristina. A bela e a fera. Editora BrasiLeitura, s/d. (Coleção Ler e Ouvir Contos Clássicos)
______. Bambi. Editora BrasiLeitura, s/d. (Coleção Ler e Ouvir Contos Clássicos)
______. Branca de neve. Editora BrasiLeitura, s/d. (Coleção Clássicos de ouro)
______. O pequeno Polegar. Editora BrasiLeitura, s/d. (Coleção Ler e Ouvir Contos Clássicos)
______. Peter Pan. Editora BrasiLeitura, s/d. (Coleção Ler e Ouvir Contos Clássicos)
O LOBO E OS SETE CABRITINHOS. Editora Oceano, s/d. (Coleção Contos Clássicos)
PORTO, Cristina. O soldadinho de chumbo. São Paulo: Moderna, 2006. (Coleção Clássicos Infantis)
RAPUNZEL. MW Editora, s/d. (Coleção Contos Clássicos)
ROCHA, Ruth. O patinho feio. São Paulo: FTD, 2004.
SOUZA, Maurício de Souza. A pequena sereia. São Paulo: Editora Maurício de Souza, 2008. (Coleção Clássicos Ilustrados)
______. O soldadinho de chumbo. São Paulo: Editora Maurício de Souza, 2008. (Coleção Clássicos Ilustrados)
______. O príncipe sapo. São Paulo: Editora Maurício de Souza, 2008. (Coleção Clássicos Ilustrados)
TUTU. A roupa nova do rei. São Paulo: FTD, 1996. (Coleção Contos Coloridos)
YEHEZKEL, Raquel Teles. Peter Pan. Belo Horizonte: Leitura, 2003. (Coleção Mundo Mágico)

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APRESENTAÇÃO
CAIC - ESCOLA MUNICIPAL
CARLOS DRUMMOND DE A proposta do projeto partiu do princípio
ANDRADE de buscar atender as demandas internas
da instituição escolar quanto a projetos
Chá com Leitura de aprofundamento no âmbito da leitura
e de ir ao encontro com a proposta da
Por Marcos Antônio da Cruz SEDUC/Programa de Leitura. Para isso,
apresentamos o projeto “Chá com Leitura”.
Professor de Ensino Religioso. Graduado Nessa versão, atenderemos à proposta
em Filosofia pela PUC/MG. Bacharel em temática “Os Clássicos da Literatura”, em
Teologia. Pós-graduado em Ciência da que o foco se dará nos autores da Literatura
Religião. Professor da Rede de Educação Brasileira.
de Contagem desde 2005. Atua, também,
na Rede de Educação de Betim.

PÚBLICO ALVO: estudantes de 12 a 14


anos

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PREFEITURA MUNICIPAL DE CONTAGEM

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JUSTIFICATIVA E · Desenvolver intervenções artísticas teatro,
OBJETIVOS música, dança...) a partir dos interesses dos
participantes.
A leitura nos faz viajar por muitos lugares e
desperta nossa criatividade. Diante das novas METODOLOGIA
tecnologias muitos de nossos alunos tendem
a abandonar a leitura dos livros substituindo- Dessa forma, o projeto buscou realizar dois
os pelas telas de tablets e computadores. É encontros semanais, na escola, sempre nos
necessário o resgate do gosto pelo livro, da horários destinados ao projeto de leitura. Na
troca de ideias e o prazer de se assentar para reunião, todos escolhem um conto, poema
degustar uma boa leitura. ou qualquer outro gênero literário e levam
para leitura posterior. No próximo encontro,
· Desenvolver o gosto pela leitura e a conversa-se sobre o que foi lido, podendo
socialização das vivências literárias, com a haver declamação ou leitura dramatizada de
consequente elevação da aprendizagem nas poema ou outro gênero.
diversas áreas do conhecimento.
No último encontro da série, com duração
· Apreciação de alguns clássicos da literatura de 2 horas, os participantes providenciarão
brasileira. salgados, biscoitos, doces, refrescos,
refrigerantes e, claro, chá para a partilha.
· Chamar a atenção dos alunos, participantes Os pais dos alunos serão convidados
ou não do projeto, para a apreciação literária, para este evento. Nesta ocasião, teremos
através da disseminação das ações realizadas apresentações diversas envolvendo
para a comunidade escolar. declamações de poemas, socialização das
experiências, contações de história,
· Propiciar, a partir da apreciação literária, o emoções vividas durante o projeto e outras
desenvolvimento dos talentos artísticos dos apresentações artístico-culturais de acordo
participantes. com a inspiração do grupo.

REFERÊNCIAS
ANDRÉ, Hildebrando A. de. (Adap.) Dom Casmurro. São Paulo: Scipione, 2004. 136p. (Série Reencontro).
ASSIS, Joaquim Maria Machado de. Cinco histórias do Bruxo do Cosme Velho. 3 ed. Porto Alegre: Editora Projeto, 1999.
86p.
______. O alienista e outros contos. São Paulo: Moderna, 1994. 71p.
______. Um apólogo. São Paulo: Escala Educacional, 2008. 32p.
FRANÇA, Júnia Lessa,VASCONCELLOS, Ana Cristina de. Manual para normalização de publicações técnicocientíficas. 8
ed. Belo Horizonte: UFMG, 2009. 256p.
LOBO, Cesar. (Adap.). O Alienista. São Paulo: Ática, 2010. 72p. (Série Clássicos Brasileiros em HQ).

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Professora de Educação Infantil pela
AVALIAÇÃO Prefeitura Municipal de Contagem, com
formação no curso Normal Superior e
A avaliação deve ser um acompanhamento Pós-graduação com Especialização em
da trajetória que o aluno está trilhando, a Língua Portuguesa.
mesma ocorrerá através da observação de
suas práticas orais e escritas, intervenções, Por Marinei dos Reis Lana Chaves
debates e exposições, bem como seu
desempenho individual e em grupo. Graduada em Pedagogia. Professora
de Educação Infantil pela Prefeitura
Municipal de Contagem, com curso
CEMEI EUSTÁQUIO JUNIO Superior Completo em Pedagogia pela
MATOSINHOS Universidade Castelo Branco. Experiência
também na Prefeitura Municipal de Betim
Chapeuzinho, Qual é a sua na Tesouraria e Gestão. Como professora
Cor? de Educação Infantil na instituição CEI
Cândida Rodrigues.
Se quiser falar ao coração dos homens,
há que se contar uma história. Dessas Por Solange Aparecida Pereira Quintão
onde não faltem animais, ou deuses
e muita fantasia. Porque é assim: Professora de Educação Infantil pela
suave e docemente que se despertam Prefeitura Municipal de Contagem, com
consciências. curso Superior em Pedagogia e Curso
JEAN DE LA FONTAINE de pós-graduação em Psicopedagogia
Clínica e Institucional, ambos pela UEMG.
Ter acesso à boa literatura é dispor de Atuou também como bolsista de projetos
uma informação cultural que alimenta de pesquisa e extensão sobre Jogos
a imaginação e desperta o prazer pela Matemáticos na Faculdade de Educação
leitura. da Universidade do Estado de MG.
Referenciais Curriculares para a Educação
Infantil (1998). PÚBLICO ALVO: crianças de 5 anos

Por Kalina Lara Narciso Silva APRESENTAÇÃO

O projeto “Chapeuzinho, qual é a sua


cor?” buscou estimular a relação artística
dos pequenos leitores com os Clássicos

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da Literatura Infantil. As atividades do releituras e/ou adaptações dos Clássicos da
projeto foram planejadas de modo que Literatura Infantil e estimular a criatividade
proporcionassem às crianças uma trajetória e a oralidade.
de leitura, partindo da versão clássica da
obra “Chapeuzinho Vermelho” e analisando, O presente trabalho partiu da importância
posteriormente, releituras de alguns de proporcionar às crianças o contato com a
clássicos como: “Chapeuzinhos Coloridos”, Literatura Infantil e buscou, principalmente,
“Chapeuzinho Amarelo”, “Uma Chapeuzinho incitar o gosto pela leitura e a relação
Vermelho”, “Chapeuzinho Vermelho: a artística com as obras literárias. Além disso,
verdadeira história”, “Chapeuzinho Vermelho a proposta de se trabalhar com diferentes
e as cores”, “Chapeuzinho Vermelho de Raiva versões do clássico Chapeuzinho Vermelho
– Mario Prata” e “Chapeuzinho Vermelho: é importante para levar os pequenos a
Uma aventura borbulhante”. perceberem que a história não é única, pois
existem diferentes visões de mundo, sendo
No desenvolvimento do projeto, foram assim, existem diferentes versões da mesma
realizadas atividades como leitura das obras, história, na Literatura e na vida.
visita da Chapeuzinho Vermelho, reconto oral
das histórias, criação de outras versões do METODOLOGIA
conto da Chapeuzinho Vermelho e ilustração
das mesmas, confecção de ilustrações da O trabalho proposto partiu da leitura (feita
obra, Sacola Encantada, Confecção do livro pela professora) das versões clássicas da
de Receitas da Chapeuzinho e registro (feito Chapeuzinho Vermelho e, posteriormente,
pelas famílias) da realização de uma das foram apresentadas às crianças as releituras
receitas do livro. da obra clássica. Tal sequência se justifica por
proporcionar uma trajetória de leitura em que
OBJETIVOS E a exploração da versão original do clássico
JUSTIFICATIVA colabora para compreender as releituras
apresentadas e para a reflexão sobre tais
O objetivo geral do projeto foi ampliar o obras. Durante a leitura, foram destacadas as
universo da Chapeuzinho Vermelho, ilustrações e os objetos textuais das mesmas,
conhecendo suas releituras e/ou adaptações, como autor e ilustrador. Além disso, fizemos
estimulando uma relação artística com a problematização das histórias através de
tais obras. O projeto também teve como perguntas orais.
finalidade estimular a relação artística
com textos literários; incitar o prazer e o Foram realizados outros importantes
interesse pela leitura e a escrita; ampliar o momentos como a visita da Chapeuzinho
repertório literário das crianças; conhecer Vermelho, o reconto oral feito pelas crianças

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com uso do avental e os
personagens da história e
a confecção de ilustrações
da história da Chapeuzinho
Vermelho.

Algumas outras atividades destacam


ainda mais as produções das crianças, como
a escrita de uma versão feita e ilustrada
por elas, tendo como título e tema: “Por
onde anda a Chapeuzinho?” e a produção
de um desenho da sua própria Chapeuzinho, Foi realizada também uma

escolhendo as cores de suas roupas e suas oficina de uma das receitas

características. do livro confeccionado.


Em outros momentos, além da participação
das crianças, foi fundamental a colaboração AVALIAÇÃO
das famílias, como na criação de versões
da história e na visita da “Sacola Mágica”. A A avaliação foi realizada de forma
atividade com a Sacola Encantada aconteceu processual e contínua, através da
da seguinte maneira: a cada dia uma criança observação das crianças e das suas
levava para casa uma sacola contendo o produções, buscando avaliar se os objetivos
livro da história trabalhada, uma luva, uma foram alcançados. Foram analisados, ainda,
fantasia dos personagens da história e um pontos como o interesse da criança pela
caderno de registro dos pais e das crianças. leitura e pela temática; a participação,
o envolvimento e a motivação delas na
Por fim, foram realizadas também atividades realização das atividades propostas; as
com as receitas das coisas que a Chapeuzinho produções como desenhos e as histórias
levava em sua cesta (torta, bolo e doces). construídas com a família. Além disso,
As crianças confeccionaram um livro de as professoras farão uma autoavaliação,
“Receitas da Chapeuzinho” que levaram para abordando aspectos como motivação,
suas casas. Após a confecção do mesmo, as postura questionadora, preparação das
famílias foram convidadas a fazer uma das atividades e busca por respostas dos
receitas do livro e registrar através de fotos questionamentos dos estudantes.
e/ou desenho e relato escrito.

REFERÊNCIAS
ABU, Angelo. Chapeuzinho Vermelho e as cores. São Paulo: Lemos Editorial, 2011.
ALMODÓVAR, Antonio Rodríguez. Chapeuzinho Vermelho: a verdadeira história. São Paulo: Instituto Callis, 2008.
BELLI, Roberto. Clássicos de Ouro. Blumenau: Todolivro Editora, 2007.
BUARQUE, Chico. Chapeuzinho Amarelo. 27.ed. Rio de Janeiro: José Olympio Editora, 2011.
LERAY, Marjolaine. Um Chapeuzinho Vermelho. São Paulo: Companhia das Letrinhas, 2012.
ROBERTS, Lynn. Chapeuzinho Vermelho: Uma aventura borbulhante. São Paulo: Zastras, 2009.
TORERO, José Roberto; PIMENTA, Marcus Aurelius. Chapeuzinhos Coloridos. Rio de Janeiro: Alfaguara, 2010.

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Municipal de Contagem.
CEMEI NOVA CONTAGEM
Por Angela Melo Correa
Clássicos da Literatura
Infantil com Chapeuzinho Graduada em Normal Superior pela Unipac
Vermelho – Esmeraldas. Possui experiência na área
educacional há dez anos. Atualmente
Para que uma estória realmente prenda está lotada no Cemei Nova Contagem
a atenção da criança, deve entretê-la onde exerce o cargo de diretora. Realizou
e despertar sua curiosidade. Mas para cursos de aprimoramento do Procap,
enriquecer sua vida deve estimular-lhe PCN, Racismo, Currículo na Educação
a imaginação: ajudá-la a desenvolver Infantil, Gestão Financeira, Avaliação
seu intelecto e a tornar claras suas dentre outros.
emoções.
(BETTELHEIM, 2002: 05) PÚBLICO ALVO: crianças de 4 e 5 anos

Por Keila da Silva Rocha

Graduada em Pedagogia com ênfase em


Gestão e Docência na Educação Infantil
pela Pontifícia Universidade Católica de
Minas Gerais. Atua como pedagoga em
escolas da Rede Municipal de Contagem
desde 2007 e como professora nos
últimos três anos.

Por Maria Aparecida da Silva

Graduada em Pedagogia e pós-graduada


em Psicopedagogia, Educação Inclusiva
e Educação Infantil. Atua há 27 anos
como pedagoga na rede de Contagem
- Ensino Fundamental 1º e 2 º Ciclos
e Educação Infantil
e professora da
Educação de Jovens
e Adultos na Rede

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APRESENTAÇÃO

Os contos clássicos compõem o patrimônio


cultural da humanidade por conterem valores
e características que representam diversos Ilustrando o livro Chapeuzinho Azul

fatores da sociedade e por conterem um


caráter atemporal. Nesse entendimento,
afirmamos ser direito de toda criança
experimentar o mundo de maravilhas contido
nos livros, principalmente os que compõem a
literatura clássica.

Ao trabalhar a literatura clássica, nosso Cesta Literária Luís Fernando, 4 anos

maior objetivo é facilitar o acesso a livros


Nesta etapa, confeccionamos monstrinhos
e estimular o prazer pela leitura. Para isso,
desenhados pelas próprias crianças. Não
organizamos algumas atividades para serem
limitamos nosso projeto à sala de aula.
realizadas durante as aulas de Literatura e
Para isso, incluímos a família no projeto
Arte com crianças de 4 e 5 anos no CEMEI
através do empréstimo de um kit de leitura,
Nova Contagem.
oferecemos uma homenagem para as vovós
e convidamos para ajudarem na confecção
Iniciamos com a obra Chapeuzinho Vermelho
de uma linda toalha de mesa.
em roda de leitura. A cada livro, enfocamos
na composição do mesmo: capa, título,
OBJETIVOS
autor, ilustrador, texto e ilustrações. A cada
semana, conhecemos uma versão diferente
O objetivo principal deste projeto é despertar
do Clássico como “Chapeuzinho Amarelo”,
nas crianças o valor da leitura como fonte
“Chapeuzinho Vermelho: Uma Aventura
de prazer. Não se limitar aos muros da
Borbulhante”, “Chapeuzinho Vermelho, do
escola, mas alcançar as famílias através de
jeito que o lobo contou” e “O mal do lobo
empréstimos de livros da literatura infantil
mau”. Em outra etapa, as crianças foram
que compõe o acervo da Instituição e ainda,
incentivadas a escrever um reconto e registrá-
possibilitar o desenvolvimento do senso
lo através da confecção de um livro. A versão
crítico a partir da leitura de versões diferentes
Chapeuzinho Amarelo de Chico Buarque nos
de um mesmo conto e a criação de um livro.
permitiu abordar sobre o medo das crianças
e, assim como a personagem, vencer os
METODOLOGIA
próprios assombros com criatividade.

Nosso conto de partida foi Chapeuzinho

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Vermelho, do autor João de Barro. Algumas Após rodas de conversa, fizemos
diferentes versões como “Chapeuzinho fantoches do monstro verde e pedimos
Amarelo”, “Chapeuzinho Vermelho: Uma para as crianças desenharem em uma
Aventura Borbulhante” e “Chapeuzinho folha A4, o que lhes despertavam medo.
Vermelho, do jeito que o lobo contou” Destes, escolhemos cinco para usar como
e “O Mal do Lobo Mau” também foram molde para confecção dos monstrinhos
apresentadas através de roda de leitura. em feltro e cada um recebeu um nome
Por intermédio dessas leituras, as crianças criado pelas crianças por meio de
foram capazes de compreender que uma votação, seguindo a dinâmica em que a
mesma história pode ser contada de personagem Chapeuzinho Amarelo vence
diversas perspectivas e interpretações. seus medos.

Seguindo essa ordem, foi possível estimular Também tivemos a oportunidade de


a escrita e confecção de um livro de reconto conhecer outros clássicos como Os três
do clássico, intitulado Chapeuzinho Azul. Porquinhos, Bela Adormecida, Pinóquio,
A professora foi responsável por grafar Branca de Neve e os Sete Anões, a Bela e
o texto ditado pelas crianças. As turmas a Fera e Cachinhos Dourados.
foram organizadas para juntas escreverem
e ilustrarem a história com pequenas A literatura não foi apresentada somente
intermediações da educadora. na sala de aula. Propomos ir além
dos muros da escola resgatando e,
Enfocamos também na releitura de Chico talvez, criando em algumas famílias,
Buarque “Chapeuzinho Amarelo” em que um momento de interação prazerosa
sua personagem tinha medo de tudo, através da leitura, utilizando um kit de
medos que a impedia de manifestar seus empréstimo denominado cesta literária.
desejos e vontades de criança. Mas sem a A cada semana uma criança sorteada
ajuda e sem um toque de magia, aprendeu levava em uma cesta um livro escolhido
a superá-los. por ela, a personagem Chapeuzinho
Desta forma, decidimos ajudar as crianças Vermelho e um diário de registro.
a superar seus medos. Buscamos leituras Sugerimos que a família se reunisse
complementares sobre o assunto: “Monstro para fazer a leitura do livro. Ao trazer
Verde”, “Quem tem medo de monstro” e
“Monstruosidades” que não assustam, mas
se trabalhados de forma dinâmica, podem
ajudar as crianças a superarem os próprios
medos.

Modelo 01 de desenho e monstrinho elaborado pelas crianças.

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novamente o livro para a escola, a criança A avaliação na Educação Infantil não possui
fará a leitura do mesmo para seus colegas caráter promocional. Nesse projeto, possui
de classe. o objetivo de intervir e modificar a prática
Na história de Chapeuzinho Vermelho, a mãe
da menina pede que ela atravesse a floresta
para visitar a vovó doente, levando uma cesta
de doces. O cuidado e a afetividade entre
vovós e netos foram resgatados no decorrer
do projeto e efetivados através de um chá
da tarde, em que além do lanche, as vovós
ouviram poesia e assistiram à apresentação
das crianças para homenageá-las. Nesse
dia, convidamos as vovós, crianças e
profissionais da Instituição para desenharem docente para garantir uma aprendizagem
ou pintarem em um retalho de tecido, uma significativa para as crianças e o interesse
de suas lembranças da infância. Com cada delas bem como a participação da família.
peça, formamos uma linda toalha de mesa
inspirada no livro “A colcha de Retalhos”. AGRADECIMENTOS

O projeto contribuiu significativamente A todos os funcionários do Cemei Nova


para o desenvolvimento das crianças em Contagem, família e crianças que colaboraram
todos os aspectos que a leitura permite. e tornaram possíveis a execução do projeto.
Mas acreditamos que nossa maior conquista Em especial agradecemos a professora
é possibilitar um momento de interação Adélia Almeida Prates pela finalização da
familiar através da leitura. Para algumas nossa toalha de mesa.
crianças, essa pode ter sido uma experiência
nova e transformadora.

AVALIAÇÃO

REFERÊNCIAS

BARRO, João de. Chapeuzinho Vermelho. 2. ed. São Paulo: Moderna 2003. 48p.
BETTHELHEIM, Bruno. A psicanálise dos contos de fadas. 16. ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2002.
COSTA, Maria Iranilde Almeida. O que há de novo na velha história? O atual e o contemporâneo nas releituras
de Chapeuzinho Vermelho. Disponível em: <http://www.letras.ufrj.br/ciencialit/garrafa/garrafa24/volii/oquehadenovona_
iranild ealmeida.pdf >. Acesso em: agosto. 2014.
HOLANDA, Chico Buarque de. Chapeuzinho Amarelo. 30ª. ed. Rio de Janeiro: José Olympio, 2011.
MENDONÇA, Martha. Mergulhe nos Clássicos. Disponível em: <http://revistaepoca.globo.com/Vidautil/ noticia/2012/06/
mergulhe-nosclassicos. html. Acesso 24 ago. 2014.
ROBERTS, Lynn. Chapeuzinho Vermelho - Uma Aventura Borbulhante. São Paulo: Nobel, 2009. 36p.
VENEZA, Maurício. Chapeuzinho Vermelho do Jeito Que o Lobo Contou. Rio de Janeiro: Compor, 2011.

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CEMEI PEROBAS as crianças, do contato desde pequenos com
os livros de literatura infantil, despertando e
Revivendo o Clássico “Branca incentivando o hábito, o gosto e o interesse
de Neve e os Sete Anões” por ouvirem, contarem e sentirem prazer
nas situações que envolvam a história.
O conto é uma chave mágica que abre as Busca promover, também, a participação das
portas da inteligência e da sensibilidade famílias no universo da leitura.
da criança para a sua formação integral.
JUSTIFICATIVA
BÁRBARA VASCONCELOS DE CARVALHO
A Educação Infantil de Contagem tem
como lema “Educar, Cuidar, Brincar”. Possui
currículo próprio, criado especificamente
Por Roseli Teixeira Guerra Maciel para atender as crianças de 0 a 5 anos com
o objetivo de proporcionar experiências que
Graduada em Pedagogia pela UFMG, com contemplem os campos das linguagens oral e
especialização em gestão Educacional escrita, o brincar e as brincadeiras, o mundo
pela Faculdade Pitágoras. Atua como social, cuidado e as relações, matemática,
professora na rede Salesiano e como mundo natural, artes e a linguagem plástica
pedagoga na Rede de Educação de e visual, música e a linguagem musical,
Contagem desde 2001. corpo e a linguagem corporal em que as
experiências vividas nessa caminhada são
Por Ângela Iza Pereira selecionadas e organizadas intencionalmente
pelas profissionais da instituição de ensino e
Graduada em Pedagogia pela UCB. Atua que estejam sempre abertas ao imprevisível.
como Agente da Educação Infantil há 4
anos na Rede de Educação de Contagem. Propomos, nesse trabalho com a literatura,
envolver as crianças no trabalho com
PÚBLICO ALVO: crianças de 3 anos um clássico da literatura incentivando e
valorizando o hábito de contar histórias para
APRESENTAÇÃO as crianças, despertando e incentivando o
hábito, o gosto e o interesse por ouvirem,
O projeto Revivendo o clássico “Branca de contarem e sentirem prazer nas situações que
Neve e os Sete Anões” propõe o envolvimento envolvam a história, promovendo também
das crianças de 3 anos da turma da Amizade a participação das famílias no universo da
do turno da manhã do Cemei Perobas no leitura para que assim a leitura faça parte do
trabalho com um clássico da literatura. O cotidiano das crianças e continue pela vida
foco do projeto é a importância de se ler para toda.

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Vereda Literária / OS CLÁSSICOS DA LITERATURA

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Através da leitura, imagética ou não, do nome da turma. A turminha passou a se
a criança adquire uma postura crítico- chamar turma da Amizade. O trabalho com a
reflexiva extremamente importante para a literatura contempla o currículo da educação
sua formação cognitiva. O conto e reconto infantil de Contagem em especial os campos
de estórias devem fazer parte do dia a dia de experiências das linguagens oral e escrita
da escola, principalmente, de uma escola
de educação infantil, uma vez que por meio OBJETIVOS
da literatura infantil podemos levar nossas
crianças para qualquer lugar, mágico ou real. · Incentivar e valorizar a importância de se ler
Ao contar uma estória é possível perceber os para as crianças;
diferentes níveis de emoção e participação,
de acordo com a idade das crianças. Segundo · Propiciar para as crianças desde pequenas
Costa, Silva et. Al. (2005, p. 100) “no faz de o contato com os livros de literatura infantil,
conta a criança aprende a dominar regras, despertando e incentivando o hábito, o gosto e
trabalhar suas emoções, seus medos. Ela o interesse por ouvirem, contarem e sentirem
experimenta diferentes papéis.” prazer nas situações que envolvam a história.

Pensando em todos os benefícios que · Promover a participação das famílias no


a literatura traz para nós adultos e, universo da leitura;
principalmente, para nossas crianças, o
trabalho será desenvolvido revivendo um · Resgatar um clássico da literatura infantil;
clássico da literatura “Branca de Neve e os
Sete Anões”. · Incentivar a criança a explorar o faz de conta
e a imaginação para ampliação do
A ideia de trabalhar com a história da repertório simbólico bem como ampliar a sua
Branca de Neve e os Sete anões surgiu compreensão de mundo;
após as crianças visitarem a nossa pequena
biblioteca e no universo de quinze crianças, · Incentivar a participação das crianças nas
cinco escolheram os livros com a história rodas de leitura, conto e reconto das histórias..
da Branca de Neve e os Sete Anões. Após
a escolha do livro e durante a roda de
contação de histórias, as crianças elegeram
o livro com a história da Branca de Neve e
os Sete Anões para ser o primeiro livro que
a professora iria ler para eles.
A história da Branca de Neve e os Sete Anões
foi também o detonador para a escolha

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METODOLOGIA montando o cenário da estória construído
especificamente para decorar a salinha
Começaremos o nosso projeto de literatura da Amizade e sempre trabalhando com as
levando as crianças para a nossa pequena crianças o conto, reconto, as ilustrações, a
biblioteca, deixaremos que elas escolham escuta e a interpretação da estória.
os livros que mais lhe chamarem atenção,
que os folheiem, conversem com os colegas Outra atividade importante consiste na
e as professoras a respeito do livro que montagem da pasta literária que as crianças
escolherem e o porquê da escolha. levarão para casa, em que um familiar
contará a história do livro que foi escolhido
As crianças levarão os livros escolhidos para por sua criança, ouvir a sua opinião a respeito
a roda de contação de história e decidirão da história, do que mais gostou, pedi-la
junto com a professora qual livro terá a sua para contar e ou até modificar a história
história lida primeiro. Após consenso o livro ou até mesmo se não gostou. Em seguida,
escolhido foi o da história Branca de Neve pedirá para que a criança faça um desenho
e os Sete Anões da coleção Meus Clássicos da parte da história de que mais gostou e
Favoritos da editora Edic. ser seu escriba. O responsável por contar
a história também deverá deixar registrado
No primeiro momento, após a educadora nesse mesmo caderno que acompanha o
fazer todo o encantamento para a livro como foi a visita da pasta literária em
apresentação do livro, deixará que as sua casa, quantas e quais familiares estavam
crianças o manuseiem, façam comentários, presentes durante a leitura da história, qual
façam leitura imagética, falem livremente a opinião a respeito de se ler para uma
sobre o texto lido e só depois a educadora criança e se gostou de fazer parte desse
fará a leitura da estória utilizando o livro momento. Sugerimos, também, que se
como recurso e sempre mostrando as houver possibilidade que esse momento seja
ilustrações. Ao término da leitura da estória, fotografado e que as fotos sejam coladas no
as crianças deverão ser ouvidas novamente. caderno e mostradas para os coleguinhas. A
Cada criança deverá dizer a sua impressão pasta literária deve ser enviada para a casa da
pessoal da história, que nem sempre poderá criança semanalmente, após sorteio realizado
ser positiva e isto deve ser respeitado. Nesse com as crianças para definir quem irá levá-la
caso, deve-se trabalhar no sentido de levar a cada semana. Os livros escolhidos para a
a criança a identificar o que não gostou e pasta literária são: Branca de Neve e os Sete
permitir que ela crie novas soluções para a Anões, Uma Manhã Atrapalhada, Onde está
situação, observando que de alguma forma o Urso da Amizade? A Bonequinha Preta,
a situação está presente em sua vida. dentre outros. Quando a pasta de literatura
Durante o desenvolvimento do projeto, retornar da casa da criança para o Cemei, as
a educadora com a ajuda das crianças irá professoras durante a roda de contação de

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história pedirão para que a criança conte a papéis sociais, recriam as histórias como
todos como foi a visita da pasta da literatura também a sua realidade.
em sua casa, se gostou da história, que As crianças, também, gostam de fantoches
conte a história para os colegas e mostre e e utilizamos esse recurso para proporcionar
explique o seu desenho. maior interação das crianças com o texto
Após toda a explanação da criança, a lido, propondo a dramatização espontânea
professora fará a leitura da história e ou mesmo a releitura das histórias.
conversará com as crianças a respeito da
história lida, quando todos participarão do AVALIAÇÃO
reconto.
Outra atividade diz respeito ao baú da A avaliação ocorrerá durante todo o
imaginação. As crianças gostam muito do processo a partir da observação direta das
baú da imaginação que temos no Cemei. atitudes das crianças, no seu envolvimento
Lá elas encontram diversas fantasias, e desenvolvimento, fazendo com que
acessórios, bijuterias, panos coloridos, despertem nelas o interesse e o entusiasmo
maquiagem, sapatos de vários modelos e pelos livros e pelas histórias, envolvendo
tamanhos. Organizamos momentos partindo também as suas famílias.
ou não de títulos literários, contando ou
não histórias, propomos dramatizações CULMINÂNCIA
e brincadeiras, desfiles de personagens,
utilizando a improvisação e a espontaneidade Participação na Primavera Literária do
das crianças que experimentam diferentes Projeto Contagem das Letras. Participação
na mostra cultural do Cemei Perobas.

REFERÊNCIAS
ALTÉS, Marta. Não. Tradução Gilda de Aquino. Ed. Brinque Book.
BELLINGHAUSEN, Ingrid Biesemeyer. Um mundinho para todos. Editora Cultural do livro.
BRANCA DE NEVE E OS SETE ANÕES. Belo Horizonte: Editora Villa Rica. Coleção Gardênia vol. 2.
BRITO. Onde está o urso da amizade? Editora Globo.
CONTAGEM. SECRETARIA DE EDUCAÇÃO DE CONTAGEM - Regulamento – II Promoção Literária Contagem das Letras –
Fevereiro a Dezembro – 2013.
COSTA, Edna Ap. A. da Silva; FERNANDES, Lésia M. et al. Faz de conta, por quê?
CURRÍCULO DA EDUCAÇÃO INFANTIL DE CONTAGEM – Experiências, Saberes e Conhecimentos. Contagem, 2012
DIOUF, Sylviane A. As tranças de Bintou. Tradução Charles Cosac.
GRIBEL, Christiane. Não vou dormir. Orlando: Editora Global.
NETO, Medeiros. Secretaria Municipal de Educação CAPE- Coordenação e Apoio Pedagógico – Escola Branca de Neve, 2010.
OLIVEIRA, Alaíde Lisboa de. A bonequinha preta. Editora Lê.
PARR, Todd. Somos um do outro – Um livro sobre adoção e famílias. Ed. Panda Books.
______. Tudo bem ser diferente. Ed. Panda Books.
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO DO CEMEI PEROBAS
ROCHA, Ruth. Viva a diferença. Editora FTD.
ROSSETI -FERREIRA, Maria Clotilde; MELLO, Ana Maria; et al. Os afazeres da educação infantil. In:
TRINDADE, Kátia. O que cabe no meu mundo – Solidariedade. Editora Edic.
______. O que cabe no meu mundo – Amizade. Editora Edic.
______. O que cabe no meu mundo – Humildade. Editora Edic.
______. O que cabe no meu mundo – Justiça. Editora Edic.
UMA MANHÃ ATRAPALHADA. DCL Difusão Cultural do Livro, Disney Princess.
VAI EMBORA GRANDE MONSTRO VERDE! Ed. Emberley e Brinque Book.

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PREFEITURA MUNICIPAL DE CONTAGEM

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CEMEI PEROBAS APRESENTAÇÃO

No Mundo do Faz de Conta No mundo do faz de conta é um projeto de


literatura com os contos clássicos que foi
Por Lucilene Marques da Costa Mota pensado e vem sendo desenvolvido com
o objetivo de proporcionar momentos em
Graduada em Normal Superior pelo que a criança participe de experiências
Instituto Superior de Educação Anísio que contribuam para seu crescimento
Teixeira - Fundação Helena Antipoff e desenvolvimento enquanto ser social,
(2006) e pós-graduada em docência explorando as várias possibilidades de
na Educação Infantil pela UFMG apropriação do universo imaginativo da
(2008). Possui experiência profissional criança.
na Educação Infantil há dez anos.
Atualmente trabalha nesta modalidade Foram propostas então atividades que
de ensino pela Prefeitura de Belo pudessem contribuir para o pensamento
Horizonte desde 2004 e pela Prefeitura decisivo da criança, como apresentação do
de Contagem desde 2007. baú de histórias, escolha dos livros pela
turma, rodas de contação de histórias,
PÚBLICO ALVO: crianças de 4 e 5 anos recontos de histórias, dramatização e registro
na forma de desenho ou outra forma artística
de expressão e o livro viajante.

OBJETIVOS E
JUSTIFICATIVA

· Desenvolver a linguagem oral;


· Organizar as ideias e pensamentos por
meio das discussões;
· Expressar opiniões, ideias, sentimentos,
emoções e necessidades dentro do contexto
vivenciado pelos contos;
· Desenvolver o prazer pela leitura;
· Valorizar os contos de fada, considerando
como parte da tradição dos povos.
A mediação da linguagem oral através das
histórias é de extrema importância para
os pequenos, é por meio delas que são
possibilitadas experiências em que a criança

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Vereda Literária / OS CLÁSSICOS DA LITERATURA

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desenvolva formas verbais, gestuais, ponto”, as crianças recontam a história
expressivas e simbólicas de se comunicar. e fazem modificações interessantes.
Fizemos registros na forma de desenho e
METODOLOGIA dramatizamos; fizemos, ainda, releituras
importantes a partir das imagens dos livros.
Realizamos uma coletânea de livros dos Todo o Cemei participou assistindo às rodas
contos clássicos da literatura infantil do de histórias e à dramatização pelas crianças.
acervo da escola, colocados num baú
e apresentados na roda de contação AVALIAÇÃO
de histórias. As crianças apreciaram
e selecionaram alguns dos livros para Ao longo de todo o processo será usado
contação. Em seguida, iniciamos a contação como recurso de avaliação a observação,
da primeira história selecionada. que terá como critérios os seguintes pontos:
As histórias selecionadas são: “João e o Pé
de Feijão”, “Branca de Neve e os Sete · As crianças se entusiasmaram com a
Anões”, “Rapunzel”, “Gato de chegada dos livros?
Botas”,”Patinho Feio”, “Os Três Porquinhos”, · Mostraram a necessidade de manusear os
“Chapeuzinho Vermelho”, “Alice no País livros?
das Maravilhas”,”Pinóquio”, “João e Maria”, · Mostraram o desejo de querer contar a
“Cinderela”. história individual ou coletivamente?
As histórias são contadas na roda, após as · Conseguiram através da história contada
crianças terem a oportunidade de ocupar o recriar outras versões ou dar outro desfecho
lugar da professora para recontar a história, para a história?
em outros momentos o reconto se torna · Verificou-se um “certo aprendizado”, com
coletivo. as leituras, a existência de outras culturas,
Algumas histórias usamos o recurso dos no seu sentido real e não conceitual?
fantoches para ilustrar. Foram propostas · As várias leituras contribuíram para
outras atividades como a de interferir despertar habilidades nas crianças?
nos contos, dando outro desfecho para a Ao preencherem os critérios, será observado
história ou outro título. Abrimos um espaço se ao final do projeto os objetivos foram
para “Quem conta um conto aumenta um alcançados.

REFERÊNCIAS
ABRAMOVICH, F. Literatura Infantil: Gostosuras e Bobices. 5 ed. São Paulo, Scipione, 1995.
CONTAGEM. A criança e a linguagem escrita. Contagem: Prefeitura Municipal de Contagem, 2012a.
CONTAGEM. A criança e a linguagem escrita. Contagem: Prefeitura Municipal de Contagem, 2012b.
LAJOLO. Marisa. Descobrindo a literatura. São Paulo: Ática, 2005.
BRASIL. Ministério da Educação. Referenciais Curriculares para a Educação Infantil - VOL III. Brasília: MEC, 1998.

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CEMEI SÃO JUDAS TADEU APRESENTAÇÃO
Viajando com os Clássicos da A leitura é fundamental para construção de
Literatura Infantil conhecimentos e para o desenvolvimento
intelectual, ético e estético do ser humano.
O projeto “Viajando com os clássicos da
Berenice Lopes de Queiroz
literatura” é uma das possibilidades para
o desenvolvimento do gosto pela leitura
Graduada no Curso Normal Superior pela por intermédio de textos agradáveis e
Universidade Presidente Antônio Carlos interessantes para as crianças, estimulando o
(UNIPAC) e funcionária da Prefeitura de imaginário infantil. Dessa forma, a interação
Contagem a partir de 3 de fevereiro de da criança com a obra literária torna-se mais
fácil, pois ela passa a compreender o texto,
2014.
relacionando-o com o mundo à sua volta,
Valdirene Leandro Martins
construindo e elaborando novos significados
do que foi lido. E assim, a leitura poderá
Graduada no Curso Normal Superior pela contribuir de forma significativa em uma
Universidade Presidente Antônio Carlos sociedade letrada, no exercício da cidadania
(UNIPAC) e funcionária da Prefeitura e no desenvolvimento intelectual.
de Contagem há nove anos. E há cinco
O trabalho será desenvolvido a partir das
atua na Educação Infantil.
leituras dos clássicos com as crianças dispostas
em rodinhas em diferentes ambientes, como:
PÚBLICO ALVO: crianças de 4 e 5 anos pátio, biblioteca e sala de aula. Ao término
da leitura dos clássicos, as crianças poderão
expressar suas opiniões sobre as obras
através de votação. Concomitante à leitura
serão desenvolvidas diversas atividades
dentro das artes plásticas como: pintura,
colagem, dobradura e modelagem.

As crianças ainda terão oportunidade de


exercitar a linguagem oral, trabalhar a
expressão corporal e facial, bem como
a imaginação e socialização a partir da
representação de peças teatrais. A linguagem
escrita também será trabalhada por meio do
reconto da história, tendo a professora como
escriba e através do registro das histórias
com desenhos. As professoras também farão
uso de DVD’s e CDs musicais para enriquecer,
ilustrar ou para instigar as crianças a fazerem

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inferências sobre as obras lidas. criança, sem distanciá-la da fantasia e do
questionamento. Nesse sentindo, a leitura
Outro recurso que será utilizado são os pode ser vista, vivida, sentida, falada,
aventais de história que contêm bonecos ouvida e cantada. (COELHO, 2000, p.26)
e cenários de fundo que ajudam a manter
a atenção e o interesse da criança pela METODOLOGIA
história.
O trabalho será desenvolvido através dos
OBJETIVO clássicos escolhidos pelas crianças (Branca
de Neve e os Sete Anões, Chapeuzinho
O projeto “Viajando com os clássicos Vermelho, Os Três Porquinhos e Pinóquio).
da literatura” tem o objetivo de auxiliar A leitura será realizada pela professora
o desenvolvimento das capacidades e em diferentes espaços, utilizando diversos
habilidades do educando, a partir de recursos audiovisuais e de forma dinâmica
experiências vivenciadas. ela dialogará com as crianças durante a
Este projeto busca ir além do desenvolvimento leitura. As crianças terão oportunidade, logo
da linguagem oral, escrita e corporal, ele visa após a leitura, de expressar suas impressões
contribuir com a construção da autonomia, sobre a obra, construir em grupo a reescrita/
identidade e autoestima das crianças; de releitura da obra, tendo a professora como
estimular a criatividade, a sensibilidade e escriba, além de efetuarem o registro em
a imaginação, proporcionando também a forma de desenhos.
elas momentos de socialização, resgate de Em outro momento, as crianças
valores e percepção crítica de mundo. desenvolverão atividades manuais, como:
pintura, colagem, dobradura e escultura,
Os contos de fadas fazem parte do conforme a proposta de trabalho para cada
patrimônio cultural, abordam problemas obra. O ápice do trabalho será a apresentação
universais e do cotidiano das crianças. de um teatro sobre a obra de que as crianças
Possuem caráter lúdico, além de nos dar a mais gostaram e a exposição dos trabalhos
possibilidade de resgatar diversos valores, realizados por elas. A escola como um todo
estimular o diálogo, o espírito crítico, estará envolvida no projeto, no entanto, as
o prazer da ludicidade, ensinamentos professoras que desenvolverão as atividades
e verdades que compõem o mundo da serão as professoras de Literarte.

A biblioteca é um lugar privilegiado para


o desenvolvimento desse trabalho, pois é
nela que encontramos as obras literárias e a
maioria dos recursos audiovisuais; além de
ser um espaço agradável para a leitura.

AVALIAÇÃO
É imprescindível enxergar com novos olhos o

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verdadeiro universo mágico e encantador dos
Será elaborado um portfólio com registros de
livros em sala de aula e, consequentemente,
todo o trabalho que servirá de instrumento
entendendo-se toda a prática cotidiana da
de avaliação.
criança.
A avaliação do trabalho se fará durante todo
o processo, desde a montagem do espaço
EDUCARTE CAMPO ALTO
até as atividades propostas. Observando as
crianças no interagir com os livros, e o tempo
que se mantém concentradas. Durante
A Nona Arte Visita os
as realizações das atividades, poderemos
Clássicos
observar quais crianças necessitam de
intervenção e de que forma poderemos
“Dizem-se clássicos aqueles livros que
fazê-las alcançar os objetivos propostos
constituem uma riqueza para quem os
pelo projeto.
tenha lido e amado: mas constituem uma
A avaliação passa a ser um processo
riqueza não menor para quem se reserva
contínuo à realidade cotidiana da sala de
à sorte de lê-los pela primeira vez nas
aula, através da observação individual
e coletiva das crianças, do interesse,
interatividade, participação compartilhada,
regras, disciplina, organização, trabalho em
equipe, responsabilidade e do crescimento,
considerando as particularidades de cada
criança.

REFERÊNCIAS
ANDERSEN, Hans Christian. O patinho feio. Adaptação Eunice Braido. Ilustrações de Glair Arruda. São Paulo: FTD, 2006.
______. O soldadinho de chumbo. Adaptação de Eunice Braido. Ilustrações Alberto Linhares Martin. São Paulo: FTD, 2006.
BETTELHEIM, Bruno. A psicanálise dos contos de fadas. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1980.
CARROLL, Lewis. Alice no país das maravilhas. Adaptação Monteiro Lobato. Ilustrações de Darcy Penteado. São Paulo:
Companhia Editora Nacional, 2007.
COELHO, Nelly Novaes. Literatura Infantil. Teoria, analise, didática. São Paulo: Moderna, 2000.
COLLOID, Carlo. Pinóquio. Adaptação Eunice Braido. Ilustrações de Alberto Linhares, Avelino Guedes, Jordi Linhares. São
Paulo: Ed. Renovada, 2009.
CONTAGEM. Cadernos de Currículo da Educação Infantil de Contagem. Prefeitura Municipal de Contagem, Secretaria
Municipal de Educação, Esporte e Cultura, 2012.
ESOPO. A cigarra e a formiga. Adaptação Dulcy Grisolia. Ilustrações de Carlos Edgard Herrero. São Paulo: FTD, 2001.
GRIMM, Jacob; GRIMM Wilhelm. A bela e a fera. Adaptação Dulcy Grisolia. Ilustrações de Avelino Guedes. São Paulo: FTD,
2000.
______. João e Maria. Adaptação Dulcy Grisolia. Ilustrações de Avelino Guedes. São Paulo: FTD, 2000.
______. Rapunzel. Adaptação Eunice Braido. Ilustrações Glair Arruda. São Paulo: FTD, 2006.
______. Branca de Neve e os sete anões. Adaptação Dulcy Grisolia. Ilustrações de Carlos Edgar Herrero. São Paulo: FTD.
S.A, 2000.
JACOBS, Joseph. Os três porquinhos. Adaptação Eunice Braido. Ilustrações de Glair Arruda. São Paulo: FTD, 2006.
PERRAULT, Charles. A gata borralheira/Cinderela. Adaptação Dulcy Grisolia. ilustrações de Avelino Guedes. São Paulo: FTD,
2000.
______. Chapeuzinho vermelho. Adaptação Ingrid Biesemeyer Bellinghausen. São Paulo: PCL, 2007.
______. O pequeno polegar. Adaptação Eunice Braido. Ilustrações Alberto Linhares Martin. Ed. Renov. São Paulo: FTD, 2006.
SANDRONI, Laura; MACHADO, Luiz Raul. A criança e o livro. Rio de Janeiro: Ed. Ática, 1998.

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melhores condições para apreciá-los”1 domínio da linguagem e que por meio
desta comunicação entre membros de uma
ITALO CALVINO sociedade, há exposições de pontos de vista,
de críticas, de construção de uma visão de
“A literatura clássica adaptada aos mundo e se produz cultura. Verifica-se,
quadrinhos é utilizada para estimular a assim, que a responsabilidade da escola é
leitura de obras originais”. imensa, uma vez que o grau de letramento
da comunidade influencia diretamente no
CLAUDIO MARCOH uso da linguagem pelo aluno. À escola,
portanto, cabe ensinar a interagir por meio
PÚBLICO ALVO: estudantes de 10 a 14 da linguagem, capacitando o discente a
anos utilizá-la nas diversas circunstâncias. O
educador, por sua vez, precisa desenvolver
APRESENTAÇÃO estratégias para o aprendizado do
conhecimento linguístico e discursivo, com
Quando desenvolvi o projeto “A Nona Arte o qual o sujeito opera ao participar das
visita os Clássicos”, para o Educarte Campo práticas sociais mediadas pela linguagem.
Alto, sob o convite da gestora da unidade,
longínqua era a minha realidade dos Dessa forma, tendo em vista a necessidade
fatores adversos que encontraria para sua de despertar no aluno a autonomia não só
realização. Contava com meu entusiasmo (e nos estudos de língua portuguesa, mas
cabe aqui ressaltar que contei sempre com o principalmente na maneira de organizar os
mesmo sentimento por parte da gestora) e enunciados, definir as intenções e propósitos
uma perspectiva de um bom resultado sem comunicativos, pretendeu-se este projeto
muitos percalços. apresentar a redescoberta das histórias em
quadrinhos e as possibilidades de uso em
É fato e certo que o caráter acadêmico e sala de aula. As histórias em quadrinhos,
pedagógico com estruturas educacionais doravante HQs, de vilãs, passaram a
inicialmente pensados, teve suas expectativas protagonistas no ambiente escolar. Isso
minadas por ações “organizacionais” e porque sua estrutura possibilita a leitura
administrativas. Em sua elaboração inicial, prazerosa e dinâmica. A adaptação para as
eu objetivava usar as adaptações em HQs de clássicos da literatura viabilizou a
quadrinhos de clássicos da literatura para leitura de obras nem sempre agradáveis e/
incentivar o desejo dos alunos nas obras ou atrativas, principalmente, para o público
literárias originais, e promovendo uma salada infantojuvenil.
(como é de praxe do meu percurso enquanto
artista) ainda utilizaria a literatura de cordel e OBJETIVOS
xilogravura. Esta mistura aconteceria através
de uma série de atividades educacionais pré- Pretendeu-se com o projeto que o aluno
elaboradas. desenvolvesse as competências gerais
Entendendo que a participação social do da área de conhecimento, de acordo com
educando na sociedade é possibilitada pelo o expresso nos Parâmetros Curriculares

1 CALVINO, Italo. Por que ler os clássicos. São Paulo: Cultrix, 1993.

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Nacionais: repertório a ser posto em ação no ato da
leitura, se identificarem mais intensamente
· Possibilitar a representação e comunicação com as personagens e suas ações, com a
em múltiplas linguagens (capacidades de trama e suas ideias”.
uso em compreensão e produção, para a Na adaptação aos quadrinhos a imagem pode
produção de efeitos de sentido), utilizando ser melhor trabalhada para traçar mais
os mais variados recursos de mídia. claramente a ambientação da história. Outro
· Pesquisar, investigar e compreender ponto é a visualização de determinadas
(capacidades de análise e investigação das cenas na narrativa, como o silêncio, ou
propriedades de diferentes linguagens e mesmo quando há troca de olhares entre
gêneros de textos em uso). personagens. Os quadrinhos permitem um
· Estimular um olhar crítico e simultaneamente retrato de forma nítida da cena. Segundo
poético sobre a realidade. Elydio dos Santos Neto, “a leitura dos
· Influenciar diretamente na memorização, quadrinhos favorece um desenvolvimento
desenvolvendo conexões ligadas à escrita, à mais harmonioso entre as tarefas de analisar
leitura e ao pensamento. racionalmente e o trabalho de ler o mundo
· Facilitar a interpretação e o desenvolvimento com sensibilidade”.
do raciocínio lógico, através da composição É preciso cuidar para que não haja um
em geral dos quadrinhos: cores, imagens, empobrecimento no estudo pelas HQs, pois
pontuação etc. não se pode deixar de explorar o potencial
· Adotar as HQs em sala de aula, realizando artístico e comunicacional desta linguagem. No
um planejamento de atividades para ensino de língua portuguesa, principalmente,
estabelecer uma estratégia mais didática e procurar explorar o gênero, a estrutura, a
prazerosa de incentivo à leitura de clássicos. interpretação do texto/contexto e não usar
· Interagir com os materiais, instrumentos e o texto como pretexto simples para explorar
procedimentos relacionados à produção de questões puramente gramaticais.
xilogravura.
Para Eisner (1989, p. 7), as “histórias em
JUSTIFICATIVA quadrinhos comunicam numa linguagem que
se vale de uma experiência visual comum ao
Para que se tenha a ideia nítida a respeito criador e ao público.” Por vezes, a imagem
da literatura em quadrinhos, em que se seduz pelo fato de ser realmente comum entre
une a linguagem verbal e a linguagem não eles. O uso das duas linguagens, a verbal
verbal, é importante a afirmação de Foucault e a visual, contempla uma interpretação
(2009): “A ficção consiste, portanto, não ampla do sentido da narrativa, pois elas se
em mostrar o invisível, mas em mostrar o completam.
quanto é invisível a invisibilidade do visível.”
Para o professor Elydio dos Santos Neto,
HQs baseadas em obras literárias “é importante que quem esteja lendo uma
concretizam no papel uma leitura já feita e adaptação saiba que não está lendo a própria
por isso direciona o ato da leitura. E ainda, obra literária, mesmo quando a adaptação
segundo Patrícia Pina (2010), “permitem que mantém-se fiel ao texto literário.” Portanto,
os leitores, que ainda não têm um grande é preciso orientar os alunos na leitura,

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ressaltando que a adaptação é a obra
recontada, que utiliza outra linguagem e
veiculada por outro meio.

Quadro ilustrativo de algumas


dinâmicas que foram vivenciadas

AVALIAÇÃO encontram no universo acadêmico e agindo


assim, todos são levados a agir no âmbito
social, e com ele: agenciar investimentos
· Observar os argumentos usados pela turma
de organização da sociedade – a família, o
para justificar suas escolhas.
lazer, a arte e a responsabilidade, ainda que
· Avaliar os comentários sobre as leituras e
localizado, numa ambiciosa micropolítica de
ver se o repertório de histórias aumentou.
transformação social. E no espelho, também
· Registrar os avanços quanto às leituras
de Machado, não me reconheço um cavaleiro,
espontâneas feitas por cada aluno.
mas um arte-educador que tem em sua
frente seres ávidos por informações, saberes
CONSIDERAÇÕES FINAIS e ideias. E que diferente do academicismo
reinante, posso impedir que a prática da
Percebo em minha trajetória na educação, atividade lúdico-artística seja tratada como
que geralmente os nomeados secretários simplesmente uma atividade de recreação
desta área frequentemente costumam e lazer, já que nela há fazeres pensantes,
deixar de lado a preocupação com aquilo vivos e belos. Nesta dimensão, outra questão
que poderia legitimar a teoria, fazendo caber se fez imperar: “Como fazer o cruzamento
práticas administrativas que não se interdisciplinar, complexo na sua natureza,

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mas de uma pluralidade de saberes, que não “Esse projeto me ensina coisas que eu nunca
são antagônicos nem contraditórios entre saberia fazer na vida...”
si?”. Assim, armado do conceito de que a arte (Rolemberg Júnior)
não é somente de gênios e grandes nomes,
“O projeto é muito bom, eu gosto muito, ele
e sim de cada dia, de convívio, de vida, de
me ajuda a pensar e raciocinar...”
dom, incorporamos atividades artísticas (Gabriel)
com ênfase no processo expressivo criativo
dos alunos. Tais características passaram “Pra mim, tá sendo muito legal participar do
a compor um currículo que propunha projeto (...) porque tá me ajudando muito
valorização da tecnicidade experimentativa a desenhar e escrever...”
(Kécia)
em detrimento da cultura humanística, sem
esquecer ou desconhecer que o processo de “Eu aprendi muito neste projeto, inclusive
aprendizagem e desenvolvimento do melhorar a minha agilidade em aprender
educando envolve múltiplos aspectos. Sem (...) O mundo é uma escola, as aulas são
perder as metas iniciais, fizemos dos textos as histórias, de tantas coisas que aprendi,
adaptados e apresentados no universo dos quero aprender uma nova”.
(Pedro Eugênio)
quadrinhos uma nova faceta, que revelou
Buscando, então, encerrar, conclamo
aos alunos suas realidades sociais, usando do a todos os oficineiros-educadores do
imaginário para chamar a atenção do futuro município a responder com ORGULHO pelas
leitor para reavaliar sua vida, incorporar suas “invenções”, que num indissociável
valores e normas e aplicá-las; e me vi movimento de pensamento e prática,
grato, em confirmar aqui um recurso rico sustentem, sobretudo a relação entre
fazer-pensar. Recusem o pensar sem
para estimular a construção e reconstrução
fazer. Prossigam colorindo, reinventando
de aprendizagens. Isto constatado em a matéria, produzindo beleza, por que
depoimentos de alguns alunos: arte liberta e sem ela não seria possível à
humanidade prosseguir.

REFERÊNCIAS
ABRAMOVICH, F. Literatura Infantil: gostosuras e bobices – Pensamento e ação no magistério. São
Paulo: Scipione, 1997.
ABREU, Márcia. Prefácios: percursos da leitura. In: ___. (Org.). Leitura, história e história da leitura.
Campinas: Mercado das Letras; São Paulo: Associação de Leitura do Brasil/FAPESP, 2002. p. 9-17.
ARANHA, Gláucio. MOREIRA, Mariana. ARAÚJO, Paula. Adaptações cinematográficas e literatura de
entretenimento: um olhar sobre as aventuras de super-heróis. Intertexto. Porto Alegre: UFRGS, 2009.
CALAZANS, Flávio Mário de Alcântara. História em quadrinhos na escola. São Paulo: Paulus, 2004.
EISNER, Will. Quadrinhos e arte sequencial. São Paulo: Martins Fontes, 1989.
FOUCAULT, Michel. O pensamento do exterior. In: ___. Ditos e escritos III. Estética: literatura e pintura,
música e cinema. Trad.: Inês Autran Dourado Barbosa. 2. Ed. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 2009.
FUSARI, Maria Felisminda de Rezende; FERRAZ, Maria Heloisa Corria de Toledo. Arte na educação escolar.
São Paulo: Cortez, 1993.
GOMES, Nataniel dos Santos; RODRIGUES, Marlon Leal. Para o alto e avante. Textos sobre histórias em
quadrinhos para usar em sala de aula. Curitiba: Appris, 2012.
NEPOMUCENO, Terezinha. Sob a ótica dos quadrinhos: uma proposta textual-discursiva para o gênero
tira. 2005. Dissertação (Mestrado em Linguística) – Universidade Federal de Uberlândia, Instituto de Letras e
Linguística, Uberlândia.
PINA, Patrícia Kátia da Costa. Literatura em HQ: interações entre textos e leitores na contemporaneidade.
Rio de Janeiro: Revista Semioses, 2010.
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ESCOLA MUNICIPAL DORA DE Por meio de uma visita à biblioteca e
MATTOS manuseio de diversas versões de livros da
“Chapeuzinho Vermelho”, é que buscamos
instigar a curiosidade das crianças por esta
O Encontro da Criança com o leitura.
“ERA UMA VEZ” As obras “Chapeuzinho Vermelho”/contos
clássicos, “Cabelinho Vermelho e o Lobo
Adrienne Mattos Bobo”/Silvana de Menezes e “Chapeuzinho
Amarelo“/Chico Buarque foram escolhidos
Graduada em Pedagogia. Atua na para este trabalho.
É importante valorizar as rodas com o
Rede de Educação de Contagem desde
manuseio dos livros pelas crianças para que
meados de 2007 como pedagoga e na
possam relembrar as histórias e depois
Rede de Belo Horizonte como professora fazer o reconto para os colegas. Também
da Educadora Infantil há 5 anos. pretendemos valorizar o reconto das histórias
feito pelas crianças, sendo escriba dos textos
Maíra Cunha elaborados oralmente por elas.

Acreditamos que o livro infantil abre


Graduada em Pedagogia pela PUC Minas
possibilidade de se utilizar outros recursos
e com especialização em Educação
materiais, utilizar aventais, fantoches,
Infantil pela UFMG. Atua como disponibilizar fantasias para proporcionar às
professora na Rede de Educação de crianças vivenciarem o imaginário que os
Contagem desde 2004 e na Rede de contos de fada ensejam.
Belo Horizonte há 7 anos. Participou
do Seminário “Construção do Currículo A utilização de fantoches, também, pode
remeter à criança as emoções vividas nos
na Educação Infantil “ realizado pelo
livros. Produzir estes fantoches podem trazer
SEDUC.
a ela satisfação de utilizar este recurso para
contar a história para seus familiares e
PÚBLICO ALVO: crianças de 4 colegas.

APRESENTAÇÃO JUSTIFICATIVA

Este projeto busca atrair as crianças da Nesta proposta de trabalho, com o projeto O
educação infantil para a leitura dos contos Encontro da Criança com o “Era Uma Vez”,
de fada, a fim de que desenvolvam o gosto pretendemos apresentar aos pequenos o
pela leitura. Proporcionar o encontro das livro “Chapeuzinho Vermelho” com o intuito
crianças com o “era uma vez”, estimula de desenvolver o gosto pela leitura.
o imaginário, a fantasia (inerentes ao
homem), transmite valores, humaniza e Visamos considerar a criança como diferente
traz descobertas. do adulto, com suas características, seu

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pensar e agir, seu modo de ver o mundo. a ampliar habilidades cognitivas como
Temos que considerá-la como ser pensante e percepção, atenção e memória.
competente, como sujeito atuante no espaço
que ocupa na família, na comunidade, no Conforme Betthelheim (1980 p. 26), quando
mundo. a criança pede para repetirmos a histórias
Consideramos a importância dos contos de outras e outras vezes, pode ser porque
fada para cativar os pequenos e despertar o as histórias estão ajudando-a a resolver
gosto pela leitura, visto que possuem conflitos ainda que não tenham consciência
característica provinda da magia. Ao ler ou disso. Os temas das histórias despertam
ouvir estas histórias nos transportamos para interesse nelas de acordo com o que estão
o mundo ficcional em que ocorre a história e vivendo naquele momento. Sendo assim as
participamos dela. histórias contadas devem ser de acordo com
o interesse da criança.
Segundo Betthelhein, “O conto de fadas
procede de uma maneira consoante ao Este trabalho, também favorece o acesso à
caminho pelo qual uma criança pensa e cultura erudita por meio da linguagem e esta
experimenta o mundo; por esta razão os tem papel fundamental nas relações que a
contos de fadas são tão convincentes para criança estabelece com seus pares já que
elas.”1 aumenta seu poder discursivo. Consideramos
relevante o fato da criança contar e recontar
Os contos de fadas começam de maneira as histórias porque faz com que ela exercite a
simples, tranquila, depois se tornam linguagem, que é um instrumento mediador
conflituosos, com desafios enormes para das relações sociais da criança com o
enfim ter um final feliz, idealizado. Abordam ambiente em que vive. Por meio da linguagem
questões universais, ligadas ao ser humano, é que gradualmente se pode internalizar e
contribuem na resolução de conflitos com os reestruturar conteúdos sociais e históricos.
quais as crianças se identificam. Abramovic Ao mesmo tempo a criança aprende novos
defende o respeito aos elementos do conto significados, permitindo ressignificar
em sua plenitude, como suas facetas de aprendizados e socializar a bagagem cultural
crueldade, angústia, sem que o contador que vai adquirindo.
tente adocicar a história, retirando os
conflitos que dela provém. Segundo Bakhtim (1991), “A nossa vida é
dialógica por natureza”. Ao viver participamos
Pretendemos propor outras versões deste sempre de um diálogo: escutando,
conto como “Cabelinho Vermelho e o Lobo respondendo, concordando etc. Todos os
Bobo” e “Chapeuzinho Amarelo”, para fazer nossos sentidos participam deste diálogo e
um convite as crianças a comparar as obras, a palavra é
apontar a sua preferida, indicar a leitura para o principal
outros leitores e desenvolver ainda mais o t e c i d o
gosto pela leitura. Nestes livros, as versões dialógico da
fazem uma relação de intertextualidade com existência
o conto e este diálogo, estimula a criança humana.

1. BETTHELHEIM, BRUNO. A PSICANÁLISE NOS CONTOS DE FADAS. TRAD. ARLENE CAETANO. RIO DE JANEIRO: PAZ E TERRA, 1980.

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OBJETIVOS será disponibilizado o avental para auxiliar
as professoras a recontar e também as
· Aproximar as crianças dos contos de fadas; crianças.
· Estimular a leitura de imagens e a fazer a
suposição da história que o livro conta; Faremos a ilustração da história em uma
· Ampliar o repertório simbólico da criança; folha que utilizaremos para colar em
· Promover momentos de conto e leitura de papelão formando mais um tapete para
histórias; ouvir histórias. Este procedimento será
· Desenvolver a prática de ouvir histórias feito com todas as versões da história que
contadas; planejamos contar para as crianças.
· Estimular a contação de histórias pelas Será confeccionada uma sacola de TNT,
crianças; decorada com um desenho da criança em
· Estimular a produção oral de texto um pano americano cru, para a criança levar
coletivamente. o livro e ler com a família. Dessa forma, os
familiares poderão anotar em um caderno
os comentários da história do projeto
METODOLOGIA
realizado. Para servir de apoio na contação
de histórias também confeccionaremos
No primeiro momento, a proposta do projeto
Chapeuzinho Vermelho com caixa de leite e
é proporcionar o contato com diferentes
o Lobo Mau com garrafa pet.
versões da história da Chapeuzinho Vermelho
e deixar as crianças manusear, apreciar,
trocar ideias e incentivar a leitura de imagens AVALIAÇÃO
ainda que sejam pré-leitoras.
Durante o desenvolvimento desse projeto,
No segundo momento, providenciar um observaremos o entusiasmo e a participação
espaço na sala e/ou fora dela, com tapetes e das crianças nas atividades como:
almofadas para tornar o ambiente cativante.
Ao longo do desenvolvimento das ações, · escuta e apreciação da contação de
torna-se importante apresentar a capa do histórias feita pelas professoras;
livro, os autores, os ilustradores, a editora · escuta da história feita pelos colegas;
e a contracapa para as crianças. Incentivar, · interação com o livro durante o manuseio;
ainda, a leitura de imagens e o que estas · ilustração da história;
imagens sugerem a partir da história. Então, · entusiasmo em levar o livro para a família;
iniciaremos a contação da história, procurando · interesse pelo comentário da sua família e
passar a magia do conto que poderá da família do colega a partir da leitura;
proporcionar: tranquilidade, suspense, · interesse em contar histórias usando livro,
medo, valentia e um final feliz. Chegou aventais e fantoches;
o momento do reconto da história pelas · desenvolvimento da linguagem oral.
crianças utilizando o livro. Posteriormente,

REFERÊNCIAS
ABRAMOVICH, F. Literatura infantil: gostosuras e bobices. 3. ed. São Paulo: Scipione, 1993.
BAKHTIN, MIKHAIL; VOLOCHINOV, V. N. Marxismo e filosofia da linguagem. Tradução de Michel Lahud e Yara
Frateschi Vieira. 9. ed. São Paulo: Hucitec, 1999 [1929-1930]
BETTHELHEIM, Bruno. A Psicanálise nos contos de fadas. Trad. Arlene Caetano. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1980.
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PREFEITURA MUNICIPAL DE CONTAGEM

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ESCOLA MUNICIPAL ELI Educação de Contagem.
HORTA COSTA
PÚBLICO ALVO: estudantes de 7 e 8 anos
As Aventuras de Chapeuzinho
-Quem Conta, Reconta e Faz- APRESENTAÇÃO
de-Conta ...
Vivemos em uma sociedade cada vez mais
exigente no que se refere ao desempenho
Por Mary luzia de Alvarenga Araújo
do leitor. Diante dos avanços tecnológicos,
as crianças convivem com diferentes
Formada em Pedagogia pela UEMG, Pós- imagens que circulam na sociedade. Assim,
graduada em Pedagogia Empresarial a leitura literária, como uma fonte de
pela mesma universidade, em Gestão linguagem, contribui para estimular esse
Escolar pela Faculdade Pitágoras e desenvolvimento afetivo, cognitivo e social
em Docência no Ensino Superior pela da criança.
Faculdade Barão de Mauá.
À medida que a criança lê uma obra literária,
vai construindo imagens que se interligam
Por Nádia Lúcia Guimarães Valadares
e se completam e, também, se modificam.
Ao entreter e divertir, também educa, faz
Graduada em Pedagogia pela adquirir compreensões e aponta, muitas
Universidade do Estado de Minas Gerais vezes, maneiras diferentes de compreender
(UEMG) e pós-graduanda em Docência o mundo.
em Ensino Superior. Atua como
Diante do exposto, a E.M.Eli Horta Costa
professora de Literatura.
acredita que o desenvolvimento do Projeto
de Leitura: “As aventuras de Chapeuzinho”
Por Cláudia Helena Gonçalves Lopes desenvolvido com as crianças do 2º ano do 1º
Graduada em Pedagogia pela ciclo muito contribuirá para a ressignificação
Universidade do Estado de Minas dos valores e papéis sociais, influenciando a
Gerais (UEMG) e pós-graduada construção de identidades. Nesse sentido, o
papel da escola e da família é fundamental
em Psicopedagogia pela mesma
nessa tarefa de formar crianças – leitoras.
universidade e Gestão Escolar pela
Faculdade Pitágoras.
JUSTIFICATIVA
Apoio pedagógico: Helenita das Graças do
O projeto de leitura “As Aventuras de
Nascimento Chapeuzinho” e suas variações privilegiam o
Graduada em Zootecnia e Matérias espaço da sala de aula como espaço de
Pedagógicas pela UFVMG. Atua como formação de leitores. Leitura feita pelas
auxiliar de biblioteca na Rede de crianças e pelas professoras, com várias
intenções, em situações prazerosas e

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Vereda Literária / OS CLÁSSICOS DA LITERATURA

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significativas, de modo que a criança possa como receita, convite, bilhete, charge.
reconhecer a leitura como uma atividade · Conhecimentos sobre calendário, horas e
lúdica e social, que permite a sua atuação no localização.
cotidiano e sua inserção no mundo letrado. · Visitas diárias à biblioteca.
· Discussões e reflexões sobre a preservação
OBJETIVO do meio ambiente, alimentação saudável,
direitos e deveres das crianças.
Estimular o gosto e o prazer pela leitura;
· Trabalhar a narrativa através da atividade ESCOLA MUNICIPAL GLÓRIA
oral e expressão corporal;
MARQUES DINIZ
· Formar o cidadão capaz de ler, escrever e
criticar;
· Estimular a utilização da biblioteca. Brincando de Era uma Vez

AVALIAÇÃO Por Karina Ferraz Santos Guimarães

É professora desde 2001,


O trabalho pedagógico com as obras formada em Normal Superior e
literárias: Chapeuzinho Vermelho, (Irmãos atua em Contagem há 5 anos.
Grimm e versão de Maurício de Sousa),
Acredita no trabalho com a
Chapeuzinho Amarelo de Chico Buarque
literatura desde os primeiros anos
(19ª edição), Chapeuzinho Vermelho - uma
história borbulhante (fábula dos irmãos para o desenvolvimento dos estudantes.
Grimm) e também os Contos: “Chapeuzinho
Marron e os brigadeiros para a vovó” e Por Patrícia Regina dos S. Lage de Matos
“Chapeuzinho Amarelo”, ambos escritos pela É professora há 22 anos, há 15 anos
Professora Nádia Lúcia, da própria escola e em Contagem, graduada em Educação
Chapeuzinho Verde de autor desconhecido,
Artística com habilitação em
possibilitou às crianças experiências
música, pós-graduada
enriquecedoras, dentre elas:
· Avanço significativo no processo de leitura. em Práticas Educativas
· Desenvolvimento da linguagem oral e Inclusivas e Gestão
escrita. Educacional. Sempre
· Participação em dramatizações, danças e realiza trabalhos com a
peça teatral. literatura nas turmas em
· Trabalhos manuais como colagem,
que atua.
dobraduras, pinturas, desenhos, dentre
outras.
· Conhecimentos sobre os gêneros textuais PÚBLICO ALVO: crianças de 5 a 8 anos

REFERÊNCIAS
LAJOLO, Marisa. Do mundo da leitura para a leitura do mundo.13ª. ed. São Paulo: Ática, 2008.
MACHADO, Ana Maria. Como e por que ler os Clássicos Universais desde cedo. Rio de Janeiro: Objetiva, 2002.

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PREFEITURA MUNICIPAL DE CONTAGEM

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APRESENTAÇÃO e trabalhos, o que não desperta na criança
o desejo de se aprofundar nesse universo
O projeto foi escrito pelas professoras literário.
Patrícia Regina e Karina Ferraz e contou com
a colaboração das professoras Sandra Maria Precisamos aproveitar do fascínio que as
do Nascimento, Sheila Tavares, Shirley Lima histórias apresentam para as crianças,
e Liliane Lourdes, todas professoras do 1º considerando que a literatura “introduz
ano do 1º ciclo da Escola Municipal Glória a criança num mundo imaginário, no
Marques Diniz. A pretensão é favorecer a conhecimento de perspectivas que
aproximação das crianças com o mundo ultrapassam o presente e o espaço
literário, através dos Clássicos Infantis, imediato,”1 dando asas à sua imaginação
realizando uma abordagem lúdica que e desenvolvendo sua criatividade. Os
estimule a criatividade e possibilite aos clássicos literários infantis, com sua gama
estudantes vivenciar momentos prazerosos de personagens vivendo aventuras em
de contato com a literatura. diferentes enredos e culturas, nos oferecem
oportunidade de explorar diversas situações
em que as brincadeiras, contações de
JUSTIFICATIVA
histórias, encenações, cantigas e oficinas
nos permitem atender às necessidades
Sabemos que desde os tempos mais remotos
que são características dessa fase do
a humanidade se utiliza de histórias para
desenvolvimento das crianças. Ao mesmo
garantir a continuidade de sua cultura e
tempo em que construímos juntos, nas
tradições. Contar histórias tornou-se algo
interações e no contato com os textos em seus
natural ao ser humano e fomos construindo
diferentes suportes, os conhecimentos sobre
um mundo onde narramos nossa vida.
os gêneros trabalhados, observando suas
Nossas crianças assistem às histórias na TV,
características, diferenças e semelhanças
conhecem uma gama de personagens que
com outros gêneros utilizados em nosso dia a
povoam seu cotidiano, porém o hábito de se
dia. Assim vamos consolidando importantes
reunir em volta de uma boa história, lida ou
alicerces para que nossos estudantes se
contada, de brincar com as histórias junto
constituam como leitores capazes.
com as outras crianças, é menos vivenciado
nesse mundo “conectado”. Isso não significa,
no entanto, que as histórias perderam seu OBJETIVOS
encanto e que os livros se tornaram objetos
obsoletos. Percebemos em nossas crianças O projeto tem como principais objetivos:
o grande fascínio que as histórias ainda
exercem. As crianças continuam a encantar-
se com histórias, mas interagem com elas de
forma diferente do que foi há alguns anos,
especialmente nas escolas, onde o trabalho
com literatura muitas vezes se restringiu
à leitura de obras para preenchimento de
fichas literárias, identificação de elementos e
informações no texto e realização de provas

1 CADERNO EDUCADORES NA REDE CONTAGEM: Proposta de Alfabetização e letramento, 67 p.

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· Apreciar e compreender os textos lidos clássica “ultrapassa o tempo e a finitude
pela professora, levando-se em conta humana”. (CALVINO, 1993).
os fenômenos de fruição estética, de
imaginação e dos múltiplos sentidos que são Após a escolha dos títulos, que se deu diante
produzidos no leitor durante a leitura; da abordagem do que os nossos estudantes
· Aproximar os estudantes de obras literárias leem e quais os seus interesses literários,
consideradas “Clássicas da Literatura iniciamos o trabalho com as Histórias. As
Infantil”; abordagens foram diferentes nas turmas,
· Familiarizar os estudantes com as histórias observando-se as diferentes realidades que
e ampliar seu repertório literário; temos em nossa escola.
· Discutir / emitir opiniões sobre as histórias
exploradas;
· Estabelecer relações de intertextualidade
entre os textos apresentados.

METODOLOGIA
Escolhemos uma abordagem metodológica
norteada por oficinas e momentos de roda
As Aventuras de Pinóquio – a história
(rodas de conversa, de contação de
de uma marionete: Trabalhamos com
histórias etc), que são largamente utilizadas
a versão de Carlo Collodi. Embora seja
nas Instituições de Educação Infantil, e
uma obra extensa, encantou as crianças
agregamos, aos poucos, outras propostas
em todos os momentos. Trata-se de uma
metodológicas mais comuns ao Ensino
novela, e a cada dia a professora lia um
Fundamental, como recontos feitos pelas
capítulo, depois abria-se um momento
crianças, elaboração de cartazes, leitura
de conversa sobre o que havia acontecido
direcionada, jograis, registros com ou sem
naquele dia, que personagens apareceram,
a presença de um escriba.
desapareceram, o que teria acontecido.
As crianças realizaram ilustrações a cada
Selecionamos os seguintes títulos para
capítulo lido, montando um livro ilustrado
o trabalho com nossos estudantes: “As
com as aventuras de Pinóquio. A expectativa
Aventuras de Pinóquio – a história de uma
diante do que viria pela frente foi constante.
marionete”, “Flicts”, e “Os Três Cabritinhos”.
Fizemos paralelamente trabalhos com
Para esse trabalho consideramos como
outros livros que traziam bonecos e bonecas
“Clássicos Infantis” aquelas histórias
como personagens principais, como “A
que não perderam o sentido através dos
Bonequinha Preta” e “Emília”. Pudemos
anos, que possuem elementos que são
comparar as aventuras dessas personagens
significativos nos dias atuais, permitindo
e os estilos literários nos quais as histórias
que as crianças estabeleçam relações com
foram escritas. Para finalizar, construímos
o mundo em que vivem independentes
alguns desses(as) bonecos em oficinas de
de quando e onde tenham sido escritos,
criação e realizamos o encontro deles e de
entendendo que a obra literária considerada
suas histórias.

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Flicts – A história de Ziraldo encantou as crianças
que se identificaram muito com Flicts. A professora
fez a leitura da obra. Depois as crianças realizaram
oficina de pintura, explorando as cores apresentadas
na história, dando vida ao que ouviram. Por demanda
das crianças, que pretendiam um final diferente
para a personagem Flicts, foi realizado contato com
o escritor Ziraldo, por meio de uma carta escrita
pelos estudantes e registrada pela professora, que
anexou desenhos feitos pelos estudantes. Tudo foi
encaminhado ao escritor e aguardamos sua resposta.

Os três cabritinhos, de Pete Christen Asbjornsen:


A Professora leu a história para as crianças e
apresentou o vídeo da coleção disquinho com slides
da história. Depois as crianças construíram fantoches
dos personagens, encenaram partes da história e
cantaram as músicas que aprenderam.

Além desse trabalho diferenciado em cada turma,


realizamos alguns momentos comuns, como piqueniques literários, em que as crianças liam
livros de sua escolha em ambientes ao ar livre na escola, podendo discutir as histórias, conversar
e trocar ideias. Para propiciar a troca entre os trabalhos realizados nas salas, preparamos
uma mostra literária na escola, como uma culminância de nossas atividades. Todo o material
produzido pelos estudantes será apresentado aos pais no final do ano, em um momento com
a comunidade. Além de expor os trabalhos, as crianças realizarão um pequeno recital, lendo e
encenando suas histórias favoritas para os visitantes.

AVALIAÇÃO
A avaliação se dá em dois aspectos: O primeiro é quanto ao
interesse e participação dos estudantes. Esse aspecto será
avaliado durante todo o processo, através da observação dos
educadores sobre o envolvimento e entusiasmo dos estudantes
na realização das atividades propostas.
O segundo aspecto refere-se à apropriação dos conhecimentos
enfocados neste projeto. A cada novo assunto trabalhado,
realizaremos atividades de registro, na maioria das vezes
tendo a professora como escriba, em que será avaliado o
entendimento dos estudantes quanto às histórias trabalhados, a criatividade na construção de
outros textos, frases, ilustrações a partir dos textos apresentados, a capacidade de registrar
(por desenhos, palavras, frases) o que ouviu e de recontar o que foi ouvido para outra pessoa.

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Vereda Literária / OS CLÁSSICOS DA LITERATURA

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Por Michele Pereira dos Santos
CONSIDERAÇÕES FINAIS
É formada em Letras (Português/
Despertar nas crianças o amor pela literatura,
o desejo de descobrir o que vem a seguir,
Espanhol) pela Pontifícia Universidade
a magia de inventar também aventuras Católica de Minas Gerais e especialista
mágicas, em que o limite é aquele dado pela em Revisão de Textos pela mesma
imaginação de cada um. Esse é um instituição. Desde fevereiro de 2014,
importante passo rumo ao desenvolvimento atua como Professora de língua
de leitores ativos e escritores competentes, portuguesa, no 2º ciclo da Escola
assim ansiamos por contribuir positivamente
Municipal Ivan Diniz Macedo, em
nesse processo de construção junto a esse
grupo de pequenos aprendizes.
Contagem.

PÚBLICO ALVO: crianças de 11 a 13 anos

ESCOLA MUNICIPAL IVAN


DINIZ MACEDO
APRESENTAÇÃO

O presente projeto, “Os clássicos da


Os Clássicos da Literatura
literatura brasileira em quadrinhos”, será
Brasileira em Quadrinhos
desenvolvido na Escola Municipal Ivan Diniz
Por Josie Germino dos Santos Assunção
Macedo, que se localiza no município de
Contagem, Minas Gerais. O público alvo será
É formada em Letras (Português/
alunos do 2º ciclo do Ensino Fundamental.
Espanhol) pelo Centro Universitário de
Nas aulas de língua portuguesa, faremos
Belo Horizonte - Uni-BH. Atualmente
rodas de leituras e leremos oralmente o livro
leciona na Prefeitura de Contagem
“O Guarani” adaptado para a história em
e na Prefeitura de Belo Horizonte.
quadrinhos. Depois de concluída a leitura,
Está cursando pós-graduação pela
apresentaremos o filme aos alunos, slides
Universidade Federal de Juiz de Fora
e discutiremos a respeito do momento
- UFJF. E atua como Professora de
histórico em que o livro está inserido.
língua portuguesa, no 3° ciclo da Escola
Finalmente, será solicitado aos alunos
Municipal Glória Marques Diniz, no
que produzam textos, ilustrem e façam
município de Contagem – Minas Gerais.
encenações teatrais a respeito da obra.

REFERÊNCIAS
BRAINER, Margareth e outros. Ser Cuidado, brincar e aprender: Direitos de todas as crianças – Caderno
Ludicidade na Sala de Aula (Pacto Nacional Pela Alfabetização na Idade Certa- Unidade4). 07 p.
CALVINO, Italo. Por que ler os clássicos. São Paulo: Companhia das Letras, 1993.
CADERNO EDUCADORES NA REDE CONTAGEM: Proposta de Alfabetização e letramento, 67 p.
SCHNEID, Jucelma Terezinha Neves. Artigo Hora do Conto: Uma experiência Maravilhosa, Rio Grande do
Sul: PUC. Disponível em: http://www.pucrs.br/edipucrs/CILLIJ/praticas/horadocontoumaexperienciamaravilhosa

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PREFEITURA MUNICIPAL DE CONTAGEM

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Sendo assim, o propósito deste trabalho é, acessar outros conhecimentos que a língua apenas
acima de tudo, incentivar o aluno à leitura e não consegue abarcar: aqueles representados
à escrita e, também, permitir ao aluno um pela linguagem pictórica. A orientação parte
contato direto com a leitura dos clássicos da superestrutura, quase sempre aparece no
da Literatura Brasileira, tornando assim a primeiro quadro, atuando cooperativamente
aprendizagem mais eficaz e agradável. para que isso aconteça, ou seja, é pelo traço que
nos orientamos em direção aos acontecimentos
JUSTIFICATIVA da narrativa. (NEPOMUCENO, 2005, p. 66).

[...] O que o romance nos dá não é um novo Segundo Elydio dos Santos Neto (2011), “é
saber, mas uma nova capacidade de comunicação importante que quem esteja lendo uma
com seres diferentes de nós: nesse sentido, eles adaptação saiba que não está lendo a própria
participam mais da moral do que da ciência. obra literária, mesmo quando a adaptação
O horizonte último dessa experiência não é a se mantém fiel ao texto literário.”1 Portanto,
diversidade, mas o amor, forma suprema de o professor precisa orientar os alunos na
ligação humana. (TODOROV, 2009, p. 81). leitura, ressaltando que a adaptação é a
obra recontada, que utiliza outra linguagem
Escolhemos “O Guarani” por ser uma obra e é veiculada por outro meio.
muito rica do ponto de vista estético e para
apresentar aos alunos este período histórico OBJETIVOS
específico: 1604. Além disso, escolhemos
também a linguagem dos quadrinhos para Proporcionar aos alunos do Ensino
que essa despertasse o interesse dos alunos. Fundamental a leitura de clássicos da
A proposta se faz importante também para literatura nacional;
aumentar o repertório literário deles. Além · Formar leitores competentes e que não
disso, escolhemos trabalhar com a literatura fiquem restritos apenas às atividades
brasileira para despertar nos estudantes um escolares rotineiras, mas que leiam pelo
interesse pela cultura nacional e apresentar- prazer, pelas múltiplas descobertas que
lhes as características da nossa literatura, podem surgir após a leitura desse clássico
da nossa pátria. E contribuir para que haja literário. E que os textos consagrados
uma relação de confiança entre professor/ pela literatura brasileira sejam acessíveis
aluno. De acordo com Nepomuceno: aos alunos de qualquer classe social sem
nenhuma distinção.
É importante ressaltar que o texto constituído · Fomentar o gosto pela leitura dos clássicos
por duas semióticas- linguagem verbal e visual – da literatura, desde o início das etapas
apela não apenas para a concepção da abordagem de escolaridade, em que o professor seja
cognitiva da linguagem, mas também para um mediador entre o adolescente e o livro,
processamento mais amplo. O interlocutor precisa fazendo com que a leitura tenha sentido e

1 SANTOS NETO, Elydio dos. Dez considerações para professores que desejam trabalhar com histórias em quadrinhos.
São Bernardo do Campo: Universidade Metodista de São Paulo, 2011.

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esteja contextualizada, interpretando-o e exemplo.
atribuindo-lhe algum significado; Explicaremos que a obra selecionada para
· Trabalhar com a literatura brasileira em leitura trata-se de uma adaptação de “O
quadrinhos, pois chamará mais atenção dos Guarani” para os quadrinhos e, portanto,
alunos, além de ter uma linguagem bem apresentaremos também os autores que
próxima da realidade deles; adaptaram e criaram o roteiro e os desenhos:
· Desenvolver as habilidades comunicativas Luiz Gê e Ivan Jaf.
dos alunos; No segundo momento, em rodas de leitura,
· Divulgar as produções e ações realizadas durante as aulas de português, faremos a
pela escola; leitura da obra com os alunos. Sempre no
· Produzir textos orais e escritos adequados início de cada aula, relembrar e sintetizar os
aos gêneros e finalidades próprios de cada principais fatos já lidos na aula anterior. Além
intenção comunicativa. disso, chamaremos a atenção da turma para
o modo como aparece escrita a fala de D.
METODOLOGIA Antônio Mariz, que é português, em contraste
com a fala de Peri, que é um índio brasileiro,
A Escola Municipal Ivan Diniz Macedo entre outros aspectos.
apresenta o projeto “Os clássicos da No terceiro momento, finalizaremos a leitura
literatura brasileira em quadrinhos”, com do livro e, em seguida, apresentaremos um
o intuito de tornar a leitura um momento PowerPoint com os pontos principais da
de prazer para seus alunos. Segundo os obra para auxiliar na compreensão desta.
Parâmetros Curriculares Nacionais (1997), Esse PowerPoint será composto pelas
a formação de um aluno leitor crítico se faz seguintes partes: José de Alencar: vida e
a partir do momento em que o professor obra; contexto histórico: O Brasil do século
apresenta aos alunos o prazer pela leitura. XVII; espaço, enredo e personagens. Por
Trabalharemos com a coleção “Clássicos fim, apresentaremos um trecho do filme “O
Brasileiros em Quadrinhos, da editora Guarani” e pediremos para que os alunos
Ática, a fim de incentivar nossos alunos à produzam uma resenha, ilustre-a e, se houver
leitura de imagens, à leitura visual, além da tempo hábil, encenem um trecho do livro.
linguagem verbal e não verbal. E, a partir
disso, alcançar uma melhor compreensão da
narrativa.
No primeiro momento, apresentaremos aos
alunos a biografia do autor José de Alencar
e o contexto histórico da publicação do livro
pela primeira vez. Após isso, apresentaremos
as características das Histórias em
Quadrinhos, como o tipo de linguagem, por

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PREFEITURA MUNICIPAL DE CONTAGEM

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AVALIAÇÃO do processo, ativo, que não só memoriza e
reproduz conhecimentos, mas também os
Em primeiro lugar, avaliaremos a constrói.
participação dos alunos durante a leitura da Dessa forma, pretendemos levar nossos
obra em sala. Em segundo lugar, realizar- alunos a refletirem sobre a leitura da obra,
se-ão as produções de textos. Ao trabalhar a ou seja, a história de amor entre Ceci e Peri,
diversidade de gêneros após a leitura do livro, a mistura de raças e culturas e a conturbada
pediremos um texto, uma breve resenha chegada dos portugueses ao Brasil, entre
em que o aluno relate o que compreendeu outros aspectos. Por meio desse projeto,
da obra e destaque o que considera como percebemos que os alunos obtiveram
mais importante e sua experiência com a melhora na escrita das palavras, oratória,
leitura. Em outras palavras, pediremos que reflexão crítica e momento histórico em que
além de um breve resumo, no qual o aluno o livro está inserido e se houve melhora
expresse se gostou ou não da obra, e se a na relação professor/aluno, o que nos fez
recomendaria para outras pessoas. refletir sobre a constante formação docente.
Isso porque o aluno é visto como sujeito

REFERÊNCIAS
ALENCAR, José de. O Guarani. Adaptação Ivan Jaf e Luiz Gê. 2. ed. São Paulo: Ática, 2013.
ANDRAUS, Gazy. As Histórias em quadrinhos como informação imagética integrada ao ensino universitário. 2006.
Tese (Doutorado) – Escola de Comunicações e Artes, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2006.
ARANHA, Gláucio. MOREIRA, Mariana. ARAÚJO, Paula. Adaptações cinematográficas e literatura de entretenimento:
um olhar sobre as aventuras de super-heróis. Intertexto, Porto Alegre: UFRGS, 2009.
CALAZANS, Flávio Mário de Alcântara. História em quadrinhos na escola. São Paulo: Paulus, 2004.
COSCARELLI, C. V. Entendendo a leitura. Revista de Estudos da Linguagem. Belo Horizonte: UFMG, 2002. v. 10, n. 1,
7-27 p.
CURY, C. R. J. O Conselho Nacional de Educação e a Gestão Democrática. In: OLIVEIRA, D. A. (Org.).
Gestão Democrática da Educação. 3. ed. Rio de Janeiro: Editora Vozes, 2001.
DIONÍSIO, Ângela P.; MACHADO, Anna Rachel; BEZERRA, Maria Auxiliadora (Orgs.). Gêneros textuais e ensino. 5. ed. Rio
de Janeiro: Lucerna, 2007.
GOMES, Nataniel dos Santos; RODRIGUES, Marlon Leal. Para o alto e avante. Textos sobre histórias em quadrinhos
para usar em sala de aula. Curitiba: Appris, 2012.
LARANJEIRA, Maria Inês. Parâmetros Curriculares Nacionais (5ª a 8ª série). Secretaria de Educação Fundamental.
Brasília: MEC/SEF, 1998.
MOYA, Álvaro. Shazam. São Paulo: Perspectiva, 1977.
NEPOMUCENO, Terezinha. Sob a ótica dos quadrinhos: uma proposta textual-discursiva para o gênero tira.
2005. Dissertação (Mestrado em Linguística) – Universidade Federal de Uberlândia, Instituto de Letras e Linguística, Uberlândia.
BRASIL. Ministério da Educação. Parâmetros Curriculares Nacionais: Língua Portuguesa. Secretaria da Educação
Fundamental – Brasília: MEC/SEF, 1997.
PINA, Patrícia Kátia da Costa. Literatura em Hq: interações entre textos e leitores na contemporaneidade.
Rio de Janeiro: Revista Semioses, 2010.
POUND, Erza. ABC da literatura. Tradução Augusto de Campos. São Paulo: Editora Cutrix, 1999.
SANTOS NETO, Elydio dos. Dez considerações para professores que desejam trabalhar com histórias em quadrinhos.
SANTOS NETO, Elydio dos. Silva, Marta Regina Paulo da (Org). Histórias em quadrinhos e educação: formação e prática
docente. São Bernardo do Campo: Universidade Metodista de São Paulo, 2011.
TODOROV, Tzvetan. A literatura em perigo. Tradução Caio Meira. Rio de Janeiro.

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Vereda Literária / OS CLÁSSICOS DA LITERATURA

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Por Neide Aparecida Pereira Ferreira
ESCOLA MUNICIPAL JOSÉ
Licenciada em Pedagogia pela
SILVINO DINIZ
Universidade Estadual de Minas
Gerais - UEMG. Atua há dois anos
como professora na Rede Municipal de
Era Uma Vez
Contagem.
Por Cátia Henriques de Oliveira
PÚBLICO ALVO: crianças de 6 a 7 anos
Graduada em Pedagogia pela UNIPAC
Esmeraldas. Pós-graduada em APRESENTAÇÃO
Psicopedagogia pela Faculdade Pitágoras
– Betim. Atua como professora do 1º Muitas vezes nos lembramos com saudade
ciclo há 5 anos. das histórias contadas em nossa infância.
Sem dúvida, para muitos leitores, as
Michelle Izorides Mendes Rodrigues Santos narrativas dos clássicos infantis se tornaram
“mágicas e inesquecíveis”, provocando
Graduada em Desenho e Artes Plásticas identificações das personagens preferidas
pela Escola de Design UEMG. Pós- por eles. Acredita-se que, a partir da
graduada em Psicopedagogia pela intensidade dessa interação, as histórias
UEMG, Educação ambiental pela voltadas às crianças podem proporcionar
uma infância marcada pelo encantamento.
Universidade Castelo Branco, Pedagogia
O contato com histórias, particularmente
contra intolerância e estudos do com os Contos de Fadas, possibilita à
holocausto pelo Yad Vashen, Jerusalém criança aprender brincando em um mundo
e Gestão Educacional pela Faculdade de imaginação, sonhos e fantasias.
Afonso Cláudio. Atua como professora
de Arte da Educação Básica desde 2006 Neste sentido, o projeto “Era uma vez” tem
e, atualmente, leciona no 1º ano ciclo como objetivo principal explorar a fantasia
da E.M. José Silvino Diniz. e a imaginação dos contos trabalhados,
incentivando de forma lúdica a criação
coletiva de novos contos.

O projeto será realizado com crianças do


primeiro ano do primeiro ciclo e conta
com versões que trazem uma linguagem
apropriada para a idade. Serão trabalhados
os contos Branca de Neve, Chapeuzinho
Vermelho, Pinóquio, Os Três Porquinhos e
João e Maria.

As atividades desenvolvidas estarão


voltadas para escolha dos contos pelas
crianças, leitura deleite do conto, reconto,
no qual as crianças criam coletivamente as
histórias baseadas no conto apresentado,
recriam e ilustram novos contos, com
orientação dada pela professora de artes.
Como produto final, será confeccionado um

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livrão com todos os contos criados, bem · Roda de conversa sobre os contos de fadas,
como as ilustrações dos mesmos. levantando informações sobre as histórias
preferidas.
· Leitura do livro Chapeuzinho Amarelo para
OBJETIVOS E situar as crianças sobre novas versões do
JUSTIFICATIVAS conto Chapeuzinho Vermelho.
· Leitura deleite de cada obra.
Ouvir e ler histórias é entrar em um mundo · Reconto feito coletivamente pelas crianças,
encantador, cheio de mistérios e surpresas, tendo o professor regente como escriba.
sempre muito interessante, curioso, que Nesta atividade será sugerido um novo
diverte e ensina. título às crianças e a partir dele será criado
Na relação lúdica e no contato da criança com o novo conto. Seguem os novos títulos: O
a obra literária, observam-se possibilidades casamento da Branca de Neve; Chapeuzinho
de incentivo ao hábito pela leitura. Colorido; Pinóquio, O Menino Obediente; O
O projeto em questão busca explorar Lobo Bom e Os Três Porquinhos; João e Maria
a imaginação das crianças e instigar a e a Bruxa Boa.
criatividade delas, através dos contos · Ilustração dos novos contos feita em grupo
por elas escolhidos. O reconto permite e orientados pela professora de arte.
às crianças a possibilidade de criar e se · Sacola literária: atividade paralela ao
sentirem protagonistas. Dessa forma, o projeto, na qual as crianças levarão para casa
desenvolvimento expressivo das crianças outros clássicos que serão empestados pela
acontece naturalmente, assim como o gosto biblioteca da escola. Eles deverão ser lidos
pela leitura e o conhecimento de aspectos com as famílias e contados pelas crianças em
relacionados à literatura em questão. sala de aula.
· Confecção de livrão com os novos contos,
bem como as ilustrações feitas.
Por fim, a última atividade será organizada
de forma interdisciplinar como uma peça
teatral. Esta será realizada a partir da
escolha, junto aos educadores, de uma das
releituras criadas pelas crianças, culminando
na mostra cultural da escola.

METODOLOGIA

O projeto será realizado com base nos


contos escolhidos pelas crianças.
A primeira atividade a ser desenvolvida
será a apresentação de vários clássicos da AVALIAÇÃO
literatura presentes na biblioteca da escola.
A escolha das obras será feita pelas crianças A avaliação será feita de forma processual em
e serão trabalhadas em sala de aula. que serão observados o conhecimento prévio
Em sequência às propostas do projeto, e o envolvimento das crianças em relação ao
serão organizadas ações, tais como: tema do projeto. Será, ainda, observada a

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predominância ou não do hábito de leitura
como professora. Também leciona na
da maioria das crianças. A participação,
também, de forma geral, será avaliada em Prefeitura de Belo Horizonte.
cada atividade a partir dos seguintes itens:
Por Mirvânia dos Santos
a expressividade, a exposição e aceitação de
ideias, a participação da família, a aceitação
do tema e as metodologias e recursos Formada em Normal Superior pela
utilizados pelos educadores para a aplicação Unimontes. Atua como professora na Rede
do projeto de forma geral. de Educação de Contagem há 7 anos.

PÚBLICO ALVO: crianças de 10 a 14 anos

ESCOLA MUNICIPAL JOSÉ APRESENTAÇÃO


SILVINO DINIZ
O projeto “ O Pequeno Príncipe: viagens e
encontros com a leitura” visou conhecer este
clássico da literatura universal de Antoine Saint-
O Pequeno Príncipe: Viagens e Exúpery e trabalhar o gênero carta em outra
Encontros com a Leitura obra do mesmo autor.
O livro “O Pequeno Príncipe” foi lido em sala
Por Denise Betônico Neiva
de aula com os estudantes do 3º ano do 2º
ciclo. Durante a leitura, foram analisados e
Formada em Educação Artística com exploradas as reflexões que a obra permite,
habilitação em música, pela Puc Minas como a diferente visão de mundo entre adultos
e especialização em História da Arte. e crianças e os valores nas relações humanas.
Tem experiência profissional na rede Foi, também, possível explorar diferentes
estadual, na Funec, rede particular e na linguagens e adaptações da mesma obra através
Prefeitura de Contagem. do filme “O Pequeno Príncipe” da Paramount,
da peça de teatro “ O Pequeno Príncipe” e nas
Por Maria do Carmo Silva Fonseca releituras das aquarelas do autor.
Em outra obra do autor “Cartas do Pequeno
Formada em Pedagogia pela Universidade Príncipe”, foi trabalhado o gênero carta e sua
do Estado de Minas Gerais -UEMG e estrutura. Houve a produção individual de cartas
com especialização em Psicopedagogia e a reescrita das mesmas, utilizando netbooks.
pela mesma instituição. Atuou na rede As cartas e telas produzidas pelos estudantes
e assim como as fases do desenvolvimento
particular por 10 anos. Na Prefeitura de
do projeto ao longo do ano serão expostos na
Contagem atuou como coordenadora feira de cultura da escola para toda comunidade
do projeto Mais Educação e atualmente escolar.

REFERÊNCIAS
BLUNDELL. Tony. Cuidado com o menino. Tradução Ana Maria Machado. Ilustrações de Tony Blundell. São Paulo: Salamandra,
2011.
BUARQUE, Chico. Chapeuzinho Amarelo. Ilustrações de Ziraldo.19ª ed. Rio de Janeiro: José Olympio, 2007.
GRISOLIA, Dulcy. Branca de neve e os sete anões. Adaptação Dulcy Grisiloia. Ilustrações de
Carlos Edgar Herreiro. São Paulo: FTD, 2000. (Coleção Contos Clássicos).
______. Chapeuzinho Vermelho. Adaptação Dulcy Grisiloia. Ilustrações de Carlos Edgar
Herreiro. São Paulo: FTD, 2000. (Coleção Contos Clássicos).
______. João e Maria. Adaptação Dulcy Grisiloia. Ilustrações de Carlos Edgar Herreiro. São Paulo: FTD, 2000. (Coleção
Contos Clássicos).
MARQUES, Cristina. Pinóquio. São Paulo: Todolivro Distribuidora Ltda.
______. Os Três Porquinhos. São Paulo: Todolivro Distribuidora Ltda.

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JUSTIFICATIVA na obra;
· Assistir ao filme “O Pequeno Príncipe” de
“O Pequeno Príncipe” de Antoine Saint- 1974, da Paramount;
Exúpery é uma obra ficcional atraente que · Discussão com os estudantes sobre as
permite despertar nos estudantes o gosto diferenças entre o livro e o filme;
pela leitura e refletir sobre a visão do autor · Exploração das telas do autor nas aulas de
em relação ao universo do adulto e da artes através das releituras e produções dos
criança. A obra também permite explorar estudantes;
os valores presentes nas relações humanas, · Leitura de cartas produzidas pelo autor
ampliando a compreensão de mundo, na obra “Cartas do Pequeno Príncipe” e
através de diferentes linguagens do mesmo exploração da estrutura do gênero carta;
clássico. · Produção individual de cartas;
· Correção e reescritas das cartas produzidas,
OBJETIVOS utilizando os netbooks;
· Assistir ao espetáculo “O Pequeno Príncipe”
· Oportunizar aos estudantes a leitura no teatro;
de um clássico universal da literatura · Análise e discussão da linguagem teatral
infantojuvenil; em relação a obra, como diferenças e
· Analisar, durante a leitura em sala, trechos adaptações;
marcantes da obra, além dos aspectos · Exposição de telas e cartas produzidas e
linguísticos e narrativos; todo percurso do projeto trabalhado na feira
· Explorar de forma interdisciplinar as de cultura da escola.
aquarelas do autor na obra, oportunizando
as releituras e produção pelos estudantes. AVALIAÇÃO

METODOLOGIA Na avaliação foram utilizados os seguintes


critérios:
· Leitura em sala, diariamente com os
estudantes, do livro “O Pequeno Príncipe”
de Antoine Saint-Exupéry;
· Pesquisa biográfica pelos estudantes sobre
o autor;
· Após leitura do livro, análise literária e
linguística da obra: personagens, assuntos
abordados na obra, tipo de narrador,
estrutura do texto e outros;
· Exploração da visão do autor a partir dos
adultos e das crianças e dos valores presente

REFERÊNCIAS
SAINT-EXUPÉRY, Antoine de. O Pequeno Príncipe: com aquarelas do autor. Tradução de Dom Marcos Barbosa. Rio de
Janeiro: Agir, 2006.
______. Cartas do Pequeno Príncipe: Tradução de Magda Soares Guimarães. Belo Horizonte: Itatiaia, 2008.
Filme “ O Pequeno Príncipe”, uma produção de 1974, da Paramount.
http://pt.wikipedia.org/wiki/Antoine_de_Saint-Exup%C3%A9ry-
http://3.bp.blogspot.com/5tBhssm3pQk/Ue74QvizFsI/AAAAAAAA0xQ/WTeunOHj6q4/s1600/1.jpg

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· A participação e o envolvimento dos
estudantes nas atividades de leitura e JUSTIFICATIVA E
discussão da obra em sala; OBJETIVO
· O cumprimento da pesquisa biográfica,
da produção da carta pelo estudante e sua O objetivo do projeto é resgatar um clássico da
reescrita e a produção das telas; literatura. Para tanto, escolhemos o escritor
· O envolvimento ao assistir ao filme e a Frances Maurice Druon, com o livro “O Menino
o Dedo Verde” para desenvolvimento do
participação na atividade do teatro;
projeto. Buscamos construir junto aos alunos
· A produção dos materiais que serão o interesse pelas obras literárias, através da
expostos na feira de cultura como painéis, leitura e interpretação do livro. O objetivo é
telas e cartas. desenvolver a sensibilidade, criatividade e
imaginação dos estudantes, como uma ponte
para seus desejos e sonhos, tornando a
leitura um hábito em seu cotidiano, não como
ESCOLA MUNICIPAL MARIA uma obrigação e sim um prazer.
DO CARMO ORECHIO
Com o projeto, espera-se que as crianças
desenvolvam e compartilhem experiências
Resgatando um Clássico da do cotidiano, conheçam um pouco sobre a
literatura clássica e o espírito da época em que
Literatura - O Menino do Dedo foram feitos, despertando o lúdico, o sonho,
Verde a fantasia e um novo olhar para a realidade,
assim como pela busca de um aprendizado
de vida naquele tempo, as semelhanças e
“Dizei não à guerra, mas dizei-o com flores.”1 diferenças com os mesmos dilemas sendo
vividos por pessoas de hoje.
Por Irineu Lopes Pinheiro

Professor de Educação Artística na Prefeitura


METODOLOGIA
Municipal de Contagem; Graduado em
A partir da leitura da obra de Maurice Druon,
Educação Artística - Universidade do Estado
de Minas Gerais; Curso de Especialização
em Ensino de Artes Visuais – Universidade
Federal de Minas Gerais;

PÚBLICO ALVO: crianças de 6 a 8 anos

APRESENTAÇÃO
O projeto “Resgatando um Clássico da
Literatura” foi desenvolvido a partir do livro
de Maurice Druon, O Menino do Dedo Verde.
As leituras serão feitas pelo professor na
sala de aula e na biblioteca. Depois de cada
leitura, os alunos desenvolverão ilustrações,
para no final criarem um portfólio com todos
os trabalhos propostos.

1 SANTOS NETO, Elydio dos. Dez considerações para professores que desejam trabalhar com histórias em quadrinhos.
São Bernardo do Campo: Universidade Metodista de São Paulo, 2011.
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os estudantes criaram e desenvolveram livro e a maneira como a narrativa foi se
trabalhos individuais e em grupos, com desenrolando durante a leitura, facilitando o
a orientação do professor de Educação entendimento e a compreensão do contexto
Artística Irineu Lopes Pinheiro, focando literário da obra.
principalmente na formação de leitores para Ao final do trabalho, os estudantes montaram
o futuro e oferecendo a elas a oportunidade um portfólio com todas as atividades
de conhecer um clássico da literatura. desenvolvidas no projeto. Colocaram todas
No primeiro momento, como nem todos os as suas ideias referenciadas no texto, o que
estudantes estão alfabetizados, a história estimulou ainda mais suas vivências com a
foi contada pelo professor na biblioteca da história de Tistu.
escola, estimulando ainda mais a imaginação
e o interesse das crianças pela leitura, O objetivo dos trabalhos artísticos a partir da
por estarem em um ambiente propício ao leitura é facilitar e estimular a compreensão
desenvolvimento e ao conhecimento de do texto, criando no estudante uma
outros gêneros textuais da literatura. interação ainda maior com a história e suas
experiências no cotidiano.

AVALIAÇÃO
A avaliação será feita através dos registros
e produções de atividades apresentados e
desenvolvidos em sala de aula no decorrer
do projeto pelos estudantes, além criação de
um portfólio por eles.

Leitura na biblioteca, foto: Irineu Lopes Pinheiro. Alunos 1° ano


ESCOLA MUNICIPAL MARIA
do 1° ciclo do ensino fundamental.
SILVA LUCAS
O livro apresenta 20 capítulos e 90 páginas, Ouvidos Abertos e Olhos
sendo assim, foram lidos em média dois
capítulos por dia para cada sala. Na primeira Atentos – Uma Prática de
aula do projeto foram apresentados Leitura
aos estudantes o livro e os dados que o
compõem, estudando um pouco sobre o “Quando as palavras saem da boca, entram
autor, ilustrador e o gênero textual. nos ouvidos. Mas, quando as palavras
A partir da segunda aula, no final de cada saem do coração, chegam ao coração.”
leitura, os estudantes desenvolveram as Ditado Popular Africano

atividades, conversando, discutindo e


ilustrando partes relacionadas ao livro. Foi
mostrado para eles a estruturação do

REFERÊNCIAS
CORNELL, Joseph Bharat. Brincar e aprender com a Natureza. Tradução de Fabiana Mirella e Rita Mendonça. São Paulo:
Editora Aquariana Ltda, 2008.
DRUON, Maurice. O menino do dedo verde. 94. ed. Rio de Janeiro: Editora José Olímpio, 2012.
PROJETO DEDO VERDE NA ESCOLA: cultivando a alfabetização ecológica. Disponível em: http://5elementos.org.br/
site/wp-content/uploads/2013/09/DIAG_ Artigo_Dedo_Verde_na_Escola_j1ulho.pdf

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Por Rosilda Figueiredo

É atriz, contadora de histórias, brincante e pesquisadora.


Licenciada e bacharel em teatro pela UFMG, é pós-graduanda
em Psicanálise: clínica da criança e do adolescente, pela
PUC-Minas. Faz parte do corpo de baile do grupo de danças
folclóricas Aruanda e é professora de arte na Rede Municipal
de contagem. Participou contando histórias e fazendo leituras
dramáticas no salão do livro infantojuvenil de Minas Gerais,
na Bienal do Livro de Minas Gerais, no Simpósio Internacional
de contadores de histórias em Ouro Preto/MG, no Projeto
“Hora do conto e da leitura” da Biblioteca Estadual Luiz de
Bessa. Atualmente ministra também o curso de contadores de
histórias do PRONATEC/FUNEC Contagem; oferece workshops
em brinquedos e brincadeiras e faz narrações de histórias
em escolas, espaços culturais, praças, empresas, livrarias e
bibliotecas.

PÚBLICO ALVO: estudantes de 9 anos

APRESENTAÇÃO
“Ouvidos abertos e olhos atentos – Uma prática de leitura” é
um projeto de incentivo à leitura para crianças do primeiro ano
do segundo ciclo. O projeto propõe uma leitura ampliada de
histórias com foco no tema “medo” na literatura infantil, que
abrange contos da literatura oral tradicional e urbana e outros
contos literários que abordam o tema. Por meio de narrações
de histórias, rodas de leituras, ilustrações, conversa sobre os
autores, conhecimento do objeto livro de forma genérica e
incentivo à produção em geral, o aluno será instigado à leitura
como
forma ampla para um posicionamento no mundo. Para tal, é
importante que ele desenvolva a produção literária, a leitura
crítica de imagens, de situações cotidianas, da cidade, do seu
universo familiar e, além disso, da leitura em si enquanto
decodificação de palavras, ampliando a relação com o universo
da Literatura.

O tema escolhido é resultado de um diagnóstico feito com os


alunos do segundo ciclo da Escola Municipal Maria Silva Lucas,
que mostraram grande interesse pelo tema “medo”, numa
atividade de contação de “histórias assustadoras”.
Para tratar o tema, serão trabalhados diversos contos da
literatura oral, mitos e lendas do folclore brasileiro, literatura de
cordel e outras poesias.
O projeto compreende, além da narração de histórias, a realização
de atividades artísticas que dialoguem com a história contada,
ampliando suas possibilidades de sentidos e consequentes
interpretações. A criança ouvirá histórias, fará leituras e contará

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histórias à sua maneira, num processo de narradas pela professora de Arte, que
escrita, criação de personagens e ilustração também é atriz e contadora de histórias.
de textos, intensificando sua sensibilidade e Antes de iniciar cada história, haverá um
repertório imaginativo e poderá ressignificar momento de interação com a turma por meio
os diversos conceitos presentes nas histórias. de brincadeiras cantadas e acompanhadas
por instrumentos musicais.
OBJETIVOS · Decupando as histórias: Será selecionada
em cada turma uma história e feito com os
· Explorar a capacidade de criação artística e alunos um momento de seleção das
literária na fase infantojuvenil e incentivar a partes principais da história. A história
leitura de livros literários. será recontada em tópicos construídos
· Apresentar aos participantes a milenar e coletivamente.
tradicional arte de contar histórias.
· Ativar a sensibilidade, o imaginário e a · Hora de ilustrar: 1) Os alunos serão
criatividade. motivados a escolherem um dos tópicos
· Estimular a análise crítica das crianças, construídos coletivamente para desenharem
fazendo com que elas não apenas ouçam, de forma livre e criativa, ilustrando o que
mas participem, apreendam a história ouvida imaginaram, e assim será possível criar
e sejam provocadas a explorá-la. afinidade maior com a história. 2) Outro
· Oferecer aos estudantes tempos e espaços momento de ilustração será quando os alunos
de leitura diferentes dos da sala de aula. serão convidados a desenhar o personagem
· Realizar comparações entre linguagens da história com quem mais se identificarem,
diferentes. seja por medo seja por empatia.
· Recontar/ilustrar as histórias por meio
de técnicas de criações visuais, tais como · Materializando a história: 1) A partir dos
ilustração, modelagem, criação de jogos e desenhos criados, os alunos irão modelar em
poesia concreta. jornal os personagens eleitos, transpondo,
assim, o bidimensional para o tridimensional.
METODOLOGIA Será evidenciada a relação de proporção
entre as formas, tendo em vista a harmonia
1.ª PARTE do conjunto. 2) Os alunos terão disponíveis
INTERAGINDO E DESPERTANDO O materiais diversos, como jornais, fitas
GOSTO PELAS HISTÓRIAS crepes, tintas, papéis coloridos, fios etc, a
fim de trabalharem os detalhes das criações
tridimensionais, dando personalidade e
Histórias: “Dun Dun Cererê”, “A Menina do força a elas. 3) Será feita uma exposição
Edifício Acaiaca”, “Dama de Branco”, “Loura dos trabalhos na escola e discutida a relação
do Banheiro” e “Chapeuzinho Amarelo”. entre as histórias contadas/lidas, o tema
É importante entender que o processo de e a produção criativa. A exposição será
mediação de leitura se passa pela mediação intitulada: “Você tem medo de quê?” 4) Será
de afeto. A primeira parte do projeto busca feito também um bate-papo a respeito do
uma relação de proximidade da criança com o tema medo, dialogando com as histórias,
conto, feito de forma oral, divertida e seus personagens e a produção dos alunos.
descontraída pela professora, criando assim
laços, vínculos, momentos de ludicidade, 2.ª PARTE
prazer e confiança. PRÁTICA DE LEITURA E
PRODUÇÃO LITERÁRIA 01
· Ouvindo histórias: As histórias serão

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Livros: Barba Azul, de Charles Perrault, 3.ª PARTE
coleção Conta pra mim, da editora PRÁTICA DE LEITURA E
Rideel; O Barba Azul, de Ruth Rocha,
editora Salamandra; Contos de PRODUÇÃO LITERÁRIA 02
Andersen, Grimm e Perrault, da editora
Libris, entre outros consultados para Livro: Mitos e lendas do autor Mario Bag
verificar ilustrações. editora Paulinas Livros de apoio: Poesia
Nessa segunda etapa do projeto, será dos pés à cabeça, de Adriano Bitaraes,
comentada a importância de um clássico editora Paulinas; Poemas para Brincar, de
e como ele sobrevive ao tempo. Será José Paulo Paes, editora Ática; e XXII!!! –
comentada a importância do registro da 22 brincadeiras de linhas e letras, de Léo
história por meio da transmissão oral e Cunha, editora Paulinas.
por meio da escrita. Em seguida, serão
trabalhados outros contos do folclore · Lendo e Entendendo: O segundo
brasileiro, observando uma outra maneira de momento da prática de leitura será mais
contar e escrever – os cordéis. lúdico. A professora fará a apresentação
do livro, comparando as diferenças com
· Apresentando o livro: Serão apresentados os demais apresentados até o momento,
aos alunos diversos livros contendo versões ressaltando a forma de contar/escrever,
diferentes da mesma história, assim como e o estilo das ilustrações. Serão divididos
várias ilustrações dos contos referidos. A pequenos grupos de leitura, e, em seguida,
partir da observação das imagens e da leitura o grupo deverá ler para a turma os versos
dramatizada dos livros (nesse caso a leitura em cordel e depois contar a história para a
será trabalhada com ênfase no livro Barba turma de forma natural, com suas próprias
Azul). A professora irá abordar, também, a palavras.
biografia de Charles Perrault.
· Conhecendo outros livros: Será feita
· Prática de leitura: Uma vez feito o uma exposição bibliográfica de diversos
processo de familiarização com o livro, tipos de livros, com tamanhos, espessuras,
serão feitas rodas de leitura com os alunos. cores e estéticas variadas. Livros apenas de
Nessas rodas, a leitura será coletiva, um imagens, livros pop up, livros com formatos
aluno começará a ler e o outro irá continuar. diferentes. O objetivo será apresentar o
Terão momentos de dramatização intensa objeto livro e as possibilidades de leitura
feita pela professora, instigando os alunos a que ele nos apresenta. Nesse momento,
fazerem o mesmo e se divertirem com o ato serão apresentadas aos alunos a poesia
de ler para os colegas. Pretende-se dividir a concreta e uma forma diferente de ler, livre
fala dos personagens para que as crianças da linearidade da esquerda para a direita.
leiam os diálogos em duplas.
· Brincando de ler: Nessa atividade, a
· Reescrita e ilustração: Será proposta a história em cordel estará recortada em
reescrita do conto. Cada criança irá contar a estrofes e dividida em cartas. Os alunos
história do Barba Azul à sua maneira, terão que ler e montar a ordem da história,
conservando as partes principais. Em como se fosse um quebra-cabeça. A turma
seguida, fará a ilustração da sua história. será desafiada a fazer essa atividade no
Também serão apreciadas as ilustrações menor tempo possível.
feitas pelos alunos e, a partir disso, fomentar-
se-á o diálogo em torno do que foi criado, · Produção literária: O gosto pela leitura
visto e ouvido. também se dá a partir do gosto pela invenção.
Os alunos serão motivados a criarem poesias
concretas passando pelo tema “medo”. Serão

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motivados a criarem palavras a partir de o processo estarão disponíveis para leitura
outras, usando a imaginação e a produzirem e apreciação. Os alunos serão convidados
rimas nas suas produções. Como inspiração a acompanharem a abertura da exposição,
e material de apoio, haverá diversas poesias para contarem como se deu todo o processo.
compiladas da internet, escritas por diversos
autores, como Haroldo de Campos, Augusto AVALIAÇÃO
de Campos e Décio Pignatari.
A avaliação será diária e constante. Serão
· Exposição e apreciação: As poesias observados pontos, como participação,
produzidas pelos alunos serão expostas na dedicação, interesse, disciplina e
escola para apreciação de todos e incentivo desenvolvimento individual de cada aluno no
à constante produção literária criativa. processo de criação e de leitura.

· Lendo sempre: Após o término do projeto, ESCOLA MUNICIPAL OTACIR


serão propostas rodas de leitura constantes
em sala de aula. Será levada uma caixa bem NUNES DOS SANTOS
lúdica para que as crianças façam trocas de
livros. Semanalmente, será sorteado um Guimarães Rosa: Vida e Obra
nome de um aluno para que ele conte para
toda a turma a história que leu. “Verdes vindo à face da luz na beirada de
cada folha a queda de uma gota...”.
Observação: É preciso entender o leitor (GUIMARÃES ROSA)
em desenvolvimento e oferecer a ele o que
melhor lhe convier. O leitor iniciante não Por Edilene Alves Martins
sabe escolher, por isso o mediador deve
Técnica em Processamento de Dados pelo
sugerir, falar do livro com amor. Devemos
CENTEC, licenciada em Letras (Português
trabalhar a leitura por si só – criar, recriar e
e suas Literaturas) pela UNI-BH e pós-
romper o limite. Trabalhar o gosto da leitura
graduada em Linguística pela PUC - Minas.
é ofertar com afeto a vontade de formar
Atua como professora há 14 anos na Rede
novos leitores. Sem pretensões.
de Educação de Contagem. Participou de
algumas formações da SEDUC como o
· Concluindo: Para as duas exposições, os
Observatório da Juventude e Gestar I e II.
trabalhos serão expostos em espaço coletivo
da escola e com possibilidade de itinerância.
PÚBLICO ALVO: estudantes de 13 a 15
A expografia será pensada tendo em
anos
vista as características do espaço que
receberá a instalação com os objetos
tridimensionais, os varais com as poesias. APRESENTAÇÃO
Terá ainda um “cantinho de leitura”, onde
os livros apresentados aos alunos durante “[...]— Famigerado é inóxio, é “célebre”,

REFERÊNCIAS
BAG, Mario. Mitos e lendas. São Paulo: Paulinas, 2013.
BITARÃES NETO, Adriano. Poesia dos pés à cabeça. São Paulo: Paulinas, 2013.
BUARQUE, Chico. Chapeuzinho Amarelo. Rio de Janeiro: José Olympio, 1979.
CUNHA, Leo. XXII!!! – 22 brincadeiras de linhas e letras. São Paulo: Paulinas, 2003.
CUNHA, Maria Antonieta Antunes. Literatura Infantil: teoria & prática. São Paulo: Ática, 2003.
PAES, José Paulo. Poemas para brincar. São Paulol: Ática, 2000.
PERRAULT, Charles. O Barba Azul. Ed. Rideel. Coleção Conta pra mim.

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“notório”, “notável”... ”1 · Desenvolver as linguagens: oral, corporal
e plástica através do Minuto Guimarães,
A frase em epígrafe revela aspectos basilares Invasão Poética, reconto aos moldes dos
da prosa de Guimarães Rosa e nos convida Miguilins do conto: “Famigerado”, extraído
a investigar a proposta estético-literária de Primeiras Estórias.
que enfoca sua escrita. Através da leitura · Desenvolver a criatividade, a partir da
do conto “Famigerado”, serão analisados representação teatral daquilo que simboliza
aspectos da linguagem do autor, com Rosa. (Conto: Famigerado)
posterior representação teatral do referido · Perceber a importância e a utilidade
conto, bem como reconto aos moldes dos socioculturalizantes imanentes da boa
Miguilins. leitura roseana.
· Ampliar o seu universo cultural, através de
JUSTIFICATIVA E visita orientada ao Museu Guimarães Rosa.
· Desenvolver a inteligência audiovisual
OBJETIVOS através da apropriação de trechos da obra
roseana recontada e reinterpretada pelos
Do saber literário apropria-se o
jovens do Projeto Miguilim em Cordisburgo.
aculturamento, que transfere às palavras
· Montar a sala Guimarães Rosa para
fôrma, forma e energia, por conseguinte
exposição na Mostra Cultural na escola.
possibilita-se a compreensão e análise
· Gravar vídeo da representação pelos
das conquistas culturais e seus diversos
“Alunos Miguilins” do conto Famigerado.
determinantes. Nesta perspectiva, será
analisado Rosa e levará o estudante a:
METODOLOGIA
· Desvendar a literatura magicamente
concebida pelo insuperável neologista Para o desenvolvimento do projeto serão
e humanizador da natureza e cultura realizadas as seguintes ações:
brasileiras, Guimarães Rosa.
· Conhecer a vida e a obra de Guimarães ·Detonador do projeto: Invasão poética, aos
Rosa e os motivos pelos quais a sua literatura moldes dos “mensageiros do rei”. Os alunos
tornou-se universal. “invadem” todas as salas, tocando uma
· Reconhecer o valor da literatura mineira, canção (violão e flauta) e declamam
inclusive em âmbito internacional. um poema de Guimarães, por oportuno
· Reconhecer através da obra Roseana a convidam a todos os alunos da escola para
cultura popular dos sertões mineiros. que interajam com o projeto.
·Confeccionar e entrega o marcador de
páginas, contextualizado com o projeto,
organizado pelos professores das disciplinas
de Português e Arte.
· Tratamento da informação: pesquisa da
vida de Guimarães. (Português)
· Debate circular: Biografia de Guimarães
Rosa. (Português/Literatura)
· Leitura, interpretação, ressignificação do
conto Famigerado – Primeiras Estórias.
· Seminário sobre a obra, apresentação
data-show. (Português)
· Vídeos: Exibição do curta: Famigerado.
Relacionar linguagens cênica x linguística,

1 SANTOS NETO, Elydio dos. Dez considerações para professores que desejam trabalhar com histórias em quadrinhos.
São Bernardo do Campo: Universidade Metodista de São Paulo, 2011.
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depreender daí impressões próprias, 3 - A capacidade de aproximar os conteúdos
ressignificando ambos, para representação procedimentais com o tema Guimarães Rosa
teatral. (Português) (Invasão poética, interpretação e
· Imagética em Guimarães – Concurso ressignificação do conto, análise biográfica,
melhor desenho e frase contextualizados teatralização, reconto, fotomontagem,
sobre Guimarães Rosa. (Arte) montagem da sala Guimarães Rosa).
· Confecção da camisa do projeto com o
desenho escolhido. (Arte). A análise de tudo que o estudante produzir,
· Montagem do painel Guimarães Rosa a partir das proposições da metodologia, e
(Português/Arte) as respostas dadas no desenvolvimento
· Minuto Guimarães – Invasão poética do projeto serão vistas na ótica do ensino.
semanal – Os alunos Miguilins “invadem” Nortearão, ainda, as seguintes questões
todas as salas da escola, num mesmo durante o processo: a forma de conduzir o
horário e, por um minuto, levam informações trabalho está adequada? Estão sendo feitas
inéditas sobre a vida e a obra de Rosa. intervenções sempre que necessário? As
(Português) atividades respondem ao objetivo de cada
· Visita ao museu Guimarães Rosa. etapa? Os materiais usados são adequados?
· Inteligências Múltiplas em Rosa – O tempo previsto é suficiente?
Representação teatral do conto “Famigerado”
· Gravação do vídeo de apresentação do Esse tipo de reflexão tem uma importância
teatro Famigerado. singular para avaliação do processo e pode
· Reconto de Famigerado aos moldes dos mudar significativamente a prática, quanto à
sistematização do conteúdo estudado e de todas
jovens Miguilins.
as proposições.
· Fotomontagem (foto e texto)
contextualizando a visita ao museu
Colaboradores: Aleta Soares Nogueira,
(Português/Arte) para montagem de um
Elisa Viana, Gláucia Jaqueline J. Belém Silva,
console na sala Guimarães Rosa – ( Mostra
Simone de Cássia Silveira e Lídia Paula de
Cultural).
Oliveira.
· Montagem da sala Guimarães Rosa durante
a Mostra Cultural a ser realizada na escola.

AVALIAÇÃO
A avaliação do projeto será feita através de
três eixos de aprendizagem:
1 - O conteúdo – (Guimarães Rosa).
2 - O aprofundamento no tema (Leitura e
análise da linguagem, através do Conto
Famigerado).

REFERÊNCIAS
CARVALHO, Miriam Cristina Cazante de. 3º Milênio – Projetos Pedagógicos-Editora Claranto. 5ª. ed. 2006. vol 8.
COLETÂNEA DE PROSAS LITEROCIENTÍFICAS “JOÃO GUIMARÃES ROSA” – Fundação Guimarães Rosa,
Belo Horizonte_ O Lutador, 2006.
ROSA, Guimarães. Primeiras Estórias. Rio de Janeiro: Editora Nova Fronteira,1988. 13 p.
ROSA, Guimarães. Disponível em: www..fundacaoguimaraesrosa, www.tvcultura.com.br/aloescola
www.medicina.ufmg.br/cememor/rosa.htm
TERRA, Ernani. Português para o Ensino Médio: língua, literatura e produção de texto. São Paulo: Scipione
2002 volume único/Ernani Terra & José de Nicola, Floriana Toscano Cavalete – (Série Parâmetros).

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ESCOLA MUNICIPAL Tudo isto subsidiado por ações do cotidiano
PROFESSORA ANA GUEDES da escola: rodas de leitura, leitura de
histórias, análise de textos e exibição de um
VIEIRA - ANEXO musical. Alguns livros foram selecionados
para o trabalho. Eis alguns deles: Trem de
Lendo e Vivenciando os Ferro – Manuel Bandeira, Trem Chegou Trem
Já Vai – Jose Carlos Aragão, Chapeuzinho
Clássicos Brasileiros Amarelo – Chico Buarque, Os Músicos de
Bremen – recontado por Flavio de Souza, Os
Por Cristiane de Campos Ribeiro de Freitas Saltimbancos – Chico Buarque.
Graduada em Pedagogia pela UFMG.
O projeto inicia-se com a divulgação de
Por Maria Tânia Batista de Melo Ferreira cartazes, chamada, jornal da escola,
Graduada em Pedagogia pela UFMG. conversa informal, roda de bate-papo sobre
o tema proposto. A abertura do projeto
Por Walison Nonato da Cruz
Graduado em Desenho e Plástica pela UFMG. acontecerá no segundo semestre de 2014.
Daí seguem os seguintes passos:
PÚBLICO ALVO: estudantes de 6 a 9 anos 1º momento: Seleção de obras literárias
que contemplam os objetivos propostos,
levando informações sobre as histórias
APRESENTAÇÃO preferidas;
2º momento: Produção de lista de alguns
O projeto Lendo e Vivenciando os Clássicos clássicos conhecidos;
é um interessante suporte para um trabalho 3º momento: Apresentação do projeto para
voltado para a diversidade, uma vez que os educandos;
sua estrutura aponta para várias questões 4º momento: Roda de leitura com grupos
como, por exemplo, a estética literária ligada diversificados e em diferentes espaços;
ao contexto cultural da criança brasileira. 5º momento: Utilização de recursos
Trabalharemos alguns poemas durante o audiovisuais para registrar a leitura dos
desenvolvimento do projeto. Poemas estes poemas, inferências e opiniões;
que trazem aos estudantes musicalidade, 6º momento: Organização de apresentações
ludicidade e, principalmente, despertam dos registros para a comunidade escolar.
o gosto pela poesia. Através desse gênero
é possível buscar interação com variados
temas e sentimentos.
OBJETIVO E
JUSTIFICATIVA
A aplicação deste projeto objetiva a busca
da inserção da criança em um mundo
encantador, cheio ou não de mistérios e
surpresas, mas sempre muito interessante e
curioso que diverte e ensina.
Desenvolver a criticidade em relação à
diversidade cultural e conceitual por meio
dos poemas da literatura brasileira é a nossa
proposta!

◦ Conhecer os poemas da literatura brasileira;


◦ Trabalhar a intertextualidade dos clássicos

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com leituras auxiliares; também será explorada. Em seguida,
◦ Sensibilizar o educando para o ato de ouvir, utilizaremos a obra “Trem Chegou Trem Já
ler e fazer inferências através de outras Vai” –José Carlos Aragão – por se tratar
leituras; de uma releitura do poema apresentado
◦ Apropriar estruturas textuais por meio da inicialmente. Um aspecto interessante é que
leitura e da releitura; são apresentados vários poetas brasileiros,
◦ Resgatar a importância do imaginário no permitindo uma prefeita intertextualidade
desenvolvimento da subjetividade; e propiciando várias concepções. Tudo isto
◦ Desenvolvimento autonomia e autoestima; abre várias possibilidades de leitura.
◦ Resgatar o processo criativo do autor, O próximo passo será o trabalho com a obra
possibilitando ao estudante compreender a dos “Músicos de Bremen” – Flavio de Souza
intenção do autor; – que contextualiza socialmente o tema
◦ Desconstruir o caráter unívoco da mídia e abordado e também enfatiza a musicalidade.
recursos tecnológicos de massificação. Logo após, será feita a leitura de “Os
Saltimbancos” – Chico Buarque – por tratar-
METODOLOGIA se de uma releitura da obra dos “Músicos
de Bremen”. Novamente está presente a
O projeto iniciar-se-á com a apresentação musicalidade.
do poema “Trem de Ferro” – Manuel Insistimos nesta questão por que a escola
Bandeira – tendo em vista a análise dispõe de um projeto de música, cujo
dos recursos poéticos como: aliteração, professor responsável é Walison Nonato.
assonância, onomatopeias, repetição de Os professores de Arte e Música e de
sons das palavras ou a alternância de sílabas Geografia, História e Ciências estarão
tônicas e átonas. Estas características do trabalhando em todas as turmas com as
poema dialogam conceitualmente com os atividades indicadas. A biblioteca terá uma
elementos rítmicos da Música. Esta relação eficaz atuação à medida que subsidiará
o projeto bem como contribuirá com a
divulgação e despertará o interesse dos
educandos.

AVALIAÇÃO
A avaliação dar-se-á no desenvolvimento
do projeto e na observação da mudança de
postura dos estudantes. A criança aprende
brincando em um mundo de imaginação,
sonhos e fantasias. Desta forma, é através
de experiências felizes com os poemas que
a criança tem a possibilidade de interagir

REFERÊNCIAS
BENJAMIN, Walter. O Narrador. In: Obras escolhidas: magia e técnica, arte e política. São Paulo: Brasiliense, 1993. vol
I. p.197-121.
CORSINO, Patrícia. Linguagem na educação infantil: as brincadeiras com as palavras e as palavras como brincadeiras.
Rio de Janeiro: Programa salto para o futuro. Boletim 23, nov, 2006. p. 28-44.
SORRENTI, Neusa. A poesia vai à escola – Reflexões, comentários e dicas de atividades. Belo Horizonte: Editora
Autêntica, 2007.

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com diversos textos trabalhados, possibilitando o entendimento
do mundo em que vivem e possibilitando a construção de seu no cenário literário.
Propiciar aos estudantes
próprio conhecimento.
o contato com os poemas
Outro aspecto importante dessa ação pedagógica diz respeito ao da autora Cora Coralina e
que pode representar na formação das crianças, considerando a com a obra “O Livro dos
fase de desenvolvimento em que se encontram. A narrativa é Sonetos”, de Vinícius de
considerada por Benjamin (1993) um lugar importante para a Moraes. A partir dessas
troca de experiências. leituras, os estudantes
serão levados a discussões
Assim, a leitura de poemas cria espaços de interação e socialização
e debates, declamação
entre a comunidade escolar e seus participantes que irão vivenciar dos poemas escolhidos,
experiências estabelecidas a partir de observações, do falar e do apresentação e produção
ouvir sobre o que é narrado e discutido possibilitando alternativas de poemas, reescrita dos
para o mundo. poemas apresentados.
O projeto busca incentivar a
ESCOLA MUNICIPAL PROFESSORA ANA produção de textos a partir
GUEDES VIEIRA dos poemas lidos pelos
educandos. Selecionar os
melhores para poderem
Um Gol de Placa participar da banca
examinadora, que será
Por Juliana Oliveira Lima
composta por funcionários
da escola, que escolherá a
Graduada em Letras. Leciona aproximadamente há cinco anos melhor produção textual.
na Rede Municipal de Contagem. Já trabalhou, aproximadamente O texto escolhido será
um ano, no Colégio Dom Bosco, como instrutora de projetos. inscrito no concurso:
Atualmente leciona a disciplina de Língua Portuguesa/ Literatura “Copa Literária”. E passará
na E.M. Domingos José Diniz Costa Belém. Prorroga a sua jornada novamente por mais uma
de trabalho na E.M. Professora Ana Guedes Vieira. seleção.

Por Sônia Montarroyos

Graduada em Estudos Sociais, História, Pedagogia e Filosofia e JUSTIFICATIVA


pós-graduada em Educação de Jovens e Adultos, Ensino Superior,
História da Arte. Como Regente de turma lecionou a disciplina de Observa-se que a realidade
História, aproximadamente 25 anos na E.M. Ápio Cardoso. Sempre atual vem afastando cada
manteve a flexibilização da jornada de trabalho na mesma rede. vez mais nossos jovens e
Trabalhou em diversas escolas da Rede Municipal de Contagem. adultos ao ato de ler. Os
Aposentou recentemente em um cargo. Atualmente, atua como mesmos já possuem pouco
pedagoga na E.M. Professora Ana Guedes Vieira. hábito de leitura. Percebe-
se que o maior agravante
PÚBLICO ALVO: estudantes de 17 a 68 anos encontra-se no acesso
restrito à leitura no meio
AVALIAÇÃO familiar.
Para tanto, o projeto
poderá criar possibilidades
“Um gol de placa” é um projeto que será desenvolvido para de aumentar a busca
possibilitar o interesse, em nossos estudantes da Educação de de leitura para nossos
Jovens e Adultos, pela leitura dos clássicos da literatura brasileira, discentes e irá proporcionar
mas também criar possibilidades aos mesmos a novas descobertas aos mesmos novos espaços

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e descobertas de novas leituras. Torna-se necessário para a execução do
Estimulará nos educandos o interesse e o projeto, manter os horários da biblioteca
prazer da leitura, favorecendo aos mesmos para a realização de pesquisas sobre o tema
horários semanais para utilização da proposto.
biblioteca. Contudo, isso poderá possibilitar Outra ação importante no projeto é a
a eles momentos de reflexão e discussões realização de momentos de escrita de textos
sobre os poemas lidos. pelos alunos, com o intuito de seleção
Faz-se, então, necessário que a escola desses textos. Para isso, será preciso criar
busque resgatar o valor da leitura, como uma banca, composta por professores de
ato de prazer e requisito para emancipação outro turno, para que os mesmos definam
social e promoção da cidadania. quais são os melhores textos feitos pelos
estudantes. Os poemas entregues pelos
OBJETIVOS alunos serão recolhidos e passarão por uma
banca examinadora, a fim de que esta possa
· Despertar o prazer da leitura e aguçar o escolher os melhores poemas. Os textos
potencial cognitivo e criativo do aluno; escolhidos pela banca serão premiados, para
· Possibilitar o acesso aos diversos tipos de que sirvam de incentivo para a escrita de
leitura na escola, buscando efetivar enquanto novos textos pelos educandos a partir das
processo a leitura e a escrita; leituras realizadas. O poema escolhido por
· Estimular o desejo de novas leituras; essa banca será inscrito no concurso: “Copa
· Possibilitar a vivência de emoções, o Literária” e novamente passará por mais
exercício da fantasia e da imaginação; uma etapa de seleção.
· Propiciar aos estudantes momentos de
leitura na escola. Busca-se premiar os alunos que demonstrarem
· Possibilitar produções orais, escritas e em a aquisição dos objetivos propostos, que
outras linguagens. serão avaliados semanalmente.

METODOLOGIA ESPAÇOS E RECURSOS


Os temas que serão abordados nos textos Biblioteca da escola. Bibliotecas públicas.
lidos terão como desdobramentos a Copa do Revistas, jornais e uso da internet para as
Mundo. Serão sugeridos aos estudantes uma pesquisas.
leitura silenciosa, mas também em seguida
outra coletiva. Desses textos lidos, haverá AVALIAÇÃO
possibilidades de desenvolvimento de um
debate. A avaliação no decorrer do projeto será feita
A proposta, também, é proporcionar a leitura de forma contínua e também cumulativa,
de vários sonetos e de temas diversos, a fim levantando a importância de todos os
de estimular a criação de novos poemas, que processos do desenvolvimento do projeto
tenham como tema a Copa do Mundo. para a aquisição do conhecimento.

REFERÊNCIAS
BARROS, Aidil de Jesus Paes; LEHFELD, Neide Aparecida de Souza. Projeto de pesquisa:
propostas metodológicas. 8. ed. Petrópolis: Vozes, 1999.
CEGALLA, Paschol Domingos. Novíssima Gramática da Língua Portuguesa. 48°ed. São Paulo: Editora Companhia Editorial
Nacional, 2008.
CORALINA, Cora. Melhores Poemas. Coleção melhores Poemas. 1° ed. São Paulo: Editora Global, 2004.
______. Meu Livro de Cordel. 11° ed. São Paulo: Editora Global, 2005.
MORAIS, Vinícius. O livro dos Sonetos. 1° ed. Rio de Janeiro: Editora Companhia das Letras, 2009.

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ESCOLA MUNCIPAL RITA
CONSIDERAÇÕES FINAIS
CARMELINDA ROCHA

Carlos Drummond De Andrade:


Algumas Leituras

Por Daniela Cristina Sales Portela

· Professora de Língua Portuguesa, licenciada


em Letras pela Universidade Federal de
Minas Gerais. Gosta muito de literatura e
acredita na importância e necessidade de se
trabalhar o texto literário na escola, não só
pelos motivos já apontados neste projeto,
mas também porque crê ser um direito do
Presença de toda a família da estudante no dia aluno de ter a oportunidade de conhecer
da premiação do concurso Copa Literária.
os grandes nomes da literatura, sobretudo
da brasileira. Foi nessa perspectiva que se
deu a escolha deste projeto e do autor aqui
trabalhado. Carlos Drummond é um de meus
mais apreciados escritores, o que influenciou
em grande medida sua escolha.

PÚBLICO ALVO: estudantes de 13 a 14


anos

AVALIAÇÃO
O poema da aluna Laisa
Ribeiro Azevedo foi Este projeto contempla a leitura de textos
escolhido pela banca de Carlos Drummond de Andrade: poemas,
examinadora e venceu o contos e crônicas. A partir de textos
concurso Copa Literária selecionados, pretende-se passar por
na categoria soneto. obras diversas e propor discussões sobre
as temáticas abordadas nessas obras. As
atividades propostas são rodas de leitura,
leituras individuais e coletivas, seguidas de

A estudante Laísa recebendo o prêmio de


melhor soneto na modalidade EJA pelo
Secretário-Adjunto de Educação Ademilson
Ferreira e pela coordenadora do Programa de
Leitura Alessandra Soares.

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discussões e reflexões sobre o texto lido, METODOLOGIA
pesquisas sobre autor e obra, atividades
escritas de compreensão textual.
Nas primeiras aulas, foram feitas as
leituras de alguns poemas selecionados
OBJETIVOS pela professora, retirados do livro “Alguma
poesia”. Essas leituras tiveram como foco
Com o desenvolvimento das atividades a apresentação do escritor, juntamente
propostas, pretende-se: com uma visão geral de sua vida e obra.
· Apresentar o escritor Carlos Drummond de Em seguida, foi proposta aos alunos uma
Andrade e sua vasta e diversificada produção pesquisa mais aprofundada sobre a vida e
literária e assim ampliar o repertório de obra do escritor. Pretende-se ainda mostrar
leituras dos alunos. aos alunos o vídeo “O Fazendeiro do Ar”, no
· Desenvolver a capacidade leitora. qual o próprio Drummond fala de si, de sua
· Relacionar a leitura dos textos às vivências formação, de algumas ideias e de seu ofício
pessoais e conhecimento de mundo. de escritor.
· Estimular a fruição estética. A partir das pesquisas realizadas pelos alunos
· Tratar de algumas temáticas específicas na foi proposta a montagem de um mural sobre
poesia de Drummond, como o indivíduo, o Drummond, para que a escola socializasse
amor, a solidão, o choque social. informações sobre o autor e questões
· Abordar e refletir sobre as questões relativas às leituras. E assim foi feito, o
drummondianas: o eu, o mundo, a arte. mural foi confeccionado coletivamente, com
· Produzir uma antologia de textos do autor. a participação de vários alunos.
Após o primeiro contato com o escritor,
foram feitas rodas de leituras de poemas
JUSTIFICATIVA selecionadas pelos alunos, que além de falar
de suas impressões sobre os poemas lidos e
Carlos Drummond é um dos grandes poetas ouvidos puderam também justificar suas
brasileiros, sua poesia é diversa tanto em escolhas. A partir das leituras compartilhadas
relação à temática quanto ao estilo, o que de diferentes poesias, foram propostos
permite distintas abordagens de estudo. debates com reflexões sobre as temáticas
Aborda o presente e o passado, pauta-se presentes nos poemas.
na memória, trata com elegância e leveza Em outras aulas foram lidos os contos da
temas do cotidiano, tornando-se carregada coleção “Vó caiu na piscina”, momento em
de verdade. Drummond ocupa lugar de que os alunos puderam sentir o lado mais
destaque na literatura nacional e sua obra, cômico e descontraído de Drummond.
sem dúvida, está entre os clássicos de Nessas aulas foram intercaladas a leitura de
nossa literatura. A obra drummondiana contos e de crônicas variadas.
está marcada pela relevância intelectual e Depois de algumas aulas dedicadas
riqueza humana, com alcance universal. exclusivamente à leitura e discussões,
Constitui parte importante do acervo cultural passou-se a realização de atividades de
brasileiro e, nesse sentido, deve ser lida, compreensão de poesias, de contos e de
compreendida e apreciada na escola. crônicas. Nesses momentos, os alunos
É nessa perspectiva que este projeto foi também foram orientados a socializar suas
pensado, com o intuito de possibilitar a impressões sobre as leituras feitas em
compreensão autônoma da variedade classe e sugeridas para extraclasse, pois
temática presente na obra do poeta mineiro foram feitas várias visitas à biblioteca.
e apresentar autor e obra aos alunos, Dessa forma, os alunos puderam conhecer
provocando nesses a sensibilização poética o acervo do escritor que ali havia e puderam
e despertando o gosto pela literatura. escolher as obras e realizar suas próprias
leituras de Drummond. Na etapa final do

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nem estes olhos tão vazios,
nem o lábio amargo.
Eu não tinha estas mãos sem força,
tão paradas e frias e mortas;
eu não tinha este coração
que nem se mostra.
Eu não dei por esta mudança,
tão simples, tão certa, tão fácil:
- Em que espelho ficou perdida
a minha face?
(CECÍLIA MEIRELES)

projeto os estudantes deverão selecionar Por Mariela Aguiar Villela


os textos que mais lhe tocaram e produzir,
coletivamente, uma antologia com poemas,
contos e crônicas de Carlos Drummond de Formada em Letras pela UFMG(2002),
Andrade.
professora de Língua Portuguesa da Escola
Municipal Rita Carmelinda Rocha. Atua
AVALIAÇÃO também como tutora do Curso de Pedagogia
da UNIMES (Santos), desde 2010. Destacou-
Serão estabelecidos os seguintes critérios de
se como professora de Pré-vestibulares e
avaliação:
· O aluno envolveu-se no projeto, Concursos (Orville Carneiro e Pretorium),
demonstrando interesse e comprometimento como também em preparatórios para Cefet
com as atividades propostas? e Coltec.
· Houve cooperação e disciplina durante as
atividades desenvolvidas? Colaboradores: Ivana Dias Rabelo, Tarcísio
· Houve respeito às ideias e percepções dos
Benedito Oliveira, Rafael Domingos O.Silva
colegas sobre as leituras realizadas?
· O aluno conseguiu compreender os
textos lidos e expressar com clareza sua PÚBLICO ALVO: estudantes de 13 a 14
interpretação e opiniões? anos.

ESCOLA MUNCIPAL RITA APRESENTAÇÃO


CARMELINDA ROCHA
Cecília Meireles foi uma poetisa e jornalista,
Cecília Meireles – Professora e é considerada umas das maiores
e Poetisa: Antologias Poéticas escritoras brasileiras, com mais de 50 obras
publicadas. Além disso, foi professora de
línguas, literatura, música, folclore e teoria
Retrato educacional.
A poetisa Cecília Meireles sempre esteve
Eu não tinha este rosto de hoje, presente nas atividades escolares da maioria
assim calmo, assim triste, assim magro, dos estudantes brasileiros. Sua poesia

REFERÊNCIAS
ANDRADE, Carlos Drummond. Poesia Completa. 1ª ed., 3ª impr. – Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2007.
ANDRADE, Carlos Drummond. Disponível em: www.carlosdrummond.com.br

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compõe tanto os primeiros anos de 2. Apresentação da obra da autora, através
alfabetização quanto os mais altos níveis de livros, internet e outros,
de teses em universidades no Brasil e no apresentando as várias temáticas de seus
exterior. Neste projeto, enfatizamos, além poemas, percebendo suas regularidades e
de sua poesia, seu papel importante como diferenças;
educadora, destacando sua relevante 3. Apresentação do gênero poesia, através
contribuição para a educação brasileira. da escolha de alguns poemas da Antologia
da autora.
OBJETIVOS
Esse projeto teve como finalidade a
· Apresentar a vida e obra da autora, apresentação da obra de Cecília Meireles,
através do gênero Antologia, selecionando assim como o conhecimento por parte dos
e analisando diversos poemas presentes em alunos do papel da poetisa como educadora.
sua carreira. Procurei destacar os principais temas de
· Pesquisar e justificar a importância dada à suas obras, buscando também a ênfase no
autora como precursora na implantação de Letramento literário dos mesmos.
bibliotecas infantis, sendo a primeira, no
Brasil, organizada por ela.
ESCOLA MUNICIPAL
JUSTIFICATIVA VEREADOR JÉSU MILTON
DOS SANTOS
Espera-se que o discente perceba a relevância
tanto da obra de Cecília Meireles quanto do
Clássicos Infantis -
seu papel no processo de letramento infantil,
Aprendendo Lendo
desenvolvendo as habilidades e capacidades
pertinentes ao ciclo.
Por Adiná Araújo e Silva

METODOLOGIA
Graduada em Pedagogia com pós- graduação
em Psicopedagogia pela UEMG e Gestão de
Para a realização do projeto foram utilizados
Projetos Culturais pela PUC Minas. Atua
alguns passos, tais como:
como professora efetiva da Rede Municipal
1. Aulas expositivas, utilizando a leitura em
de Contagem há 25 anos e em Belo Horizonte
voz alta, dos poemas;

REFERÊNCIAS
CASTRO, Maria da Conceição. Língua & Literatura. 5. ed. reformulada. São Paulo: Editora Saraiva, 1998, v. 2.
COELHO, Nelly Novaes. Dicionário crítico da literatura infantil e juvenil brasileira. São Paulo: Quíron,
1983.
______. Dicionário Crítico de Escritoras Brasileiras. São Paulo: Escrituras, 2002.
DAMASCENO, Darcy. Notícia biográfica. In: CECÍLIA MEIRELES: obra poética. Rio de Janeiro: Companhia
José Aguilar Editora, 1972.
FERNANDES, Hercília M. A lírica pedagógica de Cecília Meireles em “Ou isto ou aquilo”(1964): Instrução
e Divertimento. Disponível em: <http://www.artigos.com/artigos/sociais/educacao/a-lirica-pedagogica-de-
ceciliameireles- em-%93ou-isto>
LÔBO, Yolanda Lima; MIGNOT, Ana Chrystina Venâncio. Cecília Meireles: a poética da educação. Rio de
Janeiro: Ed. PUC-Rio/Loyola, 2001.
MELO, A.M.L. Ou isto ou aquilo: um clássico da literatura infantil brasileira. In: NEVES, Margarida de
Souza;
LÔBO, Yolanda Lima; MIGNOT, Ana Chrystina Venâncio. Cecília Meireles: a poética da educação. Rio de
Janeiro: Puc -Rio/Loyola, 2001. (Primeiros Passos).
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está na Coordenação Pedagógica. Apresenta
experiência nas áreas de Alfabetização,
Coordenação Pedagógica e Gestão Escolar. OBJETIVOS
PÚBLICO ALVO: estudantes de 10 e 11 · Oportunizar ao estudante o contato, através
anos. de leitura, de vários clássicos da literatura
infantil;
APRESENTAÇÃO · Aperfeiçoar a leitura e a escrita através do
trabalho com os clássicos da literatura;
Este projeto foi elaborado diante da · Compreender os textos lidos, identificando
necessidade de desenvolver a leitura em o tema central, localizando informações
sala de aula. A Leitura foi evidenciada como explícitas ou implícitas e fazendo inferências;
construção ativa do leitor em formação, · Estimular a criatividade, sensibilidade,
considerando situações de maior contato do curiosidade e imaginação a partir da leitura;
estudante com as experiências de leitura, · Recontar a história lida através da escrita;
em que o professor desempenhou papel de · Incentivar o uso da biblioteca.
mediador do processo de interação do leitor
com o que diz o autor. O foco era promover JUSTIFICATIVA
a leitura, atribuindo significados ao texto
escrito. Em sala de aula, houve organização Ao ler, recontar e escrever, o estudante
das atividades de incentivo à leitura, com passa a ser sujeito da sua própria história:
estímulo, de forma adequada, ao processo ele elabora, cria, registra, relata e tem voz.
da leitura e da escrita, caminhos essenciais E tais ações/condutas são os objetivos deste
para o despertar da cidadania, visando à projeto literário.
aquisição de conhecimentos necessários Este projeto visa priorizar a leitura dos
para o crescimento pessoal e coletivo. Bons clássicos. Uma das funções da escola é
leitores se fortalecem diante de questões propiciar aos estudantes caminhos para que
sociais e políticas sabendo atuar de forma eles possam adquirir, de forma consciente e
positiva na sociedade atual. consistente, os mecanismos de apropriação
de conhecimentos e que com tal conhecimento
possam atuar criticamente em seu espaço
social.

METODOLOGIA
O projeto será desenvolvido ao longo do ano
letivo com a leitura dos clássicos da literatura:
Pinóquio e Alice no País das Maravilhas.

1ª etapa: Discutir com os estudantes o que


é um Clássico Literário. Planejar visitas à
biblioteca para colher informações sobre o
acervo dos Clássicos da Literatura.

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habilidades de expressão oral de cada
estudante, tornando-o mais autoconfiante.

5ª etapa: Incentivar a produção coletiva e/


ou individual de textos. Estimular a escrita de
bilhetes, cartazes e convites, promovendo e
incentivando a leitura do Clássico por outros
leitores.

6ª etapa: Leitura dos textos que os


estudantes escreveram. Esta leitura poderá
ser organizada de várias formas: cada um
lê o próprio texto que escreveu e/ou trocar
2ª etapa: Roda de conversa: apresentação entre os estudantes para que um possa
das histórias. avaliar e auxiliar a escrita do colega.

3ª etapa: Apresentar e ler os clássicos 7ª etapa: Reescrita dos contos para


selecionados. Momento de contar a organização do trabalho final. Produção
história – utilizando a obra escolhida. de textos escritos para favorecer o
A leitura do texto proposto pode ser desenvolvimento das capacidades relativas
feita em grupo, individualmente ou pela à textualidade. Este projeto propõe como
professora. Dependendo do tamanho da trabalho final uma produção textual do
obra escolhida, ela poderá ser lida em estudante. Eles serão convidados a fazer
camadas, selecionando e parando em uma produção escrita com a sua opinião, seu
trechos específicos da história, de modo modo de ver o mundo e suas experiências
a provocar a curiosidade e a análise do relativas às discussões realizadas ao longo
leitor durante o próprio ato de ler. Pedir aos do projeto.
alunos para recontar a história ouvida –
desenvolvimento da oralidade. Nesta etapa, 8ª etapa: Oficina de desenhos para ilustração
o reconto ou o resumo oral pelos estudantes dos textos selecionados para fazerem parte
busca desenvolver as capacidades de ouvir da coletânea (livro) da turma.
com atenção e compreensão e de aprender
as ideias principais da história lida. 9ª etapa: Divulgação da Produção. Festa de
4ª etapa: Reflexão e debate acerca do lançamento, na escola, da coletânea (livro)
texto lido. Incentivar os estudantes para com os melhores textos dos estudantes,
a compreensão do que está sendo lido. escolhidos por eles. Serão convidados os
Fazer o levantamento das impressões familiares, direção, coordenação e demais
e considerações sobre a história lida. interessados para a tarde de leitura e
Elaboração de questionamentos que possam autógrafos.
ampliar a reflexão e conduzir as discussões
de forma organizada. Esta roda de conversa 10ª etapa: Realização do registro, através de
tem como objetivo principal de fortalecer as fotos, desenhos e relatos pessoais de todas

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as atividades desenvolvidas pela turma. especialista em Gestão Escolar Democrática
Montagem para exposição e divulgação do pela mesma universidade, especialista em
trabalho através da elaboração de banners. Gestão Educacional na Faculdade Pitágoras.
Atualmente é mestrando em Letras (UFMG).

AVALIAÇÃO Por Maria Cristina Passos Ferreira

A avaliação acontecerá durante a realização Professora de Arte. Graduada em Artes


das atividades, através da observação diária Plásticas pela UFMG, licenciada em Artes
quanto à criatividade, participação, interesse pela Escola Guinard. Atua desde 1991
e relacionamento com os colegas, por meio na rede pública de ensino de Contagem.
de registros escritos e fotográficos. Participa também como autora de projetos
Espera-se que o estudante reconte participantes na Promoção Literária de
oralmente histórias trabalhadas em sala de Contagem.
aula. Ao recontar, deve demonstrar esforços
de adequação do registro utilizado à situação Por Débora Cristina A. de Mendonça
de comunicação na qual está inserido o
reconto, bem como realizar essa atividade Auxiliar de Biblioteca na Escola Municipal de
de maneira autônoma. Contagem desde o ano de 1996. Interessa-
se por atividades de contação de histórias e
projetos literários, tendo participado de outras
edições da Mostra Literária de Contagem e
ESCOLA MUNICIPAL Promoção Literária de Contagem.
VIRGÍLIO DE MELO FRANCO
PÚBLICO ALVO: estudantes de 13 a 14
Janelas da Alma anos.

Por Marcos Celírio dos Santos APRESENTAÇÃO


Professor de Língua Portuguesa na E.M. O projeto Janelas da Alma será desenvolvido
Virgílio de Melo Franco, onde atuou como com alunos do 8º ano do Ensino Fundamental,
gestor. Graduado em Letras pela UFMG, matriculados na Escola Municipal Virgílio

REFERÊNCIAS
BELO HORIZONTE. Secretaria Municipal de Educação. Diretrizes Curriculares – Ensino Fundamental – 1º,
2º e 3º Ciclos. Belo Horizonte, 2010.
BRASIL. Ministério da Educação. Parâmetros curriculares nacionais: Língua Portuguesa. Secretaria da
Educação Fundamental – Brasília: MEC/SEF, 1997.
FERREIRA, Andréa Tereza Brito; ROSA, Ester Cakkabd de Souza (Orgs.). O Fazer cotidiano na sala de aula.
Belo Horizonte: Autêntica Editora, 2012.
LERNER, Delia. Ler e escrever na escola – o real, o possível e o necessário. Tradução Ernani Rosa. Porto
Alegre: Artmed, 2002.
MATENCIO, Maria de Lourdes Meirelles. Leitura, Produção de textos e a escola. Campinas, SP: Mercado de
Letras – Editora Autores Associados, 1994.
MEIRELES, Cecília. Problemas da literatura infantil. 3ª. ed., Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1984.
PARREIRAS, Ninfa. Confusão de Línguas na Literatura: O que o adulto escreve, a criança lê. Belo
Horizonte: RHJ, 2009.
SOARES, Magda. Introdução: Ler, verbo transitivo. Belo Horizonte: Autêntica Editora, 2008.
______. Letramento: um tema em três gêneros. Belo Horizonte: Autêntica Editora, 2001.
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de Melo Franco. Durante o Projeto, serão promover, dentro da Escola, um trabalho de
propostas atividades de leitura de contos do integração entre os contos clássicos e outros
escritor Edgar Allan Poe. gêneros digitais.
Serão realizadas atividades que objetivam O Projeto “Janelas da Alma” surge como
uma leitura reflexiva e investigativa de uma estratégia para proporcionar eventos
contos do autor escolhido, e a participação de letramento literário aos estudantes,
democrática dos alunos, que terão espaço proporcionando aos mesmos oportunidades
para fazerem comentários, exposições, para refletirem sobre a maldade humana
relatos e darem sua contribuição para o e para verbalizarem suas ideias, seus
enriquecimento das discussões, tanto em sentimentos, dilemas e temores, num espaço
sala de aula (presencialmente), quanto na democrático e colaborativo.
Internet. As atividades de ler e reler os contos
Durante a realização das atividades, os selecionados relacionam-se diretamente com
alunos refletirão sobre as escolhas que o entendimento de que a escola deve ser uma
fazemos e, principalmente, sobre a maldade das agências de letramento literário, bem
humana. Ao longo do projeto, essa temática como com o entendimento de que a literatura
será trabalhada a partir de um elemento constitui um direito humano. Consideramos,
muito presente em alguns contos do escritor ainda, o importante lugar dos clássicos da
clássico: os olhos. literatura universal como patrimônio cultural
Partindo de uma frase muito conhecida – “Os da humanidade, cujo acesso todo cidadão
olhos são as janelas da alma.” – Os alunos tem direito.
serão convidados, então, a descortinar essas A escolha pelo trabalho com a literatura
janelas, a penetrar no olhar das personagens digital, por sua vez, se justifica pelo fato
para investigar e analisar as ações, de que os gêneros textuais digitais estão
motivações, escolhas e a maldade presente presentes na vida dos estudantes, que
nessas ações, projetadas na alma humana. sempre são vistos imersos em diversas
atividades de leitura, tanto nos intervalos das
JUSTIFICATIVA aulas quanto em outros momentos. Neste
projeto, partimos do princípio de que a escola
O presente projeto busca uma integração deve ampliar as possibilidades e os usos
entre atividades de leitura de contos do da leitura e da escrita, considerando ainda
clássico escritor Edgar Allan Poe com a que os letramentos devem ser ampliados
produção de textos literários digitais com de modo a atingir todos os ambientes e
estudantes do 2º ano do 3º ciclo. A integração situações em que o texto é utilizado. Assim
do trabalho dos gêneros não digitais com sendo, as práticas de leitura e escrita que
os gêneros digitais já têm se feito perceber os jovens e adolescentes já efetivam nos
desde o ano de 2013, quando um grupo de ambientes digitais devem ser contempladas
professores e alunos realizaram o projeto “O e trabalhadas nas aulas de português, pois
cronista e o poeta”. a internet configura-se como um espaço no
Com o lançamento da II Promoção Literária qual praticamos nossos letramentos.
Contagem das Letras, considerou-se
oportuna a participação de um grupo O trabalho com a literatura na era digital
de alunos e educadores, que poderiam apresenta, juntamente aos desafios, grandes

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possibilidades para o professor e seus alunos. Mais do que nunca, é preciso que a escola
desenvolva projetos, atividades diárias e relevantes buscando os letramentos, bem como a
descoberta do prazer de ler. Nos ambientes hipermídia, a literatura tem se transformado, se
redescoberto e demonstrado, ao contrário do que o senso comum dizia, que veio para ficar e
que, sendo uma arte, acompanhará o homem enquanto este existir.
Compartilhamos a visão de Cândido (2004), para quem as produções literárias são fatores de
humanização, que confirmam

no homem aqueles traços que reputamos essenciais, como o exercício da reflexão,


a aquisição do saber, a boa disposição para com próximo, o afinamento das emoções,
a capacidade de penetrar nos problemas da vida, o senso da beleza, a percepção da
com p l e x i d a d e do mundo e dos seres, o cultivo do h u mor.
(CANDIDO, 2004, p.180)

OBJETIVOS
Ler e reler contos clássicos
da literatura universal,
visando ao desenvolvimento
do letramento literário,
considerando a literatura
como fator de humanização.
· Conhecer e valorizar a obra
do escritor Edgar Allan Poe;
· Promover o uso da
biblioteca da Escola;
· Despertar o interesse pela
leitura;
· Ler e reler contos de Edgar
Allan Poe;
· Desenvolver o letramento
literário;

· Refletir sobre as ações e a maldade humana;


· Produzir hipercontos digitais;
· Propor atividades que integrem diferentes linguagens (palavra, imagem, som).

METODOLOGIA
Em todas as leituras, serão propostas reflexões sobre dois elementos já citados como
presentes nos contos do escritor: os olhos e a maldade humana.
Entendemos que a realização de um projeto de integração de trabalho com gêneros textuais
digitais e não digitais necessita de uma proposta específica para a organização das atividades,

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pois pressupõe o trabalho integrado com dois por fim, a publicação dos textos. Dessa forma,
gêneros textuais (conto e hiperconto), iniciando o projeto prevê a realização de três módulos:
com atividades de leitura dos dois gêneros para, leitura, leitura e produção e divulgação, assim
então, propor atividades de leitura e escrita e, organizados:

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AVALIAÇÃO
A avaliação acontecerá ao longo de todo o
processo educativo, de forma diagnóstica e
formativa, buscando-se identificar
dificuldades, facilidades e possibilidades
na participação de todas as atividades
propostas. Os alunos serão avaliados
durante as discussões e realizações de
atividades (questionário, jogos, rodas de
leitura, pesquisas etc). Serão avaliados,
ainda, durante a produção dos hipercontos,
de acordo com critérios estabelecidos
previamente com os alunos (presença
dos elementos da narrativa, estrutura da
narrativa, uso dos elementos não verbais e
observância da temática proposta).

REFERÊNCIAS
CÂNDIDO, Antônio. O direito à literatura. In: CÂNDIDO, Antônio. Vários escritos. 4 ed. São Paulo: Duas
Cidades, 2004.
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FOT
GALERIA DE FOTO

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TOS

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FICHA TÉCNICA

PREFEITO DE CONTAGEM
Carlos Magno de Moura Soares
VICE-PREFEITO
João Guedes Vieira
SECRETÁRIO DE EDUCAÇÃO
José Ramoniele R. dos Santos
SECRETÁRIO-ADJUNTO DE
EDUCAÇÃO
Ademilson Ferreira de Souza
GESTORA DE POLÍTICAS
EDUCACIONAIS
Gleice Emerick de Oliveira
DIRETORA DA EDUCAÇÃO
BÁSICA
Mônica da Silva
DIRIGENTE EDUCACIONAL DO
PROGRAMA DE LEITURA
Alessandra Aparecida Soares
PROJETO GRÁFICO E
DIAGRAMAÇÃO
Natália Gomes S. Magalhães
IMPRESSÃO
700 exemplares

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SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO
Rua Portugal, 20 Bairro: Novo Glória - CEP: 32.340-010

Telefone: 3352-5416 Fax: 3352-7001


E-mail: [email protected]
[email protected]
Site: www.contagem.mg.gov.br/educacao
Horário de funcionamento: 8h às 17h.

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