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DE LITERACIA EMERGENTE
20 de dezembro de 2018
@ AE de Pedrouços – Maia
“ A aprendizagem escolar nunca parte do zero. Toda a aprendizagem da criança
na escola tem uma pré-história.”
(Vygotsky, 1935/1977, p.39)
DEFINIÇÃO DO PROBLEMA (NO QUADRO DOS PAÍSES DA OCDE)
• Portugal apresenta uma das mais elevadas taxas de retenção precoce dos
alunos;
• A maior parte dos estudos conclui que nem a repetência nem a “passagem
administrativa” são soluções para melhorar o sucesso escolar, as aprendizagens, os
comportamentos e as atitudes dos alunos.
• A OCDE tem, desde 2007, promovido uma série de estudos e recomendações para
que os diferentes países enfrentem o problema do insucesso escolar e encontrem
soluções alternativas à repetência que promovam uma aprendizagem efetiva. A
palavra de ordem é prevenir: identificar os problemas de aprendizagem,
diagnosticar e conhecer para intervir tão precocemente quanto possível.
Perante:
• a situação dos alunos que não atingem os objetivos esperados para a leitura
• por razões e condições que a escola não consegue superar nem contrariar
• 82% dos professores e 59% os dirigentes escolares não concorda com a proibição da
repetência no 1.º ano de escolaridade
• Práticas dominantes
• Debates científicos
• Recursos e soluções possíveis
Por um lado, tem-se um sujeito que não processa e organiza as informações, mesmo com o
desejo de aprendente, não aprende. Nesse segmento, também não dá conta de comunicar,
transmitir as informações com o uso das diversas linguagens, portanto, não ensina.
Por outro lado, nessa mesma via, encontramos o professor conformado (e acomodado) nas
suas práticas, confundindo obrigações com deveres, portanto, não aprende. Assim,
estabelece paradigmas para o processo de ensino que só ele (professor) acredita que dá certo,
portanto, não ensina.
Desse modo, temos um aprendiz que finge que aprende e um professor que finge que ensina.
Então: são problemas de aprendizagem ou de ensinagem?
Acredite, os dois para os dois personagens da trama escolar, considerando que alunos e
professores não são “máquinas”, mas pessoas norteadas por identidades em formação, por
experiências diárias de muitas dimensões, por histórias pessoais e... por emoções que não se
explicam por si só.
Entre o que o aprendente não consegue aprender e o que o ensinante não consegue fazê-lo
aprender, é preciso situar o problema da ensinagem, a qual se tem um duplo sentido.
Por um lado, tem-se um sujeito que não processa e organiza as informações, mesmo com o
desejo de aprendente, não aprende. Nesse segmento, também não dá conta de comunicar,
transmitir as informações com o uso das diversas linguagens, portanto, não ensina.
Por outro lado, nessa mesma via, encontramos o professor conformado (e acomodado) nas
suas práticas, confundindo obrigações com deveres, portanto, não aprende. Assim,
estabelece paradigmas para o processo de ensino que só ele (professor) acredita que dá certo,
portanto, não ensina.
Desse modo, temos um aprendiz que finge que aprende e um professor que finge que ensina.
Então: são problemas de aprendizagem ou de ensinagem?
Acredite, os dois para os dois personagens da trama escolar, considerando que alunos e
professores não são “máquinas”, mas pessoas norteadas por identidades em formação, por
experiências diárias de muitas dimensões, por histórias pessoais e... por emoções que não se
explicam por si só.
“É frequente que ninguém os ajude a descobrir, deixam-nos sozinhos no meio de um
caos de traços sem sentido, e no meio do sofrimento que isso comporta. Só́ os obrigam a
repetir infinitamente as mesmas tarefas. Às vezes, e para piorar ainda mais a situação,
chegam os técnicos especializados para lhes colocar uma etiqueta em cima. Há́ uns anos
seriam classificados de burros, hoje, e por exemplo, podem-no ser de disléxicos. Ficam
com esse autocolante colado à testa mas continuam sós, de frente para o enigma das
letras.
E é assim que acaba o princípio do fim da história de muitos meninos que a escola
continua a pôr de parte.” Ana Cristina Silva