1) O documento descreve os contratos de permuta e estimatório, comparando-os com o contrato de compra e venda. 2) Na permuta, ambas as partes trocam bens em vez de uma parte pagar dinheiro, enquanto no estimatório uma parte entrega bens para o outro vender em um prazo determinado. 3) Ambos os contratos transferem posse temporária dos bens, mas a propriedade permanece com a primeira parte.
1) O documento descreve os contratos de permuta e estimatório, comparando-os com o contrato de compra e venda. 2) Na permuta, ambas as partes trocam bens em vez de uma parte pagar dinheiro, enquanto no estimatório uma parte entrega bens para o outro vender em um prazo determinado. 3) Ambos os contratos transferem posse temporária dos bens, mas a propriedade permanece com a primeira parte.
1) O documento descreve os contratos de permuta e estimatório, comparando-os com o contrato de compra e venda. 2) Na permuta, ambas as partes trocam bens em vez de uma parte pagar dinheiro, enquanto no estimatório uma parte entrega bens para o outro vender em um prazo determinado. 3) Ambos os contratos transferem posse temporária dos bens, mas a propriedade permanece com a primeira parte.
1) O documento descreve os contratos de permuta e estimatório, comparando-os com o contrato de compra e venda. 2) Na permuta, ambas as partes trocam bens em vez de uma parte pagar dinheiro, enquanto no estimatório uma parte entrega bens para o outro vender em um prazo determinado. 3) Ambos os contratos transferem posse temporária dos bens, mas a propriedade permanece com a primeira parte.
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BELÉM, PA, 31 DE AGOSTO DE 2020
Contrato de Permuta e Contrato Estimatório
Contrato de troca ou permuta
O Contrato de Troca ou Permuta se assemelha ao Contrato de Compra e Venda,
uma vez que envolve a transferência da propriedade de um ou mais bens. A diferença central diz respeito ao fato de que, na Compra e Venda, uma das partes terá a obrigação de pagar (dinheiro) pela coisa, enquanto na Permuta ambas as partes possuem a obrigação de dar coisa certa. A Troca ou Permuta é uma das operações mais antigas no contexto da humanidade, originando-se do chamado escambo. O Código Civil pouco diz a respeito desta modalidade de contrato, basicamente equiparando-a, em grande medida, ao Contrato de Compra e Venda. A Troca ou Permuta costuma ser caracterizada de acordo as seguintes classificações: a) Bilateral, pois exige a manifestação de vontade de ambos os contratantes, além de estabelecer obrigações recíprocas e correlatas (sinalagma); b) Oneroso, uma vez que resulta e benefícios e sacrifícios patrimoniais para ambos os contratantes; c) Comutativo, considerando que as vantagens patrimoniais são conhecidas previamente pelos contratantes no momento da conclusão; d) Consensual, porque, em regra, basta o consentimento para a formalização do vínculo. Distinções entre permuta e compra e venda São, basicamente, duas as distinções entre o Contrato de Permuta e o Contrato de Compra e Venda, estando ambas listadas no art. 533 do Código Civil. A primeira delas diz respeito às despesas com a troca, as quais, salvo disposição contratual em sentido contrário, será dividida em partes iguais pelos contratantes. A segunda refere-se à aptidão específica para contratar, que apenas será exigida no caso de permuta com saldo (permuta com valores desiguais). Art. 533. Aplicam-se à troca as disposições referentes à compra e venda, com as seguintes modificações: I - salvo disposição em contrário, cada um dos contratantes pagará por metade as despesas com o instrumento da troca; II - é anulável a troca de valores desiguais entre ascendentes e descendentes, sem consentimento dos outros descendentes e do cônjuge do alienante. Permuta de bens públicos Em se tratando de bens públicos, o procedimento de permuta será aquele determinado pela Lei nº 8.666/93, art. 17, I, “c” c/c art. 24, X, ocorrendo esta apenas em caráter excepcional, e conforme os interesses da Administração Pública. Art. 17. A alienação de bens da Administração Pública, subordinada à existência de interesse público devidamente justificado, será precedida de avaliação e obedecerá às seguintes normas: I - quando imóveis, dependerá de autorização legislativa para órgãos da administração direta e entidades autárquicas e fundacionais, e, para todos, inclusive as entidades paraestatais, dependerá de avaliação prévia e de licitação na modalidade de concorrência, dispensada esta nos seguintes casos: [...] c) permuta, por outro imóvel que atenda aos requisitos constantes do inciso X do art. 24 desta Lei; [...] Art. 24. É dispensável a licitação: X - para a compra ou locação de imóvel destinado ao atendimento das finalidades precípuas da administração, cujas necessidades de instalação e localização condicionem a sua escolha, desde que o preço seja compatível com o valor de mercado, segundo avaliação prévia; Contrato estimatório ou consignatório Conforme Paulo de Tarso Sanseverino (2005, p. 24-25), é o contrato por meio do qual um indivíduo “entrega bens a outra pessoa com o poder de deles dispor para venda em determinado prazo, pagando o preço estimado ou, facultativamente, restituindo-os”. É uma modalidade contratual muito utilizada, por exemplo, por livreiros e editores, que buscam realizar a venda de obras físicas dentro de um determinado prazo. Por muito tempo tratou-se de contrato atípico/inominado, o que só veio a mudar com a entrada em vigor da Lei das Duplicatas (Lei nº 5.474/68). É um contrato que pode ser delimitado pelas seguintes características (FARIAS; ROSENVALD, 2020, p. 824): I. Tem por objetivo a entrega de bens; II. Há uma relação jurídica travada entre o proprietário e o terceiro a quem se defere a posse; III. Permite a venda da coisa ou a sua restituição; IV. Possui um prazo determinado; V. Permite ao receptor restituir o objeto caso não consiga realizar sua venda. São sujeitos do contrato estimatório (a) o consignante, tradens ou outorgante (aquele que entrega o bem) e (b) o consignatário, accipiens ou outorgado (aquele dispõe onerosamente da coisa. O contrato consignatório pode ser classificado como: a) Típico; b) Bilateral; c) Oneroso; d) Comutativo; e) De eficácia real. Elementos caracterizadores São quatro os elementos essenciais (pressupostos) caracterizadores do contrato estimatório, a saber: a) Coisa idônea; b) Entrega do bem em consignação; c) Fixação de prazo para a prestação de contas (pagamento do preço ou devolução do bem); d) Estipulação do preço mínimo de estima. Enunciado nº 32, I Jornada de Direito Civil – No contrato estimatório (art. 534), o consignante transfere ao consignatário, temporariamente, o poder de alienação da coisa consignada com opção de pagamento do preço de estima ou sua restituição ao final do prazo ajustado. Principais disposições do Código Civil De acordo com o art. 535, aqui também se flexibiliza a res perit domino, o que ocorre por razões semelhantes àquelas apontadas na compra e venda com reserva de domínio; No contrato estimatório, portanto, a responsabilidade pela coisa correrá às expensas do consignatório sempre que a perda se der após a tradição que der início ao contrato; Ressalta-se, porém, que o bem não é de propriedade do consignatório, razão pela qual seus credores não podem requerer a penhora ou sequestro de tais bens enquanto não for pago integralmente o preço (art. 536); Anteriormente à restituição ou sua comunicação, não pode o consignante voltar a dispor do bem (ainda que em promessa). Art. 534 – Pelo contrato estimatório, o consignante entrega bens móveis ao consignatário, que fica autorizado a vendê-los, pagando àquele o preço ajustado, salvo se preferir, no prazo estabelecido, restituir-lhe a coisa consignada. Art. 535 – O consignatário não se exonera da obrigação de pagar o preço, se a restituição da coisa, em sua integridade, se tornar impossível, ainda que por fato a ele não imputável. Art. 536 – A coisa consignada não pode ser objeto de penhora ou sequestro pelos credores do consignatário, enquanto não pago integralmente o preço. Art. 537 – O consignante não pode dispor da coisa antes de lhe ser restituída ou de lhe ser comunicada a restituição.