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CONCEITO: artigo 481 CC. O contrato em que uma pessoa (vendedor) se obriga a
transferir a outra (comprador) o domínio de uma coisa corpórea ou incorpórea, mediante
o pagamento de certo preço em dinheiro ou valor fiduciário (cartões, cheque, etc.)
correspondente.
Registro para os bens imóveis, nos termos dos artigos 1227 e 1245 do CC.
ELEMENTOS: Artigo 482 CC. O contrato estará perfeito e se torna obrigatório desde
que as partes acordem no objeto e no preço (objeto, preço e consenso):
a) Res coisa art. 104, II CC: que pode ter objeto coisa presente e coisa futura:
Art. 583 CC: torna sem efeito o contrato se a coisa futura não existir;
Tem validade se o contrato for aleatório:
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1. “Emptio spei” ou venda da esperança, quando houver riscos
variáveis quanto a própria existência da coisa, trata de
contrato aleatório de coisa futura válido como negocio
jurídico e devido o preço mesmo que nada resulte ou venha
existir, nos termos do artigo 458 CC;
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b) Pretium dinheiro, moeda corrente, nominalismo:
vedada estipulação em moeda estrangeira e metais ou outra coisa (troca
ou permuta) art. 318 CC;
elemento essencial da compra e venda, sem sua fixação a venda é nula:
sine pretio nulla venditio;
determinado (certo) ou determinável:
2. Fixação do preço: artigo 486 e 487 do CC: pode ser fixado com parâmetros
da taxa de mercado ou da bolsa de certo dia e local desde que possam ser
fixados objetivamente.
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EFEITOS DA COMPRA E VENDA:
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Responsabilidade pelos riscos
“até a tradição ou o registro, a coisa pertence ao vendedor (arts. 237, 1245, 1267
CC). Portanto se a coisa perecer ou danificar terá prejuízos o vendedor, regra
“res perit dominus” (a coisa perece na mão do dono); da mesma sorte se houver
melhoramentos ao vendedor pertencerão. Preceitua o artigo 492 CC que correm
por conta do vendedor os riscos da coisa e por conta do comprador os riscos do
preço, assim, se o preço desvalorizar ou supervalorizar é risco próprio ao
comprador”;
“Por outro lado se o vendedor não estiver em condições de entregar a coisa, deve
o comprador se precaver consignando o preço”;
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Artigo 496 CC – Ascendentes a descendentes somente com anuência dos demais
descendentes e do cônjuge = caso contrario importara em adiantamento da
legitima.
Artigo 504 CC – não obstante o condômino ter o direito de dispor da coisa como
todo proprietário, se o bem comum for indivisível, a prerrogativa de vendê-lo
encontra limites legais, portanto deverá proceder ao dever de oferecimento ao
outro condômino de seu direito de preferência, ou seja, antes de vender a
terceiros deverá oferecer tanto por tanto, em igualdade de condições, a coisa
indivisa ao outro condômino.
Caso isso não ocorra o condômino preterido poderá exercer seu direito de
preempção ou preferência NO PRAZO decadencial DE 180 DIAS, depositando
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o preço para haver para si a coisa vendida a estranhos – Ação de Preempção –
ação anulatória;
Vendas Especiais
OBSERVAÇÃO:
1 Hectare = 10.000 m²
Elementos:
Bem imóvel;
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Estipulado o preço da coisa por medida de extensão;
A coisa não corresponder a medida enunciada no contrato;
Medida com diferença superior a um vigésimo da área (5%), salvo se comprador
provar que se soubesse da diferença não faria o negócio.
O comprador pode:
c) Ou resolver o contrato por não ser obrigado a receber coisa diversa do que
foi contratado, art. 313 e 314 do CC – Ação redibitória, sem prejuízo das
perdas e danos se quem vendeu agiu de má-fé.
Presume-se que o comprador adquiriu a área pelo conjunto que lhe foi mostrado
e não em atenção à área declarada. Compreensiva de corpo certo e
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individualizado, em que o comprador teve uma visão geral do imóvel e a
intenção de adquirir precisamente o que continha dentro de suas divisas. O preço
é global, pago pelo todo vistoriado.
OBSERVAÇÃO:
Direito pessoal que não se transmite por atos inter vivos, mas se
transmite aos herdeiros e legatários nos de causa mortis – artigo 507
CC.
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A aquisição do imóvel é, portanto, condicional, caracterizando a
retrovenda como condição resolutiva aposta ao contrato, operando os
seus efeitos ex tunc (retroativamente).
OBSERVAÇÃO 2:
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Direito pessoal que não se transfere quer seja por ato inter vivos, quer
seja por causa mortis, extingue-se se o comprador falecer antes de
exercê-lo.
b) A venda sujeita de provas ou degustação, presume-se feita sob condição
suspensiva de que a coisa tenha as qualidades asseguradas pelo vendedor
e seja idônea para o fim a que se destina.
OBSERVAÇÃO
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O prazo é decadencial do exercício do direito de preferência;
Inexistindo prazo estipulado, e, dentro do prazo máximo decadencial do
exercício do direito de preferência, poderá o vendedor exercê-lo
mediante notificação ao comprador, no prazo de 3 (três) dias se for coisa
móvel e 60 (sessenta) dias se imóvel, a contar do recebimento da
notificação;
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Se o preço não for pago integralmente, o comprador não adquirirá o
domínio, e o vendedor terá a opção de reclamar o preço ou recuperar
a própria coisa, por meio da ação de reintegração de posse.
CARACTERISTICAS
Observação:
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Pode vender ou ceder a terceiro o direito expectativo, com efeitos de
assunção de divida – art. 299 CC – com consentimento do vendedor.
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possibilitando a conclusão do negocio sem que se tenha que proceder a
analise da coisa.
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