2018 - Sentença Civel - Prof Fernando Garjardoni

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Sumário

CONSIDERAÇÕES PRELIMINARES .................................................................................................................. 4

1. FORMATAÇÃO DO CURSO ...................................................................................................................................... 4

AULA 01 – TEORIA GERAL DA SENTENÇA ....................................................................................................... 6

1. DICAS INICIAIS SOBRE ESTILO E REDAÇÃO .................................................................................................................. 6


1.1. ESTILO DE JUIZ ................................................................................................................................................. 6
1.2. VERNÁCULO .................................................................................................................................................... 7
1.3. TEMPO VERBAL ................................................................................................................................................ 7
1.4. PERÍODOS ....................................................................................................................................................... 7
1.5. LETRA E FORMATAÇÃO ....................................................................................................................................... 8
1.6. EXPRESSÕES .................................................................................................................................................... 8
1.7. LATIM ............................................................................................................................................................ 8
1.8. TEMPO DA PROVA............................................................................................................................................. 9
1.9. IDENTIFICAÇÃO................................................................................................................................................. 9
1.10. RESPEITO ÀS REGRAS ....................................................................................................................................... 9
2. REQUISITOS DA SENTENÇA .................................................................................................................................... 9
3. RELATÓRIO ....................................................................................................................................................... 10
3.1. PARÁGRAFO INICIAL ........................................................................................................................................ 11
3.2. FORMA DE ELABORAR ...................................................................................................................................... 13
3.3. ESTILO 01 – PADRÃO DISCUSIVO........................................................................................................................ 14
3.1. ESTILO 02 – PADRÃO QUE ................................................................................................................................ 14
3.2. DECISÕES DURANTE A INSTRUÇÃO...................................................................................................................... 15
3.3. TERMINAR O RELATÓRIO .................................................................................................................................. 16
4. FUNDAMENTAÇÃO ............................................................................................................................................. 16
4.1. ROTEIRO DA FUNDAMENTAÇÃO ......................................................................................................................... 17
5. DISPOSITIVO ..................................................................................................................................................... 23
5.1. ADSTRIÇÃO AO PEDIDO .................................................................................................................................... 23
5.2. EXPRESSÕES INICIAIS ....................................................................................................................................... 23
5.3. O QUE JULGAR E QUAL LINHA DE JULGAMENTO .................................................................................................... 24
5.4. VERBO DO DISPOSITIVO ................................................................................................................................... 24
5.5. CUMULAÇÃO DE PEDIDOS ................................................................................................................................. 24
5.6. EXTINÇÕES SEM MÉRITO (PARCIAIS) ................................................................................................................... 24
5.7. COMANDOS ESPÉCIFICOS PARA CUMPRIMENTO. ................................................................................................... 25

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5.8. ROTEIRO DO DISPOSITIVO ................................................................................................................................ 25
5.9. MODELOS DE DISPOSITIVO ............................................................................................................................... 28
6. SENTENÇA RELACIONADA A RESPONSABILIDADE CIVIL – CONTRATUAL E EXTRACONTRATUAL ........................................... 30
6.1. QUANTIFICAÇÃO DO DANO MATERIAL ................................................................................................................. 33
6.2. DANO PROVADO + LIQUIDAÇÃO ........................................................................................................................ 33
6.3. DANO MATERIAL PELA PERDA DE UMA CHANCE .................................................................................................... 34
6.4. PENSÃO NO CASO DE MORTE OU INVALIDEZ – ARTIGOS 948 A 951 CC ..................................................................... 35
6.5. DANO MORAL................................................................................................................................................. 38

6.1. DANO MORAL REFLEXO OU EM RICOCHETE .......................................................................................................... 39


6.2. DANO ESTÉTICO ............................................................................................................................................. 40
6.3. DANO SOCIAL................................................................................................................................................. 40
7. CORREÇÃO MONETÁRIA – CONTRA PARTICULARES ................................................................................................... 41
7.1. JUROS DE MORA LEGAIS – CONTRA PARTICULARES ................................................................................................ 43
8. SUCUMBÊNCIA DAS RELAÇÕES PRIVADAS ................................................................................................................ 45
8.1. CONTÉUDO E DESTINATÁRIO ............................................................................................................................. 46
8.2. CRITÉRIO PARA FIXAÇÃO DOS HONORÁRIOS ......................................................................................................... 47
8.3. SUCUMBÊNCIA RECÍPROCA ............................................................................................................................... 49
8.4. SUCUMBÊNCIA MÍNIMA ................................................................................................................................... 49
8.5. DANO MORAL ................................................................................................................................................ 50
8.6. SUCUMBÊNCIA EM CASOS DE LITISCONSÓRCIO...................................................................................................... 50
8.7. ASSISTÊNCIA .................................................................................................................................................. 50
8.8. HONORÁRIOS EM CASO DE PENSIONAMENTO ....................................................................................................... 51
8.9. GRATUIDADE JUDICIÁRIA E CONDENAÇÃO ............................................................................................................ 51
8.10. LITIGÂNCIA DE MÁ-FÉ .................................................................................................................................... 51
8.11. RECONVENÇÃO ............................................................................................................................................ 54
8.12. PEDIDO DE PAGAMENTO NA DOBRA ................................................................................................................. 55
9. LITISCONSÓRCIO ................................................................................................................................................ 58
9.1. SUCUMBÊNCIA NA PROPORÇÃO ENTRE LITISCONSORTES VENCIDOS........................................................................... 61
9.2. INTERVENÇÃO DE TERCEIROS E LITISCONSÓRCIO ................................................................................................... 62
9.3. DISPOSITIVO .................................................................................................................................................. 62

10. DENUNCIAÇÃO DA LIDE .................................................................................................................................... 63


10.1. DISPOSITIVOS .............................................................................................................................................. 68
11. INCIDENTE DE DESCONSIDERAÇÃO DA PERSONALIDADE JURÍDICA .............................................................................. 71
12. ASSISTÊNCIA ................................................................................................................................................... 73
13. CHAMAMENTO AO PROCESSO ............................................................................................................................ 74
14. OPOSIÇÃO - AULA ANTIGO CPC. ........................................................................................................................ 74
15. MODELOS ...................................................................................................................................................... 76
15.1. NOVO CPC ................................................................................................................................................. 76
15.2. ANTIGO MATERIAL DE AULA – ACPC ............................................................................................................... 79
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16. EXERCÍCIOS .................................................................................................................................................... 81
17. OBRIGAÇÃO DE FAZER E NÃO FAZER .................................................................................................................... 83
17.1. CABIMENTO DA MULTA CONTRA O PODER PÚBLICO ............................................................................................ 86
17.2. DISPOSITIVOS .............................................................................................................................................. 86
18. OBRIGAÇÃO DE ENTREGAR ................................................................................................................................ 88
18.1. SÚMULA 372, STJ - ...................................................................................................................................... 89
18.2. DISPOSITIVO ................................................................................................................................................ 89
19. OBRIGAÇÃO DE DECLARAR VONTADE ................................................................................................................... 89
20. EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO .................................................................................................................................... 90
21. PROCEDIMENTOS ESPECIAIS ............................................................................................................................... 91
21.1. AÇÃO POSSESSÓRIA ...................................................................................................................................... 91
21.2. CONSIGNAÇÃO EM PAGAMENTO...................................................................................................................... 95
21.3. AÇÃO DE EXIGIR DE CONTAS............................................................................................................................ 97

DISPOSITIVOS ABAIXO – ATUAL PDF E TEMAS FALTANTES QUE NÃO FORAM ASSISTIDOS: ........................... 99

1. MONITÓRIA................................................................................................................................................... 99
2. ALIMENTOS ...................................................................................................................................................... 99
3. REVISIONAL DE ALIMENTOS ........................................................................................................................ 100
4. EXONERAÇÃO DEALIMENTOS...................................................................................................................... 100
5. INVESTIGAÇÃO DE PATERNIDADE C.C. ALIMENTO ...................................................................................... 101
6. DIVORCIO .................................................................................................................................................... 101
7. EMPRESARIAL.............................................................................................................................................. 102
7.1. ANULATÓRIA DE TÍTULO........................................................................................................................... 102
7.2. BUSCA E APREENSÃO DE BEM ALIENADO FIDUCIARIAMENTE .................................................................. 102
7.3. CONCESSÃO DE RECUPERAÇÃO JUDICIAL ................................................................................................. 102
7.4. FALÊNCIA .................................................................................................................................................. 103
8. DEFESA DO EXECUTADO .............................................................................................................................. 104
8.1. IMPUGNAÇÃO AO CUMPRIMENTO DE SENTENÇA ................................................................................... 104
8.2. EMBARGOS À EXECUÇÃO ......................................................................................................................... 104
8.3. USUCAPIÃO .............................................................................................................................................. 105
9. MONITÓRIA (AULA ANTIGO CPC) ....................................................................................................................... 105
9.1. DIREITO DE FAMÍLIA – AULAS ANTIGO CPC ....................................................................................................... 106
9.1.1. AÇÃO DE ALIMENTOS.................................................................................................................................. 106
9.1.2. REVISIONAL DE ALIMENTOS ......................................................................................................................... 107
9.1.3. EXONERAÇÃO DE ALIMENTOS ....................................................................................................................... 107
9.1.4. INVESTIGAÇÃO DE PATERNIDADE................................................................................................................... 107
9.1.5. INTERDIÇÃO .............................................................................................................................................. 108
9.1.6. DIVÓRCIO – EMENDA CONSTITUCIONAL 66..................................................................................................... 108
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10. DIREITO DE EMPRESARIAL (AULAS ANTIGO CPC) ................................................................................................. 108
10.1. ANULATÓRIA DE TÍTULO (DECLARATÓRIA DE INEXISTÊNCIA DE OBRIGAÇÃO)............................................................ 108
10.2. RECUPERAÇÃO JUDICIAL .............................................................................................................................. 109
10.3. FALÊNCIA .................................................................................................................................................. 110
10.4. BUSCA E APREENSÃO DE BEM ALIENADO FIDUCIARIAMENTE ................................................................................ 110
11. DEFESAS DO EXECUTADO (AULAS ANTIGO CPC_ .................................................................................................. 110
11.1. IMPUGNAÇÃO AO CUMPRIMENTO DE SENTENÇA ............................................................................................... 110
11.2. EMBARGOS À EXECUÇÃO – ART. 736 CPC....................................................................................................... 110
11.3. EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE. ................................................................................................................. 111
12. FAZENDO PÚBLICA EM JUÍZO ( AULA ACPC) ....................................................................................................... 112
12.1. REEXAME NECESSÁRIO ................................................................................................................................ 112
12.2. HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS ....................................................................................................................... 113
12.3. EXECUÇÃO FISCAL EXTINTA POR CONTA DE EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE ......................................................... 114
12.4. EXECUÇÃO DA FAZENDA NACIONAL E O ENCARGO DE 20% DO DL 1.025/69 C.C ART. 3O DL 1645/78 ..................... 114
12.5. JUROS LEGAIS DE MORA .............................................................................................................................. 115
12.6. CORREÇÃO MONETÁRIA ............................................................................................................................... 117
13. AÇÕES COLETIVAS (ACPC) .............................................................................................................................. 120
13.1. REEXAME NECESSÁRIO INVERTIDO ................................................................................................................. 120
13.2. HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS ....................................................................................................................... 120
13.3. PARTICULARES LEI 8429/1992 .................................................................................................................... 121

CONSIDERAÇÕES PRELIMINARES

1. FORMATAÇÃO DO CURSO

Vamos dividir em dois blocos:

Bloco 01: Teoria geral da sentença em uma aula: estilo, redação, requisitos

Bloco 02: 05 aulas exclusivamente das sentenças cíveis. Relatório, fundamentação, dispositivo, etc.

O curso é PRÁTICO, sendo o conteúdo (direito material) incumbência do aluno. O conteúdo na


prova deve ser bom, porém não é fundamental, pois é possível adotar posicionamento contrário ao do
examinador e passar, bastando fundamentar com contundência.

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Os Desembargadores querem uma FORMA PERFEITA, sendo necessário aprender a estrutura das
sentenças.

 1o pegar matéria no site: é o estudo espelhado, ou seja, com base nas sentenças que serão possíveis
do seu concurso. Baixar todos os modelos no site. Cuidado com os livros de prática de sentença, pois os
doutrinadores incluem posições pessoais. Sites:

www.ejef.tjmg.jus.br/home/

esaje.tjsp.jus.br/cjpg

espiia.jfpr.gov.br/espiia/bancoajuf

 2o modelos de sentença: O curso prepara para o maior número de situações possíveis.

i. Responsabilidade civil
ii. Direito Público
iii. Ações Coletivas
iv. Empresarial
v. Família
vi. Intervenção de terceiros

A primeira aula é sobre o relatório e fundamentação. Essa é a parte mais tranquila para os alunos,
pois a dificuldade se encontra no momento dos dispositivos - juros, sucumbência, etc.

 3o usar os últimos julgados dos examinadores: Não deixar de ler os informativos do STJ e STF,
pois 90% das provas de concurso são tiradas dessas jurisprudências. Mas muito importante são os julgados dos
examinadores.

I) AULA 01: teoria geral da sentença e exercícios práticos iniciais


II) AULA 02: responsabilidade Civil (correção monetária e juros), sucumbência, reconvenção e
pedido contraposto.
III) AULA 03: Litisconsórcio, intervenção de terceiros, tutela das obrigações de fazer e entrega e
de declarar vontade.
IV) AULA 04: Procedimentos Especiais, direito de Família, empresarial e defesas do executado.
V) AULA 05: O poder público em juízo e ações coletivas.

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AULA 01 – TEORIA GERAL DA SENTENÇA

1. DICAS INICIAIS SOBRE ESTILO E REDAÇÃO

Como agir em uma prova de sentença?

1.1. ESTILO DE JUIZ

Forma impessoal com tom imperativo.

Estilo de juiz: ESCREVER COM AUTORIDADE de quem manda. Ex. Afasto. Afasta-se Pensar
muito no ESTILO DO JUIZ, pois promotor e advogado pedem, devendo escrevendo como autoridade, como
quem manda. AFASTO, AFASTA-SE – verbos na forma autoritária, quem decide. Isso é o estilo de juiz.

Jamais verbos na condicional. Jamais falar “a preliminar de mérito deve ser acolhida.”

Correto: “ACOLHO A PRELIMINAR”

Além desse estilo de juiz, forma autoritária, deve-se evitar ao máximo o uso do tempo condicional.
Quer dizer, “seria o caso de acolher-se” – o examinador quer “É O CASO DE ACOLHER”. Ex. Acolho a
preliminar da inépcia da inicial.

Alguns autores recomendam evitar o uso da primeira pessoa do singular – afasto, defiro, decido.
Entendem que deve usar o tempo no reflexivo: defere-se, afasta-se. Garjardoni não vê nenhum problema em
usar primeira pessoa do singular. Pode ser usar, também, a forma verbal despessoalizando.

Pura questão de estilística de cada um.

Plural majestático: Jamais. É o verbo na 3ª pessoa. “Entendemos que o fato narrado” “Pensamos
que a melhor posição é nesta”

Não usar axiônimos e juízo depreciativos – linguagem neutra.

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1.2. VERNÁCULO

Uso correto do vernáculo. O professor é docente formador da Escola da Magistratura de SP – corrige


10 sentença por mês dos novos juízes.

Erros dos juízes: 03 mais comuns:

O mesmo como função pronominal “Claudio esteve no momento dos fatos e presenciou. O mesmo
informou no seu testemunho...”. O mesmo no lugar do ele/ela é errado.

Mesóclise, próclise e ênclise. Deve saber onde colocar o pronome SE. Revisar uma gramática. A
exemplo do “não” que puxa o “se”. “Não se encaixa”

Gerundismo, é um vício. Vou verificar. Vou transferir. Jamais vou estar transferindo. Horroroso até
para falar. Estou atendendo – Atendi. Nos estamos providenciando – Eu providencio. Gerundismo nunca.

Crase: também é preciso ter cuidado.

1.3. TEMPO VERBAL

Ao falar em tempo verbal: ou é narrando os fatos todos no passado ou narrando os fatos todos no
presente.

O que não pode é misturar passado com o presente. “AJUÍZA A PRESENTE AÇÃO. ADUZIU UM
PONTO RELEVANTE...”. Proibido.

O professor gosta de elaborar o RELATÓRIO TODO NO PASSADO, uma preferência pessoal, pois
cada um tem seu estilo. Gosta por ser o relatório algo que a parte contou.

Agora, na hora da FUNDAMENTAÇÃO, presente e passado. Conta os fatos no passado, mas


eventuais decisões devem ser feitas no presente

Dispositivo: apenas no presente.

Atenção, juiz não é rei!!!

Usar o singular: JULGO PROCEDENTE. JULGA-SE PROCEDENTE. Jamais julgamos procedente.

1.4. PERÍODOS

Períodos pequenos com ponto final, facilitando a vida do examinador fugindo do queismo. Abusar
do ponto final.

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“O pedido é procedente. O documento de folhas x comprova a existência da divida. O réu em
contestação não trouxe nenhum fato impeditivo ou modificativo. Os juros serão ___.”

1.5. LETRA E FORMATAÇÃO

Letra deve ser bonita, com estrutura bonita. Assim, o visual é importantíssimo.

1.6. EXPRESSÕES

Deve-se impressionar o examinador com ferramentas na cartola.

Assim, usar, por exemplo, DESTOA. Outra expressão: COM EFEITO, a testemunhas tal. A
MISTER, assim ocorreu ... Ao baixar sentença no banco de dados deve-se buscar essas expressões. “NAS
HIPÓTESES LIMITES SEMPRE HAVERÁ UMA EXCEÇÃO.” Expressão muito boa.

DE FATO, fulano de tal ouvido afirmou. E afirmou. Esses depoimentos CORROBORAM com os
documentos.

JOEIRADOS os depoimentos chegou-se a conclusão.

Usar uma linguagem neutra sobre posicionamentos. Existe uma palavra no vernáculo chamado de
axionimos, ou seja, referências elogiosas, como por exemplo, douto representante do MP, Ilustre
desembargador, festejado professor. Não usar esses termos na sentença.

Evitar expressos lacônicas/genéricas. Expeça-se o necessário. Intime-se nos termos da lei. O que é o
necessário? o que esta na lei? é melhor “Oficie-se ao juízo criminal da Vara X.” “Expeça-se mandado de
intimação para ..”

Pode usar COLENDO Superior Tribunal de Justiça. EGRÉGIO Supremo Tribunal Federal.

1.7. LATIM

Latim não é vernáculo e a sentença é feita para o leigo entender. Evitar o emprego do latim para não
errar. Lato sensu. Apenas usá-lo quando impossível não passar a ideia de outra forma. Data vênia ou com a devida
licença.

Algumas expressões latinas, em casos excepcionais, é preciso usar. São expressões latinas
consolidadas – in dubio pro reu. Coisa julgada secundum eventum litis deve ser usado, pois não existe expressão
em português que de o significado.

Periculum in mora ou Fumus Boni Iuris – pode usar não há verossimilhança.

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1.8. TEMPO DA PROVA

Cuidado com o tempo curto e a sentença gigantesca. Poderá dispensar o relatório, mas muito difícil
acontecer isso. Jamais fazer rascunho, podendo fazer um esqueleto, divisão de estrutura.

Algumas dicas: fazer rascunho em tópicos. Ser direto. Não expor todas as enumerações do rascunho.

Relatório: preliminares afastadas por isso, primeiro fazer isso, segundo fazer isso, terceiro..

Fundamentação: acolher mais ou menos isso em tantos parágrafos.

Dispositivo: não esquecer tal coisa.

1.9. IDENTIFICAÇÃO

Não se identificar em nenhuma hipótese. Toda sentença o final é:

Local, data.
Juiz de direito ou juiz federal.

NÃO GRIFAR NADA – ITÁLICO.

Não usar expressões integralmente maiúscula.

Não dar nomes a autores. Não incluir numero de processo se não tiver.

1.10. RESPEITO ÀS REGRAS

Sempre seguir as especificações do edital e do enunciado da questão.

Atenção, se o examinador fizer menção às provas produzidas, não pode julgar antecipado, pois teve
instrução, devendo apreciar o que foi dito por eles.

2. REQUISITOS DA SENTENÇA

Esse dispositivo traz os três requisitos da sentença: relatório, fundamentação e dispositivo.

 Relatório: é o momento em que o juiz NARRA AS PRINCIPAIS OCORRÊNCIAS DO


PROCESSO, sendo importantíssimo para a sentença. São os principais, assim não são todos. É o pedido, causa
de pedir, requerimentos, etc.

Nos juizados especiais (cível, fazenda pública), entretanto, o artigo 38 da Lei 9.099/1995 dispensa o
relatório. Neste caso incluir “vistos, dispenso relatório, decido”.

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 Fundamentação: o momento que o juiz invoca as RAZÕES DE FATO E DE DIREITO pelo qual
julga a ação procedente ou improcedente. Notem, a fundamentação é o momento que diz os porquês.

 Dispositivo: é a conclusão do julgamento, onde se RESOLVE questões e diz o RESULTADO final


do processo. O famoso – portanto!!! Julgo procedente. NO cível o juiz da o comando, fixa juros, fixa correção,
etc.

Resolve as questões e efetivamente diz o resultado do processo.

3. RELATÓRIO

Algumas provas têm o relatório como enunciado da questão. Neste caso, a sentença vai começar da
fundamentação.

Quando isso acontece? O enunciado diz – Este é o relatório. Fundamente e decida.

Como fazer o relatório? Pegar o enunciado e extrair as principais situações fáticas e jurídicas.

O relatório é o resumo do processo, constando os principais acontecimentos.

Algumas PROVAS disponibilizam os autos para o candidato. Nesse caso tem que fazer o relatório,
como é algo lógico. Usando os autos é possível colocar o número de folhas, mas quando não há autos não é
possível inventar para evitar identificação.

O relatório tem que ser SINTÉTICO, não sendo necessário perder muito tempo. Mas não é um
relatório incompleto – deve narrar as principais ocorrências do processo

Procurar fazer o RELATÓRIO NO PASSADO, uma vez que os fatos e as provas já aconteceram. Se
tiver no enunciado da questão o número do processo é possível incluir.

Obs. no criminal é muito comum usar o verbo na forma condicional em um juízo hipotético.

O relatório contém os NOMES DAS PARTES, a SUMA DO PEDIDO e da RESPOSTA DO RÉU,


bem como o registro das principais ocorrências havidas no andamento do processo.

O juiz ao iniciar o relatório coloca:

Processo ____ (se tiver o número). Não inventar número que pode dar identificação.

“VISTOS.” Significa que o juiz já viu os autos. Sinônimo de lido, portanto, no plural.

“Vistos...” Também não colocar os três pontos. “vistos etc” Isso significa vistos, relatados (mais de
uma pessoa discutiu) e discutidos. Como o juiz não é desembargador, em fase recursal, isso não é possível

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Correto: apenas “vistos.” Significa que está em vistas dos autos.

3.1. PARÁGRAFO INICIAL

Existem dois estilos, colocando o nome da ação ou o nome das partes.

Primeira forma: INICIAR COM O PEDIDO, NARRANDO. Nesse caso, não tem problema dar
nome para ação (mesmo sendo horrível, pois ação é uma coisa só). Portanto começa com o nome do pedido.

Segunda forma: PODE INICIAR COM O NOME DAS PARTES. O professor tem a preferência
pelo segundo modelo.

 MODELO 01 – INICIO COM O NOME DA AÇÃO

Processo n.
Vistos.
Trata-se da ação de cobrança ajuizada por credor contra devedor, em que pretende o recebimento da
quantia de R$50.000,00 (cinquenta mil reais). Alegou, em resumo, que no dia 01.01.2011, durante os festejos de
fim de ano,

OUTRA

Vistos.
Trata-se de ação sob o rito comum ordinário proposta por HELENA CANTANHEDE VIEIRA contra
MRV ENGENHARIA E PARTICIPAÇÕES S. A., partes qualificadas nos autos.

 MODELOS 02 – INICIO COM O NOME DAS PARTES.

Processo n.
Vistos.
Credor ajuizou a presente ação (de cobrança) contra devedor, alegando, em síntese, que é credor do
devedor pela quantia R$50.000,00 (cinquenta mil reais).

 Nome da ação

A rigor ação não tem nome. Isso é herança das fases do direito romano, mas é uma pratica atual,
comum, simplesmente para catalogar a ação no cartório distribuidor.

Ação: direito publico subjetivo de pedir a tutela estatal.

Na verdade, o que se da a ação é o nome do pedido.

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Uma prova técnica não tem que colocar o nome da ação. Ação não tem nome, ação é um direito
subjetivo. Todavia, para o professor, como todos os juízes colocam, não entende ser um erro, na medida em que
é uma praxe forense.

Atenção: tecnicamente é errado colocar o nome da ação, mas é uma praxe.

 Em face de / Contra

Deve-se preferir CONTRA. Em face de aparenta ser na cara de, assim um vício de linguagem, estar na
frente da pessoa. Melhor usar contra. Ajuíza ação contra o estado.

No mandado de segurança usar: impetrou mandado de segurança contra o ato de alguém e não
contra alguém.

Em embargos usar o padrão do “opôs embargos a execução contra”. Todos embargos é opôs.

 Uso das expressões autor e réu.

No cível NÃO É MUITO BOM USAR RÉU, pois traz uma carga pesada/pejorativa de crime. Prefere-
se a expressões REQUERENTE e REQUERIDO. A partir de falar o nome do autor e réu no relatório, ao invés
de repetir seus nomes.

MANDADO DE SEGURANÇA a prática recomendo usar para o autor IMPETRANTE, já para o


réu impetrado/autoridade coatora. Caso venha uma OPOSIÇÃO: opoente e opostos. EMBARGOS A EXECUÇÃO:
embargante (autor) embargado (réu).

Também EVITAR O TERMO INTERPOR que é em recurso. Usar os verbos AJUIZAR, PROPOR A
AÇÃO.

Fulano de tal ajuizou ação de cobrança contra...

Trata-se de ação de cobrança proposta contra...

 Estilo

Adotar o PADRÃO DA NARRATIVA DISCURSIVA OU o padrão discursivo usando orações


coordenadas com o uso “QUE”. Mas isso é muito pessoal. É muito mais fácil fazer o relatório usando a conjunção
coordenativa “que”. Usando “; que”

 Estilo: “trata-se ação em QUE... Alegou que....Informou que...” Usa ponto e vírgula em
tudo e o que na frente.
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Processo n.
Vistos.
CREDOR ajuizou a presente ação (de cobrança) contra DEVEDOR, alegando, em síntese, que é
credor do devedor pela quantia de R$ 50.000,00 (cinquenta mil reais); que no dia 01.01.2011, durante os festejos
de fim de ano, emprestou ao requerido, seu então cunhado, a quantia citada, com a promessa de pagamento
para 30 (trinta) dias, conforme documento que juntou; e que entretanto, decorrido o prazo convencionado, o
requerido não cumpriu a obrigação, motivo pelo qual ajuizou a presente medida. Requereu a procedência da
ação, com a condenação do requerido ao pagamento do valor reclamado, corrigido monetariamente e acrescido
de juros legais. Arrolou testemunhas, juntou documentos.

 Padrão discursivo: frases coordenadas usando ponto. Nesse caso é ponto. Deve ter o
domínio de diversos conectivos. Para cada frase deve ter o conectivo. Alegou, arguiu,
requereu, etc.

Processo n.
Vistos.
Trata-se de ação (de cobrança) ajuizada por CREDOR contra DEVEDOR, em que pretende o
recebimento da quantia de R$ 50.000,00 (cinquenta mil reais). Alegou, em resumo, que no dia 01.01.2011, durante
os festejos de fim de ano, emprestou ao requerido, seu então cunhado, a quantia citada, com a promessa de
pagamento para 30 (trinta) dias, conforme documento que juntou. Informou, entretanto, que decorrido o prazo
convencionado o requerido não cumpriu a obrigação, motivo pelo qual ajuizou a presente medida. Requereu a
procedência da ação, com a condenação do requerido ao pagamento do valor reclamado, corrigido
monetariamente e acrescido de juros legais. Arrolou testemunhas. Juntou documentos.

A dificuldade acima são os conjectures, pois para cada novo evento deve ser feita uma frase nova
completo com esses conjectores.

Dica: É possível fazer o relatório pelo padrão conjunção coordenativa “que”. Para quem está
iniciando essa forma é interessante, sendo que o professor faz até hoje.

3.2. FORMA DE ELABORAR EM PARÁGRAFOS

Para cada evento do processo no relatório colocar um parágrafo.

 Ordem cronológica dos acontecimentos

Ideal que o relatório trace de forma lógica, assim utilizar esse critério temporal.

 Eventos – um parágrafo por evento processual

Como fazer a paragrafação da sentença? Um parágrafo por evento processual.

i. Petição inicial; um parágrafo


ii. Réu citado: narra em outro parágrafo
iii. Contestação: terceiro parágrafo ou junto com o anterior.

Material gentilmente disponibilizado pelo JORGE e colocado no drive da @conquistando.atoga


Permitido o compartilhamento. Venda proibida.
iv. Provas: quarto parágrafo
v. Alegações finais: mais um parágrafo.

Essa é a melhor forma de narrar na ordem cronológica.

Atenção: é incomum que preliminares sejam enumeradas ou as teses. Somente em casos que houver
muitas preliminares.

O réu citado, em sede de contestação, alegou a falta

Dica: as preliminares de contestação podem ser numeradas com letras dentro do próprio paragrafo:
a), b), c), d).

No passado.

3.3. ESTILO 01 – PADRÃO DISCUSIVO

Processo n.
Vistos.
O Credor, devidamente qualificado nos autos, ajuizou ação de indenização por dano morais contra
o Beltrano, alegando, em síntese, que ele, em um vídeo no youtube, teria ofendido sua honra ao aduzir que ele
não teria condições de ser um advogado cível. Aduziu, ainda, que o requerido teria dito que o autor não teria o
mínimo conhecimento jurídico, e que, portanto, sequer saberia diferenciar uma petição inicial cível de um
parecer. Requereu a procedência da ação, condenado o requerido ao pagamento de indenização por dano morais
no valor de R$10.000,00.
Devidamente citado para audiência de conciliação que restou infrutífera, o requerido
preliminaremente alegou inépcia da inicial. No mérito aduziu que a manifestação que a manifestação se deu em
tom jocoso, assim, portanto, não há o que indenizar. Por fim, alegou que o valor reclamado a título de danos
morais é exagerado. Por fim, ponderou que a correção monetária e os juros só devem ser devidos a partir da
citação. Requereu a improcedência da ação.
Em instrução foram requisitadas as mídias dos vídeos, bem como ouvidas 02 testemunhas.
Encerrada a a instrução, as partes apresentaram memoriais remissivos.
É o relatório.

Isso é um relatório cível:

i) Parágrafo inicial com a PETIÇÃO INICIAL;


ii) Contestação: nada impede colocar em enumerações – preliminares e/ou defesas.
iii) Instrução;
iv) Alegações finais.

Pode ter mais questões. Denunciação a lide é depois da contestação.

Preliminares: também incluir no relatório

3.1. ESTILO 02 – PADRÃO QUE


Material gentilmente disponibilizado pelo JORGE e colocado no drive da @conquistando.atoga
Permitido o compartilhamento. Venda proibida.
Processo n.
Vistos.
O Credor, devidamente qualificado nos autos, ajuizou ação de indenização por dano morais contra
o Beltrano, alegando, em síntese, que ele, em um vídeo no youtube, teria ofendido sua honra ao aduzir que ele
não teria condições de ser um advogado cível; que o autor teria dito que o autor não teria o mínimo
conhecimento jurídico, e que, portanto, sequer saberia diferenciar uma petição inicial cível de um parecer.
Requereu a procedência da ação, condenado o requerido ao pagamento de indenização por danos morais no
valor de R$10.000,00.
Devidamente citados para audiência de conciliação que restou infrutífera, o requerido
preliminarmente alegou inépcia da inicial. No mérito aduziu que a manifestação que a manifestação se deu em
tom jocoso; que que o valor reclamado a título de danos morais é exagerado; e que a correção monetária e os
juros só devem ser devidos a partir da citação. Requereu a improcedência da ação.
Em instrução foram requisitadas as mídias dos vídeos, bem como ouvidas 02 testemunhas.
Encerrada a a instrução, as partes apresentaram memoriais remissivos.
É o relatório.

Mais modelos

Processo n.
Vistos.
CREDOR ajuizou a presente ação (de cobrança) contra DEVEDOR, alegando, em síntese, que é
credor do devedor pela quantia de R$ 50.000,00 (cinquenta mil reais); que no dia 01.01.2011, durante os festejos
de fim de ano, emprestou ao requerido, seu então cunhado, a quantia citada, com a promessa de pagamento
para 30 (trinta) dias, conforme documento que juntou; e que, entretanto, decorrido o prazo convencionado, o
requerido não cumpriu a obrigação, motivo pelo qual ajuizou a presente medida. Requereu a procedência da
ação, com a condenação do requerido ao pagamento do valor reclamado, corrigido monetariamente e acrescido
de juros legais. Arrolou testemunhas. Juntou documentos.
Devidamente citado o requerido ofertou contestação. Preliminarmente alegou: a) inépcia da inicial,
porque ela não se fez acompanhar dos documentos indispensáveis à propositura; b) ilegitimidade passiva, já
que o empréstimo teria sido efeito em favor de sua ex-esposa, que montaria uma loja de roupas; e c) que
exatamente por isto deve sua ex-esposa, irmã do requerente, ser denunciado à lide, na forma do art. 70, III, do
CPC. No mérito, alegou que não pediu o empréstimo ao requerido; que ele, espontaneamente, ofereceu a quantia
para ajudar sua ex-esposa, irmã do autor; que em virtude disto a dívida não é exigível, pois a quantia foi
oferecida a título de doação; e que na forma do CPC, não se pode comprovar a existência do contrato em questão
com base em prova meramente oral. Requereu a improcedência do pedido, com a condenação do autor ao
pagamento dos consectários de praxe. Requereu, ainda, que caso fosse condenado, lhe fosse garantido direito
de regresso contra a sua ex-esposa, ora denunciada.
Réplica às fls. , momento em que o autor se insurgiu contra as preliminares aventadas, foi contra a
denunciação à lide da sua irmã (ex-esposa do requerido) e impugnou a defesa de mérito.
O feito foi saneado nos seguintes termos: a) afastou-se preliminar de inépcia da inicial, vez que ela
veio acompanhada de todos os documentos necessários para a propositura, não sendo necessário que haja
contrato escrito e formal de empréstimo para postulação; b) remeteu-se a análise da suposta preliminar de
ilegitimidade passiva para o mérito, vez que seu acolhimento dependeria de provas e levaria à improcedência
do pedido (não à extinção da ação sem mérito); e c) indeferiu-se o pleito de denunciação à lide da ex-esposa do
requerido, vez que ausente qualquer das hipóteses do art. 125 do CPC, tratando-se de garantia imprópria.
Designada audiência de instrução, debates e julgamento, foi colhido o depoimento pessoal das
partes e ouvidas 02 (duas) testemunhas arroladas por cada uma (no total de 04).
Declarada encerrada a instrução, as partes apresentaram alegações finais remissivas. É o relatório.
Fundamento e decido.

3.2. DECISÕES DURANTE A INSTRUÇÃO

Material gentilmente disponibilizado pelo JORGE e colocado no drive da @conquistando.atoga


Permitido o compartilhamento. Venda proibida.
Algumas provas contam no enunciado que o juiz tomou algumas decisões durante o processo,
afastando preliminares, por exemplo, mas não diz qual o motivo. Nesse caso, se não falar o motivo, deve o juiz
dizer no relatório o motivo.

Enunciado diz “Sentencie, inclusive apontando os fundamentos de todas as decisões”.

Assim, deve FUNDAMENTAR NO RELATÓRIO O MOTIVO, sendo mais uma parte essencial,
pois ali o examinador atribui ponto.

Em saneador afastei a preliminar de inépcia porque todos os documentos estão juntados na inicial,
bem como afastei a alegação de ilegitimidade passiva do réu porque ele foi quem efetuou a compra no
estabelecimento naquele dia.

3.3. TERMINAR O RELATÓRIO

É o relatório. Fundamento e decido.

Atenção. JEC o relatório é dispensável.

4. FUNDAMENTAÇÃO

A fundamentação não é objeto do curso de técnica de sentença. O que se fundamenta está em


direito material, na doutrina e jurisprudência.

Porém, é imprescindível tratar alguns temas: Responsabilidade civil. Quantificação de dano moral.
estéticos. Juros. Correção monetária.

Ao fundamentar as sentenças é preciso DIZER TODOS OS PORQUÊS – as TESES do réu e do


autor, apontando quais pontos estão autor e réu certo. Vai ganhar tantos mais pontos na fundamentação quanto
mais DISPOSITIVOS DE LEI consegue indicar na sua fundamentação, pois são a base de seu julgado.

“Estão presentes os requisitos da responsabilização civil nos termos do artigo 186 CC, prova esta o
ato ilícito.

Citar artigos do erro, dolo, simulação, etc.

Sempre se atentar para as REGRAS DO ÔNUS DA PROVA. Essa é a regra de desempate do


processo, segundo o professor. Autor tinha que provar isso, réu aquilo, nenhum dos dois provaram, o que fazer?
Usar as regras de desempate. São os fatos constitutivos e modificativos dos direitos.

Regra central: Saber usar o artigo 373 CPC.

Regras paralelas: a inversão do ônus da prova, por exemplo.

Material gentilmente disponibilizado pelo JORGE e colocado no drive da @conquistando.atoga


Permitido o compartilhamento. Venda proibida.
 Estilo da fundamentação

Na fundamentação é melhor usar o TEMPO VERBAL NO PRESENTE, pois é nesse momento que
está sendo decidido.

Afasta-se. Indefere-se.

Mas é possível usar passado e presente. Sendo que, no presente, somente as decisões e conclusões
do juiz. Os relatos enunciativos dos fatos e das provas vai para o passado.

 Como fazer quando pegou o enunciado?

Ideal é elaborar um roteiro da fundamentação.

1 – Julgamento antecipado.
2 - Preliminares processuais (art. 337 do CPC) (alguns preferem colocar depois da definição do
julgamento antecipado)
3 – Cantar o julgamento: pedido de parcialmente procedente.
4 – prova oral
5 – prova oral e o artigo
6 – correção monetária
7 – sobre juros.

 Divisão da sentença

Não é comum a divisão da sentença por tópicos numéricos ou algébricos – das preliminares, do
mérito, etc.

As sentenças que são divididas por tópicos são apenas aqueles gigantescas com muitos réu e
pedidos. Assim, apenas se for fundamental para a clareza.

 Dúvida

Estatístico que na dúvida do que julgar, que é importante ENFRENTAR O MÉRITO, sem extinguir
o processo sem mérito, PROCEDENTE, pois nesse caso terá correção monetária, juros, etc. Pura estatística e
nesse caso mostra maior conhecimento – apenas no caso de dúvida.

4.1. ROTEIRO DA FUNDAMENTAÇÃO

O professor tem no material de aula um roteiro de fundamentação a título de sugestão.

Material gentilmente disponibilizado pelo JORGE e colocado no drive da @conquistando.atoga


Permitido o compartilhamento. Venda proibida.
Parágrafo inicial: Alguns julgadores gostam de COMEÇAR A SENTENÇA DIZENDO QUEM
GANHA OU QUEM PERDE. Outros, já preferem ficar silentes nesse momento, desenvolvendo todo raciocínio
para dizer no final. O mais fácil é cantar no início quem ganha e quem perde, pois facilitaria para a leitura da
sentença a compreensão do examinador. Mas isso é pura questão de estilo. Mas em qual momento? Veremos
os dois possíveis momentos abaixo.

O pedido é procedente. O requerente afirma que...

Mas é preciso estar muito seguro sobre o conteúdo.

 Roteiro da fundamentação:

PRELIMINARES – art. 337 CPC – afastar as preliminares. O réu antes de discutir o mérito poderá
arguir preliminares, questões dilatórias e peremptórias. Assim, tais serão aqui analisadas na medida em que
pode impedir o julgamento de mérito. Explicar porque a preliminar não é inepta, porque o juiz é competente.

Professor entende que as preliminares devem ser enfrentadas antes do magistrado dizer qual será o
caso de julgamento antecipado. Entende que se julgar antecipadamente o mérito, ele já tem que ter superado o
mérito. Há quem entenda que primeiro o juiz diz que vai antecipar.

Há uma certa ordem lógica na apreciação destas preliminares - E ordem cronológica para apreciar
as preliminares: a) pressupostos processuais – a partir da incompetência, passando pelas demais nulidades; b)
condições da ação – a partir da ilegitimidade e depois interesse; c) tempestividade – se o réu for revel os fatos
são considerados verdadeiros. Evitar dizer que preliminares confundem com o mérito.

1) pressupostos processuais: a partir da incompetência, passando pelas demais nulidades;

2) condições da ação (a partir da ilegitimidade). Nos termos do artigo 17 são apenas 2, legitimidade
e interesse de agir. Primeiro análisa se há legitimidade, pois se a parte for ilegítima ela não vai ter interesse por
ser ilegítima.

3) tempestividade da contestação. Se houver arguição, apenas no final, análise a tempestividade que


pode acatar a revelia – questão ligada a mérito. Verificar os efeitos da revelia.

FUNDAMENTAL: compreender que as preliminares se confundem com o mérito. Porque


pessoal? porque isso é falta de conhecimento do juiz. O individuo alegou ilegitimidade, disse que não é devedor,
portanto, é parte ilegítima. Ora, não ser devedor, é questão atinente ao mérito do processo porque depende de
provas. Se o juiz, eventualmente, analisou as provas e disse que a pessoa não é devedora, o pedido é
improcedente e o processo não será extinto sem julgamento do mérito.

Material gentilmente disponibilizado pelo JORGE e colocado no drive da @conquistando.atoga


Permitido o compartilhamento. Venda proibida.
Portanto, arguida a ilegitimidade, mas fundamenta de que não existe prova de que ela é devedora
ou não, sendo ilegítima, a consequência pratica, como adotamos a teoria da asserção sobre as condições da ação,
significa que essa preliminar não tem que deixar de ser apreciada por se confundir com o mérito.

O que tem que fazer? Tem que ser afastada, assim o juiz tem que dizer, afasta-se a preliminar de
ilegitimidade, pois seu acolhimento leva a improcedência do pedido e não a extinção sem mérito.

Não colocar, portanto, que não vai apreciar as preliminares porque vai analisar lá no mérito, porque
isso mostra que o individuo não sabe analisar a preliminar.

E se a preliminares depender de provas? Diz que afasta a preliminar porque depende de provas e
isso vai ser analisado no mérito. Mas simplesmente dizer que não vai analisar porque será instado a manifestar depois
significa que não sabe o que é mérito ou preliminar.

Não dizer que as preliminares confundem com o mérito. “a preliminar da ilegitimidade confunde-
se com o mérito e com ele deve ser analisada”. Errado isso, uma prática condenável.

Se a preliminar de ilegitimidade se confunde com o mérito, não há que se falar que ela será analisada
no mérito, apenas diz que é preliminar e afasta. Você diz que é preliminar e afasta! Se para verificar se a parte é
legitima ou ilegítima for preciso entrar em questão meritória – é porque o caso é de afastamento da preliminar.

No BR prevalece a teoria da asserção, assim se chegar no mérito e ver que a parte “Ilegítima a questão
é de improcedência. Se achar que a preliminar se confunde com o mérito, por isso afasta ela.

“Como para a análise da preliminar é necessário entrar em questões de mérito, fica afastada”

Cuidado com o artigo 488, CPC. Estabelece que desde que possível o juiz julgará o mérito se a decisão
for favorável à parte que se beneficie com o julgamento de mérito. Acolher o mérito a favor de que será
beneficiado pela extinção. Passa por cima da preliminar.

A preliminar de inépcia da inicial até poderia ser acolhida, pois de fato a inicial não preenche todos
os requisitos do artigo 319, CPC. Todavia, nos termos do artigo 488, CPC, superada a preliminar, a sorte assistiria
ao réu, pelo que afasto a preliminar para julgar o mérito a favor do requerido.

Definir se o caso é ou não de JULGAMENTO ANTECIPADO – art. 355 CPC. Somente quando não
precisar de outras provas, que o julgamento é apenas com relação a matéria de direito. Além disso, indefere
provas requeridas. Alguns juízes preferem primeiro falar que julgam antecipado nos termos do art. 330 CPC.
Para o professor primeiro afastar as preliminares, pois julgar antecipado ocorre apenas se for enfrentar o mérito.

Julgo antecipadamente o mérito, nos termos do art. 355, CPC.

PRELIMINARES de mérito: aquela que prejudica a análise do próprio mérito, são duas - prescrição
e decadência. Ambas levam ao julgamento improcedente do pedido.
Material gentilmente disponibilizado pelo JORGE e colocado no drive da @conquistando.atoga
Permitido o compartilhamento. Venda proibida.
Acolhendo tais, já diz que o autor perdeu e não há mais o que ser julgado. Não esquecer que o art.
487 CPC deixa claro que prescrição e decadência são matérias de mérito.

MÉRITO propriamente dito: aqui é o momento de falar sobre questões de fato e de direito. Mas
aqui também há uma ordem

i) questões prejudiciais: se é filho ou não. A filiação é uma questão prejudicial aos alimentos.

iii) pedido principal.

ii) Julgamento de denunciação à lide e reconvenção. Isso, após julgar o pedido principal. Ambas são
fundamentadas. Mas e se for indeferir a denunciação? Aí pode ser feita antes.

 Ações conexas

Faz tudo conforme acima.

AFASTO a preliminar de inépcia. INDEFIRO a denunciação da lide.

Modelo

É o relatório.
Fundamento e decido.
Afasto a preliminar de inépcia da inicial, porque ela preenche todos os requisitos do art. 319, CPC,
estando, ademais, o pedido devidamente concatenado com a causa de pedir.

Julga antecipado? Não, se tiver ouvido testemunhas.

No mérito, o pedido é improcedente. A análise do vídeo onde teriam sido proferidas as supostas
ofensas revelou manifesto ânimo jocoso nas palavras proferidas em gravação pelo requerido, o que afasta a
responsabilização civil.
De fato, o artigo 186 do CC só autoriza a incidência da responsabilização nos casos de dolo ou culpa,
elementos não comprovados nestes autos.
Ademais, de se convir que a manifestação pelo autor não tem o condão de ofender sua dignidade
ou decoro, tratam-se de mero dissabor.

Modelos aula 01

AFASTO a preliminar de inépcia da inicial, eis que ela veio acompanhada de todos os documentos
necessários para a propositura. Já a preliminar de ilegitimidade passiva, (...), fica AFASTADA a preliminar de
mérito
Por fim, INDEFIRO o pleito de denunciação à lide da ex-esposa do requerido, eis que ausenta
qualquer das hipóteses do artigo ___ CPC. Não há direito de regresso neste caso, sugiro que o autor demande
em peca autônoma.
Já NO MÉRITO, julgo-o antecipadamente, nos termos do art. 355, do Código de Processo Civil, pois
o deslinde da causa depende da... (pode colocar este paragrafo antes das preliminares)

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Permitido o compartilhamento. Venda proibida.
Modelo 02 – sem julgamento antecipado. Preliminares processuais já apreciadas.

Declarada encerrada a instrução, as partes apresentaram alegações finais remissivas. Apenas o


requerido apresentado nova alegação no sentido de que o crédito estaria prescrito.
É o relatório.
Fundamento e decido
As PRELIMINARES já foram afastada na fase saneador, não havendo, portanto, nada mais a prover.
Trata-se de ação em que o autor, em síntese, pretende receber ____ supostamente emprestado ao
réu, seu cunhado.
Incialmente AFASTO a objeção ao mérito de prescrição, vez que ainda se aplicando ao caso o prazo
de 05 anos do artigo 206 ..
No mais, após a analise das provas acostadas nos autos, entendo que pedido deve ser acolhido.
Isto PORQUE, os documentos acostados à inicial, especialmente o recibo...
Ainda que o dinheiro emprestado tenha, oportunamente, sido destinado à então...
Por outro lado, não há um único elemento de prova no sentido de que o valor teria sido doado pelo
requerente a família do requerido, fato desconstitutivo do direito do autor e que, como tal, competiria ao
requerido provar.

Modelo completo

Processo n.
Vistos.
CREDOR ajuizou a presente ação (de cobrança) contra DEVEDOR, alegando, em síntese, que é
credor do devedor pela quantia de R$ 50.000,00 (cinquenta mil reais); que no dia 01.01.2011, durante os festejos
de fim de ano, emprestou ao requerido, seu então cunhado, a quantia citada, com a promessa de pagamento
para 30 (trinta) dias, conforme documento que juntou; e que entretanto, decorrido o prazo convencionado, o
requerido não cumpriu a obrigação, motivo pelo qual ajuíza a presente medida. Requereu a procedência da
ação, com a condenação do requerido ao pagamento do valor reclamado, corrigido monetariamente e acrescido
de juros legais. Arrolou testemunhas. Juntou documentos.
Devidamente citado o requerido ofertou contestação. Preliminarmente alegou: a) inépcia da inicial,
porque ela não se fez acompanhar dos documentos indispensáveis à propositura; b) ilegitimidade passiva, já
que o empréstimo teria sido efeito em favor de sua ex-esposa, que montaria uma loja de roupas; e c) que
exatamente por isto deve sua ex-esposa, irmã do requerente, ser denunciado à lide, na forma do art. 125, II, do
CPC. No mérito, alegou que não pediu o empréstimo ao requerido; que ele, espontaneamente, ofereceu a quantia
para ajudar sua ex-esposa, irmã do autor; que em virtude disto a dívida não é exigível, pois a quantia foi
oferecida a título de doação; e que na forma do CPC, não se pode comprovar a existência do contrato em questão
com base em prova meramente oral. Requereu a improcedência do pedido, com a condenação do autor ao
pagamento dos consectários de praxe. Requereu, ainda, que caso fosse condenado, lhe fosse garantido direito
de regresso contra a sua ex-esposa, ora denunciada.
Réplica às fls. , momento em que o autor se insurgiu contra as preliminares aventadas, foi contra a
denunciação à lide da sua irmã (ex-esposa do requerido) e impugnou a defesa de mérito.
É o relatório.
Fundamento e decido.
Afasto (ou afasta-se) a preliminar de inépcia da inicial, vez que ela veio acompanhada de todos os
documentos necessários para a propositura, não sendo necessário que haja contrato escrito e formal de
empréstimo para postulação.
Já a preliminar de ilegitimidade passiva, no sentido de que o empréstimo foi celebrado com a ex-
esposa do requerido (e não com ele), caso acolhida acarretará a improcedência do pedido, e não a extinção da
ação sem apreciação do mérito. Fica afastada.
Por fim, indefiro (ou indefere-se) o pleito de denunciação à lide da ex-esposa do requerido, vez que
ausente qualquer das hipóteses do art. 125, II, do CPC. Afinal, não há disposição em lei ou em contrato que

Material gentilmente disponibilizado pelo JORGE e colocado no drive da @conquistando.atoga


Permitido o compartilhamento. Venda proibida.
autorize o regresso pela via da denunciação. Que o autor demande autonomamente contra a ex-esposa caso
reste vencido.
Já no mérito, julgo-o antecipadamente, nos termos do art. 355, I, do Código de Processo Civil, pois o
deslinde da causa independe da produção de provas em audiência, havendo, ademais, farta prova documental
a permitir o julgamento do processo no estado em que se encontra.
Trata-se de ação em que o autor, em síntese, pretende receber a quantia de R$ 50.000,00 (cinqüenta
mil reais) supostamente emprestada ao requerido, seu ex-cunhado.
Após análise das provas acostadas aos autos, entendo (ou entende-se) que o pedido deve ser
acolhido.
Isto porque os documentos acostados à inicial, especialmente o recibo em que consta a assinatura do
requerido, comprovam suficientemente a existência do narrado empréstimo, bem como a promessa de
pagamento para o dia 30.01.2011.
Ainda que o dinheiro emprestado tenha, oportunamente, sido destinado à então esposa do
requerido (irmã do autor), fato é que o empréstimo foi celebrado pelo demandado, que se obrigou perante o
credor ao pagamento em 30 dias.
Por outro lado, não há um único elemento de prova no sentido de que o valor teria sido doado pelo
requerente à família do requerido, fato desconstitutivo do direito do autor e que, como tal, competiria
aorequerido provar (art. 373, II, do CPC).

PRELIMINARES PROCESSUAIS JÁ APRECIADAS, PRELIMINARES DE MÉRITO NÃO


APRECIADAS E SEM JULGAMENTO ANTECIPADO DA LIDE

Processo n.
Vistos.
CREDOR ajuizou a presente ação (de cobrança) contra DEVEDOR, alegando, em síntese, que é
credor do devedor pela quantia de R$ 50.000,00 (cinquenta mil reais); que no dia 01.01.2011, durante os festejos
de fim de ano, emprestou ao requerido, seu então cunhado, a quantia citada, com a promessa de pagamento
para 30 (trinta) dias, conforme documento que juntou; e que, entretanto, decorrido o prazo convencionado, o
requerido não cumpriu a obrigação, motivo pelo qual ajuíza a presente medida. Requereu a procedência da
ação, com a condenação do requerido ao pagamento do valor reclamado, corrigido monetariamente e acrescido
de juros legais. Arrolou testemunhas. Juntou documentos.
Devidamente citado o requerido ofertou contestação. Preliminarmente alegou: a) inépcia da inicial,
porque ela não se fez acompanhar dos documentos indispensáveis à propositura; b) ilegitimidade passiva, já
que o empréstimo teria sido efeito em favor de sua ex-esposa, que montaria uma loja de roupas; e c) que
exatamente por isto deve sua ex-esposa, irmã do requerente, ser denunciado à lide, na forma do art. 125, II, do
CPC. No mérito, alegou que não pediu o empréstimo ao requerido; que ele, espontaneamente, ofereceu a quantia
para ajudar sua ex-esposa, irmã do autor; que em virtude disto a dívida não é exigível, pois a quantia foi
oferecida a título de doação; e que na forma do CPC, não se pode comprovar a existência do contrato em questão
com base em prova meramente oral. Requereu a improcedência do pedido, com a condenação do autor ao
pagamento dos consectários de praxe. Requereu, ainda, que caso fosse condenado, lhe fosse garantido direito
de regresso contra a sua ex-esposa, ora denunciada.
Réplica às fls. , momento em que o autor se insurgiu contra as preliminares aventadas, foi contra a
denunciação à lide da sua irmã (ex-esposa do requerido) e impugnou a defesa de mérito.
O feito foi saneado nos seguintes termos: a) afastou-se preliminar de inépcia da inicial, vez que ela
veio acompanhada de todos os documentos necessários para a propositura, não sendo necessário que haja
contrato escrito e formal de empréstimo para postulação; b) remeteu-se a análise da suposta preliminar de
ilegitimidade passiva para o mérito, vez que seu acolhimento dependeria de provas e levaria à improcedência
do pedido (não à extinção da ação sem mérito); e c) indeferiu-se o pleito de denunciação à lide da ex-esposa do
requerido, vez que ausente qualquer das hipóteses do art. 125 do CPC, tratando-se de garantia imprópria.
Designada audiência de instrução, debates e julgamento, foi colhido o depoimento pessoal das
partes e ouvidas 02 (duas) testemunhas arroladas por cada uma (no total de 04).
Declarada encerrada a instrução, as partes apresentaram alegações finais remissivas, apenas o
requerido apresentando nova alegação, no sentido de que o crédito estaria prescrito.
Material gentilmente disponibilizado pelo JORGE e colocado no drive da @conquistando.atoga
Permitido o compartilhamento. Venda proibida.
É o relatório.
Fundamento e decido.
As preliminares já foram afastadas na fase saneadora, não havendo, portanto, nada mais a prover.
Trata-se de ação em que o autor, em síntese, pretende receber a quantia de R$ 50.000,00 (cinqüenta
mil reais) supostamente emprestada ao requerido, seu ex-cunhado.
Inicialmente afasto (ou afasta-se) a objeção ao mérito de prescrição, vez que ainda se aplicado ao
caso o prazo de 05 (cinco) anos do art. 206, parágrafo 5o, I, do CC, ele não teria decorrido entre o vencimento do
suposto empréstimo e o ajuizamento da presente ação.
No mais, após análise das provas acostadas aos autos entendo (ou entende-se) que o pedido deve
ser acolhido.
Isto porque os documentos acostados à inicial, especialmente o recibo em que consta a assinatura do
requerido, comprovam suficientemente a existência do narrado empréstimo, bem como a promessa de
pagamento para o dia 30.01.2011.
Ainda que o dinheiro emprestado tenha, oportunamente, sido destinado à então esposa do
requerido (irmã do autor) – como foi informado pelas testemunhas arroladas pelo requerido – fato é que o
empréstimo foi celebrado pelo demandado, que se obrigou perante o credor ao pagamento em 30 dias.
Por outro lado, não há um único elemento de prova no sentido de que o valor teria sido doado pelo
requerente à família do requerido, fato desconstitutivo do direito do autor e que, como tal, competiria ao
requerido prova (art. 373, II, do CPC). Nenhuma das testemunhas ouvidas sequer cogitaram isto.

5. DISPOSITIVO

Este é o grande problema dos alunos na prova. São muitas regras. Debates de juros – na
fundamentação dizer quais índices são aplicados. Aqui é somente concluir.

Evitar qualquer tipo de fundamentação. A fundamentação é feita apenas no momento anterior.


Evitar qualquer tipo de fundamentação nesse momento, pois o local apropriado é o anterior.

Além de concluir o julgado, tem diversas questões envolvidas.

Diz-se que o dispositivo é bater o martelo, sem falar o motivo.

5.1. ADSTRIÇÃO AO PEDIDO

Sempre se ater aos limites do pedido, conforme art. 141 CPC.

Correção monetária e juros: o juiz pode fixar de ofício. Mas se houve requerimento de lapso menor
do que é o legalmente permitido ou em percentual inferior, aí há adstrição no momento do julgamento. Ex. pedir
juros de mora desde o trânsito em julgado, o juiz não poderá desde a citação (que seria o correto). Se for omissa
quanto ao momento o juiz dará na forma da lei. Assim, juros e correção monetária é possível dar sem pedir.

O PEDIDO BITOLA A SENTENÇA. A inicial é o rascunho da sentença.

5.2. EXPRESSÕES INICIAIS

Material gentilmente disponibilizado pelo JORGE e colocado no drive da @conquistando.atoga


Permitido o compartilhamento. Venda proibida.
“POSTO ISSO”, “ANTE O EXPOSTO”. Geralmente o dispositivo inicia com duas expressões
“posto isso” “ante o exposto”. Quer dizer que após tudo que foi dito na fundamentação, julga-se o pedido(...).

Errado: isto posto. Ante ao exposto.

5.3. O QUE JULGAR E QUAL LINHA DE JULGAMENTO

Vai dizer se acolheu ou desacolheu.

O juiz não julga a ação, mas JULGA O PEDIDO, portanto, “julgo procedente o pedido”. Também é
possível usar as expressões ACOLHO OU DESACOLHO. É na primeira pessoa do singular.

Obs. evitar usar a expressão ação. Estando presentes as condições da ação, ela já foi julgada quando
do seu recebimento, ao passar para o mérito. Preencher os requisitos já significa acolher o direito de ação
processual.

5.4. VERBO DO DISPOSITIVO

Para o que? O que foi pedido? A declaração do direito? Reconhecimento da propriedade? A


condenação em danos morais? São estes os VERBOS DO PEDIDO. a inicial que traz o verbo do pedido.

É um comando, a ordem do juiz. O verbo do dispositivo é o comando, a ordem do juiz. Portanto,


POSTO ISTO, JULGO PROCEDENTE O PEDIDO PARA CONDENAR, DECLARAR, CONSTITUIR,
REVOGAR, LIMITAR, PROIBIR, CONCEDER. A melhor forma de saber na hora da prova é olhar para o
VERBO USADO PELO AUTOR.

Atenção. Somente na procedência tem esse verbo.

5.5. CUMULAÇÃO DE PEDIDOS

Pode ser que tenha diversos pedidos no processo. Assim, para cada pedido deve o juiz dar um
pronunciamento. Esses pronunciamentos são feitos nos denominados CAPÍTULOS DE SENTENÇA. Para cada
pedido tem um capitulo.

Se forem VÁRIOS PEDIDOS é possível na parte dispositiva pode fazer a denominada DECISÃO
ARTICULADA = dispositivo articulado, ou seja, por letras: a, b, c. Mas apenas se forem muitos. Danos materiais,
danos morais, danos morais punitivos, etc.

5.6. EXTINÇÕES SEM MÉRITO (PARCIAIS)

Material gentilmente disponibilizado pelo JORGE e colocado no drive da @conquistando.atoga


Permitido o compartilhamento. Venda proibida.
Não esquecer de lançar no dispositivo eventuais extinções parciais lançadas na fundamentação.
Feita a fundamentação que extinguiu em relação a uma, aqui é o momento de lançar extinções parciais. Muito
cuidado nas provas, pois os examinadores incluem uma ILEGITIMIDADE DE PARTE. Neste caso, no inicio o
juiz deve na fundamentação DISCORRER SOBRE ESSA ILEGITIMIDADE, EM PRELIMINARES
PROCESSUAIS. No dispositivo: Posto isso: A) JULGO EXTINTO O PROCESSO EM RELAÇÃO A FULANO.
b) julgo procedente em relação ao fulano

Se for para julgar improcedente até é possível julgar tudo em apenas um capítulo.

5.7. COMANDOS ESPÉCIFICOS PARA CUMPRIMENTO.

Juiz bom é aquele que após o dispositivo sabe comandar o modelo de cumprimento de sentença.
Artigos 520, 536 ou 538 CPC.

Se necessário, abre paragrafo para determinar a secretária providências necessárias para efetivação
das decisões.

Oficie-se a autoridade impetada para cumprimento da decisão.


Expeça-se mandado ao cartório de registro civil.
Oficie-se o banco Central para bloqueio de bens do auto.

Obs. alguns autores dizem que após julgamento o juiz deverá lançar determinações acerca do modo
de julgamento, mas para garjardoni isso não é necessário. Para o professor não é uma postura recomendável.

5.8. ROTEIRO DO DISPOSITIVO

 Qual tipo de julgamento?

Primeiro: saber se é COM MÉRITO ou SEM MÉRITO. Lembrar que pode ser para um pedido com
mérito e para outro sem mérito, por ilegitimidade por exemplo.

Se não for com mérito é apenas julgar fundamentando no 485 do CPC e fixar sucumbência.

Agora, com mérito pode ser o caso de PROCEDÊNCIA ou PARCIAL procedência com fundamento
do 487 e demais providências abaixo enumeradas. Prescrição/decadência ou homologar acordo.

 Qual verbo do dispositivo?

Segundo: se com mérito tem que definir o verbo do dispositivo, ou seja, o comando sentencial. Aqui
a dica é seguir o que está na inicial.

Material gentilmente disponibilizado pelo JORGE e colocado no drive da @conquistando.atoga


Permitido o compartilhamento. Venda proibida.
i) Declarar a inexistência de uma dividia: – sentença DECLARATÓRIA (declaro). Reconhecer
a paternidade, etc.
ii) Divórcio para decretar – ação de adoção para constituir o estado de paternidade -
CONSTITUTIVA ou DESCONSTITUTIVA (decreto. constituo)
iii) Aquela que impõe prestação de dar/fazer/pagar - CONDENATÓRIA (condeno) – verbo do
dispositivo.

A depender do tipo de condenação vai ter peculiaridades a adotar.

 SENTENÇA CONDENATÓRIA DE PAGAR QUANTIA

Terceiro: se for de pagar, deve fixar a CORREÇÃO MONETÁRIA (regra - desde o inadimplemento)
e JUROS LEGAIS DE MORA (citação). Critérios especiais de fixação para danos morais, matéria tributária,
entre outras que serão vistas na frente.

Ainda que não haja pedido. o artigo 322, §1º, CPC.

 SENTENÇA CONDENATÓRIA DE FAZER OU NÃO FAZER

Quinto: se de fazer, não fazer e entrega (fixação da MULTA – astreinte). A

Art. 537, CPC. ela pode ser diária, mensal, por hora, a qual tem o intuito de coagir o cumprimento.

 SENTENÇA CONDENATÓRIO DE ENTREGA

Regra geral determina na sentença:

i) Busca e apreensão: bem móvel


ii) Imissão na posse: bem imóvel

 Sucumbência

Sexto: SUCUMBÊNCIA (custas, despesas, honorários) com a ideia da causalidade – paga quem
perde. Veremos também as particularidades da Fazenda Nacional.

 Gratuidade da justiça

Sétimo: GRATUIDADE DA JUSTIÇA mesmo condenada na sucumbência vai ter que mencionar
que será isento. Trata-se da necessidade de condenação na sucumbência.

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Permitido o compartilhamento. Venda proibida.
Art. 98, §3º, CPC. a condenação em custas, honorários e despesas fica sob a condição da parte
recuperar a condição financeira nos 05 anos posteriores. Para que seja exigida é necessário a prova de
recuperação da condição. Logo, a parte é condenada sem pagar, em princípio.

Não pode errar. Condena à sucumbência.

“observado o que consta no artigo 98, §3º, CPC”

 Providências a bem do provimento da decisão

Oitavo: deve verificar as PROVIDÊNCIAS que serão tomadas diante do tipo de decisão. Oficio ao
SPC, mandado para cartório constando no cartório, MS com ordem para reintegra o servidor no cargo.

Alguns casos não terão nada a ser determinado, pois depende de iniciativa do credor. Art. 513 e 523
CPC – só se faz cumprimento de sentença mediante requerimento. Então, não há determinação em obrigação de
pagar quantia.

Outras sentenças o juiz precisa determinar medidas para efetivar. Algumas providências de ofício:

i) Divórcio – mandado de averbação do divórcio no cartório de registro civil.


ii) Declaratória de inexistência de dívida – o juiz, as vezes, determina a expedição de ofício ao
SPC para exclusão do nome do autor do rol de maus pagadores
iii) Adoção – expedição de mandado para o cartório de registro civil para que seja lavrado um
novo assento.

 Processos contra a Fazenda Pública – art. 496 CPC.

Nono: REEXAME NECESSÁRIO – nas decisões contra a Fazenda Pública. O juiz faz a remessa.
Trata-se de uma condição de eficácia da sentença que consiste na necessidade de o juiz enviar para o grau
superior rever a decisão

Sentença sujeita ao reexame necessário. Decorrido o prazo para recurso subam os autos ao
Tribunal.

 Tutela provisória na sentença

Décimo - Tutela antecipada: o juiz pode entender que o caso merece TUTELA ANTECIPADA na
própria sentença.

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Permitido o compartilhamento. Venda proibida.
É possível que o juiz tenha que conceder tutela provisória em sentença. Art. 296 CPC. Urgência –
cautelar, Urgência-antecipada ou Evidência.

Para que? A eventual apelação – art. 1012, §1º, V, CPC – decisão sem efeito suspensivo. Muito
comum em direito previdenciário.

Onde fazer? O professor entende que logo após o dispositivo, em um paragrafo seguinte, ele
concede. Outros juízes preferem colocar na fundamentação.

 PRI

PRI – Publique-se, Registre-se e Intimem-se (C comunique-se): O C dificilmente no cível tem


sentença que comunica – interdição, divórcio. Assim, coloca o PRI.

PRI
Local e data
Assinatura do juiz

Não colocar numero. Pode entender que se trata de identificação. Melhor colcoar “assinatura do
juiz” sem assinar, identificar.

5.9. MODELOS DE DISPOSITIVO

Improcedência.

Posto isso, Julgo Improcedente o pedido, e assim o faço com fundamento no art. 487, I, do Código
de Processo Civil. Condeno o autor ao pagamento das despesas processuais e honorários do advogado do
requerido, que fixo em 10% do valor atualizado da causa.
PRI. Local e data
Assinatura do Juiz

1 – Autor requer a condenação do devedor a pagar R$5.000,00. Julgar procedente. Não há justiça
gratuita.

Ante o exposto, julgo procedente o pedido do autor para condenar o requerido a pagar ao autor a
quantia de R$5.000,00; e assim faço com resolução do mérito, nos termos do art. 487, I, CPC. Condeno o
requerido ao pagamento das despesas processuais e honorários advocatícios do autor que fixo em 10% do valor
da condenação.
PRI. Local e Data
Assinatura do Juiz

2 - Autor requereu a declaração de propriedade de um veículo. Julgar procedente. Partes


beneficiárias da Justiça Gratuita.

Material gentilmente disponibilizado pelo JORGE e colocado no drive da @conquistando.atoga


Permitido o compartilhamento. Venda proibida.
Ante o exposto, julgo procedente o pedido do autor, declarando a propriedade do autor sobre o
veículo descrito no documento de Fls. X (também pode colocar características do veículo – Placa, chassi, ano), e
assim o faço com resolução do mérito nos termos do artigo 487, I, do CPC. Condeno o requerido ao pagamento
das despesas processuais e dos honorários do advogado do autor, que fixo em 10% sobre o benefício econômico
com a demanda (Valor da causa ou valor do veículo), observado o que consta do artigo 98, $3º, CPC.
Oficie-se ao Detran para fins de registo/emissão do certificado do veículo.
PRI. Local e Data
Assinatura do juiz.

3 – Autor requer indenização por danos morais contra o banco requerido. Extinguir por
ilegitimidade passiva. Não há beneficio da JG.

Ante o exposto, julgo extinto (não tem condenação – acolher ou desacolher o pedido) o processo sem
analiso do mérito, com fundamento no art. 485, VI, CPC. Condeno o autor ao pagamento das despesas e
honorários do advogado do requerido, que fixo em 10% do valor atualizado da causa.
PRI. Local e data
Assinatura do Juiz

4 – Autor requer indenização por danos em acidente de trânsito contra o requerido. Acolher a
prescrição. Tem JG.

Ante o exposto, julgo improcedente o pedido do autor, e assim o faço com fundamento no art. 487,
II, CPC. Condeno o autor ao pagamento das despesas processuais e honorários do requerido, que fixo em 10%
do valor atualizado da causa, observado o que consta do art. 98, §3º, CPC.
PRI. Local e Data
Assinatura do Juiz

5 – Autor ajuizou cobrança contra Estado R$500.000,00

Ante o exposto, julgo procedente o pedido do autor para condenar o Estado a pagar ao autor a
quantia de R$500.000,00, em valores corrigidos monetariamente pelo IPCA-E e juros de mora de 0,5% ao mês
(art. 1-F da Lei 9494/97) desde a data do ato ilícito, e assim o faço com resolução do mérito, nos termos do art.
487, I, CPC. Condeno o requerido ao pagamento das despesas processuais e honorários advocatícios do autor,
que na primeira faixa (até 200 SM) fixo em 10% do valor da condenação, e na segunda faixa (de 200 até 2000 SM)
fixo em 8% do valor da condenação.
Sentença sujeita ao reexame necessário, de modo que decorrido o prazo para recursos voluntários,
remetam-se os autos ao Tribunal (art. 496, CPC).
PRI. Local e Data
Assinatura do Juiz

6 – O requerente pretende obter o medicamento Marevan – 03 caixas por mês (250,00) contra o
município. Julgar procedente.

Obs. não tem reexame necessário porque o valor da condenação não excede 100SM. Mais o valor é
ilíquido? Se achar que é valor ilíquido – é possível incluir o reexame necessário. Para Garjardoni não é preciso
colocar.

Ante o exposto, julgo procedente o pedido do autor para condenar o Município ao fornecimento por
tempo indeterminado (mediante apresentação de receita médica semestralmente), de 03 caixas mensais do
medicamento Marevan ou seu equivalente genérico; e assim o faço com julgamento do mérito nos termos do
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Permitido o compartilhamento. Venda proibida.
artigo 487, I, CPC. Codeno o requerido ao pagamento das despesas processuais e honorários do advogado do
autor, que fixo em 10% do benefício econômico obtido (valor da causa).
Presentes os requisitos do art. 300 do CPC, concedo tutela antecipada em prol do autor em vista do
risco à sua saúde. Oficie-se ao DRS (Delgacia Regional de Saúde) para cumprimento imediato da sentença, sob
pena de multa diária de R$200,00 a partir de então.
PRI. Local e Data
Assinatura do Juiz.

6. SENTENÇA RELACIONADA A RESPONSABILIDADE CIVIL – CONTRATUAL E EXTRACONTRATUAL

É preciso ter conhecimento do Direito Material. O conteúdo é importante.

Aqui vamos analisar a definição das responsabilidades

Estudar a RC CONTRATUAL E EXTRACONTRATUAL – assim, pelo descumprimento de um


contrato (relação anterior) ou por ato que causa prejuízo (sem relação anterior).

Vamos ver algumas regras.

O regramento é parcialmente diverso quando se trata de Pessoa Jurídica de Direito Público, isso
porque os índices de juros, correção, a sucumbência, reexame necessário são diversos.

Assim, na aula atual o estudo irá se concentrar em AÇÕES CONTRA PARTICULARES – PESSOA
FÍSICA OU PESSOA JURÍDICA.

 Responsabilidade Civil Contratual e Aquiliana (extracontratual)

O regime CONTRATUAL decorre do mau cumprimento de um contrato com ou sem


inadimplemento. Certas situações a pessoa é adimplente e sofre um dano, a exemplo, a pessoa paga a dívida e,
mesmo assim, o nome vai para o SERASA. Houve o cumprimento, mas houve algum mau cumprimento.
Contratual as partes já disciplinaram as clausulas contratuais

A EXTRACONTRATUAL decorre em virtude da inexistência de qualquer relação jurídica entre as


partes. Assim, surge independentemente de qualquer relação jurídica entre as partes. Ex. questões envolvendo
acidente de trânsito.

Extracontratual não tem essa disciplina, a qual pode ser por atos lícitos ou ilícitos

i) Hipóteses de RC objetiva previstas na lei – art. 37, §6º, CF, CDC, STJ, sumula 479, etc
ii) Hipóteses de RC por fato de terceiro – 932 e 934 CC.
iii) Hipóteses de RC por guarda ou detenção do animal – ex. animal em pista. Pode entrar contra
o proprietário.
iv) RC do 940, CC – pela cobrança de divida já paga. Também artigo 42, CDC.
Material gentilmente disponibilizado pelo JORGE e colocado no drive da @conquistando.atoga
Permitido o compartilhamento. Venda proibida.
Art. 942, PU - RC SOLIDÁRIA DE TODOS CAUSADORES DO DANO – autores, coautores e
pessoas designadas no 932 CC. em matéria de RC todos devem tudo. A solidaria requer condenação para todos
e por tudo. Quem? Todos os responsáveis pelo dano, isso significa que se todos tiverem responsabilidade, vai
condenar de forma solidária.

Importante diferença: o REGIME DE JUROS DE MORA em ambas são diferentes.

 Responsabilidade Civil sem Culpa

O primeiro caso a ser estudado, de responsabilidade civil OBJETIVA (sem culpa), são aqueles com
previsão no Código de Defesa do Consumidor, artigo 12 e seguintes, mas não veremos aqui.

O segundo é o 927 parágrafo único do Código Civil, com hipótese que o legislador estabelece
responsabilidade objetiva.

Regra Geral: caput – responde pelo dano aquele que age com culpa.

Regra objetiva: independe de culpa:

i. Casos especificados em lei. Ex. artigo 12 e seguintes do CDC;


ii. Quando a atividade normalmente desenvolvida pelo autor gerar risco.

Neste último caso, o juiz que diz se há ou não culpa, podendo isentar o autor da prova desta culpa.
Assim, uma responsabilidade que decorre da valoração judicial.

Ex. um depósito de fogos de artificio, vai mudar para outro lugar, carrega toda mercadoria, no meio
do caminho cai um raio no baú do caminhão, com o curto este explode. Mesmo não tendo culpa, como a
atividade de transportar fogos, pelo seu próprio desenvolvimento, acarreta risco para os direitos de outrem.

 Responsabilidade Civil POR ATO DE TERCEIRO

Previsão nos artigos 932, 933 e 934 do Código Civil. Existem situações que não se trata de
responsabilidade meramente objetiva, pois a lei diz que basta existirem pessoas ligadas ao causador do dano.
Pais por filhos, empregador pelos atos dos empregados, os hospedeiros, bem como as pessoas que participaram
do produto do crime.

Atenção: entretanto, existe um impacto importante previsto no artigo 934. Este artigo deixa claro a
possibilidade de denunciar a lide do responsável, salvo no caso de descendente.

Também poderá ser ressarcido em ação regressiva.

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Permitido o compartilhamento. Venda proibida.
 Responsabilidade Civil do DETENTOR DO ANIMAL

Conforme artigo 936 do CC, o dono ou detentor do animal ressarcirá o dano por este causado, se
não provar culpa da vítima ou força maior.

Atenção, o ônus da prova é do dono do cachorro provar a força maior (evento extraordinário – outro
cachorro atrás fez o cachorro avançar) ou a culpa exclusiva da vítima.

 Responsabilidade Civil do morador ou proprietário do prédio

Também muita cobrado em concurso, a questão da responsabilidade civil do morador ou


proprietário do prédio – art. 937 e 938 do Código Civil. São os eventos decorrente da ruína do prédio ou das
coisa caídas.

Pela RUÍNA a responsabilidade é do proprietário, mesmo não tendo culpa, podendo vir a pleitear
em ação regressiva o culpado.

Agora, hipótese diversa, é a responsabilidade do morador por COISAS CAÍDAS, não do dono do
prédio. Neste caso, se iniciar a ação contra o proprietário e o morador, deve julgar procedente contra o morador,
já improcedente contra o dano do prédio.

Conclusão:

i. Artigo 937 – do dono: Pela ruína vai responder o proprietário, mesmo não tendo culpa
pela ruína. Depois ele vai atrás do verdadeiro responsável.
ii. Artigo 938 – do morador: aqui não é do proprietário, mas do morador que tem objetos
que caem do seu prédio ou forem lançadas.

Ex. Caiu um ar condicionado e mata pessoa. Entrou com ação contra o proprietário e contra o
morador. Tem julgar e condenar apenas o morador.

 Responsabilidade Solidária de todos os causadores do dano

A solidariedade não se presume, no contrário a reponsabilidade de cada uma é pela parte que foi
culpado. A norma do 942 dispõe que se a ofensa tiver mais de um autor, todos responderam solidariamente
pela reparação do dano. Assim, os bens do responsável pela ofensa ou violação do direito de outrem ficam
sujeitos à reparação. Se tiver mais de um autor, todos respondem solidariamente. Também são solidariamente
responsáveis, conforme paragrafo único, os autores e as pessoas relacionadas no artigo 932.

Assim, vimos a parte de direito material.

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Permitido o compartilhamento. Venda proibida.
6.1. QUANTIFICAÇÃO DO DANO MATERIAL

Dano material somente se ocorrer prejuízo real e efetivo. Dano material não é estimado. Depende de
prova. Consiste absolutamente no que chamamos de perdas e danos.

 Prejuízo real e Efetivo

O prejuízo, em regra, não pode ser presumido/estimado. Assim, o autor tem que demonstrar com
PROVAS que houve um decréscimo patrimonial. Deve restar provado o prejuízo financeiro.

Dano moral e estético há estimativa – veremos mais para frente.

 Lucros Cessantes

Trata-se de uma parte do dano material, ou seja, aquilo que o prejudicado deixou de auferir com o
evento. Também depende de PROVA.

Qual a diferença para o dano emergente? Os lucros cessantes podem ser apurados em liquidação de
sentença. Remete para o 511, CPC.

Ex. acidente de trânsito - Gastou 2.000 com medicamentos e 5.000 com o que foi gasto com cirurgia.
Não se sabe, ainda, o gasto que terá com o tratamento. .

Assim, conforme 946 CC pode enviar para liquidação. Vai fixar dano material e dano moral. Vai ter
um item em que condenará aos lucros cessantes – diminuição da capacidade laboral, a continuidade do
tratamento. E remete para liquidação.

6.2. DANO PROVADO + LIQUIDAÇÃO

Desde que PROVADO o dano, este pode ser objeto de POSTERIOR LIQUIDAÇÃO de sentença.
Portanto, deve provar o dano, deixando APENAS O QUANTUM. Este sim pode ser remetido para liquidação
de sentença.

Atenção: dano não comprovado não pode ser remetido para liquidação de sentença. A liquidação busca
apenas o valor.

Como saber se envia ou não para a liquidação? Se O EXAMINADOR NÃO INCLUIR VALORES,
deixando em aberto, caso o julgamento seja procedente, envia para a liquidação.

Na liquidação de sentença pode apurar aquilo que autores chamam de lucros cessantes. Assim, o
juiz pode, comprovado o dano, enviar para liquidação de sentença.
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Permitido o compartilhamento. Venda proibida.
Ex. Caso concreto da prova não traz valores.

Obs. O melhor é já quantificar no próprio processo de conhecimento.

Quando?

Consequências do dano não totalmente consolidadas. Ex. pessoa ainda está sendo tratada do
acidente, não pode trabalhar, ainda deixa de ganhar.

6.3. DANO MATERIAL PELA PERDA DE UMA CHANCE

Lembrar que é dano material. Não é moral.

Teoria de ORIGEM FRANCESA em que se sustenta que certas condutas acarretam a parte a
PERDA DE UMA OPORTUNIDADE DE GANHO, tendo o direito de ser indenizada por essa perda. Já há
algumas balizas jurisprudenciais a respeito do tema (julgados no material de apoio).

Natureza? DANO MATERIAL porque é o que a pessoa deixou de ter oportunidade de ganhar.
Assim, os índices aplicados são relacionados ao dano material.

Conforme STJ – não se trata de reparação uma simples esperança, devendo concorrerem dois
requisitos cumulativos:

i. NEGLIGÊNCIA do demandado. A negligência dará a ideia de desprezo no problema.


ii. CONCRETA CHANCE DE ÊXITO do prejudicado CASO O ATO TENHA SIDO
PRATICADO. Possibilidade real de êxito na chance perdida. Assim, tem que ser feito
um juízo de valoração se aquela chance iria realmente se concretizar.

VALOR - DANO SEMPRE MENOR QUE O PREJUIZO REAL. Assim, indeniza a chance perdida e
não aquilo que seria alcançado caso não tivesse perdido a chance. Não são todos os valores do beneficio que
seria alcançado. Ex. R$200.000,00 se tiver êxito. Faz uma regra de proporcionalidade considerando que a chance
poderia não ser alcançada.

Exemplo. Perder o recurso pelo advogado. tem que verificar se aquela sentença era uma sentença
contraria a jurisprudência dominante. Agora, se julgou de acordo com a jurisprudência dominante já não tem
mais indenização a ser fixada.

Exemplo. Erro de terceiro faz o individuo não fazer a segunda fase. A probabilidade de êxito é muito
baixa, assim não teria direito.

Exemplo. Médico. Existia um tratamento possível para curar o braço, mas como ele não fez tal
procedimento teve que amputar o braço. Tem que verificar se aquele tratamento tinha real possibilidade de
êxito.

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Permitido o compartilhamento. Venda proibida.
6.4. PENSÃO NO CASO DE MORTE OU INVALIDEZ – ARTIGOS 948 A 951 CC

Trata-se de dano material, pois não é ofensa a dignidade, etc. Logo, precisa ser provado.

i) Morte
ii) Invalidez total.

Se alguém morreu ou ficar invalido por culpa de terceiro? O responsável pelo evento tem a
responsabilidade de pagar uma pensão para a vítima invalida ou para os seus sucessores no caso de morte.
Assim, aquilo que perdeu ou deixou de ganhar, sendo, portanto, DANO MATERIAL É AQUILO QUE O
INVALIDO DEIXARÁ DE RECEBER DE SALÁRIO. É AQUILO QUE O MORTO CONTRIBUIA COM
PARA SUSTENTO DA SUA FAMÍLIA.

Como arbitrar o valor da pensão por morte, sendo pura prática de sentença?

 Base de cálculo

Como calcular o valor da pensão nos casos de morte ou invalidez? Sempre o ponto de partida é o
SALÁRIO DO FALECIDO/INVÁLIDO ou do SALÁRIO MÍNIMO (se não tiver salário).

i) Regra: SALÁRIO.
ii) Exceção: se o invalido ou falecido for desempregado, será o salário mínimo.

 Alíquota

E qual a alíquota? Quanto vai ser o quantum.

Invalidez: A INVALIDEZ A PORCENTAGEM É 100% daquilo que ele ganhava.

Aos sucessores: No caso de MORTE, O PADRÃO JURISPRUDENCIAL É 2/3 DO SALÁRIO


BASE. Isso porque tira a despesa dele.

i. Invalidez: 100% da BC. Como ele ficou vivo, tem o sustento próprio
ii. Morte: O padrão jurisprudencial é de 2/3 do salário base. Isso porque o morto tinha um
gasto, que seria 1/3 seu próprio gasto.

A pensão recebida do INSS ou a aposentadoria recebida pela invalidez pode ser compensada? Não,
conforme STJ são naturezas diferentes, uma previdenciária e securitária e outra prevista no CC.

 Conversão em Salário Mínimo

Material gentilmente disponibilizado pelo JORGE e colocado no drive da @conquistando.atoga


Permitido o compartilhamento. Venda proibida.
No caso de salário superior ao mínimo, nos termos da súmula 490 do STF, esse valor será
CONVERTIDO EM SALÁRIO MÍNIMO – assim, transforma em % do salário mínimo para garantir a
atualização monetária. Apesar da CF dizer que não é possível usar o SM como indexador. – súmula 490, STF e
artigo 533, §4º, CPC.

Ex. R$3.400,00 – condeno o réu a pagar pensão mensal vitalícia em 3,6 salários mínimos.

 TERMO INICIAL do pensionamento – óbito

A data do ÓBITO ou da INVALIDEZ permanente.

 TERMO FINAL do pensionamento

Extremamente variável com o caso concreto.

1 - MORTE OU INVALIDEZ DOS GENITORES:

o FILHO tem direito ao pensionamento:

i) Filho capaz: ATÉ 25 ANOS se ele não for inválido, Este é o cálculo que ele teria se formado
e constituindo renda própria, passando a deixar de ter assistência material dos genitores.
ii) Filho inválido: mas se o filho for inválido a pensão será VITALÍCIA. Mas se for inválido, o
pai iria sustentar sempre – até morte do inválido ou morte daquele que paga.

2 - MORTE DO FILHO que custeava o lar dos genitores:

mesmo que seja um custeio parcial do lar (comum) dos genitores. Neste caso, o pai e a mãe tem
direito a uma pensão pois mataram o filho deles. Os genitores

i) Até o filho completar 25 anos: RECEBEM 2/3 DO SALÁRIO DO FILHO Isso, porque, ele
sustentava a casa, então tira o gasto próprio.
ii) Após os 25 anos do filho: REDUZINDO-SE DE 1/3 A 1/2 ATÉ o que FILHO FALECIDO
COMPLETASSE 65 ANOS ou a EXPECTATIVA DE VIDA DO IBGE.

Mesmo morando fora, com economia própria, o filho, muitas vezes, continua o filho contribuindo
com o sustento da casa dos pais. Assim, a lógica é que até os 25 anos moraria com os pais ou com a mãe, 2/3
seria o dinheiro que colocaria em casa. Com 25 anos, em tese, deixaria a casa dos pais, mas por ser o arrimo de
família continuaria colaborando com o sustento dos pais, mas agora com valor menor por ter sua casa.

Atenção: no processo tem que ter PROVA QUE O FILHO É ARRIMO DE FAMÍLIA (sustenta o
filho).

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3 - Morte do cônjuge ou companheiro:

Tem duas posições jurisprudenciais no STJ, uma PRIMEIRA entendendo que dura até os 65 ANOS
DA SUPOSTA VIDA DA VÍTIMA (quando em tese ele morreria), já uma SEGUNDA, mais técnica, atualiza
com a EXPECTATIVA DE VIDA DO IBGE – no site tem a expectativa de vida variando com relação a região
do pais.

E se houver os dois parâmetros acima? Fixa o valor da pensão – estabelece que os filhos vão receber
parte até completar 25 anos, sendo que após o valor é acrescido ao genitor até o ano em que completaria a idade.

4 - Invalidez do próprio autor:

nesse caso, o valor é vitalício. Termo final é a morte de uma das partes, do que deve ou que recebe.

 Pensão do INSS

É pacífico na jurisprudência que o fato da viúva ou filhos, no caso de morte, receber pensão do INSS
não afasta nem diminui o valor que deverá pagar para a vítima - natureza civil indenizatória

INSS - valor da pensão tem outra natureza, previdenciária, de seguro.

 Direito de Acrescer

O Direito de acrescer é aquele em que um beneficiário da pensão passa a receber a quota parte do
outro quando cessa a causa do pensionamento. A jurisprudência admite expressamente, embora não exista uma
lei específica sobre o assunto. É a quota parte que era devida a um dos dependentes, que uma vez extinta a
dependência, passa a incorporar a quota parte do outro. Analogia do artigo 1941 a 1946 do Código Civil.

Tem um IMPACTO NA PENSÃO POR MORTE. AOS FILHOS TEM QUE PAGAR ATÉ OS 25
ANOS, sendo que, os demais que recebiam quota-parte terão direito de acrescer os valores.

Filhos e mulher 1 SM cada. Quando um filho completar 26 anos, a viúva vai receber 2 SM, já quando
outro filho passar e fizer 26 anos, a quota incorpora e o cônjuge receberá, a partir dai, os 3 SM.

Defiro pensão aos filhos ___ reconhecido o direito de acrescer em favor do cônjuge viúvo.

 Constituição de Capital ou inclusão em folho

Conforme artigo 533 do Código de Processo Civil, toda vez que fixa um pensionamento, deverá
exigir a constituição de capital com relação aos valores pagos mensalmente. Esse valor supre a indenização

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mensal. É um capital para gerar frutos e puder sustentar as vítimas. No atual CPC exige que tem pedido do
exequente.

Determino que se constitua capital na forma do art. 533 do CPC, e, tendo-se em vista a notória
idoneidade da empresa demanda, determino que em substituição seja inserida em folha de pagamento o
pensionamento aqui determinado.

Mas quando for pessoa jurídica a responsável, o CPC prevê a possibilidade de incluir o pensionante
na folha de pagamento.

Posto isso, JULGO PARCIALMENTE PROCEDENTES os pedidos, condenando os requeridos


A pagar pensão mensal – inclusive 13o salário –, desde a data do óbito, no valor de R$ 418,66
(quatrocentos e dezoito reais e sessenta e seis centavos), correspondente a 76,72% do salário-mínimo para fins
de atualização das prestações vincendas (súmula 490 do STF), valor este, que será devido aos filhos autores até
que eles completem 25 anos de idade e, à autora esposa, até a data em que o falecido completaria 70 anos de
idade, preservado o direito de acrescer ao beneficiário supérstite. Determino a constituição de capital cuja a
renda assegure o pagamento mensal do valor ora fixado, na forma do artigo 533, CPC.

6.5. DANO MORAL

É uma reparação patrimonial para ofensa a algo que é imaterial (que não tem como recompor). É
muito diferente do dano Material, pois o Dano Moral pode ser presumido ou fixado equitativamente. A
dificuldade é ter um parâmetro.

Qual o propósito da indenização? Primeiro objetivo é REPARAR a lesão aos direitos da


personalidade, mas como não é possível reparar em espécie, se faz uma COMPENSAÇÃO financeira, sendo
estimado pelo juiz. Porém, a doutrina estabelece um caráter secundário da indenização por dano moral, sendo
o caráter PUNITIVO ou educativo, a chamada teoria do desestimulo – fixação por dano moral servindo como
inibidor de práticas deste tipo no futuro.

Atenção: importante mostrar na prova que o candidato conhece tais objetivos/escopos da


indenização por dano moral.

Preponderantemente – reparatório para compensar.

Como fazer na sentença? Verificando que GEROU DANO À PERSONALIDADE, não um mero
dissabor, faz essa construção na fundamentação. Porém, fato seguinte, tem que elaborar uma forma de
quantificação. Fala do objetivo de compensar e desestimular, bem como que se trata de um critério bifásico

i) 1ª fase - Padrão jurisprudência: Jurisprudência para casos equivalentes – STJ tem uma tabela
(material de apoio).
ii) 2ª fase – Particularidades do caso: tempo que perpetuou o dano, etc.

A fundamentação sempre deve destacar:


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i. a dificuldade do tema;
ii. consideração do caráter reparatório;
iii. consideração do caráter punitivo.

Exemplo:

Definida a questão da reparação do dano moral, no caso, deve ser determinado o quantum.

Primeiramente destaco a dificuldade que jurisprudência e doutrina encontram para fixação de critérios
seguros para quantificação do dano.

Tem-se indicado que, na fixação do dano, deve-se levar em conta a necessidade de REPARAÇÃO da vítima
em virtude do evento e, ao mesmo tempo, PUNIR o agressor para que não mais reincida na prática.

 Como fixar?

É um critério extremamente subjetivo, por isso, de extrema dificuldade. Dicas do STJ

O STJ tem sustentado que, em tema de dano moral, deve-se adotar um CRITÉRIO BIFÁSICO para
a fixação do quantum. Assim, após dizer o que vimos acima: DIFICULDADE, REPARAR E PUNIR:

1a fase: Verificação do PADRÃO JURISPRUDENCIAL indenizatório em casos análogos. Ex. Inscrição


no SERASA sem motivo R$10.000,00. Ex. Morte 200 salário. Ex. Filho invalido 300 salários (tabela no site).

2a fase: Verificam-se as PARTICULARIDADES DO CASO CONCRETO para AUMENTAR OU


DIMINUIR o valor. Assim, as particularidades são vistas a partir da INTENSIDADE DO DANO: i) perder um
filho com 16 anos ou um com 3 anos de vida; Também pode verificar a INTENSIDADE DA CULPA: i) matar
com um tiro ou em um acidente de trânsito. Ou ainda, no caso concreto verificar a CAPACIDADE
ECONÔMICA das partes: iii) o pai dos autores é diretor de multinacional ou um operário.

E se não houver particularidade? Diz que nnao há e mantem. Logo, o dano moral, por incrível que pareça,
deve ser elevada para o rico, pois a reparação em pecúnia para esse é superior.

Tabela do STJ: Orienta o valor do dano moral

6.1. DANO MORAL REFLEXO OU EM RICOCHETE

Não sofridos pela vítima do evento. Essa ideia seria o dano moral daqueles SECUNDARIAMENTE
ATINGIDOS pelo evento. Além dos que recebem diretamente, também tem pessoas secundárias que recebem.

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O exemplo mais comum é o dano moral sofrido pelos avós. Ex. neta assassinada enquanto na escola.
Pais ajuízam ação em virtude do óbito da filha. Porém, os avós também sofrem um abalo psíquico. Por esse
motivo, hoje é pacífico a admissão do dano moral reflexo ou em ricochete.

Também tem as características do dano moral direto – compensar e punir. No entanto, sendo um dano
reflexo, o STJ é uniforme da indenização atribuída aos avós, mas por um VALOR MENOR.

Utilizar o critério bifásico do STJ.

6.2. DANO ESTÉTICO

Dano estético ou por aleijão é aquele DERIVADO DE UM EVENTO QUE DEIXOU UMA
DEFORMIDADE PERMANENTE NA VÍTIMA. Se for mínimo e decorrer da ofensa ao direito da
personalidade é fixado dentro do dano moral. Se for além, ai sim fixa em apartado.

Conforme súmula 387 do STJ o dano estético não é coberto pela indenização por dano moral, podendo,
portanto, cumular com o dano moral. Fixa ambas quando os eventos forem autônomos. Pacífico o entendimento
que:

i) É diferente do dano moral – mas somente vai ocorrer se houver danos se sobrepujam o dano
moral. O STJ só admite a cumulação do dano estético com o dano moral quando for POSSÍVEL
DISTINGUIR COM PRECISÃO AS DUAS OCORRÊNCIAS DE MODO DISTINTO.
ii) Logo, o dano estético só é indenizável quando haja, em virtude dele, uma CONSTANTE
SENTIMENTO DE DESPRESTÍGIO POR PARTE DO OFENDIDO.

Para indenizar o dano estético, a CICATRIZ TEM QUE SER REPUGNANTE PARA A PESSOA.

E quando o dano estético é mínimo? Nesse caso, uma cicatriz pequena, não há aleijão que justifique a
indenização, assim devemos ser parcimonioso – fixando junto.

Como fixar? Também na forma bifásica.

i) Padrão jurisprudêncial.
ii) No caso concreto fixa a partir de critérios sociais, econômicos e etários. Ou seja, verifica a idade
da pessoa, o local do aleijão, meio social que ela vive, qual situação econômica da pessoa. Ex.
pessoa com 70 anos viverá menos com a alijão que aquele com 20 anos.

6.3. DANO SOCIAL

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Seria o dano unicamente punitivo, com natureza unicamente sancionatória, isso PARA PUNIR
CONDUTAS EXEMPLARMENTE NEGATIVAS. Ex. ir em cadeia nacional e colocar fogo na bandeira. Chutar
imagem de santo. Plano de Saúde que reiteradamente nega atendimento aos seus segurados.

Difere-se do dano moral, uma vez que o moral é reparatório que tem a ver com a dignidade, sendo o
dano social uma esfera punitiva da responsabilidade civil, apenas para conduta exemplamente negativa.

STJ – RECL 13200 – entendeu que dano social TEM QUE TER PEDIDO, o juiz não pode aplicar de oficio.
Ademais, poderá ser aplicado APENAS EM AÇÃO COLETIVA.

O destinatário, ademais, não é a vitima, mas a coletividade e quem fala em prol da sociedade são aqueles
legitimados coletivos.

7. CORREÇÃO MONETÁRIA – CONTRA PARTICULARES

Há uma lei no BR que disciplina sobre a Lei 6899/81, mas que não traz os índices de forma clara.
Assim, é preciso trabalhar segundo a doutrina/jurisprudência.

Obrigação de quantia: tem que fixar juros e correção monetária

Particulares: débito de pessoas privadas.

Poder público: vamos ter aula de fazenda publica

Conceito: trata-se apenas da atualização, não aumenta o valor do débito, apenas atualiza o valor de
compra, portanto, reflete os índices de decréscimo da moeda. Não é um plus. Simplesmente ATUALIZA o poder
de compra da moeda, significa a atualização do capital, o poder de compra da moeda, sem corresponder a um
plus.

Obs. juros que acrescente algo.

 Temo Inicial

Dano Material – ato ilícito: Prejuízo S. 43, STJ

Dano Material – ato lícito: Da mora Art. 389, CC.

Dano Moral Arbitramento S. 362, STJ

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O professor passou uma tabela com o termo inicial. Primeiro, deve-se diferenciar se é dano material
ou moral. Na sequência, verificar se o ato é lícito ou ilícito.

A súmula 43 do STJ diz que o DANO MATERIAL POR ATO ILÍCITO contra da DATA DO
EVENTO. Acidente de trânsito, matar alguém.

ATO LICITO, a exemplo do inadimplemento contratual, INÍCIO COM A MORA, geralmente na


CITAÇÃO. Do prejuízo causado a terceiro por conta do ato licito. Ex. prejuízo decorrente de um ato em legitima
defesa com causador do dano diverso.

Tratando-se de DANO MORAL, diferentemente, conforme sumula 362 do STJ, a correção monetária
incide a partir da DATA DO ARBITRAMENTO ou da decisão do tribunal que fixou. É porque não sabe qual
o valor antes do arbitramento, até o juiz fixar.

A) DANO MATERIAL + ATO ILÍCITO: DATA DO EVENTO


B) DANO MATERIAL + CONTRATO: CITAÇÃO
C) DANO MORAL: ARBITRAMENTO

Índice: os tribunais tem tabelas próprias, assim, basta incluir “pela tabela prática do TJ/SP.”

 CONCLUSÕES

Incialmente tem que verificar se é dano moral ou material. Sendo dano material tem que verificar se
é ato licito ou ilícito.

DANO MATERIAL POR ATO ILÍCITO: correção monetária desde a DATA DO EVENTO. Ex.
Acidente de trânsito, homicídio, etc. Mas pode ser que esta já foi atualizada até a data do ajuizamento, logo, o
juiz atualiza desde a data do ajuizamento.

DANO MATERIAL POR ATO LICITO: correção monetária se dá junto com a configuração da
MORA que se dá geralmente na CITAÇÃO. Ex. Desacordo comercial e inadimplemento do contrato.

DANO MORAL: conforme súmula 362 do STJ a correção monetária é da data da FIXAÇÃO.

 Índices

Aqui não muda e tem tabelas práticas.

Tabelas práticas: os Tribunais têm tabelas práticas que consideram só vários índices de correção
monetária que o BR teve ao passar dos anos. Assim, é possível incluir na sentença – “CONFORME A TABELA
PRÁTICA DO TRIBUNAL”

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Atualmente: STJ diz que o índice vigente no BR é o IPCA-E.

Dano Material – ato ilícito: Tabela prática IPCA-E

Dano Material – ato lícito: Tabela prática IPCA-E

Dano Moral Tabela prática IPCA-E

Obs. contra a FP tem índices diferentes – seja TR ou SELIC.

Obs. Estas tabelas dos Tribunais já incluem os índices de correção monetária reconhecidos pelo STJ em
virtude de planos econômicos.

Cuidado: No ajuizamento da ação as partes costumam apresentar o cálculo atualizado até a data da
propositura. Assim, ou manda atualizar o valor da data do evento sem atualização do autor ou, ainda, é possível
atualizar segundo a tabela da data da propositura.

Cuidado: se aplicar a SELIC como índice de juros não pode fixar a correção monetária, neste já estão os
juros e a correção monetária.

Bom ressaltar, que nos termos do art. 404, CC e 322, §1º, CPC, que a correção monetária pode ser aplicada
ainda que não tenha pedido. É possível de ofício pelo juiz.

E se tiver pedido por um índice que não é correto? Ex. TR geralmente é menor que o IPCA-E. Ai o autor
encontra-se limitado pelo pedido.

Súmulas do STJ: 35, 42 e 362.

7.1. JUROS DE MORA LEGAIS – CONTRA PARTICULARES

Os juros podem ser classificados:

i. Juros de mora: é o fruto do capital a fim de remunerar o credor pelo atraso no cumprimento
da obrigação;
Juros Compensatórios: é o fruto do capital a fim de remunerar o capital cedido por
empréstimo.
ii. Juros legais: São os dois acima fixados por lei;
Juros convencionais: São os dois acima fixados por contrato.

Assim, ambas classificações se combinam.

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Os juros são os FRUTOS advindos do capital. Juros de mora incidem nas hipóteses em que não há
pagamento na data pactuado. Os juros, como FRUTO DO CAPITAL (filhote do dinheiro), são de mora por
remunerar o credor pelo atraso no cumprimento da obrigação, já compensatórios para remunerar o capital
cedido – empréstimo.

Nas provas o enfoque está nos JUROS DE MORA COMBINADO COM OS LEGAIS.

Obs. na desapropriação o compensatório é usado, pois o ente desapropria o prédio, nesse período
há uma remuneração.

Nos demais processo relacionados à responsabilidade civil o forte são os juros legais.

 Termo inicial

Responsabilidade Contratual: banco que negativa o nome / compra carro com defeito

Responsabilidade Extracontratual: todo dano sem prévia relação jurídica.

Responsabilidade Contratual: Sendo contratual, uma OBRIGAÇÃO LIQUIDA E CERTA, o juros


de mora correm do VENCIMENTO da obrigação. Mas se não tiver prazo assinalado ou ILÍQUIDA, vai ser da
CITAÇÃO, data que o devedor foi constituído em mora.

O percentual é de 0,5% antes do CC/2002 e 1,00% se posterior.

Resp Civil Contratual - Certa e Liquida Do Vencimento Art. 397

Resp Civil Contratual – Sem prazo ou ilíquida Citação ou Art. 397, PU e

Constituição em mora 405 do CC

Resp Civil Extracontratual Data do Fato 1% ao mês

Art. 398, CC. 406 CC e 161,

STJ, 54 §1º do CTN

Obs. se usar a SELIC – juros e correção estarão embutidos.

Obs. JM também podem ser fixados de ofício. Art. 406, CC e 322, §1º, CPC. atenção, apenas os legais.
Não cabe nos juros advindos de convenção.

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Súmulas 54, 186, 426 e 472

 Juros de Mora Legais - TAXA

Atualmente, no processo contra particulares, os juros de mora legais estão previstos no artigo 406
do Código Civil (quando não forem convencionais). Pelo artigo será aplicada a taxa para a mora do pagamento
de imposto devidos a Fazenda Nacional, sendo uma referência ao ARTIGO 161, §1O DO CTN DIZ SER 1% AO
MÊS

Conclusão: Juros legais de mora = 1% ao mês

Obs. tem tribunais que adotam a taxa SELIC

 Juros de mora convencionais

Também tem um limite, pela Lei de Usura (decreto 26626/63) estabelece que os juros convencionais
só podem ser convencionados pelo DOBRO DA TAXA LEGAL, assim, o percentual de juros de mora
convencionais pode ser NO MÁXIMO 2% AO MÊS. Cobrando mais é crime contra a economia popular, crime
de agiotagem

Conclusão: juros convencionais de mora = 2% no máximo

Obs. Não se aplica o limite de juros convencionais às instituições financeiras, isso de acordo com a
súmula 596 do STF e 283 do STJ. Para disciplinar juros bancários tem que ter lei complementar.

Assim, os bancos podem convencionar taxas de juros a mais de 2%. Entende-se que, de acordo com
o artigo 192 da Constituição Federal, para disciplinar o mercado financeiro deve ser por Lei Complementar.

8. SUCUMBÊNCIA DAS RELAÇÕES PRIVADAS

Poder Público como parte: regime do art. 85, §3º e 4º CPC.

 Quem paga – Princípio da causalidade

No sistema vige o princípio da causalidade (não da derrota ou vitória). Quem paga sucumbência é
quem dá causa ao ajuizamento da ação. Importante, porque na maioria das vezes quem paga é aquele que perde
o processo – perdeu, assim lá está demonstrado que foi ela que deu causa. Tem caso que mesmo ganhando a ação

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pode pagar sucumbência, isso se o processo existiu em razão dele. Isso quando apesar de tudo o vencedor é
responsável por ajuizamento – culpado pelo evento.

A súmula 303 do STJ diz que “Em embargos de terceiro, quem deu causa a constrição indevida deve arcar
com os honorários advocatícios.”

Ex. compro um imóvel e faço escritura pública sem registrar, mas um dia o credor desse terceiro
executa – penhorando meu imóvel. Assim, o imóvel penhorado não é dele que foi objeto de constrição por não
ter, tendo que entrar com embargos de terceiros. Livra o bem, mas o culpado foi aquele que não registrou, logo
eu vou pagar os honorários advocatícios ainda que tenha vencido os embargos de terceiro.

Ex. divida que não tem termo final. Entro com a ação sem cobrar por notificação. Assim, como não
houve cobrança extrajudicial, o ajuizamento foi desnecessário.

 Desistência da ação

Não gera isenção de custas, despesas e honorários. Conforme art. 90, CPC, aquele autor que desistiu
paga a sucumbência.

8.1. CONTÉUDO E DESTINATÁRIO

 Conteúdo

Sucumbência é composta por 02 grupos de verbas:

i) Despesas processuais: custas, taxa judiciária, indenização de viagem, diária de testemunha


ii) Honorários do advogado: aqueles fixados judicialmente.

Art. 84. As DESPESAS abrangem as custas dos atos do processo, a indenização de


viagem, a remuneração do assistente técnico e a diária de testemunha.

Art. 85. A sentença condenará o vencido a pagar honorários ao advogado do


vencedor.

Na sentença condena o vencido a pagar DESPESAS PROCESSUAIS MAIS HONORÁRIOS


ADVOCATÍCIOS.

Conclusão: custas judiciais já estão com as despesas dentro.

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A rigor pode colocar apenas despesas e honorários advocatícios, pois as custas abrange as despesas
processuais.

Obs. Mesmo o advogado que atua em causa própria tem direito às despesas.

 Destinatário

Despesas: destinatário é quem desembolsou, ou seja, a parte.

Honorários: É do advogado particular ou público.

Honorários podem ser pagos em favor da sociedade de advogados.

Natureza alimentar.

Pode entrar com ação autônoma sobre.

§ 14. Os honorários constituem direito do advogado e têm natureza alimentar, com


os mesmos privilégios dos créditos oriundos da legislação do trabalho, sendo
vedada a compensação em caso de sucumbência parcial.
§ 15. O advogado pode requerer que o pagamento dos honorários que lhe caibam
seja efetuado em favor da sociedade de advogados que integra na qualidade de
sócio, aplicando-se à hipótese o disposto no § 14.

Cada ente federado vai ter uma lei para dispor sobre os advogados públicos.

Quais são esses honorários?

Aqueles fixados judicialmente. Além disso, é possível nas relações privadas os honorários
contratuais que não tem nenhuma relação com o ora analisado.

8.2. CRITÉRIO PARA FIXAÇÃO DOS HONORÁRIOS

 Percentual

Art. 85, §2º, CPC. 10 a 20%. Abaixo estão os critérios para a fixação.

§ 2o Os honorários serão fixados entre o mínimo de dez e o máximo de vinte por


cento sobre o valor da condenação, do proveito econômico obtido ou, não sendo
possível mensurá-lo, sobre o valor atualizado da causa, atendidos:

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I - o grau de zelo do profissional;
II - o lugar de prestação do serviço;
III - a natureza e a importância da causa;
IV - o trabalho realizado pelo advogado e o tempo exigido para o seu serviço.

Processo de execução

 Base de cálculo

O percentual vai recair sobre o que? São 03 regras

Valor da Condenação: Pedido PROCEDENTE OU PARCIALMENTE PROCEDENTE em


condenatórias de PAGAR QUANTIA;

Benefício econômico auferido ou valor atualizado da causa: PROCEDENTES OU


PARCIALMENTE procedente que veicula PRETENSÕES DE NATUREZA
DECLARATÓRIO/CONSTITUTIVA e CONDENAÇÃO QUE NÃO SEJAM DE PAGAR (fazer, não fazer e
entrega), pois são as decisões que não tem valor com apuração quantificada. Ex. decretar o divórcio – verifica o
patrimônio. Ex. entregar o carro – valor do carro. Normalmente, o autor já inclui o benefício econômico como
valor da causa.

Valor atualizado da causa: IMPROCEDENTE (todas acima) e EXTINÇÃO SEM MÉRITO. Aqui
não há nenhuma vantagem econômica.

Valor atualizado da causa – é ATUALIZADO PELA TABELA PRÁTICA.

 Causas de valor inestimável ou irrisório

Algumas pretensões não têm valor econômico. Ex. adoção. Obrigação de parar de fazer barulho

Art. 85, §8º, CPC.

§ 8o Nas causas em que for inestimável ou irrisório o proveito econômico ou, ainda,
quando o valor da causa for muito baixo, o juiz fixará o valor dos honorários por
apreciação EQUITATIVA, observando o disposto nos incisos do § 2o.

Conclusão: fixação equitativa em VALOR.

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E se em ações simples, mas que o valor da condenação é aviltante, por exemplo, 8 milhões, é possível
reduzir com fulcro nesse artigo? Lembre-se que o artigo busca elevar o valor, essa é a ratio. Porém, o STJ tem
jurisprudência nos dois sentidos.

FP usar o art. 85, §8º, CPC apenas se valores irrisórios ou inestimável. Quando a FP for parte e tiver
um valor econômico segue a tabela.

 Com base no Salário Mínimo

Proibido. STJ, 201 proíbe.

8.3. SUCUMBÊNCIA RECÍPROCA

Não sobrevive a súmula 306, STJ.

Art. 85, §14, CPC – veda a compensação.

§ 14. Os honorários constituem direito do advogado e têm natureza alimentar, com


os mesmos privilégios dos créditos oriundos da legislação do trabalho, sendo
VEDADA A COMPENSAÇÃO EM CASO DE SUCUMBÊNCIA PARCIAL.

Assim, se o autor ganhar a parte vai condenar ambas as partes a honorários advocatícios.

Além disso, o artigo 86 CPC dispões que será fixada proporcionalmente.

8.4. SUCUMBÊNCIA MÍNIMA

Art. 86, PU – autoriza, quando uma das partes sucumbir em parte mínima, que o juiz atribua as
despesas e honorários apenas ao adversário.

Parágrafo único. Se um litigante sucumbir em parte mínima do pedido, o outro


responderá, por inteiro, pelas despesas e pelos honorários.

Ex. pedido 10 e ganha 9

Considerando a sucumbência mínima do autor, condeno exclusivamente o requerido ao pagamento


integral das despesas processuais e honorários, que fixo em 10% do valor da condenação.

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Se fizer 5 pedidos, o juiz deu 3 – a sucumbência é recíproca, mas não mínimo. Aqui há uma porção
de 3/5 para 2/5.

8.5. DANO MORAL

Súmula 326, STJ. Essa sumula sobrevive ao novo CPC. Para o STJ como não há uma tabela fixando
os danos morais, a parte pede as escuras.

Conclusão: Fixação em valor inferior ao pedido não gera sucumbência. Na ação de indenização por
danos morais, a condenação em montante inferior ao postulado na inicial não implica sucumbência recíproca.

Súmula 326: Não ação de indenização por dano moral, a condenação em montante
inferior ao postulado na inicial, não implica sucumbência reciproca.

Assim, se pedir e ganhar menos quem pediu é vencedor e não tem que pagar sucumbência por ter
ganhado menos. O STJ entende que o requerimento de qualquer valor é possível, pois não há critério legal para
fixação.

8.6. SUCUMBÊNCIA EM CASOS DE LITISCONSÓRCIO

Art. 87 estabelece que há uma condenação proporcional. Assim, não há um pagamento solidário
entre os litisconsortes. Logo, a condenação é uma para os dois, logo, a rigor, cada um paga metade.

Art, 87, §1º, CPC. No silêncio, sem embargos de declaração, ai sim é solidário. Cada um tem que
pagar tudo.

i) Regra: proporcional
ii) Silêncio: solidário

Art. 87. Concorrendo diversos autores ou diversos réus, os vencidos respondem


proporcionalmente pelas despesas e pelos honorários.
§ 1o A sentença deverá distribuir entre os litisconsortes, de forma expressa, a
responsabilidade proporcional pelo pagamento das verbas previstas no caput.
§ 2o Se a distribuição de que trata o § 1o não for feita, os vencidos responderão
solidariamente pelas despesas e pelos honorários.

8.7. ASSISTÊNCIA

O juiz fixa a sucumbência na medida da participação do assistente.

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Tem assistentes que muito participa, outros muita.

Art. 94. Se o assistido for vencido, o assistente será condenado ao pagamento das
custas em proporção à atividade que houver exercido no processo.

8.8. HONORÁRIOS EM CASO DE PENSIONAMENTO

Regra – 10% a 20% sobre valor da condenação/da causa, etc.

Pensionamento: era da jurisprudência anterior, agora em lei, o % incidira sobre a soma das
PRESTAÇÕES VENCIDAS acrescidas de 12 PRESTAÇÕES VINCENDAS.

§ 9o Na ação de indenização por ato ilícito contra pessoa, o percentual de honorários


incidirá sobre a soma das prestações vencidas acrescida de 12 (doze) prestações
vincendas.

Conclusão: 10% sobre toda a pensão atrasada + 10% sobre uma anuidade.

8.9. GRATUIDADE JUDICIÁRIA E CONDENAÇÃO

Tem que ter condenação. O juiz condena e diz que deve observar o disposto em lei.

§ 3o Vencido o beneficiário, as obrigações decorrentes de sua sucumbência ficarão sob condição


suspensiva de exigibilidade e somente poderão ser executadas se, nos 5 (cinco) anos subsequentes ao trânsito
em julgado da decisão que as certificou, o credor demonstrar que deixou de existir a situação de insuficiência
de recursos que justificou a concessão de gratuidade, extinguindo-se, passado esse prazo, tais obrigações do
beneficiário.

De acordo com o art. 98, CPC, o beneficiário não paga praticamente nada de despesas processuais e
não paga honorários

Tecnicamente não se trata de uma isenção. §3º do art. 98 estabelece que mesmo em caso de beneficio,
a parte poderá vir a ter que pagar a sucumbência se ficar comprovado que nos 5 anos subsequentes ela recuperou
a condição econômica.

Obs. tinham tribunais que não condenação no regime anterior.

“observado o que consta do art. 98, §3º, CPC.”

8.10. LITIGÂNCIA DE MÁ-FÉ

Material gentilmente disponibilizado pelo JORGE e colocado no drive da @conquistando.atoga


Permitido o compartilhamento. Venda proibida.
Após a sucumbência é possível fixar contra o litigante improbo as penas decorrentes da litigância de
má-fé. Previsão nos artigos 77 a 81 CPC.

Se as partes violarem o dever de boa-fé e probidade no palco processual.

Se tiver que aplicar as sanções, nos termos do artigo 81, CPC, as penas são compostas de duas verbas:

i) Multa de 1% a 10% do valor da causa;


ii) Indenização: pode ser fixada no próprio processo.

Art. 81. De ofício ou a requerimento, o juiz condenará o litigante de má-fé a pagar


MULTA, que deverá ser superior a um por cento e inferior a dez por cento do valor
corrigido da causa, a INDENIZAR a parte contrária pelos prejuízos que esta sofreu
e a arcar com os honorários advocatícios e com todas as despesas que efetuou.
§ 1o Quando forem 2 (dois) ou mais os litigantes de má-fé, o juiz condenará cada um
na proporção de seu respectivo interesse na causa ou solidariamente aqueles que se
coligaram para lesar a parte contrária.
§ 2o Quando o valor da causa for irrisório ou inestimável, a multa poderá ser fixada
em até 10 (dez) vezes o valor do salário-mínimo.
§ 3o O VALOR DA INDENIZAÇÃO será fixado pelo juiz ou, caso não seja possível
mensurá-lo, liquidado por arbitramento ou pelo procedimento comum, nos
próprios autos.

Pode mandar apurar em liquidação de sentença.

Prestar atenção no art. 85, §12 – a GRATUIDADE JUDICIÁRIA NA AFASTA DO DEVER DE


PAGAR TAIS VALORES. Esse vai ter que pagar, independente dos 5 anos. Não tem condenação com condição
suspensiva.

§ 12. Os honorários referidos no § 11 são CUMULÁVEIS com MULTAS E


OUTRAS SANÇÕES PROCESSUAIS, inclusive as previstas no art. 77.
§ 13. As verbas de sucumbência arbitradas em embargos à execução rejeitados ou
julgados improcedentes e em fase de cumprimento de sentença serão acrescidas no
valor do débito principal, para todos os efeitos legais.

 Modelos de dispositivos

 INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS – RESPONSABILIDADE CIVIL CONTRATUAL


PARCIALMENTE ACOLHIDA. (VALOR MENOS QUE O PEDIDO.

Material gentilmente disponibilizado pelo JORGE e colocado no drive da @conquistando.atoga


Permitido o compartilhamento. Venda proibida.
Dano moral: honorários independentemente do valor atribuído – sumula 326 STJ.

R.Contratual: JM contam da data da citação ou constituição em mora.

Posto isso, julgo parcialmente procedente o pedido para condenar a requerida a pagar ao autor a
quantia de R$6.200,00 e titulo de danos morais, corrigido monetariamente pela tabela prática do Tribunal de
Justiça desde a presente data (Súmula 362, STJ), acrescida de juros de mora de 1% ao mies desde a citação; e
assim o faço com resolução do mérito, nos termos do art. 487, I, CPC. Nos termos da súmula 326, STJ, condeno
exclusivamente a requerida ao pagamento das despesas processuais e honorários advocatícios, ora fixados em
10% do valor da condenação.

 PEDIDO DE 10.000,00 - INDENIZAÇÃO POR DANOS MATERIAIS PARCIALMENTE


ACOLHIDA. RESPONSABILIDADE CIVIL CONTRATUAL. SUCUMBÊNCIA
RECIPROCA. JUSTIÇA GRATUITA AO AUTOR

Posto isso, julgo parcialmente procedente o pedido para condar a requerida a pegar ao autor a
quantida de R$5.000,00 e titulo de danos materiais, corrigido monetariamente pela tabela do Tribunal de justiça
desde data do inadimplemento da obrigação acrescida de juros de mora de 1% ao mês desde a citação; e assim
o faço com resolução do mérito, nos termos do art. 487, I, CPC. Sucumbentes em igual proporção, cada parte
arcara com emtadade das depesas processuais, cada qual pagando os honorários do advogado do adversário
fixados em 10% do valor da condenação, observando quanto ao autor o que consta do art. 98, §3º, CPC.

 SUCUMBÊNCIA MÍNIMA. PEDIDO DE 6.000 E JUIZ CONDENA EM 5.000.

Posto isso, julgo parcialmente procedente o pedido para condenar a requerida a pagar ao autor a
quantida de R$5.000,00 e titulo de danos materiais, corrigido monetariamente pela tabela do Tribunal de justiça
desde data do inadimplemento da obrigação acrescida de juros de mora de 1% ao mês desde a citação; e assim
o faço com resolução do mérito, nos termos do art. 487, I, CPC. Por ser o autor sucumbente em parte mínima do
pedido, condeno exclusivamente o demandado ao pagamento da totalidade das despesas processuais e
honorários advocatícios, que fixo em 10% sobre o valor da condenação (art.. 86, PU, CPC).

 INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS – RESPONSABILIDADE CIVIL CONTRATUAL


PARCIALMENTE ACOLHIDA. LITIGÂNCIA DE MÁ-FÉ

Dano moral: honorários independentemente do valor atribuído – sumula 326 STJ.

R.Contratual: JM contam da data da citação ou constituição em mora.

Posto isso, julgo parcialmente procedente o pedido para condenar a requerida a pagar ao autor a
quantia de R$6.200,00 e titulo de danos morais, corrigido monetariamente pela tabela prática do Tribunal de
Justiça desde a presente data (Súmula 362, STJ), acrescida de juros de mora de 1% ao mies desde a citação; e
assim o faço com resolução do mérito, nos termos do art. 487, I, CPC. Nos termos da súmula 326, STJ, condeno
exclusivamente a requerida ao pagamento das despesas processuais e honorários advocatícios, ora fixados em
10% do valor da condenação, observando quanto ao autor o que consta do art. 98, §3º, CPC.
Por considerar que o pólo passivo alterou a verdade dos e, assim, violou os deveres de probidade e
boa-fé (art. 77, I e 80, II do CPC), condeno-o ao pagamento de multa por litingância de má-fé, que fixo em 5% do

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Permitido o compartilhamento. Venda proibida.
valor corrigido da causa, sem prejuízo da indenização por perdas e danos em favor do autor (a ser fixada em
liquidação de entença – art. 81, §, CPC), quantia estas não abarcadas pela gratuidade judiciária antes deferida.

8.11. RECONVENÇÃO

Trata-se de uma ação do réu contra o autor. Utiliza-se a mesma base processual para ampliar
objetivamente ou subjetivamente o processo. Artigo 343, CPC – necessidade ter conexão com a ação (pedido ou
causa de pedir da inicial) ou com os fundamentos da defesa do réu.

São duas relações jurídicas:

i) Autor > réu


ii) Autor-reconvindo > requerido-reconvinte.

Art. 343. Na contestação, é lícito ao réu propor reconvenção para manifestar


pretensão própria, conexa com a ação principal ou com o fundamento da defesa.
§ 1o Proposta a reconvenção, o autor será intimado, na pessoa de seu advogado, para
apresentar resposta no prazo de 15 (quinze) dias.
§ 2o A desistência da ação ou a ocorrência de causa extintiva que impeça o exame de
seu mérito não obsta ao prosseguimento do processo quanto à reconvenção.
§ 3o A reconvenção pode ser proposta contra o autor e terceiro.
§ 4o A reconvenção pode ser proposta pelo réu em litisconsórcio com terceiro.
§ 5o Se o autor for substituto processual, o reconvinte deverá afirmar ser titular de
direito em face do substituído, e a reconvenção deverá ser proposta em face do
autor, também na qualidade de substituto processual.
§ 6o O réu pode propor reconvenção independentemente de oferecer contestação.

 Autonomia

Embora seja feita através de um pedido encartado na contestação, formalmente se trata de uma
demanda, mas materialmente são duas.

i) Autonomia formal: não tem mais. É formulada na contestação. Não há mais duas peças como
no regime anterior.
ii) Autonomia material: continua sendo uma ação em apartado. São duas ações.

CONCLUSÃO: a sentença da reconvenção tem DOIS DISPOSITIVOS. Portanto, faz toda vez, dois
dispositivos com duas sucumbências..

FUNDAMENTAÇÃO: Um para ação e outro para a reconvenção.

Material gentilmente disponibilizado pelo JORGE e colocado no drive da @conquistando.atoga


Permitido o compartilhamento. Venda proibida.
DISPOSITIVO: Uma sucumbência para ação e outra para a reconvenção.

Posto isso, julgo...


Ainda, julgo ... a reconvenção

Atenção: quando tiver um processo com uma única relação jurídica, embora vários pedidos, é
apenas uma análise – fundamentação / pedido.

 Pedido Contrapostos

Na confundir reconvenção com o pedido contraposto NÃO TEM ESSA AUTONOMIA dos
juizados especiais, sendo, assim, um dispositivo e uma sucumbência.

Se o autor desistir da ação ambos terminam. O novo CPC quer terminar com a reconvenção.

Apenas um dispositivo. A única que tem dois dispositivo é na reconvenção.

 Ações dúplices

Toda vez que pelo direito material a negativa para autor revela o reconhecimento para o réu sem
pedido. Ex. ação declaratória negativa. não te devo 10 reais. Juiz julga improcedente porque deve o requerido.
Ex. ação de consignação em pagamento. O juiz que reconhece insuficiência do deposito.

Aqui, materialmente, apenas uma ação. Também não há essa autonomia, portanto, apenas assim,
um dispositivo e uma sucumbência.

8.12. PEDIDO DE PAGAMENTO NA DOBRA

A questão do pedido de pagamento na dobra (art. 940 CC e 42 p.u CDC). Se te cobro por divida já
paga, serei obrigado a paga-lo em dobro.

STJ – exige a má-fé dessa cobrança doloso em duplicidade.

O réu pedir contra o autor o pagamento na dobra o STJ diz que não preciso de reconvenção, podendo
ser feito de qualquer modo na própria contestação.

Portanto, na hora da sentença não indeferir o pedido por não ser feito em reconvenção.

 DISPOSITIVOS

Ação procedente / reconvenção procedente.


Material gentilmente disponibilizado pelo JORGE e colocado no drive da @conquistando.atoga
Permitido o compartilhamento. Venda proibida.
Autor foi condenado a pagar 5.000

Réu condenado a pagar 10.000

Posto isso, quanto a ação julgo procedente o pedido para condenar a requerida a pegar ao autor a
quantia de R$10.000,00 e titulo de danos materiais, corrigido monetariamente pela tabela do Tribunal de justiça
desde data do inadimplemento da obrigação acrescida de juros de mora de 1% ao mês desde a citação; e assim
o faço com resolução do mérito, nos termos do art. 487, I, CPC. Condeno o requerido ao pagamento das despesas
processuais e honorários do advogado do adversário fixados em 10% do valor da condenação.
Quanto à reconvenção julgo procedente o pedido do requerido-reconvinte para condenar o autor-
reconvindo ao pagamento da quantia de R$5.000,00 e titulo de danos materiais, corrigido monetariamente pela
tabela do Tribunal de justiça desde data do inadimplemento da obrigação acrescida de juros de mora de 1% ao
mês desde a citação; e assim o faço com resolução do mérito, nos termos do art. 487, I, CPC. Condeno o autor-
reconvindo ao pagamento das despesas processuais e honorários do advogado do adversário fixados em 10%
do valor da condenação.
Fica autoriza a compensação dos valores reciprocamente reconhecidos como devidos.

 PEDIDO CONTRAPOSTOS

Em uma única extinção – julga com mérito.

Posto isso, a) julgo procedente o pedido do autor para condenar a requerida a pegar a quantia de
R$5.000,00 e titulo de danos materiais, corrigido monetariamente pela tabela do Tribunal de justiça desde data
do inadimplemento da obrigação acrescida de juros de mora de 1% ao mês desde a citação; B) julgo
improcedente o pedido contraposto, e assim o faço com resolução do mérito, nos termos do art. 487, I, CPC.
Condeno o requerido ao pagamento das despesas processuais e honorários do advogado do adversário fixados
em 10% do valor da condenação. (se for JEC – não tem sucumbência)

Responsabilidade Civil extracontratual. Juiz condena o réu ao pagamento de R$100.000,00 a título


de danos morais por ofensa a honra. O polo ativo havia pedido R$500.000,00. Requerido é beneficiário da
justiça gratuita.

Com mérito.

Danos morais – CM da fixação.

Resp. Extracontratual – juros de mora do evento.

Requerido beneficiário da justiça gratuita.

Ante o exposto, julgo parcialmente procedente o pedido para condenar o requerido a pagar o autor
a quantia de R$100.000,00 a título de danos morais corrigidos monetariamente pela tabela prática do tribunal
desde a presente data e acrescidos de juros de mora de 1% ao mês desde a data do evento; e assim o faço com
resolução do mérito nos termos do art. 487, I, CPC. Condeno exclusivamente o requerido ao pagamento das
despesas processuais e honorários de advogado do autor, que fixo em 10% do valor da condenação, observado
o art. 98, §3º, CPC.

Material gentilmente disponibilizado pelo JORGE e colocado no drive da @conquistando.atoga


Permitido o compartilhamento. Venda proibida.
PRI. Local e Data
Assinatura do Juiz.

Juiz condena os requeridos A e B, responsáveis pelo assassinato do esposo da autora, ao pagamento


em favor da viúva de danos morais de R$50.000,00, danos materiais de R$30.000,00, lucros cessantes a serem
apurado em liquidação por procedimento comum, bem como ao pensionamento devido (a vítima não tinha
renda, era desempregada). A autora havia pedido R$100,000,00 a título de danos morais e 100.000,00 de danos
materiais. O requerido A é beneficiário da justiça gratuita.

Responsabilidade Extracontratual

Danos morais: JM – do evento / CM da decisão – tabela prática

Danos materiais – JM do evento/ CM do desembolso 1%

Lucros cessantes – em liquidação

Pensionamento – 2/3 do SM e termo inicial do óbito termo final até quando a vítima completaria a
65 anos.

Sucumbência mínima: condenação proporcional dos autores.

Ante o exposto, julgo parcialmente procedente os pedidos para: a) condenar os requeridos a pagar
solidariamente à autora a quantia de R$50.000,00 a título de danos morais, em valores acrescidos de correção
monetária desde a presente data conforme tabela prática do Tribunal e juros de mora de 1% ao mês desde a data
do evento; b) condenar os requeridos a pagar solidariamente à autora a quantia de R$30.000,00 a título de danos
materiais (dano emergente), em valores corrigidos monetariamente do desembolso conforme tabela prática do
Tribunal e acrescidos de juros de mora de 1% desde a data do desembolo; c) condeno os requeridos a pagar
solidariamente à autora lucros cessantes a serem objeto de liquidação por procedimento comum; d) condenar
os requeridos a pagar solidariamente pensão mensal no valor de 2/3 do SM, tendo como termo inicial a data do
óbito e até que a vítima completasse 70 anos de idade, fixada em 2/3 do salário mínimo, em valor corrigidos
monetariamente (tabele prática) e com juros de mora de 1% ao mês desde a data do evento, f) constituir capital
para assegurar o pagamento da pensão na forma do artigo 533, CPC; e assim o faço com resolução do mérito
nos termos do artigo 487, I, CPC. Por considerar que a sucumbência da autora foi mínima, condeno os requeridos
a pagar proporcionalmente as despesas processuais e os honorários do advogado do autor, que fixo em 10% do
valor da condenação, mais 12 pensões, observado quanto ao requerido A o disposto no artigo 98, §3º, CPC.
PRI. Local e data
Assinatura do Juiz.

Juiz julga improcedente o pedido do autor que pede condenação ao réu ao pagamento de
R$100.000,00. Demandado contesta e reconvém, a pedir a rescisão do contrato celebrado com o autor e a
condenação dele em danos materiais no importe de R50.000,00. Juiz julgou procedente a reconvenção e rescindiu
o contrato entre ambos, mas rejeito o pedido de danos materiais.

Material gentilmente disponibilizado pelo JORGE e colocado no drive da @conquistando.atoga


Permitido o compartilhamento. Venda proibida.
Antes o exposto, no tocante à ação, julgo improcedente o pedido, e assim o faço com resolução do
mérito, nos termos do art. 487, I, do CPC. Condeno o autor-reconvindo ao pagamento das despesas processuais
da ação e honorários do requerido-reconvinte, que fixo em 10% do valor atualizado da causa.
Quanto à reconvenção, julgo parcialmente procedente os pedidos, para rescindir o contrato
celebrado entre as partes, negando o pedido de indenização por danos materiais; e assim o faço com resolução
do mérito nos termos do artigo 487, I, CPC. Por reciprocamente sucumbentes, as despesas processuais serão
partilhas a meio, sendo que cada parte pagará ao advogado do adversário honorários em 10% do valor
atualizado da causa (ou do valor do contrato rescindido).

Obs. “para exclusivamente rescindir o contrato celebrado entre as partes”. Como na fundamentação
já falou que desacolheu está embutido ambas. Assim, é possível, mas melhor ser expresso no dispositivo.

9. LITISCONSÓRCIO

Breve revisão sobre o tema – art. 113 a 118 CPC.

Atenção. Aqui é apenas um dispositivo.

 Classificação

A classificação é muito útil para fins didáticos pedagógicos.

Quanto aos sujeitos: Ativo, Passivo ou Misto

Quanto ao momento: Inicial ou Ulterior (raríssimo – precisa de autorização legal – intervenção de


terceiros é um exemplo denunciação à lide ou chamamento ao processo)

Quanto aos efeitos ou incindibilidade da relação jurídica material:

Simples: aquele em que a decisão PODE ser distinta para ambos. Vai ter sentença que um será
condenado e o outro não. No simples é mais complicado, pois é possível ter diferentes condenações.

Unitário: a decisão deve ser idêntica para os litisconsortes. O mesmo motivos que determina a
necessariedade por força da unitariedade do direito material. É muito fácil a sentença nesse – se condena um,
condena todo. Todos têm a mesma sorte.

Quando o Litisconsórcio é unitário? É a incindibilidade da relação jurídica material, o fato de não


ser possível dividir os direitos e obrigações.

Atenção: no caso prático, tendo litisconsórcio, vai ter que julgar. Deve ser corrigido se for necessário.
Se ESTIVER TODAS LÁ, a relação jurídica determina se há ou não necessidade de CONDENAR TODO
MUNDO.

Quanto à obrigatoriedade:
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Permitido o compartilhamento. Venda proibida.
Facultativo - artigo 113 CPC: é o opcional, assim, o autor decide se forma ou não. Formado, como
regra, por razões de economia processual – economia processual,

Necessário – artigo 114 CPC: é aquele cuja a não formação vicia a relação processual – nulo ou
ineficaz. O necessário pode ocorrer por força da lei ou da unitariedade da relação jurídica material. Ex. ação
de direito real imobiliário contra marido e mulher, art. 73, §1º, CPC. Ex. anulação de casamento – ambos tem
que ser parte.

Obs. se não tiver como regularizar o necessário extinguir sem mérito por falta de legitimidade.

Quando necessário por ser um mandamento legal – a lei diz quem serão réus. A exemplo dos
cônjuges que praticarem atos em composse. Isso facilita para a sentença, pois já há certeza da citação de ambos.

Dificuldade maior é definir o litisconsórcio necessário por força da unitariedade do direito material.
Pergunta-se, é possível cindir os efeitos da decisão? Se não for possível, neste caso, o litisconsórcio é obrigatório.
Um exemplo deste último é a ação para anular contrato ou mesmo um casamento. Ambos contratantes devem
fazer parte, pois se analisar o direito material não tem como anular para uma das partes e não anular para outra.

Ainda que o direito material imponha a solidariedade, o litisconsórcio será facultativo. Muitos
candidato, ao olhar o 942 do CC, entendem que a responsabilidade solidaria atrai o litisconsórcio necessário.
Isso é errado. Pode entrar com ação contra um, opção do autor. A solidariedade não reverte em litisconsórcio
necessário, sendo apenas facultativo.

Art. 942. O autor, expondo na petição inicial o fundamento do pedido e juntando


planta do imóvel, requererá a citação daquele em cujo nome estiver registrado o
imóvel usucapiendo, bem como dos confinantes e, por edital, dos réus em lugar
incerto e dos eventuais interessados, observado quanto ao prazo o disposto no inciso
IV do art. 232. (Redação dada pela Lei nº 8.951, de 13.12.1994)

Pode entrar contra um ou todos, sendo facultativo.

E a obrigação principal do processo? Como fica a SOLIDARIEDADE?

Solidariedade depende do direito material. O fato do litisconsórcio ser simples, necessário, ser
facultativo em nada altera. O que determina se tem ou não solidariedade é o direito material e não a lei
processual. Assim, é preciso verificar o caso concreto.

Com efeito, no dispositivo vai julgar procedente para condenar os requeridos a pagarem
solidariamente os autores.

Ex. art. 942, CC. Bens do responsável pela ofensa responde. Se tiver mais de um ofensor todos
respondem solidariamente.
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Permitido o compartilhamento. Venda proibida.
A solidariedade impôs o litisconsórcio?

Não. A solidariedade não impõe a solidariedade, mas facultatividade – comunhão de direitos ou


obrigações.

 Ação de alimentos – art. 1694, CC

Entendimento do STJ. É uma espécie de litisconsórcio necessário se no mesmo grau. Isso significa
dizer que, se o neto entra com ação conra os avós paternos, o juiz precisa regularizar para que no polo passivo
conste os demais avós. Se incluir os tios, também deve incluir os demais. Porque? Porque dentro do mesmo grau
a ação de alimentos tem que ser necessariamente ajuizada contra todos do mesmo grau.

Mas é um LITISCONSÓRCIO NECESSÁRIO SIMPLES por conta do 1698 CC, sendo possível fixar
de forma diferente para as partes.

Art. 1.698. Se o parente, que deve alimentos em primeiro lugar, não estiver em
condições de suportar totalmente o encargo, serão CHAMADOS A CONCORRER
OS DE GRAU IMEDIATO; sendo várias as pessoas obrigadas a prestar alimentos,
todas devem concorrer na proporção dos respectivos recursos, e, intentada ação
contra uma delas, poderão as demais ser chamadas a integrar a lide.

Exemplificando, se a mãe entra com ação de alimentos contra os avós paternos do menino, é
necessário chamar a integrar a lide todos os parentes do mesmo grau. O juiz manda emendar a inicial para
incluir os avós maternos também – mas é simples.

Esse é o entendimento do STJ.

Isso é muito aplicado no caso de alimentos avoengos.

Conclusão: litisconsórcio necessário e simples.

i) Necessário: tem que entrar contra os 04 avos.


ii) Simples: as condenações podem ser diferentes.

 Seguradora e corretora

O estipulante do seguro (corretora) que vendeu o seguro, É CONSIDERADA PARTE ILEGÍTIMA


PARA AÇÃO DE COBRANÇA DO SEGURO CONTRA A SEGURADORA.

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Permitido o compartilhamento. Venda proibida.
i) Recusa da cobertura securitária não há litisconsórcio entre a corretora e a seguradora. É
apenas contra a segurados. Corretora – ilegitimidade
ii) Exceção: culpa pela não cobertura da corretora. A corretora (corretor que vendeu o seguro)
será responsável se a cobertura tiver sido negada por CULPA dela. Ex. o corretor não manda
a documentação dos carros. Não repassa o prêmio.

Ex. Comprou o seguro do corretor, mas este não é parte legitima. Ao entrar com ação contra a
seguradora e contra a corretora que vendeu o seguro, esse INTERMEDIÁRIO É PARTE ILEGÍTIMA, sendo
pacífica a jurisprudência.

Assim, é parte ilegítima. Deve retirar ela do polo passivo.

 Portador do título com endosso mandato

Esse é parte ilegítima para a ação de indenização pela negativação indevida.

Endosso é instituto que transfere o credito e titulo de uma cambial.

i) Endosso translativo: cede o credito ao terceiro


ii) Endosso mandato: passa o credito para terceiro, mas não a titularidade do credito, apenas
poderes para cobrar em nome do alheio. Ex. banco negativa o nome, mas isso é por conta do
endosso mandato. A instituição financeira age em nome do terceiro.

Tem tudo a ver com litisconsórcio. Não cabe litisconsórcio passivo.

i) Ação apenas contra o credor;


ii) Exceção – se o banco tiver culpa ou agir além de seus poderes

9.1. SUCUMBÊNCIA NA PROPORÇÃO ENTRE LITISCONSORTES VENCIDOS

Tem uma particularidade prevista no artigo 87, CPC.

Havendo condenação de vários litisconsortes, a sucumbência não será solidária, mas proporcional.
Cada um responde na proporção de sua atuação.

E se a sentença for omissa? Ai fala-se em solidariedade.

Art. 87. Concorrendo diversos autores ou diversos réus, os vencidos respondem


proporcionalmente pelas despesas e pelos honorários.
§ 1o A sentença deverá distribuir entre os litisconsortes, de forma expressa, a
responsabilidade proporcional pelo pagamento das verbas previstas no caput.
Material gentilmente disponibilizado pelo JORGE e colocado no drive da @conquistando.atoga
Permitido o compartilhamento. Venda proibida.
§ 2o Se a distribuição de que trata o § 1o não for feita, os vencidos responderão
solidariamente pelas despesas e pelos honorários.

LEMBRANDO – a CONDENAÇÃO É ÚNICA, APENAS UM DISPOSITIVO. Vai dividir apenas a


sucumbência.

9.2. INTERVENÇÃO DE TERCEIROS E LITISCONSÓRCIO

Aas regras do litisconsórcio são aplicadas em dois casos de intervenção de terceiros. Em ambos, na
verdade, são casos claros de litisconsórcio

i) Chamamento ao processo: traz ao processo os coobrigados solidários. É um típico caso de


litisconsórcio ao processo ulterior.
ii) Desconsideração da personalidade jurídica: se fizer por ação, a propositura já é contra
ambos. Então, a PJ que deve, mas o sócio por agir com abuso de poder, o juiz condena ambos.
Para a PJ pagar e o sócio pagar junto.

Isso acarreta, assim, há litisconsórcio passivo.

Faz apenas um dispositivo. O fato de ser litisconsórcio ulterior não altera o regramento.

9.3. DISPOSITIVO

E se for condenar apenas um dos litisconsórcios? Vai fazer uma única parte dispositivo, na medida
em que é apenas uma única parte dispositiva. É apenas uma relação jurídica. isso so vale quando o litisconsórcio
for simples.

Aqui é apenas 01 relação jurídica, ainda que sejam diversos litisconsórcios.

Como fazer? Articulado – um único dispositivo com sucumbências diversas.

Litisconsórcio simples - Ação procedente contra um e improcedente contra o outro

A – perdeu para o autor. Responsabilidade Civil contratual. Porque paga apenas metade das
despesas processuais? Porque a outra metade quem vai pagar é o autor que perdeu a parte contra B.

B – vai sair isento e sem sucumbência.

Ante o exposto: a) julgo procedente o pedido para condenar o requerido “A” a pagar o ao polo ativo
a quantia de R$20.000,00, corrigida monetariamente desde o inadimplemento e acrescida de juros de mora de
1% ao mês desde a citação, além de ½ das despesas processuais e honorários do advogado da parte adversa, ora
fixado em 10% sobre o valor da condenação; e b) julgo improcedente o pedido quanto ao requerido “B”,
condenando o polo ativo ao pagamento de ½ das despesas processuais e honorários do advogado da parte
Material gentilmente disponibilizado pelo JORGE e colocado no drive da @conquistando.atoga
Permitido o compartilhamento. Venda proibida.
adversa, que ora fixo em 10% sobre o valor atualizado da causa; e assim o faço com resolução do mérito, nos
termos do art. 487, I, CPC.

Litisconsórcio no chamamento ao processo.

Réu B chamou ao processo outros. Todos perderam.

Posto isso, julgo procedente o pedido para condenar os requeridos, inclusive os chamados, a pagar
solidariamente a quantia de 20.000,00 em favor do autor, corrigidos monetariamente desde o inadimplemento
e acrescidos de juros de mora de 1% ao mês desde a citação, e assim o faço com resolução do mérito nos termos
do art. 487, I, CPC. Condeno os requeridos, ainda, ao pagamento proporcional das despesas processuais e
honorários advocatícios, que fixo em 10% sobre o valor da condenação.

Fica assegurada, em caso de pagamento por qualquer dos requeridos, o direito de reembolso nestes
mesmos autos, na forma do art. 132 do CPC.

10. DENUNCIAÇÃO DA LIDE

Artigos 125-129, CPC. É muito comum cair em prática de sentença.

Nada mais é que o uso da mesma base processual para, através dela, inclui uma nova relação de
direito material e discutir direito de regresso. Vai ter que julgar duas demandas, em regra. São duas relações
jurídicas. Nada mais é que o uso do mesmo processo para lançar a ação regressiva contra o corresponsável.
demanda contra terceiro no mesmo processo com a FINALIDADE DE GARANTIR DIREITO DE REGRESSO.

Um processo que discute duas relações jurídicas processuais.

Ação principal A x B

Denunciação B x C

Esse terceiro só vai ser responsável se o denunciante for condenado.

 Denunciação a lida pelo autor:

Comprador do imóvel – tem um invasor:

i) Ação - Entra com ação de reintegração de posse contra o invasor


ii) Denunciação à lide - Entra contra o vendedor no mesmo processo.

Vendedor-Denunciado se tornar litisconsorte do autor na ação.

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Permitido o compartilhamento. Venda proibida.
Vendedor vai se tornar litisconsorte? Sim, pois o vendedor litisconsorte do comprador na ação, pois
se o comprador conseguir tirar o invasor do imóvel não vai ter direito de regresso, assim a denunciação vai ser
extinta, conforme art. 128 CPC.

Se o vendedor conseguir ajudar o comprador, o comprador continua com o imóvel e o vendedor não
terá que pagar indenização ao comprador.

Conclusão

i) Primeiro: julga a ação. A depender do resultado


ii) Segundo: se necessário julga.

 Denunciação pelo réu:

Vítima do atropelamento entra com ação contra o atropelador.

i) Ação – indenização, da vitima contra o atropelador.


ii) Ação de regresso – contra a seguradora, assim denuncia à lide.

Porque a ação é jugada primeiro? Porque a seguradora tem interesse que a vítima ganhe – vira
litisconsorte passiva da vítima. A seguradora tem interesse que seu segurado ganhe a ação.

 São duas relações jurídicas processuais > dois dispositivos

Logo, são duas fundamentações e dois dispositivos.

Lembrando as hipóteses:

i) Evicção
ii) Direito de regresso por lei ou por contrato. Exemplos estão no
a. art. 934 – por força da lei, sendo o
b. contrato de seguro uma hipótese derivada do contrato

 Qual julga primeiro?

Sempre o julgamento primitivo é da ação. A depender do resultado vai julgar a denunciação. O resultado
da ação define se haverá ou não o julgamento da denunciação. Assim, se não tiver o regresso vai julgar extinto
sem julgamento do mérito.

 Sucumbência
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DENUNCIANTE VENCEDOR – DENUNCIAÇÃO EXTINTA sem mérito: nos casos de
denunciação extinta sem mérito, ou seja, quando o denunciante for vencedor, e não há direito de regresso, com
base no artigo 485, VI, CPC. o motivo é a falta de interesse processual. Trata-se de carência superveniente.

Art. 129, PU, CPC. quanto a sucumbência, o denunciante paga as despesas e verbas de
sucumbência em favor do denunciado.

NCPC – todas as DL são facultativas., art. 125, §1º, CPC. Assim, não sendo mais obrigatória. O NCPC
revogou o art. 456 CC/02. Na pratica, significa que

DENUNCIANTE VENCIDO – assim, o que requereu a DL foi vencido. Julgamento da denunciação


vai ser necessária, isso para ver se tem ou não o direito de regresso. Pode, portanto, julgar procedente ou
improcedente. Art. 129, CPC.

Sucumbência na denunciação que o Denunciante for vencido

E a sucumbência nesse caso? A sucumbência somente será devida da DL se tiver resistência do


denunciado. Somente vai ser devida se teve resistência do denunciado. No direito de regresso:

i) Segurado perde a denunciação: ex. seguro não cobria aquela hipótese.


ii) Seguradora perde
a. Houve resistência na denunciação: seguradora vai pagar a sucumbência.
b. Não houve: a sucumbência vai ser do segurado, mesmo com seu êxito

Ex. não está nos limites da apólice. Ex. Se a seguradora na DL disser que realmente é segurado e
aceitar o regresso, ai não haverá sucumbência.

Se condenar a seguradora que resistir do direito de regresso – vai condenar a segurador.

Conclusão

i) Procedente em favor do denunciante: extinção sem mérito da DL, o denunciante paga custas
e sucumbência.
ii) Denunciante saiu vencido – vai analisar a ação regressiva. Se o denunciado resistiu ao
regresso, vai ter que pagar sucumbência para o denunciante. Se acatou o regresso – não vai
ter sucumbência

 Condenação direta do denunciado – art. 128, CPC e STJ, 537

Doutrina entende que somente se aplica ao 125, II, CPC – direito de regresso.

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Artigo 128, §único CPC. Abre a possibilidade da condenação ser feita diretamente contra o
denunciado, nos limites da condenação na ação regressiva.

Parágrafo único. Procedente o pedido da ação principal, pode o autor, se for o caso,
requerer o cumprimento da sentença também contra o denunciado, nos limites da
condenação deste na ação regressiva.

i) Regra do regresso: A rigor o juiz deveria condenar a o denunciante e depois o denunciado


em regresso.
ii) Súmula 537 – fala o seguro
iii) Art. 128, PU. Ampliou. Estabelece que a condenação poderá ser contra ambos, também, ser
imposta contra aquele que tem o dever de indenizar em regresso.

Dispositivo da ação: aplica o comando para o réu e para o denunciado (ele é parte, litisconsórcio
ulterior)

Execução: vitima vai executar não precisa ir apenas contra o que executou.

 Seguro

Atenção: hoje tem vários autores entendendo que o seguro não deveria ser hipótese de DL, mas de
chamamento ao processo. Nesse sentido, Humberto Theodoro Junior. Assim, traz a seguradora como
chamamento ao processo. Mas não se trata de entendimento dominante na jurisprudência.

Quando tem seguro, a seguradora nem sempre cobre todos os danos. Logo, é importante ressalvar
que vai ser condenado nos limites da apólice. Sempre ficar ligado ao percentual de cobertura.

E se cair na prova? tem um bom parâmetro para admitir, com fulcro na doutrina. Mas na
fundamentação é preciso caprichar. Vai pela instrumentalidade das formas, plenitude, similitude. Muda, pois,
passa a ser apenas um dispositivo.

É possível o ajuizamento apenas conra a segurador? Jurisprudência pacifica entende que não. Não
pode entrar apenas contra a segurador. A vitima não tem relação com ela.

A vitima, ou seja, o autor já pode entrar diretamente contra a SEGURADORA E O SEGURADO –


exigência que seja conjunto. Nesse sentido, sumula 537 STJ.

LIMITES DA APÓLICE: cuidado, na garantia advinda do contrato é possível que o regresso seja
limitado.

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 Funcionário Público e Denunciação da Lide – art. 37 §6o CF

Cabe ação regressiva contra o funcionário público no caso de culpa dele. Conforme jurisprudência
majoritária não é possível a denunciação da lide para o funcionário em virtude da introdução de um evento
novo que depende da constatação de culpa do servidor, algo que não há na ação principal por conta da
responsabilidade objetiva do Estado. Trata-se da tese da dupla garantia.

i) RC Estado – objetiva.
ii) RC Servidor – culpa.

STJ - Estado não pode denunciar a lide ao servidor publico. A culpa do servidor público pode ser
aferida em outro processo.

Conclusão: não admitir a denunciação a lide contra o funcionário.

 Garantia própria e imprópria

Art. 125, II, CPC. quando a lei ou o contrato determinarem o direito de regresso. Quando o Código
diz que a lei determinar o direito de regressa autoriza que a parte denuncie a lide, a doutrina criou duas figuras:

II - àquele que estiver obrigado, por lei ou pelo contrato, a indenizar, em ação
regressiva, o prejuízo de quem for vencido no processo.

Garantia legal própria: aquela em que o regresso deriva expressamente e especificamente da


disposição legal. Ex. art. 934, CPC – diz quando cabe ação de regresso. Nessas são os casos de DL. Para maioria
da doutrina aqui cabe DL. Ex. lei de direitos autorais o editor responder com direito de regresso contra o autor.

Garantia legal imprópria: é uma genérica, ou seja, que todo mundo tem, a exemplo do artigo 186
CC, não cuida de situação específica, mas de uma situação aberta. Ex. estou dirigindo e bati no seu carro, mas
foi por ter um terceiro me fechado. Então a vítima do acidente entra com ação contra o autor, sendo que este
autor DL para o que o fechou. Doutrina dominante e jurisprudência diz que não pode.

O artigo 125, II, CPP – fala apenas a lei. Não fala qual tipo de garantia, assim, tem sido feito essa
interpretação restritiva – apenas quando o artigo é específico para o regresso.

Ex. bati no seu carro por ele ter me fechado. O STJ entende que a denunciação da lide daquele que
fechou, é trazer um fundamento novo para a demanda, inadmissível. Ou seja, o fundamento é a fechada e não
um dispositivo específico, sendo o fundamento legal o art. 186 que não é específico.

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 Denunciação a lide nas relações de consumo – art. 88 CDC

Art. 88, CDC. Peremptório a negar a DL no fato do produto – acidente de consumo.

STJ entende que não admite DL em nenhuma hipótese, seja fato do produto ou serviço ou vício do
produto ou serviço. O Regime jurídico está no artigo 13 e 88 do CDC. Apesar de não vedar para todas hipóteses,
o STJ entende que não cabe.

Conclusão: indeferir a DL com base no entendimento do STJ – ampliar o processo, proteção do


consumidor, atrapalhar a relação do consumidor.

E o chamamento ao processo?

Nos casos de SEGURO DE RESPONSABILIDADE, o CDC transforma a denunciação da lide em


CHAMAMENTO AO PROCESSO ART. 101, II, CDC. O que isso significa? Assim, pode trazer a seguradora
para ser parte no processo, pois trazer no chamamento ao processo haverá a condenação em conjunto
aumentando a possibilidade de ressarcimento.

Obs. PODE, por instrumentalidade do processo, receber o pedido como chamamento ao processo.

 Indeferimento indevido ou deferimento errado e nulidade

O STJ entende que não há nulidade do processo nos casos de denunciação indeferida
indevidamente ou mal deferida.

10.1. DISPOSITIVOS

AÇÃO E DENUNCIAÇÃO DA LIDE PROCEDENTES (pretensão resistida pelo denunciado)


(responsabilidade civil extracontratual) (dano material)

Posto isso (ante o exposto) JULGO PROCEDENTE (acolho) o pedido da AÇÃO para condenar o
réu ao pagamento de R$ 20.000,00 em favor do autor, corrigidos monetariamente e com juros de mora de 1% ao
mês desde a data do evento, e assim o faço com resolução do mérito, nos termos do art. 487, I, do Código de
Processo Civil. Condeno o requerido, ainda, ao pagamento das despesas processuais e honorários advocatícios,
que fixo em 10% sobre o valor da condenação

Ainda, JULGO PROCEDENTE (acolho) o pedido da DENUNCIAÇÃO DA LIDE (da lide


secundária) para condenar o denunciado ao pagamento de R$ 20.000,00 em favor do denunciante, corrigidos
monetariamente e com juros de mora de 1% ao mês desde a data do evento, e assim o faço com resolução do
mérito, nos termos do art. 487, I, do Código de Processo Civil. Condeno o denunciado, ainda, ao pagamento das
despesas processuais e honorários advocatícios da denunciação, que fixo em 10% sobre o valor da condenação.
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Permitido o compartilhamento. Venda proibida.
ou (para casos de seguro - art. 125, II, CPC)

Posto isso (ante o exposto) JULGO PROCEDENTE (acolho) o pedido da ação para condenar o réu
ao pagamento de R$ 20.000,00 em favor do autor, corrigidos monetariamente e com juros de mora de 1% ao mês
desde a data do evento, e assim o faço com resolução do mérito, nos termos do art. 487, I, do Código de Processo
Civil. Condeno o requerido, ainda, ao pagamento das despesas processuais e honorários advocatícios, que fixo
em 10% sobre o valor da condenação

Ainda JULGO PROCEDENTE (acolho) o pedido da denunciação da lide (da lide secundária) para
condenar denunciado ao pagamento do valor estipulado no seguro, nos limites da apólice, em valores corrigidos
monetariamente e com juros de mora de 1% ao mês desde a data do evento e assim o faço com resolução do
mérito, nos termos do art. 487, I, do Código de Processo Civil. Condeno o denunciado, ainda, ao pagamento das
despesas processuais e honorários advocatícios da denunciação, que fixo em 10% sobre o valor da condenação.

Ou ainda para casos de seguro, mas com condenação solidária do segurado/seguradora – súmula
537 do STJ (IGUAL LITISCONSÓRCIO PASSIVO)

Posto isso (ante o exposto) JULGO PROCEDENTE (acolho) o pedido da ação e da denunciação para
condenar o segurado e seguradora ao pagamento de R$ 20.000,00 em favor do autor, corrigidos monetariamente
e com juros de mora de 1% ao mês desde a data do evento, e assim o faço com resolução do mérito, nos termos
do art. 487, I, do Código de Processo Civil. Condeno o segurado ao pagamento das despesas processuais e
honorários advocatícios da ação, que fixo em 10% sobre o valor da condenação. E a seguradora a pagar as
despesas processuais e os honorários advocatícios da denunciação, que também fixo em 10% sobre o valor da
condenação.

Ou assim (mais complexa). Faz a condenação no segundo, pois se o segurado pagar, ele já tem a o
direito de regresso concedido.

Posto isso (ante o exposto) JULGO PROCEDENTE (acolho) o pedido da ação e da denunciação para
condenar o segurado e seguradora ao pagamento de R$ 20.000,00 em favor do autor, corrigidos monetariamente
e com juros de mora de 1% ao mês desde a data do evento, e assim o faço com resolução do mérito, nos termos
do art. 487, I, do Código de Processo Civil. Condeno o segurado/denunciante ao pagamento das despesas
processuais e honorários advocatícios da ação, que fixo em 10% sobre o valor da condenação.

E ainda JULGO PROCEDENTE (acolho) o pedido da denunciação, condenando a


seguradora/denunciado, caso o pagamento da demanda principal seja feito pelo segurado/denunciante, a
indeniza-lo regressivamente pelo valor adimplido, observados os limites da apólice; e assim o faço com
resolução do mérito da denunciação, nos termos do art. 487, I, do CPC. Condeno, ainda, a seguradora a pagar
as despesas processuais e os honorários advocatícios da denunciação, que também fixo em 10% sobre o valor da
condenação.

ou para casos de evicção (art. 125, I, do CPC)


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Posto isso (ante o exposto) JULGO PROCEDENTE (acolho) o pedido da ação para condenar o réu
a devolver ao autor o veículo descrito na inicial no prazo de 15 (quinze) dias, sob pena de busca e apreensão, e
assim o faço com resolução do mérito, nos termos do art. 487, I, do Código de Processo Civil. Condeno o
requerido, ainda, ao pagamento das despesas processuais e honorários advocatícios, que fixo em 10% sobre o
valor da condenação

Ainda JULGO PROCEDENTE (acolho) o pedido da denunciação da lide (da lide secundária) para
condenar o denunciado ao pagamento de R$ 20.000,00 em favor do denunciante (a devolver os valores pagos pela
aquisição do veículo narrado na inicial) (a responder pela evicção), corrigidos monetariamente e com juros de mora de
1% ao mês desde a data do evento, e assim o faço com resolução do mérito, nos termos do art. 487, I, do Código
de Processo Civil. Condeno o denunciado, ainda, ao pagamento das despesas processuais e honorários
advocatícios da denunciação, que fixo em 10% sobre o valor da condenação.

AÇÃO E DENUNCIAÇÃO DA LIDE PROCEDENTES

(pretensão não resistida pelo denunciado)

Posto isso (ante o exposto): a) JULGO PROCEDENTE (acolho) o pedido da ação para condenar o
réu ao pagamento de R$ 20.000,00 em favor do autor, corrigidos monetariamente e com juros de mora de 1% ao
mês desde a data do evento, e assim o faço com resolução do mérito, nos termos do art. 487, I, do Código de
Processo Civil. Condeno o requerido, ainda, ao pagamento das despesas processuais e honorários advocatícios,
que fixo em 10% sobre o valor da condenação;

E ainda JULGO PROCEDENTE (acolho) o pedido da denunciação da lide (da lide secundária) para
condenar o denunciado ao pagamento de R$ 20.000,00 em favor do denunciante, corrigidos monetariamente e
com juros de mora de 1% ao mês desde a data do evento, e assim o faço com resolução do mérito, nos termos
do art. 487, I, do Código de Processo Civil. Não há sucumbência na denunciação, pois não houve pretensão
resistida pelo denunciado.

AÇÃO PROCEDENTE E DENUNCIAÇÃO DA LIDE IMPROCEDENTE

(casos em que não se reconhece o direito de regresso)

Posto isso (ante o exposto) JULGO PROCEDENTE (acolho) o pedido da ação para condenar o réu
ao pagamento de R$ 20.000,00 em favor do autor, corrigidos monetariamente e com juros de mora de 1% ao mês
desde a data do evento, e assim o faço com resolução do mérito, nos termos do art. 487, I, do Código de Processo
Civil. Condeno o requerido/denunciante, ainda, ao pagamento das despesas processuais e honorários
advocatícios, que fixo em 10% sobre o valor da condenação.

E ainda JULGO IMPROCEDENTE (rejeito) o pedido da denunciação da lide (da lide secundária), e
assim o faço com resolução do mérito, nos termos do art. 487, I, do Código de Processo Civil. Condeno o
Material gentilmente disponibilizado pelo JORGE e colocado no drive da @conquistando.atoga
Permitido o compartilhamento. Venda proibida.
denunciante ao pagamento das despesas processuais e honorários advocatícios da denunciação, que fixo em
10% sobre o valor da denunciação.

AÇÃO IMPROCEDENTE E DENUNCIAÇÃO DA LIDE PREJUDICADA

Posto isso (ante o exposto) JULGO IMPROCEDENTE (rejeito) o pedido da ação, e assim o faço com
resolução do mérito, nos termos do art. 487, I, do Código de Processo Civil. Condeno o autor ao pagamento das
despesas processuais e honorários advocatícios, que fixo em 10% sobre o valor atualizado da causa.

E ainda JULGO EXTINTA a denunciação da lide (a lide secundária), e assim o faço sem resolução
do mérito, nos termos do art. 485, VI, do Código de Processo Civil. Condeno o denunciante ao pagamento das
despesas processuais e honorários advocatícios da denunciação, que fixo em 10% sobre o valor atualizado da
causa (art. 129, parágrafo, CPC).

11. INCIDENTE DE DESCONSIDERAÇÃO DA PERSONALIDADE JURÍDICA

Novidade no CPC. Art. 133, ss, NCPC. Disciplinou para todos os casos de desconsideração. Aquele
que terá sua personalidade desconsiderada vai ter o direito de defesa. Qual o móvel do CPC? já que vai
desconsiderar, vai trazer o sócio em contraditório para participar. Se o sócio é réu, neste caso, chamando a PJ,
consiste na desconsideração inversa.

i) DIREITA: ação contra a empresa – desconsidera para pegar bem do sócio;


ii) Inversa: ação com pessoa física – desconsidera a personalidade da PJ para buscar bens desta.

 Métodos – como fazer a desconsideração na sentença?

Incidente – art. 134, CPC: a qualquer tempo, via e grau. cumprimento de sentença, recurso, etc. Não
há uma sentença, neste caso, por ser uma decisão interlocutória que apesar de ter sucumbência, o julgamento é
separada e o recurso é o agravo.

Ação – art. 134, §2º, CPC: propõe contra ambos, PJ e sócio. Trata-se de uma cumulação de pedidos.
Aqui é um dispositivo apreciando dois pedidos, tudo no mesmo dispositivo. Também vai citar ambos.

i) Pedido 01: contra devedor é pague


ii) Pedido 02: desconsidere e pague.

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Porque apenas um dispositivo? Por ser um LITISCONSÓRCIO. Não são duas relações jurídicas, pois,
na verdade, pede para condenar ambos.

 Fundamentação

Para fundamentar é preciso dominar os artigos – art. 50, CC, 28 CDC, dispositivos que tem os
requisitos legais, seja pela teoria maior ou menor.

 Dispositivo

(responsabilidade civil contratual) (acolhimento)

Posto isso (ante o exposto) JULGO PROCEDENTE (Acolho) o pedido para: a) desconsiderar a
personalidade jurídica da empresa FF Nascimento para os fins desta demanda, responsabilizando o sócio Fred
Ferreira Nascimento pelos atos por ela praticados; e b) condenar os requeridos, solidariamente, a pagar à autora
a quantia de R$ 50.000,00, em valores corrigidos monetariamente desde o inadimplemento e acrescidos de juros
de mora de 1% ao mês desde a citação e assim o faço com resolução do mérito, nos termos do art. 487, I, do
Código de Processo Civil. Condeno os requeridos, proporcionalmente, ao pagamento das despesas processuais
e honorários advocatícios, que fixo em 10% sobre o valor da condenação.

(responsabilidade civil contratual) (desacolhimento)

Posto isso (ante o exposto): a) JULGO IMPROCEDENTE o pedido de desconsideração da


personalidade jurídica da empresa FF Nascimento, afastando a responsabilidade pelos fatos do sócio Fred
Ferreira Nascimento; e b) JULGO PROCEDENTE o pedido contra a empresa para condena-la a pagar à autora
a quantia de R$ 50.000,00, em valores corrigidos monetariamente desde o inadimplemento e acrescidos de juros
de mora de 1% ao mês desde a citação e assim o faço com resolução do mérito, nos termos do art. 487, I, do
Código de Processo Civil. O autor e a requerida FF Nascimento partilharão as despesas a meio. A autora pagará
10% do valor atualizado da causa, a título de honorários, em favor do advogado de Fred Nascimento; e a
requerida FF Nascimento pagará honorário de 10% do valor da condenação ao advogado do autor.

Ou

Posto isso (ante o exposto): a) JULGO IMPROCEDENTE o pedido de desconsideração da


personalidade jurídica da empresa FF Nascimento, afastando a responsabilidade pelos fatos do sócio Fred
Ferreira Nascimento, e condenando a autora ao pagamento de 1⁄2 das despesas processuais e honorários do
advogado de Fred, que fixo em 10% do valor atualizado da causa; e b) JULGO PROCEDENTE o pedido contra
a empresa para condena-la a pagar à autora a quantia de R$ 50.000,00, em valores corrigidos monetariamente
desde o inadimplemento e acrescidos de juros de mora de 1% ao mês desde a citação, condenando a empresa

Material gentilmente disponibilizado pelo JORGE e colocado no drive da @conquistando.atoga


Permitido o compartilhamento. Venda proibida.
vencida, ainda, ao pagamento de 1⁄2 da despesas e honorários do advogado do autor, em 10% do valor da
condenação; e assim o faço com resolução do mérito, nos termos do art. 487, I, do Código de Processo Civil.

12. ASSISTÊNCIA

Forma de intervenção de terceiros feita por inserção na mesma relação jurídica processual, através
da qual havendo uma demanda entre duas partes, COMPARECE AO PROCESSO UM TERCEIRO que
dizendo ter INTERESSE JURÍDICO NA ATUAÇÃO A FAVOR/CONTRA UMA DAS PARTES. Ex. A entra
com ação de despejo contra B, C é sublocatário.

Interesse jurídico: isso pode ser perguntado na prática. O STJ tem entendido que o interesse jurídico
que habilita o ingresso do assistente no processo só ocorre quando o interessado tiver sua esfera jurídica
alcançada/atingida, ainda que reflexamente, pelos efeitos da decisão entre as partes originárias, não se
confundido este com o interesse moral, coorporativo ou meramente econômico. Ex. OAB não pode entrar em
ação contra o advogado que tenha sido processado no exercício da função.

 Possibilidade de a União ingressa sem interesse jurídico

Nas ações da ADM Indireta a União pode ingressar apenas com interesse econômico. Artigo 5o lei
9469/1997. Muitos autores sustentam a inconstitucionalidade desse dispositivo, bem como o próximo, podendo
rejeitar o envio para a Justiça Federal. Isso foi criado para tirar processo da justiça estadual e incluir na federal,
a exemplo do BB e Petrobrás.

 Pessoas Jurídicas de Interesse Público

Podem entrar em qualquer processo, basta ter interesse econômico, independe de interesse jurídico.
Artigo 5o, PU da lei 9469/1997

Atenção: nesses casos o processo passa para a Justiça Federal.

 Reflexos na sentença

Relatório: há de TOMAR A DECISÃO DO INGRESSOS DO ASSISTENTE NO RELATÓRIO,


dizendo os motivos que deixou esse comparecer ao processo.

Material gentilmente disponibilizado pelo JORGE e colocado no drive da @conquistando.atoga


Permitido o compartilhamento. Venda proibida.
O assistente NÃO É CONDENADO NA OBRIGAÇÃO PRINCIPAL, pois NÃO É PARTE. Há
dúvida quanto ao litisconsorcial, uma vez que tem doutrina entendendo que ele é parte da relação jurídica
processual. Mas mesmo, neste caso, é melhor não condena-lo.

E a sucumbência? O assistente é condenado na sucumbência, EM PROPORÇÃO A ATIVIDADE


que houver exercido no processo.

Art. 94. Se o assistido for vencido, o assistente será condenado ao pagamento das
custas em proporção à atividade que houver exercido no processo.

A fixação da sucumbência do assistente é feita de acordo com a sua atuação. Depende, portanto, do
momento que ingressou no processo. De acordo com o CPC o assistente pode ingressar no processo em qualquer
momento, assim a fixação da sucumbência é feita conforme sua atuação. Ex. 60 % a a parte a 40 %.

Atenção: Cautelar de antecipação de prova sem a seguradora – produção antecipada de provas, na


hora de julgar a ação principal a prova não vale contra a seguradora, isto porque não teve o contraditório. Pode
julgar improcedente contra ela.

13. CHAMAMENTO AO PROCESSO

Trata-se de intervenção de terceiro em que permite-se a integração, dentro da mesma relação jurídico
processual, os COOBRIGADOS. Típico caso de litisconsórcio facultativo e ulterior. Ingresso de coobrigados
após o inicio do processo. TODOS SERÃO CONDENADOS, portanto. As hipóteses não são obrigatórias, pois
é possível ação de regresso.

Execução de quem pagar pode ser feita nos mesmos autos.

A CONDENAÇÃO É SOLIDÁRIA e, se o fiador pagar vai ter direito a cobrar nos mesmos autos.

Regra 01: Não cabe chamamento, conforme entendimento pacificado do STJ, dos demais entes
federados nas AÇÕES DE MEDICAMENTOS. Apesar de ser solidária ela não dá direito de regresso. Assim, o
magistrado pode indeferir.

14. OPOSIÇÃO - AULA ANTIGO CPC.

Neste caso são duas espécies.

Oposição autônoma: conforme artigo 60 CPC, posterior a audiência de julgamento, são DUAS
AÇÕES E DOIS PROCESSOS SEPARADOS. Assim, duas sentenças diversas.

Material gentilmente disponibilizado pelo JORGE e colocado no drive da @conquistando.atoga


Permitido o compartilhamento. Venda proibida.
Oposição interventiva: conforme artigo 59 CPC, aquela que entra antes da audiência de instrução e
julgamento da ação, um processo com duas ações. Resulta em uma sentença, uma instrução, apesar de DOIS
DISPOSITIVOS E DUAS SUCUMBÊNCIAS. Sempre lembrando que na oposição interventiva, a OPOSIÇÃO
É DECIDIDA PRIMEIRO. Só essa cai na prova.

1.1. Sucumbência na oposição interventiva

Tem, neste caso, a ação e a oposição apensadas, logo deve-se saber como ficará a sucumbência.
Sempre julga primeiro a oposição.

OPOSIÇAO PROCEDENTE: se ‘C’ vence oposição; ‘A’ E ‘B’ SÃO CONDENADOR NA


SUCUMBÊNCIA DA OPOSIÇÃO POIS AMBOS SÃO RÉUS. A AÇÃO, todavia, será EXTINTA SEM
MÉRITO COM A CONDENAÇÃO DE ‘B’ EM SUCUMBÊNCIA, pois este deu causa ao ajuizamento da ação

Posto isto, julgo procedente o pedido da oposição para (declarar o direito do opoente sobre o bem
narrado na inicial e condenar o requerido B a entregar ao opoente o veículo descrito na inicial, e assim o faço
com resolução do mérito, nos termos do artigo 269, I, do CPC. Condeno os opostos ao pagamento proporcional
das despesas processuais e honorários advocatícios, ora fixados em 10% do valor atualizado da causa.

Ainda Julgo extinta a ação, e assim o faço sem resolução do mérito nos termos do artigo 267 VI, o
CPC. Condeno o requerido “B” ao pagamento das despesas processuais e honorários advocatícios, ora fixados
em 10% do valor atualizado da causa.

Concedo o prazo de 15 dias para a entrega voluntária do veículo pelo condenado. Após, não
cumprida a determinação, expeça-se mandado de busca a apreensão do bem.

OPOSIÇAO IMPROCEDENTE: ‘C’ perde a oposição; ‘C’ VAI PAGAR SUCUMBÊNCIA NA


OPOSIÇÃO. A ação, por sua vez, vai ser julgada, sendo que o perdedor vai pagar a sucumbência da ação.

Posto isso julgo improcedente o pedido da oposição, e assim o faço com resolução do mérito, nos
termos do artigo 269, I do CPC. Condeno o opoente ao pagamento das despesas e honorários advocatícios, que
fixo em 10% do valor atualizado da oposição.

Já quanto à ação julgo procedente o pedido e condeno o requerido ‘B’ a entregar ao autor da ação o
veículo descrito na inicial, e assim o faço com resolução do mérito, nos termos do artigo 269, I, do CPC. Condeno
o requerido ‘B’ ao pagamento das despesas processuais e honorários advocatícios, ora fixados em 10 % do valor
atualizado da causa.

Concedo o prazo de 15 dias para a entrega voluntária do veículo pelo condenado. Após, não
cumprida a determinação, expeça-se mandado de busca a apreensão do bem.

Material gentilmente disponibilizado pelo JORGE e colocado no drive da @conquistando.atoga


Permitido o compartilhamento. Venda proibida.
15. MODELOS

15.1. NOVO CPC

 Denunciação à lide

Pretensão resistida pela denunciado

O denunciado perdeu a DL – vai ter que pagar em regresso.

Ante o exposto, julgo procedente o pedido da ação para condenar o requerido a pagar o autor a
quantia de R$100.000,00 a título de danos materiais corrigidos monetariamente pela tabela prática do tribunal
desde data do negócio e acrescidos de juros de mora de 1% ao mês desde a data do evento; e assim o faço com
resolução do mérito nos termos do art. 487, I, CPC. Condeno o requerido ao pagamento das despesas processuais
e honorários de advogado do autor, que fixo em 10% do valor da condenação.
Ainda, julgo procedente o pedido da denunciação da lide para condenar o denunciado a pagar ao
denunciante a quantia de R$100.000,00 corrigidos monetariamente pela tabela prática do tribunal desde a data
do desembolso e acrescidos de juros de mora de 1% ao mês desde a data do evento; e assim o faço com resolução
do mérito nos termos do art. 487, I, CPC. Condeno o denunciado, ainda, ao pagamento das despesas processuais
e honorários de advogado do autor, que fixo em 10% do valor da condenação.

Seguro – nos limites da apólice

Ante o exposto, julgo procedente o pedido da ação para condenar o requerido a pagar o autor a
quantia de R$100.000,00 a título de danos materiais corrigidos monetariamente pela tabela prática do tribunal
desde data do negócio e acrescidos de juros de mora de 1% ao mês desde a data do evento; e assim o faço com
resolução do mérito nos termos do art. 487, I, CPC. Condeno o requerido ao pagamento das despesas processuais
e honorários de advogado do autor, que fixo em 10% do valor da condenação.
Ainda, julgo procedente o pedido da denunciação da lide para condenar o denunciado a pagar ao
denunciante o valor estipulado no seguro, nos limites da apólice, em valor corrigidos monetariamente e com
juros de mora de 1% ao mês desde a data do evento; e assim o faço com resolução do mérito nos termos do art.
487, I, CPC. Condeno o denunciado, ainda, ao pagamento das despesas processuais e honorários de advogado
do autor, que fixo em 10% do valor da condenação.

Casos de seguro, mas com condenação solidária do segurado-segurado – súmula 537.

Faz igual litisconsórcio passivo. Porém, fazer a sucumbência da denunciação.

Teve ação e a denunciação e o juiz condenou ambos. Como são duas ações, o juiz tem que condenar
as duas sucumbências.

Obs. o Professor não faria, em prova, desse forma.

Material gentilmente disponibilizado pelo JORGE e colocado no drive da @conquistando.atoga


Permitido o compartilhamento. Venda proibida.
Ante o exposto, julgo procedente o pedido da ação e da denunciação para condenar o segurado e a
seguradora solidariamente a pagar o autor a quantia de R$100.000,00 a título de danos materiais corrigidos
monetariamente pela tabela prática do tribunal desde data do negócio e acrescidos de juros de mora de 1% ao
mês desde a data do evento; e assim o faço com resolução do mérito nos termos do art. 487, I, CPC. Condeno o
segurado ao pagamento das despesas processuais e honorários de advogado do autor, que fixo em 10% do valor
da condenação. E a seguradora a pagar as despesas processuais e os honorários advocatícios da denunciação,
que também fixo em 10% sobre o valor da condenação.

Evicção – art. 125, I, CPC

Professor: prefere sempre colocar o valor no julgamento da DL conforme modelo.

Alternativa 01: “condenar o denunciado a devolver os valores pagos pela aquisição do veículo
narrado na inicial”

Alternativa 02: “condenar o denunciado a responder pela evicção”

Ante o exposto, julgo procedente o pedido da ação para condenar o requerido a pagar o autor a
quantia de R$100.000,00 a título de danos materiais corrigidos monetariamente pela tabela prática do tribunal
desde data do negócio e acrescidos de juros de mora de 1% ao mês desde a data do evento; e assim o faço com
resolução do mérito nos termos do art. 487, I, CPC. Condeno o requerido ao pagamento das despesas processuais
e honorários de advogado do autor, que fixo em 10% do valor da condenação.
Ainda, julgo procedente o pedido da denunciação da lide para condenar o denunciado a pagar ao
denunciante a quantia de R$100.000,00 corrigidos monetariamente pela tabela prática do tribunal desde a data
do desembolso e acrescidos de juros de mora de 1% ao mês desde a data do evento; e assim o faço com resolução
do mérito nos termos do art. 487, I, CPC. Não há sucumubência na denunciação, pois não houve pretensão
risisstida pelo denunciado.

Ação procedente e denunciação improcedente

Ante o exposto, julgo procedente o pedido da ação para condenar o requerido a pagar o autor a
quantia de R$100.000,00 a título de danos materiais corrigidos monetariamente pela tabela prática do tribunal
desde data do negócio e acrescidos de juros de mora de 1% ao mês desde a data do evento; e assim o faço com
resolução do mérito nos termos do art. 487, I, CPC. Condeno o requerido ao pagamento das despesas processuais
e honorários de advogado do autor, que fixo em 10% do valor da condenação.
Ainda, julgo improcedente o pedido da denunciação da lide e assim o faço com resolução do mérito
nos termos do art. 487, I, CPC. Condeno o denunciante, ainda, ao pagamento das despesas processuais e
honorários de advogado do denunciado, que fixo em 10% do valor da condenação.

Ação improcedente e denunciação à lide prejudicada

O denunciante ganha a ação


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A DL vai ser extinta sem mérito.

Ante o exposto, julgo improcedente o pedido da ação e assim o faço com resolução do mérito nos
termos do art. 487, I, CPC. Condeno o autor ao pagamento das despesas processuais e honorários de advogado
do autor, que fixo em 10% do valor da condenação.
Ainda, julgo extinta a denunciação da lide, e assim o faço sem resolução do mérito nos termos do
art. 485, VI, CPC. Condeno o denunciante ao pagamento das despesas processuais e honorários de advogado da
deunciação, que fixo em 10% do valor atualizado da causa (art. 129, PU, CPC).

Denunciação da lide sem pretensão resistida

Não tem sucumbência na DL.

Ante o exposto, julgo procedente o pedido da ação para condenar o requerido a devolver ao autor o
veículo descrito na inicial no prazo de 15 (quinze) dias, sob pena de busca e apreensão; e assim o faço com
resolução do mérito nos termos do art. 487, I, CPC. Condeno o requerido ao pagamento das despesas processuais
e honorários de advogado do autor, que fixo em 10% do valor da condenação.
Ainda, julgo procedente o pedido da denunciação da lide para condenar o denunciado a pagar ao
denunciante o valor de R$100.000,00 a título de danos materiais corrigidos monetariamente pela tabela prática
do tribunal desde data do negócio e acrescidos de juros de mora de 1% ao mês desde a data do evento; e assim
o faço com resolução do mérito nos termos do art. 487, I, CPC. Condeno o denunciado, ainda, ao pagamento
das despesas processuais e honorários de advogado do autor, que fixo em 10% do valor da condenação.

 Desconsideração da PJ

Aqui há um verdadeiro litisconsórcio. Dispositivo articulado. Primeiro desconsidera a PJ para dizer


que o sócio vai responder.

Responsabilidade contratual.

Ante o exposto, julgo procedente o pedido para: a) desconsiderar a personalidade jurídica da


empresa FF Nascimento para os fins desta demanda, responsabilizando o sócio Ferreira Nascimento pelos atos
por ela praticado; e b) condenar os requeridos, solidariamente, a pagar o autor a quantia de R$100.000,00 a título
de danos materiais corrigidos monetariamente desde o inadimplemento pela tabela prática do tribunal e
acrescidos de juros de mora de 1% ao mês desde a data da citação; e assim o faço com resolução do mérito nos
termos do art. 487, I, CPC. Condeno os requeridos proporcionalmente ao pagamento das despesas processuais
e honorários de advogado do autor, que fixo em 10% do valor da condenação.

 Responsabilidade civil contratual – não desconsidera

Se não ficou comprovado o abuso de personalidade.

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Assim, a decisão diferente.

Tem sucumbência.

Ferreira Nascimento ganhou. Ganha honorários sobre o valor da causa.

Autor ganhou contra a empresa.

Ante o exposto: a) julgo improcedente o pedido de desconsideração a personalidade jurídica da


empresa FF Nascimento afastando a responsabilidade do sócio Ferreira Nascimento; b) julgo procedente o
pedido contra a empresa para condena-la a pagar o autor a quantia de R$100.000,00 a título de danos materiais
corrigidos monetariamente desde o inadimplemento pela tabela prática do tribunal e acrescidos de juros de
mora de 1% ao mês desde a data da citação; e assim o faço com resolução do mérito nos termos do art. 487, I,
CPC. O autor e a requerida FF nascimento partilharão as despesas a meio. A autora pagará 1-% do valor
atualizado da causa a titulo de honorários, em favor do advogado de Ferreira Nascimneto; e a requerida FF
Nascimneto pagará honorários de 10% do valor da condenação ao advogado do autor.

15.2. ANTIGO MATERIAL DE AULA – ACPC

 Denunciação

Ação e denunciação procedentes

Posto isso, JULGO PROCEDENTE o pedido da ação para condenar o réu ao pagamento de (...) e
assim o faço. Condeno o requerido (...).

Já quanto a denunciação (ou lide secundária), JULGO PROCEDENTE o pedido para condenar o
denunciado ao pagamento de 20.000,00, em favor do denunciante, corrigidos monetariamente e com juros de
mora (...), e assim o faço com julgamento do mérito na forma do (...). Condeno o denunciado, ainda, ao
pagamento da custas, despesas processuais e honorários advocatícios da denunciação, que fixo em 10% sobre o
valor da condenação.

Casos de seguro – art. 70 III CPC – verificar se é seguro total ou com limite

Já quanto a denunciação (ou lide secundária), JULGO PROCEDENTE o pedido para condenar o
denunciado ao pagamento do valor estipulado no seguro, nos limites da apólice, em favor do denunciante,
corrigidos monetariamente e com juros de mora (...), e assim o faço com julgamento do mérito na forma do (...).
Condeno o denunciado, ainda, ao pagamento da custas, despesas processuais e honorários advocatícios da
denunciação, que fixo em 10% sobre o valor da condenação.

Caso de evicção

Ante o exposto, JULGO PROCEDENTE o pedido do autor para (...)

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Já quanto a denunciação (ou lide secundária), JULGO PROCEDENTE o pedido para condenar o
denunciado ao pagamento de R$20.000,00 (ou o valor de veiculo), em favor do denunciante, corrigidos
monetariamente e com juros de mora (...), e assim o faço com julgamento do mérito na forma do (...). Condeno
o denunciado, ainda, ao pagamento da custas, despesas processuais e honorários advocatícios da denunciação,
que fixo em 10% sobre o valor da condenação.

Ação e denunciação procedentes (sem lide resistida pelo denunciado)

Posto isso, JULGO PROCEDENTE o pedido da ação para condenar o réu ao pagamento de (...) e
assim o faço (...). Condeno o requerido ao pagamento de custas e honorários (...).

Já quanto a denunciação (ou lide secundária), JULGO PROCEDENTE o pedido para condenar o
denunciado ao pagamento de 20.000,00, em favor do denunciante, corrigidos monetariamente e com juros de
mora de 1% ao mes desde a data do evento, e assim o faço com resolução do mérito nos termos do artigo 269, I,
CPC. Não há sucumbência na denunciação, pois não houve pretensão resistida pelo denunciado.

Ação procedente e denunciação da lide improcedente (não tem direito de regresso)

Posto isso, JULGO PROCEDENTE o pedido da ação para condenar o réu ao pagamento de (...) e
assim o faço (...). Condeno o requerido ao pagamento de custas e honorários (...).

Já quanto a denunciação (ou lide secundária), JULGO IMPROCEDENTE o pedido, e assim o faço
nos termos do artigo 269 I CPC. Condeno o denunciante ao pagamento das despesas processuais e honorários
advocatícios da denunciação, que fixo em 10% sobre o valor da condenação.

Ação improcedente e denunciação da lide prejudicada (não tem direito de regresso – se for
facultativa tem sucumbência)

Posto isso, JULGO IMPROCEDENTE o pedido da ação, e assim o faço com julgamento (...). Condeno
o autor ao pagamento de (...).

Já quanto a denunciação (ou lide secundária), JULGO-A EXTINTA, e assim o faço sem resolução do
mérito nos termos do artigo 267, VI, CPC. Condeno o denunciante ao pagamento de despesas e honorário que
fixo em 10%.

Ação improcedente e denunciação da lide prejudicada (não tem direito de regresso – se for
obrigatória tem sucumbência)

Posto isso, JULGO IMPROCEDENTE o pedido da ação, e assim o faço com julgamento (...). Condeno
o autor ao pagamento de despesas (...).

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Já quanto a denunciação (ou lide secundária), JULGO-A EXTINTA, e assim o faço sem resolução do
mérito nos termos do artigo 267, VI, CPC. Não há sucumbência, pois em se tratando de denunciação obrigatória
o polo ativo não deu voluntariamente causa à propositura denunciação.

 Assistência

Posto Isso, JULGO PROCEDENTE o pedido condenando a requerida a pagar o autor a quantia de
___ corrigidas monetariamente desde o inadimplemento e acrescidos de juros de mora 1% ao mês desde
a citação, e assim o faço com resolução (...). Condeno o requerido ao pagamento de 75% das custas,
despesas e honorários advocatícios, ora fixados em 10% do valor a condenação. Os outros 25% serão
carreados ao assistente, na forma do artigo 32 CPC.

 Chamamento

Ante o exposto, julgo procedente o pedido, condenando os requeridos, inclusive os chamados a


pagar solidariamente o polo passivo (...) Condeno os requeridos, ainda, ao pagamento proporcional (art. 23
CPC) das despesas processuais e honorários advocatícios que fixo em 10% do valor da causa.

Fica assegurado, em caso de pagamento por qualquer dos requeridos, o direito de reembolso nestes
mesmos autos, na forma do artigo 80 CPC.

16. EXERCÍCIOS

Em virtude de acidente de trânsito, juiz condena o demandado A a pagar R$20.000,00 a título de


danos morais por força e rejeita o pedido quanto ao réu B. Autor pede R$100.000,00. Juiz rejeita a reconvenção
do réu A e acolhe do réu B determinando que o autor pague 10.000,00 ao réu reconvinte B pelo mesmo acidente
(danos morais). Todos são beneficiários da gratuidade.

Acidente de trânsito – R.C.Extracontratual.

Dano moral – CM do arbitramente e JM do evento.

Ação – 2 réus. Litisconsórcio. Apenas um dispositivo com sucumbência para cada um. Simples pro
ter julgamento diverso. Dispositivo articulado.

Autor: pagar 50% das despesas. Valor da causa porque não tem. Se tivesse colocado 1000 reais, pode
colocar do beneficio econômico pretendido.

Requerido A. paga metade das despesas por ter perdido para o B.


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Reconvenção 01 – réu A. um dispositivo.

Reconvenção 02 – réu B. um dispositivo.

Ante o exposto: a) julgo improcedente o pedido quanto ao requerido B, condenando o autor ao


pagamento de 50% das despesas processuais da ação, e honorários do advogado do adversário vencedor em
10% do valor da causa (ou do beneficio econômico pretendido), observador o que consta do artigo 98, §3º, CPC;
b) julgo parcialmente procedente o pedido contra o requerido A, condenando-o a pagar ao autor a quantia de
20.000,00, a título de dano moral, corrigida monetariamente (tabela do tribunal) a partir da presente data, e com
juros de mora de 1% desde a data do evento, além de pagar 50% das despesas da ação, e honorários do advogado
do autor fixados em 10% do valor atualizado da causa; e assim o faço com resolução do mérito com fundamento
no art. 487, I, CPC, observador o que consta do artigo 98, §3º, CPC.
Já no tocante à reconvenção do requerido A, julgo improcedente o pedido e assim o faço com
resolução do mérito nos termos do artigo 487, I, CPC. Condeno o requerido/reconvinte A ao pagamento das
despesas e honorários do advogado do requerido/reconvinte, que fixo em 10% do valor atualizado da causa,
observador o que consta do artigo 98, §3º, CPC.
Finalmente, em relação à reconvenção do requerido/reconvinte B, julgo procedente o pedido,
condenando o autor reconvindo a pagar-lhe 10.000,00 de danos morais corrigidos monetariamente (tabela
prática) desde a presente data, e com juros de mora de 1% ao mês desde a data do evento. Condeno o
autor/reconvindo ao pagamento das despesas da reconvenção e honorários do advogado do adversário, que
fixo em 10% do valor da condenação, observado o que consta do art. 98, §3º, CPC.
PRI. Local e data
Assinatura do juiz

Juiz condena o réu ao pagamento de R$10.000,00 a título de danos materiais (acidente de trânsito).
O pólo ativo havia pedido 50.000,00. Acolhe, também, a denunciaçnao à lide do requerido contra a seguradora,
cuja apólice cobre danos materiais de até 8.000,00. A seguradora não resistiu à DL, tendo, simplesmente
encampado a defesa do requerido e reclamado pela observância dos limites da apólice. O autor é beneficiário
da

São dois dispositivos. Ação e DL.

Pediu 50.000,00. Ganhou 10.000.

Ante o exposto, julgo parcialmente procedente o pedido do autor para condenar o requerido ao
pagamento de 10.000,00 a titulo de dano material, em favor do autor, valores corrigidos monetariamente pela
tabela prática tribunal desde a data do evento e com juros de mora de 1% ao mês, ambos desde a data do evento;
e assim o faço com resolução do mérito, nos termos do art. 487, I, do CPC. Por sucumbente em maior parte (80%),
o autor pagará despesas neste percentual, sendo o restante carreado ao requerido. Quanto aos honorários, as
partes pagarão ao advogado do adversário 10%, sendo que o autor incidente sobre a parcela do pedido que
vencido (40.000,00), e o requerido sobre a condenação. Observe-se quanto ao autor, o disposto no art. 8, §3º,
CPC.
No tocante à denunciação à lide, julgo procedente o pedido para condenar a seguradora nos limites
da apólice (8.000,00), a indenizar o denunciante (ou pagar diretamente o segurado se utilizar entendimento do
STJ), regressivamente, e assim o faço com resolução do mérito, nos termos do art. 487, I, CPC. Sem resistência
na lide regressiva, deixo de fixar sucumbência.
PRI. Local e Data
Assinatura do Juiz

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Permitido o compartilhamento. Venda proibida.
17. OBRIGAÇÃO DE FAZER E NÃO FAZER

 Tutelas específicas e resultado equivalente – art. 497 e 537 CPC

São 02 grandes tipos de tutela no BR.

Tutela reparatória ou ressarcitória: é o valor em pecúnia, perdas e danos ou valores que eram objeto
– dar dinheiro.

Tutela específica: busca o adimplemento perfeito da obrigação, assim, o bem da vida seja entregue,
a forma da obrigação.

Por isso, no sistema tem o tratamento das obrigações de fazer e não fazer, bem como o cumprimento.

A tutela específica é a primeira opção, mas caso não seja possível o juiz poderá buscar a obtenção do
resultado prático equivalente. Ex. colocar filtros para não derramar detritos no rio. Assim, se não seja prestado
manda fechar a fabrica.

Art. 497, CPC. Juiz sempre busca a tutela especifica. Depois o resultado pratico equivalente. Por fim,
resta a conversão em perdas e danos.

Fundamentação – como fica isso na fundamentação?

Explicar todo esse caminho buscado.

 Fixar prazo para cumprimento

O juiz tem que fixar o prazo para cumprimento da obrigação, seja em horas, dias ou meses, até anos
a depender do caso concreto.

Ex. concessionária – religue a energia elétrica em 48 horas.

Pode ser de imediato, a exemplo de não fazer barulho.

 Destinatário

É o devedor.

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 Multa e periodicidade

Principal mecanismo para compelir o devedor a cumprir a obrigação. É a astreinte.

O segredo é saber fixar a multa.

Diária, mensal ou única? NÃO HÁ UMA LIMITAÇÃO LEGAL, sendo uma atribuição do juiz.
Geralmente é fixada multa diária.

A regra é conceder primeiramente um tempo razoável para o cumprimento da obrigação. Assim, a


multa é um meio de execução indireta, sua natureza é coercitiva não indenizatória.

Qual o prazo razoável? Bom senso para que delimitar o tempo. Pode ser em horas, dias, etc. Ex.
religue a energia em 72 horas sob pena de incidir multa de 100 reais por hora. Art. 537, §1º, CPC.

 Fixação de ofício

Sim, é possível. Art. 537, CPC

 Cálculo do valor da multa

A doutrina diz que deve se valer da regra da PROPORCIONALIDADE. Deve-se perquirir um valor
que coaja o devedor para que faça aquilo que está sendo objeto da sentença, ao cumprimento da obrigação. São
dois critério para arbitrar.

Critério 01: importância do bem para o autor. Ex. saúde é importante, deve buscar compelir de forma
incisiva.

Critério 02: capacidade econômica do devedor.

Caráter coercitivo aqui é analisado.

É bom fundamentar, explicar para o examinador os critérios: colocar na sentença que tais
fundamentos e explicitar. Uma fundamentação adequadas é de suma importância.

 Tempo de incidência da multa

Não há uma regra, algo correto. O art. 537 CPC não estabeleceu.

i) Periodicidade – ex. por mês;


ii) Valor – ex. 3.000,00
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iii) Termo final – alguns juízes fixam esse termo final, porque passado um lapso ela perde o
caráter coercitivo. Findo o prazo o processo retorna ao juiz para altera o modo.

NÃO HÁ UM LIMITE LEGAL de incidência da multa. O STJ entende que a multa deve incidir até
o momento em que for possível CONSTATAR QUE O DEVEDOR NÃO CUMPRIRÁ A OBRIGAÇÃO a
despeito dela. Nestes casos a obrigação converte-se em perdas e danos.

Obs. o juiz já fixa na sentença o tempo de incidência da multa. Determino que faça no prazo de 30
dias, não o fazendo a incidira a multa pelo prazo de 60 dias.

“condeno a concessionária a religar a energia elétrica do autor em 72 horas, sob pena de a partir de
então incidir multa diária de 200 reais que perdurará por 100 dias.”

Além de evitar um enriquecimento sem causa do credor, a partir de tal tempo ela perde o caráter
coercitivo e será possível tomar outas providências.

Alguns autores criticam esse termo final, pois o devedor acaba fazendo contas para saber se
compensa ou não pagar a multa.

 Impossibilidade de redução da multa vencida

No regime anterior entendia-se que o juiz podia, ao julgar, verificando que a multa aplicada na
liminar ficou excessiva, reduzir o valor com efeito ex nunc. Modificar o valor e a periodicidade da multa
vincenda.

NCPC – Art. 537, §1º. Atualmente, a regra do artigo é no sentido dessa alteração ser feita apenas
para frente, ex tunc.

Obs. STJ tem costume de reduzir, mas o candidato deve cumprir na prova.

 Exclusão da multa – art. 537, §1º, CPC

No mesmo sentido, art. 537, §1º, CPC. é possível tirar a multa para frente, não a que já incidiu.

Quando?

Inciso I - Se o obrigado demonstrar cumprimento parcial da obrigação.

Inciso II - Se o obrigado demonstrar justa causa para o descumprimento.

Neste caso, para o professor é possível excluir até mesmo a vencida. Art. 537, §1º, I, CPC.

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 Execução da multa

Polêmica:

Art. 537, §3º, CPC: a execução da astreinte é imediata. O que não pode é levanta-lo, pois este fica
dependendo do trânsito em julgado da sentença que confirma a obrigação.

Art. 12 LACP: em ação civil pública diz que a execução só poderá ser feita após o trânsito em julgado
da sentença que

 Demais sanções

A multa não afasta outras o dever de indenizar demais prejuízos de natureza diversa.

Ex. Perdas e danos da conversão a tutela específica.

Ex. Litigância de má-fé

 Outas medidas

Art. 536, §1º, CPC. Se a multa for frustrada, é possível outras medidas indutivas ou coercitiva para
buscar a tutela específica. Ex. determinar que seja impedido de participar de licitações.

Intimação do devedor na pessoa do advogado

Caráter excepcional vai ser pessoal.

Caiu a súmula 410, STJ.

17.1. CABIMENTO DA MULTA CONTRA O PODER PÚBLICO

Pacífico que o Poder Público pode ser compelido a fazer ou não fazer sob pena de multa. Ex. entregar
o medicamento sob pena de multa diária de 100 reais.

17.2. DISPOSITIVOS

Atenção: se tiver tutela antecipada confirma a anterior.

Verbo do dispositivo.

Prazo para cumprimento


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Periodicidade da multa

Valor da multa

Bem da vida

Com mérito.

Sucumbência recíproca. Honorários sobre o valor da anuidade.

Posto isso (ante o exposto), JULGO PARCIALMENTE PROCEDENTE o pedido para, confirmando
a antecipação de tutela já́ deferida, condenar a requerida a fornecer à autora no prazo de 30 (trinta) dias, até o
final de seu tratamento, sob pena de multa diária de R$ 200,00 (duzentos reais) por dia de descumprimento da
obrigação, de uma caixa mensal (30 unidades) do medicamento Spiriva ou seu equivalente genérico, e assim o
faço com resolução do mérito, nos termos do art. 487, I, do Código de Processo Civil. Condeno a requerida, por
sucumbente em maior parte, ao pagamento de 75% das despesas processuais. Cada arte acará com os honorários
do advogado adverso que fixo 10% sobre o valor anula do medicamento deferido para o do autor, e 10% do
valor do medicamento anula negado para o procurador do requerido, observando quanto ao demandante o
disposto no art. 98, § 3o, do CPC.

Restabelecimento de energia elétrica.

TOI – um termo de infração (ex. gato).

Valor atualizado da causa. É uma sentença sem cunho econômico.

Tutela antecipada na sentença.

Posto isso (ante o exposto), JULGO PROCEDENTE (acolho) o pedido para o fim de determinar o
restabelecimento do fornecimento de energia elétrica na unidade consumidora da autora, independentemente
do pagamento de qualquer valor derivado ou relacionado ao TOI de fls., e assim o faço com resolução do mérito,
nos termos do art. 487, I, do Código de Processo Civil. Condeno a requerida ao pagamento das despesas
processuais e honorários advocatícios, que fixo em 10% sobre o valor atualizado da causa.
Com fundamento no art. 300, do Código de Processo Civil, concedo a tutela antecipada em prol da
autora, e assim o faço para determinar que seja imediatamente restabelecido o fornecimento na forma do
dispositivo. Intime-se a requerida via advogado constituído (art. 513, § 2o, do CPC) para cumprimento da ordem
em 72 horas, sob pena de multa de R$ 10.000,00 (dez mil reais).

Art. 87, CPC. sucumbência mínima.

Art. 85, §8, CPC. honorários fixados equitativamente.

Mecanismo para cumprir. Oficiar a DEPOL, PM e Prefeitura para fiscalizar.

Posto isso (ante o exposto), JULGO PARCIALMENTE PROCEDENTE (acolho parcialmente) o


pedido para, confirmando a liminar dantes deferida, proibir o requerido de funcionar seu bar/bilhar antes das
08:00hs e após as 22:00hs (inclusive nos fins de semana), sob pena de multa de R$ 200,00 (duzentos reais) por
evento comprovado por BO com indicação de testemunhas, e assim o faço com resolução de mérito, nos termos
do art. 487, I do CPC. Condeno o requerido, por sucumbente quase que na integralidade, ao pagamento das
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despesas processuais e honorários advocatício, que nos termos do art. 85, § 8o, do CPC, arbitro em R$ 1.000,00
(mil reais).
Oficie-se à DELPOL, PM e Prefeitura locais para que fiscalizem o cumprimento da presente decisão,
inclusive lavrando BO em caso de constatação de funcionamento do estabelecimento requerido fora dos limites
horários aqui impostos.

18. OBRIGAÇÃO DE ENTREGAR

Art. 538 CPC trata do tema. O §3º dispõe que aplica as disposições de cumprimento de fazer e não
fazer.

 Não tem tutela pelo equivalente

Nas obrigações de fazer e não fazer tem a tutela do equivalente.

Já nas obrigações de dar não há tutela do equivalente, na medida em que apenas interessa ao credor.

Conclusão:

i) Tutela específica
ou
ii) Perdas e danos

 Prazo para cumprimento

Aqui o juiz fixa um prazo para a entrega.

 Medias executivas por excelência

Medida executiva: A primeira medida executiva é a BUSCA E APREENSÃO de for bem MÓVEL
ou IMISSÃO NA POSSE se for bem IMÓVEL.

 Multa

Se eventualmente não for possível as medias acima, ai resta possível a multa.

MULTA somente após a não localização do bem móvel.

Mas é possível outras medias.

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No mais segue CPC do artigo de entrega, pois aplica-se a regra das obrigações de fazer e não fazer.

18.1. SÚMULA 372, STJ -

Não mais persiste – conforme art. 400, PU, CPC,

Para a súmula a entrega de documento não era possível entrega sob pena de multa, do réu, pois
havia uma presunção de ser verdadeiro os fatos do documento.

Atualmente, portanto, é possível impor multa em casos que não seja possível saber o que tem no
documento.

18.2. DISPOSITIVO

Condenar a entrega.

Fixar prazo.

Honorários. Base de cálculo sendo o veículo corresponde a vantagem econômica da demanda.

Intimação por intermédio do advogado.

Mandado de busca e apreensão se não for entregue.

Posto isso (ante o exposto), JULGO PROCEDENTE o pedido para condenar a requerida a entregar à
autora, no prazo de 30 (trinta) dias, o veículo objeto do contrato de fls., e assim o faço com resolução do mérito,
nos termos do art. 487, I, do Código de Processo Civil. Condeno a requerida ao pagamento das despesas
processuais e honorários advocatícios, que fixo em 10% sobre o valor do veículo (vantagem econômica com a
demanda)
Intime-se o requerido via advogado constituído (art. 513, §2o, do CPC) para o cumprimento da
obrigação. Decorrido o prazo fixado sem a entrega voluntária do veículo, expeça-se mandado de busca e
apreensão e, anda sendo encontrado, venham-me conclusos os autos para fixação de multa (art. 587 do CPC).

19. OBRIGAÇÃO DE DECLARAR VONTADE

Art. 501. Última espécie de obrigação de fazer.

Exemplo clássico de tutela pelo equivalente, se trata de obrigação de fazer com um regime próprio.
Para cumprir tais obrigações não é preciso mecanismo de coerção. O juiz pode suprir por ato dele.

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Ex. pessoas celebram contratos preliminares. Tais tem caráter vinculante. Uma vez cumprida a
condição futura (pagamento do preço, por exemplo), há declaração futura. Um imóvel vai exigir a declaração
do vendedor no cartório de notas.

Sentença: produz todos efeitos da declaração não emitida. Declara suprida a vontade omitida.

Honorários. Geralmente essas ações não tem valor, a usar o art. 85, §8º, CPC.

Posto isso JULGO PROCEDENTE o pedido para suprir a declaração de vontade do requerido,
servindo a presente sentença, ao seu trânsito em julgado, para que o polo ativo lavre a escritura pública de
compra e venda do imóvel compromissado (art. 501 do CPC), e assim o faço com resolução de mérito, nos termos
do art. 487, I do Código de Processo Civil. Condeno o requerido ao pagamento integral das despesas processuais
e honorários advocatícios, que nos termos do art. 85, § 8o, daquele mesmo codex, fixo em R$ 1.000,00 (mil reais).
Transitada em julgado, expeça-se ofício a ser encaminhado ao cartório de nota pelo interessado, com
cópia integral desta sentença.

20. EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO

1 – Juiz acolhe pedido do autor para condenar o plano de saúde a: a) indenizar o requerido por
danos morais no valor de R$ 300.000,00; b) fornecer ao polo ativo, até final da vida, fraldas geriátricas (60 ao
mês). O autor tinha pedido R$ 500.000,00 a título de danos morais. Partes não beneficiárias da justiça gratuita.

Um dispositivo. Articulado por serem dois pedidos.

Relação contratual. O autor é filiado ao plano de saúde.

Parcialmente – acolheu em menor quantia o dano moral.

Honorários. Apesar de sucumbente no dano moral, há a súmula 326 STJ. condenação menor não tem
sucumbência.

Obrigação de entrega. Tem o comando de intimação do devedor. E se a pessoa não tiver advogado,
for assistido pela DP, o que faz? Intima pessoalmente, assim vai adaptar.

Posto isso (ante o exposto), ACOLHO PARCIALMENTE (JULGO PARCIALMENTE


PROCEDENTES) os pedidos para: a) condenar o requerido a pagar ao autor a quantia de R$ 300.000,00 de
indenização por danos morais, corrigidos monetariamente (tabela prática do TJ) desde a presente data, e com
juros de mora de 1% ao mês desde a data da citação; e b) condenar o requerido a fornecer ao autor, mensalmente,
de forma vitalícia, 60 fraldas geriátricas (receita de fls) (tamanho M) (marca tal), o que fará no prazo de 10 dias,
sob pena de, a partir de então, incidir multa diária de R$ 200,00; e assim o faço com resolução do mérito, nos
termos do art. 487, I, do CPC. Diante do que consta da súmula 326 do STJ, condeno exclusivamente o requerido
ao pagamento das despesas e honorários, que fixo em 10% do valor da condenação.
Concedo tutela antecipada, na forma do art. 300 do CPC, para que seja imediatamente cumprida a
sentença, intimando-se o polo passivo para tanto, na pessoa do advogado constituído (art. 513. § 2º, CPC).
(pessoalmente, considerando que não tem advogado constituído)
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2 – O juiz acolhe o pedido para declarar a aquisição pelos autores de um imóvel dos requeridos A e
B (que se recusaram a passar a escritura), bem como os condena a pagar os danos materiais relativos à perda
da chance de vender o bem adquirido pelo valor de R$ 150.000,00, exatamente por conta da omissão na outorga
da escritura.

Litisconsórcio passivo – pagamento proporcional da sucumbência.

Ação de declarar vontade.

Dano material – perda da chance.

CM – desde data da escritura, pois nesta encontra-se o direito.

JM – desde a citação. RC contratual.

Escritura pública para lavrar a escritura de compra e venda.

Posto isso, JULGO PROCEDENTE o pedido para: a) suprir a vontade dos requeridos A e B e, para
os fins do art. 501 do CPC, declarar que houve a venda do imóvel indicado às fls. X; b) condenar os requeridos
a pagar ao autor a quantia de R$ 150.000,00 a título de danos materiais, em valores corrigidos monetariamente
pela tabela prática do TJ, desde a data em que a escritura deveria ter sido passada (XX/XX/XX), e com juros
legais de mora de 1% ao mês desde a citação; e assim o faço com resolução do mérito, nos termos do art. 487, I,
do CPC. Condeno os requeridos ao pagamento proporcional das despesas processuais e honorários do
advogado do autor, que fixo em 10% do valor da condenação.
Transitada em julgado, oficie-se com cópia desta sentença ao Cartório de Notas a fim de que seja
lavrada a competente escritura de compra e venda do imóvel, servindo o advogado do polo ativo como
portador.
PRIC. Local e data.
Assinatura do juiz

21. PROCEDIMENTOS ESPECIAIS

21.1. AÇÃO POSSESSÓRIA

Um tipo de tutela especial que tem como causa de pedir a posse e o pedido. Unicas que tem essas
características, posse por ser possuidor:

I) REINTEGRAÇÃO: no caso de esbulho, sentido de perda;


II) MANUTENÇÃO: no caso de turbação, ou seja, pertubarção;
III) INTERDITO: se for ameaça que ainda não concretizou nenhum ato, com natureza
preventiva e inibitória em que a multa ganha importância.

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A grande diferença da possessória é a tutela liminar se tiver esbulho em 01 ano.

 Artigo 555: cumulação de pedidos:

Portanto o autor da possessória pode requerer cominação de perdas e danos, indenização pelos
frutos, sendo que o parágrafo único autoriza o juiz impor medida necessária. Assim, permite a cumulação sem
a parte perder o rito especial das possessórias.

Cominação de PENA PARA NOVA TURBAÇÃO ou esbulho: fixar MULTA na parte dispositiva
da sentença.

Portanto, a parte dispositiva é muito rica.

 Fungibilidade

De acordo com o artigo 555 CPC há FUNGIBILIDADE entre as 03 medidas. Assim, pode ser uma
ação de manutenção e no momento do julgamento ser uma reintegração de posse.

Obs. PETITÓRIA (causa de pedir é a propriedade) não tem fungibilidade com possessória, pois o
artigo 555 só vale para possessórias.

 Pedido contraposto

De modo a permitir indenização e retenção por benfeitorias ao possuidor de boa-fé. dispensa a


reconvenção, assim pedido na própria contestação. Portanto, o réu faz um pedido dizendo que a posse é dele,
que tem direito a indenização e direito de retenção, etc. Art. 556, CPC. e art. 112. Alguns autores dizem isso ser
uma hipótese de pedido contraposto, outros uma hipótese de ação dúplice. ESSE PEDIDO NÃO DEPENDE
DE RECONVENÇÃO.

i) Pedido possessório
ii) Indenizações
iii) Direito de retenção

Atenção: o CPC e a jurisprudência são claros que é necessário arguir isso na contestação. Se não for
debatido na fase de conhecimento o tema de retenção e benfeitorias, não é possível na fase de execução.

Mas cabe RECONVENÇÃO na possessória? Sim, mas para PEDIDOS DIVERSOS dos previstos
no artigo 556 CPC. Exemplo, o réu pode pedir rescisão de contrato em reconvenção, uma vez que não poderá
pedi em contestação.

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Obs. STJ - O DIREITO DE RETENÇÃO POR BENFEITORIAS só pode ser exercido pelo réu na
execução se reconhecido na fase de conhecimento.

Obs. STJ - NÃO SE RECONHECE DIREITO DE INDENIZAÇÃO POR BENFEITORIAS OU


RETENÇÃO se o imóvel esbulhado/turbado for PÚBLICO. Aquele que invade área pública não tem posse,
pois bens públicos são insuscetíveis de serem possuídos, salvo por Poder público, sendo apenas detenção.
Assim, NÃO SE APLICA A ÁREA PÚBLICA O ARTIGO 1219 DO CC, uma vez que apenas o possuidor de
boa-fé tem direito a retenção de benfeitorias. Assim, o invasor não tem posse, apenas detenção.

Obs. não sendo um destes 03 pedidos deve ser com o rito ordinário. Ex. pedir rescisão contratual
cumulada com possessória. Perde o rito especial, ou seja, a tutela antecipada sem os requisitos do 273 CPC.

 Interdito proibitório – art. 932 CPC:

É da essência a fixação da multa, conforme art. 567, CPC. O juiz determina pena pecuniária para o
caso de transgressão da ordem.

 Imissão na posse

Essa não é possessória. A IMISSÃO NA POSSE É PETITOTRIA, portanto a causa de pedir é alegação
de propriedade, sendo AÇÃO DO PROPRIETÁRIO QUE NUNCA TEVE A POSSE E BUSCA OBTÊ-LA. É aquela
que nunca tendo tido a posse se torna proprietária.

Ex. compra de imóvel ocupado no leilão da CEF.

Reintegração: Não confundir REINTEGRAÇÃO de posse com ação de IMISSÃO na posse. A


reintegração, por outro lado, tem a posse como causa de pedir com a existência de posse prévia.

Cuidado: as vezes, quando compra o imóvel, é possível ter o constituto possessória, ou seja, a
invrsão da titularidade. Nesse caso, de cláusula constituti, adiquirir a propriedade e juridicamente a posse,
assim, é possuídos por sucessão do antigo.

Conclusão: há ação possessória por uma posse jurídica, ainda que nunca tenha tido a posse de fato.

Constituto possessório: previsão no artigo 1267 CC, por esse instituto, o adquirente recebe a POSSE
JURÍDICA no momento da aquisição. Posse jurídica é a de contrato, não a fática. A partir do momento que
recebe a posse jurídica pelo contrato o adquirente, além de proprietário, também passa a ser possuidor. Nestes
casos a reintegração de posse é cabível, não a imissão.

 Dispositivos
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Reintegração

Ação é executiva. Então, para iniciar a fase executivo não precisa de requerimento do exequente.

Posto isso, JULGO PROCEDENTE o pedido, determinando a reintegração do autor na posse do


imóvel invadido, e assim o faço com resolução do mérito, nos termos do art. 487, I, do Código de Processo Civil.
Condeno o requerido ao pagamento das despesas processuais e honorários advocatícios, ora fixados em 10% do
valor atualizado da causa (vantagem econômica com a posse recuperada), observado o que consta do art. 98, §
3º, do CPC.
Intime-se o requerido para desocupação voluntária no prazo de 30 dias. Não havendo desocupação,
expeça-se mandado de reintegração forçado de posse, competindo ao autor prover os meios necessários para a
desocupação.

ou

Posto isso, JULGO PROCEDENTE o pedido, determinando a manutenção do autor na posse do


imóvel descrito na inicial, fixando-se multa de R$ 10.000,00 (dez mil reais) em caso de nova turbação (art. 555,
parágrafo único, I, CPC), e assim o faço com resolução do mérito, nos termos do art. 487, I, do Código de Processo
Civil. Condeno o requerido ao pagamento das despesas processuais e honorários advocatícios, ora fixados em
10% doo valor atualizado da causa (vantagem econômica com a posse mantida), observado o que consta do art.
98, § 3o, do CPC.

REINTEGRAÇÃO DE POSSE COM PEDIDOS CUMULADOS – ART. 565 CPC

além de indenização e retenção por benfeitorias e compensação de valores

também com pedido contraposto.

Na há mora, assim, não há juros, pois, o réu ainda deixou de devolver o imóvel.

Sucumbência recíproca. Assim, a base de cálculo é diferente.

Posto isso, JULGO PARCIALMENTE PROCEDENTE a presente os pedidos para: a) determinar a


reintegração do polo ativo, como representante do espólio, na posse do imóvel descrito na inicial; b) condenar
o polo passivo ao pagamento de indenização, a título de aluguel pela ocupação do bem, no valor de R$ 1.000,00
(mil reais) mensais, o que fará de 30.01.2011 até a data da desocupação do bem, em valores a serem corrigidos
monetariamente (tabela prática do TJ/SP) desde que devida cada parcela e acrescidos de juros de mora de 1%
ao mês desde a citação; c) condenar o polo passivo ao pagamento das despesas ordinárias da coisa (IPTU, água,
luz e telefone) no período da ocupação indevida, em valores a serem fixados em liquidação de sentença; d)
condenar o polo ativo (na verdade o espólio que representa) ao pagamento de indenização por benfeitorias ao
polo passivo, na quantia de R$ 6.063,98 (seis mil e sessenta e três reais e noventa e oito centavos), em valores
que serão atualizados monetariamente desde a data do laudo técnico até a data do pagamento da indenização;
e) reconhecer o direito do requerido em reter, até recebimento da indenização definida no item supra, a edícula
objeto da pretensão (at. 1.219 do CC), bem como garantir-lhe a preferência, tanto por tanto, na aquisição da
totalidade da coisa comum indivisa (art. 1322 do CC); g) declarar, entretanto, o direito do polo ativo compensar
os valores devidos pelo polo passivo com a indenização por benfeitorias que, ao menos em tese, teria que lhe
pagar, podendo, inclusive, exigir eventual saldo existente em seu favor em sede executiva caso isto seja
demonstrado, em valores a serem atualizados nos termos dos itens “b” e “c”, supra; e assim o faço com resolução
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do mérito, nos termos do art. 487, I, do Código de Processo Civil. Por sucumbente em maior proporção, condeno
o polo passivo ao pagamento de 75% das despesas processuais, sendo os outros 25% carreados ao autor. Cada
parte pagará ao advogado da outra, ainda, 10% de honorários advocatícios, o requerido sobre a somatória dos
valores objeto da condenação, enquanto o autor sobre a parcela do pedido em que restou vencido.

INTERDITO PROIBITÓRIO

Mais simples para evitar sob pena de multa.

Não esquecer de expedir mandado proibitório – intimação do devedor.

Posto isso, JULGO PROCEDENTE o pedido, determinando que o requerido não moleste a posse que
o autor tem do imóvel descrito na inicial, sob pena de multa de R$ 1.000,00 (mil reais) por evento comprovado,
e assim o faço com resolução do mérito, nos termos do art. 487, I, do Código de Processo Civil. Condeno o
requerido ao pagamento das despesas processuais e honorários advocatícios, ora fixados em R$ 1.000,00,
observado o que consta do art. 98, § 3o, do CPC.
Expeça-se mandado proibitório, inclusive onde conste o valor da multa.

21.2. CONSIGNAÇÃO EM PAGAMENTO

Procedimento especial no qual o devedor quer cumprir a obrigação, mas não consegue por fatos
imputados ao credor. Ex. quer pagar e não consegue. Juiz autoriza o pagamento em 5 dias. Art. 539 CPC – juiz
autoriza o depósito em 05 dias.

 Limites de cognição na contestação

Limitação no plano horizontal – credor somente alegara as matérias.

CONTESTAÇÃO - Artigo 544 CPC: hipótese de limitação da cognição na defesa, assim o réu em
contestação só poderá alegar 04 fatos.

Na sentença dizer que nem será apreciado diante da limitação legal.

Conclusão: faz um parágrafos na sentença dizendo que deixa de apreciar tais teses, pois na via
estreita da consignação o 544, CPC não autoriza.

 Ação materialmente dúplice - Art. 545, §2º CPC

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Permitido o compartilhamento. Venda proibida.
O juiz, ao desacolher o pedido do autor, o direito material obriga a analise da situação do réu ainda
que não tenha pedido.

Quando haver alegação que o deposito não é integral o juiz pode ser chamado a pronunciar naquilo
que estiver faltando. Doutrina vem entendendo ser uma AÇÃO DÚPLICE, pois independentemente de pedido
o juiz vai fixar o valor a ser complementado, ou seja, ação dúplice. A sentença pode ser não apenas para
DECLARAR que houve QUITAÇÃO. Faltando valor vai declarar o SALDO DEVEDOR em contrariedade ao
pedido do autor, em favor do réu, não a quitação.

i) Julga improcedente a consignação


ii) Declara saldo em favor do réu que não pediu e mais, poderá, ainda, dar continuidade em
execução no próprio processo

 Dúvida do devedor – Art. 547 CPC:

Casos de dúvida de quem é o devedor, a sentença difere-se no tocante ao comparecimento dos os


credores. O devedor ajuíza contra todos os supostos credores, sendo que o juiz não apenas declara se está pago,
também define quem é o devedor.

Se mais de um comparecer a sentença será bifronte - Sentença bifronte – declara a extinção da


obrigação do que consignou, segunda tarefa é decidir de quem é o credito. Assim, uma natureza declaratória
para extinguir o obrigação do autor, outro declarando o legitimado ao credito ali consignado.

 Dispositivos

Lembrando que o quita não é a sentença, mas aquele deposito feito 05 dias após o despacho inicial.
Uma sentença declaratória (retroage).

Eventualmente expedir ofícios para órgãos de proteção ao crédito.

Porque não expede mandado de levantamento? Porque logo que deposita o credor já pode levantar,
conforme a lei. Agora, e s e nao levantar. Expeça-se mandado de levantamento da quantia em favor do credor.

Posto isso (ante o exposto), JULGO PROCEDENTE ao pedido para declarar quitada a obrigação da
autora com a requerida, e assim o faço com resolução do mérito, nos termos do art. 487, I, do Código de Processo
Civil. Condeno a requerida ao pagamento das despesas processuais e honorários advocatícios, que fixo em 10%
sobre o valor atualizado da ação.
P.R.I. Local e data

ou

aqui com pagamento a menor.


Material gentilmente disponibilizado pelo JORGE e colocado no drive da @conquistando.atoga
Permitido o compartilhamento. Venda proibida.
Posto isso (ante o exposto), JULGO IMPROCEDENTE o pedido, declarando saldo credor, em favor
do requerido, da quantia de R$ 5.000,00 (cinco mil reais), que poderá́ ser executada nestes mesmos autos, na
forma do art. 545, § 2º, do CPC, em valor a ser corrigido monetariamente e acrescidos de juros legais de mora
de 1% ao mês desde o inadimplemento, e assim o faço com resolução do mérito, nos termos do art. 487, I, do
Código de Processo Civil. Condeno a autora ao pagamento das despesas processuais e honorários advocatícios,
que fixo em 10% sobre o valor atualizado do pedido.

21.3. AÇÃO DE EXIGIR DE CONTAS

Previsão no 550 e seguintes do CPC. Ação de exigir conta é a ação do administrado contra o
administrador. Todo aquele que tem o dever contatual de administrar bens e direitos alheios pode ser chamado
a prestar contas exigidas pelo proprietário.

O NCPC acabou com a ação de dar contas (administrado presta contas para o administrador). Se
quiser fazer isso é pelo procedimento comum.

 Procedimento bifásico.

Principal característica é ser um procedimento bifásico.

Fase 01: apurar o dever de prestar as contas que se encerra por uma decisão interlocutória, cabendo
agravo de instrumento. Indeferido aqui o processo termina.

Fase 02: é a fase de prestar as contas e julgamento de contas, a qual findo com uma sentença
recorrível por apelação.

 Também é uma ação dúplice

Pode ter as contas prestadas e, neste caso, existir a necessidade de declarar saldo favorável ou ao
autor ou ao adversário. Qualquer saldo declarado vira titulo executivo judicial que poderá ser executado nos
mesmos autos.

Juiz nos termos do 552 declara que deve um saldo

Juiz, ainda, em caso contrário pode determinar um saldo credor para o réu.

 Súmula 447 STJ.

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Permitido o compartilhamento. Venda proibida.
Não se aplica o prazo do art. 26 CDC para ações de prestação de contas contra instituição financeira.

Aqui o prazo é de 10 anos.

 Dispositivos

O professor fez a primeira fase por sentença e por decisão interlocutória, mas para ele isso não é
sentença e sim uma decisão interlocutória.

Tem que especificar o período.

(1a fase – definição do dever de prestar contas)

Como sentença tem sucumbência na primeira fase.

Posto isso, JULGO PROCEDENTE o pedido de prestação de contas, determinando que o pólo
passivo preste, no prazo de 15 dias (art. 550, § 5o, do CPC), contas a respeito da administração dos imóveis do
pólo ativo relacionados no anexo 03 da inicial, referentes ao período de xx/xx/xx em diante (o que fará de forma
adequada, especificando aplicações, receitas e despesas conforme art. 551 CPC), e assim o faço com resolução
do mérito, nos termos do art. 487, I, do Código de Processo Civil. Condeno o requerido ao pagamento das
despesas processuais e honorários advocatícios, que fixo em 10% sobre o valor atualizado da causa.

Como decisão interlocutória. Para o professor a sucumbência apenas no final.

Posto isso, JULGO PROCEDENTE o pedido de prestação de contas, determinando que o polo
passivo preste, no prazo de 15 dias (art. 550, § 5o, do CPC), contas a respeito da administração dos imóveis do
polo ativo relacionados no anexo 03 da inicial, referentes ao período de xx/xx/xx em diante (o que fará de forma
adequada, especificando aplicações, receitas e despesas conforme art. 551 CPC). A sucumbência será́ arbitrada
ao final, quando do julgamento da contas.

Sentença da 2ª fase.

Posto isso (ante o exposto), JULGO PRESTADAS as contas aqui requeridas, e assim o faço com
resolução do mérito, nos termos do art. 487, I, do Código de Processo Civil. Sucumbentes em igual proporção,
as custas serão divididas à metade, sendo que cada parte pagará ao advogado da outra 10% de honorários,
calculados sobre o valor atualizado da causa.

P.R.I. Local e data.

ou

Posto isso (ante o exposto), JULGO PRESTADAS as contas, declarando saldo credor, em favor do
autor, da quantia de R$ 50.000,00 (cinquenta mil reais), que poderá́ ser executada nestes mesmos autos, na forma
do art. 552 do CPC, em valor a ser corrigido monetariamente e acrescidos de juros legais de mora de 1% ao mês
desde o inadimplemento, e assim o faço com resolução do mérito, nos termos do art.487, I, do Código de Processo
Material gentilmente disponibilizado pelo JORGE e colocado no drive da @conquistando.atoga
Permitido o compartilhamento. Venda proibida.
Civil. Condeno o requerido ao pagamento das despesas processuais e honorários advocatícios, que fixo em 10%
sobre o valor do saldo credor declarado.

DISPOSITIVOS ABAIXO – ATUAL PDF E TEMAS FALTANTES QUE


NÃO FORAM ASSISTIDOS:

1. MONITÓRIA

Posto isso, REJEITO os embargos, constituindo como título executivo judicial o mandado monitório
dantes expedido, e assim o faço com resolução do mérito, nos termos do art. 487, I, do Código de Processo Civil.
Condeno o embargante/requerido ao pagamento das despesas processuais e honorários advocatícios, que fixo
em 10% sobre o valor o mandado.

ou

Posto isso, ACOLHO os embargos ao mandado monitórios e declaro extinta a obrigação pelo
pagamento (prescrição, dação em pagamento, novação, etc), e assim o faço com resolução do mérito, nos termos
do art. 487, I, do Código de Processo Civil. Condeno o autor/embargado ao pagamento das custas, despesas
processuais e honorários advocatícios, que fixo em 10% sobre o valor da monitória.

Com arrimo no art. 702, § 11, do CPC, por considerar temerário o ajuizamento da monitória (por
dívida já paga), condeno o autor/embargado, ao pagamento de multa de 10% do valor da monitória em favor
do requerido/embargante.

P.R.I. Local e data.

2. ALIMENTOS

Posto isso (ante o exposto), JULGO PROCEDENTE (ACOLHO) o pedido e, confirmando a liminar
dantes concedida, condeno o requerido a pagar a autora, a título de alimentos, desde a citação, a quantia
correspondente a um salário mínimo vigente à época do pagamento, o que será feito mediante desconto no
benefício previdenciário/folha de pagamento do demandado e depósito em conta a ser aberta em nome da
representante da menor, e assim o faço com resolução de mérito, nos termos do art. 487, I, do Código de Processo
Civil. Condeno o requerido, ainda, ao pagamento das custas, despesas processuais e honorários advocatícios,
que, com base no art. 85, § 8o, do CPC, fixo em R$ 1.000,00 (mi reais).

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Permitido o compartilhamento. Venda proibida.
Oportunamente oficie-se ao INSS/empregador para desconto da pensão junto ao benefício do
requerido e depósito em conta a favor da autora.

P.R.I. Local e data

OU(mais elaborado)

Posto isso (ante o exposto), JULGO PROCEDENTE (ACOLHO) o pedido, condenando o requerido
a pagar a autora, a título de alimentos, desde a citação, a quantia correspondente a 75% do salário mínimo
vigente à época do pagamento, incidente, inclusive, sobre a gratificação natalina e de férias, o que será feito
mediante desconto em folha de pagamento do requerido e depósito em conta a ser aberta em nome da autora,
e assim o faço com resolução de mérito, nos termos do art. 487, I, do Código de Processo Civil. As prestações
vencidas serão corrigidas monetariamente desde o inadimplemento e acrescidas de juros de mora de 1% ao

mês, desde a citação. Condeno, ainda, o requerido ao pagamento das custas, despesas processuais e
honorários advocatícios, que, com base no art. 85, § 8.o, do CPC, fixo em R$ 1.000,00.

Oportunamente oficie-se ao empregador para desconto da pensão junto ao benefício do requerido e


depósito em conta a favor da autora.

3. REVISIONAL DE ALIMENTOS

Posto isso, JULGO PARCIALMENTE PROCEDENTE o pedido, para, confirmando a decisão


antecipatória de tutela de fls., reduzir a pensão devida pelo autor à requerida ao percentual de 75% do salário-
mínimo nacional vigente, valor este que será pago no mesmo modo e forma dantes avençados, e assim o faço
com resolução do mérito, nos termos do art. 487, I do CPC. Em virtude da sucumbência recíproca, cada parte
arcará com metade das despesas, além de pagar honorários ao advogado do adversário, com arrimo no art. 85,
§ 8o, do CPC, em R$ 1.000,00, observando-se o que consta do art. 98, § 3o, do CPC.

Oportunamente oficie-se ao empregador para que faça a retificação do percentual do desconto


alimentar.

4. EXONERAÇÃO DEALIMENTOS

Posto isso (ante o exposto), JULGO PROCEDENTE o pedido, exonerando o requerente da obrigação

alimentar para com o pólo passivo, e assim o faço com resolução de mérito, nos termos do art. 487,
I, do Código de Processo Civil. Sem sucumbência em vista da ausência de resistência e da necessariedade da

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ação. Custas pelo autor, observado do que consta do art. 98 § 3o do CPC.
Oficie-se ao empregador para que faça cessar os descontos.

P.R.I. local e data.

5. INVESTIGAÇÃO DE PATERNIDADE C.C. ALIMENTO

Posto isso (ante o exposto), JULGO PROCEDENTE o pedido para: a) reconhecer a paternidade do
requerido em relação ao requerente, que passará a chamar-se XXXXXXXXXXX, tendo os pais daquele como avós
paternos deste; e b) condenar o requerido ao pagamento de pensão mensal ao autor, desde a citação, no
equivalente a 1/3 do salário-mínimo vigente, o que fará até o dia 10 (dez) de cada mês, mediante depósito em
conta a ser aberta em nome do representante do pólo ativo; e assim o faço com resolução de mérito, nos termos
do art. 487, I, do Código de Processo Civil. Condeno o requerido, ainda, ao pagamento das processuais e
honorários advocatícios, que arbitro em R$ 500,00 (quinhentos reais), observado o que consta do art. 98, § 3o, do
CPC.

Expeçam-se os mandados necessários ao Cartório de Registro Civil e oficie-se à agência bancária


para a abertura da conta.

P.R.I. Local e data.

6. DIVORCIO

Posto isso (ante o exposto), JULGO PROCEDENTE o pedido para: a) declarar divorciado o casal,
dando como cessados os deveres de coabitação e fidelidade recíproca e o regime matrimonial de bens
(dissolvendo-se o casamento); b) determinar que os bens sejam partilhados na forma como avençado às fls.,
observando-se a necessidade de recolhimento do imposto devido (ou que sejam partilhados posteriormente)
(ou que sejam partilhados na proporção de 50% para cada uma das partes); c) determinar que a guarda dos
filhos comuns fique com a genitora; d) determinar que o genitor visite os filhos livremente (ou semanalmente
aos sábados das 08 às 17 horas, podendo levá-los consigo); e e) condenar o requerido ao pagamento em favor
dos dois filhos menores (ou da virago) de pensão alimentícia no valor de 1⁄2 salário- mínimo, mediante depósito
a ser realizado todo dia dez de cada mês, em conta corrente a ser aberta em nome da virago; e assim o faço com
resolução do mérito, nos termos do art. 487, I, do Código de Processo Civil. Por sucumbente quase que na
totalidade, condeno exclusivamente o varão ao pagamento das despesas e honorários advocatícios, que ora fixo
em 10% do valor atualizado da causa, observado o que consta do art. 98, § 3o, do CPC.

Transitada esta em julgado, expeçam-se o mandados necessários ao Cartório de Registro Civil, bem
como à instituição financeira local a bem da abertura de conta em favor da virago.

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7. EMPRESARIAL

7.1. ANULATÓRIA DE TÍTULO

Posto isso: a) JULGO EXTINTO o processo em relação à requerida Fomento Mercantil Ltda
(endosso- mandato), e assim o faço sem apreciação do mérito, nos termos do art. 485, VI, do Código de Processo
Civil, condenando o pólo ativo ao pagamento das despesas processuais e honorários advocatícios, ora fixados
em 10% sobre o valor atualizado da causa; e b) JULGO PARCIALMENTE PROCEDENTE o pedido formulado
contra a requerida LYX Comercial Ltda., declarando inexistente e insubsistente o crédito objeto da duplicata no
006359, no valor de R$ 14.980,00, e assim o faço com resolução do mérito, nos termos do art. 487, I, do Código
de Processo Civil. Por sucumbentes em igual proporção (a autora no pedido de indenização por danos morais),
a autora e a requerida LYX arcarão cada qual com 1⁄2 das custas, além de honorários do advogado adverso
fixados em 10%, pelo autor incidentes sobre o valor atualizado a causa, e pelo requerido LYX sobre o valor da
condenação.

Oficie-se ao Cartório de Protestos para baixa do título.

7.2. BUSCA E APREENSÃO DE BEM ALIENADO FIDUCIARIAMENTE

Posto isso, com fundamento no art. 66 da Lei n. 4.728/65 e no Decreto-lei de n. 911/69, JULGO
PROCEDENTE a presente ação, declarando consolidando nas mãos da autora, desde o quinto dia após o
cumprimento da liminar deferida (Lei n. 10.931/2004), o domínio e a posse plenos e exclusivos dos bens cuja
apreensão liminar torno definitiva, e assim o faço com resolução do mérito, nos termos do art. 487, I, do Código
de Processo Civil. Condeno o requerido ao pagamento das custas do processo, inclusive de protesto, despesas
processuais e honorários advocatícios que, na forma do art. 85, do CPC, fixo em 10% do valor atualizado da
causa.

Levante-se o depósito judicial, facultada a venda pela autora dos bens apreendidos, oficiando-se ao
DETRAM, comunicando estar a autora autorizada a proceder à transferência a terceiros que indicar (art. 2o,
caput, c.c. art. 3o, § 1o, do DL 911/69, com redação dada pela Lei 10.932/2004).

7.3. CONCESSÃO DE RECUPERAÇÃO JUDICIAL

Posto isso (ante o exposto), com fundamento no art. 58 da Lei n. 11.101/05, CONCEDO a
recuperação judicial à empresa INDÚSTRIA E COMÉRCIO CAMBAL LTDA., CNPJ n. xxxxxxxxxx-0001,
estabelecida na Rua Major Pedreira 982, nesta sede de Comarca, observando-se para fins de cumprimento o
disposto nos artigos 59 a 61 da referida lei, e o plano aprovado pela Assembléia Geral de Credores.
HOMOLOGO, ainda, a deliberação assemblear dos credores de (data) (fls. do incidente acima indicado).

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7.4. FALÊNCIA

Posto isso, JULGO PROCEDENTE o pedido para DECRETAR hoje, às 14:00 horas, a falência de
INDÚSTRIA E COMÉRCIO CAMBAL LTDA., CNPJ n. xxxxxxxxxx-0001, estabelecida na Rua Major Pedreira
982, nesta sede de Comarca, observando-se o seguinte:

1. Nomeio como administrador judicial (art. 99, IX), o sócio da requerente GANANCIOSO SILVA,
com endereço à Rua Santos de Morais, São Paulo-SP, para fins do art. 22, III, devendo:

1.1) ser intimado pelo advogado constituído nos autos para que, por si ou advogado constituído
assine, em quarenta e oito horas o termo de compromisso, pena de substituição (arts. 33 e 34) e aplicação de
multa por falso anúncio de assunção de encargo (fls. 198);

1.2) proceder a arrecadação dos bens e documentos (art. 110), se o caso, bem como a avaliação dos
bens, separadamente ou em bloco, no local em que se encontrem (art. 108 e 110), para a realização do ativo
(art. 139 e 140), sendo que ficarão eles sob sua guarda e responsabilidade (art. 108, parágrafo único), podendo
providenciar a lacração, para fins do art. 109, informando, ainda, ao juízo, quanto à viabilidade da
continuidade das atividades da empresa (art. 99, XI).

2. Fixo o termo legal (art. 99, II) nos 90 (noventa) dias anteriores ao primeiro protesto.

3. Determino quanto aos sócios da falida QUEBRADINHO e QUBRADÃO:

3.1. Que apresentem, no prazo de 05 dias, da relação nominal dos credores, indicando endereço,
importância, natureza e classificação dos respectivos créditos, se esta já não se encontrar nos autos, sob pena
de desobediência e de multa em valor até 20% sobre o valor da causa (CPC, art. 14, V e parágrafo único) (art.
99, III).

3.2. Sob a mesma pena, que cumpram o disposto no art. 104, devendo a serventia colher
imediatamente tais informações ou designar data para a tomada de declarações, no prazo de vinte e quatro
horas, intimando-se, também, para tanto, o administrador judicial e o Ministério Público.

3.3. Que na ocasião sejam formalmente advertidos que, para salvaguardar os interesses das partes
envolvidas e verificando indício de crime previsto na Lei no 11.101/05, poderão ter a prisão preventiva
decretada (art. 99, VII).

4. Fixo o prazo de quinze (15) dias para os credores apresentarem suas habilitações ou suas
divergências quanto aos créditos relacionados (art. 99, IV, e art. 7o, parágrafo 1o), a contar do edital, ao
administrador judicial.

5. Determino, nos termos do art. 99, V, a suspensão de todas as ações ou execuções contra o falido
(empresa), ressalvadas as hipóteses previstas nos parágrafos 1o e 2o do art. 6o da mesma lei, ficando,
suspensa, também, a prescrição.

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Permitido o compartilhamento. Venda proibida.
6. Proíbo a prática de qualquer ato de disposição ou oneração de bens do falido, sem autorização
judicial e do Comitê de Credores (se houver), ressalvados os bens cuja venda faça parte das atividades
normais do devedor se autorizada a continuação provisória das atividades (art. 99, VI).

7. Determino a expedição de ofícios (art. 99, X e XIII) aos órgãos e repartições públicas (União,
Estado e Município, Banco Central, DETRAN, etc), bem como à JUCESP para fins do art. 99, VIII, e 102.

8. Expeça-se edital, nos termos do art. 99, parágrafo único, da Lei 11.101/05, intimando-se os sócios
da falida para a audiência a ser designada, bem como os credores para eventual habilitação de cré dito.

9. Intime-se o Ministério Público que, doravante, passa a atuar no feito.

8. DEFESA DO EXECUTADO

8.1. IMPUGNAÇÃO AO CUMPRIMENTO DE SENTENÇA

Posto isso, ACOLHO PARCIALMENTE a impugnação ofertada pelo devedor para o fim de: a)
liberar a penhora de ativos realizada às fls., expedindo-se MLJ em favor do devedor; e b) determinar a corre
ção do cálculo e xe cutivo, obs e rvando -s e os parâme tros s upra fixados (ou de te rminar o prosseguimento
da execução pela quantia de R$ 5.000,00).

Por entender que, apesar da natureza interlocutória da decisão que julga a impugnação, há
sucumbência do vencido, condeno o credor/impugnado, por sucumbente quase que na integralidade, ao

pagamento dos honorários advocatícios da parte adversa, que fixo em 10% sobre o valor da
diferença entre o valor reclamado e o efetivamente devido.

Decorrido o prazo para recursos voluntários, apresente o credor cálculo corrigido e requeira o que
de direito a bem da satisfação do crédito.

Int. Local e data.

8.2. EMBARGOS À EXECUÇÃO

Posto isso, JULGO PROCEDENTES os presentes embargos, e assim o faço para, desconstituindo os
documentos constantes dos principais como títulos executivos, julgar extinta a execução com fundamento no
art. 783 e 485, VI, do Código de Processo Civil, e os presentes embargos com fundamento no art. 487, I, do Código
de Processo Civil. Condeno a embargada ao pagamento dasdespesas processuais e honorários advocatícios, ora
fixados em 10% sobre o valor atualizado dos embargos (tabela prática do Tribunal de Justiça).

Certifique nos principais e, oportunamente, arquivem-se P.R.I. Local e data.

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Permitido o compartilhamento. Venda proibida.
8.3. USUCAPIÃO

Posto isso e considerando o mais que dos autos consta, JULGO PROCEDENTE o pedido (de
usucapião ordinário, extraordinário ou especial), declarando o domínio do autor em relação ao imóvel descrito
na inicial, nos exatos termos, medidas e confrontações constantes do memorial descritivo de fls., e assim o faço
com resolução do mérito, nos termos do art. 487, I, do Código de Processo Civil. Custas e despesas processuais
pelos autores. Na ausência de resistência, não há condenação e honorária advocatícia (ou condeno o requerido
ao pagamento das despesas processuais e honorários advocatícios, que fixo em 10% sobre o valor atualizado da
causa).

Transitada em julgado, expeça-se mandado, nos termos do art. 226 da Lei de Registros Públicos.
Nos termos do art. 1o, § 5o, da Lei n. 10.267/2001, intime-se, por carta, o INCRA desta sentença, encaminhando-
se-lhe cópia (só se for imóvel rural).

9. MONITÓRIA (AULA ANTIGO CPC)

Apresentando prova escrita sem eficácia de titulo executivo o juiz manda EXPEDIR O MANDADO
MONITORIO (pagamento ou entrega). O réu PAGA, com isenção de custas e honorários; se ficar INERTE
CONVERTE-SE. Mas se defender, vai ser por meio dos embargos ao mandado monitório.

EMBARGOS AO MANDADO MONITÓRIO: há uma celeuma sobre a natureza desses embargos,


se natureza de AÇÃO ou CONTESTAÇÃO.

Alguns juízes julgam a própria monitoria. Assim, julga procedente a monitoria para constituir o
título, tendo, neste caso, natureza de contestação. Outros julgam os embargos, para estes a natureza dos
embargos é de ação.

Assim, a ESCOLHA DEPENDE DO JUIZ.

Garjardoni prefere julgar os dois, julga procedente a monitoria e improcedente os embargos, pois
sabe. Isso é melhor.

A maioria, seguir esses, JULGAR OS EMBARGOS, não a monitoria - Posto isso, REJEITO OS
EMBARGOS CONSTITUÍDO ;constituindo como titulo executivo judicial o..

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Permitido o compartilhamento. Venda proibida.
Adotando o outro estilo – Posto isto julgo procedente a monitoria,

Dispositivo – material de aula.

9.1. DIREITO DE FAMÍLIA – AULAS ANTIGO CPC

9.1.1.AÇÃO DE ALIMENTOS

Situações em que os alimentos podem ser devidos:

i) ATO ILÍCITO: falado na aula de responsabilidade civil; Neste não ha binômio, pois o ganho do
invalido/falecido que vai cercear as contas, pois de NATUREZA INDENIZATÓRIA;

ii) PODER FAMILIAR: aquele que tem o poder familiar, um dos deveres é o de sustento, logo
DEVERA PAGAR ALIMENTOS;

iii) PARENTESCO – art. 1698 CC: são aqueles parentes que tem DEVER DE SUSTENTO.

As duas ultimas são trabalhadas com base no binômio necessidade/possibilidade, artigo 1694, §1 o
CC. Quanto pode pagar e qual a necessidade.

Alimentos de cônjuge ou companheiro há de ser fixado de modo temporário, salvo nos casos de
incapacidade para o trabalho.

Ação contra os avós: trata-se de relação fundada no parentesco, de forma subsidiaria ao parentes
em primeiro lugar. Jurisprudência chama de alimentos avoengos. Atenta-se que o STJ, a luz do ARTIGO 1698
CC, entende que há LITISCONSÓRCIO NECESSÁRIO SIMPLES entre todos os avós. Assim, se entrar contra os
avós maternos os paternos também terão que ser réus. São simples por ser possível decisões diferentes. Estes só
devidos após esgotadas as possibilidades de pensionamento do parente de grau anterior, inclusive com o uso
do artigo 733 CPC (prisão alimentar). O dever do avo só surge depois da execução de alimentos contra o pai,
este ser preso, mas mesmo assim não pagar.

Ministério Público: Jurisprudência reconhece a legitimidade do MP para ajuizar ação de alimentos,


independentemente da Defensoria Pública também poder ajuíza-la.

Material gentilmente disponibilizado pelo JORGE e colocado no drive da @conquistando.atoga


Permitido o compartilhamento. Venda proibida.
Termo a quo: De acordo com a súmula 277 STJ, os alimentos sempre são devidos desde a citação.

Incidência: sobre terço de férias e 13a salario. Acho que a posição do STJ mudou.

Dispositivo: no material de apoio.

9.1.2.REVISIONAL DE ALIMENTOS

Coisa julgada: sentença de alimentos não faz coisa julgada por estar sujeita a cláusula rebus sic
stantibus, ou seja, a mudança das circunstancias fáticas de quem paga ou recebe pode haver novo
equacionamento.

O STJ entende que a constituição de nova família não é causa de revisão alimentar. Com base na
nova família não pode prejudicar a anterior.

Admite-se que a ex-mulher, que renunciou aos alimentos na separação ou divórcio, possa pedir a
revisão desta renúncia oportunamente.

Dispositivo: no material de apoio.

9.1.3.EXONERAÇÃO DE ALIMENTOS

Súmula 358 STJ: o cancelamento da pensão alimentícioa de filho que atingiu a maioridade esta
sujeito a decisão judicial mediante contraditório. Portanto, enquanto não existir pronunciamento do judiciário
os alimentos continuam devidos.

Na ação de exoneração com fundamento na maioridade o ÔNUS DE PROVAR QUE AINDA


PRECISA DE ALIMENTOS É DO FILHO, pois não são mais devidos pelo poder familiar, mas sim por causa do
PARENTESCO.

O STJ tem entendido que os alimentos continuam devidos pelo genitor quando o filho maior de 18
anos em continuidade der inicio ao estudos de graduação até os 25 anos (não especialização).

Obs. alguns juízes podem não condenar as custas e honorários por ausência de contestação, isso é
algo que depende do estilo do juiz.

Dispositivo: no material de apoio.

9.1.4.INVESTIGAÇÃO DE PATERNIDADE

Presunção de paternidade – artigo 231/232CC: recusa a perícia médica será interpretada em


desfavor daquele que recusou. Segundo o STJ só é aplicada contra o próprio genitor, ou seja, INAPLICÁVEL
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Permitido o compartilhamento. Venda proibida.
PARA A INVESTIGAÇÃO DE PATERNIDADE POST MORTEM CONTRA OS DEMAIS HERDEIROS, ASSIM
A OBRIGAÇÃO QUE É SÓ DOS GENITORES, não se estende aos demais herdeiros que se recusarem a perícia
o autor terá que provar por outros meios a paternidade.

Casos em que não for possível colher o DNA, a exemplo dos herdeiros que não querem ou o suposto
pai tiver sumido, tem se admitido a prova da paternidade por outros meios, inclusive a prova oral.

Filiação socioafetiva: o STJ tem reconhecido em ação de investigação de paternidade socioafetiva.


Neste caso não há DNA.

Dispositivo: material de apoio

9.1.5.INTERDIÇÃO

Trata-se da comprovação judicial da INCAPACIDADE CIVIL das pessoas. Uma vez interditada o
individuo, automaticamente passa a sujeitar-se a CURATELA.

De acordo com o artigo 1774 e 1756/1757 todos do CC – o curador tem o dever anual de prestar
contas com base no 919 CPC nos próprios autos da interdição.

Em uma hipótese não há essa obrigação, conforme 1783 CC, nos casos de cônjuge com regime de
bens da comunhão universal.

Dever do curador de ESPECIALIZAR A HIPOTECA LEGAL. Com previsão no 1188 do CPC, o


curador deve prestar a garantia da HIPOTECA LEGAL, com isso eventual reparação de danos pela
administração de bens do curatelados.

Dispositivo: material de apoio

9.1.6.DIVÓRCIO – EMENDA CONSTITUCIONAL 66

Ainda existe a separação judicial? Tem muitos sustentando que, como não foi revogado o CC, o casal
pode optar. Vantagem é reatar a qualquer tempo. Se for divorcio para reatar tem que casar novamente. Varão –
homem; Virago - mulher

Dispositivo: material de apoio

10. DIREITO DE EMPRESARIAL (AULAS ANTIGO CPC)

10.1. ANULATÓRIA DE TÍTULO (DECLARATÓRIA DE INEXISTÊNCIA DE OBRIGAÇÃO)

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Permitido o compartilhamento. Venda proibida.
Ação muito comum no dia a dia. No caso, há a emissão de titulo executivo e não mais obrigação,
porém o título continua existindo

Observação 01 - princípio da inoponibilidade de exceções pessoais ao terceiro de boa-fé

Sempre nessas ações deve-se lembrar do princípio da inoponibilidade de exceções pessoais ao


terceiro de boa-fé. Se o título circulou, isto é, não está mais no poder do credor primitivo, o devedor não pode
negar o pagamento alegando defesas que só tinha contra o credor. Entretanto, se o título não circulou, a exceção
pessoal pode ser apresentada.

Ex. duplicata emitida por venda de determinada mercadoria, mas essa foi devolvida. Ela é sem
lastro, assim, se protestar pode apresentar a defesa pessoal – não entrega da mercadoria. Eventualmente, se a
duplicata foi endossada, não pode alegar as exceções pessoais a terceiro de boa-fé.

Observação 02 - ilegitimidade do cobrador do título nos casos de endosso/mandato

O STJ reconhece a ilegitimidade do cobrador do título nos casos de endosso/mandato. Hoje os


bancos tem carteira de cobrança, assim, como ele cobra os títulos que não são deles através do endosso/mandato
(diferente do endosso translatício). O STJ entende que o Banco é parte ilegítima.

Posto isto, a) JULGO EXTINTO o processo em relação à requerida Fomento Mercantil Ltda, e assim
o faço sem julgamento do mérito nos termos do artigo 267 VI do CPC, condenando o polo ativo ao pagamento
das despesas processuais e honorários advocatícios (...); b) JULGO PARCIALMENTE PROCEDENTE o pedido
formulado contra a requerida LYX Comercial Ltda declarando inexistente/insubsistente o crédito objeto da
duplicata xxxxx. Por sucumbente em igual proporção, cada parte arcara com honorários de seu patrono, sendo
as custas dividas na metade.

Oficie-se o Cartório de Protesto para baixa de título.

10.2. RECUPERAÇÃO JUDICIAL

Artigo 58 Lei 11.101/05 traz o sistema da sentença, sendo trabalhosa pela número de questões a
serem decididas.

Os credores do devedor pode estipular a forma de pagamento, ou seja, o plano judicial que fora
aprovado pelos credores.

Juiz vai averiguar para HOMOLOGAR OU NÃO, dentro de uma posição de razoabilidade. Caso
entender que não é caso de recuperação judicial vai decretar a falência.

Dispositivo: material de apoio

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Permitido o compartilhamento. Venda proibida.
10.3. FALÊNCIA

Com previsão no artigo 99 da LF, a sentença da falência deve ser feita com as deliberações dos incisos
deste artigo.

Dispositivo: material de apoio – colocar o horário da falência.

10.4. BUSCA E APREENSÃO DE BEM ALIENADO FIDUCIARIAMENTE

11. DEFESAS DO EXECUTADO (AULAS ANTIGO CPC_

11.1. IMPUGNAÇÃO AO CUMPRIMENTO DE SENTENÇA

Modo de defesa do devedor na execução de titulo JUDICIAL. Prevalece o entendimento que é


condição pro exercício da impugnação que o juízo esteja GARANTIDO PELA PENHORA, interpretando o
artigo 475J §1o – para impugnar é a partir do auto de penhora e avaliação – 15 dias após intimação deste auto.

DESACOLHIDA: Apesar de ser um incidente processual, não uma ação autônoma como os
embargos, o STJ tem entendido que desacolhida a impugnação – sem sucumbência, pois vale a já vale a fixada
no momento em que o juiz determinou o cumprimento de sentença.

Natureza jurídica da decisão: INTERLOCUTÓRIA – agravo.

ACOLHIDA: Acolhida a impugnação e, em virtude dela houver extinção do cumprimento de


sentença, haverá sucumbência em favor do devedor-impugnante. Essa sucumbência fixada no início inverte.

Natureza jurídica da decisão: SENTENÇA – apelação.

Obs. se não extinguir a execução – acolhida para diminuir o valor, por exemplo, parcialmente
acolhida. Diz o professor que não tem precedente. Para o professor fixa sucumbência.

STJ – conclusão: quando começa a fase de cumprimento de sentença, não pagando em 15 dias, o
juiz ao despachar o cumprimento fixa honorários para o caso de não cumprimento. Se houver impugnação que
o devedor venha a ganhar, haverá inversão dos honorários.

11.2. EMBARGOS À EXECUÇÃO – ART. 736 CPC

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Permitido o compartilhamento. Venda proibida.
É a defesa do devedor em execução de titulo executivo extrajudicial. Não dependem da garantia do
juízo.

Natureza: AÇÃO – vai terminar com uma sentença.

ACOLHIDO (desconstitui ou titulo + extingue a execução): são ações separadas, sendo a


EXECUÇÃO EXTINTA SEM JULGAMENTO DO MÉRITO – artigo 618 I CPC. Os EMBARGOS SÃO COM
MÉRITO. Condena a EMBARGADA ÀS SUCUMBÊNCIAS. Tem que mandar certificar no processo principal
que ela foi extinta.

REJEITADO – sucumbência quem ganhar recebe: julga improcedente os embargos e extingue o


processo. é sem mérito e prossiga-se na execução. Condena o embargante às custas e sucumbência.

11.3. EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE.

Também defesa do executado, criação jurisprudencial, através da qual se reconhece o direito do


devedor apresentar questões de ordem pública através da qual se leva a extinção da execução.

Possível no cumprimento de sentença e de titulo executivo extrajudicial.

Não tem prazo. Questão de ordem pública pode ser reconhecida em qualquer grau/momento.

Não tem penhora.

Cabível somente se for possível julga-la sem necessidade de instrução, ou seja, o excipiente tem que
ter prova pre-constituida da alegação.

Os honorários advocatícios segue a regra geral do cumprimento de sentença. Rejeitou a exceção a


sucumbência já foi fixada antes. Acolheu e extinguir a execução transmuda a sucumbência.

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Permitido o compartilhamento. Venda proibida.
12. FAZENDO PÚBLICA EM JUÍZO ( AULA ACPC)

12.1. REEXAME NECESSÁRIO

 Regra geral: 475 CPC

Quando pessoa jurídica de direito publico PERDER. É uma CONDIÇÃO DE EFICÁCIA DA


SENTENÇA, ou seja, enquanto a decisão não for confirmada pela 2a instância ela não tem eficácia, não transita
em julgado. O julgamento é normal, com a parte dispositiva, sendo que, ao final, basta: Sentença sujeita a
reexame necessário.

Observação 01: Apesar da lei usar a expressão “PROFERIDA CONTRA” “JULGAR


PROCEDENTE os embargos” entende-se que as SENTENÇAS DECLARATÓRIAS E CONSTITUTIVAS
também sujeita-se ao reexame necessário.

Observação 02: Não se aplica o reexame necessário contra empresas publicas e sociedade de
economia mista.

Observação 03: o STJ entende que SENTENÇAS ILÍQUIDAS proferidas contra o poder público
estão sujeitar a reexame necessário.

Exceções: mesmo condenada Pessoa Jurídica de Direito Público não haverá reexame necessário.

PRIMEIRA EXCEÇÃO – art. 475, §2o: sentença cuja condenação ou cujo o valor da causa não exceda
60 salários mínimos. “Tendo-se em vista que o valor não excede o “

SEGUNDA EXCEÇÃO - art. 475, §3o: independentemente do valor da condenação não há reexame
necessário se a decisão de fundar em jurisprudência do pleno do STF ou súmula de Tribunal superior.

TERCEIRA EXCEÇÃO – art. 19, §2o, Lei 10.522/02: chefe da procuradoria da fazenda nacional nas
hipóteses previstas naquele artigo.

QUARTA EXCEÇÃO – juizados especiais federais e da fazenda pública.

 Súmulas

Súmula 45 STJ – o reexame necessário é a favor do Poder Público, assim o Tribunal não pode agravar
a condenação imposta à fazenda pública.

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Súmula 325 STJ – quando tiver o reexame necessário o efeito devolutivo (mesmo não sendo recurso)
é de toda decisão, inclusive da parcela de honorários advocatícios, por exemplo.

 Reexame Necessário no MS

Varias ações contra o Poder Público é por intermédio do MS que objetiva atacar ato de autoridade
ou quem lhe faça as vezes. O artigo 14 §1o da LMS estabelece que a sentença que conceder o MS esta sujeita ao
duplo grau de jurisdição, ou seja, também tem reexame no MS. O STJ entende que em virtude da especialidade
desta disposição, não se aplica ao MS as exceções do CPC – art. 475.

 Reexame Necessário da Desapropriação

Decreto-Lei 3345/41 – art. 28 §1o. Ocorre quando há o processo judicial e, na ação de desapropriação,
a sentença que condenar a fazenda pública em quantia superior ao dobro da oferecida.

12.2. HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS

PODER PÚBLICO FOR VENCEDOR – regra geral, salvo execução fiscal federal.

PODER PÚBLICO VENCIDO: A condenação em honorários advocatícios quando o poder público


for vencido há regras especificas.

Regra Geral: aplicação do artigo 20, §4 o do CPC, ou seja, os honorários são fixados a “consoante
apreciação equitativa do juiz.” Não precisa obedecer a equação da 10% 20% do §3o. O juiz fixa ou em valor fixo
(R$10.000,00) ou em percentual inferior a 10%, por exemplo 3% do valor da condenação.

Obs. REsp 1085318/PR – não avilte.

 Atualização monetária dos honorários

Fixados em quantia certa: a jurisprudência tem aplicado a mesma regra do dano moral, isto é, a
atualização é feita DESDE A DATA DO ARBITRAMENTO (sentença), com JUROS DE MORA DESDE A
INTIMAÇÃO DO RÉU PARA PAGAMENTO.

 Isenção de sucumbência

Na hipótese do artigo 1o da Lei 9494/97 (era uma medida provisória). Nas EXECUÇÕES CONTRA
A FAZENDA PÚBLICA NÃO EMBARGADAS NÃO SERÃO DEVIDOS HONORÁRIOS

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ADVOCATÍCIOS. A fazenda publica tornou-se vencida, a FP é citada para pagar nos termos do 740 CPC, se
não embargar não vai ter honorários na sentença.

Exceção: mesmo não embargada vai ter honorários – súmula 345 STJ: são devidos honorários
advocatícios na ações individuais proferidas em ações coletivas, ainda que não embargadas. Isto porque foi no
TRANSPORTE IN UTILIBUS para o advogado não teve a fase de conhecimento.

12.3. EXECUÇÃO FISCAL EXTINTA POR CONTA DE EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE

Exceção de pré-executividade interposta pelo contribuinte. Pacifica a jurisprudência do STJ no


sentido se que se a execução fiscal for extinta após a citação do devedor que ofertou exceção de pre-
executividade via advogado é cabível a CONDENAÇÃO DA FP EM HONORÁRIOS na forma do 20 §4o CPC.

12.4. EXECUÇÃO DA FAZENDA NACIONAL E O ENCARGO DE 20% DO DL 1.025/69 C.C


ART. 3O DL 1645/78

Tratando-se de Execução Fiscal da União, ajuizada pela Fazenda Nacional, ESTABELECE QUE
ALÉM DO JUROS, MULTA, DEBITO, VAI TER UM ACRÉSCIMO DE 20%. Esse artigo cria um encargo que
de acordo com o STJ é valido por cobrir as despesas com a execução da divida – entre eles os honorários
advocatícios.

Repercussão prática: em virtude deste dispositivo, caso os embargos a execução fiscal ajuizados
pelo contribuinte sejam desacolhidos, não havera condenação do contribuinte ao pagamento de honorários
advocatícios em favor do Procurador da Fazenda Nacional, pois tal remuneração já esta incluída nos 20% já
acrescidos á execução fiscal.

 Súmula 421 do STJ

Aplicada nos processo quando a Defensoria Pública for autora e a Pessoa Jurídica de Direito Público
que ela pertença tem que ser ré. Ex. muito comum a defensoria pública entrar com ação pedindo remédio para
o Estado. Não vai pagar para a defensoria pública honorários se o réu for o próprio órgão que ele pertence.

“deixo de condenar o réu (Fazenda) em honorários nos termos da súmula 421 do STJ.”

O STJ estendeu a APLICAÇÃO DA SÚMULA 421 para alcançar também a hipótese em que a
defensoria pública atue contra Pessoa Jurídica de Direito Público que integra a mesma Fazenda Pública –
Autarquias e Fundações Públicas.

 No Mandado de Segurança

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O artigo 25 da LMS repte o enunciado da sumula 512 do STF. Não cabe honorários advocatícios no
MS.

“isento de Sucumbência nos termos da Lei 12.016.”

 Desapropriação

O STF interpretou, na ADI 2332-2 e sumulas 131 e 141, o artigo 27, §1 o, DL 3365/41 que, se a
SENTENÇA FIXAR A INDENIZAÇÃO SUPERIOR AO PREÇO OFERECIDO, os HONORÁRIOS serão sobre
a diferença, no patamar de 0,5% a 5% deste valor, observando o artigo 20§4 o sem a possibilidade de ultrapassar
R$151.000,00. Todavia, o STF suspendeu esse limite máximo.

Se não for superior ao preço oferecido o réu que pagará honorários.

O STF suspendeu esse patamar máximo.

Pega a diferença atualiza com juros correção e tudo mais, sobre essa diferença atualizada o juiz fixa
de 0,5 a 5% sem teto.

 Causas Previdenciárias

Regra especifica para condenação de honorários na procedência, conforme súmula 111 STJ. Não
incidem sobre a prestações vencidas após a sentença. Logo, os honorários só vai ser computados com relação
aquelas parcelas vencidas.

12.5. JUROS LEGAIS DE MORA

 Índice/Percentual

a) Ações promovidas pela PP contra o particular (incluindo execução Fiscal): no caso do crédito vir
para a fazenda pública a condenação é remunerada pela taxa Selic. O termo inicial é desde o inadimplemento
do tributo ou ocorrência do prejuízo, Aplica-se a taxa Selic (alta) que já tem juros e correção monetária.

b) Ações promovidas pelo particular contra o PP (Inclusive previdenciárias): A situação é confusa


e controvertida, isso porque a disciplina legal da questão é prevista pelo artigo 1 o “f” da Lei 9494/97. Trata-se

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de dispositivo alterado constantemente através de medidas provisórias ou leis do Poder Público federal segundo
sua conveniência.

I. 1a situação – 29.06.2009 até hoje: aplica-se o artigo abaixo.

Essa regra vai aplicar em qualquer condenação contra o Poder Público, de qualquer natureza – danos
morais, materiais, etc.

Correção monetária + juros de mora: índices da caderneta de poupança (geralmente TR + 0,5%). O


STJ no julgamento do REsp 1205946/SP (corte especial) entendeu que essa Lei 11.960/2009 tem aplicabilidade
imediata – qualquer processo em curso.

Art. 1o-F. Nas condenações impostas à Fazenda Pública, independentemente de sua natureza e para
fins de atualização monetária, remuneração do capital e compensação da mora, haverá a incidência uma única
vez, até o efetivo pagamento, dos índices oficiais de remuneração básica e juros aplicados à caderneta de
poupança. (Redação dada pela Lei nº 11.960, de 2009)

II. 2a situação – MP 2180-35 de 2001 até 19.06.2009:

Aplica-se o artigo abaixo já revogado.

a. Servidores públicos

Aplica-se o artigo abaixo, com aplicação de 0,5% ao mês ou 6,0% ao ano.

Art. 1o-F. Os juros de mora, nas condenações impostas à Fazenda Pública para pagamento de verbas
remuneratórias devidas a servidores e empregados públicos, não poderão ultrapassar o percentual de seis por
cento ao ano. (Incluído pela Medida provisória nº 2.180-35, de 2001)

b. Demais ações, inclusive previdenciárias,

São duas posições a partir da analise do artigo 406 do CC. Há julgados dizendo que é de 1,0% ao
mês por conta do 161, §1o do CTN e outro posicionamento dizendo que é SELIC.

Porque essa celeuma? Porque o artigo 406 dá essas duas interpretações. Diz o artigo que não sendo
convencionado, serão fixados segunda a taxa em vigor para a mora do pagamento dos impostos da Fazenda
Nacional.

Atualmente é a SELIC. Todavia, quando foi feito o CC/02 era o artigo 161, §1 o CTN que dispõe ser
1% ao mês (interpretação histórica) – 161CTN.

Art. 406. Quando os juros moratórios não forem convencionados, ou o forem sem taxa estipulada,
ou quando provierem de determinação da lei, serão fixados segundo a taxa que estiver em vigor para a mora
do pagamento de impostos devidos à Fazenda Nacional.
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 Termo inicial

Regra Geral: da citação conforme 219 do CPC;

Repetição de Indébito Tributária: Súmula 188 do STJ – do trânsito em julgado.

OS JUROS MORATORIOS, NA REPETIÇÃO DO INDEBITO TRIBUTÁRIO, SÃO DEVIDOS A


PARTIR DO TRANSITO EM JULGADO DA SENTENÇA.

Atos ilícitos praticados pelo PP: segue a regra geral da súmula 54 STJ (ex. mataram alguém no
presidio). Assim, na responsabilidade civil desde o ilícito, ou seja, do evento danoso.

OS JUROS MORATORIOS FLUEM A PARTIR DO EVENTO DANOSO, EM CASO DE


RESPONSABILIDADE EXTRACONTRATUAL.

Ações Previdenciárias: se foi feito requerimento administrativo do beneficio desde o vencimento de


cada parcela vencida. Mas se não foi feito o requerimento administrativo, o juros de moram iniciam-se da regra
geral, ou seja, desde o momento da citação, na forma da súmula 204 do STJ.

OS JUROS DE MORA NAS AÇÕES RELATIVAS A BENEFICIOS PREVIDENCIARIOS INCIDEM


A PARTIR DA CITAÇÃO VALIDA.

Nos casos de invalidez e auxilio doença, sem requerimento administrativo, desde a juntada aos autos
do laudo pericial.

Nos casos de benefício indevidamente cassado na esfera administrativa os juros de mora contam-se
desde a cassação indevida.

12.6. CORREÇÃO MONETÁRIA

a) Ações promovidas pela FP contra o particular (incluindo execução fiscal): O PP como autor da
ação contra particulares.

Percentual: O percentual da correção monetária é SELIC – junto com o juros visto acima.

Termo Inicial: O termo inicial é desde o inadimplemento do tributo ou ocorrência do prejuízo.

b) Ações promovidas pelo particular contra o PP (Inclusive previdenciárias): O particular como


autor e a Fazenda Pública como ré.

Percentual: atualmente é o do artigo 1o “f” da lei 9494/97 é o índice da caderneta de poupança.


Assim, serve tanto para a correção monetária como o juros.

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Termo Inicial: regra geral desde o prejuízo, pois não acresce valor, apenas corrigindo. Se for dano
moral o padrão do direito privado (súmula 326 STJ) corrige-se desde a fixação do valor na sentença.

No caso de servidor público, diversamente, o termo inicial é o vencimento de cada parcela requerida
e devida.

 Desapropriação

Tem regime especial que afasta a Lei 9494/97. Assim, são percentuais diversos.

 JUROS DE MORA

Juros de mora serve para compensar o atraso no pagamento. Regulamentado pelo artigo 15 B do DL
3.365/41.

Percentual: 6% a.a – somente serão devidos a razão de (até) 6% ao ano.

Obs. o STF na ADI 2232 suspendeu a eficácia da expressão “até”.

Termo Inicial: é o primeiro de janeiro do exercício seguinte ao que deveria haver


o pagamento.

 JUROS COMPENSATÓRIOS

Na desapropriação, além dos juros de mora, tem também os juros compensatório que servem para
compensar aquilo que o expropriado deixou de lucrar com a perda da propriedade antes de ser indenizado. A
previsão está no artigo 15 A do DL 3.365/41 com intepretação do STF no julgamento da ADI 2332 – 13.09.2001.
O STF, na ADI 2332, decidiu com eficácia ex nunc.

Antes da ADI 2332 – 13.09.2001

I. Taxa: idêntica a do juros compensatórios, sendo de 6% a.a.


II. Termo Inicial: tem inicio com a imissão na posse

Após a ADI 2332 – 13.09.2001

I. Taxa: idêntica a do juros compensatórios, sendo de 12% a.a.


II. Termo Inicial: tem inicio com a imissão na posse

Antes da decisão é 6% a.a, mas após a decisão o termo inicial passou a ser a imissão na posse, porem
com a taxa de 12%

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Base de Cálculo dos juros compensatório: no julgamento da ADI 2332 o STF entendeu que a base
de cálculo deve corresponder a 80% da diferença entre a oferta e o preço fixado na sentença.

 Correção Monetária

A correção monetária do preço fixado no sentença tem como taxa – os tribunais tem tabelas pratica
de atualização. O termo inicial é a data do laudo que fixou o valor.

 Mandado de Segurança

A diferença entre carência da impetração, concessão da ordem e denegação da ordem – a partir da


analise do artigo 19 da LMS:

Art. 19. A sentença ou o acórdão que denegar mandado de segurança, sem decidir o mérito, não
impedirá que o requerente, por ação própria, pleiteie os seus direitos e os respectivos efeitos patrimoniais.

i. Carência da impetração: significa que extinguiu sem julgamento do mérito. Inclusive


quando falta prova pré-constituída – direito liquido e certo. Neste caso a parte pode
novamente entrar com a via ordinária para provar aquilo que não foi possível nessa via;
ii. Concessão da ordem: é o correspondente á procedência;
iii. Denegação da ordem: corresponde à improcedência

Essas terminologias devem ser usadas. Julgo carecedor da ordem.

Conforme artigo 13 da LMS diz que se o juiz conceder a segurança deverá transmitir a decisão por
inteiro teor (cópia da sentença) para autoridade coatora e outra para a pessoa jurídica que ela pertence. Portanto,
deve escrever esse comando na sentença. “nos termos do artigo 13 da lei emcaminha-se copia para..”

Art. 13. Concedido o mandado, o juiz transmitirá em ofício, por intermédio do oficial do juízo, ou
pelo correio, mediante correspondência com aviso de recebimento, o inteiro teor da sentença à autoridade
coatora e à pessoa jurídica interessada.

Impossibilidade de ter efeitos pretéritos. O MS é uma ação que só pode ter efeitos a partir da
impetração, assim, aquilo que ficou antes da impetração deve ser pedido em ação autônoma.

§ 4o O pagamento de vencimentos e vantagens pecuniárias assegurados em sentença concessiva de


mandado de segurança a servidor público da administração direta ou autárquica federal, estadual e municipal
somente será efetuado relativamente às prestações que se vencerem a contar da data do ajuizamento da inicial.

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13. AÇÕES COLETIVAS (ACPC)

As ações coletivas nem sempre são contra a Fazenda Pública, podendo ser contra o particular. Se for
contra a Fazenda Pública há uma mescla com as regras anteriores.

13.1. REEXAME NECESSÁRIO INVERTIDO

 Ação Popular

Segue o MODELO DO ARTIGO 19 DA LAP. Diferentemente do que ocorre no CPC, neste caso, o
reexame necessário é em FAVOR DO CIDADÃO nos casos de improcedência ou carência da ação.

 Ação Civil Pública

Previsão na Lei 7347/85.

Tutela do Deficiente: Na ACP se for para a tutela do deficiente incide o artigo 4 o §1o da lei 7853/89.
Logo, tem reexame necessário quando a ação é EXTINTA ou julgada IMPROCEDENTE sendo em favor do
interesse do deficiente. Portanto, também é um REEXAME NECESSÁRIO INVERTIDO.

§ 1º A sentença que concluir pela carência ou pela improcedência da ação fica sujeita ao duplo grau
de jurisdição, não produzindo efeito senão depois de confirmada pelo tribunal.

Demais ações coletivas: O STJ no julgamento do REsp 110854/SP passou a entender que o artigo 19
da LAP é aplicado para TODAS AÇÕES COLETIVAS, inclusive na AIA. Em suma, qualquer ACP aplica-se o
reexame necessário invertido, que antes era apenas para deficiente. Essa interpretação decorre do sistema
coletivo.

“Sentença sujeita a reexame necessário, nos termos da jurisprudência do STJ, pois aplicado o regime
do artigo 19 da LAP.

STJ – aplica o reexame necessário da LAP

13.2. HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS

 Ação Popular

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Improcedente: Artigo 5o, LXXIX – se a ação for improcedente o autor é isento de sucumbência, salvo
má-fé.

Procedente: O AUTOR DA AÇÃO POPULAR VAI RECEBER HONORÁRIOS normalmente na


forma do artigo 20 do CPC e haverá condenação às custas processuais.

 Ação Civil Pública e AIA

Em ambas há previsão legal no artigo 17 e 18 da LACP.

IMPROCEDENTE: pouco importa quem é o autor, nesse caso, haverá ISENÇÃO DE


SUCUMBÊNCIAS, CUSTAS e HONORÁRIOS, salvo má-fé – pagamento do décuplo.

PROCEDENTE: se o autor for o MP o STJ entende que haverá ISENÇÃO DO RÉU, uma vez que o
MP não recebe honorários. Mas se o autor for qualquer outro legitimado aplica a regra geral do CPC prevista
no ARTIGO 20, sendo condenado normalmente a pagar custas e honorários.

13.3. PARTICULARES LEI 8429/1992

Além da reparação do dano, na improbidade, de acordo com o artigo 12 da LIA tem sanções
aplicáveis. Pacífico o entendimento de que as penas/sanções não são necessariamente cumuláveis, devendo
aplicar a proporcionalidade em acordo com a gravidade do ato.

Ainda, de acordo com o artigo 20 da LIA a perda do cargo e sanções de direitos políticos só se
aplicam com o trânsito em julgado da sentença.

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