Dimensionamento e Simulacao de Moinhos V PDF
Dimensionamento e Simulacao de Moinhos V PDF
Dimensionamento e Simulacao de Moinhos V PDF
São Paulo
2013
2
São Paulo
2013
1
Área de concentração:
Engenharia Mineral
São Paulo
2013
2
FICHA CATALOGRÁFICA
AGRADECIMENTOS
À minha esposa Raissa, pelo amor, por todo o apoio e estímulo na realização deste
trabalho. Sem você, nada disso teria sido possível.
Aos meus pais e irmãos, por sempre valorizarem os estudos. Dedico ainda um
agradecimento especial ao meu irmão Marcel Bergerman, que sempre me ajudou e
incentivou na difícil trilha da vida de engenheiro, desde os primeiros dias na
universidade.
Ao meu orientador, Prof. Dr. Homero Delboni Jr., pela dedicação e orientação
sempre precisa.
Ao Prof. Dr. Arthur Pinto Chaves, pelos conselhos e conversas ao longo de toda a
minha carreira, que me fizeram cada vez mais ser um apaixonado pela área de
Tratamento de Minérios.
Aos amigos da Vale, principalmente o Eng. Marco Nankran Rosa, o Eng. Halen
Carvalho, o Geol. Marcio Godoy e o Eng. Paulo Schusterschitz da Silva Araújo, pelo
apoio na realização deste estudo. A toda equipe de processo das minas do Sossego
e Salobo, Luis Machado, Anderson Miranda, Ronaldo Fonseca, Lidiane Rabelo,
Francisco Olegário, Deivison Silva, Marlon Souza, Washington Cardoso, Jorge
Oliveira e Edmilson Santos, que realizam seu trabalho com toda a dedicação que a
área necessita, tornando, sem dúvida, um grande prazer a rotina de trabalho nesta
usina.
Ao Geol. José Matteo, da Cimento Itaú, pelo apoio na realização dos ensaios de
Blaine.
“O bom do caminho é haver volta. Para ida sem vinda, basta o tempo.”
(Mia Couto)
7
RESUMO
ABSTRACT
LISTA DE FIGURAS
Figura 2.10 - Circuito fechado apenas com o classificador interno do moinho. Esta
opção é utilizada para a preparação de cal hidratada ............................................... 63
Figura 2.11 - Circuito fechado com ciclone com alimentação direta ......................... 63
Figura 2.12. Circuito aberto com descarga pela porção inferior. Esta opção é
recomendada para moagens muito finas, com produtos da ordem de 1 a 2 m e
requer uma tela para segurar a carga de bolas......................................................... 63
Figura 2.33 – Relação entre a energia fornecida e o produto da cominuição ......... 105
Figura 2.36 - Ilustração da planta piloto do moinho vertical de 3kW da Metso ....... 120
Figura 2.42 - Espalhamento da luz para partículas pequenas e grandes ............... 132
Figura 4.18 - Detalhe da alimentação nova do moinho vertical, realizada pela porção
superior do equipamento ......................................................................................... 185
Figura 4.24 - Vista da bomba de alimentação do moinho vertical da Samarco ....... 190
Figura 4.29 - Moinho vertical da etapa secundária de moagem de Cadia .............. 194
Figura 4.34 - Variação da vazão de alimentação dos moinhos verticais ................. 206
Figura 4.36 - Distribuição granulométrica da carga de bolas do moinho vertical .... 208
Figura 5.2 – Jarro com carga de corpos moedores e minério ................................. 215
Figura 5.3 – Detalhe do jarro com carga de corpos moedores e minério ................ 215
Figura 5.5 - Resultados dos ensaios 1.3 e 1.10 em comparação ao ensaio padrão e
a amostragem industrial do Sossego ...................................................................... 227
Figura 5.7 - Resultados dos ensaios 1.6 e 1.9 em comparação ao ensaio padrão e a
amostragem industrial do Sossego ......................................................................... 228
Figura A.23 – Corrente do moinho vertical - linha azul escura ................................ 281
LISTA DE TABELAS
Tabela 2.1 – Gasto de energia elétrica para a cominuição por bem mineral ............ 33
Tabela 2.4 - Definições dos mecanismos de cominuição que levam à fratura de uma
partícula .................................................................................................................... 39
Tabela 2.5 – Nomenclatura dos moinhos existentes para a moagem fina e ultrafina49
Tabela 2.15 – Relação entre o tamanho dos corpos moedores e o número de bolas
por unidade de massa ............................................................................................... 88
Tabela 2.17 – Corpos moedores disponíveis para moinhos de carga agitada .......... 92
Tabela 2.20 – Distribuição dos diâmetros das bolas da carga moedora para o ensaio
de WI. ...................................................................................................................... 102
Tabela 2.21 – Distribuição dos diâmetros das bolas da carga moedora do ensaio de
WI ............................................................................................................................ 102
Tabela 2.23 - Ilustração das etapas de cominuição com a energia consumida neste
estágios usando as equaçõs de Rittinger, Bond e Kick ........................................... 104
Tabela 3.3 - Resumo dos resultados para avaliação da qualidade dos métodos de
distribuição de tamanhos ........................................................................................ 163
Tabela 4.7 – Cálculo das massas mínimas utilizando a fórmula de Pierre Gy. ....... 202
Tabela 4.8 - Resultados das amostragens realizadas na Usina do Sossego .......... 205
Tabela 5.1 - Condições utilizadas na primeira etapa de ensaios de jarro ............... 218
Tabela 5.2 - Condições utilizadas na segunda etapa de ensaios de jarro .............. 223
20
Tabela 5.3 - Condições utilizadas na terceira etapa de ensaios de jarro ................ 225
Tabela 5.5 - Erros associados ao cálculo da energia no ensaio de 5 minutos ........ 231
Tabela 5.6 - Erros associados ao cálculo da energia no ensaio de 10 minutos ...... 231
Tabela 5.7 - Erros associados ao cálculo da energia no ensaio de 20 minutos ...... 231
Tabela 5.8 - Erros associados ao cálculo da energia no ensaio de 30 minutos ...... 231
Tabela 5.9 - Erros associados ao cálculo da energia no ensaio de 40 minutos ...... 232
D80 – Diâmetro no qual passam 80% das partículas de uma dada distribuição
granulométrica
F80 - Diâmetro no qual passam 80% das partículas de uma dada distribuição
granulométrica do fluxo de alimentação de um circuito de cominuição ou moinho
P80 - Diâmetro no qual passam 80% das partículas de uma dada distribuição
granulométrica do fluxo de produto de um circuito de cominuição ou moinho
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO ...................................................................................................... 26
4.3.5. Comparação dos resultados das quatro usinas amostradas .................. 212
APÊNDICES............................................................................................................ 265
1. INTRODUÇÃO
1
Cabe destacar aqui que o termo moinho vertical também é utilizado em outras indústrias para
equipamentos diferentes, como os moinhos do tipo Loesch.
27
etapas:
2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
2
Verbete “Revolução Industrial” do Dicionário de Ciências Sociais. Rio de Janeiro: Fundação
Getúlio Vargas, 1986. 1 ed. p. 1077.
31
3
Efeito Estufa: Processo que ocorre quando uma parte da radiação solar refletida pela superfície
terrestre é absorvida por determinados gases presentes na atmosfera. Como conseqüência, o calor
fica retido, não sendo liberado ao espaço. O efeito estufa dentro de uma determinada faixa é de vital
importância pois, sem ele, a vida como a conhecemos não poderia existir. Acima de certos níveis de
acúmulo destes gases, provenientes da queima de combustíveis fósseis, significativos aumentos de
temperatura podem ocorrer. É o chamado efeito estufa. (Decifrando a terra. São Paulo: Oficina de
Textos, 2000. p. 510).
32
Figura 2.2 – Evolução do preço da energia elétrica para consumidores industriais no período de 2006
a 2030
Custo de energia - consumidores industriais (base dolar 2007)
Valor da energia (cUS$/kWh)
7.6
7.4
7.2
7.0
6.8
6.6
6.4
6.2
6.0
5.8
5.6
06
07
08
09
10
11
12
13
14
15
16
17
18
19
20
21
22
23
24
25
26
27
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29
30
20
20
20
20
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20
20
20
20
20
20
Ano
4
A palavra cominuição vem do latim comminuere e significa “fazer menor”. Esta é uma atividade que
acompanha o homem desde sua pré-história, adequando os bens minerais retirados da natureza às
suas utilizações finais (Napier-Munn et al., 1999). No contexto da mineração, o termo cominuição
engloba as operações unitárias de britagem, moagem e classificação. Os processos de classificação
não são estritamente processos de redução de tamanhos, mas sim parte integral de qualquer circuito
de cominuição, contribuindo diretamente para o desempenho do circuito e eficiência energética.
33
Tabela 2.1 – Gasto de energia elétrica para a cominuição por bem mineral
9
Posição Commodity Energia (10 kWh)
1 Minério de cobre 3,6
2 Minério de ferro 3,3
3 Minério de fosfato 1,3
4 Argila 0,5
5 Minério de titânio 0,3
Fonte: Fuerstenau e Han (2003). Adaptado pelo autor.
5
Circuito composto por moinho de semi-autógeno, britador de pebbles e moinho tubular de carga
cadente de bolas. Maiores referências podem ser obtidas em Bergerman, 2009.
35
Ano
Fonte: Batterham e Elvish (2009) apud Bearman (2013). Adaptado pelo autor.
6
SIMÕES, A. Informações Vertimill. [comunicação pessoal] Reunião realizada em 15 de ago.2012.
7
DAHER, D. Informações Vertimill. [comunicação pessoal] Mensagem recebida por:
<[email protected]> em 09 de jan.2012.
36
Para que uma partícula seja fraturada, é necessário que seja submetida a
uma força que exceda sua resistência. A forma pela qual a partícula se
fratura depende de sua natureza e do modo como a força é aplicada.
Schonert (1991) ressalta que o desempenho de um moinho tubular de bolas
depende do fluxo de material pelo mesmo e da forma como a energia é aplicada ao
material a ser cominuído. A intensidade de energia aplicada, que pode ser
38
Tabela 2.4 - Definições dos mecanismos de cominuição que levam à fratura de uma partícula
Autor Definição dos mecanismos de cominuição Ilustração dos mecanismos como proposto pelo autor
Pryor (1965) Define que a energia cinética de um moinho pode ser aplicada a carga por meio de:
- pressão a que fica submetida uma partícula presa entre duas bolas ou entre uma
bola e o minério;
Tarján (1981) Afirma que uma partícula pode ser quebrada por:
Autor Definição dos mecanismos de cominuição Ilustração dos mecanismos como proposto pelo autor
Bond (1985) Afirma que a quebra se deve a mecanismos de impacto, compressão e abrasão ou
atrição.
Kelly e Spottswood Definem os mecanismos como abrasão (a), compressão (b) e impacto (c). Considera o
(1982) lascamento ou atrição um caso particular da compressão. Os autores ressaltam que
na prática, mais de um mecanismo pode ocorrer simultaneamente.
Abrasão
Compressão
Impacto
Beraldo (1987) Define os mecanismos como abrasão, compressão e impacto. A explicação do autor
para cada mecanismo é apresentada abaixo:
Abrasão: Ocorre quando a força é insuficiente para provocar uma fratura em toda a
partícula. Há a concentração local de esforços, que provoca o aparecimento de
pequenas fraturas, com o surgimento de uma distribuição granulométrica de partículas
finas ao lado da original, cujo diâmetro é pouco diminuído. Esse tipo de fratura pode
ser provocado por atrito entre as partículas ou de bolas com as partículas.
Compressão: Ocorre quando a força é aplicada de forma lenta e permite que, com o
aparecimento da fratura, o esforço seja aliviado. Assim, a força é pouco superior à
41
Autor Definição dos mecanismos de cominuição Ilustração dos mecanismos como proposto pelo autor
Autor Definição dos mecanismos de cominuição Ilustração dos mecanismos como proposto pelo autor
Arraste (c): Forças de pressão são superpostas em sentido paralelo aos planos.
Devido a maior intensidade de abrasão nas extremidades, a partícula torna-se
arredondada.
Choque (d): Diferente das demais opções, o esforço ocorre apenas contra um plano. A
partícula colíde com um plano ou outras partículas.
Fonte: Wellemkamp (1999)
Hersbt; Lo; Flintoff Dividem os mecanismos de quebra em compressão (baixa velocidade) e impacto (alta
(2003) velocidade). Afirmam, ainda que a partícula pode ser quebrada por abrasão ou
lascamento/atrição.
Atrição
ou Abrasão
Lascamento
Autor Definição dos mecanismos de cominuição Ilustração dos mecanismos como proposto pelo autor
Gupta; Yan (2006) Afirmam que os mecanismos que predominam na britagem são os de compressão e
impacto, enquanto na moagem os mecanismos de atrição são muito maiores.
Atrição: Quando a força é aplicada entre duas superfícies a baixa velocidade (0,1 a 10
m/s).
Impacto e impacto com atrição: Quando a força é aplicada por uma partícula única
sobre uma superfície ou sobre outra partícula, a altas velocidades (10 a 200 m/s).
Chaves (2009) Afirma que o que distingue os processos de britagem e moagem são a predominância,
na britagem, da compressão, impacto e cisalhamento, enquanto na moagem
predominam os mecanismos de abrasão.
44
Schonert (1990) cita quatro fatores que levam ao maior consumo de energia
para a remoagem:
aumentada;
2) Materiais frágeis passam a se deformar de forma plástica abaixo de certo
tamanho, que depende do material. Após esta transição, a quebra destes
materiais se torna mais difícil;
3) As forças de arraste do meio determinam de maneira mais intensa o
movimento das partículas conforme elas diminuem de tamanho. A carga
exercida sobre essas partículas causa sempre um contra fluxo na direção
oposta ao local em que a partícula se encontra, o que aumenta a
probabilidade das partículas escaparem do ponto de ação da moagem e
serem arrastadas para outro local;
4) As forças de adesão causam a aglomeração e recobrimento dos corpos
moedores. Esses fenômenos diminuem o efeito da ação de moagem sobre
as partículas.
Carbeto de Esferas de
boro vidro
Boro cristalino
Resistência da partícula (N/mm2)
Clinquer
Marmore
Cana de açucar
Quartzo
Calcário
Carvão
No caso dos moinhos de carga agitada, Schonert (1990) afirma que estes
fornecem ao minério a ser cominuído forças 65% maiores que os moinhos tubulares
de bolas. O tamanho menor dos corpos moedores também aumenta o número de
zonas ativas e colisão em um determinado volume do moinho e consequentemente
o contato entre corpos moedores e partículas.
Compressão 1
Compressão
Eficiência energética (%)
UFLC plano 1
UFLC Bolas 1
UFLC plano 4
Moinho de bolas
UFLC Bolas 4
controle da vazão que passa pelo moinho, favorecem o melhor fluxo das partículas
pela zona ativa de moagem.
moinhos de carga agitada por impelidores ainda podem ser classificados segundo o
tipo de impelidor (discos, pinos, rosca, etc).
Tabela 2.5 – Nomenclatura dos moinhos existentes para a moagem fina e ultrafina
Esforço
Moinho Granulometria* Ambiente
Pressão Arraste Impacto Choque
Moinhos com meio
moedor
a) Moinhos cilíndricos X X Fina Seco/úmido
b) Moinhos vibratórios X X Fina Seco/úmido
c) Moinhos planetários X X Ultrafina Seco/úmido
d) Moinhos de atrição ou de
X Ultrafina Úmido
fenda
Moinho de choque
1. Moinho com rotor
a) Moinhos universais X Fina Seco
b) Moinho de pinos X Ultrafina Seco
c) Moinhos de rotor X Ultrafina Seco
2. Moinho a jato
a) Oval X Ultrafina Seco
b) Espiral X Ultrafna Seco
c) Contra fluxo X Ultrafina Seco
Moinhos de rolos verticais X X Fina Seco
Moinhos de rolos de alta
X Fina Seco
pressão
* Conforme definição do autor, fina <100 m e ultrafina <10 m.
Fonte: Wellemkamp (1999)
- Moinhos tubulares de bolas: corpos moedores são usados para moagem a seco ou
a úmido;
50
- Moinhos verticais com carga agitada por um impelidor de alta velocidade: similar ao
moinho de carga agitada por impelidor, com a diferença de que este movimenta a
carga em alta velocidade. Também chamado de peg mil;
- Moinhos horizontais com carga agitada por um impelidor: similar aos moinhos de
carga agitada por impelidor, mas montado na posição horizontal e com impelidor que
agita a carga em alta velocidade. Também chamados de disc mills;
- Colloid mills e pin mills: moinhos com impelidores que giram a altas velocidades,
com pequeno espaço entre as partes móveis e fixas, criando uma turbulência e
tensão intensa próxima ao pinos;
- Jet mills: reatores estacionários em que jatos de partículas são introduzidos a alta
velocidade, de forma que se colidam e se quebrem por impacto e abrasão.
Desta forma, no presente trabalho, sempre que possível, será detalhado ao máximo
o tipo de moinho citado, de forma a não gerar confusão. Como exemplo da possível
confusão, o moinho do fabricante Metso, chamado Vertimill®, pode ser classificado,
segundo diferentes autores, em moinho de torre, moinho vertical, moinho de carga
agitada, moinho de carga agitada por impelidor de baixa velocidade. No presente
trabalho, este equipamento foi classificado como moinho vertical de carga agitada
por impelidor de baixa velocidade. No entanto, de forma resumida, o mesmo foi
denominado de moinho vertical. O importante, neste ponto, é sempre se deixar claro
qual equipamento está sendo tratado, fornecendo a maior quantidade de
informações sobre o mesmo, ao menos nas partes introdutórias do texto, de forma a
se evitar possíveis confusões.
1. Custo de capital;
2. Custo de instalação;
3. Custo de operação;
4. Custo de manutenção;
5. Disponibilidade.
Nos próximos itens é feita uma breve descrição dos principais equipamentos
utilizados para remoagem de minérios metálicos a úmido com aplicações industriais
identificados nesta pesquisa pelo autor8.
8
Não foram citados equipamentos utilizados apenas para remoagem, moagem fina ou
ultrafina em escala laboratorial, como os moinhos de discos. Cabe destacar aqui que o foco do
trabalho são os moinhos verticais de carga agitada por impelidores. Os demais moinhos serão citados
apenas para ilustrar as alternativas mais utilizadas a este tipo de equipamento. Para o
aprofundamento das informações sobre outros moinhos, recomenda-se o trabalho de Ozer (2011),
que apresenta em detalhes os moinhos de rolos e o trabalho de Sanchez; Matsushida e Pons (198?),
que apresenta os moinhos para cimento. Duffy (1994) ilustra os moinhos que não utilizam corpos
moedores. Orumwense e Forssberg (1992) e Forssberg e Wang (2003) ilustram os equipamentos
disponíveis para moagem fina e ultrafina.
54
10 a 15 mm. Sachweh (1997) afirma que corpos moedores maiores são necessários
nestes moinhos para garantir que energia suficiente seja transferida do moinho para
as bolas, que consequentemente farão o trabalho de moagem. Como consequência
do uso de bolas maiores, existem menos pontos de contato disponíveis entre os
corpos moedores, significando baixa frequência de colisões. Isto leva a uma relação
entre a partícula e a carga pouco adequada para aplicações de remoagem ou
moagens finas/ultrafinas (JANKOVIC, 1999).
Partyka e Yan (2007) afirmam que moinhos tubulares não são usados para
moagens mais finas devido:
- À velocidade de rotação deve ser menor que a velocidade crítica, o que limita a
potência consumida pelo moinho;
- A uma grande parte do moinho ter que ficar vazia para permitir que a carga se
movimente.
Tabela 2.7 - Algumas aplicações de remoagem ao redor do mundo que utilizam moinhos tubulares de bolas
Mina / Empresa Aplicação Dimensões do moinho Corpo moedor Outras informações
Diâmetro (m) Comprimento (m) Tipo Tamanho
(mm)
Pajingo Gold Mine, Newmont Ouro, 90 tph, 200 a
3,66 4,18 Alto Cr 25
(Partyka; Yan, 2007) 38 m
Germano Iron Ore
Ferro, 340 tph, 120
Concentrator, CVRD 5,18 10,36 Cylpebs alto Cr 20 – 22
a 32 m
(Partyka; Yan, 2007)
Savage River, Savage River
Ferro, 140 tph, 140
Mines 3,90 8,80 Alto Cr 25 - 70
a 43 m
(Partyka ; Yan, 2007)
Pena Colorada, Consorcio Alto Cr 30%
Ferro, 430 tph, 125 4 – 8 Milpebs e
Minero Benito Juarez 5,00 10,67 Millpeb e 70%
a 38 m 25 bolas
(Partyka; Yan, 2007) bolas
Beaconsfield, Allstate
Sulfeto, 2,5 tph a
exploration 1,83 2,44 Cylpebs 22x22
20 m
(Partyka; Yan, 2007)
Trittn Copper, Tritton Copper
Cobre, 18 tph, 45 a
Ltd. 2,00 3,40 Bolas 25
30 m
(Partyka; Yan, 2007)
Corpos
Brunswick Mining, Noranda Cobre, chumbo e
moedores de
Mining & Exploration zinco, 25 tph, 30 a 3,20 4,00 19
aço de ormato
(Partyka; Yan, 2007) 25 m
irregular
Porgera Gold Mine, Placer
Pirita, 80 a 130 tph,
Dome 3,05 4,27 Bolas 30
106 a 30 m
(Partyka; Yan, 2007)
Mina Morro Agudo,
Companhia Mineira de Metais, Concentrado da
Votorantim flotação de 2,1 1,5 Bolas 38% de enchimento
(Possa; França;Cardoso, esfalerita, 11,8 t/h
2001)
20% de enchimento,
Ferbasa, Mina Ipueira
Minério de cromita 75% da velocidade
(Sampaio; Carvalho; Fonseca, 5 10 Bola 25 a 51
crítica
2001)
56 kW
58
Nos últimos anos, a utilização de moinhos com carga agitada por impelidor
tem contribuído para a viabilidade de projetos que necessitem de moagens mais
finas (JANKOVIC, 2003). A Figura 2.7 ilustra o consumo energético dos moinhos de
carga agitada por impelidores em comparação aos moinhos tubulares de bolas nos
diferentes estágios de moagem.
Moagem ultrafina
Moagem fina
Remoagem
Moagem convencional
Lichter e Davey (2006) afirmam que os moinhos com carga agitada operam
normalmente com uma alimentação entre 300 e 50 m, podendo chegar até 6 mm, e
produtos na faixa de 50 a 5 m. Ressalta-se aqui que estes valores de alimentação
e produto têm mudado significativamente com a evolução da tecnologia, permitindo
tamanhos cada vez maiores de alimentação, assim como produtos mais finos, em
aplicações e equipamentos específicos. Estes moinhos podem ser classificados em
diferentes subcategorias, conforme a sua velocidade de agitação da carga,
geometria e orientação do eixo de agitação da carga. A orientação do eixo de
60
agitação da carga pode ser vertical ou horizontal. Existem duas classes principais de
moinhos nesta categoria. A primeira categoria inclui os Tower Mills®, Vertimills® e Pin
Mills. Nestes, o eixo agita os corpos moedores com menor velocidade. Já o segundo
grupo, que inclui o Stirred Media Detritor® e o Isamill®, opera com corpos moedores
mais de menores diâmetros e a velocidade do eixo é rápida o suficiente para
fluidizar os corpos moedores. Wellemkamp (1999) cita que os moinhos de carga
agitada por impelidores de baixa velocidade (chamado pelo autor de atritores)
operam com velocidade linear dos rotores abaixo de 4 m/s, enquanto moinhos de
carga agitada por impelidores de alta velocidade atingem velocidades entre 4 e 20
m/s. Em geral, os moinhos que operam com baixa velocidade de agitação, por
usarem corpos moedores maiores, são mais adequados para alimentações um
pouco mais grosseiras e minérios com maior dureza. Já os moinhos que operam
com altas velocidades de agitação, são mais adequados para moagens ultrafinas
com alimentações finas. Parry; Klein e Lin, (2006) afirmam que os moinhos de alta
velocidade são melhores para a moagem abaixo de 15 m.
Frente a maior demanda dos últimos anos para produtos de moagem cada
vez mais finos, os moinhos verticais de carga agitada por impelidores têm se tornado
cada vez mais populares. Este equipamento foi desenvolvido em 1950 no Japão,
pelo engenheiro Iwaaki Iskoichi, da Nichitsu Mining Industry Co. O equipamento
continuou sendo produzido por diferentes empresas, com o nome de Tower Mill® ou
Kubota Tower Mill®. Após diversas aquisições, o equipamento é fabricado
atualmente pela empresa Nippon-Eirich Co. (EIRICH, 2012; JANKOVIC, 2005).
61
®
Figura 2.8 – Ilustração de um Vertimill
Figura 2.9 - Circuito reverso fechado com Figura 2.10 - Circuito fechado apenas com o
ciclones classificador interno do moinho. Esta opção é
utilizada para a preparação de cal hidratada
Produto
Alimentação
Produto
Alimentação
Fonte: Stief; Lawruk e Wilson (1984). Fonte: Stief; Lawruk e Wilson (1984). Adaptado pelo
Adaptado pelo autor. autor.
Figura 2.11 - Circuito fechado com ciclone Figura 2.12. Circuito aberto com descarga pela
com alimentação direta porção inferior. Esta opção é recomendada para
moagens muito finas, com produtos da ordem de 1 a
2 m e requer uma tela para segurar a carga de
bolas
Produto
Alimentação
Alimentação
Produto
Fonte: Metso (2012). Adaptado pelo autor. Fonte: Stief; Lawruk e Wilson (1984). Adaptador
pelo autor.
Figura 2.13 – Comparação do espectro de energia de impacto de um moinho tubular de bolas (BM
13,5’) e um moinho vertical (VTM 1250)
Figura 2.14 – Comparação do espectro de energia de abrasão de um moinho tubular de bolas (BM
13,5’) e um moinho vertical (VTM 1250)
(1)
A carga dinâmica de bolas será cerca de 305 mm mais alta e não pode ser medida
de acordo com este método. A Figura 2.15 ilustra o procedimento de medição do
grau de enchimento realizado pela empresa Samarco.
Figura 2.16 - Comparação do arranjo de uma instalação de moinho tubular de bolas e moinho vertical
para a mesma aplicação
Vista superior
Vista superior
Moinho vertical VTM-1500-WB
Moinho tubular de bolas de 3,96 m x 7,62
m
Corte
Moinho de bolas de 3,96 m x 7,62 m
Corte
Moinho vertical VTM-1500-WB
2.17 pelas cores mais quentes. A sua geometria também contribui para uma maior
área de atrição.
Velocidade (m/s)
Pena (1992) ainda cita outros ganhos em relação ao moinho tubulares, como
a redução do consumo de cal em processo de neutralização, devido a maior área
superficial do que a obtida com a moagem da cal em moinho tubulares. O autor cita
ainda ganhos na razão de espessamento do produto do moinho vertical em relação
ao moinho tubular de bolas.
Liberado
Liberado
Liberado
Liberado
Distribuição (%) Liberado
- Bolas mais finas produzem uma moagem mais fina (bolas usadas variaram entre
12 e 25 mm);
Glen e Anderson (1991) citam que a recirculação interna foi usada para
garantir um critério de projeto de velocidade mínima de polpa de 0,8 a 1,2 m/min. Os
autores avaliam em mais detalhes a recirculação interna, mas aparentemente a sua
redução permite uma maior relação de redução, mas sem impactar
significativamente o tamanho final do produto na operação da usina de Hellyer.
®
Tabela 2.8 - Vertimill em operação ou em usinas que se encontram em construção no Brasil
Tipo de Situação do
Projeto Empresa Minério Estado Unidades
moinho projeto
Sossego Vale Cobre Pará VTM-1500 2 Em operação
Salobo Vale Cobre Pará VTM-1500 4 Em operação
Yamana
Maracá Cobre Goiás VTM-1000 1 Em operação
Gold
Minas
Paracatu Kinross Ouro VTM-1250 1 Em operação
Gerais
Caraíba Caraíba Cobre Bahia VTM-200 1 Em operação
Minas
Germano Samarco Ferro VTM-1500 1 Em operação
Gerais
Conceição do Anglo Minas
Ferro VTM-1500 16 Em construção
Mato Dentro American Gerais
Pesquisa e
Vale VTM-200 1
desenvolvimento
Minas
Serra Azul MMX Ferro VTM-3000 14 Em construção
Gerais
Aura
Serrote da Laje Cobre Alagoas VTM-1500 1 Em construção
Minerals
Fonte: Metso, 2011 e levantamento de campo do autor.
®
Tabela 2.9 - Tamanhos e potências dos Vertimills
Capacidade
Peso Carga
Altura Largura Comprimento Potência do de
Modelo vazio de bolas
(mm) (mm) (mm) motor (cv) alimentação
(ton) (kg) 3
(m /h)
VTM-15-WB 7.060 1.520 1.320 15 5,5 3.409 5
VTM-20-WB 7.180 1.520 1.320 20 5,9 4.545 7
VTM-40-WB 7.460 1.780 1.520 40 8,2 7260 14
VTM-60-WB 7.600 1.780 1.520 60 8,8 7260 20
VTM-75-WB 7.900 1.960 1.700 75 12,5 9797 25
VTM-125-WB 9.270 2.670 2.310 125 17,9 18144 42
VTM-150-WB 9.780 2.670 2.310 150 19,6 18144 51
VTM-200-WB 9.780 2.670 2.310 200 20,5 18144 68
VTM-250-WB 9.650 3.660 3.180 250 33,8 29.030 85
VTM-300-WB 9.650 2.660 3.180 300 35,7 29.030 102
VTM-400-WB 11.320 3.910 3.380 400 52,7 34.930 135
VTM-500-WB 12.070 3.860 3.780 500 66,1 44.450 169
VTM-650-WB 12.270 3.250 3.860 650 82,6 58.970 220
VTM-800-WB 13.460 3.560 4.060 800 100,4 78.018 271
VTM-1000-
13.460 3.660 4.270 1000 116,1 86.160 339
WB
VTM-1250-
13.460 4.090 4.520 1250 125,4 90.720 423
WB
VTM-1500-
14.655 4.547 5.385 1500 143,3 127.005 508
WB
VTM-3000-
17.148 6.383 6.604 3000 342,7 277.599 1016
WB
VTM-4500-C 18.590 6.383 6.604 4500 400,0 325.000 1500
Fonte: Metso (2012) e Metso (2012b)
Além dos equipamentos listados na Tabela 2.9, a Metso também fornece uma
configuração especial para cal, denominada LS, com versões de 7,5 kW a 298 kW e
capacidade de processamento de 1,4 a 30 t/h de CaO (Metso, 2013). Martensen
(2013)9 informa que 67% dos Vertimills® no mundo operam em aplicações de
remoagem (200 a 15 m), 24% em aplicações de moagens secundárias e terciárias
(6 mm a 75m), 2% na moagem de cal e 7% em outras aplicações.
9
MARTENSEN, R. Stirredmilling: technology at work for you. 2013 [comunicação pessoal]
Mensagem recebida por: <[email protected]> em 14 de jan.2009.
74
®
Figura 2.19 – Potência instalada de Vertimills no mundo, por ano de venda do equipamento
80000
70000
60000
50000
Potência (hp)
40000
30000
20000
10000
Ano
Figura 2.20 – Ilustração de um Isamill® com a câmara de moagem aberta para manutenção
Motor
Redução Rolamento do eixo
Saída do minério
Classificador interno
Câmara de moagem
Discos de moagem
Entrada de minério
Eixo
Válvula de dreno
®
Figura 2.21 – Potência instalada de Isamill no mundo, por ano de venda do equipamento
90000
80000
70000
60000
Potência (cv)
50000
40000
30000
20000
10000
Ano
Este tipo de moinho possui um impelidor vertical com diversos pinos fixados
ao longo do mesmo. A carga do moinho é preenchida com corpos moedores de
metal ou cerâmica entre 3 e 12 mm. Podem ser usados também corpos moedores
autógenos ou pebbles. A alimentação é em geral menor que 300 m e o produto
77
2.4.2.4. Moinho vertical de carga agitada por impelidor de alta velocidade - Stirred
Media Detritor®
Possui um eixo vertical com pinos que gira em alta velocidade para fluidizar os
corpos moedores. Em geral, os corpos moedores são de sílica ou cerâmica, com
tamanhos entre 1 e 8 mm. A alimentação costuma variar entre 100 e 15 m, com um
máximo de 250 m e o produto chega a até 2 m (DAVEY, 2003; DAVEY, 2008;
LICHTER; DAVEY, 2006; METSO, 2013). O nome comercial atual vem sendo usado
desde que a Metso passou a produzir este equipamento. Anteriormente, o mesmo
era chamado de Sala Agitated Mill (WELLER; GAO, 1999). A Figura 2.23 ilustra o
equipamento.
®
Tabela 2.11 - Tamanhos e potências dos SMD
Modelo Altura Largura Comprimento Potência Peso Carga Capacidade
(mm) (mm) (mm) do motor vazio de de
(kW) (ton) bolas alimentação
3
(kg) (m /h)
SMD – 0,75 – L 1215 1071 480 0,75 0,4 2
SMD – 7,5 – P 2213 1262 1399 7,5 1,5 125 21
SMD – 18,5 – P 2293 1282 1837 18,5 2,1 300 43
SMD – 90 – E 4215 2130 2130 90 4,02 1500 60
SMD – 185 – E 4659 2511 2511 185 7,59 3000 115
SMD – 355 – E 6498 3050 3050 355 15,5 6000 115
SMD – 11000 - E 7406 4900 4900 1100 12,55 18000 225
10
Fonte: Martensen (2013)
®
Figura 2.24 – Potência instalada do SMD no mundo, por ano de venda do equipamento, sem incluir
as unidades fornecidas pela English China Clays International, ECCI antes de 1998, por falta de
referências
20000
18000
16000
14000
Potência (cv)
12000
10000
8000
6000
4000
2000
Ano
10
Fonte: Martensen (2013)
10
MARTENSEN, R. Stirredmilling: technology at work for you. 2013 [comunicação pessoal]
Mensagem recebida por: <[email protected]> em 14 de jan.2009.
80
na África do Sul no final dos anos 1990. O fabricante informa (RAHAL; ERASMUS;
MAJOR, 2011) que este equipamento opera com velocidades intermediárias aos
moinhos de carga agitada por impelidores de alta velocidade (maiores que 15 m/s) e
baixa velocidade (menores que 3 m/s), operando a uma velocidade aproximada de
10 – 12 m/s e são dimensionados para operar com uma carga bastante densa. O
moinho é montado na posição vertical. Maiores informações sobre o mesmo podem
ser obtidas no trabalho de Rahal; Erasmus, Major (2011). Os moinhos disponíveis
possuem potências de 3 kW e 11 kW (escala laboratorial), 30 kW e 55 kW (escala
piloto) e 110 kW a 699 kW (escala industrial). A Figura 2.25 ilustra o moinho Deswik®
1000, de 400 kW, instalado na mina Kroondal, da Aquarius Platinum, na África do
Sul.
pela Outotec®, chamado de HIG Mill – High Intensity Grinding Mill. Pode ser
alimentado com granulometrias de até 250 m e gerando um produto de 5 a 50 m.
Pode operar com corpos moedores de aço ou cerâmica, de 1 a 6 mm (ARAUJO,
2013)11. Costuma ser operado em circuito aberto, com uma pré-classificação, para
retirar os finos e ajustar a porcentagem de sólidos de alimentação do moinho. É uma
tecnologia com mais de 30 anos. Existem mais de 200 moinhos instalados no
mundo, com potência superior a 300 MW (ARAUJO, 2013)11. A Tabela 2.12 ilustra
os tamanhos disponíveis comercialmente, com motores de 50 a 5000 kW.
®
Tabela 2.12 - Tamanhos e potências dos HIG Mills
Modelo Potência do
motor (kW)
HIG 132 132
HIG 300 300
HIG 500 500
HIG 700 700
HIG 900 900
HIG 1100 1100
HIG 1600 1600
HIG 2300 2300
HIG 3000 3000
HIG 3500 3500
HIG 4000 4000
HIG 5000 5000
11
Fonte: ARAUJO (2013)
11
ARAUJO, P. Informações HIG-Mill. [comunicação pessoal] Mensagem recebida por:
<[email protected]> em 26 de mar.2013.
82
11
Fonte: Araujo (2013)
2.4.4.1. Vibra-drum®
alta eficiência operacional. Ganhos de energia entre 35 e 50% são informados pelo
fabricante. A Figura 2.28 ilustra este equipamento (GENERAL KINEMATICS, 2009).
Corpos
moedores
Peneira
Molas da
câmara de
moagem
Descarga do
produto moído
Molas de
isolamento
12
CHAVES, A.P. Informações Palla Mill. [comunicação pessoal] Reunião realizada em 09 de
set.2013.
86
- Velocidade do impelidor/rosca;
- Vazão de alimentação;
- Geometria da rosca;
Tabela 2.15 – Relação entre o tamanho dos corpos moedores e o número de bolas por unidade de
massa
Tamanho de bola (mm) Área específica Número de bolas
2
(m /t) (por t)
20 83,3 66.315
15 111,1 157.190
10 166,7 530.516
5 333,3 4.144.132
3 555,6 19.648.758
2 833,3 66.314.560
Fonte: Lichter e Davey (2006). Adaptado pelo autor.
89
Nesset et al. (2006) apud Larson et al. (2011) mostram que os moinhos
verticais podem ser mais eficientes que Isamills® e Stirred Media Detritros® se
usarem corpos moedores menores. No entanto, deve-se atentar aos limites
operacionais dos moinhos verticais, que em geral não operam com corpos moedores
menores que 12 mm, segundo os autores.
Weller e Gao (1999) afirmam que devem ser avaliados, para cada tamanho
requerido de produto, o tamanho ótimo de corpos moedores a serem usados.
Jankovic (2001) avalia três tamanhos de corpos moedores para um mesmo material
e demais condições operacionais, mostrando diferenças de consumo de energia na
ordem de 50% para um mesmo trabalho de moagem com corpos moedores de 12,
6,8 ou 4,8 mm. Duffy (1994) também apresenta resultados semelhantes,
comparando corpos moedores de 12 e 9,8 mm.
(2)
Definindo-se:
- R é o raio;
- m é a massa; e
ω a velocidade de rotação.
Autógeno
Convencional
Tamanho (microns)
Fonte: Grano et al. (1994) apud Pease (2006). Adaptado pelo autor.
Pode-se observar que existe uma ampla gama de tipos de corpos moedores.
Os mais utilizados nos moinhos verticais são as bolas de aço. O único ponto
negativo dos mesmos apresentados pela literatura é o impacto na cinética dos
processos de concentração a jusante. Ressalta-se, no entanto, que os moinhos
verticais também podem operar com corpos moedores de cerâmica, caso
necessário. Quanto ao uso de corpos moedores não esféricos, como os millpebs, a
literatura ainda apresenta divergências sobre o assunto.
ressaltam que devem ser tomados cuidados com o enchimento dos moinhos de
carga agitada. Nos moinhos verticais, a carga pode começar a sair pela descarga do
moinho. Nos moinhos horizontais, enchimentos acima de 85% podem resultar em
aumento da pressão na base do moinho, que resulta em danos aos revestimentos e
agitadores.
Tabela 2.19 – Porcentagem de sólidos em relação ao volume de polpa considerando um sólido com
3
densidade de 3,6 t/m
Vazão de alimentação do Densidade de polpa Vazão volumétrica de polpa
3
moinho (% em peso) (m /h)
(t/h de sólidos)
50 30 131
50 40 89
50 50 64
50 60 47
50 70 35
Fonte: Gao; Holmes e Pease (2006)
Weller e Gao (1999) mostram que a eficiência de moagem não varia com a
vazão de alimentação para os moinhos verticais. Nos moinhos de carga agitada
horizontais, a vazão de alimentação impacta a eficiência de moagem, já que esta
influi diretamente na pressão na câmara de moagem. Nestes casos, deve-se tomar
cuidado para não se atingir vazões muito altas, que tendam a empurrar a carga para
a descarga do moinho, podendo causar desgaste excessivo neste local do
equipamento.
97
com uma distribuição granulométrica final, mais fina. Diversos autores buscaram
estabelecer relações entre a energia aplicada aos moinhos e o tamanho dos
produtos gerados. Importante destacar que essa energia se refere sempre à energia
efetivamente aplicada ao moinho ou energia disponível para a moagem,
descontadas as perdas no motor, da ordem de 10%, e da embreagem, engrenagens
e perdas mecânicas do moinho, da ordem de 10 a 15%, conforme estimavas de
Pryor (1965) para moinhos tubulares.
ou (3)
Definindo-se:
S1 = área do produto;
S0 = área inicial;
P = tamanho do produto;
F = tamanho de alimentação.
(4)
Definindo-se:
P = tamanho do produto;
F = tamanho de alimentação.
Figueira; Luz e Almeida (2010) ressaltam que esta lei se aplica principalmente
à cominuição de materiais grosseiros.
Em 1952, Bond (1952) propôs uma terceira equação, representada na eq. (5),
que relaciona a energia consumida para a redução de tamanho de um material ao
inverso da raiz quadrado do tamanho do produto.
(5)
√ √
101
Definindo-se:
K3 = constante;
P = tamanho do produto;
F = tamanho de alimentação.
Tabela 2.20 – Distribuição dos diâmetros das bolas da carga moedora para o ensaio de WI.
Número de bolas Diâmetro (mm)
43 36,5
67 30,2
10 25,4
71 19,1
94 15,9
Fonte: Associação (1990)
O próprio Bond (1985) não aponta em sua norma o peso de cada conjunto de
corpos moedores, citando apenas que o peso total deve ser de 20.125 g. O uso de
esferas de rolamentos de aço-cromo não chega à massa sugerida com o número de
corpos moedores especificados. Martins (1984) cita as seguintes massas para cada
conjunto de corpos moedores, ilustradas na Tabela 2.21.
Tabela 2.21 – Distribuição dos diâmetros das bolas da carga moedora do ensaio de WI
Número de bolas Diâmetro (mm) Massa (g)
43 40 12.100
67 30 7.250
10 25 576
71 20 2.125
94 15 1.214
Fonte: Martins (1984)
mostra a Tabela 2.22. Além disso, pode ser empregado, segundo Rowland Junior e
Kjos (1978), como indicador da eficiência energética da operação industrial de
moagem com base no WI operacional. Este último é obtido mediante a utilização da
equação de Bond, tendo como valores de entrada os valores de d80 de alimentação
e produto do circuito, da vazão de alimentação e da potência aplicada ao moinho, ou
seja, a potência do motor descontadas as perdas na linha de alimentação elétrica,
no motor e, eventualmente, no redutor. Tendo calculado o WI operacional, deve-se
proceder à correção dos mesmos utilizando os fatores citados pelos autores.
Divide-se então o WIop calculado pelos fatores aplicáveis e se obtém assim o
WIop corrigido. Rowland Junior (1998) ressalta que os fatores devem ser aplicados ou
ao WIop ou ao WI de laboratório, de modo a deixar os mesmos na mesma base de
comparação. A eficiência do processo é, então, calculada por meio da relação WI op
corrigido/WI, ou seja, a razão entre o índice operacional corrigido e o índice encontrado
em ensaios de laboratório (BOND, 1985; ROWLAND JUNIOR, 1998). Logo, se o
valor de eficiência calculado for menor que 1, o circuito está operando de forma
eficiente. Se o valor calculado for maior do que 1, o circuito não está operando de
forma eficiente.
Musa e Robinson (2009) calculam a eficiência também dividindo-se o WIop
pelo WI. Os autores citam a limitação desta forma de cálculo de eficiência, já que
esta leva em conta apenas o P80 e F80, considerando que as curvas de distribuição
granulométricas são paralelas em escala log-log. O cálculo do WIop também não leva
em conta outros gastos de energia do moinho, como o gasto com corpos moedores
e revestimentos, além do transporte e classificação da polpa. Os autores
apresentam outros métodos para o cálculo da eficiência de circuitos de moagem,
incluindo o uso da área específica gerada e o uso de índices que levem em conta os
gastos de energia com corpos moedores, revestimentos, transporte e classificação
da polpa.
Pereira e Donda (1984) ilustram o cálculo do WI operacional para o circuito da
Caraíba. O autor corrige o WI operacional dividindo o mesmo pelo EF1 (diâmetro do
moinho), EF2 (alimentação grosseira). Os autores utilizam a mesma nomenclatura
apresentada por Rowland Junior (1976) para o cálculo da eficiência de moagem, que
separa o conceito de fator de eficiência e eficiência de moagem, conforme ilustrado
nas eq. (6) e eq. (7):
104
(6)
(7)
Como citado acima, a equação de Bond foi a que mostrou maior aplicação
prática, podendo ser utilizada para calcular a eficiência dos circuitos de moagem,
dimensionar circuitos e para determinar a resistência de moagem de diferentes
minérios. Apesar da equação de Bond ser a mais aplicada no setor mineral, Charles
(1957), demonstra que todas equações têm a mesma origem, variando o expoente,
conforme a eq. (8).
(8)
Tabela 2.23 - Ilustração das etapas de cominuição com a energia consumida neste estágios usando
as equaçõs de Rittinger, Bond e Kick
E
E kick E bond
Estágio F (m) P (m) rittinger
(kWh/t) (kWh/t)
(kWh/t)
Desmonte por
10.000.000 1.000.000 2,5 0,07 0,0009
explosivos
Faixa comum
Na prática, o que a Tabela 2.23 ilustra é que as três teorias fazem uma
relação linear entre o tamanho do produto da moagem e a energia gasta para tal
105
trabalho, variando apenas entre as diferentes teorias a inclinação desta reta, como o
próprio Hukki demonstrou na Figura 2.33.
Tamanho (log)
Fonte: Hukki (1975). Adaptado pelo autor.
(9)
Definindo-se:
W = consumo específico de energia (kWh/t);
(10)
√ √
Os termos da eq. (10) são iguais ao da eq. (5), proposta por Bond (1985). O
autor apresenta um erro de aproximadamente 5% entre os valores medidos pelo WI
e pelo método simplificado.
E1 = E 2 (11)
Definindo-se:
- ; (12)
√ √
- . (13)
√ √
Donda (2003) utiliza a equação proposta por Rowland Junior (1986) para
calcular a potência requerida pelo moinho e, consequentemente, o consumo
específico de energia em moinho industriais e em moinhos de laboratório. No caso
de moinhos de laboratório, essa equação é utilizada para a determinação da curva
de potência em relação à área específica ou à granulometria produzida.
109
Para moinhos maiores que 2,44 m, a eq. (14) ilustra a proposta de Rowland
Junior (1986).
Definindo-se:
Para moinhos menores que 2,44 m, a potência pode ser estimada como
ilustrado na eq. (15).
2,44 D
* 3,2 3V p * C s * 1 910Cs
0,1 (15)
kWb 6,3 * D 0,3 * sen 51 22 (3.3)
2,44 2
As variáveis da eq. (15) são as mesmas descritas para a eq. (14). Deve-se
destacar que a literatura não cita qual o tamanho mínimo de moinho para o qual tal
equação pode ser utilizada. Nos moinhos de menor diâmetro, a equação proposta
inclui um redutor de potência, devido ao fato do menor ângulo de elevação dos
corpos moedores.
Figura 2.34 - Relação entre os resultados do Hardgrove, Moinho de carga agitada e ensaio de Bond
para alumina
Hardgrove Bond Moinho de carga agitada
Bond
- Utiliza apenas três fatores para dimensionar o moinho: WI, F80 e P80. Por isso, são
necessários os fatores de correção, determinados por Bond e por Rowland
(ROWLAND JUNIOR, 1986).
Mosher e Bigg (2002) afirmam que nas frações mais grosseiras da remoagem
115
- Uso de WI: o autor crítica o uso do WI tendo em vista que o teor de alimentação
dos circuitos de remoagem é muito diferente do material que alimenta a usina. Outro
problema são as aplicações com relações de reduções muito baixas, abaixo de
1,35:1, que tendem a apresentar WI operacionais muito altos;
WI operacional
Minério de
Chumbo
Relação de redução
Fonte: Shelton (1985). Adaptado pelo autor.
- Kubota/Tower Mill® (LARSON et al., 2011): utilizam moinho com volume interno
de 8 litros (0,4 kW) e 120 litros (15 kW). Segundo os autores, pouco material é
usado e a recirculação é direta, ou seja, o produto da moagem retorna diretamente à
alimentação nova do moinho, sem classificação. Em função disso, aparentemente
ocorre um sub-dimensionamento utilizando-se o referido método. Os autores
apresentam dados comparativos de projeto e consumo industrial indicando um erro
aproximado de 48 a 84% de energia a mais nas operações industriais em relação ao
estimado, como ilustrado na Figura 2.37.
Dados de
plantas
WI operacional – kWh/t
industriais
Estimativas
realizadas pelo
fabricante
já que apesar de um moinho ser vertical e o outro horizontal, ambos operam com
velocidades similares. A Metso (2013), fornecedora do equipamento, informa que
dispõe também de um ensaio laboratorial para a realização do dimensionamento,
porém sem especificar o procedimento adotado. Este ensaio requer
aproximadamente 1 kg de amostra.
P80 (m)
Além dos pontos citados acima, dois fatores são importantes para garantir a
confiabilidade dos resultados laboratoriais do ensaio com o Isamill®. Como o moinho
de laboratório opera em estado estacionário, é possível avaliar se ocorreu acúmulo
de material grosseiro na câmara de moagem. Além disso, a potência consumida é
medida diretamente no eixo do moinho, de modo similar aos moinhos industriais.
Esse procedimento pode ser realizado, segundo Larson et al. (2011), com
aproximadamente 15 kg de material.
afirma ainda que para representar uma partícula mineral, em geral são calculados os
diâmetros equivalentes de uma esfera. Neste caso, a partícula é descrita como
tendo o diâmetro de uma esfera de equivalente massa, volume, entre outros. A
Figura 2.39 ilustra essas diferentes formas de representação.
Esfera com o
Esfera com o mesmo tamanho
mesmo tamanho mínimo
máximo Esfera de mesmo
peso
Esfera de mesmo
Esfera com a volume
mesma taxa de
sedimentação
Esfera de mesma
Esfera que passa área superficial
em uma mesma
abertura de peneira
- Difração a laser;
- Sedimentação;
Hogg (2003) destaca que é importante deixar claro qual dimensão está sendo
referida ao se informar uma medida de tamanho de uma partícula. O mesmo autor
ressalta ainda a importância da avaliação prévia da forma das partículas, antes de
se definir como será feita a sua medida de tamanho. Em função das incertezas
frente à determinação do tamanho de um conjunto de partículas, algumas restrições
se colocam no momento da escolha do método de determinação de tamanhos:
- Para sistemas com uma ampla distribuição de tamanhos deve-se tentar, sempre
que possível, utilizar apenas uma técnica de caracterização. Quando isto não é
possível, é importante que se use os fatores de correção adequados corrigindo, por
exemplo, o tamanho medido por peneiramento para o tamanho medido por
sedimentação;
Hogg (2003) destaca também que devem ser observados outros três pontos
na escolha do método de determinação de tamanhos. Primeiro, na escolha do
129
Tabela 2.26 – Faixas de tamanho recomendadas para cada método de determinação de tamanho de
partículas
Método Seco ou Fracionamento da Faixa de
úmido amostra aplicação (m)
Peneiramento Ambos Sim 5 – 100.000
Difração a laser Ambos Não 0,1 – 2.000
Microscopia óptica Seco Não 0,2 – 50
Microscópio eletrônico de Seco Não 0,005 – 100
varredura
Elutriação (Cyclosizer) Úmido Sim 4 – 45
Sedimentação (gravidade) Úmido Sim 1 – 40
Sedimentação (centrífuga) Úmido Sim 0,05 - 5
Análise dinâmica de Ambos Não 1 a 3.000
imagens
Fonte: Westermann (2010); Napier-Munn e Wills (2006). Adaptado pelo autor.
2.8.2.1. Peneiramento
13
CHAVES, A.P. Informações peneiramento. [comunicação pessoal] Reunião realizada em 09 de set.
2013.
131
Chaves (2006) define o peneiramento como uma operação “passa não passa”
pela tela de peneiramento. Este processo mede o segundo maior tamanho de uma
partícula, e é caracterizado em termos de tamanho pela menor abertura da malha de
peneiramento. A Figura 2.40 ilustra esse fenômeno.
Luz incidente
2.8.2.3. Cicloclassificador
2.8.2.5. Sedigraph
específico da partícula.
Análise de imagem
Tamanho (m)
Como pode ser observado, diferenças maiores que 50% nos resultados de
P80 e P50 podem ser obtidos. Esses resultados reforçam a importância de se realizar
uma análise detalhada de qual método de determinação de distribuição de tamanhos
de partículas será utilizado, principalmente no caso de minérios finos, como os
produtos de remoagem.
Tamanho (m)
Jankovic (1999) mostra que a medida feita com o método de difração a laser
tende a superestimar a fração de grossos. O autor usa uma combinação de
peneiramento a seco até 75 m, a úmido até 38 m e por difração a laser abaixo
138
desta faixa.
( )
∑
(16)
Definindo-se:
= densidade (g/cm3).
2.8.1.2. Permeabilidade
(17)
Definindo-se:
X = p/p0
P = pressão de gás
C = constante
(18)
Definindo-se:
V0 = volume molar do gás, igual a 22.400 cm3 sob pressão e temperatura padrão
Figura 2.48 - Variação do tamanho médio de partícula e da área específica (BET e Blaine) devido à
moagem
2
2
Tempo de moagem (min)
S (D80)n=C (19)
Definindo-se:
n=0,5
2.9. AMOSTRAGEM14
14
Esta seção já foi abordada na dissertação de Mestrado do autor. Por ser de grande importância
para o presente trabalho, parte da mesma é reproduzida, com ajustes, para o contexto do presente
estudo.
144
Ea = Eap + Ep (13)
Definindo-se:
Ea1 é o erro de ponderação, resultante da não uniformidade da densidade ou da
vazão do material;
Ea2 é o erro de integração, resultante do grau de heterogeneidade de distribuição do
material;
Ea3 é o erro de periodicidade, resultante de variações periódicas da qualidade do
material;
Ea4 é o erro fundamental, resultante da heterogeneidade de constituição do material.
Depende fundamentalmente da massa da amostra e, em menor instância, do
material amostrado. É o erro que se comete quando a amostragem é realizada em
condições ideais;
Ea5 é o erro de segregação, resultante da heterogeneidade de distribuição localizada
do material;
Ea6 é o erro de delimitação, resultante da configuração incorreta da delimitação da
dimensão dos incrementos;
Ea7 é o erro de operação (ou extração), resultante da operação de tomada dos
incrementos.
146
Definindo-se:
Ep1 deve-se à perda de material pertencente à amostra;
Ep2 deve-se à contaminação da amostra por material estranho;
Ep3 deve-se à alteração não intencional do parâmetro de interesse a ser medido na
amostra final;
Ep4 deve-se a erros não intencionais do operador;
Ep5 deve-se à alteração intencional do parâmetro a ser medido na amostra final.
Esses erros não podem ser estimados experimentalmente, mas, por meio de
procedimentos padronizados, é possível minimizá-los, e também eliminar erros
sistemáticos.
f d m3
M (22)
2 P
Definindo-se:
M = Massa de amostra requerida (g);
147
d13 d 23
d m3 (23)
2
(24)
z
Definindo-se:
= Precisão escolhida (proporção relativa)
z = Ordenada normal para um determinado nível de confiança
10 / 100
= 0,061, e P = 5% 0,5%, com 90% de confiança
1,64
residência;
- É importante identificar corretamente os recipientes para a tomada das amostras;
- Se a usina apresentar um grande distúrbio durante a amostragem, esta deve ser
encerrada, caso já existam um número adequado de incrementos, ou interrompida;
- Deve-se prever a separação de parte das amostras para ensaios de caracterização
e como arquivo, em caso de problemas no laboratório;
- Determinar quais dados devam ser levantados em sala de controle e quais os
obtidos em campo, assim como a necessidade de medição do grau de enchimento
de moinhos, amostragem de suas cargas, etc.
De acordo com Napier-Munn et al. (1999), para um circuito de remoagem, em
geral é necessária ainda a obtenção dos dados listados na Tabela 2.29.
Tabela 2.29 - Dados a serem registrados em amostragens de circuitos com moinhos verticais
Moinhos Ciclones
Tipo Tipo
Número de moinhos Número de ciclones
Diâmetro (interno ao revestimento) Pressão (kPa)
Velocidade (RPM ou fração da velocidade Vazão e densidade de alimentação
crítica)
Mecanismo de descarga Diâmetro do inlet
Grau de enchimento de bolas (%) Diâmetro do cilindro
Grau de enchimento total (%) Diâmetro do vortex
Densidade do minério Diâmetro do apex
Umidade da alimentação nova (%) Ângulo do cone
Potência sem carga (kW)
Potência com carga (kW) Dados do minério
Vazão de alimentação (t/h)
Tipo de minério
Índices de caracterização (WI, DWT, etc.)
Fonte: Napier-Munn et al. (1999). Adaptado pelo autor.
Para que se possa retirar uma alíquota da alimentação dos ciclones, pode-se
realizar a amostragem com uma saída extra da bateria de ciclones (ou uma sonda
interna à caixa de distribuição dos ciclones), em uma saída de um ciclone
desmontado ou ainda fazendo-se com que todo o fluxo siga para o underflow, por
meio do fechamento parcial da válvula de alimentação do ciclone. Neste caso, assim
como para a amostragem dos overflows e underflows, recomenda-se a utilização do
amostrador ilustrado na Figura 2.49, que evita que o material que já entrou no
amostrador saia, devido à forma de suas paredes, que favorecem a retenção de
material dentro do amostrador.
151
Vista Corte
Lâminas precisam
ser finas e
paralelas
15
Tradução do termo em inglês fractional shovelling, citado na referência consultada (NAPIER MUNN
et al., 1999).
152
eficiência. Não se deve obter mais que 3% de material retido na primeira peneira.
Caso isto ocorra, devem-se utilizar peneiras de maior abertura em adição às demais.
É importante também a determinação da massa adequada de peneiramento, para
evitar quantidades muito grandes de material retido em malhas muito finas, como 45
ou 38 m, o que pode levar a ineficiências neste peneiramento;
- Análise dos dados: inicialmente, os dados devem ser avaliados quanto à sua
consistência, para identificar possíveis grandes erros na etapa de amostragem. Por
exemplo, é importante avaliar a consistência dos resultados de análises
granulométricas e de porcentagem de sólidos. É comum ocorrerem erros nestas
determinações, devido tanto a problemas de estabilidade da operação, como de
amostragem e ainda de tratamento de amostras e análises em laboratório.
16
Esta seção já foi abordada na dissertação de Mestrado do autor. Por ser de grande importância
para o presente trabalho, parte da mesma é reproduzida, com ajustes, para o contexto do presente
estudo.
153
a solução, pois é necessária uma análise crítica das respostas, que poderão ser
corretas do ponto de vista matemático, mas nem sempre serão verdadeiras no que
se refere ao beneficiamento mineral (NUNES, 1992).
A=O+U (25)
A ai O oi U ui (26)
U ai oi
(28)
A ui oi
1 1
U % SOLa % SOLo
(29)
A 1 1
% SOLu % SOLo
Medido Estimado
2
E (30)
Definindo-se:
Medido: valor medido;
Estimado: valor estimado;
: desvio atribuído a variável.
ciclones.
Ou seja,
2 2
7,5 6,0 58 53 1,2 0,8
2
1 (16)
1,5 5 0,4
2
Cwmj Cwej
2 2
x xei
n 3 3
Qs Qsek
SSQ mi A,U , O j
mk (31)
i i j
k k
O trabalho foi dividido em três etapas. Em uma primeira etapa, uma amostra
foi ensaiada por três vezes segundo cada um dos métodos de determinação de
tamanhos ilustrados na Tabela 3.1. Foram avaliadas nesta etapa a variabilidade do
próprio método, comparando-se as médias das três medidas, desvios padrões e o
desvio padrão relativo (RSD), como sugerido por Ward-Smith; Gummery e Rawle
(2003), este último também chamado de coeficiente de variação por Costa Neto
(2002).
Em seguida, foram realizadas mais duas etapas, nas quais 9 amostras foram
ensaiadas pelos métodos de difração a laser, análise dinâmica de imagens e
peneiramento, no caso da determinação de tamanhos, e pelos métodos ilustrados
na Tabela 3.2 para a determinação da área superficial. Os resultados obtidos foram
comparados, observando as respostas de cada método para as diferentes
características dos materiais estudados, como a quantidade de finos e a quantidade
de materiais mais grosseiros.
As Tabelas 3.3 e 3.4 ilustram os resultados das três análises realizadas com a
amostra utilizada para avaliar a variabilidade das medidas pelos diferentes métodos,
comparando-se os resultados dos tamanhos notáveis P98, P80 e P50. Os resultados
obtidos com o Cyclosizer são listados em uma tabela diferente, já que para os
mesmos não foi possível obter os parâmetros P98, P80 e P50 diretamente, como nos
demais métodos, uma vez que a fração acima de 75 m é retirada para a realização
deste ensaio.
Tabela 3.3 - Resumo dos resultados para avaliação da qualidade dos métodos de distribuição de tamanhos
Análise dinâmica de Análise dinâmica de imagens - ®
Amostra / Peneiramento Difração a laser Sedigraph
imagens álcool
Método de
Média D.P. DPR Média D.P. DPR D.P. DPR Média D.P. DPR Média D.P. DPR
análise Média (m)
(m) (%) (%) (m) (%) (%) (%) (%) (m) (%) (%) (m) (%) (%)
P98 205,0 2,1 1,0 212,0 13,3 6,3 184,7 3,7 2,0 278,5 6,0 2,2
UF-CR-
P80 95,0 1,9 2,0 92,3 7,6 8,2 79,9 4,5 5,6 130,9 1,9 1,5 69,0 2,5 3,1
13/12
P50 58,1 2,6 4,5 55,1 3,5 6,3 50,8 1,5 2,9 75,7 1,3 1,7 40,0 2,2 3,8
Tabela 3.4 - Resumo dos resultados para avaliação da qualidade do método Cyclosizer
Passante acumulado (%) Desvio padrão
Tamanho (m) Desvio padrão (%)
Ensaio 1 Ensaio 2 Ensaio 3 Média relativo (%)
29 38,0 40,6 41,8 40,1 2,0 4,9
22 14,1 16,1 17,0 15,7 1,5 9,6
15 10,9 12,5 13,5 12,3 1,3 10,5
10 9,6 10,5 11,2 10,4 0,8 7,8
7 8,6 9,1 9,8 9,2 0,6 6,8
164
Pelos dados apresentados nas Tabelas 3.3 e 3.4, pode-se observar que o
método que apresentou o menor desvio padrão relativo das três medidas, para os
três tamanhos notáveis comparados, foi o de difração a laser, com um valor de
desvio padrão relativo máximo de 2,2% para a fração mais grosseira. Devido à
pequena massa utilizada neste método, de aproximadamente 1 g, é de se esperar
desvios maiores nas frações mais grosseiras, devido à pequena quantidade de
partículas maiores presentes na amostra. O peneiramento também apresentou
desvios padrões relativos baixos, similares a difração a laser, O maior desvio padrão
relativo do peneiramento foi obtido para o P50, o que é de se esperar, uma vez que
para frações mais finas o peneiramento se torna mais complicado e sujeito a mais
erros.
Por fim, o Cyclosizer foi o método que apresentou maiores desvios padrões
relativos, de até 10%. Deve-se destacar aqui que dentre os métodos estudados este
é o que necessita de maior manuseio das amostras, uma vez que a mesma é
inicialmente peneirada, ensaiada no Cyclosizer, sendo então cada fração gerada
retirada dos cilindros de elutriação e secada na estufa. Após este longo
procedimento operacional, os tamanhos obtidos em cada ciclone ainda devem ser
corrigidos com fatores que levam em conta a densidade do material, temperatura,
tempo de elutriação e vazão de água utilizada no ensaio, medidas estas que
também podem estar sujeitas a erros. Assim, o Cyclosizer se mostra um bom
método quando o objetivo é o fracionamento de amostras abaixo de 75 m, devendo
ser usado com maior cuidado quando o objetivo é apenas o de se determinar a
distribuição granulométrica das amostras.
165
A partir desta primeira avaliação, optou-se por seguir adiante com a avaliação
apenas do peneiramento, difração a laser e análise dinâmica de imagens. Quanto a
este último, apesar da variabilidade maior que a do peneiramento e da difração a
laser, optou-se por continuar a se avaliar o mesmo uma vez que além da distribuição
de tamanhos este método fornece medidas de área superficial e forma das
partículas.
Tabela 3.5 - Comparação do tamanho determinado por diferentes técnicas para amostras finas
Amostra /
Análise dinâmica de imagens Difração a laser Peneiramento
Método de análise
Tabela 3.6 - Comparação do tamanho determinado por diferentes técnicas para amostras grossas
Pela avaliação dos dados da Tabela 3.6, nota-se que, com exceção do P98, as
medidas de tamanho de P80 e P50 são relativamente próximas para o peneiramento,
a difração a laser e a análise dinâmica de imagens. O valor do P98, como era de se
esperar, apresentou maior variação entre os três métodos. No caso da análise
dinâmica de imagens, essa diferença pode se dar devido à pequena massa utilizada
no ensaio. No caso da difração a laser, o próprio fabricante do equipamento utilizado
informa que partículas maiores podem ser superestimadas, devido ao método usado
para detecção. Já na Tabela 3.6, que resume os resultados das frações grosseiras,
percebe-se que a difração a laser apresentou medidas de tamanho superiores ao
peneiramento e à análise dinâmica de imagens em praticamente todas as amostras,
o que confirma os resultados obtidos com as amostras finas, de superestimar as
frações mais grosseiras, próximas a 100 m.
Tabela 3.7 - Resultados dos produtos compostos de peneiramento e difração, para as amostras finas
Difração a Difração a laser do passante
Amostra/método Difração a laser do em 75 um
Peneiramento
laser passante recomposto com
em 75 um peneiramento
P98
110 100 102 102
(m)
4 - 10 min – P80
43 42 39 41
3 etapa (m)
P50
17 16 15 25
(m)
P98
142 111 113 113
(m)
7 - 10 min – P80
65 52 54 49
3 etapa (m)
P50
26 22 22 30
(m)
168
Tabela 3.8 - Resultados dos produtos compostos de peneiramento e difração a laser, para as
amostras grossas
Difração a laser do
Difração a laser do
Difração a passante em 75 um
Amostra/método passante Peneiramento
laser recomposto com
em 75 um
peneiramento
P98
130 135 146 146
(m)
P80
DEMOV – 13/12 91 76 73 73
(m)
P50
50 43 40 46
(m)
P98
158 135 128 128
(m)
P80
DEMOV – 14/12 83 78 65 66
(m)
P50
42 44 38 38
(m)
P98
226 122 172 172
(m)
P80
AL CR 13/12 58 48 62 69
(m)
P50
23 18 21 36
(m)
P98
237 144 210 210
(m)
P80
UF CR 14/12 120 89 93 93
(mm)
P50
68 46 53 54
(m)
P98
206,7 122,8 212 211,6
(m)
P80
7 - 5 min - 3 etapa 81,3 54,2 97 96,5
(m)
P50
27,6 19,6 30,1 40,2
(m)
Figura 3.1 - Resultados de área superficial em relação ao P80 determinado por peneiramento
20000
18000
16000
Área superficial (cm2/g)
14000
12000
10000
8000
6000
4000
2000
0
0 20 40 60 80 100
P80 (um)
Blaine BET Camsizer Malvern
considerando que para se utilizar a análise por Blaine seria necessário um grande
investimento em treinamento do operador, uma vez que o método apresenta vários
passos que são relativamente subjetivos e podem variar de operador para operador,
e considerando ainda que a análise dinâmica de imagens apresenta uma maior
variabilidade, considerou-se usar como padrão para medição da área superficial o
método de difração a laser.
Deve-se destacar que no presente estudo não foi realizada uma varredura
aprofundada nos métodos de determinação de área superficial. As análises
apresentadas foram realizadas em laboratórios externos que seguem procedimentos
próprios. Eventuais melhorias nos métodos poderiam levar a resultados mais
precisos, que não estão no escopo do presente estudo.
171
Figura 4.2 - Moinhos verticais da usina do Figura 4.3 - Caixa de descarga e classificação do
Sossego produto do moinho Vertical do Sossego
Figura 4.4 - Bombas de alimentação do produto Figura 4.5 - Baterias de ciclone de classificação
da etapa de remoagem (overflow dos ciclones) a da carga circulante do moinho vertical do
etapa de flotação cleaner Sossego
Tabela 4.1 - Potências dos moinhos e das bombas do circuito de remoagem do Sossego
Moinho vertical Bomba de alimentação Bomba de alimentação da
(cada) do moinho ciclonagem
Potência motor (kW) 1118 110 200
Figura 4.9 - Comparação da função seleção do moinho tubular de bolas e do moinho vertical
17
Fonte: Simões (2012)
17
SIMÕES, A. Informações Vertimill. [comunicação pessoal] Reunião realizada em 15 de ago.2012.
181
No final de 2012, o circuito foi modificado para que o moinho vertical operasse
em circuito fechado, conforme ilustra a Figura 4.11. Apesar de não se dispor de
dados de amostragens, as informações passadas pela equipe de operação da
Caraíba são de que após essa mudança os valores de projeto passaram a ser
atingidos.
FLUXOGRAMA
Figura 4.11 – Circuito de remoagemPROPOSTO PARA
da Mineração FECHAMENTO
Caraíba modificadoDO
no CIRCUITO - METSO
final de 2012 para operar
em circuito fechado
REMOAGEM COM
Alimentação:
Concentrado Rougher II + Concentrado Scavenger +
MOINHO VERTIMIL
Concentrado scv. da cleaner REMOAGEM
FLOTAÇÃO
Linha 01 - Scavenger CX 01
(BC’s 01, 02 e 03)
Moinho
Vertimill
OVER
OVER UNDER
UNDER
Linha 02 - Rougher
CX 02
(BC’s 08,09,10)
CX 03
18
Fonte: Simões (2012)
18
SIMÕES, A. Informações Vertimill. [comunicação pessoal] Reunião realizada em 15 de ago.2012.
182
Figura 4.12 - Vista do moinho vertical da Figura 4.13 - Vista do moinho vertical da Mineração
Mineração Caraíba Caraíba, na qual se vê a caixa de recirculação (à
direita) e a alimentação na base do moinho (à
esquerda)
Figura 4.14 - Detalhe da descarga do moinho Figura 4.15 - Vista do moinho vertical da Mineração
vertical da Caraíba na caixa de classificação Caraíba (à direita) e da caixa de classificação
interna interna (à esquerda)
Booster
7020
Barragem de Rejeito
7020
CAL + D25 Flotação RG, RGS e SCV
Flotação Cleaner Flotação Coluna Floculante
Rejeito Final
Moinho de Bolas
PP 08 / 09
AMIL
AMIL/7020 Caixa Nova
PP 13 / 14
6.400
Caixa
Concentrado
Caixa Rejeito
19
Fonte: Daher (2012)
19
DAHER, D. Informações Vertimill. [comunicação pessoal] Mensagem recebida por: <[email protected]> em 09 de jan.2012.
185
Tabela 4.3 - Potências do moinho vertical e das bombas de alimentação das ciclonagens da
Samarco.
Moinho vertical BP recirculação BP ciclonagem 1 BP ciclonagem 2
Potência motor (kW) 1118 - 56 112
20
Fonte: Rosa (2012)
20
ROSA, A. Informações Vertimill. [comunicação pessoal] Reunião realizada em 18 de fev.2013.
189
Figura 4.20 - Vista do moinho vertical Figura 4.21 - Tubulação de alimentação do moinho vertical
da Samarco da Samarco
Figura 4.22 - Sistema utilizado para Figura 4.23 - Descarga do moinho vertical (à esquerda)
medição do grau de enchimento do
moinho vertical da Samarco
Figura 4.24 - Vista da bomba de Figura 4.25 - Circuito de remoagem da Samarco, com o
alimentação do moinho vertical da Vertimill em primeiro plano e o moinho tubular de bolas ao
Samarco fundo.
Peneiras
Primárias
Bateria de Ciclones
HPGR
Britador
Giratório
Britadores
Secundários
Moinhos de Bolas
Peneiras
Pilha Secundárias
de minério Pilha de
britado regularização
HPGR
Cleaner 1, 2 e 3
Espessador
de Concentrado
Tanque de
Concentrado
Filtros Flotação
Ciclones
Prensa Scavenger
do Cleaner
Pilha de
Barragem de
Concentrado
Rejeito
Moinhos Verticais
21
Fonte: Machado (2013)
O circuito da usina do Salobo é descrito com detalhes por Godoy et al. (2010).
A seguir é apresentada uma breve descrição do circuito de remoagem do Salobo.
Os concentrados rougher 2 e scavenger-cleaner da flotação alimentam, por
meio de bombas de velocidade variável, duas baterias de 7 ciclones. O underflow da
ciclonagem é direcionado, por gravidade, para a caixa de alimentação do moinho
vertical, o qual é alimentado pela porção inferior do moinho por meio de uma bomba
que também opera com velocidade variável. Os dois moinhos verticais operam em
circuito fechado com a ciclonagem. A descarga do moinho vertical passa por uma
classificação interna, na qual o material grosseiro retorna diretamente ao moinho,
em conjunto com a alimentação nova, enquanto que o material fino segue para a
classificação em ciclones. Esta classificação interna é controlada por uma válvula de
agulha, que pode operar de forma automática em conjunto com o controle de nível
da caixa de bomba de alimentação do moinho, visando garantir um fluxo mínimo na
21
MACHADO, L.C. de R. Circuito de remoagem do Salobo. [comunicação pessoal] Mensagem
recebida por: <[email protected]> em 12 de jul.2013.
192
Figura 4.27 - Moinhos verticais da usina do Figura 4.28 - Moinhos verticais da usina do
Salobo, a esquerda. A direita, pode-se ver a nova Salobo
remoagem, da planta 2, em construção.
O circuito possui ainda um moinho vertical modelo VTM 3000 operando como
moagem terciária, recebendo o produto da moagem secundária. Este circuito opera
com alimentação de aproximadamente 750 t/h, com F80 de 150 m e P80 de 95 m
(METSO, 2012). Dados apresentados por Metso (2012), de uma amostragem no
circuito terciário, são ilustrados na Tabela 4.5.
Tabela 4.7 – Cálculo das massas mínimas utilizando a fórmula de Pierre Gy.
Tamanho
Proporção
máximo Ordenada
Densidade esperada
Fator de do Nível de normal no Massa
do Precisão no
Fluxo forma do intervalo confiança nível de mínima
material (%) intervalo
material de (%) confiança (g)
(g/cm3) de
interesse escolhido
interesse
(mm)
Amostragem do
concentrado
rougher das células 0,60 3,62 0,3 99,9 10 35 3,29 93
2 a 7 e 9 a 14
(ponto 1)
Amostragem do
concentrado
0,60 3,62 0,3 99,9 10 35 3,29 93
rougher das células
1 e 8 (ponto 1)
Amostragem do
concentrado
0,60 4,00 0,3 99,9 10 35 3,29 104
scavenger (ponto
2)
Underflow da
ciclonagem (ponto 0,60 3,62 0,3 99,9 10 35 3,29 93
3)
Descarga do
moinho vertical 0,60 3,62 0,3 99,9 10 35 3,29 93
(ponto 4)
Overflow do ciclone
0,60 3,62 0,3 99,9 10 35 3,29 93
(ponto 5)
Alimentação do
0,60 3,62 0,3 99,9 10 35 3,29 93
ciclone (ponto 6)
Consumo específico (kWh/t) Figura 4.33 - Relação entre o consumo específico de energia e o P80 do circuito de remoagem
20,0
2,0
20
P80 do produto do curcuito de remoagem (m)
Amostragens de 2006 a 2012 Amostragens para realização dos ensaios de jarro - dezembro de 2011
Ensaio de jarro fornecedor - amostra 1 Ensaio de jarro fornecedor - amostra 2
Ensaio de jarro fornecedor - amostra 3 Ensaios de jarro fornecedor - amostra 4
400
350
300
Vazão (t/h)
250
200
150
100
50
0
28/05/2005 10/10/2006 22/02/2008 06/07/2009 18/11/2010 01/04/2012 14/08/2013
Vazão de alimentação do moinho vertical - amostragens flotação Vazão de alimentação do moinho vertical - amostragens vertimill
Mesmo com tal dispersão dos dados é possível destacar alguns pontos
importantes. O primeiro é uma clara tendência de aumento do consumo específico
de energia com o afinamento do produto. Consumos específicos próximos de 20
kWh/t por tonelada se mostraram necessários para produtos com um P80 da ordem
de 30 m. Outro ponto que chama a atenção é o fato dos consumos específicos
determinados pelos ensaios realizados pelo fornecedor apresentarem consumos
específicos de energia mais altos que os observados industrialmente para um
mesmo tamanho de produto. A análise detalhada dos dados tomados em campo e
das amostras enviadas para o ensaio de jarro mostraram uma diferença significativa
na granulometria de alimentação das amostras. Enquanto nos ensaios de jarro as
amostras tinham um D80 variando entre 116 e 185 m, com uma média de 160 m, a
observação dos dados disponíveis, ao longo dos 7 anos de amostragens industriais,
mostrou um D80 médio de 92 m, com variação entre 42 e 216 m. Pode-se
observar que o tamanho de alimentação das partículas que efetivamente
alimentaram o circuito é bem inferior as utilizadas nos ensaios de dimensionamento.
Este fator explica os menores consumos de energia observados industrialmente. Por
ser um fato não esperado, uma vez que a granulometria de alimentação medida na
alimentação da flotação da usina do Sossego é próxima ao valor de projeto (210
m), uma avaliação detalhada destes dados foi realizada. Foram reunidos dados da
granulometria de alimentação da flotação rougher e comparados com os dados da
granulometria do concentrado rougher, que constitui a alimentação nova do circuito
de remoagem. Estes dados estão ilustrados na Figura 4.35.
300
250
200
P80 (mm)
150
100
50
90
80
70
Passante acumulado (%)
60
50
40
30
20
10
0
1 10 100
Tamanho (mm)
t/h 2635
Alimentação flotação
P80 (m) 230 255
t/h 181
Concentrado rougher
P80 (m) 123 105 117
t/h 14
Rejeito cleaner
P80 (m) 61
t/h 195
Produto remoagem (OF)
P80 (m) 107 74 91
t/h 435
Alimentação moinho (UF)
P80 (m) 226 210 211
t/h 435
Produto moinho
P80 (m) 225 150 167
Relação de redução do moinho 1 1,4 1,26
Relação de redução do circuito de remoagem 1,11 1,41 1,28
Com base nos dados das amostragens listados na Tabela 4.4, pode-se
perceber que o circuito da mineração Maracá também opera com uma relação de
redução muito baixa. O produto da remoagem não está atingindo a especificação de
projeto, o que tem implicado em perdas de recuperação metalúrgica na usina. Deve-
se destacar que o moinho vertical da Mineração Maracá é o único que opera com
alimentação por sua porção superior e sem caixa de recirculação interna. Isto pode
estar levando o material a entrar e sair do moinho sem passar pela carga de bolas,
não sendo, portanto, cominuído.
212
O moinho foi operado em 7 intervalos de tempo, quais sejam 5, 10, 20, 30, 40,
60 e 120 minutos. Para cada um dos intervalos, foi utilizada uma nova alimentação.
Alguns autores, como Partyka e Yan (2007), utilizam a mesma amostra, parando o
moinho, retirando uma pequena alíquota, de aproximadamente 1% do total para
análise a laser e outra amostra para peneiramento, que depois é retornada ao
215
moinho. Os autores afirmam que esta retirada de amostras não impacta o ensaio,
pela comparação com ensaios contínuos. No entanto, para minimizar possíveis
erros, optou-se neste trabalho pela utilização de uma amostra nova para cada tempo
de moagem.
Figura 5.1 - Jarros utilizados para os ensaios Figura 5.2 – Jarro com carga de corpos
moedores e minério
Figura 5.3 – Detalhe do jarro com carga de Figura 5.4 - Jarro na mesa de rolos
corpos moedores e minério
a) Tipo de jarro: aço carbono 1020 ou aço inoxidável: deve-se destacar que foram
testados dois materiais para a fabricação do moinho, aço carbono e aço inox, tendo
em vista as observações de Alves (2007), que mostram uma grande diferença em
resultados de WI utilizando-se moinho de aço carbono e aço inox. Caso essa
diferença se confirmasse, o material usado no ensaio de jarro poderia impactar os
resultados do mesmo;
( ) ( ) (32)
Definindo-se:
é a incerteza da variável x.
( ( ))( ) ( )
(33)
Definindo-se:
A eq. (33) foi derivada em relação a todas as suas variáveis, sendo obtidos os
seguintes resultados:
(34)
( ( )
) (35)
- Derivação em relação a t:
(36)
(37)
(38)
Somando-se a contribuição de cada uma das variáveis citadas nas eqs. (34) a (38),
chega-se a equação do erro total:
( ) ( ) ( ) ( ) ( ) (39)
( )
( ) ( ) ( ) ( ) (40)
( )
√( ) ( ) ( ) ( ) (41)
( )
5.2. RESULTADOS
Potência consumida
0 8,5 17,0 25,6 34,1
(kWh/t)
A Figura 5.5 ilustra os resultados dos ensaios 1.3 e 1.10 nos quais foram
227
Figura 5.5 - Resultados dos ensaios 1.3 e 1.10 em comparação ao ensaio padrão e a amostragem
industrial do Sossego
100
y = 194778x-2,971
R² = 0,9997
Energia específica (kWh/t)
y = 10561x-2,038
R² = 0,963
10
y = 143765x-2,867
R² = 0,9848
1
10 100
P80 (m)
Ensaio 1.3 - 90% da Vc Ensaio 1.10 - 60% da Vc Média ensaio padrão Sossego Industrial
Fonte: Elaborado pelo autor.
Figura 5.6 - Resultados dos ensaios 1.8 em comparação ao ensaio padrão e a amostragem industrial
do Sossego
100
y = 143765x-2,867 y = 425878x-3,152
R² = 0,9848
Energia específica (kWh/t)
R² = 0,8649
10
1
10 100
P80 (m)
Sossego Industrial Ensaio 1.8 - jarro de aço inox Média ensaio padrão
Pode-se observar que o jarro de aço inox apresentou uma leve tendência de
maior consumo de energia. Os valores são, no entanto, muito próximos aos obtidos
para o jarro de aço carbono.
Figura 5.7 - Resultados dos ensaios 1.6 e 1.9 em comparação ao ensaio padrão e a amostragem
industrial do Sossego
100
y = 143765x-2,867
R² = 0,9848
y = 391268x-3,063
Energia específica (kWh/t)
R² = 0,9476
y = 26072x-2,524
10 R² = 0,9607
1
1 10 100
P80 (m)
Ensaio 1.6 - corpos moedores de 19 mm Ensaio 1.9 - corpos moedores de 6,35 mm
Média ensaio padrão Sossego Industrial
Fonte: Elaborado pelo autor.
229
Pode-se observar que o ensaio padrão foi o que apresentou maior aderência
à amostragem industrial. O uso de corpos moedores de 6,35 m apresentou consumo
de energia inferior ao resultado do circuito industrial. Já os ensaios com carga
sazonada e tamanho máximo de 19 mm indicaram consumos de energia superiores
ao observado industrialmente.
Figura 5.8 - Resultados do ensaio 1.4 em comparação ao ensaio padrão e a amostragem industrial do
Sossego
100
y = 143765x-2,867
R² = 0,9848
Energia específica (kWh/t)
y = 2791,8x-1,709
R² = 0,9903
10
1
1 10 100
P80 (mm)
Sossego Industrial Ensaio 1.4 - 60% de sólidos Média ensaio padrão
Figura 5.9 - Resultados do ensaio 1.5 em comparação ao ensaio padrão e a amostragem industrial do
Sossego
100
y = 164367x-2,914
R² = 0,9643
Energia específica (kWh/t)
10
y = 143765x-2,867
R² = 0,9848
1
1 10 100
P80 (m)
Sossego Industrial Ensaio 1.5 - 50% de enchimento Média ensaio padrão
Utilizando os valores estimados nas Tabelas 5.5 a 5.9 na eq. (41), chegou-se
a erros da ordem de 0,03 a 0,04 kWh/t para a energia específica calculada. Levando
em conta que a ordem de grandeza da energia é de 3 a 100 kWh/t, dependendo do
tempo de moagem, pode-se observar que o erro associado a esta variável no ensaio
é muito pequeno, da ordem de 0,04 a 1%.
Tabela 5.10 - Erros associados à determinação do tamanho do produto para os ensaios de 5 minutos
Repetição 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 Média Desvio padrão % RSD
P80 (m) 39,1 39,4 41,9 40,8 41,4 41,8 40,2 39,9 42,1 41,8 40,9 1,1 2,7
P50 (m) 16,8 16,6 17,8 17,1 17,6 17,5 17,1 17,0 17,9 17,5 17,3 0,4 2,4
30
25
Energia específica (kWh/t)
20
15
10
0
10,00 100,00
P80 (mm)
Podemos observar pela Figura 5.10 que as barras de erros da energia nem
aparecem no gráfico, já que a ordem de grandeza das mesmas é muito pequena. Já
os erros da determinação da granulometria são da ordem de 3%, podendo ser
visualizados na Figura 5.10.
Figura 5.11 - Resultados dos ensaios de jarro da amostra da usina do Sossego em 13 de dezembro
de 2011
100
Energia específica (kWh/t)
10
1
10,00 P80 (um) 100,00
Ensaio 1.1 Ensaio 1.2 Ensaio 1.7 Ensaio 2.2
Ensaio 2.5 - jarro 6x8" Ensaio 2.5 - jarro 6x8" Ensaio 3.5 Sossego industria 13/12
Média ensaio padrão Média ensaio com jarro de 6" x 8"
Fonte: Elaborado pelo autor.
Figura 5.12 - Resultados dos ensaios de jarro da amostra da usina do Sossego em 14 de dezembro
de 2011
100
Energia específica (kWh/t)
10
1
10 100
P80 (um)
Sossego Industria 14/12 Ensaio 3.2 - jarro 6x8" Média ensaio padrão
Figura 5.13 - Resultados dos ensaios de jarro da amostra da usina do Sossego em 15 de dezembro
de 2011
100
Energia específica (kWh/t)
10
1
10 P80 (um) 100
Figura 5.14 - Resultados dos ensaios de jarro da amostra da usina da Caraíba de agosto de 2012
100
Energia específica (kWh/t)
10
1
10 100
P80 (um)
Média ensaio padrao Ensaio 3.4 - moinho 6x8" Caraiba Industrial
Figura 5.15 - Resultados dos ensaios de jarro da amostra da usina da Mineração Maracá de
dezembro de 2012
100
Energia específica (kWh/t)
10
1
10 100
P80 (um)
Figura 5.16 - Resultados dos ensaios de jarro da amostra de alimentação nova da flotação da usina
do Sossego de dezembro de 2012
1000
Energia específica (kWh/t)
100
10
1
10 P80 (um) 100
A partir da análise dos resultados dos ensaios de jarro da terceira etapa, foi
possível concluir o seguinte a respeito do ensaio desenvolvido:
- O mesmo pode ser aplicado a moinhos verticais que operem em circuito fechado e
sejam alimentados por sua porção inferior, configuração esta considerada padrão
em instalações de moinhos verticais para aplicações de remoagem de minérios
metálicos;
Por fim, cabe destacar que não foram realizados mais ensaios de jarro com
outras amostras industriais, a fim de validar o mesmo com uma base de dados mais
ampla, devido a grande dificuldade de obtenção de amostras industriais
representativas. No entanto, uma vez que as condições padrão do ensaio proposto
foram definidas, uma maior quantidade de amostragens, em diferentes usinas,
podem ser realizadas para confirmar a validade do ensaio proposto.
Figura 5.17 - Resultados de área superficial e D 80 em função da energia específica no ensaio de jarro
em moinho de 8” x 10” com a amostra do Sossego de 13 de dezembro de 2011
5000 45
y = 20,435x + 2864,1
R² = 0,8909 40
4000 35
Área superficial (cm2/g)
30
3000
25
P80 (um)
20
2000
15
y = 61,956x-0,343
1000 R² = 0,9848 10
0 0
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
Energia (kWh/t)
Figura 5.18 - Resultados de área superficial e D 80 em função da energia específica no ensaio de jarro
em moinho de 6” x 8” com a amostra do Sossego de 13 de dezembro de 2011
6000 50
y = 29,415x + 2657,2 45
5000 R² = 0,9839
40
35
Área superficial (cm2/g)
4000
30
P80 (um)
3000 25
20
2000
15
y = 67,023x-0,359
R² = 0,9815 10
1000
5
0 0
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90
Energia (kWh/t)
Figura 5.19 - Resultados de área superficial e D 80 em função da energia específica no ensaio de jarro
em moinho de 8” x 10” com a amostra do Sossego de 14 de dezembro de 2011
4000 45
y = 33,586x + 2538,7
R² = 0,954 40
35
3000
Área superficial (cm2/g)
30
25
P80 (um)
2000
y = 62,139x-0,328 20
R² = 0,9932
15
1000
10
0 0
0 5 10 15 20 25 30 35
Energia (kWh/t)
Figura 5.20 - Resultados de área superficial e D 80 em função da energia específica no ensaio de jarro
em moinho de 8” x 10” com a amostra do Sossego de 15 de dezembro de 2011
4000 45
y = 45,282x + 2325,4
R² = 0,9777
40
35
3000
Área superficial (cm2/g)
30
25
P80 (um)
2000
y = 65,891x-0,342 20
R² = 0,9971
15
1000
10
0 0
0 5 10 15 20 25 30 35
Energia (kWh/t)
Figura 5.21 - Resultados de área superficial e D 80 em função da energia específica no ensaio de jarro
em moinho de 8” x 10” com a amostra da Caraíba de agosto de 2012
4000 50
y = 35,377x + 2461,4
R² = 0,9583 45
40
3000
35
Área superficial (cm2/g)
30
P80 (um)
2000 y= 65,358x-0,268 25
R² = 0,99
20
15
1000
10
0 0
0 5 10 15 20 25 30 35
Energia (kWh/t)
Figura 5.22 - Resultados de área superficial e D 80 em função da energia específica no ensaio de jarro
em moinho de 6” x 8” com a amostra da Caraíba de agosto de 2012
6000 60
y = 29,337x + 3006
R² = 0,9768
5000 50
Área superficial (cm2/g)
4000 40
P80 (um)
3000 30
2000 20
y = 71,021x-0,313
R² = 0,989
1000 10
0 0
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90
Energia (kWh/t)
Figura 5.23 - Resultados de área superficial e D 80 em função da energia específica no ensaio de jarro
em moinho de 6” x 8” com a amostra da Chapada de dezembro de 2012
3000 60
y = 17,237x + 2072,2
R² = 0,9245
50
Área superficial (cm2/g)
2000 40
P80 (um)
y = 70,354x-0,219
30
R² = 0,975
1000 20
10
0 0
0 5 10 15 20 25 30 35
Energia (kWh/t)
6. CONCLUSÕES
que cada usina opera de forma diferente. No entanto, com base nos dados
disponíveis conclui-se que os circuitos fechados com alimentação pela porção
inferior são os que apresentam melhores resultados em termos de relação de
redução e atingem os valores estipulados de produto. Deve-se destacar ainda que
nenhuma das usinas visitadas realizou trabalhos significativos de otimização de seus
circuitos com moinhos verticais, operando com condições iguais ou muito próximas
às projetadas, o que reforça o potencial ainda maior de economia de energia destes
equipamentos. Um ponto que também merece destaque é a grande oscilação
observada na vazão de alimentação dos circuitos de remoagem. Esta grande
variação se deve às oscilações de teor de alimentação, usuais em usinas que não
possuem pilhas de homogeneização. Estas oscilações não impactam os estágios de
britagem e moagem primária ou secundária, mas são um grande desafio para a
operação dos circuitos de remoagem. Esta condição também explica a alta
dispersão dos resultados observados nas amostragens industriais realizadas.
Ressalta-se a importância de se levar esta característica particular dos circuitos de
remoagem em consideração quando do projeto de novos circuitos.
Por fim, espera-se que este trabalho contribua para o desenvolvimento das
pesquisas nesta área, visando suprir as lacunas observadas nas áreas de
dimensionamento e otimização dos moinhos verticais e dos moinhos de carga
agitada como um todo.
248
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APÊNDICES
ANEXO
Taxa
Figura A.1Horaria
– VazãoSAG - 13/12/2011
de alimentação do SAG
2.000,00
1.800,00
1.600,00
Taxa horaria d SAG (t/h)
1.400,00
1.200,00
1.000,00
800,00
600,00
400,00
200,00
0,00
Data/hora
Fonte: Elaborado pelo autor.
Retido em 0,21A.2
Figura mm na alimentação
– Granulometria da flotaçãoda- linha
de alimentação 01rougher
flotação - 13/12/2011
35
30
Retido em 0,21 mm (%)
25
20
15
10
Data/hora
Fonte: Elaborado pelo autor.
270
Teor deA.3
Figura alimentação da flotação
– Teor de cobre - courrier
de alimentação - 13/12/2011
da flotação rougher
1,2
1
Teor de cobre (%)
0,8
0,6
0,4
0,2
Data/hora
Fonte: Elaborado pelo autor.
MO_01
Figura A.4 – Corrente do A
moinho vertical 01
144,00
142,00
140,00
Amperagem (A)
138,00
136,00
134,00
132,00
130,00
128,00
Dia/hora
Fonte: Elaborado pelo autor.
271
Vazão
Figura A.5 – Vazão de polpa do do OF m³/h
overflow da ciclonagem da remoagem
3.000,00
2.500,00
Vazão de polpa (m3/h)
2.000,00
1.500,00
1.000,00
500,00
0,00
Dia/hora
Fonte: Elaborado pelo autor.
272
Taxa
Figura A.6Horaria
– VazãoSAG - 14/12/2011
de alimentação do SAG
2500
2000
Taxa horaria d SAG (t/h)
1500
1000
500
Data/hora
Fonte: Elaborado pelo autor.
Retido em 0,21A.7
Figura mm na alimentação
– Granulometria da flotaçãoda- flotação
de alimentação linha 01rougher
- 14/12/2011
35
30
Retido em 0,21 mm (%)
25
20
15
10
Data/hora
Teor deA.8
Figura alimentação da flotação
– Teor de cobre - courrier
de alimentação - 14/12/2011
da flotação rougher
1,6
1,4
1,2
Teor de cobre (%)
0,8
0,6
0,4
0,2
Data/hora
Fonte: Elaborado pelo autor.
MO_01 A
Figura A.9 – Corrente do moinho vertical 01
144
142
Vazão de polpa (m3/h)
140
138
136
134
132
130
Dia/hora
Fonte: Elaborado pelo autor.
274
MO_02
Figura A.10 – Corrente doAmoinho vertical 02
160
140
120
Vazão de polpa (m3/h)
100
80
60
40
20
Dia/hora
Fonte: Elaborado pelo autor.
2500
Vazão de polpa (m3/h)
2000
1500
1000
500
Dia/hora
Fonte: Elaborado pelo autor.
275
Taxa
Figura Horaria
A.12 SAG
– Vazão - 15/12/2011
de alimentação do SAG
2500
2000
Taxa horaria d SAG (t/h)
1500
1000
500
Data/hora
Teor deA.13
Figura alimentação da flotação
– Teor de cobre - courrier
de alimentação - 15/12/2011
da flotação rougher
1,8
1,6
1,4
Teor de cobre (%)
1,2
1
0,8
0,6
0,4
0,2
0
Data/hora
Fonte: Elaborado pelo autor.
276
MO_01
Figura A.14 – Corrente doAmoinho vertical 01
142
140
Vazão de polpa (m3/h)
138
136
134
132
130
Dia/hora
MO_02
Figura A.15 – Corrente do A
moinho vertical 02
134
133
132
Vazão de polpa (m3/h)
131
130
129
128
127
126
125
124
Dia/hora
Fonte: Elaborado pelo autor.
Vazão
Figura A.16 – Vazão de polpa do do OF m³/h
overflow da ciclonagem da remoagem
3000
2500
Vazão de polpa (m3/h)
2000
1500
1000
500
Dia/hora
Fonte: Elaborado pelo autor.
277
950
Potência do moinho vertical (kW)
900
850
800
750
700
Horário
Potencia Moinho 27-MO-501
400
350
300
250
200
150
100
50
Horário
Transm. vazão - Bomba 27_BO_506A/B
140
120
100
80
60
40
20
Horário
Transm. vazão - Bomba 27_BO_504A/B