Teorico 4
Teorico 4
Teorico 4
Filosofia Antiga
A Metafísica
Revisão Textual:
Letícia Pataquine Levenes
A Metafísica
OBJETIVO DE APRENDIZADO
• Estudar a obra Ética a Nicômaco, na qual Aristóteles trata assuntos como a moralidade,
a ética e o propósito da vida humana, como objetivo primeiro, afiançando o sumo bem,
enquanto fim de todas as ações humanas, e a felicidade como objetivo principal da Ética.
UNIDADE A Metafísica
Órfão de pai ainda criança, Aristóteles foi criado por um tutor que o encaminhou,
quando tinha 16 ou 17 anos, para Atenas, maior centro intelectual e artístico da Grécia,
para lá prosseguir os estudos no momento em que duas grandes instituições disputavam
a preferência dos jovens: a escola de Isócrates, filósofo e retórico ateniense, discípulo de
Górgias, em Tessália, que se dedicou ao ensino da filosofia, em sua escola de retórica,
onde preparava o aluno para a vida política; e a academia de Platão que dava prefe-
rência à ciência (episteme) como fundamento da realidade. Platão fundara a Academia
de Atenas, ou Academia Antiga, aproximadamente em 384/383 a.C., em um jardim
localizado no subúrbio de Atenas. Pode-se afirmar que a escola de Platão foi a primeira
universidade da História, onde grupos de seus seguidores recebiam educação formal.
Aristóteles, junto de Platão, foi um dos mais expressivos filósofos gregos da Antigui-
dade e, com sua prodigiosa inteligência, se tornou o discípulo predileto do mestre, não
obstante sus constantes divergências. Platão dizia: “Minha Academia se compõe de duas
partes: o corpo dos alunos e o cérebro de Aristóteles” (FRAZÃO, s.d.).
A aplicação de Aristóteles o faria se sobressair entre os demais por seu alto nível in-
telectual e interesse pela racionalidade filosófica e científica, o que era um prenúncio de
um futuro grande filósofo, mais tarde confirmado pela criação de sua Lógica e pelo fato
de mapear as ciências da época, além de contribuir para o desenvolvimento de tantas
outras, como a política, o drama, a poética, a física, a medicina, a psicologia, a história,
a lógica, a astronomia, a ética, a história natural, a matemática, a retórica, a biologia etc.
O filósofo grego Andrônico de Rodes (fl. c. 60 a.C.), o 11º dos discípulos peripaté-
ticos, fundador do Liceu e um dos últimos discípulos de Aristóteles, foi quem organizou
os escritos de seu mestre, dando a eles o nome pelo qual os conhecemos hoje.
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Variedade de metonímia que consiste em substituir um nome de objeto, entidade, pessoa etc. por outra denominação,
que pode ser um nome comum (ou uma perífrase), um gentílico, um adjetivo, entre outros, que seja sugestivo, explica-
tivo, laudatório, eufêmico, irônico ou pejorativo e que caracterize uma qualidade universal ou conhecida do possuidor.
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Ricardo Figueiredo cita que a primeira edição completa das obras de Aristóteles,
substancialmente autêntica é a de Andrônico de Rodes, datada do último século a.C.,
com alguns apócrifos e umas interpolações. Figueiredo classifica as obras doutrinais de
Aristóteles conforme a edição de Andrônico de Rodes:
Platão morreu em 347 a.C., e Aristóteles, após 20 anos de Academia, como discí-
pulo e depois como professor, ansiava substituir o mestre na direção da escola, mas foi
preterido por ser considerado estrangeiro pelos atenienses. Com a escolha de Espeusipo,
sobrinho de Platão, para a chefia da academia, e sua tendência à matematização da
filosofia, o que desagradava a Aristóteles, este partiu para Assos com alguns ex-alunos,
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onde fundou um pequeno círculo filosófico com a ajuda de Hérmias, tirano local e
eventual ouvinte de Platão. Lá, ficou por três anos e casou-se com Pítias, sobrinha de
Hérmias. Quando Hérmias foi assassinado, Aristóteles partiu para Mitilene, na ilha de
Lesbos, onde realizou a maior parte das famosas investigações biológicas.
No ano de 343 a.C., Aristóteles foi para a Ásia Menor, chamado por Filipe II, rei da
Macedônia, para ser preceptor de Alexandre, função que exerceu até 336 a.C., quando
Alexandre subiu ao trono do império macedônico em 340 a.C.
Em 336 a.C., Aristóteles voltou a Atenas e fundou sua própria escola filosófica, o
Lykeion, instalado no ginásio do templo dedicado ao deus Apolo, cujos alunos fica-
ram conhecidos como peripatéticos (os que passeiam), nome decorrente do hábito
de Aristóteles de ensinar ao ar livre, por vezes caminhando em meio às árvores que
cercavam o Liceu.
Aristóteles escreveu inúmeras obras que, por sua profundidade, se pode afirmar,
metaforicamente, constituírem-se de uma verdadeira enciclopédia. Aristóteles é conside-
rado o fundador da Biologia – ciência que estuda a vida e os organismos vivos, sua es-
trutura, crescimento, funcionamento, reprodução, origem, evolução e distribuição, bem
como suas relações com o ambiente e entre si.
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de humanitas, parte da educação humana que a distinguiria de outros animais. Para os
gregos, a paideia fazia parte da cultura que buscava a realização humana, motivada por
duas características constitutivas: a primeira intimamente unida à filosofia; e a segunda
relacionada à vida social.
Aristóteles costumava afirmar que o homem seria um animal político; o mesmo que
dizer que o homem necessitava viver em uma pólis, para se tornar um homem entre
outros, o que implicaria viver em uma sociedade administrada por leis e costumes, pelos
quais o homem desenvolve o seu potencial e se percebe em um contexto social.
Figura 1
Fonte: Wikimedia Commons
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UNIDADE A Metafísica
• A Política: Segundo Aristóteles, a política seria a ciência que tem por objetivo a
felicidade humana e divide-se em: ética, que deveria se preocupar com a felicidade
individual do homem inserido na polis; e na política propriamente dita, que deve-
ria se preocupar com a felicidade coletiva. Sua obra, A Política, é composta por
oito livros, que estudiosos creem se originar da época em que ele era preceptor
de Alexandre;
• A origem da Retórica Gráfica: Foi o primeiro a demonstrar a arte de escrever
com eficácia. Górgias, bem antes de Aristóteles, fora responsável por inovações
retóricas envolvendo a estrutura e a ornamentação do discurso, não obstante a
paradoxologia (aquilo que parece certo, mas não é) de discursos ensofismados, o
que lhe garantiu o apelido de “o pai da sofística”. No entanto, foi Aristóteles, em sua
obra Retórica, quem lançou as bases para sistematizar o estudo da retórica, identi-
ficando-a como um dos elementos chave da filosofia junto da lógica e da dialética,
além de torná-la uma parte central da educação ocidental, preparando oradores e
aparelhando escritores em seus argumentos e teses. A retórica aristotélica foi uma
das três artes liberais ensinadas nas universidades da Idade Média, constituindo o
trivium, junto da lógica e da gramática.
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ao conceito no que, evidentemente, confrontava seu mestre, dado que para a Teoria
das Ideias de Platão, conforme ele explicitou em a Alegoria da Caverna, os dados
transmitidos pelos sentidos seriam meras distorções, sombras ilusórias da verdadeira
realidade vivente no mundo das ideias. Essa alegoria faz parte de um famoso mito, no
qual Platão revela a relação estabelecida pelos conceitos de escuridão e ignorância,
luz e conhecimento.
Aristóteles antecipou o uso do Método Indutivo, mais tarde consagrado por Francis
Bacon (1561-1626), filósofo e ensaísta inglês que se dedicou à filosofia científica, con-
siderado o pai do método experimental, ou seja, chegar a um resultado conclusivo
a partir de elementos previamente presentes, ou indiciosos, um raciocínio que, se
servindo de indícios, chega a uma causa patente. A indução seria um tipo de raciocínio
que consiste em afirmar uma verdade generalizada a partir de observações de alguns
elementos anteriores; é um processo mental que, para chegar ao conhecimento ou
demonstração da verdade, parte de fatos singulares comprovados para obter uma
conclusão genérica.
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como assegurava Platão. Daí surgiu o pensamento de estar o inteligível aqui nesse mun-
do e operante nas próprias coisas aqui existentes.
A esses princípios, Aristóteles denominou de causas. Para ele, uma coisa é o que é devi-
do à sua forma, compreendendo a forma como a explicação da coisa, a causa de algo ser
aquilo que é. Aristóteles distingue o raciocínio indutivo, composto de quatro causas dife-
rentes e complementares, que se tornaram o fundamento do método científico ocidental.
Para a existência das coisas, o filósofo afirmou a teoria das quatro causas fundamen-
tais que explicam a origem de tudo o que conhecemos no mundo, as quais se fundam
no princípio de causa e efeito, o que se constituiu de o primeiro registro histórico desse
princípio metafísico e lógico, conhecido como princípio da causalidade, segundo o
qual, para tudo o que acontece no mundo (efeito) existe um evento anterior que teria dado
origem a ele (causa), com exceção do que Aristóteles chamou de causa não causada.
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As causas não causadas implicavam sobremaneira a Física de Aristóteles, na qual
ensinava que existiriam quatro principais elementos primários que modelavam a Terra,
diversos daqueles que comporiam o céu e o espaço exterior: terra, ar, água e fogo.
A física aristotélica tinha um caráter qualitativo, no qual as substâncias se distinguiram
entre si por suas qualidades. Aristóteles defendia que cada um dos quatro elementos
mundanos buscava uns aos outros e se aglomerava.
Aristóteles ainda sugeriu que o Céu e frações de matéria do Universo seriam forma-
das a partir de um quinto elemento, a Quintessência, que ele denominou de aether
(éter), supostamente leve e íntegro, que com os outros quatro (água, terra, ar e fogo)
seriam a gênese dos corpos celestes.
Para Aristóteles, o mundo seria eterno, nunca teve um início e nunca terá um fim
dado seu conceito, pois princípio e fim contrariam sua concepção de movimento, que
seria a passagem da potência ao ato, onde varia a forma, mas se mantém a matéria, o
que implica sempre existir um algo antes de um imaginado e um algo depois ao que se
pressupõe chegar.
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ponto da história onde exatamente tem seu início. Por isso, Aristóteles foi quase que
obrigado a admitir que algo seria eterno, admitindo então a substância e o ato em um
se mover sem mover-se (Metafísica, XII, 7, 1072 a).
Essa causa primeira, que Aristóteles chamou de Primeiro Motor Imóvel seria a causa
não causada, através de um raciocínio de regressão intelectual pelo qual Aristóteles
conjectura a existência de um princípio causador da origem do mundo, o qual não teria
sido impulsionado por nada e nem por ninguém, pois ele foi o elementar. Aqui, a ques-
tão é entender como poderia algo ser imóvel e ao mesmo tempo gerar movimento?
Aristóteles intenta uma resposta afirmando que a mobilidade se deu por atração, pois
todas as coisas tendem ao que é bom, belo, perfeito, o que atende perfeitamente ao
conceito de primeiro motor, como ato puro de perfeição e que o faz a causa final do
mundo. Evidentemente, essa é uma concepção de mundo teleológica, a capacidade de
relacionar um acontecimento com seu efeito final, que é a sua primazia e onde o radical
telos indica a passagem de potência ao ato, gerando o movimento real.
Para Aristóteles, referencialmente, Deus não seria o Creador2, mas o Motor do Uni-
verso ou, ainda, o motor imóvel do mundo, e Ele não poderia ser resultado de alguma
ação, não poderia ser escravo de amo algum, pois é a fonte de todas as ações, o amo
de todos os amos.
Como já visto, a causa eficiente é a causa primeira, aquela que dá ensejo a um de-
terminado ser ou objeto, sendo o agente que produz o resultado; a causa final corres-
ponde à finalidade da mudança, a realidade para a qual a coisa tende e, assim, é possível
admitir que todos esses tipos de causas, determinam não apenas o ser, mas também a
sua porvindoura evolução.
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Observação contida na contracapa de todos os livros de Huberto Rohden: Creador com “e”, do latim credere, signi-
ficando crear a partir do nada, o que diferencia do “criador” em português, onde o criar tem a conotação de trans-
formação, criar algo a partir de outra substância (ROHDEN,H. Filosofia da Arte. São Paulo: Martin Claret, 2007).
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concretização cabal da essência desse ser, através da consecução finalística motivada
pelos movimentos conclusivos. Aristóteles em sua Metafísica, identificou quatro tipos
de mudanças contrapostas em deslocamentos por movimentos: gênese e destruição,
mutações qualitativas e suas alterações.
É evidente que as flechas atingem seus alvos, mas Zenão, conceitualmente, admitiu
que uma flecha, ao ser lançada, jamais atingiria o seu alvo, pois o espaço a ser percorri-
do em sua trajetória, seria infinitamente divisível em segmentos menores, o que implica
ultrapassar infinitos espaços menores em uma via infinita de possibilidades espaciais,
tornando inesgotáveis os espaços a serem percorridos pela flecha. Esse argumento,
evidentemente, é abstrato e puramente lógico.
Conta-se que Aquiles, disputando uma corrida com uma tartaruga, admitindo que
sua velocidade era maior que a da tartaruga, resolveu dar a ela uma pequena vantagem,
começando a corrida um trecho à frente da linha de largada de Aquiles. Segundo o
filósofo grego Zenão, por mais rápido que Aquiles se movesse, ele jamais conseguiria
ultrapassar a tartaruga. O paradoxo formulado por Zenão é o seguinte: cada vez que
Aquiles percorre determinada distância num espaço de tempo, a tartaruga já percorreu
uma outra distância e, assim, Aquiles nunca ultrapassará a tartaruga, pois quando ele
chegar à posição inicial “A” da tartaruga, ela estará à sua frente, numa outra posição
“B”, e quando Aquiles chegar à “B”, a tartaruga não está mais lá, pois avançou para uma
nova posição “C” e assim ininterruptamente.
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O paradoxo é uma contradição na lógica, que é um campo da filosofia; o paradoxo é um raciocínio que encerra
uma oposição.
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Em termos matemáticos, seria o mesmo que dizer que o limite entre o espaço que se-
para a tartaruga e Aquiles tende ad infinitum e Aquiles nunca alcançará a tartaruga ou
poderá ultrapassá-la, portanto, o paradoxo envolve um conceito de referencial, pois se
a corrida fosse somente de Aquiles, seu movimento seria ilimitado, mas ao compartilhar
a corrida com a tartaruga, surge um referencial para o movimento dele. No entanto, o
que Zenão fazia com esse paradoxo, era demonstrar que o movimento das coisas seria
um fenômeno irreal e contraditório, incidindo sempre em mera ilusão dos sentidos.
Heráclito pregava que “o ser é e não é ao mesmo tempo”, que tudo flui, tudo está
em movimento e nada dura para sempre. Seu aforismo mais conhecido pregava a im-
possibilidade de se tomar banho duas vezes em um mesmo rio, e que o princípio de
todas as coisas seria o movimento, o Devir, no qual tudo estaria em permanente estado
de mutação, dado nada ser estático. Já Parmênides, considerado o filósofo do “ser”,
concordava parcialmente com Heráclito quando afirmava que tudo efetivamente muda,
exceto a essência, a ideia central e a mais importante categoria de um Ser ou de algo
que permanece inalterada. Embora nossos olhos vejam mudanças, o que realmente
ocorre é que o “ser” permanece sempre o mesmo, porque o “ser” não se perde.
Segundo Marilene Chauí (2002, p. 359), Aristóteles emprega a palavra grega categoria
para designar termos provenientes do vocabulário jurídico, como um indicador que re-
vela alguma coisa que serve para designar uma outra coisa, indicativo de revelação, ou o
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como essa coisa é em decorrência de uma ação; são os gêneros supremos de predicados
de uma coisa ou sujeito. Aristóteles afirma na Metafisica que “o ser se diz de muitas
maneiras”. São elas:
• Substância ou essência, ousía (homem);
• Quantidade (dois metros de comprimento);
• Qualidade (branco);
• Relação (o dobro, a metade);
• Onde, isto é, lugar (em casa);
• Quando, isto é, tempo (ontem);
• Como, isto é, posição (sentado);
• Posse (está armado, tem armas);
• Ação (corta);
• Paixão ou passividade (está cortado).
Visto que a predicação afirma às vezes o que uma coisa é, às vezes sua
qualidade, às vezes a sua quantidade, às vezes sua relação, às vezes o que
faz ou o que sofre e, às vezes o lugar em que está ou o tempo, segue-se
que tudo isto são modos do ser. (CHAUI, 2002, p. 360)
Parmênides tinha o corpo como algo digno e um meio de transporte para a mente;
aconselhava a não confiarmos nos sentidos, dado que eles nos levam a erros e nos afas-
tam do ser, correndo o risco de cair na existência do não ser, mais conhecido como Doxa,
opiniões, sentidos errôneos, julgamentos apenas de um saber carnal, contraposto ao Pathos,
termo forjado por Aristóteles, significando a oposição entre essência e aparência4 (que
Aristóteles denominou de substância, em face da impossibilidade de separar essas duas),
como um espanto, ao se reconhecer como não conhecendo verdadeiramente as coisas,
implicando a ignorância e a necessidade de construir um caminho para o conhecer, o
que lembra muito a postura de Sócrates, que afirmava nada saber, e, a partir dessa to-
mada de consciência, se deslocar para a Episteme, que constitui a base da Metafísica
Ocidental, um saber além dos sentidos, que se dirige à pureza da sabedoria.
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Aristóteles é considerado o filósofo do realismo, pois admita a inseparabilidade entre essência e aparência, pois
ambas ocupariam um único corpus, um único todo. O corpus aristotélico opera com a lógica, a qual o estagirita
denominou de organum, a retórica, a física e a astronomia.
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Sócrates entendia a natureza do homem como algo que não poderia ser descoberto
da mesma forma como se descobre a natureza das coisas, posto que há a existência da
consciência, o sentimento ou o conhecimento que permite ao ser humano vivenciar,
experimentar ou compreender aspectos ou a totalidade de seu mundo interior. Nesse
ponto, convém recordar que a introspecção foi a característica determinante da filoso-
fia de Sócrates, na qual ele faz uso de um ditame extremado do Oráculo, “Conhece-te a
ti mesmo”, ou seja, torna-te consciente de tua ignorância para poder atingir o cimo da
sabedoria, o que só é possível mediante a virtude da modéstia. Para Sócrates, deparar
a verdadeira natureza ou essência do homem requisitaria primeiro remover dele todos
os seus caracteres incidentais.
Aristóteles, em sua Ética a Nicômaco, tratou a moral com um agudo senso prático,
pois esta não aparece como a sua meta primeira, mas sim a prática da virtude, que para
Aristóteles significava, fundamentalmente, a Areté, a excelência da potencialidade hu-
mana, que se mostra através de atos, pelos quais o homem não faz o bem porque este
seria bom, mas o homem seria bom porque perpetraria o bem. Esse seria o homem
superior de Aristóteles, bom em seu mais alto grau, incapaz de cometer desonestidades.
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A educação grega, designada por areté, reflete a tentativa de formação do cidadão
em concordância com um ideal fundamental de beleza, no sentido não apenas físico,
mas, essencialmente, espiritual, manifestado não apenas em sua conduta e compor-
tamento exterior, mas principalmente em sua atitude interior.
O termo areté surgiu pela primeira vez entre os cantos VI-XI da Odisseia, em que
Homero lhe deu um sentido amplo, designando a excelência humana, como um predi-
cado da superioridade de seres não humanos, associada à força dos Deuses, responsável
por constituir a perfeição humana, da qual resultou a póstuma ética da polis como uma
das mais altas virtudes do ser humano e a subentendida exigência de heroísmo. Assim, à
areté estão adjuntos dois sentidos: um relativo a um elemento social; e outro ao conceito
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Tradução: “Conhece-te a ti mesmo!”.
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grego de ética, que por vezes surgem visivelmente distinguidos e em outros momentos
surgem combinados.
Quanto à felicidade, a tese de Aristóteles afirma que o ser humano obtém a felicidade
por meio de uma vida virtuosa, ao desenvolver sua razão e sua sabedoria como via ao
sumo bem, que é alcançado por meio das instituições desenvolvidas pela comunidade e
seus costumes. Aristóteles, de certa forma, segue a linha de Sócrates e Platão ao con-
siderar que a virtude seria o fundamento de uma vida bem vivida. Cotrim e Fernandes
(2016, p. 25) comentam os argumentos que dão sustentação para essa tese:
• Aristóteles afirmava que um ser só alcança seu fim quando cumpre a
faculdade que lhe é própria e, que o distingue dos demais seres, isto é, a
da virtude aqui expandida em Areté.
Os autores chamam a atenção para que em Aristóteles não bastaria uma virtude, a
racionalidade, seria necessário exercitá-la; um esforço para realizar aquilo que lhe é dado
pela natureza como potência, a possibilidade de ser. Para atingir a felicidade verdadeira,
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o ser humano deveria dedicar-se fundamentalmente à vida teórica, no sentido de uma
contemplação intelectual, buscando observar a beleza e a ordem do cosmo, a autên-
tica realidade das coisas, durante a vida inteira e não apenas em um dia ou outro, como
diz a passagem de uma de suas obras: “[...] porquanto uma andorinha não faz verão,
nem um dia tampouco; e, da mesma forma um dia, ou um breve espaço de tempo, não
faz um homem feliz e venturoso” (ARISTÓTELES, 2019, p. 16).
Aristóteles observa que o homem é um ser que não se basta em si, necessita da con-
vivência social, por isso, é um ser carente e imperfeito, quando busca na comunidade a
sua completude. A partir dessa constatação, Aristóteles deduz que o homem é natural-
mente político. Para Aristóteles, quem vive fora da comunidade organizada da Pólis é
um ser degradado ou um ser sobre-humano, divino.
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Zoon Politikon, em Aristóteles, seria a condição natural da autoridade, o animal político como condição natural da
autoridade, visando compreender, ao menos em parte, o conceito aristotélico de autoridade.
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Um ser social e político seria identificado por rigorosa formação moral envolvendo
a virtude. Aristóteles ensinava que a Ética e a Política estão intimamente ligadas, ou
seja, a ética constituiria uma Ciência que gera a sociedade, na qual seus habitantes te-
riam uma vida profícua, a ponto de desenvolverem todo seu potencial, num ambiente de
justiça entre cidadãos virtuosos e felizes, vivendo eticamente, conforme a cultura onde se
inserem. Portanto, é responsabilidade do Estado suprir o desenvolvimento e a felicidade
do cidadão, pois sua condição impõe ser feliz apenas em sociedade, pois o homem é
muito mais do que um ser social, é um animal político que, em sua vida vivida, carece
de relações sociais com outros cidadãos da sua polis:
Fica evidente, pois, que a Cidade é uma criação da natureza e, que o ho-
mem, por natureza, é um animal político, isto é, destinado a viver em socie-
dade e, que o homem que o homem, que, por sua natureza e não por mero
acidente, não tivesse sua existência na cidade, seria um ser vil, superior ou
inferior ao homem. Tal indivíduo, segundo Homero, é “um ser sem lar, sem
família, sem leis”, pois tem sede de guerra e, como não é freado por nada,
assemelha-se a uma ave de rapina. (ARISTÓTELES, 2001, p. 56)
O bom governo tem duas partes: uma consiste na obediência dos cidadãos
às leis, a outra é se as leis às quais se obedece são boas; tanto as boas
quanto as más leis podem ser obedecidas. E, existe ainda uma posterior
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A timocracia (de timé, que significa honra) é uma forma introduzida por Platão para designar a transição entre a
constituição ideal e as três formas mais tradicionais (oligarquia, democracia e tirania), que vigorou durante o gover-
no de Sólon na Atenas da Grécia Antiga.
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Enquanto as áreas do conhecimento, a partir de Descartes são divididas em suas
especialidades, ou seja, estudam apenas uma determinada parte do todo. Antes, a Me-
tafísica tinha a responsabilidade de estudar o todo, as relações de como as coisas são,
como se organizam racionalmente para além da vontade humana e da existência mate-
rial do mundo.
Aristóteles não via ensejos para acreditar na existência de um mundo das ideias, ou
das formas ideais platônicas, porque tutelava o pensamento de que aquilo que estaria
além de nossa experiência não poderia ser absolutamente nada para nós.
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UNIDADE A Metafísica
Aristóteles, mais interessado em uma vida in natura que seu mestre Platão, formu-
lou estes dois princípios, de que tudo o que existe seria composto de matéria e forma,
uma teoria que ficou conhecida como Hilemorfismo Teleológico, doutrina inerente ao
aristotelismo e a seu desenvolvimento, fundamentada na ideia de que tanto os múltiplos
seres existentes quanto o Universo como um todo se direcionam, em última instância, a
uma finalidade que, por transcender a realidade material, é inalcançável de maneira
plena ou permanente.
Para Aristóteles, a atualidade exposta pela matéria, forma e sínolo, subjaz como subs-
tância, que recebe a predicação de substância, quando os seus pressupostos estão na
condição de matéria, dado ser a matéria que possui algumas das categorias definidoras,
porque não pertence e não predica a outro, tampouco doutro se predica. A forma é,
portanto, o sínolo que, ao contrário da matéria, possui todas as características da subs-
tância. A matéria, hierarquicamente, é o que dispõe de uma forma, contando que essa
forma é algo determinado e também determinante.
Para contrapor o mundo de Platão como uma mera ilusão, Aristóteles questiona
como seria possível as ideias, que seriam substâncias das coisas, estarem apartadas
dessas coisas que representa? Por exemplo: ao falarmos de uma corrente que se con-
verte em um anel ou de uma semente que se transforma em uma árvore, estamos a
falar de duas classes distintas de seres? No primeiro caso, temos um ser artificial, cujo
movimento se deu por um princípio externo, extrínseco; no segundo caso, estamos
falando de um ser natural, no qual o movimento ocorreu por um princípio interno,
intrínseco. Assim, existem seres naturais que se modificam por si mesmos, de acordo
com sua natureza, enquanto os seres artificiais dependem de elementos externos, para
que se modifiquem.
Assim, posto que o mundo das ideias não explica o movimento das entidades mate-
riais, surgiu o Hilemorfismo Aristotélico promovendo uma distinção com o platonismo,
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que postulava a existência apartada das ideias em face dos objetos sensíveis que delas
participariam. Entretanto, mesmo revalorizando o sensível, Aristóteles não desprezou
totalmente a concepção de ideias eternas de Platão, mas sim rebatizou-a com outro
nome, de forma, e a complementou com o que supôs faltar para que ela explicasse to-
das as classes de seres e as mutações do real.
A Metafísica refere muito mais uma investigação filosófica, que principia com uma
questão de partida: o que é algo...?, possibilitando um retorno que invoca duas possibili-
dades de resposta, envolvendo existência e essência:
• Só é possível fazer essa pergunta, porque é perceptível a existência de algo incon-
testável, e esse real é exprimível de alguma forma;
• Essa questão poderá se referir à natureza própria de algo, e a dúvida refere à essên-
cia dessa realidade que tem uma existência real.
A Metafísica possui uma característica singular e comum nos 14 livros que a com-
põe: é que eles tratam de uma espécie de Filosofia Anterior, Filosofia primeira ou Fi-
losofia do Ser. O próprio Aristóteles chamava seus estudos de Metafísica da “Filosofia
Primeira”, por se tratar de um conjunto de conhecimentos independentes de qualquer
atividade empírica e experiência sensorial.
Outra característica da Metafísica envolvia a distinção entre ser e parecer, mais pre-
cisamente entre realidade e aparência, posto que a aparência só poderia ser compre-
endida e explicada através do conhecimento da realidade que subjaz a essa exterioridade.
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UNIDADE A Metafísica
Ato é tudo aquilo que existe agora. Tornar-se ato é atualizar, e potência seria uma
forma especial que a matéria guarda dentro de si, isto é, um “vir a ser” ou um “poder
vir a ser”, potência é o poder ser, o devir, o vir a ser. Dessa forma, toda a matéria atual
poderá se transformar em suas potências, e quando isso ocorrer poderemos afirmar
que ele se atualizou, transformou-se em uma nova matéria em ato. Um bom exemplo
desse raciocínio aristotélico seria tomarmos a ideia de que uma semente existe enquanto
semente, seria em ato, mas ela também guarda uma potência internamente, que é a pos-
sibilidade de vir a se tornar uma planta e, se isso ocorrer, brotar e crescer, então, ela se
atualizaria, tomando uma nova forma e transformando a sua matéria. Da mesma forma,
é possível imaginar uma criança, que é criança em ato e adulto em potência; ao crescer,
amadurecer e se tornar adulta, a criança passou pelo processo de atualização. Assim, é
possível assumir que existem princípios intrínsecos e extrínsecos, que levam os seres ao
movimento, àquilo que Aristóteles denominou de passagem da potência ao ato.
Aristóteles manteve na Metafísica a diferença entre ser (einai) e o que é o ente (tó ón),
uma analogia do ente com o uno (tó hen): “Pois, ainda que não sejam o mesmo, são
distintos, ambos os termos são intercambiáveis: com efeito, o uno é, à sua maneira, algo
que é, e ‘o que é’ é algo uno” (ARISTÓTELES, Metafísica, Livro XI,1061b, 15-20).
Em filosofia, ser significa a existência de alguma coisa, portanto, tudo o que existe
é ser. E ente é um termo criado por Aristóteles para indicar o ato final ou perfeito, isto
é, a realização acabada da potência; tudo aquilo de que podemos falar algo a respeito,
aquilo a que, de um modo ou de outro, nos referimos; ente seria também o que e como
nós mesmos somos. O ser não é, necessariamente, um uno, é ser, existir, indefinido
quanto à forma. Aristóteles não estabeleceu uma analogia entre ser-uno, mas sim com
aquilo que é, o ente-uno.
Assim, ente e ser são palavras ligadas por seus significados interdependentes, con-
tando que o ente seja condicionado pelo ser, porque este possui um sentido mais geral,
enquanto o ente é uma determinação do ser. O ser é o que vale também para o ente,
que é o ser-aí, aquilo que está inserido no ser.
O ser se refere a uma existência, ele não tem uma forma específica. Somente o ente
deve ter uma forma, que paira nas possibilidades ilimitadas do ser. Assim a forma possui
a qualidade de ser.
Em Platão, as formas são eternas e múltiplas tais como o cubo, a esfera, as quais
podem ser confundidas com o ser. Em Parmênides, definitivamente, se confunde o ser
com a essência, como uma esfera homogênea e contínua. Parmênides é considerado
o primeiro existencialista, porque fez coincidir a existência com a essência ou forma.
Já em Aristóteles, o ser não coincide com as formas e, apesar de englobar estas, tem
uma maior extensão em relação às formas, porque sua definição contém a matéria
atualizada e organizada, a partir da forma que lhe é própria. Aristóteles ainda distingue
precisamente o ser do ente ao ligar o ente ao uno.
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Nessa linha, o não ser é um dos maiores problemas da filosofia, porque todas as cate-
gorias e a linguagem humana estão voltadas para o ser, aquilo que tem uma existência,
o que dificulta o entendimento do não ser, que é sinônimo daquilo que “não é”, assim
como ser, no sentido de ente, é sinônimo daquilo “que é”.
Segundo Chauí (2002), a lógica aristotélica não seria uma ciência, mas sim um
instrumento para o correto pensar, conforme registrado no Órganon, nome dado ao
conjunto das obras sobre lógica de Aristóteles. O Órganon abre o Corpus Aristotelicum,
composto pelos livros: Analíticos Anteriores, Analíticos Posteriores, Categorias, Da
Interpretação, Tópicos e Refutações Sofísticas.
Tipos de Silogismo
• Dedução: parte de premissas universais para se chegar a uma conclusão particu-
lar. O exemplo citado anteriormente é uma dedução, porque parte da ideia de que
todo homem é mortal, portanto, é universal, e qualquer nome que se coloque na
premissa menor terá a mesma conclusão;
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UNIDADE A Metafísica
Este raciocínio parece estar correto, mas é uma falácia, porque a premissa maior
parte de um pressuposto falso. É possível afirmar que a maioria das mulheres gos-
tam de flores, mas não podemos dizer que são todas.
• Princípio de identidade: afirma que uma coisa só é igual a ela mesma. Por exemplo:
quando você está andando pela rua e vê duas motos Harley Davidson Iron 883,
do mesmo ano, entende que elas sejam semelhantes, no entanto, pelo princípio
da identidade, estaria enganado. Existe semelhança entre elas, mas não igualdade.
Dentro deste princípio, a igualdade existe quando somente é ela mesma em si, por-
tanto, jamais teremos duas coisas absolutamente iguais ao mesmo tempo;
• Princípio de não contradição ou de contradição: duas afirmações contraditórias
não podem ser verdadeiras ao mesmo tempo. Este princípio é complementado pelo
Princípio do Terceiro Excluído, e afirma que as coisas são ou não são e não há
meio termo;
• Princípio do terceiro excluído: afirma que, para qualquer proposição, ou esta
proposição é verdadeira ou sua negação é verdadeira;
• Conclusão: a lógica é um raciocínio que nos leva ao pensar correto. No entanto,
para chegar a este pensar correto, ela pode ser classificada em vários tipos de ra-
ciocínios, tal que o valor de verdade ou falsidade é conferido às proposições, pois
são imediatamente evidenciados.
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• Não necessárias ou impossíveis: o predicado jamais poderá ser atributo de um
sujeito, por exemplo: “Nenhum triângulo tem quatro lados”;
• Possíveis: o predicado pode ou não ser atributo. Por exemplo: “Todos os homens
são justos”.
O silogismo é composto de duas premissas, das quais resulta uma conclusão, ou
seja, temos uma premissa de partida (P), um termo que faça a mediação (P1) e um pre-
dicado (P2). Sua forma lógica é:
Quadro 1 – Silogismo
Premissa maior:
Todo M é P.
Conclusão: S é P.
Premissa menor:
S é M.
Como pôde ser visto acima, existe uma relação entre os termos que constituem as
premissas:
• Termo maior: aparece em uma das premissas e ocupa lugar de predicado na con-
clusão, na estrutura acima é representado por P;
• Termo menor: ocupa o lugar de sujeito na conclusão, aparecendo em uma premis-
sa diversa do termo maior, representado por S;
• Termo médio: o termo médio é o único dos três termos que aparece em ambas
as premissas, mas nunca na conclusão, e funciona como intermediário, permitindo
a passagem das premissas à conclusão, ao apresentar uma relação entre sujeito e
predicado. Na estrutura acima é representado por M.
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UNIDADE A Metafísica
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Material Complementar
Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:
Leitura
As razões de Calabar serão julgadas 383 anos depois da morte do guerreiro portocalvense
https://bit.ly/2KUmWlU
Calabar
Analise o episódio Calabar a partir da ética de Aristóteles e, o julgamento simbólico
que absolveu o mameluco Calabar da acusação histórica de traidor da pátria.
https://bit.ly/3plEENT
História: Calabar é “traidor” ou “herói”?
https://bit.ly/3ogF3jn
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UNIDADE A Metafísica
Referências
ABBAGNANO, N. Dicionário de Filosofia. 5. ed. São Paulo: Martins Fontes, 2007.
ARISTÓTELES. De Anima. Apresentação, tradução e notas de Maria Cecília Gomes
Reis. São Paulo: Editora 34, 2006.
________. Ética a Nicômaco. 1. ed. Coleção Filosofia. São Paulo: LeBooks, 2019.
________. Órganon. Tradução, textos adicionais e notas de Edson Bini. Bauru:
Edipro, 2005.
________. Política. Trad. Pedro Constantin Toles. 6. ed. São Paulo: Martin Claret, 2001.
________. Metafísica. Porto Alegre: Globo, 1969.
________. Metafísica. 2. ed. Tradução, introdução e comentários de Giovanni Reale.
São Paulo: Loyola, 2002.
BARNES, J. (ed.). The Complete Works of Aristotle. Princeton: Princeton University
Press, 1995.
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