Biografia de Constantino
Biografia de Constantino
Biografia de Constantino
753 a.C.:Diz a lenda que a cidade foi fundada por Rómulo e Remo, filhos de Reia
Sílvia com o deus Marte. Usando um arado, ele desenhou os limites de Roma. No
começo, a cidade era governada por um rei.
509 a.C.: A cidade se dividia entre os patrícios e plebeus. Uma revolta
patrícia depôs o rei Tarquínio, o Soberbo, último rei de origem etrusca) e a monarquia
acabou. Início da República Romana. Os etruscos começam a entrar em declínio.
471 a.C.: Criação do cargo de Tribuno da Plebe.
450 a.C.: Promulgação da Lei das XII Tábuas.
367 a.C.: Lex Licinia Sextia - Os plebeus conseguem acesso ao cargo de cônsul.
326 a.C.:Surgiram as primeiras grandes obras: o Circo Máximo; o primeiro
aqueduto, que distribuía água para toda a cidade, e a Via Ápia, uma grande estrada
que permitia a movimentação de tropas.
275 a.C.:Começou o período de conquistas. Roma dominou as cidades gregas do
sul da península Itálica, dominando-a por inteiro.
218 a.C.:O maior inimigo de Roma, a cidade de Cartago, do norte da África,
invadiu a península Itálica. O comandante Aníbal venceu três grandes batalhas.
149 a.C.:Depois de ocupar a Península Ibérica e derrotar Aníbal, Roma destruiu
Cartago. A cidade ficou em ruínas. No mesmo ano, as tropas romanas conquistaram
aGrécia. Em 133 a.C., assumiu o controle total do mar Mediterrâneo.
104 a.C.: Consulado de Caio Mário.
81 a.C.: Ditadura de Sila
73 a.C.: O gladiador Espártaco liderou uma rebelião de escravos, que construíram
uma vila aos pés do monte Vesúvio. Ele venceu o exército romano sete vezes, antes
de ser derrotado.
63 a.C.: Roma passou a controlar Jerusalém, ao anexar a Palestina, conhecida a
partir de então como a província da Judeia.
59 a.C.:Dois generais inimigos Júlio César e Pompeu se uniram ao rico
comerciante Marco Licínio Crasso e passaram a chefiar o governo - Primeiro
Triunvirato.
49 a.C.:Quando Crasso morreu, os dois generais entraram em guerra. César
venceu e se declarou ditador.
47 a.C.: César invadiu o Egipto e proclamou Cleópatra como rainha.
45 a.C.:O ditador contratou o astrônomo egípcio Sosígenes para criar um novo
calendário de 12 meses (calendário Juliano).
44 a.C.: César foi assassinado por um complô do senado, liderado por seu
sobrinho e filho adotivo Bruto. Ao descobrir a conspiração, ele teria dito ao traidor a
famosa frase: "Até tu, Bruto, meu filho?"
43 a.C.: Segundo Triunvirato
31 a.C.: Eleito seu sucessor, Otaviano lutou contra os generais romanos para
assumir o poder.
30 a.C.: Derrotada em seu complô ao lado de Marco Antônio para derrotar
Otaviano. Cleópatra cometeu suicídio e o Egipto foi anexado ao Império Romano.
27 a.C.: Em 27 a.C., Otaviano recebeu o título de Augusto. Nos 41 anos de seu
reinado, Otaviano acabou com um século de conflitos e iniciou um período de 200
anos de paz e prosperidade, a chamada Pax Romana. Data convencionada pelos
historiadores como início do Império Romano.
Ano 1: Jesus nasceu em Belém, na Judéia. Nesta época, o império tinha cinco
milhões de habitantes.
Depois de Cristo[editar código-fonte]
A dinastia severiana, devido a sua ligação com elementos militares para a manutenção de
seu poder, é muitas vezes vista pela historiografia como os responsáveis pela criação de
uma “Monarquia Militar” na passagem do século III para o IV d.C. Esse seria o momento
em que a crise, que marcaria os governos do Século VI d.C., teria tido início. Nesse
sentido, os Severos, por se preocuparem apenas com o apoio dos soldados, teriam se
afastado da positiva forma de governo adotada pelos Antoninos, que preocupavam-se em
conseguir apoio junto a outras camadas da sociedade. Dessa forma, os governos
posteriores ao assassinato de Caracala, último imperador da dinastia severiana, são
apresentados como governos marcados por sérias dificuldades, como o aumento da
inflação, a impossibilidade de manutenção da segurança nas fronteiras e
descontentamento das legiões. Em 235 d.C., Maximino, ao proclamar-se imperador após
assassinar Severo Alexandre e sua mãe, inicia o período conhecido como Crise do Século
III , que se estendeu até 284 d.C., quando Diocleciano chegou ao poder. [15]
Essa imagem de crise e decadência instaurada no século III vem sendo reiteradas vezes
contestada pelos estudos mais recentes sobre o período. Os historiadores que defendem a
tese da não crise apresentam dois motivos principais para a não existência dela o primeiro
deles é que, apesar das mudanças estruturais ocorridas ao longo desse período, manteve-
se um sistema político-econômico estável ao longo de todo o Império e, depois, a ideia de
crise não era um consenso entre os habitantes das diferentes regiões do vasto império.
Existem evidências que entre os séculos II e IV fatores como poder imperial, cultura
literária da elite e os modos de vida no interno das cidades e áreas rurais, permanecerem
inabaláveis. O sistema imperial como um todo não foi perturbado, apesar das turbulências
político-militares.[16] Por outro lado, os problemas com exército, inflação, política e até
mesmo a substituição da mão de obra escrava também ocorreram nos séculos II e IV,
[17]
por isso a ideia de crise não poderia ser restrita apenas ao século III, ela foi
característica de um longo período.
A ideia de crise também não era um consenso na época, visto que a maior parte da
população não tinha essa noção, sendo algo mais restrito aos políticos, soldados e
pessoas que vivam nas áreas de fronteiras, onde ocorreram diversas invasões. [18] Um
modelo histórico tão geral não tem como dar conta de explicar toda a complexidade e as
situações individuais que marcaram um Império tão vasto como o romano [19]. Outro ponto
que corrobora esse argumento é o fato de que algumas regiões do Império, como a
província do Egito e outras regiões do norte da África, apresentaram crescimento
econômico e não teriam sido afetadas pelas ameaças militares. [20]
Dominato[editar código-fonte]
Ver artigo principal: Dominato
O Dominato ou o Baixo Império Romano é uma forma de governo que se inicia, grosso
modo, com a ascensão de Diocleciano, em 284 d.C, se estendendo até a deposição
deRômulo Augusto, em 476. É caracterizado como responsável pelo restabelecimento da
ordem, na qual o Estado romano com a intenção de manter a unidade imperial realizou
uma série de medidas, empreendendo amplas reformas no setor público, como as
instituídas por Diocleciano e Constantino, criadores dessa forma de governo.[21]
Para restaurar a ordem, os imperadores tiveram que se valer de discursos que realçavam
seus atributos heroicos que, quando inseridos no contexto pós Anarquia Militar e aliados
ao ritual de divinização do imperador, encontravam na justificativa teológica, ou seja, na
pressuposição de que o imperador governa por um direito dado pelos deuses, a explicação
para constituição do poder em torno Dominus, ou senhor.[23]
O Dominato e as teorias sobre o fim do Império Romano[editar código-fonte]
A primeira proposta aborda uma explicação de caráter político, que atribui valor negativo
ao Estado no Baixo Império, utilizando como base o argumento de que o poder imperial
não teria entrado em sintonia com os anseios da sociedade do seu tempo. Dentro dessa
perspectiva, muitos autores afirmam que o aumento da fiscalização, da burocracia e do
exército, a fim de manter a unidade imperial, culminou na derrocada do Império. Dessa
forma, o Estado Romano teria se afastado de características tidas como essenciais, como
o ideal de cidadania, a centralidade do Senado e as tradições pagãs. [25]
A segunda proposta insere-se nas explicações de caráter materialista, que usam como
base o argumento de que as transformações na estrutura político-ideológica do Baixo
Império estão ligadas ao modo de produção escravista, que entrou em declínio após o
encerramento das fronteiras imperiais depois de Trajano, impossibilitando a manutenção
do sistema econômico devido a escassez de mão-de-obra. [26]
Por fim, dentro da terceira proposta estão os autores que adotam uma interpretação de
caráter culturalista do final do Mundo Antigo, enfatizando o conceito de Antiguidade Tardia.
O conceito é a reinterpretação sob uma nova perspectiva daquilo que convencionalmente
chamou-se de “decadência” do Império Romano, evidenciando acontecimentos e/ou
aspectos da sociedade romana que, até então, eram tratados como secundários ou não
relevantes, como por exemplo, as vestimentas e as transformações arquitetônicas,
manifestações que contribuíram com as mudanças políticas e econômicas do império. [27]
Diarquia[editar código-fonte]
Ver artigo principal: Diarquia
Entre os anos de 285 e 286, Diocleciano inicia uma série de reformas que visam
restauração da ordem no Império Romano. Ocorre, inicialmente, a instalação da Diarquia e
posteriormente, Diocleciano adota algumas medidas como a reformulação da anona
(imposto sobre a produção agrícola); fortalecimento dos curiales; e fixação dos agricultores
às suas terras, sem que tivessem o direito de se retirar delas, apenas podendo transmiti-
las aos seus descendentes. Essas medidas acabaram por levantar questões sobre o
excesso de arbitrariedade de Diocleciano, pois instituíam um sistema de classes
viabilizando o imobilismo da estrutura econômica do Império. Não demorou muito para que
aDiarquia fosse ampliada para a Tetrarquia, a partir da nomeação
de Maximiano a Augusto e a eleição de Galério e Constâncio Cloro como Césares.[28]
Tetrarquia[editar código-fonte]
Ver artigo principal: Tetrarquia
Édito Máximo
Ele enviou então agentes para analisar todos os produtos e a quantidade que
cada cidadão produzia, para com isso fazer um recenseamento e assim saber quanto cada
um produzia e com quanto cada um poderia ajudar. Esta avaliação era feita através de
uma análise de bens (caput) e da terra (iuga), no qual o preço a ser pago dependeria do
tamanho da terra, dos animais, da quantidade de trabalhadores que ali exerciam sua
função.[33] Mas mais um problema precisava ser solucionado para que este novo método
de impostos funcionasse, o modo de pagamento. Como a moeda romana vinha passando
por uma grande desvalorização, Diocleciano decidiu a forma de pagamento dos impostos,
que não seriam mais feitos com dinheiro, mas com produtos. Uma lista das necessidades
era gerada e cada cidadão pagaria com o que poderia e com a quantia que lhe cabia,
dependendo do resultado do recenseamento. [35]
Outra reforma de Diocleciano dizia respeito à proibição de abandono por parte dos colonos
agricultores e arrendatários das terras que cultivavam. Os trabalhadores urbanos também
deveriam passar seus ensinamentos para seus filhos, mantendo assim uma estabilização
na demanda e produção.[5]
Reforma na cunhagem[editar código-fonte]
As moedas do império chegaram ao comando de Diocleciano valendo muito pouco. Então
Diocleciano fez uma reforma nas moedas e suas formas de cunhagem. Em 294, ele
reorganizou as casas de cunhagens romanas, que na época eram muitas e espalhadas
por várias províncias, o que dificultava ainda mais o processo de fiscalização. Criou então
algumas casas principais, nas principais cidades do império para que se tivesse um
padrão de qualidade nas moedas. Ele inseriu então três moedas as de ouro (áureo),
serviam para realizar apenas os pagamentos militares, as moedas de prata (argento) e as
moedas de bronze (denário) que seriam usadas para as transações menores e
corriqueiras.[5][36][37]
Essas moedas foram implantadas não somente para revigorar a economia romana, mas
também traziam em seu corpo desenhos que representavam a riqueza do império e
também ajudavam na construção da imagem de legitimidade do imperador. Muitas dessas
moedas cunhadas possuíam imagens de Diocleciano de um lado e de Júpiter do outro ou
então Maximiano e Hércules. Essas associações divinas representavam a
aprovação divina e além de legitimar o poder tanto de Diocleciano quanto
de Maximiano contribuiu para que durante grande parte da Tetrarquia fossem
considerados filhos desses deuses.[38]
Moedas com a efígie de Diocleciano[editar código-fonte]
Alguns exemplos de moedas com a efígie do imperador Diocleciano:
O Edito Máximo tinha como premissa fixar o preço máximo que um produto poderia ser
vendido. Se algum comerciante, vendedor ou produtor quisesse vender seus produtos por
um preço menor, nada o impediria disso, ele estava apenas não poderia vender seus
produtos por preços maiores que os ditados pelo edito. Caso alguém vendesse por preços
maiores que os propostos, seria condenado a pena capital, a mesma atribuída para crimes
como o estupro de uma Vestal e traição. Um dos produtos incluídos dentro do edito foi
a seda de cor púrpura. A única pessoa capaz de obter esse tipo de mercadoria seria o
próprio imperador. Com base nisso muitos estudiosos tendem a acreditar que esse ato
serviria para mostrar para a população que o imperador seguiria os mesmos padrões dos
demais habitantes do império.[40]
Porém, sua única função não foi estabilizar a economia romana, mas também para
confirmar o poder e controle de Diocleciano sobre a economia. Se o édito conseguisse
estabilizar a economia, Diocleciano continuaria no comando do império. Para isso, na
introdução escrita por ele mesmo para o edito alega que muitas outras vezes na história do
império, outros imperadores já haviam usado editos para tentar resolver questões
pertinentes. Além disso, Diocleciano alega ao povo que a culpa estava nos mercadores
que por causa da ganância, causaram este grande problema. [41]
Desde o século I, os cristãos praticavam sua religião no território romano, mas não
reconheciam a divindade do imperador, logo, foram considerados praticantes de uma
religião transgressora, que desconsiderava a moralidade. [43] O cristianismo estava
disseminado pelo Império Romano, exercendo sua religião ilícita e tomando espaço entre
os romanos, implicando nas medidas persecutórias (éditos) de Diocleciano para restaurar
a pureza moral do Império Romano, o respeito às leis romanas que promoveriam a
indulgência divina[44] e a credibilidade na divindade do Imperador. [45]
O Edito de Galério, em 311, cessou oficialmente a perseguição, tornou o Deus dos cristãos
umas da divindades patrona do Império e ajudou na consolidação das relações do
cristianismo com o poder imperial. Entretanto, a perseguição no oriente se manteve sob a
jurisdição de Maximino Daia, um César sobrinho de Galério.[47]
Desde meados dos século III, as ações persecutórias financiadas pelo poderio imperial
romano podem ser compreendidas como globais. Por meio de éditos imperiais, buscava-
se a legislação sobre uma unidade normativa de culto que tinha por objetivo manter a pax
deorum (“paz dos deuses”).[49]
O conflito persa, iniciado em 296 com a ascensão do rei persa Narses em 294, será o
principal evento na parte oriental do Império Romano no período. Essa guerra, apesar da
falta de detalhes conhecidos pelos historiadores, foi empreendida, segundo narra Eutrópio,
em duas campanhas, das quais a primeira foi perdida por Galério nas proximidades de
Calínico, obrigando-o a se retirar para a Antioquia. Enquanto isso, Maximiano, após uma
esperada vitória na Britânia, saía em campanha pela Espanha em seu caminho para
a África, onde era necessário para conter a rebelião das tribos mouras Quinquegentianos.
A guerra contra os persas é retomada com a chegada de Diocleciano e reforços em 297 /
298. Galério estabeleceu uma base em Satala, na Armênia, e foi capaz de
derrotar Narses. O César avançou para a Média e Adiabena, dominou Nísibis e seguiu
paraCtesifonte, que foi capturado. Em 299, um tratado de paz com os persas foi concluído.
A Armênia foi anexada ao território romano e Roma tomou o direito de indicar o rei da
Ibéria, além de deter o controle sobre territórios entre o Tigre e a Armênia.[56]
Combate à Revolta no Egito[editar código-fonte]
Diocleciano cessa seu envolvimento no conflito com os persas no início de 298 e se dirige
ao Egito para lidar com uma revolta que estourou em 297 liderada por um usurpador
nomeado Domício Domiciano, a qual durou oito meses e fez parecer com que a província
já não estivesse mais sob o controle romano. A situação é resolvida com o cerco e captura
de Alexandria. Então, Diocleciano se afasta do litoral, visitando a fronteira sul do Egito e
fortificando a ilha de Filas. Ainda em 298, ele retorna a Nísibis e, posteriormente,
à Antioquia, em 299. Ao retornar à Alexandria, em 302, o imperador ordena a execução de
líderes maniqueístas, a queima de seus livros, a execução de seus fiéis e a
desapropriação de suas terras. As últimas campanhas durante governo de Diocleciano
foram aquelas de Galério contra os Sármatas (302), Carpos (303) e Pictos (305).[57]
Após o seu aniversário de vinte anos de governo (vicenália), Diocleciano deixa Roma e
assume o consulado em 1º de 304, em Ravena. Ele passou o verão na fronteira
doDanúbio no ano de 304, e sua saúde apresentava sinais de que estava ainda pior
quando chegou em Nicomédia, no dia 20 de novembro, data do seu vigésimo primeiro
aniversário de ascensão. Sua chegada em Nicomédia implicou numa série de boatos que
acabaram por contribuir para a crença de que havia morrido, tendo sido declarado luto
público, porém, foi suspendido devido à existência de outro boato que dizia o contrário.
Diocleciano só apareceu em público novamente até o dia 1º de março de 305, com os
efeitos de sua doença ainda mais aparentes.[59]
Constantino e o Cristianismo
Constantino I ou Constantino, o
Grande (272-337), entrou para a história romana como o primeiro imperador
romano a se converter ao Cristianismo. Contudo fica em aberto a seguinte
questão, será que ele teria feito isso por pura devoção ou fora uma jogada política?
Constantino antes de se tornar cristão, era um homem devoto inicialmente ao culto
dos deuses romanos, ele próprio se comparava como sendo descendente do
herói Héracles (Hércules), posteriormente em suas campanhas militares no
Oriente tiveracontato com o culto do Deus Sol Invictus, ligado
aoMitraísmo. Contudo sua aparente devoção ao deus dos cristãos só viria no ano
de 312, quando este estava prestes a travar uma dura batalha contra o
imperador Maxêncio. Nesta época o império romano estava dividido em porção
Ocidental e Oriental, assim havia um governo com dois imperadores e dois césares
(seus sucessores), no final eram quatro líderes que comandavam o império, algo
que não se mostrou tão viável assim. O projeto de uma tetrarquia havia sido
concebido poucos anos antes, pelo imperador Diocleciano o qual havia governado
de 284 a 305. Diocleciano fora o responsável por reestruturar o império o qual se
encontrava em crise e uma de suas medidas fora sua redivisão territorial em duas
metades, a criação de novas províncias, dioceses (aqui diocese refere-se a uma
organização administrava a qual fora adotada pela Igreja Católica posteriormente),
etc.
Oficialmente Galério era o imperador do Ocidente, mas tivera que disputar seu
poder com Constantino. Em 311, Galério morrereu e Constantino assumiu o cargo
de imperador, contudo Maxêncio ainda não o aceitava como novo monarca. No ano
de 312 na noite anterior a Batalha da Ponte Milvio contra as forças de Maxêncio,
Constantino tivera um sonho no qual aparecia uma cruz, e nesta estava grafado a
seguinte frase: In hoc signo vinces (sob este signo vencerás), com isso antes da
batalha começar Constantino ordenou que os seus soldados pintassem o tal símbolo
cristão, o lábaro em seus escudos, e de certa forma isso acabou lhe trazendo
sorte, e eles venceram a batalha. Outras versões dizem que não fora um sonho,
mas sim uma visão. Constantino andando pelo acampamento teria visto uma cruz
no céu. Alguns historiadores sugerem que ele teria visto um meteoro ou estrela
cadente e considerado como um presságio divino.
O lábaro ou cristograma de Constantino. Símbolo no qual o imperador teria visto em um sonho. Existem
outros tipos de cristograma.
Depois desta vitória, Constantino mostrou interesse em se converter ao
Cristianismo. Vendo deste ponto pode se dizer que fora um ato de devoção, o qual
viria a se reafirmar e a se fortificar quando em 313, Constantino juntamente com
Lícinio o novo imperador do Oriente, assinaram o Édito de Milão, no qual proibia-
se a perseguição aos cristãos, e legaliza o culto do Cristianismo pelos povos do
império. Contudo, tanto Lícinio como outros membros da elite romana ainda se
mantiveram ligados as antigas tradições e não enxergaram com bons olhos tal lei.
De qualquer forma, Constantino passou a ser bem quisto pelos cristãos, isso não
terminaria por aí, ele ainda era um homem que possuía outras ambições. Nos anos
seguintes Constantino governou conjuntamente com Lícinio até ordenar a morte
deste em 324, e finalmente passar a ser regente único. Nesse meio tempo, Lícinio
havia se tornado cunhado de Constantino, por ter se casado com uma de suas
irmãs, mesmo assim isso não impediu que ele ordenasse a morte do cunhado. Além
deste crime, Constantino também é acusado de ter ordenado a morte de um dos
filhos e de uma das esposas, sobre o acusações de traição e conspiração, de toda
forma, mesmo com as mãos sujas de sangue, ele se mantivera como um líder
importante.
"Assim, parecia chegar ao fim o velho antagonismo entre a Igreja Cristã. Não lhe
era mais necessário atribuir-se descendência de Hércules ou Apolo: tinha uma nova
santidade que redimiria todos os seus pecados. O sangue de seus rivais, de seu
filho e até de sua mulher, manchava-lhe as mãos, mas para o mundo ele era
o Isapostolos, o igual aos Apóstolos, o Décimo-Terceiro deles". (RUNCIMAN, 1977,
p. 21).
Alguns fatos como a questão da Páscoa oscilar a cada ano, e preceder um período
de quarenta dias desde a quarta-feira de cinzas, a chamada quaresma fora
debatida nessa época. Além disso, a organização da Bíblia que hoje temos é
basicamente igual a daquela época, onde fora se retirado os
chamados evangelhos apócrifos e outros textos.
Outro fato, é que posteriormente também fora decidido, fora a data do Natal, já
que no Novo Testamento não se menciona a data de nascimento de Jesus Cristo,
assim Constantino decidiu que essa data deveria ser celebrada no dia 25 de
dezembro, dia que corresponde ao nascimento do deusMitra, lembrem-se que
o mitraísmo era uma religião influente entre o exército romano, e o próprio
imperador fora adepto desta. Além disso, a data 25 de dezembro marca entre
alguns povos pagãos a comemoração do solstício de inverno, período em que
começa-se a celebrar a espera da vinda da primavera e com esta o início das
plantações. Assim, tal data não fora escolhida por mero acaso, os próprios romanos
comemoravam a Saturnália no mês de dezembro, festas realizadas ao
deusSaturno, deus da agricultura, justiça e do tempo. Embora a Saturnália
termina-se antes de 25 de dezembro, alguns aspectos dessa celebração
embasaram os primeiros ritos natalinos daquele tempo.
Enfim, Constantino fora o responsável por apaziguar a perseguição aos cristãos por
um tempo, essas ainda voltaram a ocorrer anos depois. Ele também fora o primeiro
imperador romano a se declarar cristão, organizou um concílio que estruturou
questões da doutrina cristã, de sua organização secular, e do livro mais importante
da cristandade, a Bíblia. Constantino teve suas contribuições, mesmo assim isso
não o tornara um santo, devido a seus atos traiçoeiros. Mas suas iniciativas foram
importantes pois deram o ponta-pé para que a Igreja Católica se firma-se de fato
em Roma, embora já se encontra-se ali desde o século I, a Igreja nestes primeiros
séculos devido a perseguição fora duramente combatida.
Referências Bibliográficas:
MENDES, Norma Musca (Organizadora), Repensando o Império Romano:
perspectivasocioecônomica, politica e cultural. Rio de Janeiro, Mauad, 2006.
BALDSON, J. P. V. D. O Mundo Romano. Rio de Janeiro, Zahar, 1968.
GRIMAL, Pierre. A Civilização Romana. Lisboa, Ed. 70, 1988.
RUNCIMAN, Steven. A Civilização Bizantina. 2a edição. Rio de Janeiro, Zahar
Editores, 1977.
Quem foi
Constantino I, também conhecido como Constantino Magno, foi um imperador romano que
nasceu na cidade de Naissus (na atual Sérvia) em 26 de fevereiro de 272. Seu nome
completo era Flávio Valério Aurélio Constantino (em latim: Flavius Valerius Aurelius
Constantinus). Foi o primeiro imperador romano cristão da História.
Período de Governo
Constantino foi imperador do Império Romano entre os anos de 306 a 337. No ano de 312
foi aclamado como Augusto no Ocidente.
Principais momentos da vida e realizações: