A História Da Igreja
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A História Da Igreja - Pb. Alan Silva Vimar
FICHA CATALOGRÁFICA:
00 - FICHA CATSUMÁRIO
Observação a ser feita
Os Seis Períodos da História da Igreja
Resumo
O Agir de Deus na História
Introdução
Rejeitar a Cristo e suas consequências
1° PERÍODO DA IGREJA
A Expansão da Igreja
Perseguições e Oposições dos Judeus no 1° Século
A Igreja entre os Gentios
Perseguições Imperiais no 1° Século
Imperador Nero
Mártires deste Período
A Era Sombria
Imperador Vespasiano
Mártir deste Período
Imperador Domiciano
Sobre a Igreja do 1° Século
2° PERÍODO DA IGREJA
Causas das Perseguições Imperiais
Fases da Perseguição no 1° Século
Perseguições Imperiais no 2° Século
Imperador Trajano
A Política de Trajano
Mártir deste Período
Imperador Antônio Pio
Mártir deste Período
Imperador Marco Aurélio
Mártir deste Período
Perseguições Imperiais no 3° Século
Imperador Lúcio Sétimo Severo
Mártir deste Período
Imperador Caracala
Imperador Heliogábalo
Mártir deste Período
Imperador Décio
Política de Décio
Imperador Valeriano
Mártir deste Período
Imperador Diocleciano
Mártir deste Período
Fim das Perseguições Imperiais no 4° Século
Imperador Constantino
O fim das Perseguições: Bom ou Ruim para o Cristianismo?
O que nos leva a crer que Constantino não foi um cristão?
O Desenvolvimento do Cânon do Novo Testamento
Quanto ao Governo, o Crescimento e a Forma de Governo da Igreja
O Credo Apostólico
As Três Escolas Teológicas
O Surgimento das Seitas e Heresias
Os Princípios de Aceitação do Cânon do Novo Testamento
3° PERÍODO DA IGREJA
A Vitória do Cristianismo
Bons Resultados da Vitória
Maus Resultados da Vitória
A Fundação de Constantinopla
Divisão do Império
Eliminação do Paganismo
Controvérsias e Concílios
Desenvolvimento do Poder na Igreja Romana
A queda do Império Romano Ocidental
Dirigentes da Igreja neste período
Atanásio
Ambrósio de Milão
João, Chamado Crisóstomo
Jerônimo
Agostinho de Hipona
4° PERÍODO DA IGREJA
O Progresso do Poder Papal
Razões do governo Papal (romano) ser aceito
O Crescimento do Poder Maometano
Razões do triunfo dos maometanos
Aspéctos favoráveis e desfavoráveis
A Separação das Igrejas Latinas e Gregas
As Cruzadas
Razões do Fracasso das Cruzadas
Bons e Maus Resultados das Cruzadas
Monasticismo
Ordem dos Beneditinos
Ordem dos Cistercienses
Ordem dos Franciscanos
Ordem dos Dominicanos
Bons e Maus resultados: Das Ordens e Conventos
Caminhando para a Reforma
Albigenses
Valdenses
O Grande Cisma do Ocidente
John Wikcliff
John Huss
Jerônimo Savonarola
O Fim da Era Medieval
Eruditos e Dirigentes da Igreja Medieval
Anselmo
Pedro Abelardo
Bernardo de Clairvaux
Thomás de Aquino
5° PERÍODO DA IGREJA
Fatores que Impulsionaram a Reforma
A Renascença
A Invenção da Imprensa
O Espírito Nacionalista
A Explosão da Reforma
Na Alemanha
Na Suíça
No Reino Escandinavo
Na França
Nos Países-Baixos
Na Inglaterra
William Tyndale
Thomas Cranmer
John Hooper
Na Escócia
Princípios Fundamentais da Reforma
A Contra Reforma
A Guerra dos 30 anos
Eruditos Protestantes deste Período
Desidério Erasmo
Martinho Lutero
João Calvino
Os 5 Pontos Teológicos de Calvino
Jacobus Arminius
Thomas Cranmer
João Knox
Dirigentes Católicos
Inácio de Loyola
São Francisco Xavier
6° PERÍODO DA IGREJA
Os Puritanos
Racionalistas
Movimento Anglo-Católico
A Igreja do Século XX
A Igreja nos Estados Unidos
As Ocupações Católicas
Ocupações Protestantes
Igreja Protestante da Inglaterra – Episcopal
Igreja Protestante Congregacional
Igreja Protestante Batista
Igreja Protestante Luterana
Igreja Protestante Presbiteriana
Igreja Protestante Metodista
A Igreja no Canadá
A Igreja na América Latina
A Nova Conjuntura Mundial e suas Implicações para a Inserção do Protestantismo no Brasil
Cultura e Protestantismo de Imigração
Cultura e Protestantismo de Missão
A Origem das Assembleias de Deus
Assembleia de Deus no Brasil
BIBLIOGRAFIA
OBSERVAÇÃO A SER FEITA
Este livro tem por objetivo estudar a História da Igreja, os fatos que marcaram o Cristianismo no passado, a Reforma no final da Idade Média, bem como as Igrejas atuais.
Conhecendo a História, o cristão terá maiores possibilidades de apresentar a sua Fé com fundamentos sólidos e inquestionáveis, principalmente em se tratando da Divindade de Cristo.
Este livro que aborda sobre a História da Igreja foi um simples levantamento que fiz (meses de estudos) sobre o assunto em vários autores, conforme a bibliografia mostra. Entretanto, o livro de Jesse Lyman Hurlbut, foi o que maior contribuiu para o desenvolvimento deste estudo, pois, foi através deste, que segui uma linha cronológica dos fatos.
Todos os assuntos aqui tratados foram primeiramente ministrados aos alunos do CETEC (Centro Educacional Teológico Cristão). Julguei ser necessário que os alunos tivessem todo material no formato de um livro; só assim não o perderia com o passar do tempo.
Pra você que ainda não estudou sobre a História da Igreja, convido-o a matricular-se no CETEC.
Igreja Evangélica Congregacional
Maracanã - Barra do Piraí/RJ
Seja um obreiro aprovado...
DEFENDA A SUA FÉ!!!
Deus seja louvado e exaltado através de sua vida!!!
01 - IGREJA PRIMITIVAOS SEIS PERÍODOS DA HISTÓRIA DA IGREJA
I. IGREJA APOSTÓLICA
Desde Ascensão de Cristo no ano 30
até à morte de João no ano 100 d.C
II. A IGREJA PERSEGUIDA
Desde a morte de João no ano 100
até ao Edito de Constantino no ano 313 d.C
III. A IGREJA IMPERIAL
Desde o Edito de Constantino no ano 313
até à Queda de Roma no ano de 476 d.C
IV. A IGREJA MEDIEVAL
Desde a Queda de Roma no ano 476
até à Queda de Constantinopla em 1.453 d.C
V. A IGREJA REFORMADA
Desde a Queda de Constantinopla em 1.453
até ao Fim da Guerra dos 30 anos em 1.648 d.C
VI. UMA IGREJA MODERNA
Desde o Fim da Guerra dos 30 anos em 1.648
até o século XX no ano de 1.970 d.C
RESUMO
Buscaremos através deste estudo, percorrer os vinte séculos de existência da Igreja. O ponto culminante desses vinte séculos se dá no Monte das Oliveiras, quando após ressurgir dos mortos, Jesus deu suas últimas instruções aos discípulos e logo ascendeu aos céus, ao trono celestial.
Os primeiros cristãos não consideravam a existência de uma Igreja fora dos limites do judaísmo. Liderados por Pedro e Paulo, bastou duas gerações para a Igreja se expandir para todos os países vizinhos no Mediterrâneo. Este período ficou conhecido como Era Apostólica
, terminando com o apóstolo João, último dos apóstolos, cerca do ano 100 ou 103 d.C.
Pós era apostólica, a Igreja esteve sob perseguição à espada pelo Império mais poderoso do mundo, que se deu entre o II até parte do IV século. Durante mais de 200 anos muitos cristãos conquistaram a coroa da vitória sob os rigores da espada, feras nas arenas e ardentes fogueiras.
Passado este período de perseguição, sobe ao trono de Roma um Imperador cristão, que por meio de um decreto no ano 313 d.C conteve a onda de mortes. A Igreja perseguida tornouse a Igreja Imperial e a Cruz como símbolo da nação. Constantinopla foi a capital cristã, posteriormente, Roma, tomou este prestígio novamente.
Com a queda do Império Romano em 476 d.C, começou o período de mil anos conhecido como Idade Média. Nesta época, o Bispo de Roma, esforçava-se não só para dominar a Igreja, mas todo o mundo. A história Medieval termina com a queda de Constantinopla em 1.453 d.C.
Em seguida a Europa se despertou, no século XVI, para a Reforma da Igreja em 1.517 d.C.. Houve a contrarreforma para conter o progresso da Reforma. A Europa já estava dividida e após 30 anos de Guerra, fez-se um tratado de paz em Westfália, em 1.648 d.C.
Daqui para frente à Igreja amadureceu e se tornou uma poderosa organização para a glória de Deus, empenhando-se numa série de esforços ativos para melhorar as condições da humanidade.
A curiosidade pelo passado é uma das características do homem. Deus fez-se homem e viveu no tempo e no espaço na pessoa de Cristo. A história da Igreja é, pois, um assunto de enorme relevância para o cristão que deseja estar informado sobre sua herança espiritual, para imitar os bons exemplos do passado, e evitar os erros que a Igreja frequentemente tem cometido. Tais informações sobre o passado pode estar em forma de documentos ou objeto relacionados ao acontecimento.
A palavra história vem do latim historia, que é derivada do verbo grego historeo. Muito usada pelos gregos, cujo significado é: "aprender pela pesquisa ou investigação e interpretação". Em resumo, o historiador busca respostas para as questões do quem? Que? Quando? ou Onde?
O AGIR DE DEUS NA HISTÓRIA
A PLENITUDE DOS TEMPOS
Gl 4.4 e Mc 1.15
O apóstolo Paulo chama a atenção para a era histórica da preparação providencial que antecedeu a vinda de Cristo a terra em forma humana. Deus preparou ao longo dos séculos um cenário, um ambiente, que favorecesse a expansão do Evangelho por todo o mundo. Se Jesus nascesse hoje não teria tanto impacto quanto houve naqueles dias, mesmo com tanta tecnologia disponível.
Fatores Fundamentais para que a Igreja expandisse e chegasse até nós:
02 - MAPAQuem, então, contribuiu para o aparecimento de Cristo sobre esta terra?
Os Judeus;
Os Gregos;
Os Romanos.
Grécia e Roma contribuíram em muito para levar o desenvolvimento histórico até o ponto em que Cristo pudesse exercer o impacto sobre a história de uma forma até então impossível.
Vejamos:
1º Fator: Geográfico – At 26.26: "Porque o rei, diante de quem falo com ousadia, sabe estas coisas, pois não creio que nada disto lhe é oculto; porque isto não se fez em qualquer canto".
A Palestina, berço da nova religião, estava estrategicamente localizada neste mundo. Fica numa região cobiçada por ser um importante cruzamento que ligava os continentes da Ásia e da África com a Europa. Este cruzamento favoreceu a disseminação da fé cristã. Tudo o que ali acontecia, todos que por ali passavam, levavam para suas nações a fé cristã (Egito, Ocidente, Oriente).
2° Fator: Intelectual Grego. A língua grega era conhecida em todos os povos da região. Palavra, pregação, escrita, cartas, etc... Desde os dias de Alexandre "O Grande, a cultura e a filosofia grega estavam incutidos na mente de todos. A Filosofia de Platão diz:
O mundo é uma sombra de um mundo muito mais real". Buscavam pelo intelecto uma religião mais pura e verdadeira em contraposição aos deuses pagãos dos bárbaros.
Podemos definir da seguinte forma:
Roma: Contribuiu com o ambiente político;
Grécia: Contribuiu com oambiente intelectual (propício àpropagação do Evangelho);
Roma: Conquistou os Gregos militarmente;
Grécia: Conquistou os Romanos culturalmente (Horácio 65 a.C – 8 d.C em sua poesia).
A língua grega era o que o Evangelho Universal mais precisava neste exato momento de expansão. Assim, como hoje é o inglês, e no mundo medieval foi o latim, no tempo do Império Romano foi o Grego.
O Grego Koinê, dialeto do homem comum, foi usado para:
A comunicação do Evangelho no mundo antigo;
Escrever o Novo Testamento;
Traduzir o Antigo Testamento pelos judeus de Alexandria, Egito -traduzidaentre o terceiroe o primeiro século a.C.;
A tradução ficou conhecida como a Versão dos Setenta (ou Septuaginta - palavra latina que significa setenta, ou ainda LXX), pois setenta e dois rabinos (seis de cada uma das doze tribos) trabalharam nela e, segundo a história, teriam completado a tradução em setenta e dois dias. A Septuaginta, desde o século I, é a versão clássica da Bíblia hebraica para os cristãos de língua grega e foi usada como base para diversas traduções da Bíblia.
.
A filosofia grega preparou o caminho para o surgimento do Cristianismo?
SIM ! ! ! Por quê?
Sua disciplina intelectual tornou a religião tão ininteligível que as pessoas a abandonavam em favor da filosofia.
E, a Filofia? Supriu a necessidade humana?
Não!!! Pois a filosofia não apresentava um Deus pessoal. Surge, então, o cristianismo apresentando uma vida espiritual e não intelectual, preenchendo o vazio existencial.
De que outra forma os filósofos ajudaram o cristianismo?
Sócrates e Platão: Ensinavam cinco séculos antes de Cristo que o presente mundo temporal dos sentidos é apenas uma sombra do mundo real. Insistiam que a realidade não era temporal e material, mas espiritual e eterna. Os gregos estavam preocupados com os problemas do certo e do errado e com o futuro eterno do homem.
Ésquilo (525-456 a.C) em sua peça Agamenon, aproxima-se da afirmação bíblica ao afirmar: "Estais certos de que os vossos pecados vos hão de atingir". (Nm 32.23)
O Estoicismo considerava o sobrenatural, mas os seus deuses era de tal modo identificado com a criação que acabava caindo num panteísmo.
3° Fator: Religioso Judaico – Os judeus foram levados para o exílio babilônico no ano 586 a.C. em três deportações:
1ª: No ano 605 a.C: Levou a nobreza – Profeta Daniel foi neste ano;
2ª: No ano 597 a.C;
3ª: No ano 586 a.C - O que restou do povo – Por 70 anos.
Até surgir o decreto de Ciro o Persa, após vencer e dominar os babilônicos. O decreto autorizava a volta do povo para Jerusalém. Nessa ocasião os judeus se espalharam pelo mundo – Dispersão = Diáspora. Isso não aconteceu por acaso, pois a dispersão dos judeus que se deu no 5º século a.C, aconteceu por causa de você e de mim.
Tal dispersão levou conceitos, ideias e valores as outras nações que foram úteis para a propagação do Evangelho:
- A Crença em um Único Deus:
- Eram Politeístas? Criam e adoravam vários deuses?
- Eram Henoteístas? Criam em um único Deus, entretanto aceitavam a existência de outros?
- Ou eram Monoteístas? - Criam e adoravam um Único Deus Verdadeiro de toda a terra, cujo nome era Jeová - hwhy - hwhy. Os judeus familiarizaram a mente do mundo antigo com o monoteísmo, e os cristãos se aproveitaram disso. Quando os apóstolos começaram a pregar sobre a existência de um Único Deus as cidades pagãs, todos já estavam familiarizados com esta ideia.
- Vinda de um Messias: Haviam ouvido falar sobre esta esperança. Essa ideia não era estranha aos pagãos.
- Lei, Moral e Ética Judaica: Conceito de pecado que exigia o derramamento de sangue. Para os judeus o pecado era a "violação da vontade de Deus" e que deveria ser resolvido. O pecado exigia sacrifício, ou seja, a remissão dos pecados pelo sangue. Os judeus disseminaram esta ideia, e quando os cristãos chegaram todos já estavam familiarizados (o mundo inteiro de então – através dos judeus espalhados pelo mundo) com a necessidade do derramamento de sangue para a remissão dos pecados.
- Reino Messiânico: Um dia o próprio Deus reinará e estabelecerá seu reino em todo universo.