A Planificacao PDF
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TEXTOS DE ENQUADRAMENTO
E ALGUNS EXEMPLOS DE MATERIAIS
FORMAÇÃO CONTÍNUA
TEXTOS DE ENQUADRAMENTO
E ALGUNS EXEMPLOS DE MATERIAIS
Coordenação
Lurdes Serrasina
Fernanda Gomes
João Rosa
José Portela
A Coordenação
Lurdes Serrazina, Fernanda Gomes, João Rosa e José Portela
ÍNDICE
Módulos de Formação
– Psicologia do Desenvolvimento: desenvolvimento,
maturação e impacto das experiências iniciais .......................................... 19
– Psicologia do Desenvolvimento Cognitivo: estádio das operações
concretas (Jean Piaget)............................................................................... 25
– Psicologia do Desenvolvimento Cognitivo: estádio das operações
formais (Jean Piaget) ................................................................................ 37
– Estádios de desenvolvimento moral da criança.......................................... 43
– Desenvolvimento psicossocial da criança entre os 3 e os 12 anos
(Erikson) .................................................................................................... 49
– Princípios fundamentais de uma Teoria de Instrução ................................ 53
– Educação, cidadania e desenvolvimento humano:
Deontologia Profissional do Professor....................................................... 59
– A planificação ............................................................................................ 81
– A Violência e a Escola ............................................................................... 93
8 Formação contínua – textos de enquadramento
ENSINO DA MATEMÁTICA
F. Experimentação e reflexão
H. O papel do formador
Ensino da Matemática
PSICOLOGIA DO DESENVOLVIMENTO:
DESENVOLVIMENTO, MATURAÇÃO E IMPACTO
DAS EXPERIÊNCIAS INICIAIS
Objetivos:
Fundamentação:
Atividades:
– Não há substituto para uma vida familiar estável; as crianças com famí-
lias que lhes dão pouca atenção ou com lares desfeitos estão destinadas
a sofrer.
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___________________________________________________________
Referências Bibliográficas:
Objetivos:
Fundamentação:
ACTIVIDADE 1
Faça uma explicação das noções de conservação estudadas por Piaget
e de que são apresentados exemplos no quadro a seguir.
Se possível peça aos formandos para recolherem materiais simples
(pedrinhas, barro, paus, etc.) e realizarem as experiências de conservação
com crianças. Se for possível, cada professor poderá inquirir algumas
crianças que ainda não estejam em idade escolar e outras que já frequen-
tem a escola primária. Isso permitiria fazer comparações entre as respostas
que são esperáveis no estádio pré-operatório e no das operações concretas.
– É importante que cada professor anote exatamente as respostas da
criança. Sugira ainda que os professores façam a contra-prova (por
exemplo, “ontem um menino”
Conservação do número: Os objetos são dis- Os objetos numa das filas são afastados e
postos por correspondência 1 a 1 e assegura-se pergunta-se à criança se ainda há o mesmo
que a criança percebe que há o mesmo número número em cada uma das filas
nas duas filas
Conservação do comprimento: dois paus, re- Um dos paus é movido para a direita. Per-
conhecendo a criança que são de igual tamanho gunta-se à criança se ainda são do mesmo
tamanho
ACTIVIDADE 2 – Peça aos formandos para discutirem como é que o quadro seguinte
está organizado. Seguidamente tape um quadradinho e pergunte: “que parafusos de-
vemos encontrar aqui?”. Depois destape e confirme se a opção está correta.
Se for possível os formandos podem recolher materiais simples (por exem-
plo, pauzinhos) e ordenam-nos considerando simultaneamente o comprimento e o
diâmetro.
Idealmente, aplicar essa tarefa a crianças de várias idades, registar as respos-
tas e discutir os resultados.
Estádio das operações concretas 29
ACTIVIDADE 3
Sim? Não?
ACTIVIDADE 4:
Em pequenos grupos resolva as questões que estão a seguir:
1 – Dê exemplos de classificações e seriações simples (de acordo com
uma qualidade ou constante ou variável):
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Objetivos:
Fundamentação:
Atividades
ESTÁDIOS DE DESENVOLVIMENTO
MORAL DA CRIANÇA
Objetivos:
Fundamentação:
soa que praticou esse ato. Isto quer dizer que não distingue entre
ações e intenções;
– as regras estabelecidas para um jogo são, por princípio, sagradas.
Em princípio a razão da criança mais velha prevalece sobre a da
mais nova;
– a criança pensa que para todos os atos que para ela impliquem uma
desonestidade, uma mentira, roubo, violência ou uma qualquer ação
condenável, deve existir uma punição (justiça imanente). Frequen-
temente a criança defende o uso de sanções ou punições expiatórias,
muito desajustadas em relação à gravidade subjetiva de um ato.
Conta-se à criança:
Uma criança ao entrar em casa, abre a porta atrás da qual se encon-
trava uma bandeja com 15 copos, coisa que a criança ignorava. Os 15 co-
pos partiram-se.
Outra criança, na ausência da mãe, tentou tirar de cima de um armá-
rio um frasco de doce. Como estava muito alto, bateu num copo que se
partiu.
Qual das duas crianças é mais culpada? Porquê?
Conta-se à criança:
Havia numa escola uma criança que batia noutra mais pequena. Esta
não se podia fazer nada porque era mais fraca. Um dia decidiu esconder a
maçã e o pão do mais velho. Achas que foi justo? Porquê?
Conta-se à criança:
Uma vez uma criança roubou maçãs num jardim. Apareceu o guarda
e ela fugiu. Não conseguiu encontrar o caminho para casa e ao passar por
uma ponte velha caiu à água. Achas que se a criança não tivesse roubado
maçãs teria caído ao rio na mesma? Porquê?
Conta-se à criança:
Uma vez uma criança que vinha da escola viu um cão que lhe meteu
muito medo. Ao chegar a casa disse à mãe que tinha visto um cão do ta-
manho de uma vaca.
Outra criança disse à mãe que tinha recebido muito boas notas mas
de facto não tinha recebido notas nenhumas.
Qual das duas mentiras é mais grave? Porquê?
Atividades
1 – À semelhança das pequenas histórias criadas por Piaget, peça aos for-
mandos para, em pequenos grupos, criarem outras histórias que sejam
adequadas às vivências das crianças no seu país.
48 Formação contínua – textos de enquadramento
Por exemplo, considere esta história que foi criada por um formador
angolano:
“A mãe deu o dinheiro certo ao filho para ele ir à rua comprar o pão.
Como ele queria muito comprar um sambapito, comprou “pão de ontem”
(mais barato) para lhe sobrar dinheiro para o sambapito. Depois disse à
mãe que só havia daquele pão. Achas que ele fez bem? Porquê?”
Objetivos:
Fundamentação:
res, etc.) nomeadamente por adoção dos valores dominantes dos grupos
sociais em que se encontram inseridos.
Os processos de desenvolvimento acima sintetizados são processos
gerais dentro dos quais é preciso compreender regularidades individuais,
ou especificidades resultantes das culturas locais.
É necessário prestar muita atenção às situações que potenciam o de-
senvolvimento de sentimentos básicos não positivos, estruturando a crian-
ça sentimentos de culpa e inferioridade. Estes sentimentos podem originar
comportamentos de inadequação, de não ser competente para partilhar as
atividades e iniciativas dos seus pares. Podem ocorrer igualmente insuces-
so escolar, auto estima desfavorecida, comportamentos perturbadores na
sala de aula, distratibilidade frequente, fadiga ou aborrecimento.
O professor pode estar mais atento a estas crianças possibilitando-lhes
ocasiões em que sejam reconhecidas pelos seus esforços e possam avançar
academicamente com maior sucesso. Isso evita que façam uma inversão
crítica dos valores da autoestima, passando esta a basear-se no contrário do
que seria desejável, isto é, a se sentir que ser “mau aluno”, perturbar ou
mesmo abandonar a escola é que são atitudes interessantes.
5 – Partilhe em grupo formas que tenha usado na escola para apoiar efi-
cazmente as crianças que desenvolveram sentimentos básicos não po-
sitivos e assim prevenir a emergência de comportamentos desfavorá-
veis.
PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS
DE UMA TEORIA DE INSTRUÇÃO
(JEROME BRUNER)
Objetivos:
Fundamentação:
A – Ativação:
“A condição principal para ativar a exploração de alternativas numa
tarefa é a presença de um certo nível ótimo de incerteza. Uma tarefa este-
reotipada e rotineira provoca pouca exploração; uma que seja demasiado
incerta pode gerar confusão e ansiedade, tendo um efeito de redução da
exploração”. O professor deve apresentar aos alunos problemas que sejam
apenas suficientemente difíceis para que a motivação intrínseca da curiosi-
dade da criança possa, por si só, ativar a exploração.
B – Manutenção:
“A manutenção da exploração previamente ativada requer que os be-
nefícios da exploração de alternativas excedam os riscos ocorridos. Apren-
der alguma coisa com a ajuda de um educador deve ser, se o ensino for
eficaz, menos perigoso, arriscado ou doloroso do que aprender a sós.
Quer isto dizer que as consequências do erro, da exploração de alternati-
vas erradas, devem tornar-se menos graves sob um regime de ensino e o
rendimento da exploração de alternativas corretas deve ser corresponden-
temente maior”.
C – Direção:
“Para que a exploração de alternativas tenha uma direção, a meta de
uma tarefa tem que ser conhecida de uma forma aproximada, e a verifica-
Princípios fundamentais de uma teoria de instrução 55
2 – Estrutura:
Qualquer ideia, problema ou corpo de conhecimentos pode ser apresen-
tado de modo suficientemente simples para que determinado aluno possa
compreendê-la de uma forma reconhecível.
O acesso à estrutura de qualquer assunto está relacionado com: modo
de apresentação, economia de apresentação e poder de apresentação.
3 – Sequência:
Bruner considera que ensinar envolve levar o aluno através de uma
determinada sequência, formada pelos vários aspetos de uma matéria. Co-
mo Bruner acredita que o desenvolvimento intelectual ocorre de acordo
com uma sequência inata, movendo-se da representação motora para a icó-
nica até à simbólica, então é altamente provável que esta seja a melhor se-
quência para qualquer matéria. Assim, mesmo quando um aluno já pode
iniciar um assunto pela representação simbólica, um apelo inicial de en-
volvimento corporal seguido da exploração de diagramas e diversas repre-
sentações pictóricas pode ser importante. Bruner considera que esta pro-
posta é “conservadora” mas “segura”.
Atividades:
2 – Motivação intrínseca
3 – Explorar alternativas
4 – Atividade de ensino
Objetivos:
Fundamentação:
Atividades
Atividade 1:
Muitas vezes define-se o professor como alguém que tem que ser per-
feito, que sabe tudo e que tem soluções para todos os problemas do ensino
e da sociedade. Há muitas expressões populares que representam esse juízo
de valor.
Abaixo, tem um exemplo de um valor que é frequentemente atribuído
e exigido aos professores. Discuta-o com os seus colegas e identifique de-
pois outros casos semelhantes.
Discuta ainda as possibilidades e as dificuldades que o professor pos-
sa sentir para corresponder a esses valores.
2–
3–
4–
Educação, cidadania e desenvolvimento humano 63
Atividade 2
Atividade 3
– Muitas vezes, no processo de ensino e aprendizagem, o professor só se
foca no domínio do desenvolvimento cognitivo dos alunos. Será que é
razoável? Porque?
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Atividade 4
Trabalhe em pequenos grupos.
Nos Princípios Comum Europeus para as Competências e Qualifica-
ção dos Professores (2005)) está definido um perfil do professor.
Discuta criticamente esse perfil com os elementos do seu grupo.
Faça um registo escrito das conclusões do trabalho de grupo.
Parabéns pelo bom trabalho!
Clara Rolo
Escola Superior de Educação de Lisboa
Objectivos:
Questões:
• Será que este modelo de escola se justifica hoje em dia, no século XXI?
• Será que os modelos de ensino assentes na transmissão da informa-
ção por parte do professor favorecem a aprendizagem dos alunos?
• Será que todas as crianças aprendem as mesmas coisas ao mesmo
tempo e da mesma maneira?
66 Formação contínua – textos de enquadramento
O papel do professor
O professor desempenha o papel fundamental neste modelo de apren-
dizagem. É ele que organiza a dimensão interativa, contextualizando o sa-
ber a aprender e estabelecendo as redes de comunicação entre os alunos.
Significa que as funções do professor se desdobram em 3 grandes fases do
processo do ensino-aprendizagem
Atividades
1. Procure observar uma sala de aula e identificar:
• Que tipo de situação de aprendizagem decorre
• Como estão agrupados os alunos
• Que tipo de interações existem na aula: entre quem e quem
• Papel do professor na gestão das interações
• Foi feito o levantamento dos conhecimentos prévios dos alunos
• Qual o trabalho efetivo dos alunos
• ….
2. Procure promover a reflexão sobre o que foi observado, e com base
nos referenciais teóricos, identificar alternativas para aumentar o
envolvimento e a participação dos alunos na construção do conhe-
cimento.
3. Identifique limitações ou obstáculos e formas de superação.
70 Formação contínua – textos de enquadramento
Referências
Clara Rolo
Escola Superior de Educação de Lisboa
Objectivos:
Atividades:
1 – Procure lembrar-se de uma aula que deu aos seus alunos e faça
uma descrição breve em que refira:
Situação 1 Situação 2
• Comunicação da lição. • Apresentação de uma situação problemá-
• Estudo individual sobre o livro-texto. tica por parte do professor(a).
• Repetição do conteúdo apreendido. • Procura de soluções, por parte dos alunos.
• Avaliação: teste. • Exposição do(s) conceito(s) por parte do
professor.
• Generalização a outras situações.
• Aplicação / Exercícios.
• Avaliação: teste.
Situação 3 Situação 4
• Apresentação por parte do professor(a), de • Apresentação por parte do professor(a),
uma situação problemática em relação a um de uma situação problemática em relação
tema. a um tema.
• Colocação de problemas ou questões. • Colocação de problemas ou questões.
• Explicitação de respostas intuitivas ou su- • Explicitação de respostas intuitivas ou
posições. suposições.
• Sugestão sobre as fontes de informação. • Sugestão sobre as fontes de informação.
• Pesquisa de informação. • Pesquisa de informação.
• Elaboração de conclusões. • Elaboração de conclusões.
• Generalização das conclusões e síntese. • Generalização das conclusões e síntese.
• Exercícios de treino, memorização. • Exercícios de treino, memorização.
• Avaliação: teste. • Avaliação: teste.
“A aprendizagem é uma construção pessoal que cada menino e cada menina realizam gra-
ças à ajuda que recebem de outras pessoas. Esta construção, através da qual podem atribuir
significado a um determinado objecto de ensino, implica a contribuição por parte da pessoa
que aprende, do seu interesse e disponibilidade, dos seus conhecimentos prévios e da sua
experiência.” (ZABALA, A. 1995)1.
Aprender é um processo interno do próprio sujeito através de processos de assimilação /
acomodação (adaptação) conhecimento novo aos conhecimentos anteriores
Aprender é uma relação que se estabelece e depende de variáveis: ligadas à pessoa do
aluno, aos objetos de Saber, às condições contextuais
Clara Rolo
Escola Superior de Educação de Lisboa
Objectivos:
após (fase pós-ativa). Significa então, que mantenha e utilize uma atitude
reflexiva antes: o modo como planifica – o que tem em conta (os conteú-
dos, os materiais, os conhecimentos anteriores dos alunos, etc.); durante a
implementação das atividades que planeou nos contextos reais, e poste-
riormente de modo a identificar causas de sucesso e causas de insucesso
das experiências levadas a cabo com os alunos. O triângulo assente nos
três vértices: “reflexão antes”, “reflexão durante” e “reflexão depois”,
permite uma avaliação permanente do trabalho do professor, e contribui
para o seu desenvolvimento profissional.
O objecto da reflexão é, portanto, tudo o que se relaciona com a ação
do professor durante o ato educativo:
• Atividades, conteúdos, materiais…;
• Contextos e situações de aprendizagem;
• Métodos e procedimentos didáticos;
• Finalidades do ensino;
• Competências que se promovem;
• Os conhecimentos, capacidades, atitudes que se pretende que os alu-
nos desenvolvam;
• Factores que inibem a aprendizagem;
• Os modos de avaliação dos alunos;
…….
• De dúvidas, perplexidades;
• De questões.
Atividade:
Referências Bibliográficas:
A PLANIFICAÇÃO
Breve Descrição
Este módulo pretende levar o docente a compreender a importância da
planificação para a optimização dos processos de ensino e de aprendiza-
gem, levar o professor a desenvolver alguns dos seus conhecimentos sobre
cada um dos planos mais utilizados em educação, bem como compreender
as possibilidades de articulação entre os vários tipos de planos educativos.
Competências a desenvolver
Duração
2-4 horas
Fundamentação
“Não existe nenhuma entidade genérica a que se possa dar o nome de
o professor eficiente. A eficiência do ensino deve antes ser considerado em
relação a um professor determinado lidando com determinados alunos,
num determinado ambiente, enquanto procura alcançar determinadas me-
tas de ensino.”
(in Pophan e Baker, Sistematização do ensino)
82 Formação contínua – textos de enquadramento
E por que não dizer que a sociedade é também destinatária dessa or-
ganização planificada? Na verdade, com os meios de que a escola dispõe,
responde o mais eficazmente possível às necessidades educativas dessa
mesma sociedade e contribui para:
• a aquisição do saber e instrumentos de aprendizagem que sirvam de
apetrechamento de base para a inserção na vida prática e para estu-
dos subsequentes;
• desenvolvimento da autonomia e da sociabilidade;
• a sensibilização a valores subjacentes a uma melhoria da qualidade
de vida.
84 Formação contínua – textos de enquadramento
Podemos dizer que existem vários tipos de planos, que surgem numa
ordem sequencial, mas complementar:
– Planos a longo prazo – têm como ponto de referência direta o(s)
programa(s) e organizam longos períodos de ensino (por exemplo,
um ano lectivo);
– Planos a médio prazo – estruturados a partir de planos a longo pra-
zo, organizam períodos de ensino de duração média (por exemplo,
um período escolar);
– Planos a curto prazo – estruturados a partir dos planos a médio pra-
zo, organizam períodos de ensino de duração curta (por exemplo,
uma aula ou de um pequeno número de aulas).
Como vimos, Damião (1996) avança com alguns elementos que con-
sidera indispensáveis para uma boa planificação de uma aula, enquanto
Simões (1996) tem outra perspectiva, que acaba por “complementar” em
determinados aspectos à anterior (ou representa meramente outra perspec-
tiva de planificação).
Diz o autor que a planificação a curto prazo consiste na planificação
de cada aula, onde se definem todos os pormenores essenciais à sua docên-
cia tais como:
– sumário;
– novos conceitos a ser leccionados, conceitos pré-requeridos, enca-
deamento adequado;
– objectivos que os alunos deverão atingir;
– estratégias (ou a suas descrições);
– introdução mais apropriada (exemplos do quotidiano, jogo, parale-
lismo com outros conteúdos, trabalho de grupo, sugestão de ativida-
de, conteúdos pré-requeridos);
– tipo de exercícios, grau crescente de dificuldade;
– desenhos que se devem representar e como os representar;
– materiais necessários à aula;
– linguagem específica a utilizar, observações pertinentes, momentos
de questionação/avaliação;
– tempo a distribuir pelas diversas tarefas;
– T.P.C.;
– referências pedagógicas.
Quadro 2
Qualidade de um Plano
Conteúdos de um Plano
Atividade 1
Escolha uma das reflexões que se seguem e elabore uma análise crítica:
1) Eu não posso estar amarrado à planificação. As planificações ser-
vem para nos ajudar e não para nos incomodar, por isso têm que viver do
que acontece. O comentário que faço à frase de Sebastião da Gama é o
90 Formação contínua – textos de enquadramento
2) Alice: Podes dizer-me, por favor, que caminho hei de seguir a par-
tir daqui?
Gato: Isso depende muito do sítio aonde queres chegar.
Alice: Não me preocupa muito onde vou chegar.
Gato: Então não interessa por que caminho hás de seguir.
Lewis Carroll, Alice no País das maravilhas.
Atividade 2
Com base nos conteúdos abordados construa dois planos, com a res-
pectiva articulação possível:
– um a médio prazo;
– um a curto prazo.
Atividade 3
Referências Bibliográficas
Cortesão, L., & Torres, M., A. (s.d.). Avaliação Pedagógica II: Mudança na
escola – mudança na avaliação. Porto: Porto Editora.
Damião M. H. (1996). Pré, inter e pós ação: planificação e avaliação em
pedagogia. Coimbra: Minerva Editora.
Morgado (2004). Qualidade na educação: um desafio para os professores.
Lisboa: Editorial Presença.
Searles, J. E. (1988). The Design of Instructional Systems, Teaching in the 80s –
tradução de Cunha, A. in Módulo de Desenvolvimento Curricular para a
Formação Contínua de Professores, ESEB.
Simões, A. (1996). Texto de apoio: Planificações. (on-line)
MÓDULO
A VIOLÊNCIA E A ESCOLA
Breve Descrição
Competências a desenvolver
Duração
2 horas
94 Formação contínua – textos de enquadramento
Fundamentação
• Pilhagens na escola;
• Alunos armados dentro da escola (raramente);
• Discriminações diversas (cor, sexo, local de moradia etc.);
• Conflitos no entorno da escola;
• Violência sexual (doméstica);
• Problemas com pessoas ligadas à criminalidade;
• Uso de drogas;
• Invasões;
• Roubo/furto;
• Agressões morais;
• Falta de respeito;
• Intimidações /ameaças.
Atividades
Referências Bibliográficas
Descrição Breve
Competências a desenvolver
Duração
2 horas
Fundamentação
“Ensinar é mais do que uma arte. É uma procura constante com o ob-
jectivo de criar condições para que aconteçam aprendizagens” (Oliveira &
Serrazina, 1999:7).
100 Formação contínua – textos de enquadramento
Atividades
Referências Bibliográficas
AS INOVAÇÕES PEDAGÓGICAS
Breve Descrição
Neste módulo pretende-se proporcionar ao formando os conhecimen-
tos necessários para que possa compreender o que são inovações pedagó-
gicas, qual a sua importância no exercício das suas práticas e sensibilizá-lo
para a integração (gradual) das mesmas no exercício da docência.
Competências a desenvolver
Duração
2-4 horas
Fundamentação
Atividades
Referências Bibliográficas
Descrição Breve
Competências a desenvolver
Duração
3-4 horas
Fundamentação
1) As Funções da avaliação
Natriello (cit. por Rosado & Silva, s.d) destaca como principais fun-
ções da avaliação as seguintes: a certificação, a seleção, a orientação e a
motivação. Para o autor, “a certificação garante que o aluno atingiu um de-
terminado nível. A seleção assegura a identificação de alunos para a entra-
da, o prosseguimento de estudos ou a vida ativa. Na orientação trata-se de
comunicar aos alunos avaliados os resultados da avaliação, permitindo aos
avaliadores fazer diagnósticos ou planificações posteriores e a apresenta-
ção dos resultados da avaliação assegura a motivação e o empenho nas ta-
refas daqueles que estão a ser avaliados. Para Natriello, são as próprias ca-
racterísticas das tarefas atribuídas aos alunos que influenciam a função do
processo de avaliação.”
A avaliação e os processos de ensino e de aprendizagem 111
Porém, hoje como afirma Rosado & Silva (s.d.:2) “a face mais visível
da prática da avaliação é a sua função pedagógica, na qual se cruzam qua-
tro dimensões indicadas por Pacheco (1994). Uma dimensão pessoal, vi-
sando a estimulação do sucesso dos alunos, uma dimensão didática, com
as fases de diagnóstico, melhoramento e verificação dos resultados da ava-
liação, uma dimensão curricular, envolvendo a possibilidade de realizar
adaptações curriculares face às necessidades dos alunos e uma dimensão
educativa, com a avaliação da qualidade da educação”.
Apesar de sabermos que os tipos ou modalidades de avaliação são, de
um modo geral, bem conhecidos pelos formandos, optámos por destacar
apenas aqueles que consideramos serem mais utilizados pelos docentes e
aprofundar um pouco alguns dos seus conceitos e abrangência dos termos.
4) Os instrumentos de avaliação
Atividade 1
Atividade 2
Atividade 3
Quadro 1
O formando deve ser estimulado, quer pelo formador, quer pelos co-
legas a desenvolver e aplicar os instrumentos de avaliação trabalhados na
sessão, por forma a pesquisar mais sobre os mesmos e partilhar essas boas
práticas com outros professores, quer do seu grupo de coordenação, quer
de outros.
O docente deve ser instigado a recorrer com mais frequência às outras
modalidades de avaliação, designadamente a formativa, percepcionando-a
como uma aliada para o sucesso das aprendizagens e consequentemente na
avaliação sumativa.
Referências Bibliográficas
Descrição Breve
Competências a desenvolver
Fundamentação
uma abordagem que tem sido utilizada por professores ingleses e norte-
-americanos para prosseguir os objectivos acima enunciados (Archbald e
Newmann, 1992; Moss, Beck, Ebbs, Matson, Muchmore, Steele, Taylor e
Herter, 1992; The Vermont Department of Education, 1991).
As reuniões de coordenação são pontos de encontro entre especialistas
que determinam as práticas pedagógicas de cada uma das áreas de forma-
ção. Elas são o espaço, onde se devem criar os hábitos de partilha de expe-
riências, de reflexão sobre a ação, de inovação pedagógica. Por isso, en-
tendemos que o portefólio, a ser levado por um dos professores, como
recurso que garante uma dinamização das práticas, poderá ser acei-
te/assumido pelos pares, como um recurso de dinamização das práticas le-
tivas nessa disciplina. E o que começa como um portefólio do aluno, mais
tarde poderá ser um portefólio do professor, um portefólio da escola.
No seu trabalho, a respeito da utilização dos portefólios como apoio à
prática pedagógica dos professores-estagiários, Ceia (2002, p. 2) diz que a
“concepção e construção do porta-fólio, é uma oportunidade única para o
professor-estagiário poder refletir sobre toda a sua prática pedagógica, in-
cluindo formas de autoavaliação do trabalho desenvolvido, execução de
planificações de aula, investigação pedagógica realizada, ações de forma-
ção promovidas, projetos educativos concebidos, etc. A componente autor-
reflexiva é uma das mais importantes na construção do porta-fólio da prá-
tica pedagógica. O professor-estagiário deve ser capaz de autoavaliar
permanentemente o seu trabalho pedagógico e refletir sobre os resultados
do seu ensino.” O desafio é continuar a investir em meios que garantam a
possibilidade de autoavaliação, de aperfeiçoamento de práticas, que se
querem de excelência, evitando cair no marasmo, que tantos docentes en-
frentam logo após a sua formação académica ou anos após a conclusão da
mesma.
Segundo Alves (2007, p. 65), “existem três fases importantes no de-
senvolvimento de um programa de portefólios que podemos designar por
(i) colecionar, (ii) selecionar e (iii) refletir.” Iremos debruçar-nos um pou-
co mais na última fase destacada pela autora, por comportar algumas in-
formações que consideramos essenciais reforçar na construção de portefó-
lios. Refletir implica que todos os materiais a incluir no portefólio deverão
ser acompanhados de uma reflexão que também inclui a justificação das
respetivas escolhas. Stenmark (1994, p. 40, cit. por Alves, 2007, p. 65)
menciona que esta reflexão além de contemplar uma pequena descrição
sobre cada material selecionado e as razões das escolhas, também poderá
contemplar, uma composição escrita, que, citando exemplos dos materiais
da pasta de trabalho ou das atividades desenvolvidas nas aulas, descreve as
situações de aprendizagem que de alguma forma causaram crescimento
122 Formação contínua – textos de enquadramento
4 http://pt.wikipedia.org/wiki/Portf%C3%B3lio
O portefólio como instrumento de autorregulação da aprendizagem 123
so. Este habitualmente é feito em papel (dossiê), mas o desafio (pelo me-
nos para nós) é torná-lo electrónico, assim como pretendemos que os pro-
fessores das nossas escolas secundárias o façam. Além de ser menos dis-
pendioso, garante a possibilidade de acompanhar os paulatinos avanços
nas tecnologias de informação e comunicação, de realizar mudanças a
qualquer momento, sem despender mais recursos monetários, não estraga
com o passar do tempo, pode ser constantemente atualizado, ano, após ano.
Além disso, como refere Alves (2007, p. 76) “um portefólio electrónico
possibilita que a coleção dos materiais selecionados, ou artefactos (“arti-
facts”), inclua quer documentos em formato texto, quer documentos em
formato gráfico, vídeo ou áudio.” A autora acrescenta que Avraamidou e
Zembal-Saul (2006: 6) dizem mesmo que os portefólios em formato papel
aumentam o perigo de dar mais relevo ao produto final que ao processo,
além de não conseguirem captar a complexa dinâmica dos novos processos
de ensino-aprendizagem.
Como afirmam Gomes & Alves (2009: 9) “ao processo de desenvol-
vimento de competências tecnológicas por parte dos alunos, associada aos
processo de construção dos seus portefólios digitais, é frequente ocorrer
uma processo similar por parte dos seus professores, nomeadamente pela
vontade de apoiarem os seus alunos nesse processo de aprendizagem e pe-
las necessidades efetivas de possuir competências tecnológicas que lhe
permitam explorar convenientemente o potencial dos e portefólios.”
Como vimos, as vantagens dos e-portefólios ou dos webfólios são
múltiplas, mas essencialmente considerarmos que as algumas das princi-
pais residem no fato de possibilitarem a disponibilização de conteúdos em
outros formatos (vídeo, áudio…) tornando-os muito mais atrativos para os
jovens, instigando-os a tornarem-se parte integrante do projeto que se pre-
tende que seja a construção de um instrumento de autorregulação das
aprendizagens, eventualmente disponíveis a toda a comunidade educativa.
Não podemos também deixar de destacar o que Gomes & Alves
(2009: 9) consideram como uma mais-valia dos e-portefólios: “a existência
de numerosos serviços de comunicação online disponíveis na Web, permi-
te que os portefólios online sejam desenvolvidos de forma mais partilhada
e colaborativa, beneficiando os seus autores do feedback de todos aqueles
a quem for facultado acesso e consulta dos mesmos, vantagem associada à
dimensão digital e online dos web-folios: “Os benefícios de um e-porte-
fólio tipicamente derivam da troca de ideias e do feedback entre o autor e
aqueles que interagem com o e-portefólio” (Lorenzo, Ittelson, 2005, cit.
por. Gomes & Alves, 2009: 9).
124 Formação contínua – textos de enquadramento
Atividades
Referências bibliográficas
Cecília Monteiro
Escola Superior de Educação de Lisboa
Os números racionais
Números Inteiros
Os números irracionais
Números Inteiros
Números Racionais
Números Fraccionários
Números Reais
Números Irracionais
Referências
Bento de Jesus Caraça, 1978. Conceitos Fundamentais da Matemática. Lisboa.
Georges Ifrah, 1981. Histoire Universelle des Ciffres. Ed. Robert Laffont. Paris.
COMPARAÇÃO ENTRE DOIS PROCEDIMENTOS
DE CONSTRUÇÕES GEOMÉTRICAS:
INSTRUMENTOS EUCLIDIANOS
E SOFTWARE GEOGEBRA
I – Nota prévia
pode ocorrer, quando dela se faz uma utilização antecipada ou precoce, se-
ja por preguiça, impreparação ou certo descuido do professor), o que pode
resultar em três tipos de efeitos perversos:
1) contribuir, ainda que inconscientemente, para abrir maiores lacu-
nas nos conhecimentos do aluno;
2) potenciar e espalhar confusões;
3) criar e inibir o gosto pela Matemática.
Quadro nº 1
Construção de uma recta perpendicular a uma recta dada:
• Passando por um ponto dado não pertencente à recta dada (baixar um perpendicular sobre
a recta dada);
• Passando por um ponto da recta dada (levantar um perpendicular à dada recta).
Caso 1: Caso 1:
• Traça-se uma recta l. • Traça-se uma recta l.
• Marca-se um ponto qualquer M fora da recta. • Marca-se um ponto qualquer M fora
• No ponto M constrói-se uma circunferência da recta.
C(M,r)com centro nesse ponto e raio maior do • Seleciona-se comando “Recta perpen-
que a distância entre M e l. dicular” e segue-se às instruções, i.e.
• A interseção da circunferência dada com a clica-se em cima do ponto e, em se-
recta l são dois pontos N e F, i.e. guida, em cima da recta.
.
• Nos dois pontos obtidos, como centros, cons- M
troem-se duas circunferências de raios não me-
nores do que .
• Na intersecção dessas circunferências obtêm-se I
M
Comparação entre dois procedimentos de construções geométricas 141
r
S
I
M
L
a = 50º
a = 50º
M
I S 50º F
I 50º N
S
b
a = 42º 71l
I
Comparação entre dois procedimentos de construções geométricas 143
R1
M r
2º método:
• Traça-se uma recta l.
• Marca-se um ponto qualquer M fora da recta.
• Do ponto M baixa-se um perpendicular (ver
Caso 1 – construção de um perpendicular), cuja
base designa-se por L.
• De um ponto F da recta dada, escolhido aleato-
riamente, levanta-se um perpendicular (ver Ca-
so 2, construção de um perpendicular).
• No último perpendicular marca-se o ponto N,
tal que .
• A recta, que se passe por N e M é a recta solici-
tada.
N
J
j E
F
L D
A
I
144 Formação contínua – textos de enquadramento
3º método:
• Traça-se uma reta l.
• Marca-se um ponto qualquer M fora da recta.
• Traça-se uma recta m que passa por M e inter-
secta a recta l: .
• No ponto M constrói-se o ângulo igual ao ân-
gulo formado pelas retas l e m. Obtém-se o
ponto B. (Ver procedimento com instrumentos
euclidianos, descrito acima).
• A recta, que se passe por B e M é a recta solici-
tada.
B β
A
a
E S
N
S
OBS:
2º método: Pode-se selecionar as duas rectas, que
contêm os lados do ângulo dado. Nesse
• Constrói-se um ângulo agudo qualquer.
caso, por meio do comando “Bissec-
• No vértice S do ângulo, como no centro cons-
triz” obtêm-se bissectrizes dos ângulos
troem-se duas circunferências de raios diferentes
adjacentes.
quaisquer.
• Os pontos da intersecção dessas circunferências
com os lados do ângulo dado designam-se por
M, N, K e F.
• .
• A semirreta, que une o vértice S do ângulo dado
com ponto E, é a bissectriz solicitada.
K
N
S
146 Formação contínua – textos de enquadramento
aI
b
a = 50º
S
a = 50º
DI
S
50º
a
50º
C
a
CI
1º Método:
• Numa recta l constrói-se o segmento de comprimento m .
• Nos pontos A e B constroem-se dois perpendiculares (ver Caso 2).
• No ponto B, como vértice, constrói-se o ângulo .
• Na intercepção do perpendicular, levantado do ponto A, com o lado
construído do ângulo obtém-se o ponto G.
• Constrói-se a mediatriz do segmento . Dessa maneira, obtém-
-se o ponto O.
• No ponto O, como centro, constrói-se uma circunferência de raio,
igual a .
• O conjunto dos pontos do arco AGB, exceto os pontos A e B, é o
acro capaz solicitado.
148 Formação contínua – textos de enquadramento
Fig. 1
m
U = 40º
a = 40º
β = 40º
I
A
B
2º Método:
• Numa recta l constrói-se o segmento de comprimento m .
• No semiplano abaixo da recta l, constrói-se o ângulo .
• Constrói-se um perpendicular a recta a no ponto A (ver Caso 2).
• Constrói-se uma mediatriz do segmento (ver o procedimento
do Caso 1).
• Na intersecção do perpendicular com a mediatriz obtém-se o ponto O.
• No ponto O, como no centro, constrói-se a circunferência de raio
igual a .
• O arco AMB, excepto os pontos A e B, é o arco capaz solicitado.
Fig 2
40º
a
O
G
I m
A a = 40º B
C
F
Comparação entre dois procedimentos de construções geométricas 149
Fig. 3
Construção:
No segmento de comprimento , constrói-se um sector circu-
lar de amplitude , cujos lados se apoiam nesse segmento. De seguida, do
ponto – ponto médio de , com a abertura de compasso igual a
traça-se uma circunferência até à intersecção com a circunferência do sec-
tor circular de amplitude . Designa-se esse ponto por . A partir do tri-
ângulo constrói-se o paralelogramo solicitado.
Fig. 5
Demonstração:
O quadrilátero obtido é o paralelogramo pedido, pois as suas diago-
nais são de comprimentos solicitados, no ponto da intersecção dividem-se
por metade e o ângulo oposto à diagonal é de amplitude (pela
construção).
Análise:
Fig. 6
Quadro nº 2
Bibliografia:
Resumo
Summary
1. Nota explicativa
2. Fundamentação teórica
2.1. Conjunto
ros naturais, sobre conjunto de todos os triângulos num dado plano, etc. Na
Matemática, quando se fala sobre conjunto, agrupam-se alguns objetos
num só único, que é o conjunto, consistente desses mesmos objetos. O
fundador da teoria dos conjuntos Georg Cantor (1845-1918) exprimiu isso
em seguintes palavras: o conjunto “é coleção de objetos bem definidos e
distintos da nossa percepção ou do nosso pensamento, considerada num
todo” (ou “o conjunto é muita coisa, pensada como se fosse única”). Tom
M. Apostol descreveu conjunto como “...coleção de objetos considerados
como uma identidade única...”, mantendo a ideia original de Georg Cantor.
Definição 2.1.1 (Elementos de conjunto). Os objetos, de que consiste um
conjunto, chamam-se seus elementos. O fato de que um objecto a é ele-
mento do conjunto A, escreve-se: ∈ , i.e. a é elemento de A; a pertence
a A; a contém-se em A; A contém a. O conjunto, por sua vez, diz-se conter
ou ser composto dos seus elementos.
Os conjuntos designam-se, em geral, pelas letras maiúsculas do alfa-
beto latino: A, B, C, ..., X, Y, Z; e os elementos pelas letras minúsculas do
alfabeto latino: a, b, c, ..., x, y, z.
Por exemplo, se 2 é o conjunto de números naturais pares, então
2 ∈ 2 e 7 ∉ 2 .
Geralmente, um conjunto julga-se dado, se está indicada uma proprie-
dade, que gozam todos os seus elementos e não gozam os outros quais-
quer. Tal propriedade chama-se propriedade característica do conjunto ou
propriedade definidora ou, também, princípio de especificação ou de
compreensão. Assim, o conjunto de números naturais menores do que sete
representa-se de seguinte maneira:
ú á
ã
⟺ ∈ ⟺ ∈ .
160 Formação contínua – textos de enquadramento
, , , , , .
ã
⊆ ⟺ ∈ ⟹ ∈ .
∪ : ∈ ou ∈ : ∈ ∨ ∈ .
∩ : ∈ e ∈ : ∈ ∧ ∈ .
∪ ∪ …∪ e ∩ ∩ …∩ .
Observa-se que:
• ∩ ⟺ ⊆ ;
• Dois conjuntos A e B, que não têm elementos comuns, i.e. ∩ ∅,
dizem-se disjuntos. Os conjuntos disjuntos são distintos! Mas, os
conjuntos distintos nem sempre são disjuntos!
• ∪∅ e ∩ ∅ ∅.
̅ : ∈ ∉ : ∈ ∧ ∉ .
Leis de D’Morgan
∩ ̅ ∪ e ∪ ̅∩ .
: ∈ e ∉ : ∈ ∧ ∉ .
164 Formação contínua – textos de enquadramento
∩ ,
Comutatividade ∪ ∪ ∩ ∩
Associatividade ∪ ∪ ∪ ∪ ∩ ∩ ∩ ∩
Elemento neutro ∪∅ ∩
Elemento absorvente ∪ ∩∅ ∅
Idempotência ∪ ∩
Distributividade ∪ ∩ ∪ ∩ ∪ ∩ ∪ ∩ ∪ ∩
• Se ∩ ∅, então # ∪ # # ;
• Se ∩ ∅, ã # ∪ # # ∩ #
# # ∩
Conceitos básicos da teoria dos conjuntos 165
# , # , # , # ∩ ∩ , # ∩ , # ∩
, # ∩ .
3. Problemas
Solução.
O conjunto procurado é
ú
ã
ou
5, 6, 7, 8, 9, 10
ã
Solução.
A resposta é 9 roteiros, pelos quais se pode subir e descer da montanha.
Solução.
São possíveis 8 encomendas.
, , .
Solução.
∗
A resposta é 2 ∪ ou 2, 4, … ∪ 1, 3, 5, … 1, 2, 3, … .
Conceitos básicos da teoria dos conjuntos 169
∪ ∩ ∪ ; ∪ ∩ ∪ .
Solução.
As respostas são:
∩ ∪ ∩ 2, 3, 4, 5, 6
ou
∩ ∪ ∩
números naturais que se situam na reta numérica entre 1 7 ;
ã
∪ ∩ ∪ 3, 4, 5 ; ∪ ∩ ∪ 2, 3, 4, 5, 6 ;
∪ ∩ ∪ 2, 3, 4, 5 .
1, 2, 3 , 2, 3, 4, 5 , 3, 4, 5, 6, 7 ,
4, 5, 6 ;
Figura 3.3: ∪
Solução.
• Todos os alunos da turma falam português e uma das línguas – in-
glês ou francês;
• Alunos que falam todas as três línguas: inglês, francês, português;
• Alunos que falam pelo menos uma das línguas.
Solução.
As respostas são: 1, 2 , 5, 6 e
∪ 1, 2, 5, 6 .
∪ 1, 2, 5, 6 ou
172 Formação contínua – textos de enquadramento
∪
os números naturais que se situam na reta numérica entre zero e três
e entre quatro e sete
ou
ú ,
.
ê
Solução.
A resposta é: 140 alunos obtiveram notas 3 e 4.
Solução.
A resposta é: somente 8 turistas não falaram nenhuma das línguas.
# ∪ # # # ∩ 70 45 23 92;
Solução.
As respostas são: somente 5 alunos resolveram os três problemas;
exatamente dois problemas resolveram 9 alunos.
37 # ∪ ∪ # # # # ∩ # ∩
# ∩ # ∩ ∩ 20 18 18 7 8 9
# ∩ ∩ .
Daí, # ∩ ∩ 37 32 5;
37 20 18 18 7 8 9 . Daí, 5.
Solução.
A resposta é: os três filmes assistiram 4 alunos da turma.
∩ ∩ ∩ ∩ , ∩ ∩ ∩ ∩ ,
∩ ∩ ∩ ∩ e
# ∩ ∩ 13 # ∩ ∩ ,
# ∩ ∩ 16 # ∩ ∩ ,
# ∩ ∩ 19 # ∩ ∩ ,
respetivamente;
Conceitos básicos da teoria dos conjuntos 177
# ∪ ∪ # # # 2# ∩ ∩ ;
• Daí, 2# A ∩ B ∩ C 8e# ∩ ∩ 4.
Bibliografia
1. Introdução
Actividade I
Exemplo:
180 Formação contínua – textos de enquadramento
Exemplo:
Exemplo:
Exemplo:
Exemplo:
5. O que é um triângulo?
Triângulo é um polígono convexo com três lados, consequentemente
com três ângulos.
Exemplo:
Exemplo:
[AB] ≅ [BC]|
Exemplo:
Exemplo:
Exemplo:
ACB 90
Exemplo:
90 ACB 180
1. Mediatriz
2. Bissectriz
3. Altura
4. Mediana
Actividade II
Objectivos gerais
Objetivos específicos
Estratégias de lecionação
A seguir o professor pede ao aluno indicado para que faça passar pelo
ponto P uma linha perpendicular ao segmento AB com a ajuda dos
colegas. Depois do aluno ter executado a tarefa com sucesso, o professor
pergunta aos alunos sobre o comportamento de uma altura de um
triângulo.
Para o caso das bissectrizes o professor poderá pedir aos alunos para
que desenhem nos seus cadernos um ângulo qualqer escrito no quadro.
Ex:
Ex:
[ AD ] é mediana.
Conclusão
Bibliografia
Leonardo Simão
Coordenação: Vasco Cuambe
Universidade Pedagógica – Maputo
Breve introdução
Axiomas de incidência
I1. Quaisquer que sejam os pontos A, B, existe uma recta r que passa
par cada um dos pontos A, B.
I2. Quaisquer que sejam dois pontos distintos A, B, existe apenas uma
recta que passa por cada um dos pontos A, B.
I3. Em cada recta há pelo menos dois pontos. Existem pelo menos três
pontos que não pertencem a uma mesma recta.
I4. Quaisquer que sejam três pontos A, B, C que não pertencem a uma
mesma recta, existe um plano que passa por cada um dos três pontos A, B,
C. Em cada plano há pelo menos um ponto.
I5. Sejam quais forem três pontos A, B, C que não pertençam a
uma mesma recta, existe apenas um plano que passa por cada um dos
três pontos A, B, C.
I6. Se dois pontos diferentes A, B, da recta r pertencem ao plano α, ca-
da ponto da recta r pertence ao plano α.
I7. Se dois planos α e β têm um ponto comum A, têm ao menos outro
ponto comum B.
I8. Existem pelo menos quatro pontos que não pertencem a um mes-
mo plano.
Axiomas de ordem
Axiomas de congruência
C1. Se A, B são pontos sobre a recta r, e Ai é um ponto da mesma
recta, ou de outra recta ri, sempre se pode encontrar, a um lado pré-
-fixado de Ai sobre a recta ri, um ponto B, e somente um, tal que o
segmento AB é congruente a AiBi.
C2. Se os segmentos AiBi e AiiBii são congruentes ao mesmo seg-
mento AB, então AiBi é congruente ao segmento AiiBii.
C3. Sejam AB e BC dois segmentos sobre a recta r, sem pontos in-
teriores comuns e sejam AiBi e BiCi dois segmentos sobre a mesma rec-
ta, ou sobre outra ri, que não possuem pontos interiores comuns. Se AB
= AiBi e BC = BiCi, então AC = AiCi.
C4. Sejam dados ângulo (h, k) no plano α, e uma recta ri neste mes-
mo plano, ou em outro, αi, e suponhamos fechado um lado determinado do
plano αi com respeito a recta ri. Seja hi uma semi-recta da recta ai, com
origem no ponto O. Então no plano αi existe uma semi-recta ki, e somente
uma, tal que o ângulo (h, k) é congruente com o ângulo (hi, ki) e todos os
pontos interiores do ângulo (hi, ki) se encontram no lado pré-fixados com
respeito a recta ri.
Axiomas de continuidade
C1. (Axioma de Arquimedes) Sejam AB e CD segmentos arbitrá-
rios. Então sobre a recta AB existe um numero finito de pontos
A1 , A 2 , A 3 , A n situados de maneira que A1 está entre A e A 2 , A 2 está
entre A1 e A 3 , etc., tais que os segmentos AA 1 , A1 A2 , A n 1 A n , são
congruentes ao segmento CD e B está entre A e A n .
Geometria Plana 197
Axioma de paralelismo
Noção de congruência
Congruência de segmentos
Exemplos:
a) Translação→ congruência através duma translação τ do vector v :
B D
[AB] [CD]
A C
[CD]
v
[AB]
[AB] [CD]
α
B
D
A≡C [CD] ρ [AB]
[AB] [CD]
A
O
A C
[AB] [CD]
B D
Geometria Plana 199
A C
B C
[AB] [CD]
A D [CD] σ ρ [AB]
Medição de um segmento
Dois triângulos (ou de forma geral, duas figuras planas) são congruen-
tes quando têm a mesma forma e as mesmas dimensões, ou seja, o mesmo
tamanho.
Já a semelhança entre triângulos, objeto do artigo, aborda o conceito
mais amplo onde se tem triângulos com a mesma forma, mas não necessa-
riamente com o mesmo tamanho. Em outras palavras, congruência é um
caso particular de semelhança entre triângulos no sentido de que se dois
triângulos são congruentes necessariamente eles são semelhantes, mas o
contrário não é verdadeiro, como você observará daqui em diante.
Dizemos que dois triângulos são semelhantes se, e somente se, pos-
suem seus três ângulos ordenadamente congruentes e os lados homólogos
(homo = mesmo, logos = lugar) proporcionais.
Geometria Plana 201
ABC DEF
Aˆ Dˆ
[ ABC ] [ ABC ]
~ BAC EDF Bˆ Eˆ
a b c
b e f
Razão de Semelhança
a b c
k a kd , b ke , c kf
d e f .
BC AC AB
k BC k EF , AC k DF , AB k DE
EF DF DE
Razão Semelhança
0 1 2
202 Formação contínua – textos de enquadramento
Exemplo:
Solução:
c 4 1
c kf k
f 8 2.
De forma análoga:
1
a kd 8 d d 16
2
1
b ke 6 e e 12
2
Propriedades
ABC~ ABC
Teorema Fundamental:
O Teorema de Tales
Demonstração:
Leonardo Simão
Coordenação: Vasco Cuambe
Universidade Pedagógica – Maputo
Ficha de Exercícios
Congruência
Semelhança
13. Calcula a altura da torre de uma Igreja que projecta uma sombra
de 18 metros de comprimento se, no mesmo instante, uma vara de
1,5 metro produz uma sombra de 2,5 metros.
14. Se uma haste de um metro projeta uma sombra de 1,5 metro, qual
será o comprimento de uma árvore com uma sombra de 4,5 me-
tros no mesmo instante?
15. Em certo momento, a sombra projetada por uma torre tem 24 me-
tros e a sombra projetada por uma pessoa tem 80 centímetros.
Qual é a altura da torre se a pessoa tem uma altura de 1,85 m?
16. Se uma haste de um metro projeta uma sombra de 2 metros, qual
será a altura de um poste de iluminação que no mesmo instante
tem uma sombra de 15 metros?
Bibliografia
adição e subtração
propriedades da adição e subtração
sentido das operações
multiplicação e divisão
propriedades da multiplicação e divisão
Exercícios de aplicação:
Exemplo: Na fracção
1/12 → lê-se um doze avos
1/4 → um quarto
1/3 → um terço
Exercícios de aplicação:
1. Escreva por extenso as seguintes frações:
1/5 =____________________________
1/6 =____________________________
corresponde a 2,7
Exemplo:
. Fracções decimais
Exemplo:
O António sai da escola, E, e vai para casa, C, que fica 1km de distân-
cia.
Que parte do percurso já percorreu quando vai em A? E em B?
Operações com números inteiros e fraccionários 215
Quando vai em A
Percorreu ¼ do percurso.
¼ = 1: 4 = 0,25.
Já percorreu 0,25km
Quando vai em B
Percorreu 2/3 do percurso.
Como 2/3 = 2: 3 = 0,67.
Já percorreu aproximadamente, 0,67km.
Objectivo:
– Calcular o produto de números racionais representados sob diver-
sas formas.
6 1 3 2
As fracções 12 , 12 , 12 e 12 têm o numerador menor que o de-
nominador, por isso são fracções próprias.
7 1 1
=1+ =1
6 6 6
Texto de apoio
Introdução
maçã
batata
batata maçã
m
V
em que é a massa volúmica, m a massa e V o volume.
As unidades de massa volúmica são kg/m3 (no Sistema Internacional),
g/cm3, kg/dm3, ou qualquer unidade que seja o quociente de uma unidade
de massa por uma unidade de volume (das unidades referidas é
recomendada a utilização da primeira embora seja mais frequente a
segunda).
Aplicando a definição de massa volúmica, tendo em conta as
comparações anteriores, conclui-se que a massa volúmica da batata é
maior do que a da maçã. Assim, somos levados a concluir que, quando
mergulhados num mesmo líquido, os materiais mais densos afundam e os
menos densos flutuam. Mas será isto verdade, qualquer que seja o
líquido? E se introduzirmos batatas e maçãs em recipientes com outros
líquidos em vez de água? Será que as batatas continuam a ir ao fundo e as
maçãs continuam a flutuar?
Condições de flutuabilidade
Pedro Soares
UNTL – Universidade Nacional de Timor Lorosae
O refletor / concentrador
A estufa
O tacho
A terminar
Num fogão solar é preciso que tudo seja bem feito e bem usado: o
refletor bem revestido é bem virado ao sol, a estufa bem transparente e
bem fechada, o tacho bastante escuro ou preto. Depois è só esperar 2 ou 3
horas, sem receio de a comida fique queimada; é esta última mais uma
das vantagens dos fogões solares.
Introdução
F. Experimentação e reflexão
H. O papel do formador
Objectivos Gerais:
Objectivos Específicos:
1. Saber usar o processador de texto MS Word;
2. Saber usar a folha de cálculo MS Excel;
3. Preparar apresentações em Power Point;
4. Capacitar os professores a usar outros equipamentos tecnológi-
cos tais como: Leitores DVDs, projetor de vídeo, Máquina Digi-
tal, Câmaras de filmar;
5. Utilização da Internet para a recolha e organização de informa-
ções para o ensino e aprendizagem;
6. Utilização da Internet como uma ferramenta de comunicação
(uso do correio electrónico, msn, etc);
7. Produzir documentos para disponibilizar na internet;
8. Produzir home pages de escolas;
9. Habilitar o professor a trabalhar com plataforma EAD elearning
(Moodle).
Público-alvo
10. O público-alvo da formação em TIC são os professores do 1º ao
9º do ensino básico;
11. Na fase piloto cada país vai escolher o número de escolas que
irão participar e determinar em cada uma o nível e o número de
professores que irão participar na formação;
12. É ainda destinado aos Professores de formação em exercício que
leccionam no ensino básico (1º ao 9º ano).
Conteúdos
1. MS Word
a) Noções básicas
b) Características (a janela básica do Word)
TIC – objetivos e conteúdos 241
c) Digitar um texto
d) Guardar e guardar como
e) Editar texto
f) Configuração do documento
Margens e orientação de papel
Inserir uma imagens
Inserir números de páginas
Guardar o documento com palavra chave
d. Formatação de texto
Tipos de letras
Estilos
Tamanho
Efeitos
Correcção ortográfica
2. MS PowerPoint
a. Conceitos básicos
b. Criação de uma apresentação
c. Guardar uma apresentação
d. Abrir uma apresentação
e. Tipos de vistas
f. Trabalhar com diapositivos
g. Regras e guias
h. Manejar objectos
i. Trabalhar com textos
j. Trabalhar com tabelas
k. Trabalhar com gráficos
l. Trabalhar com organigramas
m. Barra de Menu
A. Inserir sons e filmes
B. Animações e transições
In: www.aulaclic.es/power2003/
242 Formação contínua – textos de enquadramento
3. MS Excel
11. Impressão:
Definir e limpar área de impressão
Visualizar e configurar a área de impressão
Inserir cabeçalhos e rodapés
Opções de impressão
4. Internet
5. Moodle
6. Equipamentos Tecnológicos
Tratamento de sons
Criar sons
Pesquisar e tratar sons (redimendionar, montagem sonora, for-
mato de gravação)
Tratamento de Imagens
Criar imagens
Pesquisar e tratar imagens (Ampliar, reduzir, formato da ima-
gem)
Videos
Criar videos
Pesquisar e tratar vídeos (remover ou inserir uma sequencia de
imagens no vídeo)
Avaliação
a) Formando
A avaliação do formando é feita através de três componentes essenciais:
Conhecimento da utilização das ferramentas de TIC;
Avaliar a prática dos professores no laboratório de informática;
Avaliar a realização da utilização dos programas das TIC nas prá-
ticas dos professores nas escolas.
Tempo de formação
Júlio Santos
Carolina Mendes
Rui da Silva
Escola Superior de Educação de Viana do Castelo
Resumo
Abstract
Introdução
de.Neste momento o GEED dinamiza a Comunidade Lusófona desta Rede, que está
aberta a todos os interessados em partilhar recursos, boas práticas e informação em
Português relacionados com a educação em situação de emergência, crises crónicas,
fragilidade e reconstrução; tem procurado recolher, traduzir e desenvolver recursos e
ferramentas de desenvolvimento dos sistemas educativos.
3 Para um melhor conhecimento da situação educativa do país dever-se-á fazer uma
leitura atenta da Carta de Política do Sector Educativo e de outros documentos pro-
duzidos no âmbito da preparação do PSE (Plano Sectorial da Educação).
250 Formação contínua – textos de enquadramento
Referências bibliográficas
Resumo
Summary
2. Historial das OM
Passados seis anos sobre a data da realização das 1as e das 2as Olim-
píadas Matemáticas (OM), mais concretamente no ano 2010, foi resgata-
da a ideia das Olimpíadas Nacionais de Matemática pelos professores do
ensino secundário, os quais obtiveram para o efeito, uma formação dedi-
cada à resolução de problemas matemáticos no Brasil.
Comparando a chamada “1ª Olimpíada de Matemática” no âmbito
do “Projeto Amílcar Cabral – Programa Linguagem das Letras e dos
Números” com o Projeto “Olimpíadas de Matemática”, aquela visava em
particular, apoiar o ensino da Matemática em Cabo Verde, tendo sido fi-
nanciada pela cooperação brasileira através dos Ministérios da Educação,
Ciência e Tecnologia. Dessa comparação entre esta, enquanto uma
“Competição Matemática” e as verdadeiras “Olimpíadas de Matemática”,
destacam-se duas diferenças, situadas particularmente em dois planos dis-
tintos: no da estratégia e no dos procedimentos (processo). No que se re-
fere aos objetivos, ambas perseguem os mesmos fins: a) Melhorar a qua-
lidade do ensino da Matemática e ciências afins em Cabo Verde; b)
Incentivar e desenvolver o gosto pela Matemática e enfrentar com maior
naturalidade as dificuldades da vida real.
As olimpíadas de matemática em Cabo Verde 267
4. Da organização das OM
D C
7. Calcule a soma
2. Consideremos a figura:
.
272 Formação contínua – textos de enquadramento
4. A área do quadrilátero é 4 .
Dividimos o quadrilátero indicado em dois triângulos e
, como se vê na figura em baixo:
B
D C
5. Resposta: 0.
Pois, a função f (x) ax bx c não se anula, i.e. o seu gráfico –
2
∆ ≅∆ (LAL, - bissectriz de ∠ : ∡
; ∡ ). Além disso,
. Logo, se ∡ , tem-se: ∡ ∡
⇒ ⇔ ⇔ ou ∡ 60°
. Daí, ∡ ou ∡ 120° .
274 Formação contínua – textos de enquadramento
7. Sendo que:
8 9 1
2 ∙ 89 2 9 ∙ 10 1 9 ∙ 2 ∙ 10 2
3 ∙ 899 3 9 ∙ 10 1 9 ∙ 3 ∙ 10 3
………
∙ 8 999 … 9 9 ∙ 10 1 9∙ ∙ 10 ,
Então:
9 1 2 ∙ 10 3 ∙ 10 ⋯ ∙ 10 1 2 3 ⋯
1
9 1 2 ∙ 10 3 ∙ 10 ⋯ ∙ 10 .
2
Seja 1 2 ∙ 10 3 ∙ 10 ⋯ ∙ 10 10 10
1 2 ∙ 10 3 ∙ 10 ⋯ 1 ∙ 10 10 , donde
10 10 2 ∙ 10 3 ∙ 10 ⋯ 1 ∙ 10 ∙ 10 10 .
Daí, 9 1 10 10 ⋯ 10 ∙ 10
ou ∙ 10 .
Portanto, 9 ∙ 10 ∙ 10
9 1 10 1 .
As olimpíadas de matemática em Cabo Verde 275
Jogos e estratégias;
Combinatória e probabilidades;
Equações funcionais.
7. Conclusão
8. Fontes: