AP PT Homolog
AP PT Homolog
AP PT Homolog
12º Ano
Homologação
09/08/2006
Índice
I . Introdução .............................................................................................................. 3
II . Organização Curricular......................................................................................... 5
IV . Bibliografia.......................................................................................................... 28
V . Anexos................................................................................................................... 31
1. Matriz curricular dos cursos......................................................................... 31
2. Legislação Enquadradora............................................................................. 35
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I . Introdução
É neste contexto que surge esta área não disciplinar, inscrita no currículo do
ensino secundário, com uma natureza interdisciplinar e transdisciplinar, visando a
realização de projectos concretos por parte dos alunos, com o fim de desenvolver nestes
uma visão integradora do saber, promovendo a sua orientação escolar e profissional e
facilitando a sua aproximação ao mundo do trabalho.
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avaliação – que constitui um momento inseparável e integrante da metodologia do
trabalho de projecto – visa reforçar a importância estratégica da avaliação no seio desta
área curricular.
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II . Organização Curricular
Conforme consta das matrizes dos CCH e dos CT (em anexo), a AP e o PT estão
inscritos no horário lectivo do 12º ano de escolaridade e são de frequência obrigatória.
Nos cursos científico-humanísticos a carga horária semanal é de 2 unidades lectivas
de 90 minutos. Nos cursos tecnológicos a carga horária global é de 27 unidades lectivas
de 90 minutos, devendo estas decorrer em articulação com a leccionação da disciplina de
Especificação.
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podem deixar de estar associadas a observação sistemática, a formulação e a testagem
de hipóteses, assim como a análise e a interpretação de factos e fenómenos do mundo
real.
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A concepção do currículo como processo e hipótese de trabalho em que o aluno é
o seu sujeito principal, a concepção do processo de planificação como actividade flexível,
interactiva e dinâmica e a concepção do projecto curricular articulado com outros
projectos são alguns dos traços, que orientam a acção do professor num contexto de
autonomia curricular e que pressupõem a leitura da própria realidade, a identificação de
problemas e necessidades e o reconhecimento da utilidade dos projectos e planos de
actuação.
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II.2. Finalidades, Competências e Aprendizagens Essenciais
Com efeito, é essencial promover uma educação que confronte os alunos com a
necessidade de compreender e agir no seio de múltiplas realidades dinâmicas e
complexas, logo de difícil captação e compreensão.
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Tal educação exige situações de aprendizagem que os coloquem perante a
realidade como problema, que promovam a reflexão anterior à decisão, a participação nas
decisões, o desenvolvimento de uma cultura de rigor e de uma avaliação que lhes
permitam ganhar confiança perante a mudança, a inovação ou a incerteza.
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1. Elaboração de um projecto conducente a uma realização concreta,
adequada ao curso que frequenta e visando tratar de um tema ou problema em que
esteja particularmente interessado.
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4. Realizar o produto de acordo com o projecto elaborado.
Esta avaliação deve, para além dos procedimentos relativos aos objectivos
previamente identificados, abranger também o processo de realização do produto e o
produto obtido, levando em conta as estratégias prevista e realizada; a capacidade do
aluno em envolver-se profissionalmente na área de trabalho em que realizou o projecto
deve, igualmente, ser contemplada na avaliação.
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Estabelecer o modelo de apresentação (ex. dia especial, apresentação em vários
dias, exposição, visita ao meio envolvente ou a um espaço relacionado com
projecto...) com a participação dos alunos;
Prever como ajudar os alunos a obterem feed-back sobre a sua apresentação;
Prever como é que os alunos podem retirar dividendos da apresentação dos
outros (ex. aquisição de conhecimentos, apreciação do trabalho dos outros...).
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II.3. Recursos Humanos e Materiais
Sempre que possível, devem ser criados espaços físicos próprios onde os
alunos possam desenvolver os seus projectos, nomeadamente em áreas específicas em
que a formação implica o recurso à utilização de instalações laboratoriais, de máquinas
e outros equipamentos para a construção de materiais.
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conta o carácter não vinculativo destes princípios orientadores, outras hipóteses devem
ser exploradas/equacionadas pelas escolas. Assim, é de todo desejável que o
professor responsável pela Área de Projecto, nos cursos científico-humanísticos,
possa emergir do grupo de professores que leccionam (12º ano) ou leccionaram
(10º e 11º anos) uma das disciplinas do conjunto de disciplinas que conferem
identidade ao curso em causa.
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A integração da AP e do PT no currículo e a sua concretização de forma eficiente
e eficaz pressupõe que a escola, a um nível mais macro, se organize promovendo uma
gestão moderna e flexível dos seus recursos, nomeadamente os recursos humanos.
As escolas devem prosseguir outro protagonismo na nossa sociedade, com
benefícios claros para a educação e formação dos jovens e para a auto-estima do seu
corpo docente. Para isso são, seguramente, necessárias outras racionalidades. A escola
não pode mais funcionar como uma estrutura verticalmente hierarquizada e fechada sobre
si mas, e fazendo uso da sua autonomia, organizar-se de forma sistémica e integrada,
intra-escola e escola-meio.
Neste contexto, devem criar-se condições para que:
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motivadores do trabalho de investigação dos alunos, assim como canalizar
recursos financeiros e físicos para que os alunos possam desenvolver e
apresentar os seus trabalhos.
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II.4. A avaliação ao serviço da AP e do PT
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¾ assente em princípios de diálogo (com alunos, colegas, encarregados de
educação), de transparência (negociação franca e responsável com os
alunos no que respeita a critérios de avaliação e classificação), de fidelidade
curricular (avalia o que está previsto que avalie), de contextualização
(atenta às situações concretas em que as aprendizagens decorreram –
condições e ambientes) e de equidade (proporciona aos alunos múltiplas
oportunidades de desempenho);
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das situações e dos problemas, no esforço de planeamento, na procura das
soluções, na avaliação dos resultados intermédios deve ser contemplado como
parte integrante do trabalho de aprendizagem a par do resultado concreto traduzido
no produto final.
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III . Desenvolvimento Curricular
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A definição dos critérios para constituição dos grupos de trabalho, assim como o
processo da sua aplicação terão de ser o resultado do envolvimento pessoal de todos os
alunos de modo a que estes experienciem a situação real da análise, debate e
negociação. Cabe aos professores supervisionar este processo de modo a que as reais
dificuldades que possam surgir sejam realmente enfrentadas e ultrapassadas pelos
alunos.
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– a possibilidade de os alunos adquirirem, durante o tempo útil para a
realização do projecto, os saberes e os saberes-fazer estritamente
necessários à realização do mesmo;
Esta primeira fase não tem, como se vê, características apenas formais e deve
contribuir para a realização de aprendizagens explícitas por parte dos alunos. Não é uma
fase menor, anterior ao trabalho de projecto, a ultrapassar mais ou menos expeditamente,
mas faz parte integrante dele, constituindo uma oportunidade importante para começar a
explorar potencialidades desta componente curricular.
Esta recolha de informação, pela diversidade de dados que implica, terá de ser,
portanto, levada a cabo a partir do recurso planeado e fundamentado a diversas técnicas
e instrumentos de recolha de dados. Como é sabido, não se pode recolher dados de
avaliação acerca de atitudes ou de desempenhos concretos como se recolhem dados
acerca de conhecimentos factuais; não se pode recolher dados relativos a processos
complexos de pensamento como se recolhem dados relativos à memorização; a recolha
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de dados acerca de processos de aplicação criativa de saberes e saberes-fazer exige
técnicas e instrumentos diferenciados em relação aos utilizados na recolha de dados
relativos à reprodução directa de saberes memorizados.
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Assim, num primeiro momento desta fase, trata-se de cada grupo:
• dividir tarefas;
• calendarizar as actividades;
A definição tão clara quanto possível das tarefas a realizar e dos respectivos
prazos é um dos resultados mais importantes desta fase.
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avaliação e na reformulação do seu próprio trabalho no sentido da procura da qualidade e
da excelência proporciona aprendizagens fundamentais desta área curricular e que, nesta
fase, devem ser particularmente incentivadas.
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Assume, então, especial relevo a identificação, pelos alunos, dos problemas que
se forem colocando à execução do projecto e à apresentação de propostas de superação
adequadas.
Esta fase deverá ser concluída até ao final do mês de Abril, de modo a permitir
que antes do final do ano lectivo sejam elaborados os relatórios finais necessários.
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trabalho efectuado (relatório do processo), complementando os relatórios intermédios já
realizados.
É também nesta fase que cada grupo apresenta oralmente à turma e a outras
audiências, se for caso disso, o produto realizado, bem como o respectivo relatório.
Os professores responsáveis, para além da informação que recolhem, analisam e
utilizam ao longo da realização do projecto, no âmbito do apoio e orientação que
asseguram a cada aluno de cada grupo, deverão realizar uma apreciação final do produto
realizado, em articulação com o processo que a ele conduziu.
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IV. Bibliografia
Cosme, A. & Trindade, R. (2001). Área de Projecto. Percursos com sentidos (4ª ed.).
Porto: Edições Asa.
Perrenoud, P. (1995). Ofício de aluno e sentido do trabalho escolar. Porto: Porto Editora.
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Ponte, J. P., Brunheira, L., Abrantes, P. & Bastos, R. (1998). Projectos educativos. Lisboa:
Departamento do Ensino Secundário, Ministério da Educação.
http://www.bie.org/
O Buck Institute for Education (BIE) é uma organização sem fins lucrativos de
investigação e desenvolvimento que trabalha para tornar as escolas e as salas de aula
mais eficazes com o recurso à aprendizagem baseada na resolução de problemas e à
aprendizagem baseada em projectos.
http://www.cord.org/
O Center for Occupational Research and Development (CORD) é uma organização sem
fins lucrativos que pretende introduzir mudanças inovadoras na educação, de modo a
preparar os alunos para um maior sucesso a nível profissional, bem como no ensino
superior.
http://www.csporteneuf.qc.ca/sedprojet/
http://pblchecklist.4teachers.org/
http://www.edutopia.org/modules/PBL/index.php
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http://pblmm.k12.ca.us/index.html
http://college.hmco.com/education/pbl/background.html
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V. Anexos
Cursos Científico-Humanísticos
Ano/Carga Horária Semanal
Componentes de ( x 90 minutos)
Disciplinas
Formação
10.º 11.º 12.º
Português 2 2 2
Língua Estrangeira I, II ou III a) 2 2
Geral Filosofia 2 2
Educação Física 2 b) 2 b) 2 b)
Tecnologias da Informação e Comunicação 2
Subtotal 10 8 4
Trienal 3 3 3
Opções c) Bienal 1
3 3
Bienal 2
Bienal 1
Bienal 2
Opções d) Bienal 3 3 3
Específica Bienal 4 f)
Bienal 5 f)
Anual 1
Anual 2
Anual 3
Opções e) Anual 4
3
Anual f)
Anual f)
Anual f)
Total 16 a 20 17 a 18 12 a 16
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No curso de Línguas e Literaturas, a Língua Estrangeira I ou II tem lugar na componente de formação geral,
podendo a Língua Estrangeira III ser iniciada na componente de formação específica.
b) A carga horária semanal poderá ser reduzida até 1 unidade lectiva, no caso de não ser possível a escola
assegurar as condições físicas, humanas e organizacionais para a leccionação da disciplina com a carga
horária definida.
d) No caso de o aluno ter optado por iniciar apenas uma disciplina bienal no 10º ano, escolherá uma disciplina,
excluindo a iniciada no 10º ano.
e) O aluno escolhe uma disciplina. No caso de ter iniciado uma disciplina bienal no 11º ano, é excluída das
possibilidades de escolha a disciplina que se considere sequência da referida disciplina bienal.
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Cursos Tecnológicos
Ano/Carga Horária Semanal
Componentes de ( x 90 minutos)
Disciplinas
Formação
10.º 11.º 12.º
Português 2 2 2
Língua Estrangeira I, II ou III a) 2 2
Geral Filosofia 2 2
Educação Física 2 b) 2 b) 2 b)
Tecnologias da Informação e Comunicação 2
Subtotal 10 8 4
Trienal 2 2 2
Científica
Bienal 2 2
Subtotal 4 4 2
Trienal 2 2 2
Trienal 2 2 2
Bienal 2 4
Subtotal 6 8 4
Carga
Horária
Anual
(x 90
Tecnológica
minutos)
(…)
Projecto Tecnológico e) 27
(147)
Estágio f) 160 g)
Total 20 a 21 20 a 21 17 a 18
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b) A carga horária semanal poderá ser reduzida até 1 unidade lectiva, no caso de não ser possível a escola
assegurar as condições físicas, humanas e organizacionais para a leccionação da disciplina com a carga
horária definida.
c) A Área Tecnológica Integrada é assegurada pelo docente que lecciona a disciplina de Especificação.
e) A gestão da carga horária anual (147 x 90 minutos) da Especificação e Projecto Tecnológico será da
responsabilidade da escola, salvaguardando que a carga horária anual da disciplina de Especificação seja de
120 unidades lectivas e a do Projecto Tecnológico de 27 unidades lectivas.
f) A organização do Estágio será objecto de regulamentação própria, aprovada pelo Ministro da Educação.
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2. LEGISLAÇÃO ENQUADRADORA
1
OFÍCIOS-CIRCULARES – DGIDC
1
www.dgidc.min-edu.pt
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