Primeira DIT: Esquema Ilustrativo Simplificado Das Fases Da DIT
Primeira DIT: Esquema Ilustrativo Simplificado Das Fases Da DIT
Primeira DIT: Esquema Ilustrativo Simplificado Das Fases Da DIT
Primeira DIT
Durante o final do século XV e ao longo do século XVI,
período de início das grandes navegações e de expansão da
civilização europeia pelo mundo, o capitalismo encontrava-se
em sua fase inicial, chamada de capitalismo comercial. Esse
período era caracterizado pela manufatura (produção manual) a
partir da extração de matérias-primas e pelo acúmulo de
minérios e metais preciosos por parte das nações (metalismo).
Com isso, aqueles locais colonizados pelos países europeus
exerciam a função de produzir, a partir da exploração de seus
recursos naturais, os metais preciosos e as matérias-primas
utilizados pelas metrópoles. Um exemplo é o do Brasil, em que
Portugal extraía o Pau-Brasil para a produção de vários tipos de
produtos.
Segunda DIT
Durante o século XVI – mas principalmente a partir do século
XVII – essa divisão do trabalho sofreu algumas poucas e
sensíveis alterações. Com a Primeira e a Segunda Revolução
Industrial, as colônias e os países subdesenvolvidos passaram a
fornecer também produtos agrícolas, assim como vários tipos de
minerais e especiarias. Nesse período, por exemplo, o Brasil se
viu marcado pela monocultura da cana-de-açúcar (século XVI)
e exploração de ouro (século XVII).
Terceira DIT ou “Nova DIT”
A partir do século XX, com a Revolução Técnico-Científica-
Informacional e a consolidação do Capitalismo Financeiro,
temos a expansão das grandes multinacionais pelo mundo. Isso
acarretou na mudança da Divisão Internacional do Trabalho,
que passou a ser conhecida também por Nova DIT.
Nesse período, os países subdesenvolvidos também realizaram
os seus processos tardios de industrialização. Só que,
diferentemente da industrialização dos países desenvolvidos,
essa aconteceu a partir da abertura do mercado financeiro
desses países e pela instalação de empresas Multinacionais ou
Globais, oriundas, quase sempre, de países desenvolvidos.
Além disso, assistiu-se também a uma segmentação do mercado
produtivo. Para buscar isenções de impostos e rápido acesso a
matérias-primas nos países subdesenvolvidos, as multinacionais
distribuíram o seu processo produtivo por todo o globo
terrestre. Um carro, por exemplo, tem o seu motor produzido no
México, os para-choques na Argentina, o Chassi na Coreia do
Sul e a montagem realizada no Brasil.
Com isso, surgiu a denominação de “indústrias maquiladoras”,
pois não havia produção de nenhum material nelas, mas apenas
a montagem oriunda da produção de peças de diversos setores
do mundo.
A maioria das indústrias automobilísticas é, na verdade, responsável apenas pela montagem dos carros
Convém ressaltar que a produção industrial continua sendo
realizada majoritariamente pelos países desenvolvidos, ou com
o capital oriundo desses países. Apenas o local da produção é
que mudou, mas todo o capital dessas empresas retorna aos seus
países de origem. Essa migração das multinacionais se deve
pela busca de mão de obra abundante nos países pobres e por
maiores oportunidades de explorarem os recursos naturais.
O que é DIT:
DIT é uma sigla que significa Divisão Internacional do Trabalho,
que expressa a forma como é feita a distribuição da produção
em termos globais, entre países desenvolvidos e
subdesenvolvidos.
A DIT é caracterizada pela especialização dos países na produção
de alguma coisa, sejam produtos finais ou produtos intermediários,
que vão ser utilizados na conclusão de um produto final. Esta
necessidade surgiu porque não é possível que um só país consiga
produzir sozinho todas as mercadorias que precisa.
A relação entre países mais e menos industrializados é uma parte
essencial da DIT, porque os países menos desenvolvidos
apresentam benefícios aos mais desenvolvidos, como mão de
obra barata, impostos reduzidos, etc.
Evoluindo juntamente com o capitalismo, a DIT é uma estratégia
usada para aumentar os lucros, uma vez que ocorre a redução do
custo do produto final.
Existem vários autores que apresentam críticas em relação à DIT,
afirmando que esta divisão é responsável por criar desigualdades
entre países. Os países que estão em ascensão econômica,
frequentemente compram tecnologias a preços muito elevados, e
os seus produtos finais não atingem preços adequados, o que
reprime o seu desenvolvimento, e consequentemente beneficia
países economicamente mais fortes.
A divisão internacional do trabalho pode ser separada em três
fases. A primeira fase (caracterizada pelo capitalismo comercial)
ocorreu nos séculos XV e XVI, onde as colônias providenciavam os
minerais, especiarias e mão de obra escrava, e as metrópoles eram
responsáveis pela produção e exportação dos produtos
desenvolvidos. A segunda fase se verificou nos séculos XVII, XVIII e
XIX, e foi marcada pelo capitalismo industrial, onde as colônias
(ou países subdesenvolvidos) forneciam a matéria prima e outros
produtos agrícolas e minerais, e os países desenvolvidos faziam a
industrialização da matéria prima fornecida. Durante a terceira
fase, o capitalismo financeiro impõe que os países
subdesenvolvidos forneçam a matéria prima e os produtos
industrializados, enquanto os países desenvolvidos se ocupam dos
investimentos, desenvolvimento de novas tecnologias e produtos
industrializados.
A DIT é um processo dinâmico que tem sofrido alterações ao
longo dos anos, porque o contexto econômico e industrial tem sido
alterado pela globalização.
Originalmente, a DIT clássica indicava que os países
subdesenvolvidos forneciam matérias primas para os países
desenvolvidos, enquanto estes as usavam para a produção de bens
finais. Posteriormente, os países subdesenvolvidos tinham que
comprar esses produtos dos países produtores (desenvolvidos).
Mais tarde, a nova DIT (também conhecida como DIT da nova
ordem mundial), os países menos desenvolvidos não fornecem
apenas a matéria-prima, mas fazem a produção de materiais e
mercadorias cuja produção é mais cara (ou causa muita poluição)
nos países mais desenvolvidos. Estes contribuem com
investimento e tecnologias que ajudam nos processos de
produção. A nova DIT corresponde à terceira fase abordada
anteriormente, e tem um elevado nível de complexidade, porque o
fluxo de investimento e de produtos também ocorre dos países
menos desenvolvidos para os mais desenvolvidos, o que não
acontece na DIT clássica.
A Divisão Internacional do Trabalho
A DIT (Divisão Internacional do Trabalho) é o nome dado para a divisão
produtiva em âmbito internacional. A Divisão Internacional do Trabalho
direciona uma especialização produtiva global, já que cada país fica
designado a produzir um determinado produto ou partes do mesmo,
dependendo dos incentivos oferecidos em cada país. Esse processo se
expandiu na mesma proporção que o capitalismo. Nesse sentido, um
exemplo que pode ser usado é a montagem de um automóvel realizada na
Argentina, porém com componentes oriundos de diferentes países, como
parte elétrica e eletrônica de Taiwan, borrachas da Indonésia e assim por
diante. Isso ocorre porque cada país oferece certos atrativos. Desta forma,
o custo do produto final será menor, aumentando os lucros das empresas.
Num primeiro momento, entre os séculos XVI e XVIII, a DIT tradicional era
composta por dois grupos de países: o das metrópoles e o das colônias.
Com isso, a lógica de comércio era bem simples (e desigual): as colônias
vendiam matéria-prima por um preço baixo para as metrópoles, que os
transformavam em produtos de maior valor agregado e os revendiam,
acumulando mais capital. Tal panorama durou um longo período, mesmo
com a independência de muitas colônias.
Fim do século XV até a primeira metade do século XVIII: Capitalismo Comercial (1ª fase)
Substituindo o Feudalismo, a primeira etapa do capitalismo foi marcada pela
expansão marítima das potências da Europa Ocidental da época (Grandes
Navegações), em busca de novas rotas de comércio, sobretudo para as
Índias. O objetivo dessas nações era acabar com o monopólio das cidades
italianas (como Veneza e Gênova) no comércio com o Oriente pelo
Mediterrâneo. Esse processo resultou no descobrimento de novas terras e
na apropriação de vastos territórios (colonialismo), além da escravização e
genocídio de milhões de nativos da América e da África. O principal eixo
econômico migra do Mar Mediterrâneo para o Oceano Atlântico. Forma-se
um comércio triangular entre América, África e Europa. Expandiram-se os
mercados consumidores e abastecedores, além da descoberta de novas
jazidas minerais. São criadas companhias de comércio, como a Companhia
Holandesa das Índias Orientais (VOC).
O comércio não era mais a essência do sistema. Nessa nova fase, o lucro
provinha basicamente da produção industrial de mercadorias. O proprietário
dos meios de produção não é o produtor direto. A relação de trabalho que
agora vigora é o regime assalariado, uma vez que o trabalhador assalariado
apresenta maior produtividade que o escravo e tem renda disponível para o
consumo.
Resumo
Com o passar do tempo e com o surgimento da indústria, a produção de
mercadorias e a exploração da mais valia se tornaram as principais
estratégias para acumulação de lucro, fazendo com que o capitalismo se
tornasse industrial e o Estado passasse a ser liberal. Mais a frente, com o
surgimento de grandes corporações e transnacionais, a economia passou a
ser dominada por trustes, conglomerados e cartéis, prejudicando a livre
concorrência e promovendo a formação de monopólios e oligopólios. Nos
anos 1970, com o desenvolvimento da robótica e da informática, o aumento
da circulação de informações deu ao capitalismo uma nova face, em que o
conhecimento se tornou fundamental para o sucesso de empresas e a
obtenção do lucro. Nesse cenário, as empresas ganharam mais autonomia
e passaram a pressionar o Estado para obter benefícios como incentivos
fiscais. Sendo assim, o cenário atual é marcado pelo capitalismo
informacional e por Estados neoliberais, que muitas vezes atuam de acordo
com os interesses das empresas privadas e reduzem gastos públicos e
serviços estatais.
Divisão Internacional do Trabalho - Os países e a economia
mundial Ronaldo Decicino (Atualizado em 06/01/2014, às
19h57) A divisão de atividades e serviços entre os inúmeros
países do mundo recebe o nome de Divisão Internacional do
Trabalho (DIT). Há países que são exportadores de matéria-
prima e de mão-de-obra barata. Caracterizados por uma
industrialização tardia, eles têm, quase sempre, economias
frágeis e sofrem grande número de crises econômicas. E há
países de economia mais forte, industrializados, cujas crises
econômicas ocorrem de maneira esporádica. Os países de
economia frágil necessitam receber investimentos dos países
mais ricos. Então, para atrair esses investiment... - Veja mais
em https://educacao.uol.com.br/disciplinas/geografia/divisao-
internacional-do-trabalho-os-paises-e-a-economia-
mundial.htm?cmpid=copiaecola