Acertando o Enem - Ciências Da Natureza - Sesi - SP PDF

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Divisão de Educação

Diretor
Fernando Antonio Carvalho de Souza

Gerência Executiva de Educação


Gerente
Luciana Campacci

Gerência de Educação Básica


Gerente
Anaide Trevizan

Currículo e Recursos Didáticos


Supervisor Técnico Educacional
Christiane Moreira Jorge

Elaboração do Conteúdo Revisão Técnica


Analistas Técnicos Educacionais Analistas Técnicos Educacionais
Débora Regina Vogt Débora Regina Vogt
Luis Paulo Martins Jan Peter Josef Paulics
Rossana Ishii Chida Luis Paulo Martins
Mario Conceição Oliveira
Willyan Roberto Scheid da Silva Revisão Ortográfica
Academia de Revisão
Coordenação e Revisão
Supervisor Técnico Educacional Produção Gráfica
Christiane Moreira Jorge Analista de Comunicação Visual
Kamila Sayuri Uchino
Sumário
Apresentação 4
Acertando o ENEM 9
O ENEM em sala de aula 14
Competências e habilidades da área 16
Biologia 18
Primeiro olhar 19
As temáticas 21
Na prática 30
Física 34
Primeiro olhar 35
As temáticas 36
Na prática 45
Química 48
Primeiro olhar 49
As temáticas 51
Na prática 58
Itens menos pontuados 62
Mapa de itens 66
O Mapa 66
Os itens 74
Provas 90
Apresentação
O atual cenário da educação brasileira revela as
grandes transformações pelas quais passa esse se-
tor, fruto do ritmo acelerado das mudanças sociais,
econômicas e culturais que impreterivelmente nele
impactam, gerando cotidianamente novos desafios
na tarefa de formação dos jovens.

A expansão, universalização e democratização da


educação básica vêm ocorrendo, cumprindo assim
uma etapa importante para as políticas educacio-
nais, em que se ampliou significativamente o acesso
ao nível médio de escolarização para a população.
Contudo, apenas inaugura o grande leque de novos
desafios e do conjunto de ações necessárias na dire-
ção de manter o compromisso e o esforço contínuos
e necessários para a melhoria da qualidade da edu-
cação básica em nível nacional.

Em se tratando do ensino médio, podemos apontar


que sua inclusão no âmbito da educação básica e o
seu caráter obrigatório denotam o reconhecimento
da importância política e social que ele possui. No
entanto, é necessário atender às exigências elevadas
de conhecimento para se reduzir a exclusão, impor
uma identidade e, acima de tudo, atingir de forma
suficiente as novas demandas de conhecimentos e
competências necessárias para que o jovem se pre-
pare para o futuro almejado.

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Assim, o objetivo é que, ao concluir seu percur- próprio, cujo conteúdo e metodologia sugerida propõe a Coleção “Acertando o ENEM”. Composta
so escolar, o estudante esteja preparado para o viabilizam que o estudante desenvolva aprendiza- por cinco cadernos orientadores, elaborados por
exercício da cidadania e tenha desenvolvido sua gens significativas baseadas na resolução de pro- área de conhecimento, um deles dedicado à aná-
autonomia, munindo-se dos conhecimentos e dos blemas, esteja apto a relacioná-las e aplicá-las à lise das redações, a coleção tem o propósito de
instrumentos necessários para aprender sempre sua realidade e, assim, ultrapasse o mero acúmulo auxiliar a equipe docente no exercício de confron-
e que, assim, possa inserir-se no exíguo mercado de informação. tar a proposta, a matriz de referência e os temas
laboral que segue a nova lógica do mundo do tra- atualmente exigidos no ENEM com as expectati-
balho que a atualidade apresenta. É esse vínculo que nos aproxima sobremaneira vas de ensino e aprendizagem e as temáticas pre-
da proposta do Exame Nacional do Ensino Médio sentes no material didático da rede SESI-SP.
É nesta perspectiva que o pensamento crítico, a (ENEM) que tem, por essência, avaliar o nível de
capacidade de analisar e contextualizar os conhe- aprendizado dos alunos ao final do ensino médio, Numa análise aprofundada, a coleção propõe o es-
cimentos adquiridos tornam-se habilidades essen- assumindo um importante papel de relacionar tudo de itens avaliados no ENEM nos últimos anos,
ciais que, dentre outras, devem ser desenvolvidas esse processo ao currículo, além de possibilitar a indicando a congruência deles com material didá-
pelos estudantes nesse nível de formação, sobre- participação dos estudantes em programas go- tico (MD), indicando o seu tema, localizando-o no
tudo na última etapa da educação básica. vernamentais de acesso ao ensino superior. MD e ainda apontando os itens do ENEM que dele
tratam, tendo como referência os últimos cinco
A educação do SESI-SP atua na direção de pro- Essa abordagem, guiada por habilidades e com- anos de aplicação do exame; o mesmo é feito com
piciar um ensino em sintonia com os objetivos petências das diferentes áreas do conhecimento, a análise das redações.
aqui apontados e, considerando as demandas que procura desenvolver a capacidade analítica
regionais e nacionais contemporâneas, por meio do estudante, possibilitando uma leitura e apro- O desenvolvimento do trabalho docente orienta-
do Referencial Curricular do Sistema SESI-SP de priação crítica do mundo, está, portanto, presente do, consciente e planejado, tendo como suporte o
Ensino, propõe uma abordagem interdisciplinar e na concepção de ensino do SESI-SP, em conso- material didático é, portanto, um caminho seguro
contextualizada do conhecimento, organizando nância com a formulação dos itens do ENEM. para que os estudantes da Rede SESI-SP, dedican-
sua matriz em quatro áreas – matemática, lingua- do-se aos estudos, sejam bem-sucedidos em ava-
gens, ciências da natureza e ciências humanas. É no sentido de trazer a equipe docente para o liações como o ENEM; além disso, estarão prepa-
Essa proposta é consolidada no material didático estudo e para a reflexão deste processo que se rados para seguirem seus projetos de vida.

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Foto: Douglas Luccena

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Olá Professor! m es te ca derno, você terá um
a visão geral
ano Co ENEM”,
u Ân ge la, te nh o 16 anos, estou no último so br e o EN EM . Na seção “Acertando o
So . tru-
sin o m éd io e so u estudante do SESI-SP po de ob se rv ar co mo este exame é es
do en nho você e espe-
grande profissional, so mpetências gerais
Quero muito ser uma turado, quais as co tura a
em ser Arqueóloga... ca s da su a ár ea e como o INEP estru
cífi - TRI. Mesmo que
ra ap re nd er m ais e “Teoria de Resposta ao Item” específico
o pa ea, há um olhar mais
Esforço-me ao máxim um bo m re su l- ela bo ra da po r ár
áticas
conseguir e, análises por tem
estou empenhada em rsi da de qu e ra se u co m po ne nt
alisei a unive pa as tratados no
tado no ENEM. Até an ipe , te m no ta de ge ra is, co rre spondência dos tem
no Se rg dicação
pretendo ingressar, lá do se r m elh or qu e m at er ial di dá tic o da rede SESI-SP, in
e preten tudante se aprofun-
corte acima de 600 né !? m at erial para que o es
rç ar , de cê
isso. Tenho que m e es fo das por mim pra vo
de no tema e dicas da nt ra rá ,
o em dif er en te s sit es e durante cr em en ta r ain da mais sua aula. Enco
Tenho pesquisad da in ais específicas de
as pe sq uis as de sc obri que uma equipe ta m bé m , algumas análises m orientado-
minh material bem baca- planos de trabalhos
SP pr od uz iu um alg un s ite ns e
DE do SE SI- ar como
ao pr of es so r re lac ionado ao ENEM. s, qu e vo cê po de rá reproduzir ou us
na de apoio re turmas. E fi-
in sp ira çã o pa ra outros com suas
ve - ão aos
, mas pratico judô e às isto sempre em relaç
Ah, Não contei ainda Na qu e at en to , tu do
os de
s pa rti cip o de co m petições pela escola. rn os de av ali aç õe s de cor azul dos an
ze ero cade ho do caderno,
bby, não é algo que qu . Ah, E lá no finalzin
verdade, lutar é um ho iva a bu s- 20 10 a 20 14
esmo que
esporte me mot “Mapa de Itens”, o m
fazer a vida inteira, o elh or . vo cê en co nt ra o
espe-
esforçar para ser m porém organizado
car sempre mais e me tem no sit e do IN EP ,
estudantes
ler a da DE pe diu cia lm en te pa ra seu trabalho com os
rço, a ga ovas
E por esse meu esfo na lei tu ra de ste SE SI -S P, e é cla ro , com a cópia das pr
asse você do
para que eu acompanh e acon-
o po r de nt ro do qu dos últimos anos.
caderno, assim eu fic da m ais
poderá auxiliar ain ada e você?
tece no ENEM e você iza ge ns e, co ns e- Va m os lá? Eu estou anim
apre nd
os estudantes em suas e
na ap re en são das habilidades Seja bem vindo!!!
quentemente, EM .
s pe lo EN
competência exigida

7
Ace r t a n d o o E N E M
O Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM) foi
criado em 1998 com o objetivo de avaliar o de-
sempenho do estudante ao fim da educação bási-
ca, buscando contribuir para a melhoria da quali-
dade desse nível de escolaridade.

A partir de 2009 passou a ser utilizado também


como mecanismo de seleção para o ingresso no
ensino superior. Foram implementadas mudanças
no exame que contribuíram para a democratiza-
ção de acesso às vagas oferecidas por Institui-
ções Federais de Ensino Superior (IFES); e várias
outras através do Programa Universidade para
Todos (PROUNI), e pelo Financiamento Estudan-
til (FIES), para a mobilidade acadêmica e para a
indução da reestruturação dos currículos do ensi-
no médio. Respeitando a autonomia das universi-
dades, a utilização dos resultados do ENEM pode
ocorrer como fase única de seleção ou combina-
da com seus processos seletivos próprios.
Foto: Douglas Luccena

Adaptado de: http://portal.inep.gov.br/web/enem/sobre-o-enem acesso em 16 out. 2015

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Objetivos Competências x Habilidades IV. Construir argumentação (CA): relacionar in-
formações, representadas em diferentes formas, e
O ENEM incialmente tinha objetivos semelhan- A prova do ENEM não é organizada por compo- conhecimentos disponíveis em situações concre-
tes ao Sistema de Avaliação de Educação Básica nentes curriculares, mas por áreas de conhecimen- tas, para construir argumentação consistente.
(SAEB) ou à Prova Brasil: avaliar os estudantes ao to. Os itens não têm conteúdos fechados, pois são V. Elaborar propostas (EP): recorrer aos conheci-
final do ensino médio. No entanto, com o decorrer baseados em competências e habilidades que, mentos desenvolvidos na escola para elaboração
do tempo seus propósitos foram ampliados para espera-se, tenham sido adquiridas pelo estudante de propostas de intervenção solidária na realida-
avaliar a qualidade do ensino médio do país, sub- na educação básica. no entanto, pela abordagem de, respeitando os valores humanos e consideran-
sidiar a implantação de políticas públicas, criar re- de um item, é subentendido que algumas habilida- do a diversidade sociocultural.
ferência nacional para o aperfeiçoamento de cur- des sejam referentes a um componente específi-
rículos, desenvolver estudos e indicadores sobre co. Permeando esse contexto existem cinco eixos Eixos
a educação brasileira e estabelecer critérios de cognitivos que são gerais, pois devem nortear a cognitivos Competências Habilidades
acesso aos programas governamentais. aprendizagem de todos os componentes e a pro-
dução da redação: Esses eixos estão presentes em todas as provas e
Além desses objetivos, os estudantes que realizam servem para nortear a elaboração dos itens, des-
a prova podem obter por meio dela a certificação I. Dominar linguagens (DL): dominar a norma cul- dobrando-se nas competências centrais de cada
de conclusão do ensino médio ou utilizá-la como ta da Língua Portuguesa e fazer uso das lingua- área. É importante entender que cada competên-
mecanismo para ingresso ao ensino superior, em gens matemática, artística e científica e das lín- cia é formada por várias habilidades que variam
processo de seleção em escolas técnicas e de aces- guas espanhola e inglesa. de acordo com a área de conhecimento. Nesse
so ao Programa Universidade para todos (Prouni). II. Compreender fenômenos (CF): construir e apli- sentido, o papel do educador é preparar melhores
car conceitos das várias áreas do conhecimento condições para o desenvolvimento de competên-
Todos os anos, o INEP (Instituto Nacional de Estu- para a compreensão de fenômenos naturais, de cias que visam à aquisição de habilidades e não
dos e Pesquisas Anísio Teixeira - responsável pela processos histórico-geográficos, da produção tec- à transmissão de informações isoladas. O concei-
elaboração e aplicação do exame), além de liberar nológica e das manifestações artísticas. to chave é “aprender a aprender” presente nos
os resultados individuais, apresenta-os por escola. III. Enfrentar situações-problema (SP): selecionar, Parâmetros Curriculares Nacionais. Dessa forma,
Com isso, a unidade tem condições de propor me- organizar, relacionar, interpretar dados e informa- a contextualização e a interdisciplinaridade são
canismos contínuos para a melhora dos seus pro- ções representados de diferentes formas, para to- componentes essenciais no desenvolvimento dos
cessos de ensino, buscando melhorar resultados. mar decisões e enfrentar situações-problema. conhecimentos exigidos pela avaliação.

Adaptado de http://portal.inep.gov.br/web/enem/sobre-o-enem acesso em 16 out. 2015.

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O sentido de competência, a) parâmetro de discriminação: é o poder de discri-
segundo Thereza Bordoni em minação que cada questão possui para diferenciar
“Saber e Fazer: Competências e os participantes que dominam dos participantes que
Habilidades.” está relacionado à não dominam a habilidade avaliada naquele item;
capacidade de realizar uma tarefa e b) parâmetro de dificuldade: associado à dificulda-
de resolver uma situação complexa. de da habilidade avaliada na questão, quanto maior
Uma vez assimilada determinada com- seu valor, mais difícil é a questão. Ele é expresso na
petência, o estudante tem plena capaci- escala da proficiência. Em uma prova de qualidade,
devemos ter questões de diferentes níveis de dificul-
dade de, em outra realidade, apresentar
dade para avaliar adequadamente os participantes
a solução adequada. Ou seja, mais que a
em todos os níveis de conhecimento;
memorização de conteúdos, a chave do en-
c) parâmetro de acerto casual: em provas de múl-
tendimento é a compreensão dos conceitos,
tipla escolha, um participante que não domina a
seu ressignificado e sua posterior aplicação em
habilidade avaliada em uma determinada questão
outros contextos. Exercitando habilidades espe-
da prova pode responder corretamente a esse
cíficas teremos como resultado competências
item por acerto casual.
gerais, que emergem dos eixos apresentados
pelo INEP. O modelo utilizado no ENEM é o modelo logístico
de três parâmetros que, além dos parâmetros de
discriminação e de dificuldade, também faz uso de
Adaptado de http://portal.inep.gov.br/web/enem/sobre-o-enem e http://www.pedagobra-
sil.com.br/pedagogia/saberefazer.htm acesso em 16 out. 2015. um parâmetro para controlar o acerto casual. Este
último tem um papel bastante importante nas ava-
liações com itens de múltipla escolha.

As notas O INEP, a partir de pré-testagens nacionais e de


algumas aplicações iniciais do ENEM, obtém os
A nota do ENEM é calculada mediante o modelo valores dos parâmetros a, b e c de milhares de
matemático da Teoria da Resposta ao Item (TRI), questões, montando assim um banco de itens
em que cada questão é um item. Essa teoria consi- para cada uma das quatro áreas. Na avaliação do
dera para o cálculo da nota a consistência da res- conhecimento, a unidade de medida se expres-
posta segundo o grau de dificuldade de cada item. sa por meio do conjunto de itens pertencentes a
Os cálculos são realizados de forma independente uma escala de proficiência. Assim, os parâmetros
por três grupos distintos de especialistas, com for- dos itens são estabelecidos previamente. A profi-
mação em estatística, matemática e/ou psicome- ciência é verificada a partir da análise do perfil das
tria. O modelo matemático do TRI usa três parâ- respostas do participante a esse conjunto de itens,
metros para avaliar a qualidade da medida: que são elaborados de acordo com os documen-

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tos oficiais que norteiam o ensino médio. A partir A escala criada pelo INEP para cada área de co- Cada faculdade/universidade tem regras próprias
do conhecimento dos valores dessas medidas, as nhecimento depende de dois valores: para utilizar as notas de ingresso, colocando peso
questões são posicionadas na escala (régua), per- nas notas das áreas que julga serem mais impor-
1- valor de posição ou de referência, para o qual tantes para o curso que está sendo pleiteado ou
mitindo, desse modo, sua interpretação pedagógi-
ca. O posicionamento de cada questão nos níveis foi atribuído o valor 500, que representa o desem- fazendo uma média aritmética simples.
da escala se dá a partir de critérios probabilísticos, penho médio dos concluintes do ensino médio da
rede pública que realizaram o exame naquele ano; A decisão de implementar, no Exame Nacional do
os quais garantem que somente participantes com
Ensino Médio, a Teoria de Resposta ao Item teve
proficiência igual ou maior àquele nível tenham alta
2- valor de dispersão, para o qual foi atribuído o duas finalidades principais: (1) permitir a compa-
probabilidade de acerto. Geralmente, o posiciona-
valor 100, que representa uma medida de varia- rabilidade dos resultados entre os anos e (2) per-
mento do item está um pouco acima do grau de
bilidade média das notas desses concluintes em mitir a aplicação do Exame várias vezes ao ano.
dificuldade, sendo a combinação dos três parâme-
relação ao desempenho médio 500. Esse valor é A comparação dos resultados entre avaliações é
tros. A questão é sempre posicionada no valor da
conhecido como desvio padrão. possível na medida em que, com a TRI, uma escala
régua onde a probabilidade de acerto está próxima
métrica é estabelecida. Assim como existem esca-
de 65%, o qual representa que participantes neste A partir desses dois valores, podemos dizer que
las padrões para mensurar comprimento (metro)
nível possuem alta probabilidade de dominar as ha- um participante com nota 600, por exemplo, apre-
e temperatura (Celsius), com a TRI desenvolve-se
bilidades da questão. Questões pedagogicamente senta proficiência com uma unidade de desvio pa-
mais fáceis serão posicionadas na parte inferior da uma escala padrão de conhecimento. As provas,
drão acima da proficiência média.
régua e aquelas mais difíceis serão posicionadas na nas avaliações educacionais, são instrumentos de
parte superior da régua. O grande diferencial da TRI Na prova objetiva do ENEM, a nota não é calcu- medida do conhecimento, comumente denomina-
é que questões e participantes são posicionados na lada levando-se em conta somente o número de do de traço latente. Por sua natureza, os conheci-
mesma régua. Para ilustrar a posição das questões, questões corretas, mas também a coerência das mentos adquiridos pelos estudantes não podem
o INEP desenvolveu um mapa de itens por área de respostas do participante diante do conjunto das ser mensurados diretamente, mas é possível utili-
conhecimento. Nesse mapa, que está no final deste questões que formam a prova. Ao final, o partici- zar instrumentos de medida que buscam mensu-
caderno, são apresentadas descrições de habilida- pante receberá cinco notas, uma para cada área rá-los indiretamente. Essa é a fundamentação da
des avaliadas em questões de provas. da prova objetiva e a nota da redação, uma vez Teoria da Medida e é ela que embasa a construção
que cada área de conhecimento possui escalas também de instrumentos psicológicos que bus-
próprias e diferentes umas das outras. Assim, se cam medir: inteligência, depressão, personalidade
Posição de referência um aluno tem nível aferido em 600 pontos em etc. A TRI é um conjunto de modelos que relacio-
matemática e 800 em linguagens, isso não quer nam a probabilidade de um aluno apresentar uma
400

600
500

800
200

300

700

dizer que sabe mais em linguagem, por exemplo, determinada resposta a um item, com sua profici-
já que é avaliada, conjuntamente, a coerência en- ência e características (parâmetros).
tre as suas respostas.

Escala de proficiência
Adaptado de: http://enem.inep.gov.br/participante/#/paginaInicialEnem 16 out 2015

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É possível tirar mil na prova? ENEM, e um participante que teve pouco acerto
terá nota baixa, notas essas relacionadas com os
A nota na escala pode assumir qualquer valor no
conjunto dos números reais, como por exemplo,
valores mínimo e máximo de cada prova. No en-
tanto, embora a variação seja pouca, o mesmo
Neste caderno
632,6, 421,8 etc. Outro aspecto importante no número de acertos não significa obter a mesma
cálculo da nota é que as notas mínima (nenhum Nas próximas seções
nota, pois se analisa também a coerência entre
acerto) e máxima (45 acertos) dependem do grau as respostas. serão apresentadas as
de dificuldade da prova. São os parâmetros que competências e habi-
definem os valores de mínimo e máximo da prova.
Assim, quando a prova é composta com muitos
lidades específicas da
itens fáceis, o máximo da prova tenderá a ser mais
Existem outras avaliações que área de conhecimento,
baixo, e quando ela é composta com muitos itens utilizam o TRI? a estrutura da prova e
difíceis, o mínimo tenderá a ser mais alto. Então,
O uso da TRI em avaliações educacionais teve os temas que mais têm
está claro que a nota mínima não é 0 e a nota má-
início no Brasil com o Sistema de Avaliação da se repetido nos últimos
xima não é 1.000.
Educação Básica (SAEB), em 1995, e, posterior-
mente, foi implementado no Exame Nacional para
anos. Fizemos o levanta-
Em outras palavras, o mínimo e o máximo em
cada prova dependem somente das questões que Certificação de Competências de Jovens e Adul- mento dos conteúdos dos
compõem a prova e não de quem as responde. tos (ENCCEJA), na Prova Brasil e, por último, no últimos cinco anos, com
ENEM. No âmbito internacional, a TRI vem sendo
Apesar de as provas poderem apresentar míni- reflexões, indicações e
utilizada largamente por diversos países: Estados
mos e máximos diferentes, seus resultados são
Unidos, França, Holanda, Coreia do Sul, China e possibilidades de uso dos
comparáveis, pois eles são todos calculados na
mesma escala construída a partir de uma única
países participantes do Programa Internacional de itens atrelados ao material
Avaliação de Estudantes (PISA). Um dos grandes
matriz de competências. didático da rede SESI-SP.
exemplos de avaliação que utiliza a TRI é o exame
de proficiência em língua inglesa (TOEFL). Esperamos que este traba-
Adaptado de: http://enem.inep.gov.br/participante/#/paginaInicialEnem acesso em 16 out 2015 lho ofereça subsídios para o
aprimoramento de sua prá-
tica, no constante desafio
Há relação entre número de
de ser educador (a).
acertos e a nota obtida?
Apesar de a nota do ENEM não ser calculada dire-
tamente pelo número de acertos, existe uma rela-
ção entre o número de acertos e a nota calculada
pela TRI. Isso quer dizer que um participante que
teve um número de acertos alto terá nota alta no

12
13

Foto: Douglas Luccena


Foto: Douglas Luccena

14
O ENEM e m s a l a d e a u l a
No Sistema SESI-SP de Ensino, a área de Ciências No Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM) en-
da Natureza – constituída por conhecimentos da contramos temáticas e conteúdos que tratam de
Biologia, da Física e da Química – está presente temas como tecnologia, saúde, meio ambiente,
em todas as etapas. O tratamento dos saberes diversidade biológica, métodos e procedimentos
integrantes dessa área de conhecimento valoriza próprios das ciências naturais. Elas são apresenta-
um enfoque interdisciplinar, objetivando uma vi- das junto às oito competências presentes na Ma-
são contextualizada das ciências que a compõem, triz de Referência de Ciências da Natureza.
bem como suas especificidades.
O estudo destas competências e habilidades per-
Os componentes curriculares dessa área de co- mite ao professor a construção de atividades que
nhecimento têm em comum a investigação sobre contemplem as relações entre as expectativas de
os fenômenos naturais e o desenvolvimento tec- ensino e aprendizagem proporcionando um ensi-
nológico, compondo, assim, a cultura científica e no mais efetivo voltado para o desempenho dos
tecnológica. Essa cultura, como todo produto do estudantes no ENEM.
conhecimento humano, resulta em transforma-
ções sociais, políticas e econômicas.

No ensino médio, em continuidade ao ensino fun-


damental, privilegia-se um aprofundamento dos
estudos com foco na evolução do pensamento
científico, no contexto sócio histórico e no desen-
volvimento da tecnologia.

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Competências
Competência de área 1 – Compreender as Competência de área 3 – Associar intervenções
ciências naturais e as tecnologias a elas as- que resultam em degradação ou conservação
sociadas como construções humanas, per- ambiental a processos produtivos e sociais e a

e habilidades cebendo seus papéis nos processos de pro-


dução e no desenvolvimento econômico e
instrumentos ou ações científico-tecnológicos.
H8 – Identificar etapas em processos de obten-

da área1 social da humanidade.


H1 – Reconhecer características ou proprieda-
ção, transformação, utilização ou reciclagem
de recursos naturais, energéticos ou matérias-
des de fenômenos ondulatórios ou oscilató- -primas, considerando processos biológicos,
rios, relacionando-os a seus usos em diferen- químicos ou físicos neles envolvidos.
tes contextos. H9 – Compreender a importância dos ciclos
H2 – Associar a solução de problemas de comunica- biogeoquímicos ou do fluxo energia para a
ção, transporte, saúde ou outro, com o correspon- vida, ou da ação de agentes ou fenômenos que
dente desenvolvimento científico e tecnológico. podem causar alterações nesses processos.
H3 – Confrontar interpretações científicas com H10 – Analisar perturbações ambientais, iden-
interpretações baseadas no senso comum, ao tificando fontes, transporte e(ou) destino dos
longo do tempo ou em diferentes culturas. poluentes ou prevendo efeitos em sistemas
H4 – Avaliar propostas de intervenção no am- naturais, produtivos ou sociais.
biente, considerando a qualidade da vida hu- H11 – Reconhecer benefícios, limitações e as-
mana ou medidas de conservação, recuperação pectos éticos da biotecnologia, considerando
ou utilização sustentável da biodiversidade. estruturas e processos biológicos envolvidos
em produtos biotecnológicos.
Competência de área 2 – Identificar a presen-
H12 – Avaliar impactos em ambientes naturais
ça e aplicar as tecnologias associadas às ci-
decorrentes de atividades sociais ou econômi-
ências naturais em diferentes contextos.
cas, considerando interesses contraditórios.
H5 – Dimensionar circuitos ou dispositivos elé-
tricos de uso cotidiano. Competência de área 4 – Compreender inte-
H6 – Relacionar informações para compreender rações entre organismos e ambiente, em par-
manuais de instalação ou utilização de apare- ticular aquelas relacionadas à saúde humana,
lhos, ou sistemas tecnológicos de uso comum. relacionando conhecimentos científicos, as-
H7 – Selecionar testes de controle, parâmetros ou pectos culturais e características individuais.
critérios para a comparação de materiais e pro- H13 – Reconhecer mecanismos de transmissão
dutos, tendo em vista a defesa do consumidor, a da vida, prevendo ou explicando a manifesta-
saúde do trabalhador ou a qualidade de vida. ção de características dos seres vivos.
Foto: Douglas Luccena

16
H14 – Identificar padrões em fenômenos e pro- H20 – Caracterizar causas ou efeitos dos movi- H26 – Avaliar implicações sociais, ambientais
cessos vitais dos organismos, como manuten- mentos de partículas, substâncias, objetos ou e/ou econômicas na produção ou no consumo
ção do equilíbrio interno, defesa, relações com corpos celestes. de recursos energéticos ou minerais, identifi-
o ambiente, sexualidade, entre outros. H21 – Utilizar leis físicas e (ou) químicas para cando transformações químicas ou de energia
H15 – Interpretar modelos e experimentos interpretar processos naturais ou tecnológicos envolvidas nesses processos.
para explicar fenômenos ou processos bioló- inseridos no contexto da termodinâmica e (ou) H27 – Avaliar propostas de intervenção no
gicos em qualquer nível de organização dos do eletromagnetismo. meio ambiente aplicando conhecimentos quí-
sistemas biológicos. H22 – Compreender fenômenos decorrentes micos, observando riscos ou benefícios.
H16 – Compreender o papel da evolução na da interação entre a radiação e a matéria em
produção de padrões, processos biológicos ou suas manifestações em processos naturais ou Competência de área 8 – Apropriar-se de co-
na organização taxonômica dos seres vivos. tecnológicos, ou em suas implicações biológi- nhecimentos da biologia para, em situações
cas, sociais, econômicas ou ambientais. problema, interpretar, avaliar ou planejar in-
Competência de área 5 – Entender métodos e H23 – Avaliar possibilidades de geração, uso tervenções científico tecnológicas.
procedimentos próprios das ciências naturais ou transformação de energia em ambientes H28 – Associar características adaptativas dos
e aplicá-los em diferentes contextos. específicos, considerando implicações éticas, organismos com seu modo de vida ou com
H17 – Relacionar informações apresentadas em ambientais, sociais e/ou econômicas. seus limites de distribuição em diferentes am-
diferentes formas de linguagem e representa- bientes, em especial em ambientes brasileiros.
ção usadas nas ciências físicas, químicas ou bio- Competência de área 7 – Apropriar-se de co- H29 – Interpretar experimentos ou técnicas que
lógicas, como texto discursivo, gráficos, tabelas, nhecimentos da química para, em situações utilizam seres vivos, analisando implicações para
relações matemáticas ou linguagem simbólica. problema, interpretar, avaliar ou planejar in- o ambiente, a saúde, a produção de alimentos,
H18 – Relacionar propriedades físicas, químicas ou tervenções científico tecnológicas. matérias primas ou produtos industriais.
biológicas de produtos, sistemas ou procedimen- H24 – Utilizar códigos e nomenclatura da quí- H30 – Avaliar propostas de alcance individual
tos tecnológicos às finalidades a que se destinam. mica para caracterizar materiais, substâncias ou coletivo, identificando aquelas que visam à
H19 – Avaliar métodos, processos ou procedi- ou transformações químicas. preservação e a implementação da saúde indi-
mentos das ciências naturais que contribuam H25 – Caracterizar materiais ou substâncias, vidual, coletiva ou do ambiente.
para diagnosticar ou solucionar problemas de identificando etapas, rendimentos ou implica-
ordem social, econômica ou ambiental. ções biológicas, sociais, econômicas ou am-
bientais de sua obtenção ou produção.
Competência de área 6 – Apropriar-se de co-
nhecimentos da física para, em situações pro-
blema, interpretar, avaliar ou planejar inter-
venções científico tecnológicas.

Disponível em: <http://download.inep.gov.br/educacao_basica/enem/downloads/2012/matriz_referencia_enem.pdf>. Acesso em: 13 nov. 2015.

17
Foto: Douglas Luccena

18
Primeiro olhar
O componente curricular Biologia está inserido na • Competência de área 4 – Compreender intera- Essas competências e habilidades são trabalhadas
área de Ciências da Natureza e é contemplado, ções entre organismos e ambiente, em particular a partir de algumas temáticas (objetos de conheci-
com maior ênfase, nas seguintes competências, aquelas relacionadas à saúde humana, relacionan- mento), conforme tabela a seguir:
com suas respectivas habilidade já descritas na do conhecimentos científicos, aspectos culturais e
Matriz de referência. características individuais.

• Competência de área 3 – Associar intervenções • Competência de área 8 – Apropriar-se de conhe-


que resultam em degradação ou conservação am- cimentos da biologia para, em situações problema,
biental a processos produtivos e sociais e a instru- interpretar, avaliar ou planejar intervenções cientí-
mentos ou ações científico-tecnológicos. fico tecnológicas.

Temática - Objeto
Conteúdos relacionados
de conhecimento
Estrutura e fisiologia celular: membrana, citoplasma e núcleo. Divisão celular. Aspectos bioquímicos das estruturas celulares. Aspectos gerais do metabolismo celular.
Metabolismo energético: fotossíntese e respiração. Codificação da informação genética. Síntese proteica. Diferenciação celular. Principais tecidos animais e vegetais.
Moléculas, células e Origem e evolução das células. Noções sobre células-tronco, clonagem e tecnologia do DNA recombinante. Aplicações de biotecnologia na produção de alimentos,
tecidos fármacos e componentes biológicos. Aplicações de tecnologias relacionadas ao DNA a investigações científicas, determinação da paternidade, investigação criminal
e identificação de indivíduos. Aspectos éticos relacionados ao desenvolvimento biotecnológico. Biotecnologia e sustentabilidade.

Princípios básicos que regem a transmissão de características hereditárias. Concepções pré-mendelianas sobre a hereditariedade. Aspectos genéticos do
Hereditariedade e funcionamento do corpo humano. Antígenos e anticorpos. Grupos sanguíneos, transplantes e doenças autoimunes. Neoplasias e a influência de fatores
diversidade da vida ambientais. Mutações gênicas e cromossômicas. Aconselhamento genético. Fundamentos genéticos da evolução. Aspectos genéticos da formação e
manutenção da diversidade biológica.

Níveis de organização dos seres vivos. Vírus, procariontes e eucariontes. Autótrofos e heterótrofos. Seres unicelulares e pluricelulares. Sistemática e as grandes linhas
Identidade dos seres da evolução dos seres vivos. Tipos de ciclo de vida. Evolução e padrões anatômicos e fisiológicos observados nos seres vivos. Funções vitais dos seres vivos e sua
vivos relação com a adaptação desses organismos a diferentes ambientes. Embriologia, anatomia e fisiologia humana. Evolução humana. Biotecnologia e sistemática.

Ecossistemas. Fatores bióticos e abióticos. Habitat e nicho ecológico. A comunidade biológica: teia alimentar, sucessão e comunidade clímax. Dinâmica de
populações. Interações entre os seres vivos. Ciclos biogeoquímicos. Fluxo de energia no ecossistema. Biogeografia. Biomas brasileiros. Exploração e uso
Ecologia e ciências de recursos naturais. Problemas ambientais: mudanças climáticas, efeito estufa; desmatamento; erosão; poluição da água, do solo e do ar. Conservação e
ambientais recuperação de ecossistemas. Conservação da biodiversidade. Tecnologias ambientais. Noções de saneamento básico. Noções de legislação ambiental: água,
florestas, unidades de conservação; biodiversidade.

A biologia como ciência: história, métodos, técnicas e experimentação. Hipóteses sobre a origem do Universo, da Terra e dos seres vivos. Teorias de evolução.
Origem e evolução da Explicações pré-darwinistas para a modificação das espécies. A teoria evolutiva de Charles Darwin. Teoria sintética da evolução. Seleção artificial e seu impacto
vida sobre ambientes naturais e sobre populações humanas.

Aspectos biológicos da pobreza e do desenvolvimento humano. Indicadores sociais, ambientais e econômicos. Índice de desenvolvimento humano. Principais
Qualidade de vida das doenças que afetam a população brasileira: caracterização, prevenção e profilaxia. Noções de primeiros socorros. Doenças sexualmente transmissíveis. Aspectos
populações humanas sociais da biologia: uso indevido de drogas; gravidez na adolescência; obesidade. Violência e segurança pública. Exercícios físicos e vida saudável. Aspectos
biológicos do desenvolvimento sustentável. Legislação e cidadania.

19
Nos Parâmetros Curriculares do Ensino Médio, aparecem em destaque em todos os anos. Essa As demais temáticas são menos frequentes, porém
entende-se que no ensino de Biologia se faz ne- temática possibilita a construção de itens mais não menos importantes. No geral, elas buscam evi-
cessário entender aspectos da vida humana, com- abrangentes, que permitem uma contextualização denciar que o conhecimento biológico não é es-
parativamente aos demais seres vivos e sua capa- relevante e pertinente à realidade dos estudantes. tanque e que, ainda que se crie uma determinada
cidade de intervenção no meio, bem como devem Assim, o ENEM busca a promoção de análises que classificação para as temáticas, elas se relacionam
instrumentalizar o estudante para que ele seja envolvem tomadas de posição, com embasamen- e são interdependentes. Em alguns poucos casos,
capaz de identificar problemas, tomar decisões, to científico. observou-se itens com que exigiam conhecimentos
fazer julgamento ou elaborar argumentos (BRA- estritamente conceituais, ou pouco contextualiza-
SIL, 2002)2. O Exame Nacional do Ensino Médio O segundo destaque é observado na abordagem dos. Mas, mesmo nesses casos, é possível utilizar o
(ENEM) se propõe, por meio de um conjunto de da temáticas Moléculas, células e tecidos. Nesse item de modo a trabalhar de maneira mais abran-
competências, habilidades e objetos de conheci- caso, a valorização fica por conta dos itens que gente, relacionando-o com outros conhecimentos
mento a contemplar essa proposta. abordem as discussões mais recentes sobre bio- da Biologia ou de outro componente curricular.
tecnologia e demais investigações científicas rela-
Dentre os objetos de conhecimento citados an- cionadas ao DNA. Busca-se, assim, promover o de-
teriormente, a análise das avaliações dos últimos senvolvimento científico e a interdisciplinaridade,
cinco anos (2010 – 2014) mostra que os temas característicos da área de conhecimento.
relacionados à Ecologia e ciências ambientais

2
BRASIL. PCN+ ensino médio: orientações educacionais complementares aos Parâmetros Curriculares Nacionais. Vol. Ciências da
natureza, matemática e suas tecnologias. Brasília: MEC/Semtec, 2002, p. 42-51.

20
As temáticas
Após uma apreciação geral do componente cur- Ao longo das quatro primeiras unidades do mate-
Ano de
ricular Biologia no ENEM, é interessante detalhar- Conteúdo Itens do rial didático do 1º ano, são apresentados conceitos
Temática aplicação
explorado ENEM
mos como os objetos de conhecimento foram do item básicos para o estudo da Ecologia. Nesse caso, é
abordados ao longo dos últimos cinco anos e tra- 51 interessante trabalhar alguns itens do ENEM que
53 tratam desses conteúdos. Em algumas situações,
çarmos algumas correlações com o currículo, as
57
expectativas de ensino e aprendizagem e o mate- 59 percebe-se que a abordagem do tema é bem di-
1º e 2º anos
rial didático do SESI-SP. 61 2010 reta, como o do item 47 do exame de 2011. Nesse
EM
75 item, especificamente, pode-se trabalhar a expec-
Com o intuito de facilitar essa discussão, vamos 87
89
tativa de ensino e aprendizagem “analisar a estru-
analisar as temáticas separadamente. tura dos ecossistemas, fluxo de energia e ciclo da
90
47 matéria”, pois o item solicita ao estudante que ele
Ecologia e as ciências ambientais 51 identifique os níveis tróficos de uma cadeia alimen-
Essa temática foi a mais abordada nos últimos 57 tar. Esse assunto é tratado na unidade 01 do 1º ano,
cinco anos, pois, esse tipo de avaliação leva em 80
1º ano EM
82 2011 no texto “Cadeias alimentares: o que são?”.
consideração a utilização de assuntos mais con- 85
textualizados e atuais para os estudantes. Nesse 88
caso, observamos que essa temática (Tabela 1), Ecologia e 90
no SESI-SP, é muito frequente nos dois primeiros as ciências 46
anos de ensino médio, sendo a maior frequência ambientais 56
no primeiro ano. 1º ano EM 62
68
2012
Indique
No material didático do SESI-SP busca-se aten- 71
ao estuda
nte:
81
der às expectativas de ensino e aprendizagem de
59
maneira contextualizada e através de discussões
63
atuais sobre Ecologia. Assim, trabalham-se muito 1º ano EM 67 2013
com a interpretação de textos diversos, entre eles 80 Além das
atividade
artigos científicos e reportagens, possibilitando 84 material d s que co
mpõem o
idático do
aos estudantes a construção de diversas relações 49 utilizar, c S E S I- S P, é possív
entre os conceitos estudados e suas aplicações. 60 omo com el
1º e 2º do sobre p le m e n to
61
os fluxos a o estu-
2014
Tabela 1. Distribuição dos itens sobre Ecologia e anos EM 63
de estudo de matéri
a, o plano
71 s Cadeia
as ciências ambientais nos anos de 2010 a 2014, alimentar
81 ecológica e relaçõe
correlacionando o ENEM com o material didático s do Geek s
ie Lab.
do SESI-SP.

21
Dentre essa temática, podemos ainda destacar os Tabela 2. Distribuição dos itens sobre Ecologia e Ciências Ambientais nos anos de 2010 a 2014, no ENEM
itens que envolvem a área ambiental – poluição,
preservação, efeito estufa e situações de desequi- O trabalho com conteúdos relacionados à Eco-
Conteúdo Itens do Ano de aplica-
Temática logia continua no 2º ano, abordando temáticas
líbrio (Tabela 2). Esses são conteúdos que propor- explorado ENEM ção do item
cionam a discussão de conhecimentos mais atuais como Biomas e legislação ambiental. Para aten-
51
e necessitam da mobilização de muitos conceitos, 53 2010 der às expectativas de ensino e aprendizagem
por parte dos estudantes. Podemos observar es- 87 relacionadas, é interessante que os estudantes
Ciclos
sas características no item 71 do ENEM de 2012. É 59 2013 tenham se apropriado devidamente dos con-
biogeoquímicos
possível trabalhar, com esse item, as seguintes ex- 49 ceitos mais básicos apresentados anteriormen-
pectativas de ensino e aprendizagem: “identificar 63 2014 te. Nesse sentido, sempre é importante verifi-
e analisar as consequências da interferência hu- 71
car os conhecimentos prévios dos estudantes
mana da dinâmica do meio ambiente” e “debater 57
e, se necessário, retomar o que for necessário.
61
e divulgar medidas que podem ser tomadas para 2010
89
reduzir a poluição ambiental”, pois, nesse caso, o 90 No caso dos biomas brasileiros, procure reali-
estudante é convidado a relacionar as caracterís- Poluição ambiental 51
zar um trabalho de revisão interdisciplinar em
ticas de uma região com uma determinada matriz e medidas de 85 2011 parceria com o componente curricular Geogra-
preservação 88
energética, levando em conta a redução de impac- fia, pois o estudo de domínios morfoclimáticos
tos ambientais. Assim, é necessário que ele analise 46 brasileiros é realizado na primeira unidade do
71 2012
diversas situações e avalie qual é mais adequada. 1º ano. Apresente aos estudantes os diversos
71 2014 momentos em que os conhecimentos conver-
Ecologia e 59 2010 gem. Como exemplo e complemento, apresen-
as ciências Efeito estufa e 80
Professor, o Departamento de ambientais
2011 te o item 75 do ENEM de 2010, ele trabalhará
aquecimento global 90
Ecologia do Instituto de Biociências da a expectativa de ensino e aprendizagem “pes-
67 2013
quisar e comparar as principais características
Universidade de São Paulo disponibiliza 75 2010
Biomas brasileiros dos biomas terrestres”. Nele é solicitado que
o site Conservação para Ensino Médio 61 2014 o estudante compreenda as relações entre as
que objetiva auxiliar os estudantes a 47 2011 características climáticas e as da vegetação de
compreender conceitos relacionados 56
2012 uma determinada região.
Cadeia alimentar e 81
à conservação e desenvolvimento fluxo de energia
80 2013
sustentável. Você pode ser utilizado
81 2014
ao longo dos 1º e 2º anos, durante os
57
estudos relacionados ao tema. O site 2011
Relações ecológicas 82
está disponível no endereço: <http:// 60 2014
ecologia.ib.usp.br/lepac/conservacao/ Nicho ecológico 68 2012
ensino/> (acesso em: 23 nov. 2015). 62 2012
Desequilíbrio
ambiental 63
2013
84

22
trabalhar com a expectativa de ensino e aprendiza-
Ano de
Conteúdo Itens do gem “identificar as principais tecnologias utilizadas
Temática aplicação
explorado ENEM
O canal Univesp TV do Youtube® do item na transferência do material genético entre orga-
apresenta uma série de vídeos de- 66 nismos”, que envolve diretamente o entendimento
2010
76 sobre a produção de organismos transgênicos e
nominada Biomas do Brasil, com-
48 quais as vantagens que eles podem proporcionar.
postos por palestras de especialistas 49 Além disso, é importante trazer para as discussões
de diversas universidades. Você 61 2011
quais as possíveis desvantagens, problemas, im-
68
pode utilizar este interessante mate- 79 pactos ambientais ou repercussões que esse tipo
rial como subsídio para o preparo de 48 de tecnologia pode proporcionar.
suas aulas sobre o referido conteú- Moléculas, 51
2012
2º e 3º anos 63 O item também permite que você amplie as discus-
do. A série está disponível em: células e
EM 65 sões, apresentando as causas para o seu sucesso da
tecidos
<https://www.youtube.com/watch 59 proliferação do mosquito Aedes aegypti no nosso
?v=fcVOEpydiWY&list=PLxI8Can9 62 país, bem como outras doenças que ele transmite.
70 2013
yAHd_H-0K_ReV4W4Pn2lItWH3> 73
(acesso em: 23 nov. 2015). 88
49
69

Indique
2014
73
89

Moléculas, células e tecidos.


Essa temática é apresentada especialmente no Conforme apontado anteriormente, nessa temá-
ao estudante:
material didático e nas expectativas de ensino e tica destacam-se os itens sobre biotecnologia
aprendizagem dos 2º e 3º anos do ensino médio – transgênicos, teste de DNA e células tronco Professor, apre
sente aos estu
do SESI-SP (Tabela 3). Podemos perceber, após (Tabela 4). São conteúdos ainda atuais e que, em dantes as notí-
cias principais
análise, que ela também aparece regularmente no geral, necessitam de outros conhecimentos por sobre as medid
as de comba-
te ao mosquito
ENEM nos últimos cinco anos (2010 a 2014). parte dos estudantes, como replicação e síntese Aedes aegypti
e consequen-
proteica. Além de promover a análise e discussões te prevenção às
doenças como
Os assuntos tratados, no geral são bem abrangen- sobre questões éticas e ambientais sobre a utiliza- febre Chikungun a dengue, a
tes. No entanto, nota-se que as discussões sobre ya e ao vírus Zi
ção desse tipo de tecnologia. ka.
biotecnologia acabam sendo favorecidas, por se- Nesse último ca
so, aborde e ap
rem questões bem atuais no estudo dessa temática. Esse último aspecto pode ser observado no item 76
dos sobre a ep resente da-
do ENEM de 2010, que trata da introdução de uma idemia de mic
Brasil. Como au rocefalia no
Tabela 3. Distribuição dos itens sobre Moléculas, cé- variedade geneticamente modificada do mosquito xílio, utilize as
lulas e tecidos nos anos de 2010 a 2014, correlacio- disponibilizada informações
Aedes aegypti para reduzir os casos de dengue de s no site Minis
nando o ENEM com o material didático do SESI-SP. uma região. Em um primeiro momento, é possível tério da Saú-
de:<http://com
bateaedes.saud
(acesso em: 22 e.gov.br/>
dez. 2015).
23
Tabela 4. Distribuição dos itens sobre Moléculas, Esses são conhecimentos de fundamental impor- Qualidade de vida das populações humanas
células e tecidos nos anos de 2010 a 2014, no ENEM. tância para que o estudante compreenda outros
A temática em questão trata de assuntos muito
aspectos da fisiologia dos seres vivos e mesmo os
abrangentes, pois apresenta os estudos pertinen-
Ano de relacionados à tecnologia.
Conteúdo Itens do tes à Biologia, juntamente com os aspectos sociais
Temática aplicação
explorado ENEM O item 73 do exame de 2013, por exemplo, solicita dessa ciência. Isso a torna muito interessante para
do item
que o estudante analise uma figura que apresenta proporcionar diversas discussões. Os conteúdos
66 2010
a proporção de determinadas organelas citoplas- que se referem à temática são contemplados, pre-
Respiração 79 2011
máticas em diversas linhagens de microalgas e a dominantemente, no material didático e nas expec-
celular 63 2012
relacione com a otimização de secreção de polí- tativas de ensino e aprendizagem do 1º ano (Tabela
49 2014 5.), porém não podem deixar de ser discutidos ao
meros. Nesse caso, será necessária a interpreta-
Tecido 48 ção do gráfico e os conhecimentos sobre metabo- longo de todo o ensino médio, visto que, no SE-
sanguíneo 2011
49 lismo celular e as funções das organelas celulares. SI-SP, objetiva-se proporcionar ao estudante um
Replicação Também é possível discutir as relações comerciais ensino contextualizado e atual, buscando sempre
61 2011
do DNA uma aprendizagem significativa.
existentes na necessidade de seleção de uma li-
Síntese
65 2012 nhagem de microrganismos pela indústria.
proteica A compreensão dos aspectos fundamentais para
76 2010
Os conhecimentos que correspondem a essa te- que se avalie a qualidade de vida das populações
Moléculas, 68 2011 mática serão apresentados ao longo do 2º e 3º humanas, no início do ensino médio, proporcionará
células e
anos do ensino médio e poderão contar com a ao estudante uma visão crítica que o acompanhará
Transgênicos 48 2012
tecidos ao longo dessa etapa da educação básica. Assim,
complementação oferecida pelo Geekie Lab, como
62 2013 em diversas outras situações será possível propor-
por exemplo, nas aulas Estrutura e funcionamento
69 2014
de ácidos nucleicos e Metabolismo celular. cionar discussões sobre a relevância do estudo da
51 2012 Biologia para a sociedade, em geral.
Metabolismo
celular 59 2013
Tabela 5. Distribuição dos itens sobre Qualidade
62 de vida das populações humanas nos anos de 2010
73 2013 Outro material muito interessante que
Organelas a 2014, correlacionando o ENEM com o material di-
citoplasmáticas 88 pode ser utilizado como complemento
dático do SESI-SP.
73 2014 para a preparação das suas aulas e ou-
Teste de DNA 70 2013
tros estudos relacionados a essa temáti-
ca é o disponibilizado pelo Laboratório
Células tronco 89 2014
de Tecnologia Educacional da UNICAMP:
<http://www.bdc.ib.unicamp.br/embriao2/
A temática apresenta também um bom número
de itens que dizem respeito às funções basais da
visualizarTema.php?idTema=15> (acesso
célula, como as funções de organelas citoplasmá- em: 25 nov. 2015). Basta fazer o cadastro
ticas e diversos aspectos do metabolismo celular. e acessar os diversos conteúdos.

24
Indique
Temática
Conteúdo
explorado
Itens do
ENEM
Ano de
aplicação
do item
lógico, respectivamente. Dessa maneira, como dito
anteriormente, ainda que a maior parte dos conte- ao estudante:
údos relacionados a essa temática se concentrem
46 em um ano, as discussões sobre qualidade de vida Apresente a animação sob
re pandemias,
49 2010 permeiam todo o ensino médio. disponível em: <http://ed
76 .ted.com/lessons/
how-pan demics-spread
Qualidade 64 Tabela 6. Distribuição dos itens sobre Qualidade #watch> (acesso em: 27
de vida das 2011 nov. 2015).No mesmo link
1º ano EM 89 de vida das populações humanas nos anos de 2010 será possível encontrar
populações algumas indicações de art
humanas 52 a 2014, no ENEM. igos sobre pandemias.
80 2012
87 Ano de
Conteúdo Itens do aplicação
78 2013 Temática explorado ENEM do item
Vida saudável 49 2010
Por outro lado, pelo fato do item envolver a inter-
pretação de um mapa que mostra a ocorrência de
Os conteúdos explorados nessa temática privile- 46
2010 malária no mundo, é possível trabalhar além dos
76
giam as questões relacionadas à saúde, tais como
Doenças
64
meros conceitos, contemplando as expectativas
doenças, distúrbios alimentares e demais cuidados endêmicas 2011
89 de ensino e aprendizagem “relacionar as condições
com o corpo (Tabela 6.). Vale lembrar que a defi- Qualidade
de vida das 78 2012 socioeconômicas com a qualidade de vida das po-
nição de saúde utilizada é a mesma da OMS (Or-
populações pulações humanas de diferentes regiões do mun-
ganização Mundial da Saúde): “o completo estado humanas Saneamento
52 2012 do” e “identificar e analisar doenças que afetam a
básico
de bem-estar físico, mental e social, e não simples-
Distúrbios população brasileira considerando idade, sexo, ní-
mente a ausência de enfermidade”, portanto, é 80 2012
alimentares vel de renda e condições de moradia”. Elas propor-
uma forma mais ampla de discussão.
Cuidados com cionam discussões que podem ser encaminhadas
78 2013
o corpo sobre outras doenças endêmicas, tais como doen-
Um bom exemplo dessas discussões está no item
46 do ENEM de 2010. Nesse caso, solicita-se que ça de Chagas, amarelão, entre outras.
Em outras situações, a solicitação pode ser bem
o estudante mobilize conhecimentos sobre as di-
específica. Observa-se isso no item 64 do exame
ferenças nos mecanismos de ação de soros, vaci-
de 2011. Na situação proposta, o estudante deveria
nas e antibióticos. Além disso, é necessário que ele
compreender as diferenças entre epidemia, endemia, Nas cartilhas Prazer de Estar Bem, pro-
avalie e relacione cada substância a um determina-
do tratamento ou situação.
pandemia, peste e surto. Ou seja, dependia de duzidas pelo SESI-SP, você encontrará
conhecimentos sobre esses conceitos. Além do diversos conteúdos que podem ser dis-
Esse tipo de item, ainda que esteja mais intima- material didático, que trata desse conteúdo nas paradores de inúmeras discussões sobre
mente relacionado a conhecimentos próprios do unidades 05 e 06 do 1º ano do ensino médio, é
qualidade de vida. O material completo,
material didático do 1º ano do ensino médio do SE- possível complementar esses conceitos em: <http://
educacao.uol.com.br/disciplinas/geografia/surto- que em 2015 completou dez anos, está
SI-SP, também pode ser utilizado nos 2º e 3º anos,
quando ocorrem os estudos sobre bactérias pato- epidemiapandemia-e-endemia-entenda-qual-e-a- disponível no portal SESI Educação.
gênicas (Reino Monera) e sobre o sistema imuno- diferencaentre-eles.htm> (acesso em: 27 nov. 2015).

25
Identidade dos seres vivos
Nessa temática serão tratados todos os aspectos Em geral, verifica-se que essa temática acaba ex- Tabela 8. Distribuição dos itens sobre Identidade
relacionados à anatomia, fisiologia, e sistemático plorando conteúdos muito diversos (Tabela 8.), dos seres vivos nos anos de 2010 a 2014, no ENEM.
dos seres vivos. Porém, ainda que esses conteúdos pois se tratam de conhecimentos amplos e ge-
estejam mais intimamente relacionados ao material rais sobre os seres vivos. O destaque fica para os
Material Ano de
didático de 2º ano do SESI-SP (Tabela 7.), eles são itens relacionados a uma das funções de nutrição Tema Itens do
Didático aplicação
tratados ao longo de todo o ensino médio, sob di- dos organismos, no caso, relacionado à alimen- ENEM
SESI-SP do item
ferentes olhares. tação (alimentos e sistema digestório). Nos itens
49 2010
sobre a fisiologia e anatomia do sistema digestó- Alimentos
Observamos esse aspecto no item 49 do exame de rio, tem-se a repetição de um conteúdo nos anos 47 2014
2010, pois ele trata da cárie dental. Na situação apre- de 2010 e 2013 (itens 62 e 53, respectivamente) Fisiologia
60 2010
sentada, o estudante precisa utilizar conhecimentos Vegetal
em que se aborda o papel das vilosidades intes-
relativos ao papel de diversos nutrientes (flúor, xili- tinais, como mecanismo do organismo para o au- 62 2010
tol, cálcio e outros açúcares) e relacioná-los com um Sistema
mento da área de absorção de nutrientes. No ano 53 2013
digestório
problema de saúde e qualidade de vida. Assim, este de 2014, o item versa sobre as enzimas e seu pH 75 2014
é um item bem versátil, podendo ser trabalhado no ótimo de atuação. Identidade Ritmo
1º ano ou no 2º ano do ensino médio. dos seres 88 2010
circadiano
Em todos os casos apresentados, foi interessante vivos
Sistemática 87 2011
Tabela 7. Distribuição dos itens sobre Identidade perceber que não se específica que se trata do
dos seres vivos nos anos de 2010 a 2014, correlacio- Anatomia 57
corpo humano, pois são características de outros 2012
Vegetal 85
nando o ENEM com o material didático do SESI-SP. seres vivos. Assim, percebe-se a possibilidade de
Sistema
um trabalho de anatomia e fisiologia comparati- 55 2013
reprodutor
Ano de va muito mais interessante para o estudante. Esse
Conteúdo Itens do Sistema
Temática aplicação tipo de abordagem é apresentada no material di- 56 2013
explorado ENEM circulatório
do item dático do SESI-SP, a partir da expectativa de en-
49 sino e aprendizagem “reconhecer as caraterísticas Bactérias 71 2010
60
e as especificidades das funções vitais dos seres
62 2010
vivos, considerando a adaptação desses organis-
71
88 mos aos diferentes ambientes”.
87 2011
Identidade

e :
57

t
dos seres 2º ano EM

a n
2012

u d
vivos

ao est
85

Indique
53
55 2013
56 s sis-
a u la s sobre o
e
a série d tudo da
47
75
2014
p o n ib iliza um n t o p ara o es
b d is lem e imal.
r m a G eekie La a s c o m o comp e a n a t omia an
A platafo ser utiliz
ad fisiologia
s q u e podem
26 tema
Nos itens relacionados à Botânica, em especial, aos Hereditariedade e diversidade da vida Tabela 9. Distribuição dos itens sobre Heredita-
ligados à anatomia vegetal, verifica-se que eles se Essa temática aborda, principalmente, os conteú- riedade e diversidade da vida nos anos de 2010 a
remetem a estudos sobre a evolução e adaptação dos referentes à Genética que se encontram, so- 2014, correlacionando o ENEM com o material di-
desses seres vivos ao meio, pois tratam de modifi- bretudo, no material do 3º ano do SESI-SP (Tabela dático do SESI-SP.
cações anatômicas relevantes para o processo de 9.). Eles diferem um pouco dos abordados no 1º
seleção natural pelo qual passaram. O material didá- ano, pois se referem mais aos aspectos relaciona- Material Ano de
Temática Itens do
tico do SESI-SP prima pelo estudo comparativo dos dos à herança do que de decodificação do mate- Didático aplicação
ENEM
diversos sistemas e procura, sempre que possível, SESI-SP do item
rial genético e biotecnologia. Os assuntos incluem
proporcionar ao estudante uma compreensão sobre também os mecanismos de ação de antígenos e a 46
2010
como os processos evolutivos, as adaptações ana- produção de anticorpos, bem como os de identi- 86
tômicas e a fisiologia dos seres vivos se relacionam. ficação de grupos sanguíneos (aglutinação). Além 53
2011
disso, são trabalhados os conteúdos sobre diver- Hereditariedade 69
O item 57 do ENEM de 2012 se mostra bem interes-
sidade biológica e como os tipos de reprodução e diversidade 3º ano EM 50
sante, sob esse aspecto, pois solicita que o estudante 2013
podem ser fundamentais para o aumento da varia- da vida 60
relacione um determinado bioma, no caso o cerrado
bilidade das espécies. 74
brasileiro, com estruturas adaptativas de plantas que
79 2014
sejam apropriadas para a sobrevivência nesse local. Grande parte dos estudos de Genética, no 3º ano,
85
Nesse caso, era necessário conhecer bem as carac- em geral, se concentra no tipo de herança, contudo,
terísticas do ecossistema em questão e as possíveis o ENEM raramente exige esse conhecimento. Nos
adaptações que proporcionassem alguma vantagem últimos cinco anos, pouco foi exigido sobre o as- O conteúdo que predomina dentro dessa temá-
para a manutenção dos vegetais da região. sunto. Observou-se isso, pois apenas o item 74 do tica refere-se à ação dos antígenos e à produção
exame de 2014 mencionou esse conteúdo, ao apre- de anticorpos (Tabela 10). Nesse caso, os conheci-
sentar um heredograma que os estudantes deve- mentos transitam também pelos padrões de aglu-
riam analisar e determinar qual o padrão de herança tinação do sangue e, portanto, da tipagem san-
A plataforma Geekie Lab disponibiliza apresentado. Esse é um item bem conceitual e que guínea, em especial, do tipo ABO. Situação essa
um plano de estudo com aulas sobre não deixa muita margem para as discussões, dife- apresentada no item 79 do exame de 2014, que
morfologia e anatomia vegetal que rente do que se espera que caracterizem o exame. apresenta uma tabela em que o estudante preci-
sa identificar os tipos sanguíneos, a partir de uma
contempla diversos assuntos, com uma
análise dos resultados da reação do sangue com
vertente voltada para os processos
determinado tipo de soro. Esse item é bem tradi-
evolutivos de plantas. Além desse biomas brasileiros no material didático do cional e específico acerca de conhecimentos so-
material, você pode trabalhar um 1º ano do ensino médio. É possível também bre o conteúdo em questão.
pouco mais sobre as características do complementar esse estudo com o material da Sobre a produção de vacinas, destaca-se o item
cerrado brasileiro em conjunto com o revista Ciência Hoje, disponível em:<http:// 50 do ENEM de 2013, em que o enunciado traz um
componente curricular Geografia, que cienciahoje.uol.com.br/noticias/2009/11/a- pequeno histórico sobre o experimento do médi-
apresenta as características físicas dos historia-do-cerrado> (acesso em: 27 nov. 2015). co Edward Jenner e a utilização de pus de vacas

27
Indique
contaminadas com o vírus da varíola bovina em Origem e evolução da vida
seres humanos. A partir dessa e outras informa-
Essa é a temática menos frequente dentre os itens

ao estudante:
ções, o estudante deveria identificar como essa
de Biologia nos últimos cinco anos do ENEM. Não
metodologia é utilizada até hoje.
é um assunto muito explorado e, no material di-
É possível trabalhar, além do contexto histórico, dático do SESI-SP, ele é abordado, preferencial-
os diversos mecanismos relacionados à imunida- mente, no 3º ano do ensino médio (Tabela 11). Isso
ocorre, pois a compreensão das teorias evolutivas Esses e outr
de, tais como as células que atuam nesse proces- os assuntos
podem ser
so e promover discussões sobre as dificuldades e de origem da vida depende de uma série de pré- encontrado
s nas aulas
-requisitos, tais como mutações ao acaso, fotos- disponíveis
de produção de determinadas vacinas, como o na plataform
a Geekie La
caso das doenças causadas por vírus (em função síntese, respiração, adaptações, entre outros. b sobre o
tema Soros
e vacinas. A
da alta capacidade de mutação, por exemplo). É lém disso, é
Tabela 11. Distribuição dos itens sobre Origem e evo- possível en
interessante dar um destaque especial ao vírus contrar mu
itas informa
lução da vida nos anos de 2010 a 2014, correlacio- interessante ções
HIV (causador da AIDS), em função de suas célu- s sobre ess
nando o ENEM com o material didático do SESI-SP. e conteúdo
las-alvo serem os linfócitos, células responsáveis site do Inst no
ituto Butan
tan, dispon
pela produção de anticorpos. em: <http:/ ív el
/www.buta
ntan.gov.br/
Material Didático Itens do Ano de producao/P
Tabela 10. Distribuição dos itens sobre Heredita- Temática aginas/defa
SESI-SP ENEM aplicação ult.aspx>
(acesso em
riedade e diversidade da vida nos anos de 2010 a do item : 27 nov. 20
15).
2014, no ENEM. 64 2010
A Fundação
Origem e 76 2011 Oswaldo Cru
disponibiliza z também
evolução 3º ano EM 75 o seguinte
Material Itens Ano de 2012 material
da vida 81 que pode a
Tema Didático do aplicação uxiliar e ilust
SESI-SP ENEM do item
rar as aulas:
53 2014 <http://port
al.fiocruz.b
r/pt-br/
46 content/v%
2010 C3%ADdeo
86 O conteúdo a ser destacado, nessa temática, fica
-oswaldo-
cruz-na-am
az%C3%B4
Antígenos e 53 para as teorias evolutivas (Tabela 12). Os itens nia-revolta
2011 vacina> (ac -da-
anticorpos 69
analisados solicitam ao estudante o conhecimen- esso em: 30
nov. 2015).
50 2013 to do termo evolução e sua definição (2014); a E um infográ
Hereditariedade 85 2014 fico dinâmic
compreensão do processo de seleção natural o para
e diversidade ilustrar as d
Diversidade (2011) e o entendimento das diferenças existen- iferenças en
da vida
60 2013 tre soros e
biológica tes entre as teorias vigentes – lamarckismo, da- vacinas pod
e ser obtido
em: <http:/
Grupos rwinismo e neodarwinismo (2010). www.educa /
79 2014 dores.diaad
sanguíneos ia.pr.gov.br/
arquivos/Fil
e/setembro
Herança 2011/biolog
genética
74 2014 simuladores/ ia_
6soro_vacin
as.swf>
(acesso em
: 30 de nov
. 2015).

28
Para esse estudo, apresente diversos aspectos Tabela 12. Distribuição dos itens sobre Origem e Sobre as temáticas, da maneira como estão pro-
anatômicos e fisiológicos de diferentes seres vivos evolução da vida nos anos de 2010 a 2014, no ENEM. postas nesse documento, bem como as indicações
(animais, plantas, bactérias, entre outros), indique de ampliação e materiais, lembramos que elas
características importantes deles e solicite que os constituem apenas uma sugestão para o trabalho
estudantes encontrem possíveis explicações para Material Ano de com os itens do ENEM. A concepção de educação
Itens do
Temática Didático aplicação
que os seres apresentados tenham determinadas ENEM e os procedimentos metodológicos adotados pelo
SESI-SP do item
“vantagens” em relação a outros. Sistema SESI-SP de Ensino nos remetem a uma
64 2010 aprendizagem significativa em que a percepção
Cabe lembrar que, ainda que as teorias evoluti- do professor em relação ao desenvolvimento do
vas estejam primordialmente no 3º ano, durante estudante é fundamental. Portanto, caberá a cada
Teorias 76 2011
o estudo comparado dos seres vivos (que consta evolutivas um, enquanto mediadores do processo de ensino
no material didático do 2º ano) é possível veri- e aprendizagem, verificar as necessidades de seus
ficar que se procura abordar diversos aspectos Origem e 53 2014
alunos e indicar os melhores caminhos para supe-
relacionados o processo de seleção natural. Ob- evolução
da vida ração das dificuldades individuais.
serva-se esse aspecto, especialmente no que diz
Origem da vida 75 2012
respeito às diversas adaptações dos seres vivos
em relação ao seu habitat.

Extinções 81 2012
aterial
mplementar o m
Será possível co
s disponíveis na
Professor, ao trabalhar com as diversas utilizando as aula
eias
Uma análise geral dos itens do ENEM, dos últi- ie Lab sobre as Id
teorias evolutivas, procure resgatar al- plataforma Geek
mos cinco anos, nos mostra uma tendência por ck.
Darwin e Lamar
guns conhecimentos relativos às adap- temas contextualizados, mais atuais, amplos e evolucionistas de
ibilizado
o material dispon
tações dos seres vivos. Utilize exemplos que apresentam, em muitos casos, uma propos- Também utilize
P,
Biociências da US
que tenham sido discutidos nos anos ta interdisciplinar. Essas são características muito pelo Instituto de
.br/
importantes para que o professor compreenda ttp://www.ib.usp
anteriores como os casos observados disponível em: <h
em 30
e.html> (acesso
como o exame é constituído e como é possível
na anatomia e fisiologia vegetal (espi- utilizar os diversos recursos disponibilizados pelo evosite/evohom
nhos, cutícula, modificações foliares, SESI-SP para ampliar a visão do estudante sobre de nov. 2015).
transpiração, entre outros). Procure fa- o conhecimento biológico. Isso evidencia que ele
não é estanque, ainda que o tenhamos classifica-
zer o mesmo com conteúdos trabalha-
do em temáticas, elas apenas nortearão nossos
dos nos demais grupos de seres vivos. trabalhos e discussões.

29
Na prática
Item ENEM
(Item 57 - ENEM 2010)
O despejo de dejetos de esgotos domésticos e industriais vem cau-
sando sérios problemas aos rios brasileiros. Esses poluentes são ri-
cos em substâncias que contribuem para a eutrofização de ecos-
sistemas, que é um enriquecimento da água por nutrientes, o que
provoca um grande crescimento bacteriano e, por fim, pode promo-
ver escassez de oxigênio.

Uma maneira de evitar a diminuição da concentração de oxigênio


no ambiente é:

A Aquecer as águas dos rios para aumentar a velocidade de


decomposição dos dejetos.

B Retirar do esgoto os materiais ricos em nutrientes para


diminuir a sua concentração nos rios.

C Adicionar bactérias anaeróbicas às águas dos rios para que


elas sobrevivam mesmo sem o oxigênio.

D Substituir produtos não degradáveis por biodegradáveis


para que as bactérias possam utilizar os nutrientes.

E Aumentar a solubilidade dos dejetos no esgoto para que


os nutrientes fiquem mais acessíveis às bactérias.
Foto: Douglas Luccena

30
Expectativa de Ensino e Comentário
Aprendizagem SESI-SP O item em questão trata do processo de eutrofi-
• Identificar e analisar as consequências da interfe- zação e, para que o estudante o compreenda, é
rência humana na dinâmica do meio ambiente. necessário que ele tenha conhecimentos sobre a
composição dos poluentes gerados pelos esgotos
• Debater e divulgar medidas que podem ser to- domésticos e sobre o ciclo do nitrogênio. Isso, por-
madas para reduzir a poluição ambiental. que, em geral, os dejetos provenientes dos esgotos
são ricos em compostos nitrogenados e fosforados
que, por sua vez, são um ótimo substrato para o
desenvolvimento de bactérias. Assim, é interessan-
te que, ao trabalhar esse item, se realize um levan-
Unidade e tema do livro tamento de conhecimentos prévios dos estudantes
didático do SESI-SP sobre os assuntos citados. É importante trabalhar
com os estudantes os efeitos do crescimento exa-
1º ano EM
cerbado de bactérias ou outros seres na superfície
Unidade 3 – Ciências da Natureza
da água e a escassez de oxigênio (provocada pela
criação de uma “barreira” entre o ar e a água).

A partir desses conhecimentos, o estudante deve


analisar qual a melhor maneira de evitar que esse
tipo de fenômeno ocorra. Como complemento ao
item, solicite que eles apontem, pelo menos, mais
uma medida de prevenção possível para a situa-
ção indicada.

31
Item ENEM Expectativa de Ensino e Comentário
(Item 85 - ENEM 2012) Aprendizagem SESI-SP O item propõe que se estabeleçam relações en-
A imagem representa o processo de evolução Reconhecer as características e as especificida- tre a anatomia de diversos grupos de plantas
das plantas e algumas de suas estruturas. Para o des das funções vitais dos seres vivos, conside- com as adaptações para seu sucesso evolutivo,
sucesso desse processo, a partir de um ancestral rando a adaptação desses organismos aos dife- bem como exige conhecimentos sobre reprodu-
simples, os diferentes grupos vegetais desenvol- ção e diversidade genética. Ele é interessante
rentes ambientes.
veram estruturas adaptativas que lhes permiti- sob diversos aspectos, o primeiro deles consis-
ram sobreviver em diferentes ambientes.
te na interpretação da imagem, que se trata de
um cladograma simples que retrata um pouco da
evolução dos grupos vegetais.
Unidade e tema do livro
didático do SESI-SP Para sua intepretação, o estudante precisa, mini-
mamente, conhecer cada um deles. Em seguida,
2º ano EM
é necessário que haja a identificação de uma ca-
Unidade 5 – Funções vitais
racterística essencial para o aumento da variabi-
lidade genética de uma espécie, que no caso é a
reprodução sexuada, que, por sua vez, requer a
formação de células sexuais especializadas.

No caso dos vegetais, o grão de pólen promove


o aumento da variabilidade genética, não ape-
nas por ser uma estrutura reprodutiva, que con-
Qual das estruturas adaptativas apresentadas con- tém as células sexuais, mas também por seus di-
tribuiu para uma maior diversidade genética? versos mecanismos de dispersão, possibilitando
que ele alcance grandes distâncias. É possível
A As sementes aladas, que favorecem a dis- ampliar esse item apresentando os diversos ta-
persão aérea. manhos e formatos de um grão de pólen, bem
B Os arquegônios, que protegem o embrião como suas especificidades.
multicelular.
C Os grãos de pólen, que garantem a polini-
zação cruzada.
D Os frutos, que promovem uma maior eficiên-
cia reprodutiva.
E Os vasos condutores, que possibilitam o
transporte da seiva bruta.

32
Item ENEM Expectativa de Ensino e Comentário
(Item 70 - ENEM 2013) Aprendizagem SESI-SP
Nesse item, o estudante deve fazer a comparação
Cinco casais alegavam serem os pais de um bebê. Reconhecer a importância dos testes de DNA nos entre as bandas do DNA de uma criança e a de
A confirmação da paternidade foi obtida pelo casos de determinação da paternidade, investiga- diversos casais. O vídeo sugerido na atividade 7
exame de DNA. O resultado do teste está esque- ção criminal, identificação de indivíduos e acon- do material didático de Biologia (3º ano – Unidade
matizado na figura, em que cada casal apresenta selhamento genético. 5) apresenta um rápido esquema de como se faz
um padrão com duas bandas de DNA (faixas, uma a análise de DNA. O texto que segue a atividade
para o suposto pai e duas para a suposta mãe), também se refere à identificação de paternidade.
comparadas a do bebê.
Ainda que analisar as bandas seja algo extrema-
Unidade e tema do livro mente simples, a produção desse padrão não o
didático do SESI-SP é. Cabe então proporcionar ao estudante os co-
3º ano EM nhecimentos de como o processo de eletrofore-
Unidade 5 - Genômica se ocorre. Lembre-os de que esse tipo de exame
é o mesmo para detecção de criminosos, mas
não é utilizado para outros fins, como a análise
diagnóstica de doenças.

Que casal pode ser considerado como pais bioló-


gicos do bebê?

A 1
B 2
C 3
D 4
E 5

33
Foto: Douglas Luccena

34
Primeiro olhar
A Física, como parte da área das Ciências da Na- Um olhar para a Física como é vista no ENEM não As habilidades 1 e 2 referem-se à interpretação de
tureza, ocupa espaço baseada em discussões con- pode ser minimizada apenas à análise de itens, é experimentos e fenômenos naturais ou sociais, para
necessária a compreensão de como a dinâmica de o que se espera o reconhecimento de variáveis re-
ceituais que procuram aproximar os estudantes e
levantes, a determinação de seus valores, intervalos
seu cotidiano do conhecimento científico formal. aula é pensada na fundamentação teórico-metodo-
e taxas de variação [...] As habilidades 7, 8, 9 e 17
Para atingir estes objetivos, a construção dos itens lógica que norteia o exame. Para ampliar esta visão tratam da utilização dos recursos naturais, de caráter
do ENEM visa criar situações problemas que sur- é possível uma reflexão sobre o trecho que segue. material, como a água e os muitos minérios, ou de ca-
preendam e criem questionamentos aos estudan- ráter especificamente energético [...] O conhecimen-
[...] O professor, além do compromisso de ensinar to do princípio da conservação de energia é mais do
tes, como é discutido no trecho que segue: fatos e conceitos, deve saber manter a disciplina na que um aprendizado específico da Física4 [...]
sala de aula, envolver os alunos e conseguir que se-
Em síntese, exercício é o repetir, como meio para ou- jam cooperativos e façam tarefas. Ora, uma coisa é a
Estes exemplos possibilitam observar que os itens
tra finalidade: por exemplo, caminhar para promover competência do professor para expor um tema, outra
um trabalho cardiovascular. Problema é o que sur- é sua habilidade ou competência para conquistar o
do ENEM sobre Física deixam de ser um apanhado
preende nesse exercício, é o novo, o que supõe in- interesse das crianças e envolve-las nas propostas de de contas sem objetivo. Passando a ser uma dis-
venção, criatividade, astúcia. É certo, também, que, sala de aula. Por isso, esse conteúdo – gestão de sala cussão contextualizada sobre os eventos físicos do
dependendo da forma como é proposto, o exercício de aula – é hoje considerado tão importante3. cotidiano do estudante ou que representam signi-
pode configurar um problema (MACEDO, 2005 p. 15).
ficância para ele, o que vai ao encontro dos objeti-
Neste trecho, duas características que aparecem
vos pensados nos PCNs para o estudo da Física na
A discussão levantada por Lino de Macedo indica nos itens de Física podem ser observadas: a pri-
educação básica.
o que é percebido: a visão mais ampla exigida pelo meira é que o ENEM caracteriza o resultado de um
ENEM para os componentes aparece de maneira processo como um todo, o que complementa a dis- Esta reflexão aparece na análise das temáticas,
intensa nas questões de Física. Isso é diferente do cussão anterior, e a segunda é que o enfoque não na qual muitos conteúdos trabalhados de forma
que ocorre em outros exames voltados a estudan- pode fugir de questões ligadas ao interesse do alu- massiva no ensino médio, como a Cinemática, não
tes que buscam acesso ao ensino superior, pois no. Dessa forma, é incoerente esperar um ensino possuem o mesmo espaço que outros de mais fácil
esses se baseiam quase que exclusivamente em contextualizado e atual criando problemas desco- contextualização como ondulatório e fenômenos
exercícios de fixação. nectados da realidade dos estudantes. O conjunto térmicos. Deixando claro que o objetivo é trazer o
destes fatores reflete nas habilidades observadas exame para próximo do estudante.
nos itens de Física. Pode ser destacada como ca-
racterísticas em Menezes, na qual descreve:

3
MACEDO, Lino de. Competências e habilidades: elementos para uma reflexão pedagógica. In: Idem, p. 76.
4

Exame Nacional do Ensino Médio (Enem): fundamentação teórico-metodológica. Instituto Na-


cional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira. – Brasília: O Instituto, 2005 (p. 15).

35
As temáticas
Ao analisar a matriz de referência do ENEM de Físi- sam de uma visão clara de dois dos aspectos tra- com cargas elétricas. Este tema abrange aspectos
ca estão identificadas sete temáticas que possuem tados neste tema, que são as unidades de medida teóricos como campos elétricos e magnéticos, re-
seus conteúdos específicos estudados ao longo para identificação das grandezas e a definição de presentação e cálculo de circuitos elétricos simples
dos três anos do ensino médio. Desta maneira, os grandezas vetoriais e escalares. e a simbologia adotada para identificação dos fe-
temas abordados são: nômenos, mas, além destes temas, também aborda
O tema o movimento, o equilíbrio e a descoberta
aspectos próximos do estudante como potência e
• Conhecimentos básicos e fundamentais; de leis físicas, trata a mecânica clássica, direcionan-
consumo de energia em aparelhos elétricos.
• O movimento, o equilíbrio e a descoberta de do o estudo de energia que possui um tema específi-
leis físicas; co. Este tema é um dos mais amplos, porque os con- O tema oscilações, ondas, óptica e radiação trata
• Energia, trabalho e potência; teúdos abordados são diversos. Tradicionalmente, de fenômenos ondulatórios nos quais tradicional-
estes assuntos são estudados como: Cinemática, Di- mente está descrito o funcionamento de instru-
• A Mecânica e o funcionamento do Universo
nâmica, Estática e Hidrostática. Para o ENEM, estas mentos ópticos e do olho humano. Este tema tam-
• Fenômenos Elétricos e Magnéticos;
nomenclaturas são pouco observadas e existe uma bém trata de ondas mecânicas como o som e de
• Oscilações, ondas, óptica e radiação;
maior abertura para a análise epistemológica da Físi- espectros de ondas eletromagnéticas diferentes da
• O calor e os fenômenos térmicos.
ca. Entre os conteúdos que expressam este cuidado, luz visível. Como destaque de aproximação com os
podem ser mencionados dois: relação histórica entre estudantes, temos o estudo de sistemas sensórias
Nesse sentido, antes da análise e discussão dos
força e movimento e a hidrostática: aspectos históri- humanos: audição e visão.
itens faz-se necessária uma leitura das temáticas
cos e variáveis relevantes.
definidas pelo ENEM. Partindo desta caracteriza- O tema o calor e os fenômenos térmicos abor-
ção, é preciso observar qual a relação que pode ser O tema energia, trabalho e potência observa ou- da conteúdos que estudam as consequências que
estabelecida com o material didático de SESI-SP. tro aspecto da Mecânica com enfoque nas rela- a alteração de temperatura cria nos materiais, além
ções energéticas dos sistemas, observando os as- dos fluxos energéticos e formas através das quais
Como dito no primeiro olhar, o estudo da Física
pectos que aproximam a conceituação de trabalho podem ocorrer estas trocas. O conjunto destes co-
proposto visa aproximar este aprendizado do coti-
e a explicação de sistemas que envolvem forças nhecimentos permite o entendimento dos proces-
diano de estudantes tornando-o mais significativo
conservativas e dissipativas. sos empregados para produção de energia em ter-
e atrativo. Por isso, as temáticas abordadas terão
melétricas e de fenômenos associados ao cotidiano
esta perspectiva. O tema a mecânica e o funcionamento do Uni-
dos estudantes.
verso também completa o estudo de movimen-
O tema conhecimentos básicos e fundamen-
to através da epistemologia sobre a origem do A análise dos temas possibilitou a identificação de
tais trata aspectos essenciais para fundamenta-
Universo e sua evolução em conjunto com o es- alguns problemas relacionados ao estudo da Física
ção teórica dos fenômenos físicos e, desta ma-
tudo das leis que regem o movimento e as inte- Moderna, pois conceitos como decaimento eletrô-
neira, está associado a questões de mensuração
rações gravitacionais. nico, isótopos e mesmo relatividade não apresen-
de grandezas e tratamentos matemáticos. Estes
tam uma identificação fácil nas matrizes do ENEM.
conhecimentos são importantes, pois análises di- O tema fenômenos elétricos e magnéticos trata
mensionais e conceituação de fenômenos preci- de fenômenos e relações decorrente das interações

36
e
Indiqutu d a n te: • O calor e os fenômenos térmicos tismo e uma pequena parte de Física Moderna.

ao es
• Oscilações, ondas, óptica e radiação Esta distorção com relação ao terceiro ano está
c. terceiro ano: presente tanto no material didático quanto nas
• Fenômenos Elétricos e Magnéticos matrizes do Enem.
lunos o
n d e a o s seus a Como mencionado no parágrafo anterior, esta Como comentado previamente, a análise desta
Recome o da
u b e Minut maior concentração de temas no primeiro ano do distribuição de temas pode criar a falsa impres-
oY o u t ttps://
Canal d e l n o link: <h ensino médio ocorre especialmente pela forma são de que os conteúdos de primeiro ano serão
isponív l/
Física, d channe como a Mecânica foi desmembrada, o que não a maioria nas avaliações, mas a leitura das avalia-
t u b e.com/ >. Este
www.y o u
u s C 5 e xt1h gim ocorreu com os temas associados a calor e ondas ções entre os anos de 2010 e 2015 apresenta um
cHrQwb
o
UC1lUE las com
al de au
que estão no material do segundo ano. O tercei- quadro um pouco diferente como podemos verifi-
m c a n
ão é u ísica, ele ro ano não é completado por mais de um tema, car na figura 1.
canal n c a n ais de F
ia d o s trados devido ao fato de que o material de terceiro ano
a maior d e v íd eos ilus
ituído odem
trata em quase sua totalidade de eletromagne-
é const t id o s que p
div e r u em
curtos e id a s b ásicas o
em dúv am.
auxiliar s a lu n os tenh
eo Figura 1: Número de itens de Física por ano escolar no período entre 2010 e 2014
ades qu
curiosid 16

14 2 2

Com esta caracterização dos temas, é possível


5
estabelecer as primeiras relações entre o material 12
3
didático do SESI-SP e os temas abordados pelo 4
ENEM. Como podemos perceber, existe uma gran- 10
Quantidade de itens

de concentração de temas associados ao primeiro


4
ano do ensino médio, apesar de estas concentra- 9 Terceiro ano
8
ções não ser convertida em um maior número de 5 5 Segundo ano
itens nas avaliações. Primeiro ano
6
Temas relacionados com o material didático de
a. primeiro ano: 9
• Conhecimentos básicos e fundamentais 4
7
• O movimento, o equilíbrio e a descoberta de
5 5
leis físicas 2 4
• Energia, trabalho e potência
• A Mecânica e o funcionamento do Universo 0 0
b. segundo ano: 2010 2011 2012 2013 2014

37
A figura 1 permite duas grandes leituras do cená- A segunda leitura, que observa a distribuição de uma visão da adequação do material didático com
rio. A primeira leitura é a evolução da proporção itens, possuiu uma enorme distorção no ano de os itens presentes nas edições de 2010 a 2014.
da prova de Física dentro da área de Ciências da 2010, no qual os conteúdos e temáticas associa-
Natureza, e a segunda é a proporção de ques- das ao primeiro ano não foram contemplados. Os Ao longo dos cinco anos, três temas apresenta-
tões por ano. anos de 2012 e 2014 também apresentam uma dis- ram apenas um item: a Mecânica e o funciona-
torção uma vez que, em ambos os anos, os itens mento do Universo apresentou um item em 2012;
A primeira leitura é que, ao longo dos anos anali- contemplaram apenas duas questões de conteúdo já temas conhecimentos básicos e fundamentais
sados, o número de questões de Física variou pou- associado ao terceiro ano do ensino médio. e energia trabalho e potência não apresentaram
co. Os anos de 2010 e 2011 foram os únicos anos nenhum item. Desta maneira, é possível identificar
nos quais a prova de Física não teve um terço das Para uma melhor compreensão sobre a relação dos que ocorreu uma concentração das questões de
questões da área (15 questões). Esses anos apre- itens observados no ENEM com o material didáti- primeiro ano no tema o movimento, o equilíbrio e
sentaram respectivamente 11 e 13 itens o que aca- co do SESI-SP, é interessante a leitura dos temas a descoberta de leis físicas, como é possível ob-
bou estabelecendo nestes anos uma pequena dis- e conteúdos presentes nas edições, o que permite servar na figura 2.
torção dentro da área.

Figura 2: Itens de Física por tema associados ao primeiro ano


Para não tornar o estudo para o 10

ENEM mais uma tarefa chata, uma


9
forma que pode agradar ao aluno é 1
estudar os temas deslocados do ano 8
letivo ao qual está associado por meio
7
de desafios. Assim, é possível propor
A Mecânica e o funcionamento do
Quantidade de Itens

aos alunos de primeiro ano que pes- 6 Universo


quisem e expliquem o funcionamento Energia, trabalho e potência
da telefonia celular e que montem um 5
O movimento, o equilíbrio e a
sistema de comunicação, por exem- descoberta de leis físicas
4 8
plo, telefones de lata. Desta forma, Conhecimentos básicos e fundamentais
serão trabalhadas 3
ondas mecânicas e 5 5
2 4
eletromagnéticas sem
que exista a impressão 1
de ser uma revisão.
0
2010 2011 2012 2013 2014

38
Os itens sobre Mecânica Clássica do tema o mo- Lei da conservação
A observação da distribuição dos itens permite
vimento, o equilíbrio e a descoberta de leis físicas da quantidade de identificar que apenas dois itens possuem repeti-
abordaram nove dos conteúdos propostos pela movimento (mo- 64 2014 ção nos últimos dois anos, sendo que, em 2014, ne-
mento linear) e teo-
matriz do ENEM como pode ser observado na ta- nhum dos conteúdos teve mais que um único item,
rema do impulso
bela 1. É do primeiro ano, não? Acreditamos que o que faz sentido levando em conta que para o
Leis de Newton 55 2012
primeiro ano o número de itens listados é grande.
pode aparecer na tabela, como o modelo.
Momento de uma
46 2014
força (torque) Dos conteúdos avaliados no período, merece
Tabela 1. Relação de itens por tema/conteúdo Princípios de Pas- 73 destaque a hidrostática que corresponde a apro-
cal, Arquimedes 2011 ximadamente 30% dos itens avaliados na área de
(primeiro ano do material didático) 78
e Stevin: condi-
Mecânica Clássica criando a necessidade de mais
ções de flutuação, 77 2012
relação entre atenção em seu estudo.
Conteúdo Itens Ano de
Tema do Aplicação diferença de nível
explorado Enem do item e pressão hidros- 61 2013
tática
A hidrostática: 67 2012 A Mecânica
aspectos histó- e o funcio- Movimento de
57 2013 74 2012
ricos e variáveis namento do corpos celestes
Universo tes. Com esta proposta, para os alunos
relevantes
55 2014
de segundo e terceiro ano você conse-
Casos especiais 46
2011
guirá ampliar tantos os conceitos espe-
de movimento e
86 cíficos de Física como habilidades de
suas regularidades
observáveis 50 2012 pesquisa e produção textual. Para auxi-
O movi-
mento, o Força de atrito, 78 2012 Diálogo com o professor: Para auxiliar no liá-lo, você pode trabalhar com os pro-
equilíbrio força peso, força
normal de contato
76 estudo dos alunos você pode criar uma fei- fessores de química e matemática para
e a desco- 2013
berta de leis e tração 87 ra de ciências baseada nos temas conheci- discutir os aspectos teóricos da evolu-
físicas
77 2011 mentos básicos e fundamentais e no tema ção, de biologia para discutir os meca-
Grandezas fun-
damentais da 45 a mecânica e o funcionamento do Univer- nismos da criação e evolução da vida e
mecânica: tempo,
espaço, velocidade 60 2012 so. Estes temas são pouco abordados, mas de sociologia para discutir o papel do
e aceleração permitem trabalhar os fundamentos para o
72 ser humano no Universo.
Identificação das 66 2013 entendimento de ondas eletromagnéticas e
forças que atuam
correntes elétrica, temáticas muito presen-
nos movimentos 82 2014
circulares

39
Os próximos temas que serão analisados são: osci- A leitura da tabela 3 deixa claro que as temáti-
lações, ondas, óptica e radiação; o calor e os fenô- cas do segundo ano estão presentes em todas
menos térmicos. Estes temas são temas associados as avaliações Na figura 4, a distribuição de itens
ao segundo ano do ensino médio e sua ocorrência por conteúdo passa pelos temas oscilações, on-
pode ser vista na figura 3 que indica a incidência de das óptica e radiação. Pela análise do gráfico, é
itens por ano.
possível uma leitura mais detalhada de como o
tema é abordado no exame.

Figura 3: Itens de Física por tema associados ao segundo ano do ensino médio
10

8 2

Quantidade de itens
6

5 O calor e os fenômenos térmicos


5 1 Oscilações, ondas, óptica e radiação
4 2
1 7
3

2 4
3 3
1 2

0
2010 2011 2012 2013 2014

40
Através da figura 4 é possível observar que não exis- de propagação que possui um único item apenas em Tabela 2. Relação de itens por tema/conteúdo
te a predominância de um tema sobre os demais, ten- 2011. Para uma melhor leitura, a tabela 2 permite ob- (segundo ano do material didático)
do como exceção o tema ondas em diferentes meios servar a relação anual de itens por conteúdo.
Itens Ano de
Conteúdo
Tema do aplicação
explorado
ENEM do item
Figura 4: itens de Física por conteúdo dentro do tema “oscilações, ondas óptica e 63
2011
radiação” 84
8 Fenômenos 84 2012
ondulatórios 50
7 84 2014
90

6 2 Ondas em
Reflexão e refração diferentes
74 2011
meios de
Quantidade de Itens

5 propagação
Propagação: relação entre velocidade,
frequência e comprimento de onda 88 2012
4 2 Período, frequência e ciclos Oscilações, 52
Período,
1 ondas, 2013
frequência e 82
3 Ondas em diferentes meios de óptica e
ciclos 76
propagação radiação 2014
1 1 1 87
Fenômenos ondulatórios
2
Propagação: 67 2011
1 3 relação entre
velocidade,
1 2 2 2
frequência e
1 comprimento 65 2013
de onda
0
2010 2011 2012 2013 2014 47
2010
84
Reflexão e
64 2012
refração
67
2014
68

41
A figura 5 permite a visualização mais direta dos tema. O terceiro tema analisado, também é um A leitura das informações obtidas nesse gráfico
três conteúdos mais presentes nos itens dos anos tema presente no segundo ano do ensino médio é: permite constatar que o tema faz parte de ma-
observados, com destaque para fenômenos ondu- o calor e fenômenos térmicos, que estão organiza- neira constante dos Exames com pelo menos um
latórios que possui três itens no exame de 2014, dos na figura 5. item em cada ano, sendo que não existe um pre-
sendo o conteúdo mais presente nas questões do domínio de um conteúdo para a escolha dos itens
já que nenhum dos conteúdos teve itens por mais
de dois anos seguidos. A tabela 3 que segue, per-
mite a identificar a distribuição dos itens ao lon-
Figura 5. Itens por conteúdo do segundo ano
go dos anos analisados.
6

Tabela 3. Relação de itens por tema/conteúdo (se-


gundo ano do material didático)
5

1
Itens Ano de
Conteúdo
4 Tema do aplicação
explorado
ENEM do item
1 Transferência de calor e equilíbrio térmico
Aplicações e 58 2010
Mudança de estado físico e calor latente de transformação fenômenos
3 Máquinas Térmicas térmicos de uso 59 2010
Conceitos de calor e temperatura cotidiano
Capacidade Calorífica e calor específico
52 2010
Aplicações e fenômenos térmicos de uso cotidiano Capacidade
2 Calorífica e calor 48 2013
específico
62 2014
3 1 1
O calor Conceitos de calor
50 2010
1 e os e temperatura
fenômenos 66 2011
1 1 1 1 térmicos Máquinas Térmicas
83 2012
0 Mudanças de
2010 2011 2012 2013 2014
estado físico e
66 2014
calor latente de
transformação

Transferência de
calor e equilíbrio 89 2013
térmico

42
O quarto tema que será analisado será Fenôme- A leitura da figura 6 demonstra que o tema Fenô-
nos Elétricos e Magnéticos, tabela 9, que é um
tema estudado por estudantes de terceiro ano
menos Elétricos e Magnéticos é pouco explorado
nas avaliações do ENEM, tendo em mais de uma Indique
do ensino médio. edição apenas dois itens. Isso cria a necessidade
ao estud
de um acompanhamento mais próximo e a obser-
vação de qual é a melhor solução para o ensino do ante:
terceiro ano do ensino médio.

Indique a
o seu alu
no: A rev
fic Ameri ista Scien
can Brasil ti-
é uma bo
Figura 6: Itens de Física por conteúdo do terceiro ano os estuda
ntes amp
a dica para
cimentos liarem se
5 us conhe
de Física -
sua leitu d e u m a forma li
ra pode vre,
1 ser comp
com a rev lementad
ista Guia a
do Estud
4 Vestibula ante Físic
r + ENEM a
que poss
Relações entre grandezas elétricas: direciona ui um tex
do ao pre to
1 tensão, corrente, potência e energia paro para
http://ww o exame.
Potência e consumo de energia em w2.uol.co
m.br/scia
Quantidade de Itens

3 2 dispositivos elétricos m/
Circuitos elétricos simples
1
Campo magnético
2 2
Campo elétrico e potencial elétrico
1 1 1 1
Blindagem
1

1 1 1 1 1

0
2010 2011 2012 2013 2014

43
Dos conteúdos estudados no terceiro ano do A tabela 4 torna mais visível a relação com os con- Com estas informações é possível traçar um
ensino médio, três merecem destaque: Campo teúdos mais clássicos de Fenômenos Elétricos e mapa dos conteúdos mais presentes nos exames
magnético; Circuitos elétricos simples e Potên- magnéticos, Circuitos elétricos simples e Campo dos últimos anos e com isto definir quais são as
cia e consumo de energia em dispositivos elétri- magnético, que juntos representam 50% do con- melhores opções para o seu estudo em sala de
cos. Os dois primeiros, devido a recorrência nos teúdo sobre o tema avaliado nos exames do perí- aula e desta forma auxiliar em estudos direcio-
anos de 2013 e 2014, já o terceiro devido a sua odo observado.
nados ao ENEM. Desejamos que esse material
proximidade maior ao cotidiano dos estudantes.
sirva como inspiração e auxílio para uma refle-
xão sobre a conexão entre o material didático
Tabela 4. Relação de itens por tema/conteúdo (terceiro ano do material didático) e o exame, que tem se tornado cada vez mais
relevante para acesso ao ensino superior.
Conteúdo
Tema Itens do ENEM Ano de Aplicação do Item
explorado
Blindagem 78 2010

Campo elétrico e potencial 79 2013


elétrico

56 2011

Campo magnético 85 2013

72 2014

70 2011

73 2012

Fenômenos Circuitos elétricos simples 72


Elétricos e 2013
Magnéticos
83

57 2014

68
2010
70
Potência e consumo de energia
em dispositivos elétricos
60 2011

61 2012

Relações entre grandezas 48 2010


elétricas: tensão, corrente,
potência e energia 75 2013

44
Na prática
Item ENEM Desprezando a existência de forças dissipativas, o Comentário
vetor aceleração tangencial do coelhinho, no ter-
(ENEM 2014 - Item 82) ceiro quadrinho, é A unidade Estudo dos Movimentos Circulares trata
Um professor utiliza essa história em quadri- de Movimento Circular Uniforme (MCU) e de Mo-
nhos para discutir com os estudantes o movi- A Nulo. vimento Circular Uniformemente Variado (MCUV).
mento de satélites. Nesse sentido, pede a eles B Paralelo à sua velocidade linear e no mesmo Uma das características que diferenciam os dois
que analisem o movimento do coelhinho, con- sentido. estudos é a ausência de aceleração tangencial no
siderando o módulo da velocidade constante.
C Paralelo à sua velocidade linear e no sentido MCU. O item escolhido que está sendo analisado
oposto. vai ao encontro desta identificação do movimento
D Perpendicular à sua velocidade linear e dirigi- circular. Apesar de o material didático contemplar
do para o centro da terra esta identificação, as atividades propostas são
E Perpendicular à sua velocidade linear e dirigi- quase que na totalidade voltadas para identifica-
do para fora da superfície da terra. ção de velocidades e esta distorção na distribui-
ção de atividades deve ser salientada.
Expectativa de Ensino e Para exemplificar uma das possibilidades de am-
Aprendizagem SESI-SP pliação da abordagem para o uso do material
• Caracterizar e comparar diferentes tipos de mo- didático pode ser a análise da questão 5 da uni-
vimentos circulares, enfatizando suas semelhanças dade citada. Esta questão, originalmente, pede o
e diferenças e estabelecendo as grandezas rele- cálculo das velocidades angulares e lineares de
vantes para seu estudo, incluindo os conceitos de um movimento e, uma maneira para ampliar a
período e frequência, associando a eles fenômenos discussão, seria incluir o cálculo das acelerações
naturais e cotidianos. centrípeta e tangencial, o que permite discutir a
inexistência da aceleração tangencial que deve
• Caracterizar grandezas escalares e vetoriais, ressaltan-
do as diferenças entre elas, apoiando-se em conceitos ser ressaltada na discussão.
vistos anteriormente, como velocidade, por exemplo.
O complemento fica com a análise da questão 11,
que permite manter as mesmas relações da ques-
tão 5, mas tendo como ponto de partida a leitura
Unidade e tema do e a identificação dos componentes que estabele-
livro didático cem os parâmetros das funções horárias do MCU.
1° ano EM
Unidade 2 – Estudo dos Movimentos Circulares

45
Item ENEM Em qual das situações a seguir está representa-
do o fenômeno descrito no texto?
(ENEM 2011 - Item 84) Unidade e tema do
Ao diminuir o tamanho de um orifício atraves- A Ao se esconder atrás de um muro, um meni- livro didático
sado por um feixe de luz, passa menos luz por no ouve a conversa de seus colegas. 2° ano EM
intervalo de tempo, e próximo da situação de B Ao gritar diante de um desfiladeiro, uma pes- Unidade 4 – Ondulatória
completo fechamento do orifício, verifica-se que
soa ouve a repetição do seu próprio grito.
a luz apresenta um comportamento como ilus-
C Ao encostar o ouvido no chão, um homem
trado nas figuras. Sabe-se que o som, dentro de
percebe o som de uma locomotiva antes de
suas particularidades, também pode se compor-
tar dessa forma. ouvi-lo pelo ar. Comentário
D Ao ouvir uma ambulância se aproximando,
Este item trata do conceito da difração, conteúdo
uma pessoa percebe o som mais agudo do
abordado na Unidade 4 do material didático de
que quando aquela se afasta.
segundo ano e não possui atividades associadas
E Ao emitir uma nota musical muito aguda,
para o seu estudo. Apesar da relevância do con-
uma cantora de ópera faz uma taça de cris-
teúdo, não existem exercícios sobre este tema no
tal se despedace.
material didático. Desta maneira, para possibilitar
aos estudantes um contato mais próximo com este
conceito é um caminho diferente e uma maneira de
Expectativa de Ensino e aprofundar o estudo ampliando a ação do material.
Aprendizagem SESI-SP É possível acessar a página <http://www.sofisica.
• Atribuir significado ao conceito de onda, reco- com.br/conteudos/Ondulatoria/Ondas/reflexao.
nhecendo seus diversos tipos. php>, onde há reflexões sobre essa temática.

• Reconhecer as características básicas das ondas:


comprimento de onda, amplitude, velocidade de
propagação, período e frequência, bem como suas
relações mútuas.

• Relacionar as propriedades de reflexão das on-


das a fenômenos sonoros cotidianos, como o eco
e a reverberação.

46
Item ENEM Considerando-se os chuveiros de modelos A e B,
funcionando à mesma potência de 4400 W, a ra-
(ENEM 2011 - Item 60) zão entre as suas respectivas resistências elétri-
Unidade e tema do
Em um manual de um chuveiro elétrico são encon- cas, RA e RB que justifica a diferença de dimensio- livro didático
tradas informações sobre algumas características namento dos disjuntores, é mais próxima de: 3° ano EM
técnicas, ilustradas no quadro, como a tensão de Unidade 3 – Eletrodinâmica I
alimentação, a potência dissipada, o dimensiona- A 0,3
mento do disjuntor ou fusível, e a área da seção B 0,6
transversal dos condutores utilizados. C 0,8
D 1,7 Comentário
E 3,0 O item analisado tem como conteúdo potência
elétrica de um equipamento utilizado no cotidiano,
chuveiro elétrico, que é um dos conteúdos mais
próximos dos estudantes na área de eletricidade
Expectativa de Ensino e e magnetismo. Para trabalhar este item, é possí-
Aprendizagem SESI-SP vel em um primeiro momento efetuar um paralelo
com a questão 16 da Unidade 3 do livro didático.
• Relacionar corrente elétrica, diferença de po-
Com esta questão, é possível ampliar as discus-
tencial elétrico e resistência em circuitos elétricos
sões sobre a resistência elétrica de materiais, pois
simples – com associações de resistores em sé-
como no caso do chuveiro, apesar de não ser men-
rie, em paralelo e mistas, e em malhas simples e
cionado, a resistência do material altera com a va-
duplas –, enfatizando a distribuição da energia (e
Uma pessoa adquiriu um chuveiro do modelo A e, riação da temperatura.
potência) em seus elementos.
ao ler o manual, verificou que precisava liga-lo a
O prosseguimento do estudo deste item pode ser
um disjuntor de 50 amperes. No entanto, intrigou- • Relacionar os conhecimentos adquiridos sobre a
baseado na questão 23 da Unidade 3, por meio da
-se com o fato de que o disjuntor a ser utilizado energia nos circuitos com a interpretação dos va-
discussão sobre a potência elétrica liberada pelo
para uma correta instalação de um chuveiro do lores nominais de lâmpadas e aparelhos elétricos
material relacionada com o seu comportamento.
modelo B devia possuir amperagem 40% menor. domésticos, bem como com a leitura das informa-
ções apresentadas nas contas de energia elétrica, O complemento da atividade pode ser com a ati-
como forma de tomar consciência de sua forma vidade 12 (experimental) da Unidade 4 por meio
de cobrança e de sua boa utilização. da inclusão dos cálculos de potência dissipada nos
sistemas e na determinação do consumo de ener-
gia dos sistemas no período determinado.

47
Foto: Douglas Luccena

48
Primeiro olhar
A Química, com sua linguagem própria, é muito Na concepção e no desenvolvimento dos objetivos
rica e precisa ser difundida. Os fenômenos e nota- formativos da área das Ciências da Natureza, Mate-
mática e suas Tecnologias, foi explicitamente levada
ções químicas têm características singulares, bem
em conta a interface com as duas outras áreas, a de
como, as situações-problema do cotidiano em que Linguagens e Códigos e suas Tecnologias e a de Ci-
nos deparamos. Isso exige uma boa preparação ências Humanas e suas Tecnologias, como condição
dos estudantes, tornando notórias as diferentes de realização de um projeto pedagógico para a esco-
formas de representação, organização e inter- la de ensino médio que cumpra as metas formativas
pretação, típicas do componente. A construção propostas para essa etapa escolar. Em outras pala-
vras, o sentido de existência das áreas foi interpre-
da argumentação passa pelo conhecimento das
tado como uma primeira articulação interdisciplinar,
situações concretas que devem ser devidamente precursora de uma necessária articulação entre as
exploradas nos conteúdos desenvolvidos. A estra- áreas. [...] Essa convergência entre disciplinas e entre
tégia do ENEM perpassa por essas características as áreas é paralela à perspectiva interdisciplinar ex-
e, por esta razão, um estudo bem detalhado e cla- pressa pelo Enem (Inep/MEC, 2005 p.62)5.
ro faz-se necessário e essencial para orientar estu-
Contudo, para um melhor estudo sobre as orien-
dantes e professores do SESI-SP.
tações que serão tratadas neste capítulo, o com-
A ideia do ENEM é avaliar as competências e ponente curricular de Química está inserido na
habilidades dos estudantes de modo interdisci- área de Ciências da Natureza. Ele é contemplado,
plinar, ou seja, disciplina e competência não dis- com maior ênfase, nas seguintes competências,
putam o mesmo espaço. Desta forma, as ques- com suas respectivas habilidade já descrito na
tões mais voltadas ao componente de química Matriz de referência.
acabam perpassando pelas oito competências
relacionadas na matriz de referência da área de
Ciências da Natureza e suas Tecnologias. Isso
ocorre de interdisciplinar, inclusive com as áres
de Linguagens e Códigos e Ciências Humanas,
conforme trecho a seguir, retirado do documen-
to “Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM) -
Fundamentação Teórico-Metodológica.

5
Exame Nacional do Ensino Médio (Enem): fundamentação teórico-metodológica / Instituto
Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira. – Brasília : O Instituto, 2005.
121 p. : il.

49
Competência de área 3 - Associar inter- H17 – Relacionar informações apresentadas H26 – Avaliar implicações sociais, ambientais
venções que resultam em degradação ou em diferentes formas de linguagem e repre- e/ou econômicas na produção ou no con-
conservação ambiental a processos produ- sentação usadas nas ciências físicas, quími- sumo de recursos energéticos ou minerais,
tivos e sociais e a instrumentos ou ações cas ou biológicas, como texto discursivo, identificando transformações químicas ou
científico-tecnológicos. gráficos, tabelas, relações matemáticas ou de energia envolvidas nesses processos.
linguagem simbólica. H27 – Avaliar propostas de intervenção
H8 – Identificar etapas em processos de
H18 – Relacionar propriedades físicas, quími- no meio ambiente aplicando conheci-
obtenção, transformação, utilização ou
cas ou biológicas de produtos, sistemas ou mentos químicos, observando riscos
reciclagem de recursos naturais, energé-
procedimentos tecnológicos às finalidades a ou benefícios.
ticos ou matérias-primas, considerando
que se destinam.
processos biológicos, químicos ou físicos
H19 – Avaliar métodos, processos ou procedi-
neles envolvidos.
mentos das ciências naturais que contribuam
H9 – Compreender a importância dos ciclos
para diagnosticar ou solucionar problemas
biogeoquímicos ou do fluxo energia para a
de ordem social, econômica ou ambiental.
vida, ou da ação de agentes ou fenômenos que
podem causar alterações nesses processos.
Competência de área 7 - Apropriar-se de co-
H10 – Analisar perturbações ambientais,
nhecimentos da química para, em situações
identificando fontes, transporte e(ou) des-
problema, interpretar, avaliar ou planejar in-
tino dos poluentes ou prevendo efeitos em
tervenções científico tecnológicas.
sistemas naturais, produtivos ou sociais.
H12 – Avaliar impactos em ambientes naturais H24 – Utilizar códigos e nomenclatura da quí-
decorrentes de atividades sociais ou econô- mica para caracterizar materiais, substâncias
micas, considerando interesses contraditórios. ou transformações químicas.
H25 – Caracterizar materiais ou substâncias,
Competência de área 5 - Entender métodos identificando etapas, rendimentos ou impli-
e procedimentos próprios das ciências na- cações biológicas, sociais, econômicas ou
turais e aplicá-los em diferentes contextos. ambientais de sua obtenção ou produção.

50
As temáticas
Como base para a discussão dos exames do ENEM Tabela 1 - Distribuição dos itens sobre Materiais e suas propriedades, usos e transformações
de 2010 a 2014 faz-se necessário estudar os ob- químicas nos anos de 2010 a 2014, correlacionando o ENEM com o currículo do SESI-SP.
jetos de conhecimento associados às Matrizes de
Referência do ENEM em química a seguir:

• Transformações Químicas Temática Série do EM Itens Ano de aplicação


• Representação das transformações químicas
• Materiais, suas propriedades e usos 53, 55, 65, 72, 73, 77, 79, 82 2010

• Água
76 2012
• Transformações Químicas e Energia 1º ano
• Dinâmica das Transformações Químicas 47, 74, 81 2013
• Transformação Química e Equilíbrio
48, 51, 70, 80, 86 2014
• Compostos de Carbono
• Relações da Química com as Tecnologias, a
67 2010
Sociedade e o Meio Ambiente
• Energias Químicas no Cotidiano Materiais e suas 55, 58 2011
propriedades, usos e
transformações químicas. 2º ano 69, 86 2012
Partindo desta organização, foi possível estabele-
cer uma relação com o material didático do SESI- 49, 64, 86 2013
-SP onde, a partir daí, foi elaborado um apanhado
sobre algumas orientações a respeito de quais ha- 63, 70, 80 2014
bilidades poderiam ser exploradas no estudo dos
85, 76 2010
objetos de conhecimento deste componente. As
tabelas a seguir resumem, portanto, os principais 3º ano 69 2013
temas explorados nos exames do ENEM entre os
anos de 2010 e 2014. 58 2014

Os temas que serão estudados foram agrupados com base nos objetos de conhecimento associados às Matrizes
de Referência do ENEM. Desta forma, poder-se-á relacioná-los às expectativas de aprendizagem do SESI-SP.

51
Indique
O que se pode observar é que este tema é o que se Tabela 2 - Distribuição dos itens sobre Cálculo es-
ao estudante
pode chamar de “Tema essencial” no estudo da quí-
mica, pois ele permeia os três anos do ensino médio.
tequiométrico e concentração de soluções (Água
e representação das transformações químicas) :
Desta forma, seria evidente que no exame do ENEM nos anos de 2010 a 2014, correlacionando o ENEM
as questões perpassassem por este assunto em to- com o currículo do SESI-SP No porta
l SESI Ed
dos os anos aqui estudados, ou seja, de 2010 a 2014. contrará ucação v
a platafo ocê en-
onde voc rma “gee
Série do Ano de ê poderá kielab”
Deste modo, as questões 55 e 82 (ENEM 2010), 52 Temática Itens indicar ao
EM aplicação dantes os s estu-
(ENEM 2011), 74 e 81 (ENEM 2013), 51 e 80 (ENEM recursos
e exercíc como vid
2014) exigem do estudante que além de propor 72, 77, 79 2010 ios sobre e oaulas
ligações massa mo
processos de separação para os casos apresenta- químicas, lecular,
81 2011 balancea
dos, ele também mobilize conhecimentos acerca
Cálculo este- de reaçõe mento
s, entre o
quiométrico e 1º ano 59, 90 2012 buirão co utros que
da interação entre as partículas e dos sistemas concentração m o seu a contri-
prendizad
produtivos, tais como: produção de álcool, aço, de soluções. 47, 77 2013 o.
tratamento de água, entre outros. (Água e repre- 88 2014
sentação das
72, 73, 82,
transformações 2º ano 2010
83
químicas)
79, 86 2012
No portal SESI Educação você pode com- Tabela 3 - Distribuição dos itens sobre Química
71 2013
plementar a sua aula com experimen- ambiental (Relações da Química com as Tecnolo-
tos como o disponível em “Explorando gias, a Sociedade e o Meio Ambiente) nos anos
a química na determinação do teor Observe na tabela 2 que outro contexto é detec- de 2010 a 2014, correlacionando o ENEM com o
tado a todo o momento nos testes do ENEM, es- currículo do SESI-SP.
de álcool na gasolina”, disponível em
pecialmente nas questões que envolvem cálculos
<http://www.sesieducacao.com.br/
estequiométricos: a interpretação da linguagem
texto.php?id=1512> ou em “Atividade simbólica da química. Os estudantes devem com- Série Ano de
Temática Itens
experimental - determinação do teor do EM aplicação
preender os termos de quantidade de matéria
de álcool na gasolina” disponível em (mol) e a representação das substâncias químicas 2º ano 52 2011
Química
<http://www.sesieducacao.com.br/ para poderem realizar corretamente um balance- 53, 59, 79,
ambiental. 2010
amento de reação, uma identificação da proprie- 80
texto.php?id=1506> que você trabalhará (Relações da
dade de determinada substância e até mesmo a Química com as 51, 83 2011
o conceito de extração com solvente. que
interpretação de semirreações num processo ele- Tecnologias, a 3º ano 53, 70 2012
Aalém de mostrar um tipo de separação Sociedade e o
troquímico. Sendo assim, o material didático do
de mistura, ainda explora conceitos de SESI traz subsídios para explorar com êxito esta Meio Ambiente) 51, 67, 69 2013

interação intermolecular. questão por meio do ícone “conecte-se” das uni- 56, 70 2014
dades 5 e 6 do 1º ano do ensino médio.

52
Na maioria dos itens de química no ENEM são O efeito estufa, a camada de ozônio e a chuva áci-
abordadas questões voltadas à química ambiental, da são contextualizados frequentemente nos tes-
o
l SESI Educação
Encontre no porta
ou seja, que exigem do estudante a habilidade de tes do ENEM. Os itens 59 de 2010, 53 de 2012, 51
e
analisar informações sobre agentes perturbadores e 67 de 2013, 48 e 56 e 88 de 2014 representam em na comunidad
texto “compostag
da atmosfera, da hidrosfera e da litosfera, além de este contexto e a necessidade de aprofundamento sustentável” que lhe
escolar jardinagem r
desenvolver e propor ações preventivas ou corre- junto aos estudantes. Para isso, o material didático ção com o professo
tivas, individual ou coletivamente. do SESI já contempla na unidade 4 do 3º ano estes
auxiliará na articula
assuntos. No entanto, é importante lembrar, que de biologia.
po-
este tema permeia muitas discussões contempo- SI Educação você
Ainda no portal SE re n-
râneas, que são mote para a formação de itens do os objetos de ap
derá utilizar divers res
ENEM. Desta forma, é importante que o professor vídeos, simulado
Sempre que possível mobilize os estudantes dizagem, textos, id a e
contextualize esse assunto durante muitas aulas, tufa, a chuva ác
para realizarem trabalhos interdisciplinares! sobre o efeito es :
que ultrapassam a unidade do material didático.
to global. Exemplos
Esse é o caso da reciclagem, onde além sobre o aquecimen
xto.
de trabalhos artísticos a serem feitos ducacao.com.br/te
http://www.sesie
juntamente com o professor de arte, poderá Tabela 4 - Distribuição dos itens sobre Eletroquí-
php?id=409
xto.
realizar parcerias com os professores mica e Termoquímica (transformações químicas ducacao.com.br/te
http://www.sesie
de biologia nos assuntos voltados à e energias químicas no cotidiano) nos anos de
php?id=410
xto.
2010 a 2014, correlacionando o ENEM com o cur- ducacao.com.br/te
compostagem (item 53 do ENEM de http://www.sesie
rículo do SESI-SP
2010) e tratamento biológico de resíduos php?id=314
xto.
ducacao.com.br/te
domésticos. Exemplos de atividades você http://www.sesie
pode encontrar no portal SESI Educação Série do Ano de php?id=43
Temática Itens
(ex. <http://www.sesieducacao.com.br/ EM aplicação
texto.php?id=343>) e no site da Tetra Pak 63, 67,
2010
69, 74
(http://www.culturaambientalnasescolas. Eletroquímica e
com.br/index.html) onde você encontrará Termoquímica 50 2011
(transforma-
exemplos de atividades, textos, vídeos,
ções químicas 2º ano 82 2012
jogos, projetos que poderá ser utilizado e energias
em suas aulas. químicas no 74 2013
cotidiano)
59 2014

53
Os temas eletroquímica e termoquímica são tra- Tabela 5 - Distribuição dos itens sobre Química or-
balhados especificamente no 2º ano do ensino gânica (compostos de carbono) nos anos de 2010 Você pode utilizar os materiais de apoio
médio e pode-se observar na Tabela 4 que estes a 2014, correlacionando o ENEM com o currículo disponíveis nos links <http://coral.
temas foram contextualizados pelo menos uma do SESI-SP. ufsm.br/quimica_organica/images/
vez por ano entre os anos de aplicação do ENEM AROMAT2012hb.pdf> e <http://www.
(2010-2014). Por isso, é importante também se-
Série do Ano de iq.usp.br/luizfsjr/QFL-2340_2014_08_
rem discutidos e aprofundados durante as aulas, Temática Itens
EM aplicação Introd_Reac_Org.pdf> e no Livro
tópicos sobre entalpia de reação, eletrólise ígnea
e aquosa, reações de oxirredução e pilhas bus- Química Orgânica - Vol. 1 e 2 - 10ª Ed.
80 2010
cando sempre contextualizá-los com o cotidiano 2012 do Solomons. Nestes materiais
do estudante, estabelecendo relações com o que 51, 72, 83 2011 você encontrará informações sobre as
ele observa no seu dia-a-dia e o senso comum. Química reações entre compostos orgânicos que
orgânica. 49, 58, 66,
(compostos 2012 poderá auxiliar suas aulas e enriquecer
3º ano 79
de carbono) os dois primeiros capítulos do livro do
3º ano do SESI.
54, 58, 90 2013

54, 58, 65,


No portal SESI Educação você 2014
poderá 77
consultar o planejamento de aula
sobre
eletrólise e indicar aos estudantes
o ví- Outra temática interessante e comumente obser-
deo sobre pilhas contido neste
planeja- vada nos testes do ENEM é a química orgânica
mento. Isto ajudará o estudante
a com- muito bem representada na tabela 5. Ela é apre-
preender os mecanismos bás
icos de sentada em diversos contextos, como a caracteri-
uma pilha e para complementar zação das cadeias carbônicas, seja para classificar
acesse
o link <http://qnesc.sbq.org.br/ os carbonos, conforme evidenciado no item 90 do
onli-
ne/qnesc11/v11a01.pdf> que rela ENEM de 2013 ou para identificar as funções or-
ciona-
rá as pilhas com o impacto amb gânicas, conforme verificado nos itens 72 de 2011
iental e 49 de 2012 do ENEM. O que se verifica também
que elas podem causar.
é que o ENEM exige do estudante a mobilização
dos conhecimentos sobre reações químicas envol-
vendo compostos orgânicos, como, por exemplo,
a esterificação e as reações de substituição.

54
Indique Este trabalho interdisciplinar pode ser re-
• http://jus.com.br/artigos/14072/acor
do-de-copenhague-mudancas-climati

ao estudante: alizado de diversas formas, mas especifi-


camente em Química você poderá solici-
cas-e-desenvolvimento-sustentavel#ixz
z3tqUhgpCZ
tar que os alunos realizem pesquisas sobre
• http://www.ufscar.br/gpqv/
estes assuntos e tragam para discussão
O estudante poderá gpqv/2011/05/o-que-e-quimica-verde/
acessar os canais do em sala de aula! O debate, a dramatização,
youtube para localiza
r alguns vídeos que entre outras estratégias, podem ser utiliza- • http://www.meioambientenews.com.br/
o auxiliará num melho conteudo.ler.php?q%5B1%7Cconteudo.
r entendimento das das como forma de articular e promover a
reações orgânicas. Um idcategoria%5D=34&id=81
vídeo que você pode aprendizagem do estudante, assim como,
indicar é o “Superau
las Enem 2012 - 31.10 mobilizar suas habilidade e competências.
- Química - Reações
Orgânicas - Professo Segue alguns links que poderão servir
Nadim” disponível em r
https://www. como base para esta discussão:
youtube.com/watch
?v=0Ce-ukqHlEM.

Outro contexto explorado no ENEM de 2013 foi Tabela 6 - Distribuição dos itens sobre Equilíbrio químico e Cinética química (Dinâmica das transforma-
sobre a “Química Verde” que pesquisa e desen- ções químicas e equilíbrio) nos anos de 2010 a 2014, correlacionando o ENEM com o currículo do SESI-SP.
volve métodos e processos de redução da pro-
dução de substâncias nocivas à saúde humana e
Temática Série do EM Itens Ano de aplicação
ao meio ambiente. Isto indica a necessidade de
se contextualizar e aprofundar cada vez mais a
questão ambiental não só nas aulas de química, 67 2010
Equilíbrio químico e
mas em todos os componentes. Assuntos como a Cinética química.
Química Verde, Protocolo de Quioto, Legislação (Dinâmica das
2º ano 75 2011
Ambiental, Programa das Nações Unidas para transformações
o Meio Ambiente (PNUMA), Conferências sobre químicas e
equilíbrio)
mudanças climáticas, Agenda 21, entre outros, 64 2013
devem ser abordados durante as aulas e em to-
dos os anos do ensino médio.

55
Conforme mostrado na tabela 6, o tema sobre pode verificar a velocidade das reações químicas De modo geral, pode-se verificar que os estu-
equilíbrio e cinética química é pouco evidenciado e suas implicações no cotidiano podem ser dantes precisam conhecer a química básica, seus
efetivamente nas questões do ENEM. Porém, de visualizadas em <http://manualdaquimica.uol. princípios, propriedades dos materiais, simbolo-
maneira implícita, ele se faz presente dentro do com.br/fisico-quimica/fatores-que-influenciam- gia, enfim, afinar suas habilidade e competências
contexto de algumas questões, tais como, o item velocidade-das-reacoes.htm>. É desta forma que para o uso da química, principalmente no cotidia-
82 do ENEM de 2010. conseguimos aproximar a química da realidade no, mostrando que ela está além dos laboratórios
dos estudantes! e indústrias. O ser humano pensante, a fauna e a
Tema específico do 2º ano do ensino médio, o flora, o ar, os mares, os rios, o solo, o subsolo são
equilíbrio químico é tratado no material didático do a Química em ação. Até em nossos sentimentos, a
SESI na unidade 6, nela é caracterizado o sistema ciência mostra a interferência química.
Diálogo com o professor: Nas unidades
em equilíbrio bem como a constante matemática
que quantifica os estados de equilíbrio; estuda- do livro do 2º ano do ensino médio do Temas como Reciclagem e Sustentabilidade de-
se o produto iônico da água, o equilíbrio ácido- SESI você encontrará no ícone Conec- vem ser trabalhados explicitamente e intensamen-
base e pH, solubilidade dos sais e hidrólise; e te-se diversas indicações de sites, ví- te nas aulas. A análise das diferentes e variadas
discute-se por fim, os fatores que alteram o fontes de combustíveis e a geração de energia a
deos e livros que aumentarão sensivel-
sistema em equilíbrio. No ícone Conecte-se do partir delas, merecem também um destaque com-
livro didático, encontramos sugestões que são mente as possibilidades de tratar este patível com a grande complexidade e importância
de suma importância para tornar as aulas mais assunto em sala de aula e no Labora- desses assuntos.
criativas e dinâmicas: tais como o experimento tório de Informática Educacional (LIE).
A manipulação e estudo de infográficos, gráficos,
que demonstra o deslocamento do equilíbrio
tabelas, esquemas e figuras demonstra a impor-
entre o cromato e o dicromato pela mudança da
tância que estas forma de comunicação e trata-
concentração, cujo plano de aula e a demonstração
mento de dados contribuem para o entendimento
do experimento pode ser visualizado em <http://
dos assuntos abordados em química, uma vez que
objetoseducacionais2.mec.gov.br/bitstream/
estes recursos são utilizados por diversas vezes
handle/mec/23323/Equilibrio%20cromato-
nas questões do ENEM entre 2010 e 2014.
dicromato.pdf?sequence=1>.

A Cinética química é tratada na unidade 5 do 2º


Indique
ao estudante:
ano do material didático do SESI onde explora
as transformações químicas e as velocidades de
reação, estuda a energia de ativação e os fatores
que alteram a velocidade de reação: concentração,
pressão, temperatura e catalisador, este último
Você poderá indicar diversos recursos
fator pode ser melhor entendido utilizando-se de
didáticos no <http://www.sesieducacao.
experimentos que podem ser realizados em sala
com.br>, como por exemplo, o vídeo
de aula, veja em <http://www.sesieducacao.com.
“Cinética Química” e o texto “Atividade
br/texto.php?id=1515>. Outros exemplos onde se
prática – cinética química

56
Foto: Douglas Luccena
Observe que na questão 50 do ENEM de 2011 é
apresentada a tabela do calor de combustão de
algumas substâncias e que é importante ressaltar
a relação existente entre estes dados e como eles
podem ser utilizados na resolução desta questão.

Por fim, espera-se com a diversificação dos


recursos didáticos e suas devidas intervenções, o
trabalho interdisciplinar, em equipe, as pesquisas
organizadas e bem direcionadas, o acesso a
plataforma “Geekie” e ao site <http://www.
sesieducacao.com.br/>, resultar no aumento da
motivação do estudante e seu desempenho nos
próximos exames do ENEM. Isso certamente tem
como potencial enriquecer nossas aulas e ampliar
o conhecimento.

57
Na prática
Item ENEM Expectativa de Ensino e diversos sistemas produtivos, tais como, a pro-
dução do álcool; o refino do petróleo; a produ-
(ENEM 2010 - Item 55) Aprendizagem SESI-SP
ção do aço, cobre e alumínio; a obtenção da soda
Em visita a uma usina sucroalcooleira, um grupo • Elaborar procedimentos experimentais basea- cáustica e do cloro através da salmoura; trata-
de alunos pôde observar a série de processos dos nas propriedades dos materiais, objetivando mento da água e do esgoto (explorado no item
de beneficiamento da cana-de-açúcar, entre os a separação de uma ou mais substâncias presen- 81 do ENEM de 2013).
quais se destacam:
tes em um sistema, identificando e avaliando as
implicações dos métodos estudados nos siste- Esta questão necessita também que o estudante
1. A cana chega cortada da lavoura por meio de
caminhões e é despejada em mesas alimentado- mas produtivos. tenha conhecimento do método de separação
ras que a conduzem para as moendas. Antes de denominado “extração” que não está explicito
ser esmagada para a retirada do caldo açuca- no material didático, mas que você poderá
rado, toda a cana é transportada por esteiras e aprofundar em outros recursos didáticos.
passada por um eletroímã para a retirada de ma- Unidade e tema do Por exemplo, acesse os links <http://www.
teriais metálicos. livro didático cempeqc.iq.unesp.br/Jose_Eduardo/Blog2013/
1° ano EM Aula_22_03/Exra%C3%A7%C3%A3o%20por%20
2. Após se esmagar a cana, o bagaço segue para
Unidade 3 – Química solventes%20LIC%202007.pdf> e <http://
as caldeiras, que geram vapor e energia para
m undoeducacao. bol . uol . com . br /qui m i ca/
toda a usina.
separacao-misturas.htm> como complemento
3. O caldo primário, resultante do esmagamen- ao item, e sempre que possível relacione os
to, é passado por filtros e sofre tratamento para Comentário processos de separação com os impactos
transformar-se em açúcar refinado e etanol. ambientais, tema este que frequentemente se faz
O item em questão trata dos processos de separa- presente na maioria das questões dos testes do
Com base nos destaques da observação dos ção presentes na etapa de beneficiamento de uma ENEM observados entre 2010 e 2014.
alunos, quais operações físicas de separação de usina sucroalcooleira, para tanto se exige do estu-
materiais foram realizadas nas etapas de benefi- dante o conhecimento das propriedades das subs-
ciamento da cana-de-açúcar?
tâncias, tais como, condutividade elétrica (isolan-
A Separação mecânica, extração, decantação. tes ou condutores), interações intermoleculares
(polaridade, solubilidade, entre outros), densidade
B Separação magnética, combustão, filtração.
e ponto de ebulição.
C Separação magnética, extração, filtração.
D Imantação, combustão, peneiração Assim, é interessante que, ao trabalhar esse item,
E Imantação, destilação, filtração. se realize um levantamento de conhecimentos
prévios dos estudantes sobre os assuntos cita-
dos. É importante trabalhar com os estudantes os

58
Item ENEM observando e analisando suas ocorrências na na- nentes a estequiometria de reações no qual estão
tureza e em diferentes sistemas produtivos ou tec- envolvidos diversos contextos que possibilitarão
(ENEM 2012 - Item 59) nológicos, bem como suas implicações ambientais; ao estudante desenvolver habilidades e compe-
No Japão, um movimento nacional para a promo- • Perceber a conservação de massa nas transfor- tências para solucionar esta entre outras questões
ção da luta contra o aquecimento global leva o mações químicas; dos diversos testes do ENEM entre 2010 e 2014, são
slogan: 1 pessoa, 1 dia, 1 kg de CO2 a menos! A • Analisar dados de massa de reagentes e de pro- eles: saber representar fórmulas numa transforma-
ideia é cada pessoa reduzir em 1 kg a quantidade dutos estabelecendo relações proporcionais entre ção química, identificando os reagentes e produtos
de CO2 emitida todo dia, por meio de pequenos eles; aplicar os conceitos de conservação e propor- da reação; reconhecer a conservação e a propor-
gestos ecológicos, como diminuir a queima de ção em massa envolvida nas interações químicas. ção das massas estabelecendo relações e cálculos
gás de cozinha. • Representar as substâncias e as transformações estequiométricos nas interações químicas; estabe-
Um hamburguer ecológico? É pra já! Disponível em: químicas a partir dos códigos símbolos e expres- lecer estas relações estequiométricas nas transfor-
http://lqes.iqm.unicamp.br.Acesso em: 24 fev . 2012 (adaptado).
sões próprias da Química; mações químicas e seus impactos ambientais.
• Utilizar fontes de informação para conhecer sím-
Considerando um processo de combustão comple- Desta forma, é importante a intensificação do
bolos, fórmulas e nomes de substâncias;
ta de um gás de cozinha composto exclusivamen- trabalho em sala de aula com exemplos do cotidiano
• Traduzir e compreender as relações quantitati-
te por butano (C4H10), a mínima quantidade desse e dos sistemas produtivos que demonstrem as
vas de massa, de quantidade de matéria (mol) nas
gás que um japonês deve deixar de queimar para reações de combustão, pois observa-se que este
transformações químicas e associá-las a estequio-
atender à meta diária, apenas com esse gesto, é de tema vem sendo abordado nestes últimos anos
metria da transformação.
nos testes do ENEM (itens 67 e 79 de 2010, item
Dados: CO2 (44 g/mol); C4H10 (58 g/mol)
50 de 2011, item 53 de 2012; item 77 de 2013; item
A 0,25 kg. 88 de 2014). Para isto, segue alguns links que

B 0,33 kg. Unidade e tema do poderão ajuda-lo a complementar este estudo:

C 1,0 kg. livro didático <http://mundoeducacao.bol.uol.com.br/quimica/


1º ano EM combustao-completa-incompleta.htm>, <http://
D 1,3 kg. www.fem.unicamp.br/~em672/GERVAP1.pdf> e
Unidade 4 – Transformando a matéria
E 3,0 kg. <http://www.gasnet.com.br/gasnatural/combust_
Unidade 7 – Reações químicas
completo.asp>.
Unidade 8 – Vamos contar: 1, 2, 3... 6,02 x 1023

Expectativa de Ensino e Além disso, é possível ampliar esse item apresen-


tando diversos objetos digitais, um exemplo é o
Aprendizagem SESI-SP
objeto “Estequimetria”, os textos “Estudando a
• Reconhecer a importância do estudo da Química
Comentário combustão Parte 1” e “Estudando a combustão
para a compreensão da atual sociedade; Conforme verificado, este item envolve diversas Parte 2” e o vídeo “Combustão completa e in-
• Reconhecer as transformações químicas por meio expectativas de aprendizagem o que exige que o completa” disponíveis no portal do SESI.
de diferenças entre os seus estados iniciais e finais, estudante mobilize alguns conhecimentos perti-

59
Item ENEM Expectativa de Ensino e Comentário
(ENEM 2011 - Item 58) Aprendizagem SESI-SP Nesse item, o estudante deve mobilizar conheci-
A pele humana, quando está bem hidratada, ad- • Compreender a ligação química como resultan- mentos das interações entre partículas (Ligações
quire boa elasticidade e aspecto macio e sua- te de interações eletrostáticas, relacionando-as às de hidrogênio, dipolo-dipolo, forças de London,
ve. Em contrapartida, quando está ressecada, propriedades macroscópicas das substâncias am- iônica e covalente) sugerido no capítulo 6 do ma-
perde sua elasticidade e se apresenta opaca e terial didático do SESI, 1º ano. Este contexto per-
pliando o entendimento do mundo físico;
áspera. Para evitar o ressecamento da pele é passa os itens 55 e 58 do ENEM 2011, 79 de 2012,
necessário, sempre que possível, utilizar hidra- • Construir conceitos de solução, solubilidade e 86 de 2013, 58 e 80 de 2014.
tantes umectantes, feitos geralmente à base de concentração e utilizar o modelo de interação en-
glicerina e polietilenoglicol: De forma a complementar a sua aula, você poderá
tre partículas para explicar a formação de misturas.
recorrer ao planejamento de aula denominado
HO OH OH “Forças intermoleculares”, ao texto “Ligações
H 2C CH CH2 químicas” disponíveis no portal do SESI e
glicerina Unidade e tema do também o link <https://www.youtube.com/
livro didático watch?v=mY6IM8ziHR8>.
HO CH2 CH2 O CH2 CH2 O CH2 CH2 OH 1º ano EM
n
Unidade 6 – Ligações químicas
polietilenoglicol
2º ano EM
Unidade 1 – Questão de concentração!
Disponível em: http://www.brasilescola.com. Acesso em:
23 abr. 2010 (adaptado) (Foto: Reprodução/Enem)

A retenção de água na superfície da pele pro-


movida pelos hidratantes é consequência da
interação dos grupos hidroxila dos agentes
umectantes com a umidade contida no am-
biente por meio de

A ligações iônicas.
B forças de London.
C ligações covalentes.
D forças dipolo-dipolo.
E ligações de hidrogênio.

60
61

Foto: Douglas Luccena


Itens me n o s p o nt u a d o s
Para demonstrar que há uma riqueza de dados
relacionada ao ENEM e que o uso dela tem poder
de promover o crescimento no aprendizado dos
alunos, o blog +Enem (https://maisenem.meritt.
com.br/) publicou um e-book, com a seleção dos
itens mais difíceis do ENEM 2013, apresentando
para cada uma a porcentagem de alunos que
acertaram, a competência e habilidade avaliada,
o componente curricular relacionado e a porcen-
tagem de candidatos que marcou cada uma das
opções de resposta. Adaptamos e apresentamos
neste caderno as cinco questões menos acerta-
das pelos estudantes desta área.
Foto: Douglas Luccena

62
Item 75 Habilidade trabalhada
O chuveiro elétrico é um dispositivo capaz de H5 - Dimensionar circuitos ou dispositivos elétricos
transformar energia elétrica em energia térmica, de uso cotidiano.
o que possibilita a elevação da temperatura da
água. Um chuveiro projetado para funcionar em
110 V pode ser adaptado para funcionar em 220 V, Distribuição das respostas
de modo a manter inalterada sua potência.
E 6,5%
Uma das maneiras de fazer essa adaptação é tro-
car a resistência do chuveiro por outra, de mesmo D 10,7%
material e com o (a) C 14,7%

A dobro do comprimento do fio. B 18,6%

B metade do comprimento do fio. A 37,7%


C metade da área da seção reta do fio.
D quádruplo da área da seção reta do fio.
E quarta parte da área da seção reta do fio.
*Item mais difícil
do ENEM 2013.

63
Item 56 Habilidade trabalhada A Impede a saída de água, por ser maior que a
pressão interna; não muda a velocidade de
A imagem representa uma ilustração retirada do H15 - Interpretar modelos e experimentos para expli- escoamento, que só depende da pressão da
livro De Motu Cordis, de autoria do médico inglês car fenômenos ou processos biológicos em qualquer coluna de água.
Willian Harvey, que fez importantes contribuições nível de organização dos sistemas biológicos.
B Impede a saída de água, por ser maior que a
para o entendimento do processo de circulação do
pressão interna; altera a velocidade de esco-
sangue no corpo humano. No experimento ilustra-
do, Harvey, após aplicar um torniquete (A) no bra- Distribuição das respostas amento, que é proporcional à pressão atmos-
férica na altura do furo.
ço de um voluntário e esperar alguns vasos incha-
rem, pressionava-os em um ponto (H). Mantendo o E 5,0% C Impede a entrada de ar, por ser menor que a
pressão interna; altera a velocidade de escoa-
ponto pressionado, deslocava o conteúdo de san- D 6,8% mento, que é proporcional à pressão atmosfé-
gue em direção ao cotovelo, percebendo que um
C 13,4% rica na altura do furo.
trecho do vaso sanguíneo permanecia vazio após
D Impede a saída de água, por ser maior que a
esse processo (H-O). B 9,9%
pressão interna; regula a velocidade de escoa-
A 52,1% mento, que só depende da pressão atmosférica.
E Impede a entrada de ar, por ser menor que a pres-
são interna; não muda a velocidade de escoamen-
to, que só depende da pressão da coluna de água.

Item 57
Para realizar um experimen- Habilidade trabalhada
to com uma garrafa PET cheia H18 - Relacionar propriedades físicas, químicas ou
d´água, perfurou-se a lateral da biológicas de produtos, sistemas ou procedimen-
garrafa em três posições a diferen- tos tecnológicos às finalidades a que se destinam.
tes alturas. Com a garrafa tampada, a
Disponível em: www.answers.com. água não vazou por nenhum dos ori-
Acesso em: 18 dez. 2012 (adaptado). Distribuição das respostas
fícios, e, com a garrafa destampada,
A demonstração de Harvey permite estabe- observou-se o escoamento da água E 12,7%
lecer a relação entre circulação sanguínea e conforme ilustrado na figura.
D 16,5%
A pressão arterial. Como a pressão atmosférica inter- C 22,9%
B válvulas venosas. fere no escoamento da água, nas
situações com a garrafa tampada e B 25,0%
C circulação linfática.
destampada, respectivamente? A 10,1%
D contração cardíaca.
E transporte de gases.

64
Item 83 Distribuição das respostas
Medir temperatura é fundamental em muitas aplica-
ções, e apresentar a leitura em mostradores digitais E 9,3%
é bastante prático. O seu funcionamento é baseado
D 10,6%
na correspondência entre valores de temperatura e
de diferença de potencial elétrico. Por exemplo, po- C 21,0%
demos usar o circuito elétrico apresentado, no qual B 24,5%
o elemento sensor de temperatura ocupa um dos
A 21,7% Habilidade trabalhada
braços do circuito (Rs) e a dependência da resistên-
cia com a temperatura é conhecida. H5 - Dimensionar circuitos ou dispositivos elétri-
cos de uso cotidiano.

Item 72
Um eletricista analisa o diagrama de uma instalação Distribuição das respostas
elétrica residencial para planejar medições de tensão
e corrente em uma cozinha. Nesse ambiente existem E 11,7%
uma geladeira (G), uma tomada (T) e uma lâmpada
D 17,4%
(L), conforme a figura. O eletricista deseja medir a
tensão elétrica aplicada à geladeira, a corrente total C 30,3%
e a corrente na lâmpada. Para isso, ele dispõe de um B 14,6%
voltímetro (V) e dois amperímetros (A).
A 13,1%
Para um valor de temperatura em que RS = 100
Ω, a leitura apresentada pelo voltímetro será de
A D
A + 6,2 V.
B + 1,7 V.
C
D
+ 0,3 V.
- 0,3 V.
88,3%
E - 6,2 V.
B E dos alunos
não acertou
Habilidade trabalhada
H5 - Dimensionar circuitos ou dispositivos elétri-
C
cos de uso cotidiano.

65
Mapa de itens
O Mapa
Item Proficiência Descritores

01 827.1 Analisar a influência do movimento browniano sobre o movimento do eixo de pequenos motores.

810.0 Relacionar a produção de gases estufa à decomposição de matéria orgânica em hidrelétricas.

02 802.8 Analisar as propriedades químicas e estruturais de substâncias adequadas à composição de filtros solares.

796.0 Calcular a energia térmica transferida para uma determinada massa de água em um aquecedor solar.

789.3 Explicar as transferências de energia térmica em refrigeradores.

03 788.9 Comparar a energia liberada por um combustível na combustão e em um gerador de eletricidade.

777.5 Identificar a faixa de comprimento de onda em que é maior a diferença de reflectância entre objetos a partir de um gráfico.

776.7 Comparar correntes em um circuito elétrico misto.

772.0 Aplicar conceitos de movimento circular no dimensionamento de curvas.

767.2 Calcular a concentração porcentagem em massa de uma solução alcoólica.

04 761.7 Identificar os compostos solúveis de nitrogênio, usados na agricultura, que contaminam os corpos d'água.

66
752.8 Inferir o grau de absorção de radiação de tecidos do corpo humano a partir de uma radiografia.

05 750.0 Reconhecer o fluxo gênico a partir de machos geneticamente modificados para o controle biológico do Aedes aegypti.

06 746.2 Aplicar o conceito de equilíbrio químico na eficiência do uso de sabões.

738.6 Identificar substitutos para o elemento oxigênio na respiração celular de seres que vivem em ambientes sem O2.

734.1 Relacionar a hidrofilia à baixa solubilidade de substâncias tóxicas e alergênicas em óleo de mamona.

07 733.3 Relacionar o processo de osmose à morte de microrganismos pelo uso do óxido de cálcio.

712.5 Calcular o valor pago pelo consumo de energia elétrica a partir de dados apresentados em um relógio de luz analógico.

08 710.5 Identificar a quantidade de CO2 produzida por unidade de energia na queima de combustíveis.

707.1 Comparar a resposta imunológica de pessoas vacinadas e não-vacinadas contra o HPV.

702.5 Calcular a densidade de um corpo a partir dos valores do empuxo e do peso aplicados.

09 701.9 Relacionar a 2ª lei da termodinâmica à eficiência de motores.

697.2 Avaliar o combustível mais energético em função da densidade e do calor de combustão.

10 695.0 Identificar a altura da coluna d'água que determina a pressão num esquema de instalação hidráulica.

693.3 Comparar características de formação de imagens produzidas por espelhos convexos com ideias de senso comum.

11 681.2 Aplicar a lei da refração luminosa em materiais de índice de refração negativo.

67
676.9 Identificar grupos funcionais em uma substância orgânica.

675.0 Identificar o gás carbônico como fonte de matéria no processo de fotossíntese.

12 675.0 Reconhecer a Seleção Natural como processo de seleção de características em populações.

672.2 Reconhecer a reação de formação das amidas a partir de sais biliares.

670.0 Relacionar o caráter lipofílico de uma substância à rapidez de sua eliminação pelo organismo humano.

13 669.3 Associar a síntese proteica à expressão de genes em organismos transgênicos.

668.4 Calcular estequiometricamente a quantidade de matéria de um reagente em uma reação de oxirredução.

14 663.8 Reconhecer forças de atrito estático e cinético na frenagem com ou sem sistema ABS.

15 662.0 Relacionar as propriedades da radiação eletromagnética com o bronzeamento da pele.

660.9 Calcular estequiometricamente a massa de ácido necessária para desmineralizar o esmalte dos dentes.

660.7 Comparar propriedades da luz em uma situação de daltonismo.

659.4 Identificar o fenômeno da difração em ondas luminosas e sonoras em diferentes situações.

659.2 Associar a síntese de compostos orgânicos à produção de clorofila num híbrido animal/planta.

658.3 Comparar as resistências elétricas de circuitos resistivos por meio de informações presentes em manuais de instruções.

657.1 Relacionar a alteração do equilíbrio químico ao uso do CaO na remediação do solo.

16 655.7 Calcular estequiometricamente a massa de um produto em uma reação de combustão.

655.3 Inferir a ação do sistema imunológico no processo alérgico causado por alimentos transgênicos.

653.1 Relacionar a evolução biológica e a hereditariedade ao comportamento materno na defesa da prole.

17 651.1 Explicar as variações da expressão gênica em resposta a diferentes condições ambientais.

18 651.0 Reconhecer a posição de um corpo em função do tempo em uma representação gráfica.

68
650.0 Calcular densidades de amostras que obedeçam a normas internacionais.

647.5 Aplicar o conceito de empuxo na remoção de objetos imersos.

19 647.4 Identificar o processo de indução eletromagnética na geração de energia elétrica em dínamos.

646.9 Associar a eutrofização ao teor de compostos nitrogenados decorrente do processo de adubação.

20 642.5 Reconhecer produtos provenientes da reciclagem de materiais de uso doméstico.

21 640.6 Identificar ácidos/bases adequados à neutralização de poluentes.

640.4 Identificar a ordem de precipitação de sais com base em informações sobre a solubilidade.

640.0 Identificar a relação entre algas e animais nos processos biológicos envolvidos no cultivo integrado.

640.0 Relacionar propriedades de íons cádmio à sua toxicidade.

638.5 Reconhecer o ciclo de vida humano em um diagrama com etapas.

638.5 Calcular a corrente elétrica máxima em um circuito resistivo de chuveiros elétricos.

638.2 Comparar a eficiência energética entre lâmpadas.

22 637.5 Reconhecer as condições para a indução de corrente elétrica em captadores de guitarra elétrica.

23 637.0 Reconhecer as características de substâncias hidrossolúveis a partir de sua estrutura química.

630.7 Calcular a quantidade de matéria (mol) de uma substancia a ser ingerida, considerando a massa corporal do indivíduo.

24 630.4 Reconhecer a reprodução como mecanismo de geração de novos organismos em oposição à teoria da geração espontânea.

628.6 Avaliar implicações biológicas no uso da nanotecnologia.

622.8 Identificar funções orgânicas a partir de fórmulas estruturais

25 621.7 Reconhecer a natureza anfifílica dos fosfolipídios na formação de lipossomos.

621.2 Associar a rotação de culturas a benefícios econômicos.

69
615.6 Identificar as características físico-químicas apresentadas em um rótulo de água mineral.

615.3 Relacionar a concentração do CO2 à acidez nos oceanos.

614.6 Identificar a cor de uma substância a partir de seu espectro de absorção.

26 614.3 Reconhecer a analogia entre o armazenamento de energia em cristais e molas.

612.5 Avaliar os resultados de testes para o diagnóstico de doenças.

611.4 Identificar os reagentes necessários para a formação de um produto em reação de esterificação.

611.2 Relacionar a variação da pressão ao equilíbrio químico na liberação do gás carbônico em refrigerantes.

607.7 Avaliar estratégias de combate ao processo de eutrofização a partir de um texto informativo.

27 605.0 Reconhecer a polinização cruzada como um mecanismo promotor da variabilidade genética.

Selecionar, com base nos potenciais de redução, metais mais adequados para composição de ligas, com vistas a evitar a
28 604.2
oxidação do elemento de interesse.

29 601.4 Aplicar o conceito de osmose em situações experimentais.

30 596.7 Inferir as mudanças nas características de ondas formadas na superfície da água

596.4 Identificar a unidade taxonômica comum a seres humanos e insetos em um texto poético.

595.5 Comparar técnicas de tratamento de resíduos em aterro sanitário e lixão.

31 593.3 Analisar o fluxo de energia entre níveis tróficos representados em um esquema.

592.5 Relacionar termos epidemiológicos com a distribuição geográfica de uma doença.

Explicar o fenômeno de refração da luz na diferença de posição entre a imagem de um objeto na água e sua
32 589.1
real posição em relação ao observador.

587.5 Calcular acelerações a partir de diagramas cinemáticos de velocidades.

70
34 585.5 Relacionar a luz solar e o fluxo de energia nas teias tróficas a uma teoria sobre a extinção dos dinossauros.

52 582.1 Relacionar a osmose ao fenômeno da seca fisiológica em solos salinizados.

581.7 Reconhecer os princípios da segunda lei da termodinâmica em um motor à combustão.

580.0 Associar a redução da mortalidade envolvendo HIV ao desenvolvimento de medicamentos.

577.3 Associar medidas de prevenção de doenças aos seus vetores, em caso de enchentes.

571.9 Relacionar a reatividade química de gases à manutenção da camada de ozônio

35 570.0 Associar o metabolismo de substâncias no organismo a informações presentes em um gráfico.

33 567.5 Aplicar o conceito de ácidos e bases na resolução de problemas do cotidiano.

566.7 Identificar a acumulação de metais pesados em cadeias alimentares.

36 566.1 Identificar o processo de transformação de energia em sistemas de cogeração.

37 557.7 Selecionar a melhor matriz energética a partir de condições socioambientais.

551.8 Relacionar a produção de gás carbônico com o crescimento da massa do pão

550.0 Reconhecer mecanismos de dispersão de sementes associados à atração de aves e mamíferos.

38 550.0 Relacionar a distribuição do hormônio auxina nas plantas ao resultado de um experimento de geotropismo.

550.0 Reconhecer a produção do gás metano, pela via biológica, em processos de decomposição de resíduos orgânicos.

548.6 Identificar os fatores que influenciam na rapidez das reações químicas no processo de conservação de alimentos

39 546.9 Identificar as condições para que ocorra interferência em ondas de rádio.

546.7 Relacionar as funções de plaquetas e hemácias a sintomas de doença a partir dos dados apresentados em um hemograma.

543.8 Identificar as transformações de energia que ocorrem durante o salto com vara.

542.5 Reconhecer a sudorese como mecanismo de controle da temperatura corporal.

71
537.5 Identificar o desequilíbrio ecológico decorrente da construção de uma hidrelétrica.

40 537.0 Relacionar elementos que alteram a pressão exercida por uma força sobre uma superfície na prevenção da compactação do solo.

41 519.2 Reconhecer o papel da superfície de contato na eficiência de absorção de nutrientes no intestino.

518.8 Calcular o tempo gasto por um móvel em um trajeto sob determinadas condições de velocidade.

518.3 Identificar os fatores que influenciam na conservação da Biodiversidade discutidos na Rio 92.

42 512.5 Identificar o metano resultante do processo digestório em ruminantes como agente que contribui para o aquecimento global.

510.0 Identificar o processo de parasitismo como agente de controle biológico de pragas na agricultura.

503.8 Reconhecer características dos ecossistemas brasileiros.

43 502.3 Reconhecer os níveis tróficos numa cadeia alimentar hipotética

44 500.0 Relacionar características do metabolismo celular à biorremediação.

500.0 Explicar o funcionamento do sistema imunológico em relação à resposta a vacinas

45 485.9 Relacionar o crescimento populacional ao processo de reprodução regenerativa de estrelas-do-mar.

46 477.8 Identificar fontes de energia a partir de um esquema gráfico.

Reconhecer propriedades elétricas responsáveis pela eficiência energética no sistema de produção,


475.0
distribuição e consumo de energia elétrica.

466.7 Relacionar a obesidade com a ocorrência de outras doenças em uma tirinha.

47 465.0 Reconhecer a energia potencial elástica em mecanismos que envolvem conversão de energia.

460.7 Identificar ações que reduzem o impacto ambiental de incineradores de lixo.

48 460.7 Explicar a resposta do sistema imunológico ao autotransplante de células tronco.

49 447.5 Selecionar a melhor matriz energética a partir de condições ambientais.

72
447.2 Relacionar a ocorrência de doenças infectocontagiosas aos seus sintomas e às condições sanitárias locais.

446.2 Comparar propostas de conservação ambiental na construção de rodovias afastadas de centros urbanos.

50 416.7 Identificar o processo de predação entre duas espécies de vaga-lumes.

51 400.0 Relacionar o movimento aparente do Sol em relação à Terra à projeção de sombras no solo.

361.9 Reconhecer ações de combate ao mosquito da dengue.

73
Os itens
1. Partículas suspensas em um fluido apresentam A O travamento do motor, para que ele não se De acordo com as considerações do texto, qual
contínua movimentação aleatória, chamado movi- solte aleatoriamente. das moléculas apresentadas a seguir é a mais ade-
mento browniano, causado pelos choques das par- quada para funcionar como molécula ativa de pro-
B A seleção da velocidade, controlada pela pres-
tículas que compõem o fluido. A ideia de um inven- tetores solares?
são nos dentes da engrenagem.
tor era construir uma série de palhetas, montadas
sobre um eixo, que seriam postas em movimento C O controle do sentido da velocidade tangen-
pela agitação das partículas ao seu redor. Como cial, permitindo, inclusive, uma fácil leitura do
o movimento ocorreria igualmente em ambos os seu valor.
sentidos de rotação, o cientista concebeu um se- D A determinação do movimento, devido ao ca-
A
gundo elemento, um dente de engrenagem assi- ráter aleatório, cuja tendência é o equilíbrio.
métrico. Assim, em escala muito pequena, este tipo
E A escolha do ângulo a ser girado, sendo pos-
de motor poderia executar trabalho, por exemplo,
sível, inclusive, medi-lo pelo número de dentes
puxando um pequeno peso para cima. O esquema, B
que já foi testado, é mostrado a seguir. da engrenagem.

2. O uso de protetores solares em situações de


grande exposição aos raios solares como, por
C
exemplo, nas praias, é de grande importância para
a saúde. As moléculas ativas de um protetor apre-
sentam, usualmente, anéis aromáticos conjugados
com grupos carbonila, pois esses sistemas são ca-
pazes de absorver a radiação ultravioleta mais no-
civa aos seres humanos. A conjugação é definida D
como a ocorrência de alternância entre ligações
simples e duplas em uma molécula. Outra proprie-
Inovação Tecnológica. Disponível em:
dade das moléculas em questão é apresentar, em
http://www.inovacaotecnologica.com.br. Acesso em: uma de suas extremidades, uma parte apolar res-
22 jul. 2010 (adaptado).
ponsável por reduzir a solubilidade do composto E
A explicação para a necessidade do uso da engre- em água, o que impede sua rápida remoção quan-
nagem com trava é: do do contato com a água.

74
3. É possível, com 1 litro de gasolina, usando 4. O etanol é considerado um biocombustível pro- 5. Investigadores das Universidades de Oxford
todo o calor produzido por sua combustão direta, missor, pois, sob o ponto de vista do balanço de e da Califórnia desenvolveram uma variedade de
aquecer 200 litros de água de 20°C a 55°C. Po- carbono, possui uma taxa de emissão praticamen- Aedes aegypti geneticamente modificada que é
de-se efetuar esse mesmo aquecimento por um te igual a zero. Entretanto, esse não é o único ciclo candidata para uso na busca de redução na trans-
gerador de eletricidade, que consome 1 litro de biogeoquímico associado à produção de etanol. O missão do vírus da dengue. Nessa nova variedade
gasolina por hora e fornece 110 V a um resistor plantio da cana- de- açúcar, matéria-prima para de mosquito, as fêmeas não conseguem voar de-
de 11 Ω, imerso na água, durante certo intervalo a produção de etanol, envolve a adição de ma- vido à interrupção do desenvolvimento do múscu-
de tempo. Todo o calor liberado pelo resistor é cronutrientes como enxofre, nitrogênio, fósforo e lo das asas. A modificação genética introduzida é
transferido à água. potássio, principais elementos envolvidos no cres- um gene dominante condicional, isso é, o gene tem
cimento de um vegetal. expressão dominante (basta apenas uma cópia do
Considerando que o calor específico da água alelo) e este só atua nas fêmeas.
Revista Química Nova na Escola. N° 28, 2008.
é igual a 4,19 J g-1 °C-1, aproximadamente qual a Prevê-se, porém, que a utilização dessa variedade
O nitrogênio incorporado ao solo, como consequ-
quantidade de gasolina consumida para o aqueci- de Aedes aegypti demore ainda anos para ser im-
ência da atividade descrita anteriormente, é trans-
mento de água obtido pelo gerador, quando com- plementada, pois há demanda de muitos estudos
formado em nitrogênio ativo e afetará o meio am-
parado ao obtido a partir da combustão? com relação ao impacto ambiental.
biente, causando
FU, G. et al. Female-specific flightless phenotype for mosquito control.
A A quantidade de gasolina consumida é igual PNAS 107 (10): 4550-4554. 2010.
A o acúmulo de sais insolúveis, desencadeando um
para os dois casos.
processo de salinificação do solo. A liberação de machos de Aedes aegypti dessa
B A quantidade de gasolina consumida pelo variedade geneticamente modificada reduziria o
gerador é duas vezes maior que a consumida B a eliminação de microrganismos existentes no solo
número de casos de dengue em uma determinada
na combustão. responsáveis pelo processo de desnitrificação.
região porque
C A quantidade de gasolina consumida pelo C a contaminação de rios e lagos devido à alta so-
gerador é duas vezes menor que a consumi- lubilidade de íons como NO3- e NH4+ em água. A diminuiria o sucesso reprodutivo desses ma-
da na combustão. D a diminuição do pH do solo pela presença de NH3, chos transgênicos.
D A quantidade de gasolina consumida pelo que reage com a água, formando o NH4OH(aq). B restringiria a área geográfica de voo dessa es-
gerador é sete vezes maior que a consumi- E a diminuição da oxigenação do solo, uma vez que pécie de mosquito.
da na combustão. o nitrogênio ativo forma espécies químicas do tipo C dificultaria a contaminação e reprodução do
E A quantidade de gasolina consumida pelo NO2, NO3-, N2O vetor natural da doença.
gerador é sete vezes menor que a consumi-
D tornaria o mosquito menos resistente ao agen-
da na combustão.
te etiológico da doença.
E dificultaria a obtenção de alimentos pelos ma-
chos geneticamente modificados.

75
6. Sabões são sais de ácidos carboxílicos de cadeia praças públicas e locais privados, geralmente
Substância Fórmula ΔHco (kj/mol)
longa utilizados com a finalidade de facilitar, du- usada para combater a proliferação de parasitas.
benzeno C6H6 (I) - 3 268
rante processos de lavagem, a remoção de subs- Essa aplicação, também chamada de caiação,
etanol C2H5OH (I) - 1 368
tâncias de baixa solubilidade em água, por exem- gera um problema: elimina microrganismos be-
glicose C6H12O6 (s) - 2 808
plo, óleos e gorduras. A figura a seguir representa néficos para a árvore.
a estrutura de uma molécula de sabão. metano CH4 (g) - 890
Disponível em: http://super.abril.com.br. Acesso em:
1 abr. 2010 (adaptado). octano C8H18 (l) - 5 471
COO-Na+ Sal de ácido carboxílico
A destruição do microambiente, no tronco de ár-
vores pintadas com cal, é devida ao processo de Neste contexto, qual dos combustíveis, quando
Em solução, os ânions do sabão podem hidrolisar queimado completamente, libera mais dióxido de
a água e, desse modo, formar o ácido carboxílico A difusão, pois a cal se difunde nos corpos dos carbono no ambiente pela mesma quantidade de
correspondente. Por exemplo, para o estearato de seres do microambiente e os intoxica. energia produzida?
sódio, é estabelecido o seguinte equilíbrio: B osmose, pois a cal retira água do microam-
A Benzeno.
biente, tornando-o inviável ao desenvolvi-
CH3(CH2)15COO- + H2O = CH3(CH2)15COOH + OH- B Metano.
mento de microrganismos.
C Glicose.
C oxidação, pois a luz solar que incide sobre o
Uma vez que o ácido carboxílico formado é pou- D Octano.
tronco ativa fotoquimicamente a cal, que eli-
co solúvel em água e menos eficiente na remoção E Etanol.
de gorduras, o pH do meio deve ser controlado de mina os seres vivos do microambiente.
maneira a evitar que o equilíbrio acima seja deslo- D aquecimento, pois a luz do Sol incide sobre o
cado para a direita. tronco e aquece a cal, que mata os seres vivos
9. Aumentar a eficiência na queima de combus-
Com base nas informações do texto, é correto con- do microambiente. tível dos motores a combustão e reduzir suas
cluir que os sabões atuam de maneira E vaporização, pois a cal facilita a volatilização emissões de poluentes é a meta de qualquer fa-
da água para a atmosfera, eliminando os seres bricante de motores. É também o foco de uma
A mais eficiente em pH básico.
vivos do microambiente. pesquisa brasileira que envolve experimentos
B mais eficiente em pH ácido. com plasma, o quarto estado da matéria e que
C mais eficiente em pH neutro. está presente no processo de ignição. A intera-
D eficiente em qualquer faixa de pH. 8. Um dos problemas dos combustíveis que contêm ção da faísca emitida pela vela de ignição com
E mais eficiente em pH ácido ou neutro. carbono é que sua queima produz dióxido de car- as moléculas de combustível gera o plasma que
bono. Portanto, uma característica importante, ao provoca a explosão liberadora de energia que,
se escolher um combustível, é analisar seu calor de por sua vez, faz o motor funcionar.
7. A cal (óxido de cálcio, CaO), cuja suspensão combustão (ΔHCº), definido como a energia libera- Disponível em: www.inovacaotecnologica.com.br.
Acesso em: 22 jul. 2010 (adaptado).
em água é muito usada como uma tinta de bai- da na queima completa de um mol de combustível
xo custo, dá uma tonalidade branca aos troncos no estado padrão. O quadro seguinte relaciona al- No entanto, a busca da eficiência referenciada no
de árvores. Essa é uma prática muito comum em gumas substâncias que contêm carbono e seu ΔHCº. texto apresenta como fator limitante

76
A o tipo de combustível, fóssil, que utilizam. Sen- O valor da pressão da água na ducha está associa-
C D
do um insumo não renovável, em algum mo- do à altura
mento estará esgotado.
A h1.
B um dos princípios da termodinâmica, segun-
do o qual o rendimento de uma máquina tér- B h2.
mica nunca atinge o ideal. C h3.
C o funcionamento cíclico de todos os motores. D h4.
A repetição contínua dos movimentos exige E
E h5.
que parte da energia seja transferida ao pró-
ximo ciclo.
D as forças de atrito inevitável entre as peças.
11. Um grupo de cientistas liderado por pesqui-
Tais forças provocam desgastes contínuos
que com o tempo levam qualquer material à sadores do Instituto de Tecnologia da Califórnia
fadiga e ruptura. (Caltech), nos Estados Unidos, construiu o primei-
E a temperatura em que eles trabalham. Para ro metamaterial que apresenta valor negativo do
atingir o plasma, é necessária uma tempera- índice de refração relativo para a luz visível. Deno-
tura maior que a de fusão do aço com que se mina-se metamaterial um material óptico artificial,
fazem os motores. tridimensional, formado por pequenas estruturas 12. Os ratos Peromyscus polionotus encontram-
menores do que o comprimento de onda da luz, se distribuídos em ampla região na América do
o que lhe dá propriedades e comportamentos que Norte. A pelagem de ratos dessa espécie varia
10. O manual que acompanha uma ducha higiênica não são encontrados em materiais naturais. Esse do marrom claro até o escuro, sendo que os ratos
informa que a pressão mínima da água para o seu material tem sido chamado de “canhoto”. de uma mesma população têm coloração muito
funcionamento apropriado é de 20 kPa. A figura Disponível em: http://www.inovacaotecnologica.com.br. semelhante. Em geral, a coloração da pelagem
Acesso em: 28 abr. 2010 (adaptado).
mostra a instalação hidráulica com a caixa d’água e também é muito parecida à cor do solo da região
o cano ao qual deve ser conectada a ducha. Considerando o comportamento atípico desse me- em que se encontram, que também apresenta a
tamaterial, qual é a figura que representa a refra-
mesma variação de cor, distribuída ao longo de
ção da luz ao passar do ar para esse meio?
um gradiente sul-norte. Na figura, encontram-se
representadas sete diferentes populações de P.
polionotus. Cada população é representada pela
A B pelagem do rato, por uma amostra de solo e por
sua posição geográfica no mapa.

77
13. O milho transgênico é produzido a partir da A
manipulação do milho original, com a transferên-
cia, para este, de um gene de interesse retirado de
outro organismo de espécie diferente.

A característica de interesse será manifestada


em decorrência

A do incremento do DNA a partir da duplica- B


ção do gene transferido.
B da transcrição do RNA transportador a partir
do gene transferido.
C da expressão de proteínas sintetizadas a
partir do DNA não hibridizado.
MULLEN, L. M.; HOEKSTRA, H. E. Natural selection along an D da síntese de carboidratos a partir da ativa-
environmental gradient: a classic cline in mouse pigmentation. ção do DNA do milho original. C
Evolution, 2008.
E da tradução do RNA mensageiro sintetiza-
O mecanismo evolutivo envolvido na associação do a partir do DNA recombinante.
entre cores de pelagem e de substrato é

A a alimentação, pois pigmentos de terra 14. Os freios ABS são uma importante medida de
são absorvidos e alteram a cor da pelagem
segurança no trânsito, os quais funcionam para
dos roedores.
impedir o travamento das rodas do carro quando D
B o fluxo gênico entre as diferentes popula-
o sistema de freios é acionado, liberando as rodas
ções, que mantém constante a grande di-
quando estão no limiar do deslizamento. Quando
versidade interpopulacional.
as rodas travam, a força de frenagem é governada
C a seleção natural, que, nesse caso, poderia ser pelo atrito cinético.
entendida como a sobrevivência diferenciada
de indivíduos com características distintas. As representações esquemáticas da força de atrito
D a mutação genética, que, em certos ambien- fat entre os pneus e a pista, em função da pressão E
tes, como os de solo mais escuro, têm maior p aplicada no pedal de freio, para carros sem ABS
ocorrência e capacidade de alterar significati- e com ABS, respectivamente, são:
vamente a cor da pelagem dos animais.
E a herança de caracteres adquiridos, capacida-
de de organismos se adaptarem a diferentes
ambientes e transmitirem suas características

78
15. Nossa pele possui células que reagem à inci- A 0,25 kg. 18. Para melhorar a mobilidade urbana na rede
dência de luz ultravioleta e produzem uma subs- B 0,33 kg. metroviária é necessário minimizar o tempo en-
tância chamada melanina, responsável pela pig- tre estações.
C 1,0 kg.
mentação da pele. Pensando em se bronzear, uma Para isso a administração do metrô de uma grande
D 1,3 kg.
garota vestiu um biquíni, acendeu a luz de seu cidade adotou o seguinte procedimento entre duas
quarto e deitou-se exatamente abaixo da lâmpada
E 3,0 kg.
estações: a locomotiva parte do repouso com ace-
incandescente. Após várias horas ela percebeu que leração constante por um terço do tempo de per-
não conseguiu resultado algum. curso, mantém a velocidade constante por outro
17. Os vegetais biossintetizam determinadas subs- terço e reduz sua velocidade com desaceleração
O bronzeamente não ocorreu porque a luz emitida tâncias (por exemplo, alcaloides e flavonoides), cuja constante no trecho final, até parar.
pela lâmpada incandescente é de estrutura química e concentração variam num mes-
mo organismo em diferentes épocas do ano e está- Qual é o gráfico de posição (eixo vertical) em fun-
A baixa intensidade. ção do tempo (eixo horizontal) que representa o
gios de desenvolvimento. Muitas dessas substâncias
B baixa frequência. movimento desse trem?
são produzidas para a adaptação do organismo às
C um espectro contínuo.
variações ambientais (radiação UV, temperatura, pa-
D amplitude inadequada. A B
rasitas, herbívoros, estímulo a polinizadores etc.) ou
E curto comprimento de onda. fisiológicas (crescimento, envelhecimento etc.).

As variações qualitativa e quantitativa na produção


16. No Japão, um movimento nacional para a pro- dessas substâncias durante um ano são possíveis
moção da luta contra o aquecimento global leva o porque o material genético do indivíduo
slogan: 1 pessoa, 1 dia, 1 kg de CO2 a menos! A ideia
A sofre constantes recombinações para adaptar-se. C D
é cada pessoa reduzir em 1 kg a quantidade de CO2
emitida todo dia, por meio de pequenos gestos eco- B muda ao longo do ano e em diferentes fases
lógicos, como diminuir a queima de gás de cozinha. da vida.
Um hamburguer ecológico? É pra já! Disponível em: C cria novos genes para biossíntese de substân-
http://lqes.iqm.unicamp.br. Acesso em: 24 fev. 2012 (adaptado).
cias específicas.
Considerando um processo de combustão completa
D altera a sequência de bases nitrogenadas
de um gás de cozinha composto exclusivamente por
para criar novas substâncias. E
butano (C4H10), a mínima quantidade desse gás que
um japonês deve deixar de queimar para atender à E possui genes transcritos diferentemente de
meta diária, apenas com esse gesto, é de acordo com cada necessidade.
Dados: CO2 (44 g/mol); C4H10 (58 g/mol)

79
19. Os dínamos são geradores de energia elétrica a exploração de recursos naturais, adotou-se, em 22. O manual de funcionamento de um captador
utilizados em bicicletas para acender uma pequena escala internacional, a política dos três erres: Re- de guitarra elétrica apresenta o seguinte texto:
lâmpada. Para isso, é necessário que a parte móvel dução, Reutilização e Reciclagem. Um exemplo de
Esse captador comum consiste de uma bobina,
esteja em contato com o pneu da bicicleta e, quando reciclagem é a utilização de
fios condutores enrolados em torno de um ímã
ela entra em movimento, é gerada energia elétrica
A garrafas de vidro retornáveis para cerveja permanente. O campo magnético do ímã induz o
para acender a lâmpada. Dentro desse gerador, en-
ou refrigerante. ordenamento dos polos magnéticos na corda da
contram-se um ímã e uma bobina.
B latas de alumínio como material para fabri- guitarra, que está próxima a ele. Assim, quando
cação de lingotes. a corda é tocada, as oscilações produzem varia-
C sacos plásticos de supermercado como acon- ções, com o mesmo padrão, no fluxo magnético
dicionantes de lixo caseiro. que atravessa a bobina. Isso induz uma corrente
D embalagens plásticas vazias e limpas para elétrica na bobina, que é transmitida até o amplifi-
acondicionar outros alimentos. cador e, daí, para o alto-falante.
E garrafas PET recortadas em tiras para fabrica- Um guitarrista trocou as cordas originais de sua
ção de cerdas de vassouras. guitarra, que eram feitas de aço, por outras feitas
de náilon. Com o uso dessas cordas, o amplifica-
dor ligado ao instrumento não emitia mais som,
Disponível em: http://www.if.usp.br. 21. Os tubos de PVC, material organoclorado porque a corda de náilon
Acesso em: 1 maio 2010. sintético, são normalmente utilizados como en-
O princípio de funcionamento desse equipamento é canamento na construção civil. Ao final da sua A isola a passagem de corrente elétrica da bobi-
explicado pelo fato de que a vida útil, uma das formas de descarte desses na para o alto-falante.
tubos pode ser a incineração. Nesse processo
A corrente elétrica no circuito fechado gera um B varia seu comprimento mais intensamente do
libera-se HCl (g), cloreto de hidrogênio, den-
campo magnético nessa região. que ocorre com o aço.
tre outras substâncias. Assim, é necessário um
B bobina imersa no campo magnético em circuito C apresenta uma magnetização desprezível
tratamento para evitar o problema da emissão
fechado gera uma corrente elétrica. sob a ação do ímã permanente.
desse poluente.
C bobina em atrito com o campo magnético no D induz correntes elétricas na bobina mais in-
circuito fechado gera uma corrente elétrica. Entre as alternativas possíveis para o tratamento,
tensas que a capacidade do captador.
D corrente elétrica é gerada em circuito fechado é apropriado canalizar e borbulhar os gases prove-
por causa da presença do campo magnético. nientes da incineração em E oscila com uma frequência menor do que a
E corrente elétrica é gerada em circuito fechado que pode ser percebida pelo captador.
A água dura.
quando há variação do campo magnético.
B água de cal.
C água salobra. 23. O armazenamento de certas vitaminas no or-
20. Para diminuir o acúmulo de lixo e o desperdício D água destilada. ganismo apresenta grande dependência de sua
de materiais de valor econômico e, assim, reduzir solubilidade. Por exemplo, vitaminas hidrossolú-
E água desmineralizada.
veis devem ser incluídas na dieta diária, enquan-

80
to vitaminas lipossolúveis são armazenadas em A seres vivos podem ser criados em laboratório. A polar, ou seja, serem inteiramente solúveis em água.
quantidades suficientes para evitar doenças cau- B apolar, ou seja, não serem solúveis em solução
B a vida se originou no planeta a partir de
sadas pela sua carência. A seguir são apresenta- microrganismos. aquosa.
das as estruturas químicas de cinco vitaminas ne-
C o ser vivo é oriundo da reprodução de ou- C anfotérica, ou seja, podem comportar-se como
cessárias ao organismo.
tro ser vivo pré-existente. ácidos e bases.

D seres vermiformes e microrganismos são D insaturada, ou seja, possuírem duplas ligações


evolutivamente aparentados. em sua estrutura.

E vermes e microrganismos são gerados pela E anfifílica, ou seja, possuírem uma parte hidrofí-
matéria existente nos cadáveres e nos cal- lica e outra hidrofóbica.
dos nutritivos, respectivamente.

26. Usando pressões extremamente altas, equiva-


25. Quando colocados em água, os fosfolipídeos lentes às encontradas nas profundezas da Terra ou
tendem a formar lipossomos, estruturas formadas em um planeta gigante, cientistas criaram um novo
por uma bicamada lipídica, conforme mostrado na cristal capaz de armazenar quantidades enormes de
Dentre as vitaminas apresentadas na figura, aque- energia. Utilizando-se um aparato chamado bigor-
figura. Quando rompida, essa estrutura tende a se
la que necessita de maior suplementação diária é na de diamante, um cristal de difluoreto de xenô-
reorganizar em um novo lipossomo.
nio (XeF2) foi pressionado, gerando um novo cristal
A I.
com estrutura supercompacta e enorme quantidade
B II. de energia acumulada.
C III. Inovação Tecnológica. Disponível em:
D IV. Fosfolipídios http://www.inovacaotecnologica.com.br. Acesso em:
07 jul. 2010 (adaptado).
E V.
Embora as condições citadas sejam diferentes do co-
Meio
Aquoso tidiano, o processo de acumulação de energia descrito
é análogo ao da energia
24. Em certos locais, larvas de moscas, criadas em
arroz cozido, são utilizadas como iscas para pes- A armazenada em um carrinho de montanha russa
ca. Alguns criadores, no entanto, acreditam que durante o trajeto.
Meio
essas larvas surgem espontaneamente do arroz Aquoso B armazenada na água do reservatório de uma
cozido, tal como preconizado pela teoria da gera- usina hidrelétrica.
ção espontânea. Disponível em: http://course1.winona.edu. Acesso em: C liberada na queima de um palito de fósforo.
1 mar. 2012 (adaptado).
Essa teoria começou a ser refutada pelos cientistas D gerada nos reatores das usinas nucleares.
ainda no século XVII, a partir dos estudos de Redi Esse arranjo característico se deve ao fato de os E acumulada em uma mola comprimida.
e Pasteur, que mostraram experimentalmente que fosfolipídios apresentarem uma natureza

81
27. A imagem representa o processo de evolução 28. O boato de que os lacres das latas de alumínio 29. Osmose é um processo espontâneo que ocorre
das plantas e algumas de suas estruturas. Para o teriam um alto valor comercial levou muitas pes- em todos os organismos vivos e é essencial à ma-
sucesso desse processo, a partir de um ancestral soas a juntarem esse material na expectativa de nutenção da vida. Uma solução 0,15 mol/L de NaCl
simples, os diferentes grupos vegetais desenvol- ganhar dinheiro com sua venda. As empresas fa- (cloreto de sódio) possui a mesma pressão osmó-
veram estruturas adaptativas que lhes permitiram bricantes de alumínio esclarecem que isso não pas- tica das soluções presentes nas células humanas.
sobreviver em diferentes ambientes. sa de uma “lenda urbana”, pois ao retirar o anel da
lata, dificultasse a reciclagem do alumínio. Como A imersão de uma célula humana em uma solução
a liga do qual é feito o anel contém alto teor de 0,20 mol/L de NaCl tem, como consequência, a
magnésio, se ele não estiver junto com a lata, fica
A adsorção de íons Na+ sobre a superfície da célula.
mais fácil ocorrer a oxidação do alumínio no forno.
A tabela apresenta as semirreações e os valores de B difusão rápida de íons Na+ para o interior da célula.
potencial padrão de redução de alguns metais: C diminuição da concentração das soluções
presentes na célula.
D transferência de íons Na+ da célula para a solução.
E transferência de moléculas de água do inte-
rior da célula para a solução.

30. Em um dia de chuva muito forte, constatou-


Disponível em: www.sucatas.com. Acesso em: 28 fev. 2012 (adaptado). se uma goteira sobre o centro de uma piscina co-
Disponível em: http://biopibidufsj.blogspot.com. Acesso em:
29 fev. 2012 (adaptado).
berta, formando um padrão de ondas circulares.
Com base no texto e na tabela, que metais pode- Nessa situação, observou-se que caíam duas go-
Qual das estruturas adaptativas apresentadas riam entrar na composição do anel das latas com tas a cada segundo. A distância entre duas cristas
contribuiu para uma maior diversidade genética? a mesma função do magnésio, ou seja, proteger o consecutivas era de 25 cm e cada uma delas se
alumínio da oxidação nos fornos e não deixar dimi- aproximava da borda da piscina com velocidade
A As sementes aladas, que favorecem a disper- nuir o rendimento da sua reciclagem? de 1,0 m/s. Após algum tempo a chuva diminuiu e
são aérea. a goteira passou a cair uma vez por segundo.
A Somente o lítio, pois ele possui o menor poten-
B Os arquegônios, que protegem o embrião cial de redução. Com a diminuição da chuva, a distância entre as
multicelular. Somente o cobre, pois ele possui o maior poten- cristas e a velocidade de propagação da onda se
B
C Os grãos de pólen, que garantem a poliniza- cial de redução. tornaram, respectivamemente,
ção cruzada. C Somente o potássio, pois ele possui potencial de
A maior que 25 cm e maior que 1,0 m/s.
D Os frutos, que promovem uma maior eficiên- redução mais próximo do magnésio.
Somente o cobre e o zinco, pois eles sofrem oxi- B maior que 25 cm e igual a 1,0 m/s.
cia reprodutiva. D
dação mais facilmente que o alumínio. C menor que 25 cm e menor que 1,0 m/s.
E Os vasos condutores, que possibilitam o
E Somente o lítio e o potássio, pois seus potenciais D menor que 25 cm e igual a 1,0 m/s.
transporte da seiva bruta. de redução são menores do que o do alumínio. E igual a 25 cm e igual a 1,0 m/s.

82
31. A figura representa um dos modelos de um sis- Ele deve proceder dessa forma porque os raios A Álcool ou sabão.
tema de interações entre seres vivos. Ela apresen- de luz B Suco de limão ou álcool.
ta duas propriedades, P1 e P2, que interagem em I,
A refletidos pelo peixe não descrevem uma tra- C Suco de limão ou vinagre.
para afetar uma terceira propriedade, P3, quando
jetória retilínea no interior da água. D Suco de limão, leite ou sabão.
o sistema é alimentado por uma fonte de energia,
B emitidos pelos olhos do índio desviam sua E Sabão ou carbonato de sódio/barrilha.
E. Essa figura pode simular um sistema de campo
trajetória quando passam do ar para a água.
em que P1 representa as plantas verdes; P2 um ani-
C espalhados pelo peixe são refletidos pela su-
mal herbívoro e P3, um animal onívoro.
perfície da água. 34. Paleontólogos estudam fósseis e esqueletos
D emitidos pelos olhos do índio são espalhados de dinossauros para tentar explicar o desapare-
pela superfície da água. cimento desses animais. Esses estudos permitem
E refletidos pelo peixe desviam sua trajetória afirmar que esses animais foram extintos há
quando passam da água para o ar. cerca de 65 milhões de anos. Uma teoria aceita
atualmente é a de que um asteroide colidiu com
a Terra, formando uma densa nuvem de poeira
33. Uma dona de casa acidentalmente deixou cair na atmosfera.
na geladeira a água proveniente do degelo de um
peixe, o que deixou um cheiro forte e desagra- De acordo com essa teoria, a extinção ocorreu
dável dentro do eletrodoméstico. Sabe-se que o em função de modificações no planeta que
odor característico de peixe se deve às aminas e A desestabilizaram o relógio biológico dos ani-
ODUM, E. P. Ecologia. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 1988
que esses compostos se comportam como bases. mais, causando alterações no código genético.
Na tabela são listadas as concentrações hidroge- reduziram a penetração da luz solar até a
B
niônicas de alguns materiais encontrados na cozi- superfície da Terra, interferindo no fluxo
A função interativa / representa a proporção de
nha, que a dona de casa pensa em utilizar na lim- energético das teias tróficas.
A herbivoria entre P1 e P2. peza da geladeira.
C causaram uma série de intoxicações nos
B polinização entre P1 e P2. animais, provocando a bioacumulação de
C P3 utilizada na alimentação de P1 e P2. partículas de poeira nos organismos.
D P1 ou P2 utilizada na alimentação de P3. D resultaram na sedimentação das partícu-
las de poeira levantada com o impacto do
E energia de P1 e de P2 que saem do sistema.
meteoro, provocando o desaparecimento de
rios e lagos.
32. Alguns povos indígenas ainda preservam suas E evitaram a precipitação de água até a
tradições realizando a pesca com lanças, demons- superfície da Terra, causando uma grande
trando uma notável habilidade. Para fisgar um pei- seca que impediu a retroalimentação do
xe em um lago com águas tranquilas o índio deve Dentre os materiais listados, quais são apropria- ciclo hidrológico.
mirar abaixo da posição em que enxerga o peixe. dos para amenizar esse odor?

83
35. Analise a figura. muito calor que poderia ainda ser usado como fon- 37. Deseja-se instalar uma estação de geração de
te de energia para outros processos. Em ambientes energia elétrica em um município localizado no in-
industriais, esse reaproveitamento é feito por um terior de um pequeno vale cercado de altas mon-
processo chamado de cogeração. A figura a seguir tanhas de difícil acesso. A cidade é cruzada por um
ilustra um exemplo de cogeração na produção de rio, que é fonte de água para consumo, irrigação
energia elétrica. das lavouras de subsistência e pesca. Na região,
que possui pequena extensão territorial, a incidên-
COGERAÇÃO DE ENERGIA ELÉTRICA cia solar é alta o ano todo. A estação em questão
irá abastecer apenas o município apresentado.
Energia Turbina e Gases de
elétrica Vapor
exaustão
Qual forma de obtenção de energia, entre as apre-
gerador
secundária sentadas, é a mais indicada para ser implantada
nesse município de modo a causar o menor im-
pacto ambiental?
Recuperação
de calor
Disponível em: http//www.alcoologia.net. Acesso em: A Termelétrica, pois é possível utilizar a água do
15 jul. 2009 (adaptado).
rio no sistema de refrigeração.
Energia
Supondo que seja necessário dar um título para elétrica
Gerador a B Eólica, pois a geografia do local é própria para
diesel
essa figura, a alternativa que melhor traduziria o primária a captação desse tipo de energia.
processo representado seria: C Nuclear, pois o modo de resfriamento de seus
A Concentração média de álcool no sangue ao sistemas não afetaria a população.
Entrada
longo do dia. combustível D Fotovoltaica, pois é possível aproveitar a
B Variação da frequência da ingestão de álco- energia solar que chega à superfície do local.
ol ao longo das horas. HINRICHS, R. A.; KLEINBACH, M. Energia e meio ambiente. E Hidrelétrica, pois o rio que corta o município
São Paulo: Pioneira Thomson Learning, 2003 (adaptado).
C Concentração mínima de álcool no sangue a é suficiente para abastecer a usina construída.
partir de diferentes dosagens.
D Estimativa de tempo necessário para meta- Em relação ao processo secundário de aproveita-
bolizar diferentes quantidades de álcool. mento de energia ilustrado na figura, a perda glo- 38. A produção de hormônios vegetais (como a
E Representação gráfica da distribuição de fre- bal de energia é reduzida por meio da transforma- auxina, ligada ao crescimento vegetal) e sua dis-
quência de álcool em determinada hora do dia. ção de energia tribuição pelo organismo são fortemente influen-
ciadas por fatores ambientais. Diversos são os
A térmica em mecânica.
estudos que buscam compreender melhor essas
36. No nosso dia a dia deparamo-nos com mui- B mecânica em térmica.
influências. O experimento seguinte integra um
tas tarefas pequenas e problemas que deman- C química em térmica. desses estudos.
dam pouca energia para serem resolvidos e, por D química em mecânica.
isso, não consideramos a eficiência energética de
E elétrica em luminosa.
nossas ações. No global, isso significa desperdiçar

84
na banda de frequência de megahertz, tem seu 41. Para explicar a absorção de nutrientes, bem
sinal de transmissão superposto pela transmissão como a função das microvilosidades das mem-
de uma rádio pirata de mesma frequência que in- branas das células que revestem as paredes inter-
terfere no sinal da emissora do centro em algumas nas do intestino delgado, um estudante realizou
regiões da cidade. o seguinte experimento: Colocou 200 mℓ de água
em dois recipientes. No primeiro recipiente, mer-
Considerando a situação apresentada, a rádio pi-
gulhou, por 5 segundos, um pedaço de papel liso,
rata interfere no sinal da rádio do centro devido à
como na FIGURA 1; no segundo recipiente, fez o
A atenuação promovida pelo ar nas radiações mesmo com um pedaço de papel com dobras si-
emitidas. mulando as microvilosidades, conforme FIGURA
B maior amplitude da radiação emitida pela es- 2. Os dados obtidos foram: a quantidade de água
tação do centro. absorvida pelo papel liso foi de 8 mℓ, enquanto
C diferença de intensidade entre as fontes pelo papel dobrado foi de 12 ml.
emissoras de ondas.
O fato de a planta do experimento crescer na di- D menor potência de transmissão das ondas da
reção horizontal, e não na vertical, pode ser expli- emissora pirata.
cado pelo argumento de que o giro faz com que a E semelhança dos comprimentos de onda das
auxina se radiações emitidas.

A distribua uniformemente nas faces do caule,


estimulando o crescimento de todas elas de 40. Um dos problemas ambientais vivenciados
forma igual. pela agricultura hoje em dia é a compactação
B acumule na face inferior do caule e, por isso, do solo, devida ao intenso tráfego de máquinas
determine um crescimento maior dessa parte. cada vez mais pesadas, reduzindo a produtivi-
Com base nos dados obtidos, infere-se que a fun-
C concentre na extremidade do caule e, por dade das culturas. ção das microvilosidades intestinais com relação
isso, iniba o crescimento nessa parte.
Uma das formas de prevenir o problema de com- à absorção de nutrientes pelas células das pare-
D distribua uniformemente nas faces do caule e, des internas do intestino é a de
pactação do solo é substituir os pneus dos tratores
por isso, iniba o crescimento de todas elas.
por pneus mais A manter o volume de absorção.
E concentre na face inferior do caule e, por isso,
B aumentar a superfície de absorção.
iniba a atividade das gemas laterais. A largos, reduzindo a pressão sobre o solo.
C diminuir a velocidade de absorção.
B estreitos, reduzindo a pressão sobre o solo.
D aumentar o tempo de absorção.
C largos, aumentando a pressão sobre o solo.
39. Um garoto que passeia de carro com seu pai manter a seletividade na absorção.
D estreitos, aumentando a pressão sobre o solo. E
pela cidade, ao ouvir o rádio, percebe que a sua
estação de rádio preferida, a 94,9 FM, que opera E altos, reduzindo a pressão sobre o solo

85
42. técnica muito promissora para essa finalidade, por
apresentar vantagens econômicas e ambientais.

Para ser utilizado nesta técnica promissora, um mi-


crorganismo deve ser capaz de

A transferir o contaminante do solo para a água.


B absorver o contaminante sem alterá-lo
quimicamente.
C apresentar alta taxa de mutação ao longo
das gerações.
D estimular o sistema imunológico do homem
contra o contaminante.
Disponível em: http://www.cienciasgaspar.blogspot.com.
E metabolizar o contaminante, liberando
subprodutos menos tóxicos ou atóxicos.
Suponha que, em cena anterior à apresentada, o
homem tenha se alimentado de frutas e grãos que
conseguiu coletar. Na hipótese de, nas próximas
45. As estrelas-do-mar comem ostras, o que resul-
De acordo com o relatório “A grande sombra da cenas, o tigre ser bem-sucedido e, posteriormen-
ta em efeitos econômicos negativos para criado-
pecuária” (Livestock’s Long Shadow), feito pela te, servir de alimento aos abutres, tigre e abutres
res e pescadores. Por isso, ao se depararem com
Organização das Nações Unidas para a Agricultura ocuparão, respectivamente, os níveis tróficos de
esses predadores em suas dragas, costumavam
e a Alimentação, o gado é responsável por cerca pegar as estrelas-do-mar, parti-las ao meio e ati-
A produtor e consumidor primário.
de 18% do aquecimento global, uma contribuição rá-las de novo à água. Mas o resultado disso não
maior que a do setor de transportes. B consumidor primário e consumidor secundário.
era a eliminação das estrelas-do-mar, e sim o au-
C consumidor secundário e consumidor terciário.
Disponível em: www.conpet.gov.br. Acesso em: 22 jun. 2010. mento do seu número.
D consumidor terciário e produtor.
DONAVEL, D. A bela é uma fera. Super Interessante. Disponível em:
A criação de gado em larga escala contribui para o E consumidor secundário e consumidor primário. http://super.abril.com.br. Acesso em: 30 abr. 2010 (adaptado).
aquecimento global por meio da emissão de
A partir do texto e do seu conhecimento a respei-
A metano durante o processo de digestão. to desses organismos, a explicação para o aumen-
44. Pesticidas são contaminantes ambientais al-
B óxido nitroso durante o processo de ruminação. to da população de estrelas-do-mar, baseia-se no
tamente tóxicos aos seres vivos e, geralmente,
C clorofluorcarbono durante o transporte de carne. fato de elas possuírem:
com grande persistência ambiental. A busca por
D óxido nitroso durante o processo respiratório. novas formas de eliminação dos pesticidas tem A papilas respiratórias que facilitaram sua repro-
E dióxido de enxofre durante o consumo de pastagens. aumentado nos últimos anos, uma vez que as
dução e respiração por mais tempo no ambiente.
técnicas atuais são economicamente dispendio-
43. Os personagens da figura estão representan- sas e paliativas. A biorremediação de pesticidas
B pés ambulacrários que facilitaram a reprodução e a
utilizando microrganismos tem se mostrado uma locomoção do equinodermo pelo ambiente aquático.
do uma situação hipotética de cadeia alimentar.

86
C espinhos na superfície do corpo que facilita- D pela queima do carvão e combustíveis fósseis. B células provenientes de transplantes entre diferen-
ram sua proteção e reprodução, contribuindo E pelos detritos e cinzas vulcânicas. tes indivíduos envelhecem e morrem rapidamente.
para a sua sobrevivência. C células-tronco, por serem doadas pelo próprio
D um sistema de canais que contribuíram na indivíduo receptor, apresentam material genéti-
47. Os carrinhos de brinquedo podem ser de vários
distribuição de água pelo seu corpo e ajuda- co semelhante.
tipos. Dentre eles, há os movidos a corda, em que
ram bastante em sua reprodução.
uma mola em seu interior é comprimida quando
D células transplantadas entre diferentes indivíduos
se diferenciam em tecidos tumorais no receptor.
E alta capacidade regenerativa e reprodutiva, a criança puxa o carrinho para trás. Ao ser solto,
sendo cada parte seccionada capaz de dar E células provenientes de transplantes convencionais
o carrinho entra em movimento enquanto a mola
origem a um novo indivíduo. volta à sua forma inicial. não se reproduzem dentro do corpo do receptor.

O processo de conversão de energia que ocorre no


46. carrinho descrito também é verificado em 49. Suponha que você seja um consultor e foi contra-
tado para assessorar a implantação de uma matriz
A um dínamo. energética em um pequeno país com as seguintes
B um freio de automóvel. características: região plana, chuvosa e com ventos
C um motor a combustão. constantes, dispondo de poucos recursos hídricos e
uma usina hidroelétrica. sem reservatórios de combustíveis fósseis.
D
E uma atiradeira (estilingue). De acordo com as características desse país, a ma-
triz energética de menor impacto e riscos ambien-
tais é a baseada na energia
48. A utilização de células-tronco do próprio indi-
víduo (autotransplante) tem apresentado suces- A dos biocombustíveis, pois tem menor impacto
so como terapia medicinal para a regeneração de ambiental e maior disponibilidade.
tecidos e órgãos cujas células perdidas não têm B solar, pelo seu baixo custo e pelas característi-
ZIEGLER, M.F. Energia Sustentável. Revista Isto É. 28 abr. 2010.
capacidade de reprodução, principalmente em cas do país favoráveis à sua implantação.
substituição aos transplantes, que causam muitos C nuclear, por ter menor risco ambiental e ser ade-
A fonte de energia representada na figura, con- problemas devidos à rejeição pelos receptores. quada a locais com menor extensão territorial.
siderada uma das mais limpas e sustentáveis do O autotransplante pode causar menos problemas D hidráulica, devido ao relevo, à extensão territo-
mundo, é extraída do calor gerado de rejeição quando comparado aos transplantes rial do país e aos recursos naturais disponíveis.

A pela circulação do magma no subsolo. tradicionais, realizados entre diferentes indivídu- E eólica, pelas características do país e por
os. Isso porque as não gerar gases do efeito estufa nem resídu-
B pelas erupções constantes dos vulcões.
os de operação.
C pelo sol que aquece as águas com radiação A células-tronco se mantêm indiferenciadas após
ultravioleta. sua introdução no organismo do receptor.

87
50. Os vaga-lumes machos e fêmeas emitem sinais A pela posição vertical da árvore e do menino. C diminuição da salinidade, que atinge um nível
luminosos para se atraírem para o acasalamento. O B pela posição do menino em relação à árvore. em que as plantas não têm força de sucção, fa-
macho reconhece a fêmea de sua espécie e, atra-
C pelo movimento aparente do Sol em torno zendo com que a água não seja absorvida.
ído por ela, vai ao seu encontro. Porém, existe um
da Terra. D aumento da salinidade, que atinge um nível em
tipo de vaga-lume, o Photuris, cuja fêmea engana
e atrai os machos de outro tipo, o Photinus, fingin- D pelo fuso horário específico de cada ponto da que as plantas têm muita sudação, não tendo
do ser desse gênero. Quando o macho Photinus se superfície da Terra. força de sucção para superá-la.
aproxima da fêmea Photuris, muito maior que ele, E pela estação do ano, sendo que no inverno os E diminuição da salinidade, que atinge um nível
é atacado e devorado por ela. dias são mais curtos que no verão. em que as plantas ficam túrgidas e não têm for-
BERTOLDI, O. G.; VASCONCELLOS, J. R. Ciência & sociedade: a ça de sudação para superá-la.
aventura da vida, a aventura da tecnologia. São Paulo:
Scipione, 2000 (adaptado).
52. A lavoura arrozeira na planície costeira da re-
A relação descrita no texto, entre a fêmea do gê- gião sul do Brasil comumente sofre perdas ele-
nero Photuris e o macho do gênero Photinus, é um vadas devido à salinização da água de irrigação,
exemplo de que ocasiona prejuízos diretos, como a redução de
produção da lavoura. Solos com processo de sali-
A comensalismo. nização avançado não são indicados, por exemplo,
B inquilinismo. para o cultivo de arroz. As plantas retiram a água
C cooperação. do solo quando as forças de embebição dos teci-
D predatismo. dos das raízes são superiores às forças com que a
mutualismo. água é retida no solo.
E
WINKEL, H.L.;TSCHIEDEL, M. Cultura do arroz: salinização de
solos em cultivos de arroz. Disponível em: http://agropage.tripod.
com/saliniza.hml. Acesso em: 25 jun. 2010 (adaptado).
51.
A presença de sais na solução do solo faz com que
seja dificultada a absorção de água pelas plantas, o
que provoca o fenômeno conhecido por seca fisio-
lógica, caracterizado pelo(a)

A aumento da salinidade, em que a água do solo


atinge uma concentração de sais maior que a
Revista Ciência Hoje. Vol. 5, n. 27, dez. 1986. Encarte.
das células das raízes das plantas, impedindo,
Os quadrinhos mostram, por meio da projeção da assim, que a água seja absorvida.
sombra da árvore e do menino, a sequência de pe-
B aumento da salinidade, em que o solo atinge
ríodos do dia, matutino, meio-dia e vespertino, que
um nível muito baixo de água, e as plantas não
é determinada
têm força de sucção para absorver a água.

88
Foto: Douglas Luccena
89
Foto: Douglas Luccena

90
Prova s
20
10

91
92
93
94
95
96
97
98
20
11

99
100
101
102
103
104
105
106
20
12

107
108
109
110
111
112
113
114
13
2 0

115
116
117
118
119
120
121
122
20
14

123
124
125
126
127
128
129
Estou muito feliz em ter chegado até
aqui com você!

Este é meu amigo Ari, que auxiliou os


seus colegas das áreas de Matemática
e Linguagens, juntos estamos ansiosos
pelos bons resultados das próximas
avaliações do ENEM.

Você pode continuar


desenvolvendo um
ótimo trabalho. Assim,
manteremos a rede
escolar SESI-SP como
referência em ensino
no estado de São Paulo.
Grande abraço e até
a próxima!

130

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