Cad. 07 - Frente - B - Ótica - A Refração Da Luz
Cad. 07 - Frente - B - Ótica - A Refração Da Luz
Cad. 07 - Frente - B - Ótica - A Refração Da Luz
Antônio Máximo
Beatriz Alvarenga
Carla Guimarães
www.sesieducacao.com.br
CAPÍTULO
1 Refração da luz
Objetivos: INTRODUÇÃO
c Empregar as leis Você já deve ter observado que, quando estamos na beira de uma piscina de águas tranquilas,
da refração da luz ela nos parece mais rasa. Isso porque o que estamos vendo não é o fundo da piscina, mas sua imagem,
na compreensão de elevada em relação ao fundo, em virtude da refração dos raios luminosos (que saem do fundo da
sistemas naturais e piscina) ao passarem para o ar.
tecnológicos. Um fenômeno idêntico a este se passa com a luz solar ao atravessar a atmosfera da Terra. Ao
anoitecer, mesmo depois que o Sol está abaixo da linha do horizonte, continuamos a ver sua imagem
c Aplicar os princípios de (e a receber sua luz) em virtude da refração. Da mesma forma, ao amanhecer, começamos a ver a
formação de imagens imagem do Sol antes que ele alcance a linha do horizonte. Dessa maneira, se não existisse atmosfera,
em lentes esféricas o dia terrestre seria um pouco mais curto.
à resolução de Neste capítulo, vamos entender a explicação para fenômenos como esses, relacionados com
problemas associados
refração da luz.
a sistenas óticos
naturais e tecnológicos. O que é refração
c Reconhecer os Se um feixe de luz, propagando-se no ar, encontra a superfície de um bloco de vidro (fig. 1),
fenômenos associados parte do feixe é refletida e parte penetra no bloco. O feixe luminoso que passa a se propagar no vidro
à refração da luz em tem direção diferente da direção do feixe incidente, isto é, a direção de propagação da luz é alterada
situações cotidianas e quando ela passa do ar para o vidro, como mostra a figura 1. Quando isso acontece, dizemos que a
nas práticas sociais. luz sofreu refração, ou seja, a luz se refrata ao passar do ar para o vidro.
Feixe
incidente
Feixe
refletido
GLOSSÁRIO
Refração:
do latim, refractus, que significa “gira-
do para o lado” ou “quebrado”.
Feixe
refratado
Ar
Vidro
AVITS ESTÚDIO GRÁFICO/
ARQUIVO DA EDITORA
A refração ocorre quando a luz passa de um meio para outro, nos quais ela se propaga com
velocidades diferentes. Na figura 2, o lápis está parcialmente submerso, aparentando estar quebrado.
Na realidade, isso acontece porque os raios de luz mudam de direção quando passam da água para
o ar, provocando ilusão de ótica.
A B
ROB WALLS/ALAMY/LATINSTOCK
Água
Vidro
As leis da refração
Quando um raio luminoso atinge a superfície de separação entre dois meios materiais di-
ferentes, parte da energia luminosa é refletida, enquanto outra parte penetra no segundo meio,
conforme podemos ver na figura 3. A normal é a reta perpendicular (linha tracejada) à superfície
de separação no ponto de incidência. A figura 3 mostra um raio incidente, que se propaga no meio
(1), atingindo a interface plana entre os meios (1) e (2). O ângulo u1 formado pelo raio incidente
e a normal é denominado ângulo de incidência e o plano definido entre eles é chamado plano
de incidência. O ângulo de reflexão u'1 formado entre a normal e o raio refletido, que se propaga
no meio (1), é igual ao ângulo de incidência e também está no plano de incidência. O ângulo u2,
formado pela normal e o raio refratado, que se propaga no meio (2), é denominado ângulo de
refração. A normal, o raio refletido e o raio refratado estão situados em um mesmo plano, que Raio Normal
é o plano da página do livro. Como mostra a figura 3, os ângulos u1 e u'1 são iguais (um resultado incidente
conhecido da reflexão). Já os ângulos u1 e u2 não são iguais entre si. O ângulo de refração u2 é
menor que o ângulo de incidência u1 se a velocidade da luz no meio (2) for menor do que no
meio (1), e o raio refratado se aproxima da normal. Chamamos de dioptro um sistema formado u1 u'1 Raio
por dois meios homogêneos e transparentes. No caso da figura 3 temos um dioptro plano, que é (1) refletido
Portanto, quando a luz sofre refração, passando de um meio (1), no qual sua velocidade é v1, 2: Física Térmica e Óptica, do
para outro meio (2), no qual ela se propaga com velocidade v2, temos: Grupo de Reelaboração do En-
sen u1 v sino de Física (GREF). São Paulo:
5 1 Edusp, 1991.
sen u 2 v2
u1
Vácuo
Meio
u2
Gelo 1,31
Sal de cozinha 1,54
Quartzo 1,54
Zircônio 1,92
Diamante 2,42
Rutilo 2,80
Vidro 1,50
Álcool etílico 1,36
Água 1,33
Glicerina 1,47
Bissulfeto de carbono 1,63
Quando a luz passa de um meio, cujo índice de refração é n1, para outro meio, cujo índice
de refração é n2, tem-se sempre:
n1sen u1 5 n2 sen u2
COMENTÁRIOS
Consideremos um raio luminoso passando de um meio (1) para um meio (2) tal que o índice
de refração do meio (1) seja menor do que o do meio (2), isto é, n1 , n2. Esses meios poderiam
ser, por exemplo, o ar (n1 5 1,0) e o vidro (n2 5 1,5), como na situação (A) da figura 5. Então, como
n1 , n2, e devemos ter n1sen u1 5 n2sen u2, concluímos que:
sen u1 . sen u2 [ u1 . u2
Portanto, quando um raio luminoso se refrata, passando de um meio para outro de maior
índice de refração, o ângulo de refração é menor do que o de incidência ou, em outras palavras,
o raio se refrata aproximando-se da normal (fig. 5-A).
Um raciocínio análogo nos mostra que, ao passar de um meio para outro cujo índice de re-
fração é menor, o raio luminoso se refrata, afastando-se da normal (fig. 5-B).
Observe, entretanto, que, quaisquer que sejam os valores de n1 e n2, se um raio luminoso incidir
com um ângulo u1 5 0°, teremos, pela lei de Snell (n1sen u1 5 n2sen u2), também u2 5 0°, isto é, o raio
luminoso não sofre nenhum desvio ao passar de um meio para o outro (fig. 5-C).
A B C
u
1
(1)
Vidro (1)
(2)
Ar (2)
u
FRENTE B
2
u
1
Vidro (1)
Ar (2) Atividade
FÍSICA
u Experimental
2
PARA CONSTRUIR
1 (UFPE) A figura apresenta um ex- 2 Sabe-se que a luz do Sol gasta 500 s para chegar à Terra. Supon-
perimento com um raio de luz do que o espaço entre o Sol e a Terra fosse totalmente preen-
que passa de um bloco de vidro chido com um vidro de índice de refração n 5 1,5, responda:
para o ar. Considere a velocidade 30° a) A velocidade da luz nesse vidro é quantas vezes menor do
Bloco
da luz no ar como sendo igual à de que a velocidade da luz no vácuo?
velocidade da luz no vácuo. Qual vidro c
De n 5 c obtemos v 5 . Então, como n 5 1,5, vemos que a
é a velocidade da luz dentro do Ar v n
velocidade, v, da luz nesse vidro é 1,5 vez menor que no vácuo.
bloco de vidro, em unidades de 45°
108 m/s?
Dados: velocidade da luz no vácuo 5 3 ? 108 m/s; sen 30° 5 0,50;
sen 45° 5 0,71.
u 5 108
Aplicando a lei de Snell:
b) Então, nesse caso, qual seria o tempo que a luz solar gas-
sen uar v
5 ar taria para chegar à Terra?
sen uvidro v vidro Evidentemente, como a velocidade da luz tornou-se 1,5 vez me-
sen uvidro nor, gastará um tempo 1,5 vez maior, isto é:
v vidro 5 v ar
sen uar t 5 1,5 ? 500 ∴ t 5 750 s
sen 30o
v vidro 5 3 ? 108
sen 45o
v vidro 5 2,11 ? 108 m/s
v vidro 5 2,11u
3 Um raio luminoso, AB, propagando-se no ar, incide em uma das faces de uma lâmina de vidro de faces paralelas. Após sofrer duas
refrações, o raio de luz emerge da lâmina para o ar (raio CD), como mostra a figura deste problema.
A
Observação: A solução do exercício
3 mostra aos alunos que quando um
u1
raio luminoso incide obliquamente
Ar B
em uma lâmina de faces paralelas,
Vidro
situada em um meio homogêneo
(como o ar), ele emerge da lâmina u2
sem sofrer desvio angular, apenas u3
deslocado lateralmente de certa
distância (como vemos na figura do
problema). Ar C
u4
a) Usando a lei de Snell, determine a relação existente entre os ângulos u1 e u4 mostrados na figura.
Para o ponto B, sendo nar e nv os índices de refração do ar
e do vidro, temos: narsen u1 5 nvsen u2. Observando que u3 5 u2
(ângulos alternos internos) vem para o ponto C: nvsen u2 5 narsen u4
Logo: narsen u4 5 narsen u1 ⇒ sen u4 5 sen u1 [ u4 5 u1
b) Com base na resposta do item anterior, que relação existe entre as direções dos raios AB e CD?
Como u4 5 u1, os raios CD e AB estão formando ângulos iguais com a direção normal às faces da lâmina. Os alunos podem concluir
facilmente que isso significa que os raios AB e CD são paralelos.
4 (Uerj) Um raio luminoso monocromático, inicialmente deslocando-se no vácuo, incide de modo perpendicular à superfície de um
5
m
Ene-5 meio transparente, ou seja, com ângulo de incidência igual a 0°. Após incidir sobre essa superfície, sua velocidade é reduzida a
C 7
H-1
6
sen u1 u
do valor no vácuo. Utilizando a relação 5 1 para ângulos menores que 10°, estime o ângulo de refringência quando o raio
m
Ene-3
sen u2 u2
C 0
H-1 atinge o meio transparente com um ângulo de incidência igual a 3°.
A partir da lei de Snell, teremos:
n1sen u1 5 n2sen u2
c c
sen u1 5 sen u2
v1 v2
v 2sen u1 5 v1sen u2
5
Sabemos do enunciado que v1 5 c e v2 5 c
v 2sen u1 5 v1sen u2 6
5
c sen u1 5 c sen u2
6
5sen u1 5 6sen u2
sen u1 6
5
sen u2 5
u1 6
5
u2 5
5
u2 5 ? 3
6 FRENTE B
u2 5 2,5°
FÍSICA
P A P
a
C
C
Q b Q
B
b
normal, como já sabemos. Como se pode ver na figura 6, os raios refratados constituem um feixe
divergente e atingem o olho de um observador como se tivessem sido emitidos do ponto I. Por isso,
Ar
o observador não verá o objeto. Na realidade, o que ele enxerga é uma imagem do objeto, na posi-
Água
I ção I, situada acima da posição ocupada pelo objeto. Essa imagem I é virtual, porque está localizada
no ponto de encontro dos prolongamentos dos raios refratados (fig. 7).
O
SPL/LATINSTOCK
Ar
C' B' Água
A'
C
B
A
(2) D 90° C B A
(1)
L
Para ângulos de incidência maiores do que L, não existe raio refratado. O raio é totalmente
refletido, voltando a se propagar no meio (1). Esse fenômeno é denominado reflexão total porque,
nessas condições, a totalidade da luz incidente é refletida, o que não acontece nem mesmo nos
melhores espelhos, os quais, ao refletirem a luz, absorvem uma pequena fração do feixe incidente.
Usando a lei de Snell, n1sen u1 5 n2 sen u2 , podemos calcular o valor do ângulo limite L. Para o
raio OC na figura 8, temos u1 5 L e u2 5 90° . Logo:
n
n1sen L 5 n2 sen 90° ∴ sen L 5 2
n1
Assim, concluímos que:
Prisma
Um prisma de vidro, como o da figura 9, cuja seção é um triângulo retângulo isósceles, é usado
para refletir totalmente a luz, substituindo os espelhos em alguns instrumentos óticos. A figura 10 a
seguir mostra, em corte, um raio que penetra perpendicularmente a face AB, encontra a face BC com
um ângulo de incidência de 45°, sofrendo reflexão total nessa face e saindo perpendicularmente da
face AC, o que corresponde a uma rotação de 90°. Na figura 10-B, quando o raio incide perpendi-
cularmente à face BC (hipotenusa) do prisma, a luz é totalmente refletida nas duas superfícies AB e
AC, o que corresponde a uma rotação de 180°.
FRENTE B
FÍSICA
90º 45º
Fig. 9 2 Um prisma como o
da figura pode ser usado para
45º substituir, com vantagens,
os espelhos, porque reflete
totalmente a luz.
A B A B
45º 45º
45º
45º 45º
n2
Para calcular o ângulo limite entre o vidro e o ar, na equação sen L 5 , temos:
n1
n2 5 1,0 (ar) e n1 5 1,5 (vidro)
Assim:
n2 1,0 0,67 L 42°
sen L 5 5 . ∴ 5
n1 1,5
Então, para o ângulo de incidência na face BC (45°) superior ao valor do ângulo limite (42°), o
raio luminoso é totalmente refletido nessa face.
No caso do diamante, o índice de refração é muito maior do que o do vidro (ver a tabela 1,
página 6).
Consequentemente, o ângulo limite entre o diamante e o ar (24°) é bem menor do que o do
vidro (42°). Esse fato faz que grande parte da luz que penetra em uma das faces do diamante seja
totalmente refletida nas demais, retornando, então, à primeira face e emergindo através dela. Por
esse motivo, o diamante apresenta seu brilho característico, que o torna de grande valor como joia.
Ângulo limite
Reflexão Diamante
Diamante
Ar
total
Fig. 11 2 O brilho dos diamantes deve-se às várias reflexões
sofridas pelos raios incidentes.
Miragem
Em dias quentes, quando estamos viajando em uma estrada, olhando ao longo do asfalto,
temos às vezes a impressão de que ele está molhado. Isso ocorre porque, estando o asfalto muito
aquecido, as camadas de ar próximas a ele apresentam densidade menor e, por causa disso, menor
índice de refração do que as camadas situadas um pouco mais acima. Assim, a luz solar incidente
sofre sucessivas refrações nas camadas de ar com índices de refração diferentes, alcançando as
camadas mais baixas com incidência superior ao ângulo limite e, portanto, sofrendo reflexão total
antes de atingir o solo.
Essa luz refletida nos dá a impressão de que o asfalto está molhado, pois a imagem que se forma,
nesse caso, é uma reflexão da imagem do céu. Esse mesmo fenômeno causa as miragens (fig. 12),
vistas pelos viajantes nos desertos, quando julgam existir água sobre a areia aquecida.
Fibra ótica
A fibra ótica é um guia de luz feita de vidro ou polímero que transporta sinais óticos de um
local para outro. A propagação de luz no interior da fibra ótica deve-se ao fenômeno de reflexão
total, que é possível devido ao fato de o núcleo ser revestido com capa de material que tem índice
de refração menor do que o índice de refração do núcleo (nnúcleo . nrevestimento) (figura 13-A). Assim,
os raios luminosos dentro da fibra ótica permanecem confinados no núcleo da fibra ótica, pois
formam ângulos maiores que o ângulo limite (figura 13-B). Para proteger a fibra ótica da umidade
e evitar que ela sofra danos físicos, ao redor do núcleo e da casca há uma proteção plástica.
B Raios de luz
A Núcleo de vidro
Núcleo
nrevestimento
5 µm 125 µm nnúcleo
nrevestimento
FRENTE B
Proteção
plástica
Cobertura de Revestimento
proteção (casca)
Fio de Capa
quartzo
FÍSICA
Núcleo
Fig. 13 2 Construção de uma fibra ótica (A). O raio incidente atinge as paredes internas da fibra ótica com um ângulo maior do que o
ângulo limite, sofrendo reflexão total ao longo do comprimento da fibra ótica (B).
Entretanto, a velocidade da transmissão dos sinais na fibra ótica (200 000 km/s) é menor do que a
dos sinais na corrente elétrica dos fios de cobre (cerca de 300 000 km/s). Outra vantagem da fibra óti-
ca, em relação aos fios de cobre, é que os repetidores e amplificadores dos sinais se fazem necessários
apenas a distâncias de cerca de 100 km, enquanto, para os fios de cobre, eles devem ser instalados de
4 km em 4 km, aproximadamente.
Exemplos do sucesso na utilização das fibras óticas são: o uso como parte integrante da rede
internacional de comunicações (cabos submarinos que atravessam oceanos, ligando continentes) e
o aumento no uso comercial e residencial da internet de fibra ótica (em 2014, cientistas americanos
e holandeses alcançaram a velocidade de 255 terabits por segundo).
Uma desvantagem da fibra ótica é sua menor resistência (quebram com facilidade), pois os fios
de cobre resistem melhor a depredações de peixes, da própria água e de outros fatores. Na fonte
de sinais, quase sempre são usadas radiações infravermelhas (menos absorvidas pelo quartzo) e na
forma de laser (pelos motivos já citados).
PARA CONSTRUIR
7 (AFA-SP) A figura abaixo mostra uma face de um arranjo cú- 8 (UFF-RJ) O fenômeno da miragem, comum em desertos, ocor-
m bico, montado com duas partes geometricamente iguais. A m
Ene-1
re em locais onde a temperatura do solo é alta. Raios luminosos
Ene-5 C 3
C 2
H-2 parte 1 é totalmente preenchida com um líquido de índice H- chegam aos olhos de um observador por dois caminhos distin-
de refração n1 e a parte 2 é um bloco maciço de um material tos, um dos quais parece proveniente de uma imagem especu-
m
transparente com índice de refração n2. Ene-5
C 7
H-1
lar do objeto observado, como se esse estivesse ao lado de um
C espelho d’água (semelhante ao da superfície de um lago).
n2
Um modelo simplificado para a explicação desse fenômeno
é mostrado na figura a seguir.
45°
n1
DISPERSÃO DA LUZ
O índice de refração varia com a cor da luz
Em uma experiência, quando incidimos um raio de luz vermelha sobre um bloco de vidro com
ângulo de incidência, u1 , obtemos um ângulo de refração, u2 (fig. 15). Se repetirmos a experiência, fazendo
incidir sobre o mesmo bloco, com o mesmo ângulo de incidência u1 , um raio de luz verde, veremos que
esse raio se refrata com um ângulo de refração u3 ligeiramente menor do que u2 (fig. 15). Repetindo no-
vamente a experiência para um raio de luz azul, obtemos um raio refratado com um ângulo de refração
u4. Podemos concluir que a luz azul, ao se refratar, sofre maior desvio, aproximando-se mais da normal
do que a luz verde e a luz vermelha. Esse fato indica que o vidro apresenta um índice de refração
maior para a luz azul do que para a luz verde e a luz vermelha. Essas diferenças, entretanto, são muito
pequenas, como se pode ver pela tabela 2 a seguir. Qualquer meio material (água, plástico, etc.)
apresenta comportamento semelhante ao do vidro, isto é, tem um índice de refração diferente
para cada cor.
Raio incidente
u1
Ar
Vidro
Raios
u2 refratados
u3
u4
Fig. 15 2 O índice de refração do vidro,
para a luz azul, é maior do que para a luz
verde e para a luz vermelha.
Cor n
Vermelho 1,513
Amarelo 1,517
Verde 1,519
Azul 1,528
Violeta 1,532
* O vidro Crown possui sais de potássio ou bário em sua composição química, ao invés dos sais de
sódio, que são comuns aos vidros.
Quando estudamos as formas de transferência de calor, vimos que luz visível é um exemplo de
onda eletromagnética que compõe o espectro eletromagnético, assim como também o são as ondas
de rádio, as micro-ondas, a radiação infravermelha, a radiação ultravioleta, os raios X e os raios gama.
O que diferencia os vários tipos de onda eletromagnética é a frequência e o comprimento de onda.
(λ)
λ (m)
ƒ (Hz)
Ondas
100 longas 108
Comprimento de onda crescente
(ƒ)
10 2 λ (1029m) ƒ (1014Hz)
106
Frequência crescente
750 4,00
104
104
106 AM Vermelho
Rádio
102
108 FM
100
Micro-
1010 -ondas 1022
620 4,83
10 12
Laranja
1024
IV 585 5,13
Espectro visível
Amarelo
1014 1026 575 5,22
1016 UV
1028 Verde
1018
Raios X 10210 500 6,00
10 20
Azul
10212
n5 n5
v λƒ
onde c é a velocidade da luz no vácuo (3,0 · 108m/s) e v a velocidade da luz no meio. A partir desta
relação, podemos concluir, então, que o índice de refração diminui à medida que o comprimento
de onda ou a frequência aumentam.
Esse fenômeno, no qual a luz branca se separa em várias cores, é denominado dispersão da luz.
Portanto, ao se refratar, a luz branca se dispersa nas cores que a constituem.
A separação das cores em uma experiência como a da figura 17 é pequena e, às vezes, difícil de
ser observada. Podemos conseguir uma dispersão mais acentuada da luz branca se fizermos o feixe
passar por duas refrações sucessivas. Isso ocorre quando se faz um feixe de luz branca incidir em um
prisma de vidro, como mostra a figura 18-A. O feixe se refrata ao penetrar no prisma e, novamente, ao
emergir dele, o que provoca maior separação das cores. Esse conjunto de cores, denominado espectro
da luz branca ou espectro visível, pode ser observado em um anteparo (fig. 17).
GIPHOTO STOCK/PHOTORESEARCHERS/LATINSTOCK
A
Luz
bra
Luz bran nca
ca
FRENTE B
FÍSICA
A cor de um objeto
De modo geral, ao nos referirmos à cor de um objeto, estamos supondo que ele esteja sendo
iluminado com luz branca (luz solar ou luz de uma lâmpada comum). Lembrando que a luz branca é
constituída pela superposição das cores do espectro, podemos concluir que um objeto se apresenta
verde, por exemplo, porque ele reflete a luz verde, absorvendo quase totalmente as demais cores,
isto é, ele envia para os olhos apenas luz verde. Do mesmo modo, um objeto vermelho é aquele
que reflete a luz vermelha e absorve todas as outras cores, podendo-se dizer o mesmo para um
objeto azul, amarelo, etc.
Um objeto é branco (quando iluminado com luz branca) porque reflete todas as cores que
recebe, não absorvendo praticamente nenhuma luz e, assim, envia a luz branca para os olhos. Por
outro lado, um objeto preto absorve toda a luz (de todas as cores) que incide sobre ele, não enviando
nenhuma luz para os olhos.
Na figura 20-A, por exemplo, quando a bola é iluminada por luz branca, que contém todas
as cores do espectro visível, a bola reflete sua cor natural, o vermelho. Mas, quando a mesma bola
vermelha é iluminada por uma luz vermelha (fig. 20-B), a bola vermelha parece vermelho escuro,
pois reflete toda a radiação vermelha incidente. E, quando a bola vermelha é iluminada por luz verde
(fig. 20-C), ela se parece negra, pois não há reflexão de luz.
Fig. 20 2 Quando uma bola vermelha é iluminada com luz branca, absorve algumas cores e reflete a vermelha (A). Quando a bola vermelha é iluminada com luz
vermelha, parece vermelha mais escura, pois a bola absorve todas as cores da luz branca, refletindo a vermelha (B). Quando a bola vermelha é iluminada com luz
verde, ela parece preta, pois absorve toda a radiação verde, não refletindo luz (C).
2 Um objeto que se apresenta branco, quando exposto à luz b) Se o objeto reflete todas as cores e está recebendo ape-
solar, é colocado em um quarto escuro. Qual será a cor desse nas o azul, refletirá essa cor e se apresentará com cor azul.
objeto nas situações descritas abaixo? Concluímos, assim, que a cor de um objeto depende não
a) Se acendermos, no quarto, uma luz monocromática apenas do objeto (cores que ele é capaz de refletir), mas
amarela. também da cor da luz que o ilumina.
b) Se acendermos, no quarto, uma luz monocromática azul.
3 Um objeto que se apresenta amarelo quando exposto à luz solar
A B é colocado em um quarto escuro. Qual será a cor desse objeto
se acendermos, no quarto, uma luz monocromática azul?
el
o RESOLUÇÃO:
Am
ar l
Am zu
are
RESOLUÇÃO:
a) Se o objeto é branco quando exposto à luz solar, é porque
ul
az
ele tem a propriedade de refletir todas as cores. No quar-
z
Lu
to, esse objeto receberá apenas luz amarela e só poderá
refletir essa cor. Então, nessas condições, o objeto será vis-
Escuro
to com cor amarela.
PARA CONSTRUIR
10 (AFA-SP) Três raios de luz monocromáticos correspondendo às cores vermelho (Vm), amarelo (Am) e violeta (Vi) do espectro eletro-
magnético visível incidem na superfície de separação, perfeitamente plana, entre o ar e a água, fazendo o mesmo ângulo u com
essa superfície, como mostra a figura abaixo.
Vm Am Vi
Ar u u u
Água
a b g
FRENTE B
Sabe-se que a, b, e g são, respectivamente, os ângulos de refração, dos raios vermelho, amarelo e violeta, em relação à normal no
ponto de incidência. A opção que melhor representa a relação entre esses ângulos é: a
FÍSICA
a) a . b . g.
b) a . g . b.
c) g . b . a.
d) b . a . g.
11 (UFMG) Ariete deseja estudar o fenômeno da dispersão da Considerando essas informações, assinale a alternativa
m luz branca, ou seja, a sua decomposição em várias cores de- em que estão melhor representados os fenômenos que
Ene-5
C 7
H-1 vido à dependência do índice de refração do material com a ocorrem em uma gota de água e dão origem a um arco-íris. a
frequência. Para isso, ela utiliza um prisma de vidro cuja seção
Luz branca
reta tem a forma de um triângulo retângulo isósceles.
a)
O índice de refração desse vidro é n 5 1,50 para a luz branca e
varia em torno desse valor para as várias cores do espectro visível.
(Dados: sen 45° 5 cos 45° 5 0,707.)
Ela envia um feixe de luz branca em uma direção perpendi-
cular a uma das superfícies do prisma que formam o ângulo Azul
reto, como mostrado na figura.
45° Vermelha
N
Vermelha
nar 1,0
sen L 5 sen L 5 5 0,67 L 5 42o
nvidro 1,5
Eixo
Eixo
As lentes que apresentam as extremidades mais finas do que a parte central (como a lente
biconvexa) são convergentes e as que apresentam as extremidades mais espessas do que a parte
central (como a lente bicôncava) são divergentes.
A B
Eixo Eixo
A B
F1 F1 Eixo F2
Eixo F2 F1 F1
Eixo Eixo
f f
f f f f
F2 F2 F1 F1
Eixo Eixo
Atividade
Experimental
Acesse o Material Comple-
mentar disponível no Portal e Fig. 24 2 Raios paralelos ao eixo de uma lente convergente, após atravessá-la, convergem para o foco: F1 em (A)
aprofunde-se no assunto. e F2 em (B). Os raios luminosos provenientes de um foco, após atravessarem a lente, tornam-se paralelos ao eixo
(C). (D): representação em foto.
A B
F1
Eixo Eixo F1 F2
f
f f
C
Fig. 25 – Raios paralelos ao eixo
Eixo F1 F2 de uma lente divergente, após
atravessá-la, divergem de modo que
seus prolongamentos passem pelo
foco: F1 em (A) e F2 em (B). Raios
cujos prolongamentos passam por
um foco, após atravessarem a lente,
tornam-se paralelos ao eixo (C). (D):
representação em foto.
A Ar Ar C Glicerina Glicerina
(n 5 1,0) (n 5 1,0)
(n 5 1,5) (n 5 1,5)
F1
F1
EXERCÍCIO RESOLVIDO
4 Suponha que no interior de um bloco de vidro exista uma bolha de ar, de faces convexas, como mostra a figura a seguir. Se fizermos
um feixe de luz atravessar a bolha, ela se comportará como uma lente. Essa “lente de ar” biconvexa é convergente ou divergente?
Vidro Ar
RESOLUÇÃO:
Sabemos que uma lente biconvexa de vidro, mergulhada no ar, é convergente. Em nosso caso, temos uma situação inversa: uma
lente de ar envolvida por vidro, isto é, temos uma lente biconvexa mergulhada em um meio cujo índice de refração é maior do
que o da própria lente. Como já sabemos, nessas condições a lente biconvexa se torna divergente. Assim, a bolha de ar, envolvida
por vidro, se comportará como uma lente divergente.
PARA CONSTRUIR
Direção de
incidência
B C
A
a) Qual das duas lentes mostradas na figura deste problema,
feitas com o mesmo tipo de vidro, possui maior distância
focal? Os raios refletidos nos pontos A, B e C do espelho têm, res-
Vemos que a lente I apresenta faces com curvaturas menos pectivamente, ângulos de reflexão uA, uB e uC tais que: b
a) uA . uB . uC. c) uA , uC , uB. e) uA 5 uB 5 uC.
acentuadas, isto é, com raios de curvatura maiores. Logo,
b) uA . uC . uB. d) uA , uB , uC.
a lente I possui maior distância focal. NB
NC
FRENTE B
uC
uC
uB 5 0
b) Qual dessas lentes fornecerá maior ampliação ao ser usa- NA A
uA B
da como uma lupa? C
FÍSICA
Quanto menor for a distância focal de uma lupa, maior será sua uA
A
capacidade de ampliação. Portanto, a lente II fornecerá maior
ampliação ao ser usada como uma lupa.
As retas NA, NB e NC são normais à superfície esférica. Analisando
a figura: uA . uC . uB.
HTTTP://FARM2.STATIC/FLICKR.
COM/1065/873281869_3E6D00A0A0.JPG
ACESSO EM: 3.9.2011
Formato ampliado de uma gota
Observando as figuras, conclui-se que a “queima” das verduras d) plano-côncavas, que têm a propriedade de concentrar a
ocorre porque as gotas depositadas sobre as folhas planas as- radiação solar.
sumem formatos de objetos ópticos conhecidos como lentes: c e) convexo-côncavas, que têm a propriedade de concentrar
a) biconvexas, que têm a propriedade de dispersar a radia- a radiação solar.
ção solar. As gotas assumem o formato de uma lente plano-convexa.
E, sendo o índice de refração da água maior que o do ar, temos
b) bicôncavas, que têm a propriedade de dispersar a radia- uma lente convergente que concentrará a radiação solar.
ção solar.
c) plano-convexas, que têm a propriedade de concentrar a
radiação solar.
A B
F2 F1 F1 F2
Fig. 27 2 Raio luminoso, paralelo ao eixo, incidindo no 1o foco, F1, em uma lente convergente (A) e em uma lente
divergente (B).
F2 F1
Um raio luminoso que incide em uma lente divergente, de tal modo que seu prolongamen-
to passe pelo 2o foco, F2, emerge da lente paralelamente ao seu eixo (fig. 28-B).
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS
5 O objeto AB da figura a seguir encontra-se em frente a uma lente convergente, cujos focos estão localizados em F1 e F2. A distância
do objeto à lente é maior do que o dobro de sua distância focal. Localize a imagem do objeto.
F2 F1 B'
B
A'
RESOLUÇÃO:
Para localizar a imagem do ponto A (extremidade do objeto) traçamos, a partir deste ponto, os dois raios principais: um deles pa-
ralelo ao eixo da lente, que se refrata passando pelo foco F1, e o outro passando pelo foco F2, que emerge da lente paralelamente
ao seu eixo. Os dois raios refratados se encontram em A' e, então, para um observador situado na posição mostrada na figura, tudo
se passa como se esses raios refratados estivessem sendo emitidos de A'. Assim, o observador enxerga, em A', uma imagem real
do ponto A. Estando o objeto AB colocado perpendicularmente ao eixo da lente, percebemos que sua imagem estará em A'B',
também perpendicular ao eixo. Concluímos, então, que a imagem do objeto AB, formada pela lente, é real, invertida e menor do
que o objeto. É possível receber essa imagem em um anteparo colocado na posição A'B'.
6 Suponha que o objeto AB do exemplo anterior fosse colocado, agora, entre o foco e a lente, como mostra a figura a seguir. Localize
a imagem do objeto.
A'
B' F2 B F1
FRENTE B
RESOLUÇÃO:
Tracemos, a partir de A, os dois raios principais: o primeiro, paralelo ao eixo, que se refrata passando pelo foco F1; o segundo, cuja
direção passa por F2 e, portanto, emerge da lente paralelamente ao seu eixo. Observe que esses raios refratados não se cruzam,
FÍSICA
mas seus prolongamentos se encontram em A'. Então, o observador que recebe o feixe refratado enxerga, em A', a imagem virtual
do ponto A.
A imagem de todo o objeto AB se formará em A'B' (perpendicular ao eixo), sendo, portanto, virtual, direta e maior do que o objeto.
A'
B F1 B' F2
RESOLUÇÃO:
Observe na figura os raios principais que partem de A: o primeiro, paralelo ao eixo, refrata-se de modo que seu prolongamento
passe pelo foco F1; o segundo, cuja direção passa pelo foco F2, emerge paralelamente ao eixo da lente. Vemos que, também nesse
caso, os raios refratados não se cruzam. Seus prolongamentos se encontram em A' onde o observador verá a imagem virtual do
ponto A.
A imagem de todo o objeto estará em A'B', que, como mostra a figura, é virtual, direta e menor do que o objeto.
1 1 1
5 1
f Do Di
Essa equação poderá ser aplicada tanto a lentes convergentes como a lentes divergentes e para
imagens reais e virtuais, desde que seja obedecida a seguinte convenção de sinais:
1o) a distância Do é sempre positiva;
2o) a distância Di será positiva se a imagem for real e negativa se for virtual;
3o) f será positiva quando a lente for convergente e negativa quando for divergente.
F2 F1 B'
A'
1 1 1
Fig. 29 2 A equação 5 1 é válida também para as lentes.
f Do Di Do Di
Na construção de lentes os fabricantes empregam a equação de Halley, que foi deduzida a partir
das leis da refração estudadas até aqui.
1 5 n2 2 1 1 1 1
f n1 R1 R2
EXERCÍCIO RESOLVIDO
8 Suponha que o tamanho de um objeto seja AB 5 15 cm e que ele esteja situado a uma distância Do 5 30 cm de uma lente.
Verificando-se que a lente forma uma imagem virtual do objeto, cujo tamanho é A' B' 5 3,0 cm, pergunta-se:
a) Qual é a distância, Di, da imagem à lente?
b) Qual é a distância focal da lente?
RESOLUÇÃO:
a) Substituindo os valores de A'B', AB e Do na relação que nos fornece o aumento, virá:
A'B' 5 Di 3,0 D
ou 5 i ∴ Di 5 6,0 cm
AB Do 15 30
Logo, a imagem está situada a 6,0 cm da lente.
b) A equação 1 5 1 1 1 nos permitirá calcular f, pois conhecemos Do e Di. Ao substituir os valores numéricos nessa equação,
f Do Di
não podemos nos esquecer de levar em conta a convenção de sinais: teremos, então, Do 5 30 cm (sempre positivo) e Di 5
526,0 cm (a imagem é virtual). Assim:
15 1 1 1 15 1 1 1
f Do Di f 30 (26,0 )
1 5 2 4,0 ∴ f 5 27,5 cm
f 30
Como obtivemos uma distância focal negativa, concluímos que a lente é divergente. Esse exemplo apresenta situação similar,
qualitativamente, à do diagrama do exercício resolvido 7: uma lente divergente formando uma imagem virtual, menor do que
o objeto.
PARA CONSTRUIR
20 Suponha que o objeto da figura abaixo seja aproximado da a) Trace o diagrama localizando a imagem do objeto.
m
Ene-5
lente convergente, sendo colocado a uma distância Do com- A
C 8
H-1 preendida entre f e 2f. Considere que F são os focos da lente.
f
F B'
FRENTE B
B F
A
2f
FÍSICA
A'
B F F
o foco), sua imagem permanece real; ao afastar-se da lente, c) Qual o significado da resposta ao item b?
O resultado, aumento (0,5), indica que o tamanho da imagem é
sua imagem aumenta de tamanho.
igual à metade do tamanho do objeto.
t1 t2 t3
Microlente
c) Se o tamanho do objeto é AB 5 10 cm, qual é o tamanho
da imagem A'B'? Considere as afirmações:
De
A'B'
5 0,25 , com AB 5 10 cm, vem: I. O raio de curvatura da microlente aumenta com tempos
AB crescentes de aquecimento.
A'B' II. A distância focal da microlente diminui com tempos cres-
5 0,25 ∴ A'B' 5 2,5 cm
10
centes de aquecimento.
III. Para os tempos de aquecimento apresentados na figura, a
microlente é convergente.
Dados: A luz se propaga no interior da fibra ótica, da esquer-
da para a direita, paralelamente ao seu eixo. A fibra está imer-
sa no ar e o índice de refração do seu material é 1,5.
Está correto apenas o que se afirma em: e
25 O inverso da distância focal de uma lente é denominado con-
a) I. Veja comentários desta questão no Guia do Professor
vergência dessa lente. Então, representando a convergência
b) II.
por C, temos C 5 1. Quando a distância focal é medida em c) III.
f
metros, obtemos a convergência em uma unidade denomi- d) I e III.
nada dioptria. e) II e III.
FRENTE B
TAREFA PARA CASA: Para praticar: 13 e 14 Para aprimorar: 8
FÍSICA
INSTRUMENTOS ÓTICOS
Vamos analisar o funcionamento de alguns instrumentos óticos mais simples, usando os co-
nhecimentos que adquirimos sobre a formação de imagens nas lentes. Iniciaremos com o estudo
simplificado do olho humano, que é um instrumento ótico muito importante para nós.
Fig. 31 – Uma pessoa míope deve usar óculos com lentes divergentes.
Na hipermetropia, os raios luminosos convergem depois da retina (fig. 32-A). Isso ocorre porque
essas pessoas têm um globo ocular mais curto do que o normal ou uma perda da capacidade de
acomodação do olho com a idade, conhecida como “vista cansada”. Esse defeito é corrigido usando-
-se óculos com lentes convergentes (fig. 32-B).
A B
Fig. 32 2 Uma pessoa hipermetrope deve usar óculos com lentes convergentes.
Sensor
SAIBA MAIS
A retina de nossos 1 2 3 4
SPL/LATINSTOCK
tão em movimento. Por exemplo: na figura, vemos vários instantâneos sucessivos de um cavalo
em movimento. Se esses instantâneos forem projetados, de tal modo que o intervalo de tempo
entre a projeção de cada um e o seguinte seja inferior a 0,1 s, veremos o cavalo na tela como se
estivesse em movimento.
ICP/ALAMY/LATINSTOCK
Quando um objeto é colocado entre uma lente convergente e seu foco, se obtém uma imagem
virtual e maior do que o objeto. Quanto menor for a distância focal da lente convergente, maior será
a ampliação que é possível obter com ela. Quando uma lente convergente é usada nessas condi-
ções, produzindo uma imagem virtual aumentada, dizemos que ela é uma lupa ou uma lente de
aumento (fig. 34).
O microscópio
Para observar objetos muito pequenos, necessitando de um aumento maior do que o fornecido
pelas lupas, usamos um microscópio.
Os microscópios são aparelhos que, simplificadamente, podem ser considerados constituídos
de dois sistemas de lentes que funcionam como duas lentes convergentes. A lente que fica mais
próxima do objeto é denominada objetiva e aquela através da qual a pessoa observa a imagem
ampliada é denominada ocular (fig. 35).
O objeto é colocado próximo ao foco da objetiva, que forma uma primeira imagem, I1, real e am-
pliada, como mostra a figura 35. Essa imagem I1 forma-se entre a ocular e seu foco e funciona como um
objeto para essa lente. Então, a ocular fornece uma imagem final, I2, virtual, ainda mais ampliada. A ocular
atua como uma lupa, ampliando a imagem fornecida pela objetiva, que já era ampliada em relação ao
objeto. Então, se, por exemplo, a objetiva amplia 50 vezes o objeto e a ocular provoca um aumento de
10 vezes, a ampliação total fornecida pelo microscópio será de 50 · 10 5 500 vezes.
Fig. 34 2 Usando uma lupa podemos
ver uma imagem virtual e aumentada do Ocular
Ocular
Objetiva
O
Objeto
I1
Lente
Espelho
I2
Fig. 35 2 Esquema de formação da imagem Raios de luz
em um microscópio.
O telescópio
Para observar objetos muito distantes usamos um telescópio. A imagem criada por um teles-
cópio está mais próxima do observador do que o objeto. O telescópio é similar ao microscópio e
possui duas lentes convergentes: uma objetiva, que forma uma imagem real, invertida; e uma ocular,
utilizada como lente de aumento para observar a imagem que é formada pela objetiva. A imagem
formada pela objetiva é menor do que o objeto porque a distância do objeto é maior do que a
distância focal da objetiva.
Objetiva
Ocular
Objeto
Microscopia moderna
Com o microscópio ótico, o máximo aumento que se consegue é aproximadamente 2 000 vezes. Consequentemente, não po-
demos usar esse tipo de microscópio para examinar, com nitidez, objetos de dimensões inferiores a 4 000 Å (1 Å 5 1 angstrom 5
5 0,0000000001 m 5 10210 m). A maioria das células vivas tem dimensões superiores a esse valor e, portanto, o microscópio ótico
pode ser usado para seu estudo.
Existem, entretanto, muitas estruturas que são bem menores que 4 000 Å, como as moléculas complexas que formam a matéria
viva. Para tornar possível a observação dessas estruturas, os cientistas criaram um aparelho, denominado microscópio eletrônico, que
utiliza feixes de elétrons (em lugar de feixes luminosos) para formar a imagem daquelas minúsculas estruturas. Esses feixes de elétrons
são focalizados (desviados) por dispositivos que criam campos elétricos ou magnéticos, funcionando como uma espécie de lente.
Com o microscópio eletrônico, é possível obter aumentos de até 1 milhão de vezes, permitindo, então, que sejam observadas
estruturas da ordem de 10 Å, como um vírus ou uma grande molécula.
SPL/LATINSTOCK
FRENTE B
FÍSICA
27 Suponha que você esteja observando nitidamente um objeto c) A imagem final, fornecida pela ocular do microscópio, é
m distante. Logo após, você passa a observar, também nitida- real ou virtual?
Ene-1
C 3
H- mente, um objeto próximo. Na acomodação de seu olho, a A imagem I1, na figura 35, está entre a ocular e seu foco.
distância focal do cristalino aumentou ou diminuiu? Explique. Portanto, a imagem final I2 será virtual.
m
Ene-5
C 8
H1
- Para que a imagem seja nítida, deve se formar sempre sobre
a retina, isto é, Di deve permanecer constante enquanto Do
1 1 1
5 2 .
e f variam. Da equação das lentes, obtemos Di f Do d) A imagem final, vista por um observador em um micros-
Por essa relação vemos facilmente que, para Di permanecer constante, cópio, é direta ou invertida em relação ao objeto colocado
se Do diminuir, o valor de f também deverá diminuir. Portanto, diante da objetiva?
quando um objeto é aproximado de nosso olho, a distância focal do Vemos claramente na figura 35 que a imagem final (I2)
cristalino deve diminuir, para que possamos observá-lo nitidamente. no microscópio é invertida em relação ao objeto.
FRENTE B
R
B c)
1 n51
FÍSICA
0,5
0,1
0 15 35 45 u (graus)
n 5 1,3
2 x 5 0,9 m
Ar
b
A 3
Água
y a
B 1m
C
Peixe
M N
M N
Analisando as trajetórias destes raios quando passam do Assinale, entre as alternativas, aquela que melhor representa
meio para a esfera e da esfera, de volta para o meio, é correto P das duas lentes correspondentes, respectivamente,
as formas P'
afirmar que: P aos retângulos M P'e N.
a) o índice de refração da esfera é igual ao índice de refração
a) d)
do meio.
b) o índice de refração da esfera é maior do que o do
meio e é diretamente proporcional ao comprimento de
onda (λ) da luz.
c) o índice de refração da esfera é maior do que o do meio
e é inversamente proporcional ao comprimento de b) e)
onda (λ) da luz.
d) o índice de refração da esfera é menor do que o do
meio e é diretamente proporcional ao comprimento de
onda (λ) da luz.
e) o índice de refração da esfera é menor do que o do meio
e é inversamente proporcional ao comprimento de c)
onda (λ) da luz.
9 (UTFPR) Quando passamos a luz (branca) de uma lanterna
m
Ene-5
por um prisma de vidro transparente, fazendo com que a luz
C 8
H-1 seja decomposta nas cores do arco-íris, chamamos este fenô-
meno de:
12 Suponha que um espelho côncavo e uma lente convergente,
a) difração. d) dispersão. inicialmente no ar, sejam ambos mergulhados em água. Po-
m
b) reflexão. e) convecção. Ene-5
C 8
H-1 demos concluir que:
c) refração.
a) a distância focal do espelho não varia e a da lente aumenta.
10 (UEM-PR) Com relação ao fenômeno físico da refração, dê a b) a distância focal do espelho e a da lente aumentam.
m
Ene-5
soma da(s) proposição(ões) correta(s): c) a distância focal do espelho e a da lente diminuem.
C 7
H-1 (01) Em um meio material, uniforme, homogêneo e que possui d) a distância focal do espelho aumenta e a da lente diminui.
m índice de refração maior que o do ar, o índice de refração é e) a distância focal do espelho diminui e a da lente não se
Ene-5
C 8
H-1
mínimo para a luz violeta e máximo para a luz vermelha. altera.
(02) Ao passar de um meio menos refringente, A, para um meio
mais refringente, B, a luz que se propagar com maior veloci- 13 (UFPR) Um objeto movimenta-se com velocidade constante
dade, no meio B, sofrerá menor desvio com relação à normal. m
Ene-5
ao longo do eixo ótico de uma lente delgada positiva de dis-
C 8
(04) Prismas de refringência que exploram o fenômeno da re- H-1 tância focal f 5 10 cm. Num intervalo de 1 s, o objeto se apro-
fração podem ser usados em espectroscopia para a análi- xima da lente, indo da posição 30 cm para 20 cm em relação
m
se de luzes monocromáticas. Ene-5
C 1 ao centro óptico da lente. vo e vi são as velocidades médias
H-2
(08) A lei de Snell-Descartes afirma que, para cada par de do objeto e da imagem, respectivamente, medidas em rela-
meios e para cada luz monocromática que se refrata, o ção ao centro óptico da lente. Desprezando-se o tempo de
produto do seno do ângulo que o raio forma com a nor- propagação dos raios de luz, é correto concluir que o módulo
mal e o índice de refração do meio é constante. v
da razão o é:
(16) Um raio de luz policromática, ao atravessar obliquamente vi
o vidro plano e semitransparente de uma janela, sofrerá
um desvio lateral que será tanto maior quanto maior for o a) 2 . c) 1.
índice de refração do vidro da janela. 3 d) 3.
3
b) . e) 2.
11 A figura deste problema mostra uma fonte P emitindo raios 2
luminosos que passam através de duas lentes, representadas 14 (Fuvest-SP) Na montagem de uma exposição, um decora-
FRENTE B
pelos retângulos M e N. m
Ene-5
dor propôs a projeção, através de uma lente pendurada
C 7
M N
H1
- em um suporte fixo, da imagem de duas bandeirinhas lu-
minosas, B1 e B2, sobre uma tela. Em sua primeira tentativa,
m
Ene-5
FÍSICA
Tela Tela
B1 B1
Observador
B2 B2
Lente
Lente
As bandeirinhas encontram-se reproduzidas abaixo, assim como, em linhas tracejadas, a posição da lente e a imagem obtida na
primeira montagem. Para visualizar as imagens que passam a ser observadas na segunda montagem, utilizando o esquema abaixo:
a) Determine, a partir da imagem correspondente à primeira montagem (em linha tracejada), a posição do foco da lente, identifi-
cando-a na figura pela letra F.
b) Construa a imagem completa que a bandeirinha B2 projeta sobre a tela, na segunda montagem, traçando as linhas de constru-
ção necessárias e indicando as imagens de C e D, por C' e D', respectivamente.
c) Construa a imagem completa que a bandeirinha B1 projeta sobre a tela, na segunda montagem, traçando as linhas de constru-
ção necessárias e indicando as imagens de A e B, por A' e B', respectivamente.
Vista lateral
B1
B
C
B2
D Lente
frente pelo observador
Bandeirinhas vistas de
15 (Fatec-SP) Uma das montagens instaladas no Museu de Ciências de Londres é um jogo de quatro lentes, convergentes e diver-
m
Ene-5
gentes, com diâmetro aproximado de 30 cm cada, fixadas e distribuídas ao longo de um tubo com 2 m de extensão. O visitante
C 8
H-1 pode movimentá-las livremente, colocando-as numa posição qualquer desejada ao longo desse tubo (fig. 1), fazendo com que
gere uma imagem “fantasmagórica” (fig. 2).
Curiosildo Maria
Certa vez, o visitante Curiosildo posicionou as lentes de tal forma que, ao olhar através delas pelo outro lado da montagem (fig. 3),
a sua amiga Maria conseguiu ver a imagem do rosto do amigo em posição direita e ampliada.
Olho
2
Lente
Com base nos conhecimentos sobre reflexão e refração da
a) A que distância do número tipado no motor o perito deve luz e de formação de imagens reais e virtuais, considere as
posicionar a lente para proceder sua análise nas condi- afirmativas a seguir.
ções descritas? I. A grande distância, o fenômeno de reflexão interna total
b) Em relação à lente, onde se forma a imagem do número impede que o peixe veja a águia.
analisado? Qual o tamanho da imagem obtida? II. À medida que se aproxima, a águia vê a profundidade
aparente do peixe aumentar.
III. À medida que a águia se aproxima, o peixe vê a altura apa-
PARA
PARA APRIMORAR
PRATICAR rente da águia diminuir.
IV. Durante a aproximação, as imagens vistas pela águia e
1 (UEL-PR) Um raio de luz é parcialmente refletido e parcial- pelo peixe são reais.
m
Ene-5
mente refratado na superfície de um lago. Sabendo-se que Assinale a alternativa correta.
C 8
H-1 o raio de luz incidente faz um ângulo de 55° em relação à a) Somente as afirmativas I e III são corretas.
superfície da água, quais são os ângulos de reflexão e de re- b) Somente as afirmativas I e IV são corretas.
fração, respectivamente? c) Somente as afirmativas II e III são corretas.
a) 180° e 360°. c) 1° e 1,33°. e) 35° e 35°. d) Somente as afirmativas I, II e IV são corretas.
b) 55° e 65°. d) 35° e 25,5°. e) Somente as afirmativas II, III e IV são corretas.
2 Uma pequena lâmpada está instalada na parte central do 4 (UFPE – Adaptada) Um raio de luz incide na parte curva de
fundo de uma piscina, de profundidade igual a 2,0 m. Um m
Ene-5
um cilindro de plástico de seção semicircular formando um
C 7
disco de isopor, de raio R, está flutuando na superfície da H-1 ângulo ui com o eixo de simetria. O raio emerge na face pla-
água, como mostra a figura deste problema. Qual deve ser o na, no ar, formando um ângulo ur com o mesmo eixo. Um
m
Ene-6
menor valor de R para que a lâmpada não seja vista por um C 4 estudante fez medidas do ângulo ur em função do ângulo ui
H2
-
observador situado fora da água, qualquer que seja a posição e o resultado está mostrado no gráfico ur versus ui. Determine
desse observador? m
Ene-6
C 5
o índice de refração deste plástico.
H-2
AVITS ESTÚDIO GRÁFICO/ARQUIVO DA EDITORA
90
FRENTE B
60
ur (graus)
Eixo de ur
simetria ui 30
FÍSICA
0
0 5 10 15 20 25 30 35
ui (graus)
1,8
c)
1,6
1,4 ui
1,2
d)
1,0
450 500 550 600 650 700 750 λ (nm)
ui
a) Luz com comprimento de onda entre 450 nm e 550 nm se
propaga no vidro com velocidades de mesmo módulo.
b) A frequência da luz com comprimento de onda 600 nm é
de 3,6 · 108 Hz.
e)
c) O maior índice de refração corresponde à luz com menor
frequência.
d) No vidro, a luz com comprimento de onda 700 nm tem
uma velocidade, em módulo, de 2,5 · 108 m/s. ui
e) O menor índice de refração corresponde à luz com menor
velocidade de propagação no vidro.
6 (Vunesp) Considere um raio de luz monocromático de com- 7 (Fuvest-SP) Um disco é colocado diante de uma lente conver-
m
Ene-5
primento de onda λ, que incide com ângulo ui em uma das gente, com o eixo que passa por seu centro coincidindo com
C 8
H-1 faces de um prisma de vidro que está imerso no ar, atraves- o eixo ótico da lente. A imagem P do disco é formada con-
sando-o como indica a figura. forme a figura. Procurando ver essa imagem, um observador
coloca-se, sucessivamente, nas posições A, B e C, mantendo
os olhos num plano que contém o eixo da lente. (Estando
em A, esse observador dirige o olhar para P através da lente.)
Reta normal Reta normal
ui
(Imagem P)
Prisma
Raio de luz Raio de luz
(Disco)
C
Sabendo que o índice de refração do vidro em relação ao
ar diminui com o aumento do comprimento de onda do
raio de luz que atravessa o prisma, assinale a alternativa
que melhor representa a trajetória de outro raio de luz de A
ANOTAÇÕES
FRENTE B
FÍSICA
REVISÃO
1 (EEAR-SP) No fenômeno da refração de ondas, necessaria- a) o valor do índice de refração do meio A é maior que o
m
Ene-5 mente permanece(m) constante(s): do meio B.
C 8
H-1 a) a velocidade de propagação da onda. b) o valor do índice de refração do meio A é metade que
b) a frequência das ondas. o do meio B.
c) o comprimento de onda da onda. c) nos meios A e B, a velocidade de propagação da luz é
d) as amplitudes das ondas. a mesma.
d) a velocidade de propagação da luz no meio A é menor
2 (Vunesp) A figura representa ondas chegando a uma que no meio B.
m
Ene-1 praia. Observa-se que, à medida que se aproximam da e) a velocidade de propagação da luz no meio A é maior
C 3
H- areia, as cristas vão mudando de direção, tendendo a ficar que no meio B.
m paralelas à orla. Isso ocorre devido ao fato de que a parte
Ene-5 4 (Famerp-SP) A tabela mostra os índices de refração abso-
C 8
H -1 da onda que atinge a região mais rasa do mar tem sua
m
Ene-5lutos de diversos líquidos e tipos de vidro para a luz ama-
velocidade de propagação diminuída, enquanto a par- C 7
H-1rela do sódio.
te que se propaga na região mais profunda permanece
com a mesma velocidade até alcançar a região mais rasa, m
Ene-6
C 4
H2
- Líquido Índice de refração Vidro Índice de refração
alinhando-se com a primeira parte.
Água 1,33 Crown 1,52
m
Ene-6
C 5
H-2 Etanol 1,36 Flint leve 1,58
Glicerina 1,47 Flint médio 1,62
ondas mais
Benzeno 1,50 Flint denso 1,66
cr
rápidas
is
praia
ta
ondas mais
Considere que um raio de luz amarela propaga-se inicial-
lentas
mente em um dos líquidos indicados na tabela e passa
cr
is
ta a se propagar em um dos vidros também indicados na
s
tabela.
água
s
rasa TADO
.)
águas ADAP
.BR.
F.UFRGS
profundas (WWW.I
u
O que foi descrito no texto e na figura caracteriza um fe-
nômeno ondulatório chamado: Líquido
b c)
60°
a 75°
situam-se no ponto O
da figura.
a) sempre convergente.
b) sempre divergente.
FRENTE B
FÍSICA
55
QUADRO DE IDEIAS
Vários autores.
15-05294 CDD-373.19
Impressão e acabamento
Uma publicação