Estudo Dirigido 2 Kato LabGram 2020 Eduardo Braga Campello

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UnB – IL – LIP

Laboratório de Gramática para o Ensino Fundamental e Médio


Profa. Heloisa Salles
Aluno: Eduardo Braga Campello
Matrícula: 190105488
Estudo Dirigido 2: Kato (2005)

Segundo Kato (2005), “dependendo do “input” a que a criança é exposta” os valores


dos parâmetros (+) e (-), que dão conta da variação linguística podem variar. Ou seja,
dependendo do grau de contato do falante com outras variedades da língua escrita por
meio da língua falada e vice-versa menos dificuldade ele terá em reconhecer estruturas
cristalizadas e que muitas vezes só ocorrem em expedientes de escrita.
Os trechos selecionados apresentam em comum o uso não-convencional na fala de
expressões comuns na escrita, em contextos específicos. Como uma estória de conto de
fadas, um convite ou pronunciamento. Nesse caso, o falante exposto ao contexto da frase
(1) seria capaz de fazer uso do contexto da frase (3).

Fazendo a leitura da Tabela 4 (Kato, 2005), “o PB perdeu os clíticos de 3a pessoa


ao longo do século XIX” e introduziu o objeto nulo referencial como inovação. O
aparecimento do objeto nulo teve um crescimento de 10,6% no século XVI para 82,8% no
século XX, enquanto os clíticos de 3a pessoa tiveram queda de 89,1% para 11,2% no
mesmo período de tempo.

Observando a Tabela 5 (Kato, 2005), nota-se o desaparecimento dos pronomes


fortes (ele(s)/ela(s)) nas classes escolarizadas e por outro lado há a recuperação do
pronome clítico de 3a pessoa. No entanto, para Kato, “verificou-se que a escola recupera
quantitativamente os clíticos do século XVII, mas a posição do clítico é a inovadora, isto é,
não se constatam clíticos antes do auxiliar.” Portanto, o papel do letramento faz-se
relevante e diferencia-se da alfabetização, quando a primeira se encarrega de recuperar
dentro da norma culta escrita certos padrões que a alfabetização, “ou primeiras letras” não é
capaz de assegurar. Por outro lado, o aluno essa última capacita o aluno a uma outra gama
de expediente da língua falada.

Nesse sentido, diante da variação linguística em sala de aula, a contribuição da


linguística para o desenvolvimento das metodologias para o ensino de línguas é nos
oferecer uma melhor compreensão de que as línguas têm inerentemente uma face social. A
relação das formas aos seus valores, bem como ao contexto onde estas aparecem dá aos
alunos um panorama mais favorável na hora de lidar com o surgimento de novas formas
linguísticas. Desse modo, a escola deve contribuir para ampliar os conhecimentos dos
alunos acerca da grande variedade linguística e o seu vasto contexto de uso.

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