Artigo Sobre Retenção de Talentos em Supermercados PDF
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RESUMO
1 INTRODUÇÃO
1
Bacharel em Ciências Contábeis UNOESC – Chapecó/SC, [email protected].
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Especialista em Gestão de Marketing em Serviços e Varejo – UPF e Graduado em Administração
com ênfase em Recursos Humanos – CELER FACULDADES. Docente da UCEFF,
[email protected].
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além da perda de pessoal habilidoso em outras situações podem gerar custos extras com
capacitação de novo colaborador, falta de continuidade nos trabalhos e rotinas, sobre carga
dos demais colaboradores e insatisfação geral, aumento das atividades do departamento de
pessoal, resumindo-se em falta de competitividade para a empresa. Para Caxito (2008, p.104)
“O custo da rotatividade é um desafio dos que atuam na gestão de Recursos Humanos [...]
resultado de uma combinação de variáveis, entre custo de demissão, reposição, treinamento,
ambientação, perda da produtividade[...]”.
Devido a importância dos assuntos relacionados a gestão de pessoas que buscou-se
conhecer quais são as praticas de retenção de pessoas nos supermercados de Chapecó/SC, se
existem diferenciais, se as dificuldades enfrentas são semelhantes. A principal questão
levantada por este estudo é identificar como nove supermercados localizados na cidade de
Chapecó/SC estão retendo os seus colaboradores e apontar as principais ações adotadas para
que isso aconteça.
2 REFERENCIAL TEÓRICO
para resolver as atividades que este colaborador esta envolvido. Ao concluirmos que o
exposto acima é um fato, a situação adversa também é!
Ao contratar um profissional capacitado que se enquadra com as políticas, os valores
da organização e busca manter sua posição de sucesso e alavancar resultados profissionais
pessoais, passara a produzir vantagens para a Organização. Uma organização que conta com
profissionais talentos tem maiores possibilidades de crescimento, reconhecimento de sua
marca e/ou produto, qualidade, satisfação e consequentemente, a fidelização de clientes.
Jebaili (2002, p. 37) apud Lenaga “quando a empresa cresce, o talento é necessário para
potencializar esse bom momento. Quando a empresa vai mal, o talento é fundamental porque
é quem pode virar o jogo”.
Segundo Chiavenato (2009) as políticas de gestão de pessoas são um conjunto de
normas e orientações a fim de regulamentar as funções afim de que sejam desempenhas como
a organização deseja, diminuindo os riscos de atividades indesejadas, as políticas limitam e
deliam a forma como a organização pretende lidar com seus membros e assim atingir os
objetivos organizacionais, permitindo condições para o alcance dos objetivos individuais.
A adoção de boas práticas e políticas internas para reter e estimular o desenvolvimento
pessoal e profissional, certamente é o caminho do sucesso na gestão de pessoas, pois
conseguirá uma equipe de trabalho motivada e dinâmica propulsionando os objetivos
empresariais com competitividade. Sovienski e Stigar (2008) afirmam que “Para que haja
sucesso na empresa, é preciso que os objetivos da gestão estratégica de pessoas estejam claros
e definidos. O que vai garantir a qualidade nas ações desenvolvidas é a motivação dos
colaboradores”.
Assim, temos a estratégia em foco: posicionar os esforços dos trabalhadores na direção
dos resultados esperados pela organização. Como motivar os trabalhadores a doarem o
máximo de seus talentos, potencialidades e buscarem suas superações no caminho existente
entre a meta e o resultado, também faz parte da estratégica a ser definida pela hierarquia da
empresa mediante definição das praticas e políticas internas de gestão de pessoas como:
benefícios, remuneração, liderança e oportunidade de crescimento. Resultando na retenção ou
rotatividade de seu quadro de colaboradores. Para Chiavenato (2005, p.4) “A estratégia
constitui o plano global ou a abordagem geral que a organização adota, para assegurar que as
pessoas possam cumprir adequadamente a missão organizacional”.
Dutra (2002) descreve a gestão de pessoas com as seguintes características “um
conjunto de políticas e práticas que alinham as expectativas pessoais com as da entidade,
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fazendo com que ambas sejam concretizadas ao longo do tempo”. Como alinhar os objetivos
pessoais aos empresariais? Conhecendo a organização suas metas, condições e perspectivas, e
logo conhecendo seus colaboradores! Korunka & Vitouch (1999) apud Marquese (2005),
verificaram alguns fatores que podem ser usados como direcionadores da gestão de pessoas e
estão relacionados a satisfação com o trabalho: estabilidade no emprego, salários e benefícios,
relacionamento social no trabalho, relacionamento com a chefia, perspectivas de carreira e
ambiente físico do trabalho. Podemos resumir a gestão de pessoas na afirmação de Stadler
(2009 p.1-2).
Em contra partida as políticas de retenção, a empresa busca o compromisso do
colaborador que deve melhorar o desempenho, dedicar suas habilidades mais excepcionais,
responder e estimular o ambiente, estar atento as mudanças, tecnologias, a tudo que poderá ser
utilizado como ferramenta propulsora da organização também habitualmente fazem parte do
acordo. Os processos de manutenção das pessoas existem para manter os participantes
satisfeitos e motivados e para assegurar condições físicas, psicológicas e sociais de
permanecer na organização, obter seu compromisso e de vestir a camisa. (CHIAVENATO,
2004, p. 396).
É importante a organização não só selecionar a pessoa certa para o local certo, mas
também fornecer as condições adequadas para ela desenvolver o máximo de suas
potencialidades, uma das funções dos benefícios segundo Chiavenato (2009) é de poupar
esforços e preocupações de seus funcionários.
A retenção de pessoal é um objetivo e um resultado da gestão de pessoas, é também a
consequência da atração exercida pela empresa sobre as pessoas, Oliveira (2005) diz “o
processo se inicia antes mesmo de a pessoa filiar-se à organização, uma vez que está ligada ao
relacionamento e à imagem da empresa perante a comunidade — fatores que geram a
atratividade da empresa”.
2.2 LIDERANÇA
relacionamentos considerada como liderança nem sempre é produzida apenas pela chefia, os
inter-relacionamentos produzem influencia, alguns indivíduos com mais ou menos
intensidade uns sobre os outros, e em tempos variados. Para Chiavenato (1999), a liderança é
uma forma de influência. A influência é uma transação interpessoal em que uma pessoa age
para modificar ou provocar o comportamento de outra pessoa, de maneira intencional Alguns
autores descrevem os estilos de liderança: carismático, autocrático, participativo, entre outros.
Cabe à organização adotar medidas para que estes inter-relacionamentos mantenham o clima
organizacional saudável, respeitoso, prazeroso e atrativo.
O ambiente profissional é onde os colaboradores passam boa parte de cada dia, e
desenvolvem relacionamentos com colegas, chefia, fornecedores, clientes em fim em inter-
relacionamentos gerados pelo trabalho. Este ambiente organizacional, ou estes
relacionamentos são fatores que interferem na satisfação do trabalhador com o trabalho,
podendo ser de forma positiva ou negativa como explica Locke (1969, 1976), apud Marqueze
(2005) a satisfação no trabalho é um estado emocional produzido da avaliação dos valores do
indivíduo e apresentasse de duas formas ou sentimentos: o de alegria (satisfação) e o de
sofrimento, desprazer (insatisfação).
Dentre os valores do indivíduo que estão relacionados a satisfação Locke (1969,
1976), apud Marqueze (2005) os classifica em dois grandes grupos: eventos e condições do
trabalho (trabalho propriamente dito, pagamento, promoção, reconhecimento, condições de
trabalho, ambiente de trabalho); e agentes do trabalho (colegas e subordinados, supervisores,
empresa/organização).
A ausência do bom convívio, com relacionamentos saudáveis e respeitosos gera
insatisfação no trabalho, pois o ser humano segundo Maslow (2003) tem necessidades
resultantes dos relacionamentos como a estima e a boa convivência social. Esta insatisfação
pode oferecer riscos de doenças físicas e mentais para o colaborador, descritos por Martinez
“como fadiga, dificuldade respiratória, dor de cabeça, problemas digestivos e dores
musculares” outras ainda como a depressão e fobias interferindo na produtividade, qualidade
de vida, ausências, alem das questões pessoais como gastos com medicamentos, bem estar
para realizar atividades familiares, físicas, de estudos...
A organização deve manter controle sobre a saúde dos relacionamentos profissionais
para manter a produtividade e a ordem no ambiente de trabalho, uma das formas é através da
liderança. Pois o líder, é considerado como ponto de ligação entre cada indivíduo e seu
próprio mundo de trabalho, tem forte influência, quando se trata de favorecer ou comprometer
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a organização da estrutura interior daqueles que esperam dele um tipo de ação que possa, de
alguma forma, organizar o mundo que os cerca (Bergamini, 1994) apud Davel.
No processo de retenção e desenvolvimento o papel da liderança é muito importante
Schein (2009) “relaciona as habilidades dos lideres como propagador da cultura e cita como
exemplo: o carisma, a comunicação de forma clara, linguagem corporal, entre outros, algumas
destas habilidades são tão naturais que ocorrem até mesmo de forma inconsciente”. Ainda
descrevendo as habilidades necessárias para a liderança Press (2007) “expõe que para uma
organização obter êxito em suas metas, deverá contar com lideres capazes de transformar
números em conhecimento, que sejam, hábeis para gerenciar, administrar, controlar,
organizar, supervisionar e corrigir”.
Existem estilos de liderança que mostram de forma objetiva o comportamento do líder
Vendemiatti (2010) descreve a liderança autocrática com ênfase centrada no líder, sendo ele
quem fixa as diretrizes a serem seguidas e determina as técnicas a serem utilizadas, sem
qualquer participação do grupo. O modelo diretivo usa predominantemente os atributos dos
cargos, do poder da autoridade formal e a obediência, enquanto no modelo participativo
predomina a liderança, a disciplina e a autonomia (MAXIMIANO, 1995, p. 51). A liderança
carismática envolve simultaneamente traços de personalidade, poder, comportamento e
variáveis situacionais, o líder exerce a liderança passando uma visão clara, de grande apelo e
que seja relevante para as necessidades e valores dos liderados Bergamini (2002) “os
seguidores identificam-se, necessariamente, com a pessoa do líder e com a causa abraçada por
ele”.
descrições e especificações de cargos fornecem o alicerce firme para avaliação dos cargos, da
qual resultará a fixação de salários internamente coerentes.”
Para Bauk (1985) apud Marqueze (2006), os fatores considerados como os mais
significantes ao estresse e à insatisfação no trabalho são a falta de conhecimento sobre
oportunidades de progresso e promoção no trabalho e o modo como ocorre a avaliação do
desempenho profissional.
Segundo (CHIAVENATO, 2004) “a remuneração total é o pacote de recompensas
quantificáveis que uma pessoa recebe pelo trabalho, constituída de remuneração básica,
incentivos salariais e benefícios” Com a implantação de cargos e salários o colaborador tem
perspectiva de promoção, oportunidades de crescimento, avaliação e remuneração justa,
diminuindo os conflitos internos e insatisfação.
“A remuneração inclui o retorno financeiro e os serviços e benefícios como parte de
pagamento em uma relação de trabalho [...]”. (MILKOVICH e BOUDREAU, 2000, p.381).
Segundo Silva (2002), “as diretrizes que guiam o subsistema de remuneração são o equilíbrio
interno e externo”. O primeiro está relacionado a pagar o mesmo salário para os colaboradores
que exercem o mesmo cargo, preocupando-se com a aceitação pelos empregados dessas
relações. Quando as variações dos salários estão de acordo com os requisitos exigidos pelos
cargos, o equilíbrio interno é alcançado.
Para alcançar equilíbrio externo, evitando a perda de profissionais para o mercado, as
organizações devem buscar manter os salários atualizados e competitivos as demais empresas
do mesmo segmento. A remuneração total influencia o comportamento, esta deverá ser
positiva a fim de reter e atrair, mas também deve promover o desempenho das pessoas, de
modo que utilizem suas habilidades, técnicas e esforços mais singulares para atingir as metas
da organização.
Chiavenato (2003, p. 84) define o conceito de política salarial como “o conjunto dos
princípios e diretrizes que refletem a orientação e a filosofia da organização, no que tange aos
assuntos de remuneração de seus empregados”. O plano de cargos e salários é uma ferramenta
empregada para definir ou amparar as estruturas de cargos e salários de maneira justa dentro
da empresa. O principal objetivo alcançar os equilíbrios internos e externos. Por meio da
definição das atribuições, deveres e responsabilidades de cada cargo e os seus níveis salariais
(SILVA, 2002)
não se deve empreender voluntariamente nenhum benefício ao funcionário a menos que haja
algum retorno para a organização, como aumento da produtividade e do moral por parte dos
funcionários.
Os benefícios assistenciais visam oferecer segurança para o funcionário e seus
familiares, normalmente em situações que acontecem de forma natural, mas que são
inesperadas e repentinas. Segundo Chiavenato (1999) “Além da saúde, as atitudes dos
empregados são os principais objetivos desses planos”.
Para Bohlander, Snell e Sherman (2005) “Plano de saúde são empresas de médicos e
outros profissionais da área médica que fornecem ampla variedade de serviços aos titulares e
a seus dependentes, mediante contrato” estes planos são abrangentes e, por serem particulares,
várias cláusulas contratuais podem ser ajustadas. Uma boa negociação no momento da
contratação pode trazer grandes vantagens tanto para a operadora quando para a empresa e
seus colaboradores.
As expectativas da empresa sobre os treinamentos oferecidos são descritas por França
(2009) “o treinamento identificado com seus objetivos, contribuir para melhor capacitação
dos empregados, visando a um aumento de moral, de eficiência, de eficácia, de produtividade
e melhoria do ambiente de trabalho”.
Para França (2009, p.90), “um dos primeiros procedimentos de treinamento é
identificar quais competências que cada cargo abrangido pelo plano exige, independente de
quem atualmente ocupa ou virá a ocupar tal cargo”. As Competências são definidas por
conhecimentos (tudo que precisa saber) habilidades (deve saber fazer) e comportamentos
(forma de cada indivíduo se comportar).
Os principais objetivos dos treinamentos para Marras (2011, p.135), é “a formação
profissional, a especialização e a reciclagem”. A formação objetiva, a capacidade laboral para
determinada profissão, a especialização, é o conhecimento e prática de uma área para a
otimização de uma função. Já a reciclagem é para rever conceitos, conhecimentos ou práticas
atualizadas.
Situações internas, sempre que possível, devem ser planejadas e acompanhadas, como
por exemplo, Bohlander; Snell; Sherman (2005) descrevem “à medida que funcionários mais
velhos se aproximam da aposentadoria, os mais novos precisam esforçar-se para adquirir as
habilidades e os conhecimentos necessários para assumir o lugar deles”. Ao analisar a tarefa,
esta deverá ser conhecida minuciosamente, além dos detalhes técnicos, as habilidades e ações
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que são necessárias para desempenhar tais procedimentos, para que o conteúdo do
treinamento seja escolhido adequadamente e surta os efeitos necessários.
Outro fator a ser analisado quando se busca treinamentos diz respeito aos
colaboradores. É necessário saber se todos precisam de treinamento, se as necessidades de
treinamento do setor são os mesmos, se as tarefas são as mesmas. Bohlander; Snell; Sherman
(2005) “Muitas vezes é desejável agrupar indivíduos de acordo com sua capacidade para
aprender”.
Para Paiva (1996) As formas de treinamentos são diversificadas e adequadas à
necessidade ou ao objetivo, podendo ser cursos de ensino superior, pós-graduação, mestrado,
um seminário de profissionais, um estágio, palestras audiovisuais, métodos de simulação,
rotinas em sistemas de dados, experiências em local de trabalho, trocas de conhecimentos
entre o grupo de trabalho, estudos de casos e situações do cotidiano profissional, jogos, vídeos
conferências, entre muitas outras formas de aperfeiçoar o conhecimento e as habilidades
individuais.
3 METODOLOGIA
Em relação a ser ou ter filiais 56% de respostas foram afirmativas enquanto 44% não
têm filiais. Trabalhando um pouco mais com os 56% que afirmam terem filiais verificou-se
que 11% tem mais que cinquenta filiais, 11% tem trinta ou mais filiais e os demais 33% tem
uma filial. Esta amostragem traz a real situação de empresas em diferentes níveis de
investimentos, estrutura física, foco em clientes diferenciados e localização dentro da cidade
de Chapecó/SC.
Adentrando no assunto principal do artigo a amostragem que se posicionou
positivamente quanto a preocupação em manter o quadro atual de funcionários é de 78%
indica que a retenção é uma questão que já faz parte das rotinas destes supermercados,
embora 22% da amostragem afirmam não preocuparem-se com a retenção do quadro
funcional.
O percentual de empresas que não se preocupam com a retenção de pessoal chama
atenção para algumas possibilidades, ou o quadro funcional não esta satisfatório, mas a
empresa não tomou iniciativa para mudá-lo, por isso não existe preocupação em retê-lo, outra
possibilidade é que existe facilidade na contratação de novos colaboradores, observou-se que
esta postura esta mais presente em estabelecimentos com menor número de colaboradores,
onde as rotinas envolvidas neste processo como: contratação, treinamento, demissão,
qualificação não sejam tão expressivas e frequentes quanto no dia-a-dia de uma empresa com
mais colaboradores. Outro fato correlacionado é o percentual da rotatividade que para 11%
das empresas que não se preocupa com a retenção tem o maior índice de rotatividade mensal,
que fica em 5,01% ou mais, talvez resultado da falta de políticas em prol da redução da
rotatividade, e benefícios e oportunidades.
Mensura se que 67% dos supermercados pesquisados possuem políticas que visam
reter seus colaboradores contra 33% que contam apenas com as políticas definidas em
legislação, dentre os que fomentam políticas mais atrativas observasse que na totalidade ao
menos uma das políticas estão diretamente relacionadas ao aumento da remuneração do
colaborador, a exemplo de pagamento de horas extras, plano de cargos e salários, salário base
superior ao da concorrência, participação nos resultados e premiações. Outras Políticas fazem
referência ao plano de saúde com 22% e ambiente de trabalho com 11% da amostragem total.
Ao instigar sobre a rotatividade mensal dos supermercados, auferes se os seguintes
resultados: 22% da amostragem tem índice de até 2,5% a.m., empatando com 22% que tem a
rotatividade até 5% a.m., já 11% da amostragem fica com o índice de rotatividade superior a
5% a.m., e 45% do total da amostragem desconhece este índice. Este resultado não pode ser
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avaliado individualmente, ele é importantíssimo, mas nos revela maiores informações quando
transposto com respostas de outras linhas de investigação como benefícios oferecidos, perfil
da liderança e fator que mais influencia, do ponto de vista do administrador, na retenção de
pessoal, estas pontes serão feitas a seguir no revelar do perfil dos supermercados de
Chapecó/SC.
Os benefícios são uma forma indireta de remuneração que proporcionam vantagens de
mão dupla, para o funcionário e para a empresa, baseado nisso percebesse que o benefício
mais comum disponibilizado por 100% dos supermercados é justamente a possibilidade de
realizar compras no próprio estabelecimento com opção de desconto em folha. Esta pratica
faz com que os colaboradores sejam fornecedores de serviços e consumidores de produtos,
passam a ser cliente, aumentando o retorno do supermercado também, no entanto deve ser
levado em consideração o percentual sobre o salário que o colaborador pode consumir com
desconto em folha, pois ao laborar um mês todo e chegar ao final com uma remuneração
insuficiente para as demais necessidades podem causar frustração, desmotivação e
preocupação com problemas pessoais, com o tempo ocasionara aumento na rotatividade, e um
cliente que não voltará mais.
O segundo benefício tratasse de exigência legal é o fornecimento de vale transporte,
mesmo sendo um beneficio com regulamentação legislativa percebesse que apenas 56% das
entidades oferecem aos funcionários, faz-se uma ressalva que não é obrigatório quando o
colaborador tem outro meio de deslocamento não sendo o transporte público e o fato de
alguns estabelecimentos priorizarem a contratação de pessoas que moram próximas.
O terceiro beneficio, também de mão dupla, é justamente o treinamento do quadro
funcional sendo realizado por 44% dos supermercados. Sobre treinamento não se avaliou
quais e como são realizados, vale lembrar que para fazer o levantamento das necessidades de
treinamento, devem ser levadas em consideração as necessidades da empresa, da tarefa e da
pessoa. São as pessoas que compõe as empresas que tomam as decisões e orientam as
atividades para atingir os planos estratégicos da empresa. É muito importante que os
treinamentos estejam alinhados às perspectivas do planejamento, à missão, à visão,
direcionados para o mesmo resultado, devido a sua importância mesmo empresas com quadro
funcional menor deve buscar treinar seus colaboradores.
O treinamento é visto pelos colaboradores, como grande diferencial e vantagem
pessoal por estar relacionado ao crescimento profissional, principalmente aos mais jovens que
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Outras formas mais comuns também são citadas, como ter a foto exposta para todos
saberem do esforço e fazer o devido reconhecimento, outras técnicas de reconhecimento são
através de um brinde de determinado valor para fazer compras no mercado ou mesmo
pagamento em folha de determinado valor.
Dos mercados que participaram da amostragem 33% dizem que tem políticas de
remuneração mais benéficas que as definidas pelo Sindicato da categoria definidas como
aumento salarial de 6 em 6 meses, categorias com salários superiores ao base definido pelo
Sindicato, e pagamento de horas extras mensalmente , não usa o banco de horas aprovado
pelo Sindicato.
O plano de cargos e salários descrito e divulgado é uma ferramenta que de modo geral
apresentas muitas vantagens para os colaboradores além do senso de justiça no ambiente
corporativo, é motivador, o colaborador sabe quanto tempo, percentual de reajuste, é a direção
um caminho para alcançar seus objetivos. Esta ferramenta é implementada por 33% da
amostragem. Outros 33% tem outras políticas de ascensão com reais expectativas de
crescimento, porém apenas 11% possuem esta política redigida e ao alcance do colaborador.
Em 34% dos estabelecimentos pesquisados não existe nenhum plano de crescimento.
De modo geral percebesse que o pacote de benefícios oferecidos entre os
estabelecimentos tem peso diferenciado quando analisado o número de benefícios oferecidos,
não é possível correlacionar o pacote de benefícios individualmente com o fator rotatividade,
como mostra a tabela a baixo, existem outros fatores que estão influenciando no índice de
rotatividade, podemos usar como possíveis fatores: o ambiente de trabalho, perfil de
liderança, localização, melhores oportunidades em outros setores e ou remuneração global
uma vez que já foi levantado que algumas empresas trabalham com salários acima do piso da
categoria, pode existir uma linha estável entre os rendimentos totais de modo geral se
considerar que uma empresa com salário base acima do piso dispunha de um pacote de
benefícios reduzidos, outros possuem maiores benefícios e salários padrões.
VII 2 0 a 2,5% 20
VIII 2 5,01% ou mais 16
IX 1 Desconhece 14
V 1 Desconhece 12
Fonte: dados da pesquisa, agosto 2014.
É habitual o funcionamento dos supermercados aos domingos, logo seus
colaboradores trabalham com escala de revezamento, tendo que adequarem suas atividades
pessoais de lazer, descanso, convivência familiar, social, educação, religião, tarefas domestica
entre inúmeros outros para o dia do seu DSR (Descanso Semanal Remunerado). O
empregador precisa do colaborador para o bom atendimento do cliente, evitar filas, faltas de
produtos, para os demais colaboradores não ficarem sobrecarregados, sendo este um assunto
de interesse de ambas as partes e muitas vezes motivo de insatisfação perguntou-se como as
escalas de folgas são definidas: 22% dos estabelecimentos o funcionário tem opção, 33% tem
dia fixo e 45% a empresa define.
Ainda sobre jornada de trabalho nos supermercados é comum setores de trabalhou ou
turnos de 6 horas e prorrogação da jornada de trabalho onde se fazem necessários intervalos
para repouso e alimentação, conforme previsão legal vigente CLT art. 71 “dentro da jornada
de seis horas o intervalo é de apenas quinze minutos, mas na prorrogação da jornada de 6
horas é necessário intervalo de 1 hora” já para jornadas superiores a 6 horas o intervalo
mínimo é de 1 hora e na prorrogação se faz necessário intervalo de 15 minutos de acordo com
o Art. 384 da CLT, ao perguntar se os estabelecimentos possuem um local adequado para
repouso e alimentação dos trabalhadores, justamente nestes intervalos, observou-se que 78%
dos estabelecimentos que participaram da amostragem possuem local adequado contra 22%
que não possui.
Você aceita desenvolver determinada atividade sabendo que a qualquer falha de
comunicação, atenção ou que assim que algo sair do previsto você perderá na melhor hipótese
um dedo, mas pode acontecer de lacerar um braço ou mesmo a própria vida! Ou pode fazer
outra atividade sem risco, qual será sua escolha? É nesta situação que se encontra o
colaborador que desenvolve atividades de risco sem o uso de Equipamentos de Proteção
Individual (EPI’s). De acordo com a NR-06 - Norma Regulamentadora 06 do Ministério do
Trabalho e Emprego (MTE) que normatiza o uso dos EPI’s, é dever da empresa fornecer e
cobrar o uso dos EPI’s, ainda cabe a Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA -
NR-05) cobrar e orientar sobre o uso dos mesmos.
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5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
ser obrigatórios ou opcionais, e se o colaborador vai participar com parte do custo ou não,
quando possível discutir com o colaborador qual a entidade que prestara os serviços, pois ao
contratar uma empresa com serviços que não atendam as expectativas pode gerar insatisfação
e desmotivação.
Existem diferenças consideráveis com relação à remuneração e benefícios para os
colaboradores de um supermercado e outro. Falta treinamento para um bom desenvolvimento
das atividades, incitação a criatividade, e ao atendimento ao cliente...
Quanto ao percentual para desconto em folha de pagamento existe previsão legal.
Fazer com que o limite de compras diminua um pouco para oferecer outros benefícios que
estejam de acordo com as necessidades e objetivos de cada organização como convenio com
farmácias para compra de remédios (produtos não concorrentes), planos de saúde,
odontológico, educação, refeitório, academia. Convênios onde pode haver uma contrapartida
do funcionário, um desconto por parte da empresa que vende o beneficio, e uma pequena
participação da empregadora, podem tornar o emprego mais atrativo e satisfazer com mais
qualidade e menor preço necessidades do colaborador.
Percebesse uma relação entre os fatores de retenção, descritos pela liderança e a
pirâmide da hierarquia das necessidades citada por Chiavenato (1994) percebesse até uma
certa estabilidade entre os fatores.
Para as funções onde é necessária uma preparação técnica e um maior conhecimento
da empresa, e mesmo para realização de tarefas mais complexas, as empresas precisam formar
o profissional, pois não encontram mais profissionais à disposição no mercado, e facilmente
perdem os profissionais para outras empresas, muitas vezes as concorrentes. Esta política
tornasse mais atrativa e motivadora para o quadro atual. Neste momento, surgem grandes
oportunidades no mercado de trabalho chapecoense na qual passa a ser analisado mais o perfil
individual da pessoa e o comportamental. A base técnica pode ser desenvolvida, em vista de
diversas instituições de treinamento e aperfeiçoamento nos mais variados setores de
atividades.
Sobre o trabalho aos domingos e as escalas de folgas 45% das empresas definem o dia
sem possibilidade de troca, sabemos que não é possível atender a todas as circunstâncias da
vida pessoal dos trabalhadores, sendo impossível administrar estas ocasiões na empresa, mas
eventualmente algumas exceções devem ser abertas devido a importância delas na vida
pessoal do trabalhador.
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