A requerente solicita a redesignação da audiência em que prestará depoimento em um Conselho de Justificação contra um oficial da polícia militar que a agrediu. Ela alega que o depoimento prematuro pode prejudicar sua integridade física e psicológica e pede para usar o depoimento prestado em processo penal sobre o mesmo fato.
A requerente solicita a redesignação da audiência em que prestará depoimento em um Conselho de Justificação contra um oficial da polícia militar que a agrediu. Ela alega que o depoimento prematuro pode prejudicar sua integridade física e psicológica e pede para usar o depoimento prestado em processo penal sobre o mesmo fato.
A requerente solicita a redesignação da audiência em que prestará depoimento em um Conselho de Justificação contra um oficial da polícia militar que a agrediu. Ela alega que o depoimento prematuro pode prejudicar sua integridade física e psicológica e pede para usar o depoimento prestado em processo penal sobre o mesmo fato.
A requerente solicita a redesignação da audiência em que prestará depoimento em um Conselho de Justificação contra um oficial da polícia militar que a agrediu. Ela alega que o depoimento prematuro pode prejudicar sua integridade física e psicológica e pede para usar o depoimento prestado em processo penal sobre o mesmo fato.
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EXCELENTÍSSIMO SENHOR CORREGEDOR GERAL DA POLICIA
MILITAR DO ESTADO DO PARÁ
VIVIA CRISTINA CRUZ DE OLIVEIRA, brasileiro, divorciada, advogada,
portador do RG 4697237 PM/PA, inscrita no CPF sob o n. 809.007.472-34, residente e domiciliada no Conjunto Sevilha, Bloco 10-B, Apto. 204, Bairro: Parque Verde, CEP: 66635-210, Belém/PA, vem, respeitosamente, perante Vossa Excelência, através de seus advogados infrafirmados, apresentar REQUERIMENTO DE REDESIGNAÇÃO DE AUDIÊNCIA EM CONSELHO DE JUSTIFICAÇÃO, com base nos fatos a seguir expostos:
A Requerente em meados do mês de junho de 2014, estabeleceu UMA união
estável com o CAP QOPM RG 27.286 PAULO HENRIQUE BRAGA MAIA, a qual terminou após sucessivos episódios de agressões físicas (violência doméstica) se tornaram frequentes na vida da requerente.
Vale ressaltar que nos autos da ação penal n. 0034883-45.2015.8.14.0401, o
Juízo da 3ª Vara de Violência Doméstica condenou o Oficial supracitado nas sanções previstas no art. 129, § 9º, do Código Penal, bem como ao pagamento de R$ 3.000,00 (três mil reais) a título de danos morais em favor da Requerente, de sua filha e de terceira vítima.
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Senhor Corregedor, ocorre que a oitiva prematura da vítima (mulher) de
violência doméstica e familiar, deve obedecer os termos do art. 10-A, §1º, da Lei nº 11.340/06 (Lei Maria da Penha), devendo salvaguardar sua integridade física, psíquica e emocional, com a garantia de que não haverá contato direto com o investigado e o mais importante, não revitimização da depoente, evitando sucessivas inquirições sobre o mesmo fato nos âmbitos criminal, cível e administrativo, bem como questionamentos sobre a vida privada, senão vejamos:
Art. 10-A. (…)
§ 1º A inquirição de mulher em situação de violência
doméstica e familiar ou de testemunha de violência doméstica, quando se tratar de crime contra a mulher, obedecerá às seguintes diretrizes:
I - salvaguarda da integridade física, psíquica e emocional
da depoente, considerada a sua condição peculiar de pessoa em situação de violência doméstica e familiar;
II - garantia de que, em nenhuma hipótese, a mulher em
situação de violência doméstica e familiar, familiares e testemunhas terão contato direto com investigados ou suspeitos e pessoas a eles relacionadas
III - não revitimização da depoente, evitando sucessivas
inquirições sobre o mesmo fato nos âmbitos criminal, cível e administrativo, bem como questionamentos sobre a vida privada.
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Súmula 591: É permitida a “prova emprestada” no
processo administrativo disciplinar, desde que devidamente autorizada pelo juízo competente e respeitados o contraditório e a ampla defesa.
Caso não entenda pela prova emprestada, proceda-se a redesignação da oitiva da
requerente para o final da instrução, quando já adotadas as medidas protetivas para um “depoimento sem dano”, inclusive com a manifestação e presença do membro do Ministério Público Militar, para acompanhamento da audiência, na forma do art. 26, VIII, da Lei nº 8.625/93:
Art. 26. No exercício de suas funções, o Ministério Público
poderá:
VIII - manifestar-se em qualquer fase dos processos,
acolhendo solicitação do juiz, da parte ou por sua iniciativa, quando entender existente interesse em causa que justifique a intervenção.
Nesse sentido é o art. 25, Lei nº 11.340/06:
Art. 25. O Ministério Público intervirá, quando não for
parte, nas causas cíveis e criminais decorrentes da violência doméstica e familiar contra a mulher.
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