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1. DOS FATOS
A autora da presente ação é mãe de família, cidadã humilde, que tem por
hábito exercer sua cidadania cobrando dos governantes as melhorias necessárias
para a sua comunidade, e é com base no exercício da cidadania, garantido pela
carta magna, que tem início o ocorrido.
Ocorre que no dia 03 (três) de outubro de 2012, por volta das 16 horas, em
campanha eleitoral visando sua reeleição, o Réu passava em carro de som
apresentando suas propostas, pela Rua México, bairro Santo Afonso.
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Márcio Lüders dos Santos
Advogado – OAB/RS 87.085_________________________________________________
Mister ressaltar que tal prisão só não ocorreu, pois diante da situação e do
clima de tensão gerado, os populares que passavam pelo local no momento se
revoltaram e não permitiram a ação da Guarda Municipal.
Vale dizer que tal situação foi causada por única e exclusiva culpa do
Réu, tendo em vista sua atitude desumana, de nem sequer ouvir as justas
reivindicações da Autora, que lutava naquele momento pela saúde de seu filho,
agindo o réu de forma absolutamente desproporcional.
Esse gesto, presenciado por grande número de pessoas que por ali
passavam, constrangeu de sobremaneira a Autora, humilde mãe de família, que
jamais fora insultada desta forma. É Agravante, ainda, o fato ter ocorrido em
via pública, sendo a Autora, inclusive, motivo de chacota para alguns vizinhos,
que por conta do episódio não lhe dirigem mais a palavra, por medo de
represália por parte da administração municipal, no atendimento das suas
demandas, tendo em vista que o réu ocupa o cargo de Prefeito Municipal.
2. DA FUNDAMENTAÇÃO JURÍDICA
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CONSTITUIÇÃO FEDERAL
“Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de
qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos
estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à
vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos
termos seguintes:
(...)
X - são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a
imagem das pessoas, assegurado o direito a indenização pelo
dano material ou moral decorrente de sua violação;”
CÓDIGO CIVIL
Art. 927. Aquele que, por ato ilícito (arts. 186 e 187), causar dano
a outrem, fica obrigado a repará-lo.
No caso ora abordado, o bem jurídico violado pelo Réu foi o direito à
honra e à intimidade da Autora, decorrente do constrangimento a ela imposta
pela conduta acima descrita e destacada.
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[1] CAHALI, Yussef Said. Dano Moral, Editora Revista dos Tribunais, SP, 1998, 2ª edição.
[2] SILVA, Wilson de Melo. O Dano Moral e sua Reparação. Rio de Janeiro: Forense, 1993, p. 13.
[3] WALD, Arnold. Curso de Direito Civil Brasileiro. São Paulo: Revista dos Tribunais, 1989, p. 407.
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Ora Excelência, este foi o modo que o Réu encontrou para macular a
imagem de prestígio e respeito da Autora em via pública diante de populares
de forma vil e baixa o Autor, desferindo diversas palavras de baixo calão e
visando com isso reduzir a condição de pessoa moralmente ilibada da Autora.
(...) Por mais pobre e humilde que seja uma pessoa, ainda que
completamente destituída de formação cultural e bens materiais,
por mais deplorável que seja seu estado biopsicológico, ainda
que destituída de consciência, enquanto ser humano será
detentora de um conjunto de bens integrantes de sua
personalidade, mais precioso que o patrimônio, que deve ser
por todos respeitada. Os bens que integram a personalidade
constituem valores distintos dos bens patrimoniais, cuja
agressão resulta no que se convencionou chamar de dano
moral. Essa constatação, por si só, evidencia que o dano moral
não se confunde com o dano material; tem existência própria e
autônoma, de modo a exigir tutela jurídica independente.
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[5] CAVALIERI FILHO, Sérgio, Programa de Responsabilidade Civil, 7ª ed., rev. e amp. SP: Atlas, 2007, p. 83.
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4. DOS PEDIDOS
ROL DE TESTEMUNHAS
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