Modelo Inicial - Aposentadoria Mista

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AUGUSTUS & ADVOGADOS ASSOCIADOS

Dr. Carlos Augusto Pereira Silva – OAB/PI nº 8716/ OAB- MA 13264-A


Rua Elias Oka, nº 409. Centro, Floriano – Piauí. CEP 64800-088
(89) 9406-5899 / (89) 9917-2655 E-mail:[email protected]

AO JUIZO DO JUIZADO ESPECIAL FEDERAL DA SUBSEÇÃO JUDICIÁRIA


DE FLORIANO-PI

SALVADORA MARTINS DE SOUSA SANTOS, brasileira, casada,


lavradora, portadora do documento de identidade sob o Nº
1959086 SSP/PI, CPF sob o Nº 74715364387, residente e
domiciliada na Rua sete de setembro , nº 302, município de
Uruçuí – PI, CEP: 64.860-000, vem mui respeitosamente, a
presença do M.M. juiz, por intermédio de seu procurador CARLOS
AUGUSTO PEREIRA SILVA OAB/PI nº 8716 e OAB/MA nº 13264-A, E-
mail: [email protected], fazendo parte da
Seccional do Estado Piauí, Subseção Floriano, com escritório
profissional situado na Rua Desembargador Everton Ribeiro,
149, Manguinha - Floriano - PI, CEP. 64.800.000, onde recebe
notificações e intimações, propor a presente:

AÇÃO DE CONCESSÃO DE BENEFÍCIO PREVIDENCIÁRIO APOSENTADORIA


POR IDADE HÍBRIDA

Em face do INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL – INSS,


autarquia federal, com procuradoria regional, localizado na

Rua Elias Oka, nº 409,C entro Floriano – Piauí. CEP 64800-000


(89) 9406-5899 / (89) 9917-2655 E-mail:[email protected]
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Dr. Carlos Augusto Pereira Silva – OAB/PI nº 8716/ OAB- MA 13264-A
Rua Elias Oka, nº 409. Centro, Floriano – Piauí. CEP 64800-088
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rua Simplício Moreira, nº 1026, Centro, Imperatriz – MA, CEP


65602010, pelos fatos e fundamentos a seguir expostos:

I. PRELIMINARMENTE
DA JUSTIÇA GRATUITA
A parte autora faz jus à concessão da gratuidade de
Justiça, haja vista que não possui rendimentos suficientes
para custear as despesas processuais e honorários
advocatícios em detrimento de seu sustento e de sua
família.

De acordo com a edição do artigo 4º da Lei 1.060/50,


basta a afirmação de que não possui condições de arcar com
custas e honorários, sem prejuízo próprio e de sua família,
na própria petição inicial ou em seu pedido, a qualquer
momento do processo, para a concessão do benefício, pelo
que nos bastamos do texto da lei, in verbis:

“ Art. 4º A parte gozará dos benefícios da


assistência judiciária, mediante simples afirmação,
na própria petição inicial, de que não está em
condições de pagar as custas do processo e os
honorários de advogado, sem prejuízo próprio ou de
sua família”.(grifo nosso).

“§ 1º Presume-se pobre, até prova em contrário,


quem afirmar essa condição nos termos da lei, sob
pena de pagamento até o décuplo das custas
judiciais”. (grifo nosso).

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Nos termos do art. 4º, § 1º, da Lei nº 1.060/50,


milita presunção de veracidade da declaração de pobreza em
favor do requerente da gratuidade. Desta forma, o ônus de
provar a inexistência ou o desaparecimento da condição de
pobreza é do impugnante.

Nesse mesmo sentido, o art.98 do NCPC, in verbis:

Art. 98. A pessoa natural ou jurídica, brasileira


ou estrangeira, com insuficiência de recursos para
pagar as custas, as despesas processuais e os
honorários advocatícios tem direito à gratuidade da
justiça, na forma da lei.

Diante do exposto, requer o deferimento da justiça


gratuita por não possuir condições de arcar com as custas
processuais.

II. DO REQUERIMENTO ADMINISTRATIVO

A parte autora, após alcançar os requisitos legais,


requereu administrativamente em 02.12.2020, o benefício
previdenciário de aposentadoria por idade híbrida, o qual
foi negado.

Entretanto, o benefício restou indeferido pelo INSS,


sob a alegação de que não o requerente não cumpria os
requisitos legais para o direito previsto nas regras de
transição da Emenda Constitucional
no. 103, previstos nos artigos 15, 16, 17, 18, 20, 21 e 22.

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No entanto, observa-se pelas provas em anexo que, na


data do requerimento a parte autora já ostentava todos os
requisitos necessários à concessão da aposentadoria, razão
pela qual deve ser aposentada com pagamentos dos salários
retroativos à data daquele, qual seja, 02.12.2020.

O requerente nascido em 02.02.1955, contando atualmente


com 66 (sessenta e seus) anos de idade, laborou na
atividade urbana e rural durante diversos períodos
contributivos.

Portanto, tendo em vista os períodos que o requerente


laborou na atividade rural e urbana, bem como a sua idade,
resta comprovado que, preencheu os requisitos necessários
fazendo jus a aposentadoria por idade híbrida.

Nesse contexto, restam demonstrados o interesse de


agir e a legitimidade do autor para ajuizar a presente
ação.

III. DA FUNDAMENTAÇÃO JURÍDICA

A pretensão do requerente está fundamentada através do


art. 201, I, da Constituição Federal, art. 39, I e 142,

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ambos da Lei de nº 8.213/91, encontrando-se presente os


requisitos exigidos para a concessão da aposentadoria por
idade.

Vale frisar que, houve uma significativa alteração


legislativa referente a aposentadoria por idade com a
inclusão de uma nova modalidade denominada atípica, mista
ou híbrida, possibilitando a soma do tempo de serviço
urbano ao rural para a concessão da aposentadoria por
idade, de acordo com a redação do art. 48 da Lei 8.213/91
promovida pela redação da Lei nº 11.718/08, vejamos:

Art. 48. A aposentadoria por idade será devida ao


segurado que, cumprida a carência exigida nesta
Lei, completar 65 (sessenta e cinco) anos de
idade, se homem, e 60 (sessenta), se mulher.

§ 1o Os limites fixados no caput são reduzidos


para sessenta e cinqüenta e cinco anos no caso de
trabalhadores rurais, respectivamente homens e
mulheres, referidos na alínea a do inciso I, na
alínea g do inciso V e nos incisos VI e VII do
art. 11.

§ 2o Para os efeitos do disposto no § 1 o deste


artigo, o trabalhador rural deve comprovar o
efetivo exercício de atividade rural, ainda que
de forma descontínua, no período imediatamente
anterior ao requerimento do benefício, por tempo
igual ao número de meses de contribuição
correspondente à carência do benefício
pretendido, computado o período a que se referem

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os incisos III a VIII do § 9o do art. 11 desta


Lei.

§ 3o Os trabalhadores rurais de que trata o §


1o deste artigo que não atendam ao disposto no §
2o deste artigo, mas que satisfaçam essa condição,
se forem considerados períodos de contribuição
sob outras categorias do segurado, farão jus ao
benefício ao completarem 65 (sessenta e cinco)
anos de idade, se homem, e 60 (sessenta) anos, se
mulher.

§ 4o Para efeito do § 3o deste artigo, o cálculo


da renda mensal do benefício será apurado de
acordo com o disposto no inciso II do caput do
art. 29 desta Lei, considerando-se como salário-
de-contribuição mensal do período como segurado
especial o limite mínimo de salário-de-
contribuição da Previdência Social.

Nessa perspectiva, a concessão de aposentadoria por


idade na modalidade híbrida conforme dispõe o art. 48, §3,
da Lei nº 8.2013/91, propõe a idade de 60 anos para mulher
e 65 anos para homem, além da carência de 180
contribuições.

Nesse sentido, vejamos o entendimento jurisprudencial


pacificado do Superior Tribunal de Justiça:

PREVIDENCIÁRIO. APOSENTADORIA POR IDADE HÍBRIDA.


VIOLAÇÃO DO ART. 535 DO CPC. AUSÊNCIA DE OMISSÃO NO
ACÓRDÃO. CÔMPUTO DE TEMPO RURAL ANTERIOR À LEI N.
8.213/1991. ART. 48, §§ 3º E 4º, DA LEI N. 8.213/1991,
COM A REDAÇÃO DADA PELA LEI N. 11.718/2008.
OBSERVÂNCIA. SÚMULA N. 83/STJ.

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1. Os trabalhadores rurais que não satisfazem a


condição para a aposentadoria do art. 48, §§ 1° e 2°,
da Lei n. 8.213/91 podem computar períodos urbanos,
pelo art. 48, § 3°, da mesma lei, que autoriza a
carência híbrida.

2. No caso dos autos o Tribunal de origem, com amparo


nos elementos fático-probatórios dos autos, concluiu
que o segurado especial que comprove a condição de
rurícola, mas não consiga cumprir o tempo rural de
carência exigido na tabela de transição prevista no
art. 142 da Lei n. 8.213/1991 e que tenha contribuido
sob outras categorias de segurado, poderá ter
reconhecido o direito ao benefício aposentadoria por
idade híbrida, desde que a soma do tempo rural com o de
outra categoria implemente a carência necessária
contida na Tabela.

3. Ficou consignado também que “o fato de não estar


desempenhando atividade rural por ocasião do
requerimento administrativo não pode servir de
obstáculo à concessão do benefício. A se entender
assim, o trabalhador seria prejudicado por passar
contribuir, o que seria um contrassenso. A condição de
trabalhador rural, ademais, poderia ser readquirida com
o desempenho de apenas um mês nesta atividade. Não
teria sentido se exigir o retorno do trabalhador às
lides rurais por apenas um mês para fazer jus à
aposentadoria por idade. O que a modificação
legislativa permitiu foi, em rigor, o aproveitamento do
tempo rural para fins de carência, com a consideração
de salários-de-contribuição pelo valor mínimo, no caso
específico da aposentadoria por idade aos 60 (sessenta)
ou 65 (sessenta e cinco) anos (mulher ou homem)”.

4. Das razões acima expendidas, verifica-se que o


Tribunal a quo decidiu de acordo com jurisprudência
desta Corte, de modo que se aplica à espécie o

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enunciado da Súmula n. 83/STJ. Precedentes. Agravo


regimental desprovido.

(STJ, AgRg no REsp 1531534/SC, Rel. Ministro HUMBERTO


MARTINS, SEGUNDA TURMA, julgado em 23/06/2015, DJe
30/06/2015, sem grifo no original).

A Lei 11.718/2008 conferi ao segurado o direito à


aposentadoria híbrida por idade, possibilitando que, na
apuração do tempo de serviço, seja realizada a soma dos
lapsos temporais de trabalho rural com o urbano.

Conforme documentos comprobatórios juntados aos autos,


a parte autora laborou no meio Urbano e também no meio
rural, e somadas as contribuições dos períodos laborados,
somam mais de 180 contribuições, fazendo jus portanto ao
benefício de aposentadoria por idade híbrida.

Desta forma, mostra-se plenamente possível, além de


justa, a concessão da aposentadoria por idade híbrida em
favor da parte Autora.

IV. DOS PEDIDOS

Diante do exposto, requer:

1. A citação do Instituto Nacional do Seguro Social – INSS,


na pessoa do seu representante legal, para que responda a
presente demanda, no prazo legal, sob pena de revelia;

2. A concessão do benefício da justiça gratuita em virtude


da Parte Autora não poder arcar com o pagamento das custas
processuais e honorários advocatícios sem prejuízo do seu
sustento ou de sua família, condição que expressamente
declara, na forma do art. 4º da Lei n.º 1.060/50;

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3. A condenação do Instituto Nacional do Seguro Social –


INSS para conceder o benefício de aposentadoria por idade
híbrida, bem como pagar as parcelas vencidas desde a data
do requerimento administrativo (02.12.2020), monetariamente
corrigidas desde o respectivo vencimento e acrescidas de
juros legais moratórios, ambos incidentes até a data do
efetivo pagamento;

4. A condenação do Instituto Nacional do Seguro Social –


INSS para arcar com as custas processuais e honorários
advocatícios;

5. Requer, ainda, provar o alegado por todos os meios de


prova admitidos em direito, notadamente a documental e
testemunhal.

Dar-se a causa o valor de 9.900,000 (nove mil e


novecentos reais)

Nestes termos,

pede e espera deferimento.

Floriano, Agosto de 2021.

Carlos Augusto Pereira Silva

OAB/PI nº 8.716

OAB MA n° 13.264-A

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