Retificador Trifásico Controlado
Retificador Trifásico Controlado
Retificador Trifásico Controlado
Os circuitos trifásicos geralmente são mais adequados quando uma grande quantidade
de potência está envolvida. Dessa forma, mesmo as cargas monofásicas de alta potência em
corrente continua comumente são alimentadas por meio de retificadores trifásicos. Entre os
retificadores trifásicos, o de ponte completa controlado provavelmente é o mais utilizado
conversor de eletrônica de potência para aplicações de média e alta tensão.
O objetivo de um retificador de onda completa é produzir uma tensão ou corrente que
seja puramente CC ou que tenha alguma componente CC especificada. A corrente média em
uma fonte CA é zero, assim como no retificador de onda completa, evitando, portanto,
problemas associados com as correntes médias diferentes de zero nas fontes. A saída do
retificador de onda completa tem inerentemente uma ondulação menor que o retificador de
meia onda.
Deve-se optar por retificadores trifásicos controlados a medida que precisando-se
manipular a tensão na saída do retificador, passa-se a trabalhar com cargas que exijam maior
potência. Em geral são utilizados na indústria para produzir tensão e corrente CC para cargas
de valores elevados.
Tendo em vista que para produzirmos um retificador trifásico controlado, necessitamos
de chaves com essa funcionalidade de controle, utilizaremos o SCR para o controle da
retificação. O SCR é como uma chave que pode ser controlada eletronicamente. Quando há
corrente de gatilho, a chave fecha, quando não há, a chave não fecha. Além disso, o SCR so
deixa de conduzir quando sua corrente cai à zero, seja por ausência de corrente de anodo, seja
por curto entre anodo e catodo.
Cada tiristor pode conduzir durante um intervalo máximo de 120° e ocorre uma
comutação a cada 60°. Na condição de condução, existem sempre dois tiristores conduzindo,
um no grupo positivo e outro no grupo negativo do conversor.
Os tiristores são disparados aos pares, a partir da tensão entre fases, nos semiciclos
positivos desta tensão. Desta forma, o cruzamento de fases define o sincronismo para os
tiristores, sendo este ponto considerado como referência para definição do ângulo de disparo.
Cada tiristor pode conduzir, com carga resistiva, um ângulo de 120°, a partir do
cruzamento e deve receber 2 pulsos de comando separados de 60°. A razão disto é que, deve
ocorrer a transferência de corrente de um tiristor do lado positivo, para os tiristores do lado
negativo. Nesta transferência é necessário reaplicar um pulso de reforço para garantir que o
par continue conduzindo.