Aula 4 Alfabetização e Literatura Infantil
Aula 4 Alfabetização e Literatura Infantil
Aula 4 Alfabetização e Literatura Infantil
ALFABETIZAÇÃO
Semana 4
Para início de conversa...
A literatura infantil, além de ser uma leitura descontraída, precisa ser estrutura
obrigatória da instituição.
A literatura infantil precisa estar dentro das salas de aula como trabalho pedagógico.
No trabalho com a literatura infantil, o professor em sala de aula deve: envolver as
crianças no processo de interpretação do texto, da exploração do livro, da coligação
do autor e do ilustrador com o que pretendem passar com a história narrada
estimulando a curiosidade das crianças e o desejo de dialogar sobre o livro.
No processo literário
Para Freire (1993), ensinar a ler é engajar-se em uma experiência criativa em torno da
compreensão e da comunicação.
“A experiência da compreensão é a capacidade de associar, jamais dicotomizar. E a experiência da
compreensão será tão mais profunda quanto sejamos nela capazes de associar, jamais dicotomizar, os
conceitos emergentes na experiência escolar aos que resultam do mundo da cotidianidade. Um exercício
crítico sempre exigido pela leitura e necessariamente pela escuta é o de como nos darmos facilmente à
passagem da experiência sensorial que caracteriza a cotidianidade a generalização que se opera na
linguagem e desta ao concreto tangível. Uma das formas de realizarmos este exercício consistente na prática
a que me venho referindo como “leitura da leitura anterior do mundo”, entendendo-se aqui como “leitura do
mundo” a “leitura” que precede a leitura da palavra e que perseguindo igualmente a compreensão do objeto
se faz no domínio da cotidianidade. A leitura da palavra, fazendo-se também em busca da compreensão do
texto e, portanto, dos objetos nele referidos, nos remete agora a leitura anterior do mundo. O que me parece
fundamental deixar claro é que a leitura do mundo, que é feita a partir da experiência sensorial não basta.
Mas, por outro lado, não pode ser desprezada como inferior pela leitura feita a partir do mundo abstrato dos
conceitos que vão da generalização ao tangível. (FREIRE, 1993, p. 30)
Práticas não desejadas de professores
Questões que exigem voltar ao texto e copiar uma resposta única – a “correta”.
“Ensinar a gostar de ler é permitir que a emoção aflore com os sentidos e com a
razão; é desenvolver uma metodologia que permita ao aluno descobrir o que está
implícito no texto; é permitir ao aluno construir sua própria leitura e encontrar
respostas, sempre, é claro, compatíveis com o que diz o texto. Ensinar a gostar de ler
é privilegiar o espaço da leitura na sala de aula, é incentivar o aluno provocando sua
curiosidade; é propor atividades lúdicas; é explorar o texto em níveis profundos. Bem,
a lista pode ser ampliada, mas é interessante que você perceba que, para ensinar a
gostar de ler ou desenvolver o gosto pela leitura, é necessário que os procedimentos
do professor sejam de mediação entre o aluno e o texto”. (Caderno didático, aula 10,
p. 137)
Um pouco de prática! Vamos lá!
A educadora Raquel Villardi defende uma nova metodologia para o trabalho com o
texto literário, que deve avançar a pedagogia tradicional de ensino.
A autora defende um trabalho pautado na pedagogia de projetos que deve ter como
pressuposto a seguinte organização:
Um pouco de prática com Raquel Villardi
Atividades complementares
• Favorecer relações interdisciplinares
• Trazer a problemática do texto para a realidade do aluno
• Desenvolver a criatividade
Em síntese...
Razões sociais e culturais desencadeiam o desinteresse pela leitura por parte dos
nossos alunos.
As metodologias utilizadas no trabalho com a leitura realizada na escola devem ser
constantemente avaliadas: a própria dinâmica das atividades escolares, por si só, já
dá conta do desenvolvimento do hábito de ler, seja pelas exigências estabelecidas
nas diferentes aulas das diversas disciplinas, seja pelo próprio ambiente cercado de
textos por todos os lados.
O desenvolvimento do gosto pela leitura tem relação com o tempo, com os espaços
pelos quais o indivíduo transita e com os grupos sociais com que se relaciona. E, uma
vez adquirido, o gosto pela leitura jamais se perde.
O professor alfabetizador deve ser um apaixonado pela leitura!
Um pouco mais de prática
Nas nossas leituras e discussões sobre alfabetização, ficou claro que não existem
“receitas prontas” neste processo.
A realidade sociocultural das crianças, da escola e do professor tem uma grande
contribuição (positiva ou negativa) na formação de alunos leitores.
Todavia, é necessário instrumentalizar o professor para este trabalho. Para tanto,
seguem algumas sugestões para este trabalho:
Um pouco mais de prática
As atividades com o texto devem ser organizadas num Roteiro de Leitura – que em
nada se aproxima dos questionários de interpretação ou das tradicionais fichas de
leitura.
O objetivo é levar o aluno a compreender o texto em toda a sua extensão, a refletir
sobre cada elemento que compõe sua estrutura, a perceber a importância dos
pormenores, até, finalmente, posicionar-se criticamente frente ao que foi lido.
Assim, o aluno modela sua própria leitura: que exige: compreensão do texto;
levantamento de diferentes hipóteses de significação, até que, finalmente o leitor eleja
uma delas, capaz de satisfazê-lo plenamente.
Só é possível ao aluno modelar sua própria leitura a partir do momento em que o texto
pode ser visto por ele em toda a sua dimensão. Para chegar a esse ponto, é
necessário que o aluno disponha de um
material concreto, escrito, sobre o qual possa refletir e a partir do qual se criem
oportunidades para a observação atenta e minuciosa das inúmeras possibilidades
de leitura disponíveis no âmbito do próprio texto.
Um pouco mais de prática