Sabesp NTS 015 - NH3
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NTS 015
Método de Ensaio
São Paulo
Outubro - 2003
NTS 015 : 2003 Norma Técnica SABESP
SUMÁRIO
1 OBJETIVO.......................................................................................................................... 1
2 PRINCÍPIO DO MÉTODO.................................................................................................. 1
3 DEFINIÇÕES...................................................................................................................... 1
4 MATERIAIS E EQUIPAMENTOS...................................................................................... 1
5 REAGENTES ..................................................................................................................... 1
5.1 Reagentes primários..................................................................................................... 1
5.2 Reagentes elaborados .................................................................................................. 2
6 LIMPEZA E PREPARO DE MATERIAIS .......................................................................... 2
7 AMOSTRAGEM ................................................................................................................. 2
8 INTERFERENTES ............................................................................................................. 3
9 PROCEDIMENTO ANALÍTICO ......................................................................................... 3
9.1 Destilação do N-amoniacal........................................................................................... 3
9.2 Destilação do N-albuminóide....................................................................................... 3
9.3 Nesslerização ................................................................................................................. 3
9.4 Curva de calibração....................................................................................................... 3
10 EXPRESSÃO DOS RESULTADOS ................................................................................ 3
11 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ............................................................................... 4
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Norma Técnica SABESP NTS 015 : 2003
2 PRINCÍPIO DO MÉTODO
O nitrogênio amoniacal é obtido através da destilação preliminar da amostra em pH 9,5.
O nitrogênio albuminóide é obtido através do tratamento adicional da amostra ao final do
processo de obtenção do nitrogênio amoniacal, que consiste na adição de uma solução
fortemente alcalina de Permanganato de Potássio e subseqüente destilação.
O reativo de Nessler com a Amônia formam um complexo amarelo-alaranjado cuja
intensidade de cor é proporcional à quantidade de Amônia presente na amostra. O
complexo tem sua absorbância medida entre 400 e 500 nm, para uma concentração de
até 10,0 mg N-NH3 /L utilizando caminho óptico de até 5 cm. Por exemplo, uma faixa de
0,01 a 3,00 mg NH3/L pode ser determinada a 410 nm utilizando 2 cm de caminho óptico.
Este método pode ser utilizado para determinar baixas concentrações diretamente em
amostras que não apresentem interferentes ou após destilação preliminar de amostras
complexas.
3 DEFINIÇÕES
O nitrogênio amoniacal ocorre naturalmente em águas, proveniente da transformação de
compostos orgânicos nitrogenados. Refere-se à quantificação do nitrogênio na forma de
amônia (NH3).
O nitrogênio albuminóide corresponde à maior fração do nitrogênio orgânico presente em
uma amostra. Refere-se à quantificação do nitrogênio ligado à proteína.
4 MATERIAIS E EQUIPAMENTOS
- Cacos de porcelana;
- Espectrofotômetro;
- pHmetro;
- Sistema de destilação.
5 REAGENTES
5.1 Reagentes primários
- Ácido Bórico p.a. - H3BO3
- Ácido Sulfúrico p.a. - H2SO4
- Antiespumante de Silicone 30% em água
- Cloreto de Amônio anidro p.a. - NH4Cl
- Cloreto de Mercúrio p.a. - HgCl2
- Hidróxido de Sódio p.a. - NaOH
- Iodeto de Mercúrio p.a. - HgI2
- Iodeto de Potássio p.a. - KI
- Permanganato de Potássio p.a. - KMnO 4
- Peróxido de Hidrogênio p.a. - H2O2
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7 AMOSTRAGEM
Acondicionar as amostras em frascos de vidro ou de polietileno, manter sob refrigeração
e analisar dentro de 24 horas. Amostras congeladas a – 20°C ou preservadas com Ácido
Sulfúrico a pH menor que 2,0 e mantidas sob refrigeração podem ser analisadas em até
28 dias.
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Norma Técnica SABESP NTS 015 : 2003
8 INTERFERENTES
Glicina, Uréia, Ácido Glutâmico, Cianatos e Acetamida são hidrolisadas lentamente em
solução liberando Amônia. Destes, em torno de 7% de Uréia e 5% de Cianatos são
hidrolisados durante o processo de destilação a pH 9,5. Glicina, Hidrazina e algumas
aminas reagem com reagente de Nessler, produzindo coloração amarela semelhante à
Amônia.
Alguns compostos orgânicos tais como: cetonas, aldeídos, álcoois e algumas aminas
podem causar coloração amarelada, esverdeada ou turbidez na nesslerização da
amostra destilada. Alguns desses interferentes, como Formaldeído, podem ser
eliminados por expulsão sob fervura em pH baixo, antes da reação.
Detergentes podem ocasionar formação de espumas, durante o processo de destilação,
o que é minimizado com adição de antiespumante à base de silicone, na proporção de 3
gotas de solução para cada 100 mL de amostra.
Altos teores de óleos e graxas presentes em algumas amostras devem ser extraídos com
Triclorofluoretano utilizando funil de extração.
Se a amostra for clorada, a Amônia pode estar presente na forma de cloraminas. A
adição de solução de Tiossulfato de Sódio faz a conversão dessas cloraminas em
Amônia. Sendo assim, o Cloro residual deve ser eliminado pela adição de solução de
Tiossulfato de Sódio no momento da coleta (cada 0,5 mL da solução de Tiossulfato de
Sódio 2,5% elimina 2,5 mg de cloro).
9 PROCEDIMENTO ANALÍTICO
9.1 Destilação do N-amoniacal
Elevar o pH da amostra entre 8,0 e 10,0 com Solução de Hidróxido de Sódio;
Transferir 100 mL da amostra para balão de destilação contendo alguns cacos de
porcelana, previamente secos e adicionar 10 mL de Solução Tampão Borato;
Destilar aproximadamente 50 mL da amostra recolhendo em balão volumétrico de 100mL
contendo 10 mL de Ácido Bórico 20 g/L e completar o volume com água deionizada.
Nota 2: Utilizar sempre cacos de porcelana secos para garantir que não ocorra refluxo da
amostra durante o processo de destilação.
Nota 3: A evaporação da amônia nestas condições é extremamente rápida, assim, toda
amônia livre contida na amostra é recolhida nos primeiros 25% de destilado.
9.2 Destilação do N-albuminóide
Nos 50 mL de amostra restantes no balão de destilação, adicionar 10 mL de Solução
Alcalina de Permanganato de Potássio e continuar a destilação, recolhendo
aproximadamente 50 mL do destilado em outro balão volumétrico de 100 mL contendo
10mL de Ácido Bórico 20 g/L e completar o volume com água deionizada.
9.3 Nesslerização
Em 50 mL da amostra, branco e padrões destilados, adicionar 2 mL de Reativo de
Nessler e homogeneizar. Aguardar 10 minutos para reação e efetuar leitura até 30
minutos de contato. Quanto menor a concentração, maior o tempo de contato necessário.
9.4 Curva de calibração
Preparar uma série de padrões a partir da Solução Padrão de Nitrogênio, obedecendo os
limites da faixa de trabalho e proceder conforme os itens 9.1 e 9.3.
mg N-NH3/L = (A - B) x F
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onde:
A = leitura da amostra em absorbância
B = leitura do branco em absorbância
F = fator da curva de calibração.
NOTA 4: Para transformar o resultado de mg N-NH3/L em mg NH3/L basta multiplicar o
resultado por 1,214.
11 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
- Standard Methods for the Examination of Water and Wastewater - 18ª edição.
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Considerações finais:
1) Esta norma técnica, como qualquer outra, é um documento dinâmico, podendo ser
alterada ou ampliada sempre que for necessário. Sugestões e comentários devem ser
enviados ao Departamento de Tecnologia – TTT.
2) Esta norma foi elaborada conforme NTS 160.
3) Tomaram parte na elaboração desta norma:
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