Formando Crianças Leitoras - Josette JOLIBERT

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Formando Crianças Leitoras - JOLIBERT, Josette

(org.)

Dividido em duas partes, cuja versão original é baseada no


sistema educacional Francês, o livro encontra-se no
idioma de origem.

Parte 1 – Formando crianças leitoras


A primeira parte é dividida em nove capítulos, onde são
discutidas formas de amplas inserções da criança no
mundo da leitura. São trabalhadas idéias relativas às
atitudes do professor que podem despertar o interesse da
criança pela leitura, bem como ajudá-la a desenvolver essa
prática.

Capítulo 1- Nossas orientações de trabalho


· Crianças ativas num meio em que elas gerenciam.
· Aprendizado e ensino – discute-se a passividade da
criança na escola, ou seja, o quanto lhe é ensinado pelo
professor e o pouco que ela aprende “por si só”.
· Ensinar não é inculcar, mas ajudar alguém no seu
próprio processo de aprendizagem.
· Ler é atribuir diretamente um sentido a algo escrito – não
passar pelos estágios da decifração (letra por letra) e nem
da oralização (grupo respiratório por grupo respiratório).
· Diferentes estratégias de leitura (para cada coisa que se
vai ler, usa-se um método diferente de leitura).
Nas páginas finais deste capítulo são propostas algumas
atividades para que o professor se avalie como leitor.

Capítulo 2 – Vida cooperativa e pedagogia de projetos


· Aula cooperativa – interação máxima professor/aluno.
· Pedagogia de projetos – a criança é agente de seu
aprendizado.
· Elaboração de projetos de ensino junto aos alunos.

Capítulo 3 – Quais as situações de leitura? Quais os


textos? Quais as formas de escritos?
· Não há o momento de leitura na classe; lê-se o tempo
todo.
· Não se lê para aprender a ler, mas sim por interesse
imediato (interesse por algum assunto).
· Leitura usada no dia-a-dia – diversos tipos de textos e
diversos modos de ler.

Capítulo 4 – O que é “questionar” um texto para construir


seu sentido (ao invés de “decifrá-lo”)
· Construção de um sentido para o texto ao invés de sua
mera decifração.
· A criança começa a ler sozinha. Deve-se utilizar e
desenvolver as competências que ela constrói sozinha, e
não contrariar.
· Procurar textos que sejam atraentes para as crianças
(publicitários, temas relativos a certa idade, histórias em
quadrinhos).
· A criança investiga o texto antes de ler (de onde ele veio,
quem o trouxe, etc.).

Capítulo 5 – Os apoios à leitura e as atividades de


sistematização
· Não se ensina a criança a ler; ela se ensina:
Apoio na compreensão imediata, na elucidação de
estratégias e na elaboração e utilização de instrumentos de
referencia.

Capítulo 6 – Livros: multiplicar e diversificar os encontros


· O canto da leitura (uma mini biblioteca dentro da sala de
aula).
· Apropriação do livro e do canto da leitura.
· Bibliotecas.
· Exposição/vendas de livros.
· Ateliês de leitura.

Capítulo 7 – Produção de escritos


· Estímulo à produção da escrita:
o Escrever para comunicar.
o Histórias ou poemas inventados.

Capítulo 8 – Avaliação: quais as competências construídas


pelas crianças?
· Avaliação contínua.
· O aprendizado da leitura é um processo, e tem de ser
avaliado como tal.
· Observações nas avaliações: localização de indícios e
verificação de hipóteses.

Capítulo 9 – Os pais e o aprendizado da leitura de seus


filhos
· Métodos antigos x modernos.
· Pais compreensivos, parceiros e informados.
· Cobrança de uma leitura precoce.

Parte 2 – Formando crianças leitoras de textos


Esta parte é divida em seis capítulos, assim como a
primeira parte, ela discute a inserção das crianças na
compreensão de textos, no entendimento de sua forma
estrutural e na compreensão da elaboração de textos.
Também são discutidas as atitudes do professor no
processo de aplicação das atividades, bem como a
avaliação destas, e o papel desenvolvido pelos demais
órgãos e pessoas presentes no processo de aprendizagem
da criança.

Capítulo 10 – Competências construídas no Ciclo de


Aprendizagens Fundamentais
· Competências Culturais:
o Conhecer os locais onde se possa encontrar material de
leitura de determinada origem, como documentos oficiais,
por exemplo.
o Identificar, através da estrutura do texto, sua origem,
por exemplo, a forma em que se apresenta manuscrita ou
impressa.
· Competências mentais:
o Construção através da inteligência, por exemplo,
comparar, reproduzir, entre outros.
Competências lingüísticas, sendo estas, as mais
trabalhadas nos próximos capítulos, e que se encontra em
sete parâmetros ou níveis:
o Noções de contexto, como chegou o texto até o leitor, a
origem do texto e a autoria do texto.
o Parâmetros de comunicação, o emissor, o destinatário, o
objetivo do texto.
o Tipo de texto, podendo ser um cartaz, uma carta, uma
receita, entre outros.
o Superestrutura que se manifesta sob a forma de
organização espacial e lógica do texto.
o Linguística textual dos enunciados (como por exemplo,
pessoas, tempos, lugares) e suas marcas, dos substitutos
(como por exemplo, primeiro Pedro, depois ele), dos
conectores (como por exemplo, e, assim), dos campos
semânticos (as redes de sentido), e da pontuação do texto.
o Linguística da frase como a sintaxe, a ortografia, a
pontuação da frase e ao vocabulário.
o Palavras e microestruturas como o grafemas, as
microestruturas sintáxicas, as marcas nominais (como por
exemplo, singular e plural), as marcas verbais (como por
exemplo, espaço e tempo) e as microestruturas semânticas
(como por exemplo, prefixos e sufixos).
Sendo papel do professor “... interagir indícios nesses sete
níveis.” (p. 143).

Capítulo 11 – Um processo sistematizado de


“questionamento de textos”
Neste capitulo há uma orientação ao professor de como
incitar os alunos a questionar os textos seguindo os setes
parâmetros sem uma ficha ou ordem.
· Indica a leitura repetitiva do texto para sua compreensão.
· O professor deve instruir os alunos a interpretar o texto
de maneira autônoma.
· Um trabalho de interpretação em grupo.

Capítulo 12 – Indícios linguísticos típicos de alguns tipos


de textos
Neste capítulo há uma indicação ao professor, com
exemplos de tipos de textos (receita, carta, cartaz e relato)
e o que deve ser avaliados nestes, com base nos sete
parâmetros citados no capítulo 10, sendo aplicado para
toda a sala em conjunto ou em grupos. Tendo como
processo final a indicação que a criança elabore um texto
nos mesmos parâmetros.
Seguem-se abaixo alguns exemplos do que avaliar em
determinados textos:
· Uma receita, sendo avaliado, por exemplo, o objetivo,
uma meta, os tempos verbais, as estruturas de frase, o
vocabulário, os verbos e advérbios encontrados.
· Uma carta: o remetente, sendo avaliado, por exemplo, o
destinatário, o contexto, a superestrutura ou a silhueta do
texto, a linguística textual e da frase.

Capítulo 13 – Inventário classificado de atividades de


exercício e reforço
Neste capítulo há uma indicação ao professor, com
exemplos de tipos exercício de reforço e o que deve ser
avaliados nestes, com base nos sete parâmetros citados no
capítulo 10, como por exemplo:
· Encontrar erros ortográficos, verbais, nominais,
semânticos e de pontuação.
· Nomear o tipo de texto, como por exemplo, carta ou
cartaz.

Capítulo 14 – No final do Ciclo, para ser um bom leitor,


uma criança deve ser capaz de...
Neste capítulo o professor deve aplicar novamente as
indicações do capitulo 12, mas desta vez individualmente
a cada aluno.

Capítulo 15 – Quais as modalidades de avaliação das


competências do leitor? Propostas
· Cada criança deve se auto-avaliar relacionando seu
desempenho com o de seus colegas e ao que ainda deve
ser aprendido nos processos de aprendizagem sucessor.
· O professor também deve auto-avaliar seu (des)empenho
junto e em relação aos alunos, nesse processo.
· Os pais devem avaliar como ajudaram ou não o processo
da criança na aquisição da leitura e produção textual.
· Avaliar o auxílio vindo do bairro, município e ministério e
secretarias da educação.

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