Direito Civil - Rafael Mendonça - Direito Das Coisas - Posse

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DISCIPLINA: DIREITO CIVIL

PROFESSOR: RAFAEL MENDONÇA


MATÉRIA: DIREITO DAS COISAS

Indicações Bibliográficas:
 Manual do Prof. Flavio Tartucce

Leis e artigos importantes:


 Art. 1196 CC a Art. 1510 CC

TEMA: DIREITO DAS COISAS

PROFESSOR: RAFAEL MENDONÇA

Direito das coisas é dividido em:


1. Posse
2. Direitos Reais

Discussão se posse é direito real: Doutrina majoritária entende que POSSE é direito real, pois tem
todas as características de direito real.

Direito subjetivo pode ser subdividido:


1. Direito subjetivo pessoal
2. Direito subjetivo real

I. POSSE

Conceito de possuidor: Art. 1196 CC: é aquele que exerce pelo menos 1 dos poderes inerentes a
propriedade.
Quais são os poderes? Art. 1228 CC
 Usar
 Fruir/gozar
 Dispor
 Reinvindicar

Qual dos poderes o proprietário pode abrir mão?


 Usar – locação, usufruto...
 Fruir/gozar

Poderes que sempre estarão nas mãos do Proprietário:


 Dispor
 Reinvindicar

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Conclusão: o proprietário sempre será um possuidor.

Posssuidor = jus possessiones = é a posse do não proprietário; pois ele pode se utilizar das ações
da posse.
Proprietário = jus possidendi = é a posse do proprietário

No CC/16 – art. 545 – exceção de domínio: dizia que no embate de 2 posses, a melhor posse era
sempre do proprietário. Hoje, isto aqui não esta no CC/02, com a constitucionalização do direito,
querem fazer com que a posse seja um direito autônomo. Porque se percebeu que quem cumpre
o fim social da moradia é a posse.

Hoje qual é a melhor posse? Aquela que cumpre a função social.

Teorias da POSSE:

1. CLASSICA – TEORIA SUBJETIVA – SAVIGNY

Para termos posse temos que ter 2 elementos:


a) Corpus – contato efetivo do individuo com a coisa
b) Animus domini – é a intenção de ser dono/proprietário

Não foi adotada pelo nosso ordenamento jurídico, pois para ele o locatário não é possuidor, pois
não tem intenção de ser proprietário! Não pratica atos efetivos para se tornar proprietário.

2. TEORIA OBJETIVA – HIERING – adotada pelo nosso código

Para termos posse temos que ter:


a) Corpus – não é o contato efetivo apenas, mas a sujeição econômica da coisa ao
individuo.
b) Afecto tenendi – não é a intenção de ser dono, mas agir como se fosse o
dono/proprietário. Agora o locatário é possuidor, o comodatário...

Possuidor: é aquele que age como se fosse o proprietário, esta teoria se encaixa direitinho ao
nosso CC. Para ele, posse é a exteriorização da propriedade.

3. TEORIA ECONOMICA DA POSSE – SALEILLES


Ele tenta adotar uma teoria dinâmica da posse, entende que a posse se renova, é alterada
no caso concreto. Necessária a presença de 2 elementos:
a) Independência econômica na destinação da coisa
b) Independência reconhecida pela coletividade (§3)
Aqui é onde nos aproximamos na função social.

II. DETENÇÃO

A detenção é um fato enquanto a posse é um direito. Temos 2 espécies de detenção no CC:

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a) Art. 1198 CC – é aquele que conserva a coisa em nome de outrem em razão de uma
relação de subordinação. É chamado de serviçal da posse: famulo da posse. Conserva não
em nome próprio, mas em nome de outra pessoa.
Ex.: caseiro, motorista com relação ao veiculo, porteiro é um detentor, carteiro, policial com
relação a arma funcional...
b) Art. 1208 1 parte – não induz em posse, e sim em detenção, os atos de mera permissão ou
tolerância. Ex.: eu chamo vc para jantar na minha casa – vc não é possuir e sim detentor;
chamo vc para passar o fds na minha casa de praia...

Ex.: 70 famílias ocupam um terreno. O Estado entra com uma ação de reintegração de posse em
face das famílias. Elas são possuidoras do bem? Elas são detentoras e não possuidor. São
detentoras porque o Estado permite ou tolera.

Observações:

1. O detentor pode se transformar em possuidor? Detenção pode se transformar em posse?


Art. 1198 §u CC – presume-se detentor até que se prove o contrario. Permite que a
detenção se torne posse.
Sou detentor por uma das hipóteses acima, mas posso me transformar em possuidor
quando deixo de estar na coisa em razão de outrem ou subordinação. Quando eu passo a
estar na coisa em nome própria: independência econômica e reconhecimento por terceiro.
Efeitos:
 Pode fazer uso de ações possessórias
 Pode contar prazo para usucapião – pode ser alegada em defesa de ação
possessória.

2. Qual o único efeito da posse aplicado a detenção? É o desforço imediato. Art. 1210, §1 CC.
É a auto tutela da posse. Sempre contra uma violência praticada por terceiros.

3. Qual a intervenção de terceiros que o detentor faz jus quando é demandado em razão de
um direito que o demandante tem em face do possuidor? Um vizinho pode entrar com uma
ação em face do caseiro. NOMEAÇÃO A AUTORIA.

Classificação da POSSE:

1. POSSE DIRETA e INDIRETA – art. 1197 CC – admite que haja um desdobramento da


posse. A posse pode ser desdobrada de um direito pessoal ou real.
Um direito Pessoal: locação, comodato, depósito...
Um direito Real: usufruto, uso, habitação, penhor...
Cada um deles pode defender a sua posse. Qual o instrumento para esta proteção?
Depende de qual contrato realiza.
Ex.: contrato de deposito – viajo e deposito meu carro na garagem da Rita.
Eu possuidor indireto.
Rita possuidora direta.
Qual a ação que eu proponho para retomada da posse? AÇÃO DE DEPOSITO – ART. 901
CPC. Visa reaver um bem que foi dado em deposito.

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Ex.: se foi em razão da locação? AÇAO DE DESPEJO – procedimento específico.
Lembrar que não é sempre as ações possessórias.
Ex.: eu alugo meu imóvel para Rita e entro com minha chave na posse dela – não tem
ação especifica = vai para ações possessórias = AÇÃO DE REINTEGRAÇÃO DE POSSE.
Se fosse comodato, qual a ação que iria propor para reaver o bem? Não tem ação
especifica = AÇÃO DE REINTEGRAÇÃO DE POSSE.

Qual a intervenção de terceiros que o possuidor direto faz jus quando é demandado em
razão de um direito que o demandante tem em face do possuidor indireto?
DENUNCIAÇÃO A LIDE.

2. POSSE JUSTA e INJUSTA


Injusta = quando esta presente alguns dos vícios objetivos:
 Violência
 Clandestinidade = é a invasão? É aquela adquirida na obscuridade; sem
conhecimento do verdadeiro possuidor.
 Precariedade = é aquela adquirida com abuso de confiança.
Qual a consequência desta posse? Art. 1208, 2 parte CC
Não induz em posse os atos de detenção e mera tolerância, assim como não
autorizam a sua aquisição os atos violentos, clandestino e precários.
 Os efeitos da posse não são produzidos quando temos presentes os vícios!
Ex.: não pode usucapir, não pode fazer uso das ações possessórias... não há
relação nenhuma jurídica ali! Nem detenção!!!!
Justa = quando não presentes os vícios

3. POSSE DE BOA e MA FE = art. 1201 CC = BOA FÉ SUBJETIVA = DE CONHECIMENTO,


se eu conheço um vicio e mesmo assim o faço minha posse é de má-fé. Se eu não
conheço minha posse é de boa-fé.
O possuidor de má-fé pode usucapir? Sim.
O possuidor de má-fé é tanto possuidor quanto o de boa-fé!
Só que o possuidor de boa-fé terá mais benefícios.

Vantagens do possuidor de boa-fé:


 Art. 1242 CC – prazo menor para usucapir o bem = 10 anos
 Art. 1214 CC – tem direito aos frutos percebidos = aqueles que já foram destacados
do bem principal
Art. 1216 CC – o possuidor de má-fé responde por todos os frutos colhidos e
percebidos.
 Art. 1217 CC – não responde pela perda ou deteriorização da coisa a que der causa
Art. 1218 CC – possuidor de má-fé responde pela perda ou deteriorização da coisa,
ainda que acidentais, salvo se provar que de igual modo se teriam dado.
 Art. 1219 CC – o possuidor de boa-fé tem direito a indenização das benfeitorias
necessárias e uteis + direito de retenção
Obs.: art. 1220 CC – ao possuidor de má-fé lhe assiste o direito de indenização das benfeitorias
necessárias.

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Ex.: para realizar benfeitoria uteis vc precisa da autorização do locador; uma vez que não
autorizado; qual a saída para que a obra seja realizada garantindo o direito de indenização?
Função social da propriedade; como era para prestar um serviço publico, ainda que o particular
locador não autorize, por este principio deve realizar a obra.

III. INTERVERÇÃO DA POSSE

Conceito: é a alteração na natureza da posse. A posse pode ter sua natureza alterada. Art. 1203
CC – principio da continuidade do caráter da posse;

Espécies:

a) Bilateral = consensual ex.: transformar a locação em comodato; transformar uma posse


injusta em justa

b) Unilateral ex.: é comum em contrato de locação – to alugando um imóvel e um dia vc não


recebe o aluguel... começo a depositar a grana, um dia a conta e desativada, vou ficando
no imóvel e ninguém faz nada. Já to la sem pagar aluguel por 10 anos, não sou mais
locatário. Quando a natureza da minha posse é alterada, pode contar o prazo para
usucapião.

IV. FORMAS DE AQUISIÇÃO DA POSSE

a) Originaria – se da através de um ato material = OCUPAÇÃO = ex.: de ato fato jurídico


Ato fato jurídico podem ser:
1. Naturais
2. Humanos
(i) Ato ilícito
(ii) Ato jurídico
(iii) Ato fato jurídico – produz efeito independentemente da vontade do ser humano
(iv) Negocio jurídico

b) Derivada – se da através de um ato negocial; através da celebração de um negocio


jurídico. 2 clausulas que negociam posse – como direito podem ser negociadas:

(i) TRADITIO BREVI MANUS = ocorre quando um possuidor direto se torna possuidor
pleno; ex.: locatário compra o imóvel locado = era possuidor direto agora é
possuidor pleno!

(ii) CONSTITUTO POSSESSORIO = é quando o possuidor pleno se torna mero


possuidor direto. Realiza uma transmissão ficta da posse. ex.: eu sou proprietário e
moro no meu ap; faço a doação para meu filho com reserva de usufruto para mim;
transferi propriedade e posse indireta. Mantive-me na posse direta. Ex.: promessa
de compra e venda: Promitente vendedor (proprietário) + Promitente comprador
(possuidor); foi feita com o constituto possessório = foi feita com uma transmissão
ficta da posse plena para o promitente comprador. Qual a ação que vai propor em

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face do possuidor para reaver o bem? Tem legitimidade para propor uma
reintegração de posse? Quem tem legitimidade? Possuidor direto ou indireto. Aqui o
promitente vendedor não tem posse = extinção contratual pelo inadimplemento =
AÇÃO DE RESOLUÇÃO CONTRATUAL COM IMISSAO NA POSSE; não é
reintegração de posse por conta do constituto possessório.

Extinção do contrato:
1. Vontade das partes = RESILIÇÃO
2. Por vicio nos elementos = ANULAÇÃO
3. Inadimplemento = RESOLUÇÃO
4. Evicção = RESCISÃO

Aquisição da Posse = acessio possessione:


 Art. 1206 CC
 Art. 1207 CC

Sucessão da posse:
a) Singular = decorre entre atos entre vivos = é facultado unir a sua posse a do seu
antecessor
b) Universal = é aquela que se da por causa mortis = a união da posse é uma
obrigação recebe-la com todas as características da posse anterior. Posse se
transmite com todas as suas características e seu tempo; ex.: se meu pai estava
na posse com 5 anos, recebo a posse dele por 5 anos. Obs.: art. 1243 – pode ser
utilizado para fins de usocapião.

PROPRIEDADE

I. Características

É um direito real:
 Absoluto = é oponível erga omines; quer dizer que o titular do direito de propriedade
pode exigir que toda coletividade se abstenha de violar meu direito. Ex.: outro direito
absoluto são os direitos da personalidade. A relação jurídica é com o sujeito passivo
universal.
 Pleno = proprietário pode utilizar este direito da forma que achar melhor, salvo os
limites impostos. Ex.: direito de vizinhança; estatuto da cidade da outros limites
 Perpetuo = não se extingue pelo não uso.
 Exclusivo = em regra é; exceção: condomínio
 Formado pelos poderes de usar, fruir ou gozar, dispor, reinvindicar a coisa

II. Formas de aquisição


 Imóvel
a) Usucapião
b) Acessões
c) Registro

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 Móvel
a) Usucapião
b) Tradição
c) Ocupação
d) Especificação
e) Confusão
f) Achado do tesouro

USUCAPIÃO

Conceito: modo originário de aquisição da propriedade móvel ou imóvel, pelo exercício de uma
posse qualificada – ad usocapionem. Requisitos:
 Sem oposição
 Ininterrupta
 Por período de tempo previsto em lei
 Sobre um bem apropriável = bem publico não pode ser usucapido = art. 102 CC
 Com animus domini = é aquele da teoria do Saviny; por isso o locatário, depositário,
comodatário não tem animus domini, porem nada impede que haja mudança na
posse = interversão na posse.

Espécies de Usucapião em bens imóveis:

a) EXTRAORDINARIA = art. 1238; independentemente de justo titulo e boa fe no prazo de 15


anos. Atenção ao §u deste artigo = posse social: posse moradia ou posse trabalho  reduz
o prazo para 10 anos.

b) ESPECIAL RURAL = art. 1239; prazo de 5 anos desde que vc não seja proprietário de
outro imóvel urbano ou rural.

c) ESPECIAL URBANA = art. 1240 CC; prazo de 5 anos se não for proprietário de outro
imóvel urbano e rural = limitação de 250 m2.

d) POR ABANDONO DO LAR = art. 1240 – A: é o menor prazo de usucapião = 2 anos. Não
pode ser proprietário de outro imóvel urbano ou rural.

e) ORDINÁRIA = é aquela que com justo titulo e boa fe, vc vai usucapir em 10 anos.
§u do art. 1242 – será de 5 anos = posse social
Ex.: jose da silva ocupa imóvel residencial urbano de 300 m2 = não pode a usucapião
urbana, mas pode a ordinária com base na posse social.

Usucapião de bens móveis:

a) Art. 1260
b) Art. 1261
Com justo titulo e boa-fé = 3 anos

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Sem justo titulo e boa-fé = 5 anos

A usucapião é uma forma de prescrição aquisitiva. Decorre do tempo. Na parte geral é uma
prescrição extintiva. As causas preclusivas da prescrição se aplicam a usucapião? Impedem,
suspendem ou interrompem os prazos prescricionais.
 Art. 197, 198, 199
 Art. 202
 Art. 1244 expressamente nos diz isso.

Ex.: eu aos 14 anos de idade herdei um terreno do meu avo, uma família ocupa aquele terreno; o
tempo de usucapião esta contando? Não, pois os prazos estão suspensos; começa a contar com
16 anos.

Ex.: e se eu aos 14 anos ocupo um terreno, o tempo de usucapião esta correndo? Sim! Só não
corre contra.

Ex.: e o emancipado? Não é incapaz! O prazo corre contra ele.

Propriedade Resoluvél = Propriedade que se resolve pelo implemento de um termo ou condição


(art. 1359 e art. 1360);

 Direito de superfície = art. 1369 ao art. 1377 – realiza um desdobramento do direito de


propriedade instituindo 2 propriedades autônomas
a) Propriedade da superfície = é o superficiário
b) Propriedade do solo = é o fundieiro ou proprietário
Este direito pode se dar de forma gratuita ou onerosa. É sempre temporário!
Este direito suspende os efeitos das acessões. Teoria da acessão ou da principalidade do
solo = art. 1253 CC. Qualquer plantação ou construção foi realizada pelo proprietário do
terreno, presume-se feita pelo proprietário = presunção relativa = admite-se prova em
contrario. Art. 1255, §u – teoria da acessão invertida.
Art. 1375
São direitos autônomos – pode o superficiário vender para um terceiro. Antes de vender o
fundieiro tem direito de preferencia na compra.
Tem que ter registro.

 Alienação fiduciária – o contrato de alienação fiduciária é acessório ao contrato de mutuo;


eu chego no banco e peço empréstimo de um dinheiro para comprar um carro; o carro fica
em propriedade do banco até a quitação do montante. Ao final a propriedade do carro volta
para o dono = é uma propriedade resolúvel.
Bem móvel = DL 911/69
Bem imóvel = Lei 9514/97
Banco = credor fiduciário
Pessoa = devedor fiduciante

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Quando o consumidor deixa de pagar as parcelas, banco pode retomar a coisa = AÇÃO
DE BUSCA E APREENSÃO. Art. 3 do decreto lei.
Deve ser cumprida de forma liminar.
Se o bem não for encontrado = conversão da ação de busca e apreensão em ação de
deposito. Por força de lei converte a natureza do contrato. Ai se trata de depositário infiel e
permitia a época prisão.

Ex.: Se o consumidor não tem folego para pagar a divida e transfere o contrato, este ultimo
propõe uma ação de usucapião do bem em face do banco. Pode usucapir ou não? A posse
deste ultimo é injusta, porque foi adquirida a revelia do banco, então não pode usucapir o
bem móvel.

DIREITOS REAIS EM COISA ALHEIA

1. Propriedade
Usar
Fruir/gozar
Reinvindicar
Dispor

O proprietário pode exercer os poderes de forma plena ou não. Um terceiro pode vir fruir ou
gozar algo que lhe pertence. Pode fazer isso através de contrato de locação ou de um
direito real.
Direitos reais em coisa alheia podem ser divididos em 3 categorias:
a) De aquisição – promessa de compra e venda com garantia = contrato preliminar (462 a
466)
b) De fruição – habitação/usofruto/uso/servidão = a diferença esta na intensidade da
fruição;
 Habitação = pequena
 Uso = media
 Usufruto = grande
c) De garantia – penhor/hipoteca/anticrese

Disposições gerais dos direitos reais de garantia:

 Art. 1419 – quem tem este direito real de garantia prefere aos demais
 Art. 1420 – só os bens que se podem alienar podem ser penhor, hipotecados e anticrese
Ex.: é possível dar em garantia real um bem de família? SIM.
Ex.: posso dar em garantia real um bem que esta alugado? SIM.
Ex.: posso dar em garantia real um bem com clausula de inalienabilidade? Não.
Os pais podem dar em garantia real os bens que administram dos filhos menores? Se so
podem vender por decisão judicial, dar em garantia tb!
 Art. 1422 CC
 Qual o nome da clausula que autoriza o credor com garantia real a ficar com bem dado em
garantia? Pacto comissório. Art. 1428

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# DAÇÃO EM PAGAMENTO – art. 1428 CC – admite.
 Art. 1424 CC - Não posso ter uma clausula que diz que dou todo meu patrimônio em
garantia – tenho que especificar cada bem.

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