Direito Constitucional
Direito Constitucional
Direito Constitucional
Direitos Fundamentais
2ºAno
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Introdução
Neste presente trabalho que tem como tema Direitos fundamentais e tipologia, abordarei
os conceitos básicos e fundamentais do tema em alusão, e falar de Direitos
constitucionais ou fundamentais em Moçambique significa rebuscar inúmeros aspectos
da história de um País do século XX e, tentar condensá-los para justificar o conceito,
sendo assim, não se mostra tarefa fácil e muito menos algo que possa ser esgotado numa
reflexão apenas, contudo, a necessidade de fazer este trabalho e tentar entender a real
essência de direitos e deveres em Moçambique, devido aos conturbados momentos que
marcam o quotidiano moçambicano.
Objectivo
Metodologia
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Estado de Direito
Império da lei como expressão da vontade geral; todos os actos do Estado são
limitados pela lei;
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b) Direitos comuns e particulares: Por direitos comuns entende-se os direitos de todos
os membros da comunidade política só por virtude dessa qualidade, por exemplo os
direitos dos cônjuges, direitos de exercício do sufrágio universal.
Deveres cívicos são um conjunto de deveres que se impõem ao cidadão para uma justa e
salutar convivência em sociedade. Os direitos cívicos correspondem aos valores
fundamentais dos seres humanos. Por exemplo, o direito à vida, a constituir família, a
escolher livremente o emprego e a religião, o direito à liberdade e defesa em tribunal e o
direito à liberdade de expressão. Para mais enfase, podem compreender-se os seguintes:
Pagamento de impostos
Pagar impostos é um dever cívico e de cada um. Consiste em dar parte dos lucros que se
tenha ao estado. Serve para pagar aos polícias, aos médicos, aos professores, etc.
Cumprir serviço militar é um dever cívico e de cada um. Votar é um dever cívico e de
cada um. Consiste em escolher uma opção duma lista de opções. É extremamente
limitativo, ter que escolher entre duas (no caso de referendo) ou meia dúzia de hipóteses
(eleições), embora o povo fique todo contente a pensar que escolhe alguma coisa
cumprir pena. Num regime político democrático (democracia), os cidadãos têm mais
garantias de ver os direitos fundamentais respeitados pois são eles que elegem os
poderes políticos que fazem as leis e as fazem cumprir.
A cidadania em Moçambique
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Embora a Constituição da República Moçambicana não o defina claramente, a cidadania
pode ser compreendida como um direito fundamental ligado a uma nacionalidade: o
«direito a ser membro da República Moçambicana»
Por outro lado estipulava o art.º 36.º2ª parte que “O Estado pune severamente todos os
actos de traição, subversão, sabotagem e, em geral, os actos praticados contra os
objectivos da FRELIMO e contra a ordem popular revolucionária.
Por outro lado estipulava o art.º 36.º2ª parte que “O Estado pune severamente todos os
actos de traição, subversão, sabotagem e, em geral, os actos praticados contra os
objectivos da FRELIMO e contra a ordem popular revolucionária.
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Por sua vez na CRM de 1990, onde o Estado tem como objectivo fundamental, “a
defesa e promoção dos direitos humanos e da igualdade dos cidadãos perante a lei” a
matéria mereceu maior e melhor consagração constitucional138. Ao abrigo do art.º
106.º n.º 1, “as liberdades e garantias individuais só podem ser suspensas ou limitadas
temporariamente em virtude de declaração do estado de guerra, do estado de sítio ou do
estado de emergência”. No n.º 2 dizia “a duração do estado de sítio ou do estado de
emergência não pode ser superior a seis meses, devendo a sua prorrogação efectuar-se
nos termos da lei”. Por fim o n.º 3 remetia para lei ordinária a regulação do regime do
estado de guerra, do estado de sítio e do estado de emergência e a fixação das garantias
judiciárias de protecção dos direitos dos cidadãos a serem salvaguardados.
Com a expressão estado de sítio140 “se quer geralmente indicar um regime jurídico
excepcional a que uma comunidade territorial é temporariamente sujeita, em razão de
uma situação de perigo para a ordem pública, criado por determinação da autoridade
estatal ao atribuir poderes extraordinários às autoridades públicas e ao estabelecer as
adequadas restrições á liberdade dos cidadãos”.
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O Regime dos estados de excepção
Uma questão que pode colocar á partida, é se a Assembleia da República terá ou não
competência para sancionar a suspensão de garantias em virtude da declaração de estado
de guerra? Não nos parece que a resposta não possa ser positiva.
Concluir sem mais desenvolvimentos pela afirmativa em relação á questão supra Citada
seria afirmar, que a democracia salvaguarda-se com uma “ditadura transitória”. Pois os
estados de excepção implicam ora um aumento dos poderes militares (no caso do estado
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de sítio) ou um aumento dos poderes civis, administrativos (em caso de estado de
emergência).
Convém tentar perceber o nosso regime de suspensão do exercício dos direitos, antes da
tentativa de resposta á questão colocada supra.
Estipula o art.º 72.º n.º 1 que “as liberdades e garantias individuais só podem ser
suspensas ou limitadas temporariamente em virtude de declaração do estado de guerra,
do estado de sítio ou do estado de emergência nos termos estabelecidos na
Constituição” por sua vez diz o n.º 2 que “sempre que se verifique suspensão ou
limitação de liberdades ou de garantias elas têm um carácter geral e abstracto e devem
especificar a duração e a base legal em que assenta.”
Detenção;
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288.º) Note-se que a opção do legislador constituinte foi a de praticamente esgotar a
matéria do estado de excepção. Contudo várias dúvidas, podem surgir do texto
constitucional.
Inconstitucionalidade e Tipologia
Inconstitucionalidade em Geral
O acto político positivo (por acção) é um acto que ou é praticado quando não devia ser
praticado, ou é praticado contra uma norma constitucional.
Tipologia
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mesmo plano e formando conjuntamente a constituição formal e material, e sendo todas
as normas constitucionais originárias oriundas do mesmo autor constituinte e na mesma
altura, seria inconcebível que uma das normas fosse inconstitucionalidade por
contrariar-se a outra.
Inconstitucionalidade e Ilegalidade
O termo legalidade pode-se usar para referir ao mérito ou conformidade do poder com o
direito a que esse poder se subordina. É o que pode resultar do artigo 3 da CRM onde se
refere que a República de Moçambique é um Estado de Direito, baseado no pluralismo
de expressão, na organização política democrática, no respeito e garantia dos direitos e
liberdades fundamentais do homem, para significar que a legalidade do Estado seria a
vinculação deste ao regime do Estado de direito democrático, que implica, dentre
outros, a submissão aos princípios democrático, de legalidade.
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devido ao seu carácter de acessoriedade em relação á norma legal, contudo, a
norma regulamentar não poderá ser impugnada, na medida em que atacar o
regulamento equivale a atacar a norma legal. Entretanto, sendo declarada a
inconstitucionalidade da lei ordinária.
A segunda advém, por seu turno, de uma abstenção. O Poder Púbico, no momento em
que deveria agir, silencia. Ocorre em face das normas de eficácia limitada, ou seja,
aquelas cuja força normativa depende da edição de ato infraconstitucional. Para sanar
tal inconstitucionalidade há a Acção Directa de Inconstitucionalidade por Omissão.
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Inconstitucionalidade directa x indirecta
Sobre isso muitos autores já se debruçaram tanto cá entre nós como fora.
Assim que alguns autores moçambicanos como Nhamissitane, Carrilho, Rui Baltasar,
Gilles Cistac afirmam que o nosso sistema é presidencial com rasgos presidencialistas.
Opostamente, Jorge Miranda define o nosso sistema como presidencialismo
democrático reforçado ou “ presidencial sui generis”.
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Ainda Vitalino Canas chama-o simplesmente presidencialista. Alfredo Chambule
chama-o de misto pelo facto de comungar algumas características presidencialistas e
semi-presidencilistas.
2. Mas bem analisada a nossa Constituição nos artigos 159 e 188, vemos que o PR
pode dissolver a AR. Isto nos leva a concluir que o nosso sistema de governo
não é presidencialista. Mas também não podemos olvidar que nos sistemas
presidencialistas sobre o PR gravitam enormes poderes o que é incontestável que
acontece o mesmo com o nosso. Só que isto é insuficiente para concluirmos.
Do mesmo modo que não podemos também afirmar de viva voz que o nosso
sistema de governo é Parlamentar, por simples razões:
Ainda assim, não podemos ainda afirmar que é semi-presidencialista (no caso típico, o
português) porque:
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Organização do poder político em Moçambique
O Estado existe para facilitar a vida dos cidadãos que vivem dentro dele. Para executar a
vontade do povo dentro da democracia em Moçambique, o Estado precisa de órgãos,
que trabalham para ele e implementam aquilo que o povo através dos seus
representantes decidiu. Assim como o nosso corpo humano tem órgãos para lhe servir, o
Estado tem órgãos para interagir com terceiros, para actuar para fora. Portanto, são os
órgãos, que vão aos encontros e reuniões, escrevem e respondem cartas etc. Mas sempre
em coordenação com o "corpo", neste caso o povo moçambicano, porque os órgãos só
têm a sua legitimidade da sua existência para facilitar as actividades do Estado, que têm
como elemento mais importante o povo. Assim, os órgãos não podem ultrapassar os
limites da autorização deles.
Órgãos de soberania
Presidente da República
Assembleia da República
O Governo
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pelos Ministros (art. 201º da Constituição da República de Moçambique). Certamente já
ouvimos falar do Primeiro/a Ministro/a, do Ministro/a da Educação, da Agricultura, das
Obras Públicas e Habitação, do Trabalho, do Interior, da Justiça, e outros. Estes
compõem o governo de Moçambique chefiados pelo Presidente da República.
Conclusão
Com base no estudo o tema realizado conclui-se que o estado de excepção, em suas
várias manifestações, estado de sítio, estado de defesa, estado de emergência, estado de
guerra, é uma anormalidade constitucional que se pretende obcecadamente normalizar.
É circunstância de fato que a doutrina constitucional ambiciona Transformar em fato
jurídico. Decorrente de um estado de necessidade, verdadeiro ou argumentável,
justificativo da excepção, e das limitações e constrangimentos que as medidas tomadas
projectam sobre as pessoas, o estado de excepção exige construção teórica que
justifique que a necessidade não precisaria de leis.
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Bibliografia
SARLET, Ingo Wolfgang. A eficácia dos direitos fundamentais. 2. ed. Porto Alegre:
Livrara do advogado, 2001, p. 82.
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