Manual Procedimentos Simplificado ISV PDF
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Manual Procedimentos Simplificado ISV PDF
MOD 0012.01
Direção de Serviços dos Impostos Especiais de Consumo e do
Imposto sobre Veículos
VERIFICADO
APROVADO
2013/04/19
O Diretor de Serviços
A. Brigas Afonso
VERSÃO
INDICE
Página
INTRODUÇÃO ....................................................................................................................... 11
5.7 – Veículos ligeiros, novos ou usados com ou sem matrícula, declarados por
particulares .................................................................................................... 38
6 – Tramitação subsequente
6.1 – Conferência da declaração ............................................................................ 38
6.2 – Códigos de tipos de veículos ......................................................................... 39
6.3 – Liquidação e cobrança do ISV
6.3.1 – Datas a considerar para a aplicação das tabelas do ISV ................... 40
6.3.2 – Prazo para pagamento do ISV ........................................................... 41
6.3.3 – Incumprimento do prazo .................................................................... 42
6.3.4 – Revisão dos atos de liquidação .......................................................... 42
7 – Impressão da DAV
7.1 – Impressão da DAV no domicílio do operador registado................................... 43
7.2 – Impressão da DAV de operadores registados, operadores reconhecidos e
particulares ..................................................................................................... 43
1 – Base Legal
2 – Procedimentos genéricos
2.1 – Prazos para o pedido de benefício .................................................................. 53
2.2 – Circulação dos veículos objeto de benefício fiscal........................................... 54
2.3 – Comprovação da qualidade de representante do requerente de benefícios
fiscais ............................................................................................................ 54
2.4 – Outras regras gerais aplicáveis aos regimes de benefício .............................. 55
2.5 – Ónus de intransmissibilidade e de tributação residual …………………………. 56
2 – Expedição
2.1 – Veículos sem matrícula (novos) ..................................................................... 82
2.2 – Veículos matriculados (usados) ..................................................................... 82
4 – Restituição do ISV
4.1 – Exportação ou expedição de veículos novos e usados .................................. 83
4.2 – Cancelamento da matrícula ............................................................................ 84
2 – Regimes especiais
3 – Importação temporária
INTRODUÇÃO
Com a publicação da Lei n.º 22-A/2007, de 29 de junho, que aprovou o Código do Imposto sobre
Veículos (CISV), procedeu-se à elaboração de um Manual Simplificado de Procedimentos do
Imposto sobre Veículos, de forma a atender às disposições resultantes do novo quadro legal.
Assim, o presente Manual tendo como destinatários o público em geral, com especial destaque
os clientes das alfândegas que intervêm no processo de regularização de veículos sujeitos à
disciplina do CISV, visa contribuir para uma melhor compreensão do regime geral que regula a
fiscalidade automóvel, nomeadamente, quanto à identificação dos sujeitos passivos, incidência,
liquidação e cobrança do ISV, bem como dos procedimentos relativos à declaração que deve ser
entregue na estância aduaneira aquando da introdução no consumo dos veículos (sujeitos e não
sujeitos a ISV, cuja apresentação à alfândega é obrigatória) e que se destinam a ser
matriculados definitivamente, não deixando de se fazer uma distinção entre aqueles que agem,
enquanto operadores registados, operadores reconhecidos e meros particulares.
Constitui ainda objetivo do presente Manual, a descrição dos vários regimes especiais de
redução/isenção do ISV, a indicação das entidades competentes para o reconhecimento, bem
como dos respetivos condicionalismos de acesso.
Foi também criado um capítulo (VIII) com as Informações Fiscais Vinculativas que em matéria de
fiscalidade automóvel têm vindo a ser adotadas pelos órgãos próprios da ex Direção-Geral das
Alfândegas e dos Impostos Especiais sobre o Consumo (DGAIEC), agora Autoridade Tributária e
Aduaneira (AT).
Nos termos da Circular n.º 39/2010, Série II, de 29/4, a partir de 3 de maio de 2010, todas as
competências exercidas pela Alfândega Marítima de Lisboa relativas à regularização de veículos
sujeitos à disciplina do ISV transitaram para a Alfândega do Jardim do Tabaco, quer no âmbito
do regime geral ou dos regimes de benefício, incluindo os pedidos de reembolso.
Nota: As referências feitas aos serviços, organismos e estruturas objeto da fusão, que ainda permaneçam
no presente manual em função da legislação em vigor (CISV), consideram-se feitas à Autoridade
Tributária e Aduaneira (AT).
Autocaravanas;
Veículos que, após a sua admissão ou importação, sejam objeto de alteração do motor
de que resulte um aumento de cilindrada ou das emissões de dióxido de carbono ou
partículas, mudança de chassis ou de transformação que implique a sua reclassificação
numa categoria fiscal a que corresponda uma taxa de imposto mais elevada, ou a sua
inclusão no âmbito de incidência do imposto.
▪ Os motociclos, triciclos e quadriciclos, quando tenham uma cilindrada inferior a 120 cm3;
São ainda sujeitos passivos do imposto, as pessoas que, de modo irregular, introduzam no
consumo veículos tributáveis. É o caso do indivíduo que, não obstante ser o proprietário do
veículo, é surpreendido a circular para além do prazo legalmente consentido ou do
indivíduo que circula com matrícula ou documentos falsos.
A referência à introdução no consumo dos veículos tributáveis deve ser conjugada com a
incidência objetiva, pelo que haverá veículos que sendo provenientes de outros EM e uma
vez reintroduzidos no consumo não pagam o ISV, dado já terem possuído matrícula
nacional em momento anterior.
▪ Deter um capital social mínimo de €50 000, ou de €25 000 quando o requerente se
dedicar exclusivamente ao comércio de motociclos.
▪ Não terem sido condenados por crime tributário ou por contraordenação tributária
punível com coima igual ou superior a € 5000, nos últimos cinco anos.
Por veículos tributáveis deve entender-se todos aqueles que se encontram sujeitos a ISV,
isto é, veículos de passageiros até 9 lugares, incluindo as «limusinas», automóveis ligeiros
de utilização mista e de mercadorias, autocaravanas, motociclos, triciclos e quadriciclos.
Para aferir o referido volume de vendas deve ter-se em consideração não só as vendas de
veículos novos, como também as vendas de veículos usados, peças e acessórios
automóveis, uma vez que todas elas se inserem no setor de atividade do agente
económico, sendo indicadores válidos para avaliar a sua importância económica. Todavia,
não é de incluir as vendas respeitantes a veículos excluídos da incidência do imposto.
Para os veículos novos, a lei nada prevê relativamente ao local de permanência dos
veículos, pelo que, dentro das regras habituais do comércio, é normal os operadores
registados procederem à sua distribuição pelas respetivas redes de concessionário.
Esta distribuição não carece de autorização expressa dos serviços aduaneiros. No entanto,
no caso destes pretenderem efetuar uma ação de fiscalização ou auditoria à empresa, o
operador registado deve estar em condições de informar imediatamente o local onde os
veículos se encontram armazenados ou expostos para venda.
Relativamente aos veículos usados, o regime legal não permite a remoção dos veículos do
local autorizado como local de armazenagem, para outros locais, salvo autorização
expressa do respetivo diretor. O local de armazenagem é, para efeitos legais, considerado
como uma área de entreposto fiscal, embora não deva ser exigida qualquer garantia.
Na medida em que os veículos, em muitos casos, têm matrículas definitivas de outro EM,
deve ser inviabilizada uma circulação irrestrita dos referidos veículos em território nacional.
Todavia, salvaguarda-se a necessidade do veículo, por vezes, ser experimentado em
circuito urbano por um potencial comprador ou ter de se deslocar para outro local para
manutenção ou reparação. A Declaração Complementar de Veículo (DCV), modelo
22.1102, é o formulário a utilizar para o referido efeito.
1.3.3 – O operador reconhecido é, nos termos do disposto no art. 15.º, n.º 1 do CISV, o
sujeito passivo que, não reunindo as condições para se constituir como OR, se dedica
habitualmente ao comércio de veículos tributáveis e procede à sua admissão ou
importação em estado novo ou usado, sendo reconhecido como tal pela Autoridade
Tributária e Aduaneira (no caso, pelas alfândegas).
A falta de condições acima referida pode ter origem no facto de não possuir o capital social
legalmente previsto, de não ter admitido ou importado o número de veículos tributáveis
exigido ou de não atingir o volume anual mínimo de vendas legalmente previsto no
respetivo setor de atividade.
Com o pedido de reconhecimento deve ser indicado o local de armazenagem dos veículos
durante a permanência em suspensão do imposto, isto é, no período entre a apresentação
da DAV e o pedido de liquidação do imposto.
Em matéria de veículos usados, o regime legal não permite a remoção dos veículos dos
locais autorizados para outros locais, salvo autorização expressa do respetivo diretor. Para
o efeito deverá ser utilizada uma DCV (Modelo 22.1102) e preenchido o campo respetivo.
São factos geradores do imposto o fabrico, montagem, admissão ou importação dos veículos
tributáveis em território nacional, que estejam obrigados à matrícula em Portugal (artigo 5.º do
CISV).
Como admissão, deve entender-se a entrada de um veículo originário ou em livre prática
noutro EM da UE, em território nacional.
Como importação, a entrada de um veículo originário de país terceiro em território nacional.
b) A transformação de veículo que implique a sua reclassificação fiscal numa categoria a que
corresponda uma taxa de imposto mais elevada ou a sua inclusão na incidência do
imposto;
c) A mudança de chassis;
2.2 – Exigibilidade
Quanto aos OR e OPREC, a DAV apenas pode ser anulada nos termos e condições
tipificadas no artigo 21.º, n.º 3 do CISV. Na medida em que é uma enunciação taxativa devem
ser recusadas quaisquer outras razões que possam vir a ser apresentadas.
As tabelas de taxas do ISV são constituídas por taxas normais, taxas intermédias e taxas
reduzidas. Além disso, existe uma tabela específica para a tributação dos motociclos, triciclos e
quadriciclos tributáveis – Tabela C (artigos 7.º a 11.º do CISV).
Consoante o tipo de veículo, assim se aplicam as taxas normais da Tabela A1, ou da Tabela B,
que têm como elemento diferenciador o facto de, na primeira, o ISV corresponder à soma da
componente cilindrada com a componente ambiental, enquanto, na segunda, entra em linha de
conta exclusivamente a componente cilindrada.
1
Relativamente aos veículos com motores «Wankel», a cilindrada a considerar é o dobro da do motor. Sublinha-se que as
homologações técnicas deste tipo de veículos indicam apenas a cilindrada nominal, pelo que, é necessário controlar os elementos
declarados para efeitos da correta tributação (exemplos: Veículos da marca MAZDA, modelos RX7 e RX8).
As razões para esta distinção têm a ver com o facto dos veículos abrangidos pela tabela B não
possuírem as emissões de CO2 devidamente averbadas nas homologações, dado que não
existe ainda tal obrigatoriedade.
A taxa de 100%:
a) Automóveis de passageiros;
Nota: Caso se trate de um veículo com motor híbrido plug-in com a autonomia, no modo eléctrico,
inferior a 25 quilómetros, é aplicável a taxa de 60% do imposto resultante da tabela A.
A taxa de 100%
b) Aos automóveis ligeiros de mercadorias, de caixa fechada, com lotação máxima de três
lugares, incluindo o do condutor, e tração às quatro rodas, permanente ou adaptável.
b) Automóveis ligeiros de mercadorias, de caixa aberta ou sem caixa, com lotação superior
a três lugares, incluindo o do condutor e sem tração às quatro rodas, permanente ou
adaptável;
3.3 - A Tabela C é aplicável aos motociclos, triciclos e quadriciclos, cuja cilindrada seja igual
ou superior a 120 cc, consagrando cinco escalões de cilindrada (de 120cc a 250cc; de 251cc
a 350cc; de 351cc a 500cc; de 501cc a 750cc e, mais de 750cc).
A norma supra citada configura uma presunção legal que admite prova em contrário, ou seja,
todos os veículos tributáveis a gasóleo estão sujeitos ao agravamento de €500 ou de €250
(se for o caso), presumindo-se que possuem níveis de emissões de partículas iguais ou
superiores a 0,002 g/km. Contudo, relativamente àqueles em que seja possível provar através
dos respetivos certificados de conformidade ou, na sua inexistência, das homologações
técnicas que possuem um valor de emissão de partículas inferior ao referido, ficam excluídos
do referido agravamento de imposto.
O nível de emissões de partículas constitui um elemento tributário autónomo que não se
confunde com o CO2 do veículo ou com a sua cilindrada.
Significa isto que pode haver lugar ao agravamento das partículas relativamente a veículos
em que o CO2 não entra na base tributável do ISV e o contrário também é verdadeiro, ou seja,
há veículos (ex: a gasolina) em cuja base tributável entra o CO2 e no entanto, como é sabido,
não estão sujeitos ao agravamento das partículas.
Os veículos excluídos do ISV não ficam abrangidos pela tributação das partículas já que, não
existindo imposto a pagar, não faz sentido falar de agravamento de imposto. De igual modo,
os veículos que beneficiam de isenção total de imposto, não ficam sujeitos à tributação das
partículas, ainda que estas sejam iguais ou superiores a 0,002 gr/Km, uma vez que nestes
casos o sistema de tributação regra é afastado pela própria isenção. Finalmente, por força do
disposto na alínea c) do n.º 1 do art. 4.º do CISV, as autocaravanas não estão sujeitas ao
agravamento das partículas, já que a base tributável destes veículos assenta apenas na
cilindrada.
No apuramento do ISV a pagar relativamente aos veículos a gasóleo que beneficiem de
isenção parcial de ISV, caso dos táxis, dos veículos híbridos, dos veículos de aluguer sem
condutor (rent-a-car) ou das pessoas com deficiência, o imposto será determinado com base
em todos os elementos de tributação (incluindo as partículas), pelo que nestes casos o
imposto terá em consideração o agravamento de 500 euros se o nível de emissão de
partículas for igual ou superior a 0,002 gr/Km.
3.5 - Cobrança do montante de € 100 e dedução do ISV previstas no n.º 4 do art. 7.º do
CISV
Nos termos do disposto no n.º 4 do art. 7.º do CISV, quando da aplicação das taxas
constantes das Tabelas A e B (a que se referem os nºs. 1 e 2 do citado artigo), resultar o
apuramento de imposto inferior a €100, há lugar ao pagamento deste montante, incluindo nas
situações em que o apuramento aponte para um resultado negativo.
Pela Lei do OE/2016, foi alterada a redação do artigo 7.º, n.º 4 do CISV, sendo criada uma
dedução de ISV susceptível de ser aplicada ao imposto resultante da componente cilindrada.
Assim, sempre que o ISV relativo à componente ambiental seja negativo, pode este montante
ser deduzido ao ISV resultante da componente cilindrada.
Esta dedução visa incentivar a compra de veículos com baixas emissões de CO2 e por isso
mais amigos do ambiente.
O Sr. Manuel Silva pretende adquirir em maio de 2016 um veículo automóvel citadino com as
características abaixo indicadas tendo dúvidas sobre o ISV que irá ter de pagar.
Vamos proceder ao cálculo do imposto para o informar em conformidade.
Características do veículo:
• Novo
• Ligeiro de passageiros
• Cilindrada: 900 cm3
• Lotação: 5 lugares
• Combustível: gasolina
• CO2: 85 g/km
Veículo sujeito à Tabela A, nos termos do disposto na alínea a) do n.º 1 do artigo 7.º do CISV.
Tabela D
Assim, de acordo com a nova redação do n.º 1 do art. 11.º do CISV (introduzida pela Lei do
OE/2011), a percentagem de redução em função dos anos de uso (Tabela D) tem
aplicabilidade ao imposto resultante da componente cilindrada e da componente ambiental.
Exemplo: Um veículo da marca «Mercedes», modelo CLK 200 Kompressor, com 1796 cm3 de
cilindrada e CO2 de 207 g/km, a gasolina, proveniente da Alemanha, com data de 1.ª
matrícula em 15 de julho de 2009 é apresentado aos serviços aduaneiros em 15 de maio de
2016.
Este montante é calculado da seguinte forma, considerando as taxas vigentes na data da
apresentação da DAV:
Em conformidade com o disposto no artigo 11.º, n.º 1 do CISV, os veículos a que é aplicável
este método de cálculo, ou mesmo o método de avaliação, têm necessariamente de ter
matrículas definitivas comunitárias atribuídas por outros EM da UE.
Nos termos do artigo 11º, n.º 2, do ISV, entende-se por “tempo de uso” o período que decorre
desde a atribuição da primeira matrícula e respetivos documentos, pela entidade competente,
até ao termo do prazo para apresentação da declaração aduaneira de veículos.
Sem prejuízo da liquidação provisória efetuada, sempre que o sujeito passivo entenda que o
montante do imposto apurado nos termos do nº 1 do art.º 11º, excede o imposto calculado por
aplicação da fórmula a seguir indicada, pode requerer ao diretor da alfândega (através de
pedido e mediante o pagamento da taxa aplicável ao caso (€200 ou €300), a que se refere o
n.º 1 do art. 2.º da Portaria n.º 44/2011, de 26 de janeiro, na redação introduzida pela Portaria
n.º 297/2013, de 4 de outubro), até ao termo do prazo de pagamento a que se refere o nº 1 do
artº 27º do CISV (dez dias úteis a contar da data para notificação da liquidação), que a
mesma seja aplicada à tributação do veículo, tendo em vista a liquidação definitiva do
imposto.
* (Y + C )
V
ISV =
R
Em que:
V– Valor comercial do veículo a determinar pelo diretor da alfândega, tomando por base o
valor médio de referência indicado nas publicações especializadas do setor,
apresentadas pelo interessado, ponderado, mediante avaliação do veículo, caso se
justifique, em função de determinados fatores concretos, como a quilometragem, o
estado mecânico e a conservação;
Exemplo:
Pretende-se calcular o ISV a pagar relativo a um veículo ligeiro de passageiros usado,
proveniente da UE, com mais de cinco anos, ao qual o interessado indica um valor de 15 000
euros. O referido veículo apresenta um motor a gasóleo de 1500 cm3 e emissões de dióxido
de carbono de 150 gr/Km e com um valor de partículas de 0,006 g/km.
O funcionário em quem for delegada a tarefa consulta a «Eurotax» (via internet) e verifica que
o veículo admitido no território nacional em maio de 2016 tem um valor comercial de €15.000
e que o preço de venda ao público de veículo idêntico no ano da 1.ª matrícula do veículo a
tributar em Portugal, há cinco anos (data da 1.ª matrícula), era de €25.000,00.
Por outro lado, consultando a tabela A (vigente em maio de 2016), verifica que o montante do
imposto relativo à componente cilindrada é de € 1.897,33, enquanto o montante do imposto
resultante da componente ambiental é de €6.572,50.
* (Y + C ) verifica-se o seguinte:
V
Aplicando a fórmula ISV =
R
* (1.897,33 + 6.572,50 )
15.000
ISV = ⇔ ISV = 0,60 * €8.469,83 ⇔ ISV = €5.081,90
25.000
Salienta-se que de acordo com a fórmula de cálculo (introduzida pela Lei do OE/2011), o
coeficiente de desvalorização apurado V/VR passou a ter aplicabilidade ao imposto resultante
da componente cilindrada e da componente ambiental (quando anteriormente tinha apenas
reflexos na componente cilindrada, sendo a componente ambiental paga na totalidade).
Todos os pedidos de aplicação deste método devem ser efetuados, por escrito, em
conformidade com o modelo de requerimento o qual, pode ser adquirido nas alfândegas ou
obtido através da Internet:
(http://www.dgaiec.min-financas.pt/pt/publicacoes_formularios/formularios/default.htm) e ser
entregues diretamente nas alfândegas, conforme resulta do disposto na alínea b) do n.º 1 do
artigo 3.º do Decreto-lei n.º 21/2013, de 15 de fevereiro, em conjugação com o n.º 3 do artigo
5.º da Portaria n.º 149/2014, de 24 de julho e n.º 3 do do art. 11.º do CISV.
Salienta-se que, de acordo com o n.º 4 do art.11.º do CISV, existe a presunção legal de que o
proprietário aceita como definitiva a liquidação do imposto efetuada nos termos do método
clássico (com aplicação da tabela D), caso não requeira o método de avaliação no prazo de
10 dias úteis após a apresentação da DAV (e respetivo registo de liquidação e notificação
para pagamento).
Nos casos em que o veículo não possua matrícula, ou seja portador de matrícula inválida, em
caso algum pode ser emitida guia de circulação, devendo ser apresentado sobre um reboque.
Se o veículo não for apresentado para avaliação na data indicada, e tal falta não for justificada
no prazo de quarenta e oito horas, deve o regime de tributação na admissão do veículo,
reger-se pela tabela de reduções prevista no artigo 11.º, n.º 1.
Depois da determinação do imposto por este método não é permitido requerer a passagem ao
método de redução previsto no artigo 11º, n.º 1 do CISV, por, alegadamente, poder ser mais
favorável.
4.3 – Importados
Este prazo é suficientemente dilatado, de forma a permitir que os proprietários dos veículos,
quando se apresentem a declará-los, sejam já possuidores de toda a documentação, em
especial, o certificado de conformidade e/ou a inspeção técnica, normalmente mais difíceis de
obter e consequentemente mais demorados, e que justificavam até à publicação do CISV a
aceitação de declarações incompletas.
Assim, após a entrada em vigor do CISV (1 de julho de 2007), deixaram de ser aceites
declarações incompletas, salvo se ficar provado que o interessado atuou com a devida
diligência e que o atraso não lhe pode ser imputável.
Em linhas gerais, a DAV é o formulário legal a utilizar para efeitos de regularizar os veículos,
sejam automóveis ligeiros de passageiros, de utilização mista, de mercadorias,
autocaravanas, pesados, motociclos, ciclomotores, triciclos e quadriciclos, conforme decorre
do artigo 17.º, números 1 e 2 do CISV (Modelo 22.1101).
Trata-se de um modelo comum a todos os declarantes, sejam OR, OPREC ou particulares,
aplicável, quer se invoque o regime geral, os regimes especiais, ou o regime de
admissão/importação temporária, servindo para apresentação dos veículos (caso dos OR e
OPREC) e para solicitar o pagamento do imposto, comportando campos de preenchimento
adequados a cada situação, cabendo ao declarante indicar o respetivo regime. A impressão
das DAV, tanto pode ser efetuada nos serviços aduaneiros, como no domicílio dos
operadores, sujeitos neste último caso, às condições de adesão ao respetivo regime de
impressão.
https://www.e-financas.gov.pt/de/jsp-dgaiec/main.jsp?body=/dav/menuConsultaCodigos.jsp
Os veículos ligeiros admitidos, novos, são declarados pelos OR devendo a DAV ser ultimada
através do pagamento do imposto ou por qualquer das formas de apuramento legalmente
previstas.
O mesmo sucede com os veículos usados, ou que, sendo novos, tiveram uma matrícula
anterior provisória ou de trânsito, embora, neste caso, haja uma intervenção da alfândega da
área de residência ou sede, quando a mesma pretender fiscalizar a permanência dos veículos
declarados no respetivo local de armazenagem, considerado para todos os efeitos uma área
de entreposto fiscal.
No caso de veículos tributáveis importados, a DAV deve ser apresentada no prazo de 20 dias
úteis após a entrada em território nacional. Porém, nas situações em que os veículos se
encontrem em depósito temporário ou em regime de entreposto aduaneiro, a contagem do
referido prazo inicia-se após a saída daqueles regimes.
A liquidação e cobrança ou garantia do ISV, processa-se através da apresentação do pedido
de liquidação da DAV, e antecede a atribuição de matrícula nacional.
5.3 – Veículos ligeiros, novos ou usados com matrícula, declarados por operadores
reconhecidos.
Também neste caso, embora haja liberdade de apresentação da DAV em qualquer alfândega,
cabe à alfândega da área da residência do operador reconhecido fiscalizar a permanência
dos veículos no local de armazenagem, o qual, não pode exceder os três anos (período de
suspensão do imposto).
5.4 – Veículos ligeiros, novos ou usados, com ou sem matrícula, declarados por
particulares, ou por empresas sem estatuto.
5.5.1 – No caso de se tratar de veículos novos, sem qualquer matrícula anterior, que é a
situação normal, se a declaração tiver sido efetuada por via eletrónica, o OR, ou o seu
representante, deve relativamente a cada declaração conservar na sua contabilidade a
fatura e o certificado de conformidade correspondentes ao veículo declarado.
Nota: Este procedimento vigorará até que a autonomia no modo eléctrico dos veículos híbridos plug-
in passe a constar das respetivas homologações técnicas atribuídas pelo IMT, I.P. e disponibilizadas
no Sistema da Fiscalidade Automóvel (SFA).
5.5.3 – No caso de se tratar de veículos usados, ou, sendo novos, tiverem uma
matrícula anterior provisória ou de trânsito, a documentação deve ser apresentada na
alfândega, ou enviada por via postal, caso em que se considera apresentada na data do
respetivo registo postal:
d) Certificado de conformidade
Os automóveis ligeiros fabricados a partir de 21 de maio de 2000 são obrigatoriamente
possuidores de um certificado de conformidade emitido pelos fabricantes, por força da
entrada em vigor do Decreto-Lei nº 72/2000, de 6 de maio (atualmente revogado pelo
Decreto-lei n.º 16/2010, de 12 de março, o qual, aprova o novo “Regulamento que
Estabelece o Quadro para a Homologação CE de Modelo de Automóveis e Reboques,
Seus Sistemas, Componentes e Unidades Técnicas” de que importa destacar os artigos
18.º e 25.º que se referem à obrigatoriedade da emissão dos certificados de
conformidade).
Do certificado constam, para além do número de chassis, que é um elemento de
individualização do veículo, as demais características do automóvel, designadamente,
aquelas que tem relevo em termos de tributação, caso da cilindrada, das emissões do
CO2 e das partículas.
Sempre que o veículo não entre no território nacional pelos seus próprios meios, o que
é previsível verificar-se quando o veículo não tem uma matrícula da série normal ou
apresenta uma matrícula da série provisória já caducada, deve ser apresentado o CMR
ou a guia de transporte respeitantes aos veículos auto transportados bem como o recibo
de pagamento do serviço, de que ficarão cópias no respetivo processo
Nota: Este procedimento vigorará até que a autonomia no modo eléctrico dos veículos híbridos
plug-in passe a constar das respetivas homologações técnicas atribuídas pelo IMT, I.P. e
disponibilizadas no Sistema da Fiscalidade Automóvel (SFA).
Relativamente a veículos usados, ou, sendo novos, tiverem tido uma matrícula anterior
provisória ou de trânsito, são aplicáveis as mesmas regras já mencionadas no n.º 5.5.3
Nota: Tratando-se de veículo ligeiro de passageiros equipado com motor híbrido plug-in, cuja
bateria possa ser carregada através de ligação à rede eléctrica e que tenha uma autonomia mínima, no
modo eléctrico, de 25 km, independentemente de ser novo ou usado, aplica-se o procedimento
constante na alínea f) do ponto anterior.
5.7 – Veículos ligeiros, novos ou usados com ou sem matrícula, declarados por
particulares.
São aplicáveis as regras mencionadas no n.º 5.5.3, devendo os processos ser apresentados
devidamente instruídos com a documentação ali enunciada e exigida consoante a situação
concreta. Deve igualmente ser apresentado o cartão de contribuinte/cartão de cidadão e uma
fotocópia do mesmo, quer para cidadãos nacionais, quer para estrangeiros que possuam
rendimentos em Portugal ou nele exerçam uma atividade profissional de qualquer natureza.
Neste último caso, se não preencherem qualquer destas duas condições, será bastante a sua
identificação pessoal.
6 – Tramitação subsequente
Neste último caso, e em especial para as declarações que possam ter sido enviadas por via
postal, caso os interessados pretendam a emissão de uma via autenticada da DAV em
suporte de papel, esta pode ser enviada por via postal, a seu pedido, mediante a entrega de
sobrescrito selado com o respetivo endereço.
004 ............. Ligeiros de utilização mista e ligeiros de mercadorias que não sejam
tributados pelas taxas reduzidas e pela taxa intermédia – Tabela A -Taxas
normais (alínea b) do n.º 1 do art. 7.º);
04A ............. Ligeiros de utilização mista – Tabela B – Taxa reduzida de 15% (alínea a) do
n.º 1 do artigo 9.º);
04B ............. Ligeiros mistos – Tabela A -Taxa intermédia de 50% (alínea b) do n.º 1 do art.
8.º);
0M2 ............ Ligeiros de mercadorias de caixa aberta ou sem caixa, com peso bruto de
3500kg, sem tração às quatro rodas – excluídos da incidência do imposto
(alínea c) do n.º 2 do art.2º);
0M6 ............ Ligeiros de mercadorias de caixa fechada que não apresentem cabina
integrada na carroçaria, com peso bruto de 3500 kg, sem tração às quatro
rodas (excluídos da incidência do imposto nos termos da al. c) do n.º 2 do art.
2º);
0M4 ............ Ligeiros de mercadorias, de caixa aberta ou sem caixa, sem tração às quatro
rodas, permanente ou adaptável e com lotação superior a três lugares,
incluindo o do condutor – Tabela B – Taxa reduzida de 15% (alínea b) do n.º 1
do art. 9.º);
0M5 ............ Ligeiros de mercadorias, de caixa aberta ou sem caixa, de lotação superior a
três lugares, incluindo o do condutor, que apresentem tração às quatro rodas,
permanente ou adaptável – Tabela B – Taxa de 50% (artigo 8.º, n.º 3);
VTD ………. Veículos dedicados ao transporte de doentes (artigo 2.º, n.º2, alínea b) do
CISV).
Nas restantes situações relativas ao regime geral, de operadores económicos sem estatuto
ou particulares, o montante do ISV a cobrar é determinado pela aplicação da tabela em
vigor na data da apresentação da DAV ou da DCV, de acordo com o estipulado no artigo
6.º, n.º 1, b), do CISV.
De referir que, quando a DAV é apresentada fora do prazo legal, as taxas a aplicar são as
que estiverem em vigor no fim do prazo em que a DAV deveria ter sido apresentada ou,
sendo esse momento indeterminável, no momento mais recuado no tempo que for possível
determinar, sendo os anos de uso reportados àquela data. Esta é a interpretação que
resulta da conjugação do artigo 6.º, n.º 3, que refere que a taxa de imposto a aplicar é a
que estiver em vigor no momento em que este se torna exigível, com a alínea b), do n.º 1,
do mesmo artigo, que estipula que o imposto se torna exigível no momento da
apresentação da DAV ou DCV pelos particulares e ainda com o artigo 20.º, n.º 1, a), que
estipula o prazo máximo de vinte dias úteis para a apresentação da DAV.
Nestes casos, para além da aplicação de juros compensatórios, haverá lugar à instauração
de procedimento contraordenacional.
Nota: Nos trinta dias seguintes ao termo do prazo supra referido e ao abrigo do disposto no art. 27.º,
n.º 2 do CISV, os sujeitos passivos ainda poderão proceder ao pagamento do imposto, acrescido
dos respetivos juros de mora.
O incumprimento do prazo para pagamento do ISV, previsto no artigo 27.º, n.º 1 do ISV e
após o termo da faculdade prevista no n.º 2 deste último artigo – pagamento com juros de
mora, sem que o interessado tenha efetuado declaração de abandono do veículo a favor
do Estado, implica, de imediato, a apreensão do veículo e a extração da respetiva certidão
de dívida, a qual, é remetida ao serviço de finanças da área de residência do devedor, para
efeitos de cobrança coerciva.
Sempre que, por facto imputável ao sujeito passivo, não forem respeitados os prazos de
apresentação dos pedidos de liquidação do imposto e de tal facto resulte atraso na
cobrança, há lugar ao pagamento de juros compensatórios nos termos do artigo 35.º da
LGT.
Os juros compensatórios são aplicados desde a data em que deveria ter sido apresentado
o pedido de liquidação do imposto até ao momento do seu suprimento, independentemente
da instauração do processo de contraordenação, quando a ele houver lugar.
De acordo com a interpretação que tem sido feita pela jurisprudência do STA, o pedido de
revisão oficiosa do ato tributário, com o fundamento em erro imputável aos serviços, pode
ser efetuado pelo sujeito passivo no prazo de 4 anos.
Constatando-se no âmbito do procedimento tributário de revisão (art. 44º, nº 1, al c), do
CPPT) que não existe erro imputável aos serviços, o prazo para o sujeito passivo efetuar o
pedido (de revisão do ato tributário) com fundamento em qualquer ilegalidade é de 120
dias, nos termos do art. 70º, nº 1, do CPPT, contados a partir da data em que se tornou
possível ao reclamante obter o documento ou conhecer o facto superveniente.
7 – Impressão da DAV
O artigo 18.º, n.º 4 do ISV prevê que os OR que se encontrem ligados por via eletrónica aos
serviços aduaneiros, e que, no ano imediatamente anterior, tenham introduzido no consumo,
pelo menos, 1000 veículos, podem solicitar, ao dirigente máximo da Autoridade Tributária e
Aduaneira (anteriormente era dirigido ao dirigente máximo da DGAIEC), a impressão da DAV
nas suas instalações ou na dos seus representantes legais. A impressão da DAV nas
instalações do operador pode processar-se para quaisquer veículos, novos ou usados, do
regime geral ou especial, devendo ser realizada, apenas, após ter sido efetuado o pedido de
liquidação com o correspondente pagamento ou garantia dos montantes em dívida e ter sido
atribuída matrícula pelo IMT, IP.
O papel de impressão no domicílio é constituído por folhas de papel liso, branco, do tipo A4.
No que concerne aos particulares e operadores económicos sem estatuto, a DAV é emitida,
nos serviços aduaneiros, em dois momentos:
Sublinha-se que estes declarantes não gozam da faculdade de imprimir a DAV no respetivo
domicílio.
8.1 – O Formulário
A DCV é um formulário (Modelo 22.1102) que visa simplificar a forma de exposição pelos
interessados dos assuntos relacionados com a fiscalidade automóvel, que, muitas vezes, não
conhecem os exatos termos da intervenção aduaneira e têm dificuldade em expressar o que
efetivamente pretendem.
Pela sua própria definição, a DCV pressupõe a existência de uma declaração aduaneira de
veículo (DAV) já processada em momento anterior e nesse sentido, deve ser preenchida
pelos proprietários dos veículos, ou por quem prove ter um interesse legítimo, quando,
posteriormente ao desembaraço fiscal nos serviços aduaneiros, venham a ocorrer situações
que tenham por objeto atos ou operações técnicas suscetíveis de originar processos de
cobrança ou de reembolso de ISV ou de IVA.
8.2 – Fins legais específicos – Nos termos do artigo 17.º, n.º 2 do CISV, a liquidação do
imposto incidente sobre os veículos que possuam matrícula nacional é titulada pela DCV, o
que abrange situações de cobrança «a posteriori», mesmo oficiosas, pedidos de
transformação de veículos, mudanças de chassis, etc.
Igualmente nos casos em que os veículos não se destinem a ser matriculados deve ser
apresentada uma DCV, embora nestes casos a apresentação da DCV deva ser simultânea
com a apresentação da DAV, conforme se determina no artigo 24.º, n.º 1 do CISV.
A DCV, como já foi referido, é apresentada nas situações de cobrança/ reembolso do ISV e
do IVA, bem como na apresentação de pedidos diversos.
Quando está em causa a cobrança ou reembolso de IVA, a DCV é apresentada nos seguintes
casos:
▪ Alienação antecipada de veículo adquirido com isenção de imposto;
▪ Revogação do despacho de isenção;
▪ Reembolso;
▪ Inexatidões ou omissões na DAV;
▪ Outras situações.
▪ Outras situações.
Nas situações de alteração da cilindrada do motor, a DAV inicial é alterada no SFA, mediante
a introdução da nova homologação. O SFA efetua o novo registo de liquidação, calculando o
ISV a pagar tendo em conta os anos de uso e o imposto pago em conformidade com o artigo
7.º, n.º 6 do CISV.
A substituição de chassis configura facto gerador de imposto quando o IMT. I.P. após
inspeção ao veículo, atestar que as transformações sofridas consubstanciam uma mudança
de chassis.
Tratando-se de transformações que não impliquem alteração da categoria fiscal deve ser
preenchido o campo 40 da DCV.
Para preenchimento da DCV, para além de outros elementos, deve ser indicado o número, a
data e a alfândega processadora da DAV/DVL/Guia do IA, consoante o caso, relativa à
introdução do veículo no consumo.
Nas situações de transformação há lugar à criação, no SFA, de uma nova DAV com
referência à DAV inicial, sendo o imposto a pagar baseado na nova classificação fiscal do
veículo, consideradas as taxas em vigor à data da transformação (data da fatura
apresentada), os anos de uso e o imposto já pago nos termos do artigo 7.º, nº 6, do CISV.
Para veículos que beneficiaram de isenção ou redução do IA ou do ISV, a referência
«originariamente pago» deverá igualmente abranger o IA ou ISV a que o veículo estaria
sujeito caso tivesse sido regularizado ao abrigo do regime geral.
Deve entender-se por transformação a operação física a que o veículo foi sujeito e que se
consubstanciou na emissão da respetiva fatura, independentemente de ter havido lugar ou
não à alteração do livrete, resultante dessa transformação.
Na regularização fiscal das transformações dos veículos não são exigidos os planos de
transformação emitidos pelo IMT, IP atendendo a que este instituto apenas autorizará as
transformações correspondentes às alterações das categorias fiscais constantes da DCV.
De acordo com o disposto no artigo 50.º, n.º 1, do ISV sempre que os veículos que beneficiem
de isenções de ISV sejam transmitidos, em vida ou por morte, a pessoa relativamente à qual
não se verifiquem os respetivos pressupostos, há lugar a tributação em montante proporcional
ao tempo em falta para o termo de cinco anos, segundo as taxas em vigor à data da
concessão do benefício.
Nas situações de alienação antecipada, o ISV em dívida é calculado com base na seguinte
fórmula:
ISV em dívida = Montante do benefício usufruído x nº de dias em falta para o terminus do prazo do ónus
Nº de dias correspondente ao período total do ónus (data da matrícula + 5 anos)
Salienta-se que, nos primeiros doze meses, os veículos estão abrangidos por um ónus de
intransmissibilidade (previsto no art. 47.º do CISV), pelo que, a fórmula acima mencionada só
é aplicável para o período subsequente, entre o início do segundo ano e o fim do quinto ano,
ou seja, a transmissão apenas poderá ocorrer depois de decorrido o prazo de 12 meses após
a data da atribuição da matrícula nacional, com exceção nas situações previstas no n.º 3 do
citado artigo.
8.8 – Alienação de veículo por beneficiário de isenção a outro sujeito passivo que reúne
as mesmas condições para usufruir do benefício
Nas situações em que o beneficiário da isenção pretenda transmitir o veículo que se encontra
no período de ónus a outro sujeito passivo que possua as mesmas condições para usufruir da
isenção, deve o mesmo apresentar uma DCV e o sujeito passivo que pretende adquirir o
veículo apresentar um pedido de isenção/redução do ISV, instruído com a documentação
necessária para o respetivo reconhecimento.
É o caso por exemplo de uma pessoa que beneficiou de uma isenção do imposto por destinar
o veículo à atividade de aluguer com condutor (táxi) e o pretende ceder a outra empresa do
ramo.
Alerta-se, no entanto, que este procedimento (da alienação de veículo por beneficiário de
isenção a outro sujeito passivo que reúne as mesmas condições para usufruir do benefício)
não tem aplicabilidade às forças militares, militarizadas e de segurança, uma vez que um dos
pressupostos deste tipo de isenções é a de que o veículo adquirido seja novo.
Por outro lado, a possibilidade de alienação durante o período do ónus a outro destinatário da
isenção, também não se aplica aos cidadãos que transferiram a respetiva residência de outro
país da UE ou de país terceiro, uma vez que é pressuposto a sua propriedade no país de
proveniência durante um ano.
1 – Base Legal
Os benefícios fiscais em sede de ISV estão consagrados no CISV (com exceção da isenção
concedida aos partidos políticos), encontrando-se previstas isenções totais e parciais, bem como
reduções de taxas.
Nota: Nos termos da norma isentora, os veículos objeto desta isenção, são os
identificados com as classes L, M, ou S, pelo Despacho n.º 3974/2013, de 15 de março,
do Sr. Presidente da Autoridade Nacional de Proteção Civil (que aprovou o “Regulamento
Veículos automóveis com lotação igual ou superior a sete lugares, incluindo o do condutor,
adquiridos pelos municípios e freguesias, para transporte de crianças em idade escolar do
ensino básico (artigo 51º);
Veículos adquiridos pelo Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas, I.P., para o
exercício de funções operacionais das equipas de sapadores florestais (alínea e) do n.º 1
do artigo 51.º);
Veículos propriedade de pessoas com deficiência (artigo 54º) – isenção até €7.800,00;
Estão ainda isentos de ISV os veículos adquiridos por partidos políticos – artigo 10º da Lei
nº 19/2003, de 20/6 (Lei do Financiamento dos Partidos Políticos e das Campanhas
Eleitorais).
2 – Procedimentos genéricos
Para efeitos de análise e decisão dos processos de benefício fiscal, deverão observar-se os
seguintes procedimentos genéricos:
A circulação do veículo para o qual foi solicitado o benefício, em território nacional pode ser
autorizada pela alfândega antes de tomada decisão sobre o seu reconhecimento, na condição
de o veículo ser portador de matrícula válida e desde que seja conduzido pelo seu
proprietário, pelo cônjuge ou unido de facto ou pelos ascendentes e descendentes em
primeiro grau que com ele vivam em economia comum. Para o efeito, com o pedido de
isenção (efetuado a coberto do modelo de formulário n.º 22.1100 – PIR adquirido na
alfândega), deve ser preenchido o correspondente campo do pedido de isenção, solicitando
tal autorização.
Para legitimar a circulação do veículo até à sua regularização fiscal será disponibilizada ao
interessado a primeira impressão da DAV de regime especial.
As isenções de ISV só podem ser reconhecidas ao mesmo beneficiário uma vez em cada
cinco anos, excetuando nas situações de transferência de residência, ou cessação de
funções de funcionários diplomáticos, consulares portugueses, funcionários e agentes das
Comunidades Europeias, em que apenas podem ser reconhecidas ao mesmo beneficiário
uma vez em cada 10 anos, contados desde a data da atribuição da matrícula nacional do
veículo.
Relativamente às isenções de ISV concedidas aos veículos automóveis adquiridos para
funções operacionais pela Autoridade de Proteção Civil ou pelas associações humanitárias ou
câmaras municipais para missões de protecção, socorro, assistência, apoio e combate a
incêndios atribuídas aos seus corpos de bombeiros, bem como aos veículos destinados às
forças militares, militarizadas e de segurança, incluindo as polícias municipais para o
exercício de funções de autoridade, aos veículos para afetação ao parque do Estado, a IPSS
e aos táxis, não existe qualquer limitação temporal.
No que respeita às isenções concedidas às pessoas com deficiência, pode ser concedida
nova isenção antes dos cinco anos, nas seguintes situações:
Quando haja recuperação do veículo pelas autoridades policiais nas situações a que se refere
a alínea b), há lugar a tributação em montante proporcional ao tempo em falta para o termo
dos cinco anos, segundo as taxas em vigor à data da concessão do benefício.
Os beneficiários das isenções de ISV não podem alienar, a título oneroso ou gratuito, alugar
ou emprestar o automóvel objeto de isenção antes de decorrido o prazo de doze meses,
contado a partir da data da atribuição da matrícula nacional, sob pena de haver lugar à
liquidação integral do imposto e a responsabilidade penal ou contraordenacional.
Por outro lado, o beneficiário da isenção (ao abrigo do art. 58.º do CISV – “transferência da
residência”) deverá permanecer no território nacional por um período mínimo de 12 meses
(ónus), conforme se estatui no n.º 2 do art. 47.º do CISV, sob pena de (em caso de
incumprimento deste condicionalismo) ocorrer facto gerador de imposto, por força do disposto
no art. 5.º, n.º 2, alínea c) do CISV.
Sempre que os veículos que beneficiem das isenções de ISV sejam transmitidos, em vida ou
por morte, e depois de ultrapassado o período de intransmissibilidade de doze meses, a
pessoa relativamente à qual não se verifiquem os respetivos pressupostos, há lugar a
tributação em montante proporcional ao tempo em falta para o termo dos cinco anos, segundo
as taxas em vigor à data da concessão do benefício, ainda que a transmissão se tenha devido
à cessação da respetiva atividade. (ónus de tributação residual)
do fim do prazo de cinco anos, sendo ambos solidariamente responsáveis pelo pagamento da
dívida.
O pedido de isenção do ISV, com utilização do modelo de formulário n.º 22.1100 – PIR
(adquirido na alfândega), deve ser acompanhado da Declaração emitida pela Autoridade
Nacional de Proteção Civil da qual conste o reconhecimento da entidade requerente e as
características técnicas dos veículos.
Com o pedido de isenção deve ser junta uma declaração de consentimento para consulta da
situação tributária e contributiva, ou, na sua falta, certidão comprovativa da situação tributária
e contributiva regularizada (DL n.º 114/2007, de 19 de abril)
A lei não estabelece qualquer distinção entre veículos novos e usados, pelo que deve
entender-se que qualquer veículo pode beneficiar. No caso de ser usado deve ser igualmente
junto o certificado de matrícula ou documento equivalente em uso no país de proveniência.
O pedido de isenção do ISV, com utilização do modelo de formulário n.º 22.1100 – PIR
(adquirido na alfândega), deve ser acompanhado de Declaração emitida pelos serviços
respetivos que ateste o destino a que o veículo será afeto.
Deve igualmente ser junta uma declaração de consentimento para consulta da situação
tributária e contributiva, ou, na sua falta, certidão comprovativa da situação tributária e
contributiva regularizada (DL n.º 114/2007, de 19 de abril).
O pedido de isenção do ISV, com utilização do modelo de formulário n.º 22.1100 – PIR
(adquirido na alfândega), deve ser acompanhado da cópia da sentença ou decisão que
determinou a perda ou abandono da viatura, bem como da declaração da sua atribuição ou
aquisição pela Agência Nacional de Compras Públicas, E.P.E..
Estes veículos estão isentos do ISV desde que apresentem uma lotação igual ou superior a
sete lugares, incluindo o do condutor, podendo ser adquiridos em sistema de leasing. O
pedido de isenção do ISV, com utilização do formulário modelo 22.1100 (adquirido na
alfândega), deve ser acompanhado pela Declaração emitida pelo serviço competente do
município ou freguesia, acompanhada da fatura pró-forma identificativa da marca, modelo e
versão do veículo a adquirir.
O pedido de isenção do ISV, com utilização do modelo de formulário n.º 22.1100 – PIR
(adquirido na alfândega), deve ser acompanhado de declaração emitida pelo Instituto da
Conservação da Natureza e das Florestas, I.P., da qual constem as características técnicas
dos veículos.
Deve igualmente ser junta uma declaração de consentimento para consulta da situação
tributária e contributiva, ou, na sua falta, certidão comprovativa da situação tributária e
contributiva regularizada (DL n.º 114/2007, de 19 de abril).
Alfândegas competentes para a concessão do benefício: Todas
Aos membros das Forças Armadas dos Estados partes contratantes do Tratado
Atlântico Norte ou dos seus funcionários civis;
Documentos a apresentar:
Pedido de isenção do ISV, com utilização do modelo de formulário n.º 22.1100 – PIR
(adquirido na alfândega), com eventual pedido de autorização de condução antes da
decisão, a assinalar na casa 3 do referido formulário, a apresentar no prazo de 6
meses a contar da data da transferência de residência;
http://www.dgaiec.min-financas.pt/NR/rdonlyres/32C62CE6-DB5A-419D-A2F3-AA033F86AE6D/0/35035_2014.pdf
Veículos abrangidos:
Considerando que o artigo 58º, n.º 1 concede a isenção do ISV, entende-se que estão
abrangidos pelo benefício todos os veículos sujeitos àquele imposto, independentemente da
classificação fiscal que apresentarem (passageiros, mistos, ligeiros de mercadorias,
motociclos, triciclos e quadriciclos), desde que tais veículos estejam registados em nome de
pessoas maiores de 18 anos e se mostrem reunidos os restantes requisitos legais.
Este entendimento não prejudica a aplicação das normas em vigor em matéria de IVA e de
direitos aduaneiros.
Deve ser considerado um prazo razoável para o transporte do veículo que tenha em conta o
maior ou menor afastamento geográfico, prazo esse, que será sempre meramente indicativo.
Contudo, considerando que o prazo para apresentação do pedido de benefício não pode
exceder seis meses, contados desde a data da transferência da residência e atendendo a que
o veículo deve estar disponível, para eventual verificação física, o mesmo deve entrar em
2
Os pedidos de isenção podem ser apresentados junto das delegações da área de circunscrição da alfândega
competente, que os encaminharão para estas.
território nacional até seis meses antes da transferência da residência ou até seis meses após
essa transferência da residência.
Âmbito do benefício:
5) Pessoas com deficiência, das Forças Armadas, com um grau de incapacidade igual
ou superior a 60%, independentemente da sua natureza.
Nota: Nas situações referidas nos números 2), 3) e 4), as pessoas com deficiência podem
beneficiar da isenção, independentemente da idade.
Reúna as condições para poder ser considerada pessoa com deficiência motora;
Considera-se “Pessoa com deficiência que se mova apoiada em cadeira de rodas”, a pessoa
que reúna, cumulativamente, os seguintes requisitos:
Considera-se “Pessoa com deficiência visual”, a pessoa que tenha uma alteração
permanente, no domínio da visão, de 95%.
Considera-se “Pessoa com deficiência, das Forças Armadas”, a pessoa que seja considerada
como tal nos termos do DL nº 43/76, de 20 de janeiro, e tenha um grau de incapacidade igual
ou superior a 60%, independentemente da sua natureza.
Salienta-se que a percentagem de deficiência é fixada nos termos da Tabela Nacional de
Incapacidades que esteja em vigor na data da sua determinação pela respetiva junta médica.
Veículos abrangidos:
gr/Km. Neste último caso, é a declaração de incapacidade e não a carta de condução que
deve atestar a necessidade de condução de veículo com caixa automática.
Por outro lado, o benefício não pode ser indeferido se a carta de condução não tiver o
averbamento relativo à condução de veículos com caixa automática, já que esse não é um
requisito exigido na lei fiscal.
Salienta-se que, de acordo com a redação dada pela Lei do OE/2010 (Lei n.º 3-B/2010, de 28
de abril) ao n.º 2 do art. 54.º do CISV, o benefício fiscal passou a ter aplicabilidade também a
veículos usados (anteriormente apenas abrangia veículos novos).
Montante da isenção:
A isenção do ISV é concedida até ao limite de 7800 euros, suportando o interessado a parte
restante, se for caso disso.
Contudo, os limites de CO2 fixados terão que ser sempre observados, sob pena de ficar
afastada a possibilidade de acesso ao benefício.
Documentos a apresentar:
3
O pedido de benefício no âmbito deste regime legal pode, em alternativa e no interesse do particular, em vez de ser
apresentado na alfândega da sua área de residência, ser aceite e decidido pela alfândega onde inicialmente foi
apresentada a DAV pelo operador registado ou pelo operador reconhecido.
Documentos a apresentar:
Documentos:
• O pedido de isenção de ISV, utilizando o modelo de formulário n.º 22.1100 – PIR
(adquirido na alfândega), com eventual pedido de autorização de condução antes
Documentos:
▪ Pedido de isenção do ISV, com utilização do formulário modelo n.º 22.1100 – PIR
(adquirido na alfândega);
▪ Prova do estatuto jurídico da qualidade instituição;
▪ Documento comprovativo da aquisição do veículo (fatura pró-forma do veículo ou
documento comprovativo da doação, se for o caso);
▪ Certificado de Conformidade (COC) onde conste as emissões de CO2 ou caso o
veículo não possua COC ou nele não constarem as emissões, documento
comprovativo da medição efectiva do CO2 feita em Centro de Inspeções (modelo
112 do IMT,I.P.)
▪ Consentimento para consulta da situação tributária e contributiva, ou, na sua falta,
certidão comprovativa da situação tributária e contributiva regularizada (DL n.º
114/2007, de 19 de abril).
O pedido de isenção do ISV supra referido deve ser apresentado, em regra, na alfândega da
área da sede da instituição4 e em momento anterior ou concomitantemente à apresentação do
pedido de introdução no consumo do veículo adquirido.
4
O pedido de benefício no âmbito deste regime legal pode, em alternativa e no interesse da instituição, em vez de ser
apresentado na alfândega territorial da sua sede, ser aceite e decidido pela alfândega onde inicialmente foi
apresentada a DAV pelo operador registado ou pelo operador reconhecido.
Artigo 10.º da Lei nº 19/2003, de 20/6 – (Lei do Financiamento dos Partidos Políticos e das
Campanhas Eleitorais).
O pedido de isenção do ISV, com utilização do formulário modelo n.º 22.1100 – PIR
(adquirido na alfândega), deve ser apresentado na alfândega da sede do partido político ou
na alfândega onde o veículo se encontre apresentado, mediante o preenchimento do
formulário único de isenção, acompanhado da fatura pró-forma do veículo e do consentimento
para consulta da situação tributária e contributiva, ou, na sua falta, certidão comprovativa da
situação tributária e contributiva regularizada (DL n.º 114/2007, de 19 de abril).
O regime de isenção concedido às famílias numerosas (isenção de 50% do ISV até ao limite
máximo de €7.800) encontra-se previsto nos artigos 57-A e 57-B e tem por objecto veículos
automóveis ligeiros de passageiros com lotação superior a cinco lugares e com emissões
específicas de CO2 iguais ou inferiores a 150 g/km.
3.13 – Veículos para o serviço de aluguer com condutor – Táxis, letras A e T (isenção
de 70%).
Os veículos supra referidos que se apresentem equipados com motores preparados para o
consumo exclusivo, no seu sistema de propulsão, de gás de petróleo liquefeito, de gás natural
ou de energia elétrica, ou com motores híbridos que permitam o consumo quer de energia
elétrica ou solar, quer de gasolina ou gasóleo, ficam integralmente isentos de imposto (n.º 2
do artigo 53º);
3.14 - Veículos ligeiros de passageiros e de utilização mista, não previstos nos artigos
8.º e 9.º, novos, que se destinem ao exercício de atividades de aluguer de
automóveis sem condutor (redução de 40%).
Os automóveis ligeiros de passageiros e de utilização mista não previstos nos artigos 8.º e
9.º, novos, que se destinem ao exercício de atividades de aluguer sem condutor, beneficiam,
na introdução no consumo, de uma redução correspondente a 40% do montante do imposto,
nas condições seguintes:
• Os veículos devem possuir um nível de emissão de CO2 até 120 g/km confirmado pelo
respetivo certificado de conformidade;
• Os veículos objeto de redução do imposto não podem ser alugados ou cedidos por
prazo superior a 3 meses a uma mesma pessoa ou entidade, durante um período de 12
meses consecutivos, nem podem ser objeto, no período de ónus, de aluguer ou cessão
a pessoas ou entidades jurídica ou economicamente vinculadas à entidade beneficiária;
5
O pedido de benefício no âmbito deste regime legal deve ser apresentado na alfândega da área territorial da sede
ou morada do proprietário.
No caso de veículos novos, pode, em alternativa e no interesse do adquirente, em vez de ser apresentado na
alfândega da sua área de residência, ser aceite e decidido pela alfândega onde inicialmente foi apresentada a DAV
pelo operador registado ou pelo operador reconhecido.
4.2 – Veículos equipados com motores híbridos que utilizem no seu sistema de
propulsão, quer energia elétrica ou solar, quer gasolina ou gasóleo (redução de 40%)
Tratando-se de uma isenção objetiva, a DAV pode ser apresentada em qualquer alfândega,
independentemente da respetiva área de residência ou sede.
4.3 - Veículos ligeiros de passageiros com motores híbridos plug-in (redução de 75%)
Os automóveis ligeiros de passageiros equipados com motores híbridos plug-in, cuja bateria
possa ser carregada através de ligação à rede eléctrica e que tenham uma autonomia
mínima, no modo eléctrico, de 25 quilómetros, beneficiam de uma redução de 75% de ISV.
Para efeitos de confirmar a autonomia mínima exigida no modo elétrico e nessa medida a
aplicabilidade da taxa de 25% da tabela A, deverá ser apresentado na alfândega o documento
“Homologação Europeia de Veículo Completo” (Whole Vehicle Type Approval – WVTA).
Nota: Este procedimento vigorará até que a autonomia no modo eléctrico dos veículos
híbridos plug-in passe a constar das respetivas homologações técnicas atribuídas pelo IMT,
I.P. e disponibilizadas no Sistema da Fiscalidade Automóvel (SFA).
O Decreto-Lei n.º 67/2009, de 20 de março (que revogou o D. Lei n.º 91/2006, de 25 de maio)
estabelece as condições de circulação em território nacional até à obtenção de matrícula
portuguesa de veículos novos – automóveis e seus reboques, ciclomotores, motociclos, triciclos
e quadriciclos, sem anterior matrícula, provenientes de Estado membro da UE ou importados
para desalfandegamento, bem como os montados ou fabricados em Portugal, em instalações
industriais devidamente licenciadas.
Os veículos usados que tenham sido admitidos ou importados por OR ou OPREC, enquanto
estiverem em suspensão de imposto, isto é, enquanto não tiver sido requerida a matrícula
nacional, apenas podem sair dos locais onde se encontram armazenados depois de ter sido
Depois do pagamento e até à emissão do certificado de matrícula, o veículo pode circular e ser
utilizado sem restrições por qualquer pessoa ou entidade, desde que se faça acompanhar da via
da DAV, onde se encontra já averbada a matrícula portuguesa atribuída ao veículo (artigo 22.º,
n.º 4 do CISV).
Estas guias tanto podem abranger unicamente um indivíduo como mais indivíduos, pelo que
para a respetiva emissão, é necessário que as alfândegas se certifiquem da relação de
parentesco entre o beneficiário e os indivíduos autorizados a conduzir.
circulação é efetuada a coberto de uma autorização dos serviços aduaneiros, dada na forma
de guia de circulação, que especificará o respetivo prazo de validade (art. 34.º, n.º 1 e n.º 3,
conjugados com o art. 40.º, n.º 1 do CISV).
Relativamente aos veículos que são admitidos em território nacional para utilização exclusiva
em feiras, exposições, apresentações, corridas, treinos, testes ou demonstrações é permitida
a sua circulação, mediante a emissão de uma guia de circulação pelo prazo que for solicitado,
não podendo o mesmo exceder os 90 dias (art. 38.º do CISV).
No âmbito do regime do uso profissional previsto no art. 39.º do CISV (na redação dada pela
Lei n.º 83-C/3013, de 31 de dezembro – Lei do OE/2014), os automóveis ligeiros para fins de
uso profissional, portadores de matrícula de série normal de outro Estado membro, tendo em
vista o exercício direto de uma atividade remunerada ou com fim lucrativo, podem
permanecer e circular temporariamente em território nacional, sem a exigência de guia de
• Serem os veículos admitidos por pessoa estabelecida fora do território nacional, ou por
sua conta;
Para informação mais detalhada sobre a aplicabilidade do regime de admissão temporária por
invocação do “uso profissional” (situações de exigibilidade e de não exigibilidade da guia de
circulação) sugere-se a leitura dos pontos 2.5.1 e 2.5.2 do Capítulo VI.
IV – Matrículas de expedição/exportação
Pode também ser concedida a pessoas que embora sejam residentes no território nacional estão
em vias de proceder à mudança de residência para outro país, desde que façam prova da
eminência dessa transferência.
Nos termos do art. 42.º do CISV pode ser atribuída matrícula de expedição ou de exportação aos
“veículos de ensaio”.
A atribuição de matrícula de expedição/exportação obriga ao cancelamento da matrícula
nacional anterior, nos casos em que esta já tenha sido concedida, devendo, tal facto ser
comprovado através de certidão emitida pelo IMT, IP.
Nota: Sobre pedidos de atribuição de matrículas de expedição/exportação a reboques e semi-reboques,
sugere-se a consulta do ofício circulado n.º 35.043, de 2015-02-25 que se encontra disponível no link:
http://www.dgaiec.min-financas.pt/NR/rdonlyres/6C54A764-9FD9-4F73-99B9-895A048BC38D/0/35043_2015.pdf .
1.1 – Veículos novos, sem matrícula anterior – A exportação de veículos deve ser efetuada
através da apresentação da mercadoria e da competente declaração de exportação, assim
como da DAV de apresentação (caso não conste do SFA), e da respetiva DCV de ultimação,
se for caso disso.
Efetuada a exportação do veículo deverá a alfândega de saída dar conhecimento desse facto
à alfândega por onde foi inicialmente apresentada a DAV, a fim de ser oficiosamente
cancelada a DAV de apresentação.
2 – Expedição
Como regra, a expedição deve ser efetuada através do processamento da DCV (modelo n.º
22.1102).
Para efeitos de instruir o processo de restituição do ISV nos termos do artigo 29.º, n.º 1 do
CISV, deve a expedição destes veículos ser efetuada através do processamento da DCV
(modelo n.º 22.1102) – vide ponto 4.
▪ Fatura;
▪ Fotocópia do livrete e do título de registo de propriedade ou documentos
equivalentes para veículos com matrícula de outros EM.
4 – Restituição do ISV
A exportação ou expedição de veículos novos e usados cujo imposto já tenha sido cobrado,
dá lugar à restituição do mesmo, nos termos do disposto no art. 29.º do CISV, sendo o
montante a restituir determinado em função do período decorrido entre a atribuição da
matrícula definitiva nacional e a data da apresentação do pedido de reembolso, da seguinte
forma:
c) No período superior a dois anos mas inferior ou igual a três anos...... 25%
Para efeitos da restituição do imposto, o requerente, que tanto pode ser uma empresa como
um particular, apresenta na alfândega da sua área de residência o pedido de reembolso no
prazo máximo de um ano a contar da data da expedição ou exportação, acompanhado dos
seguintes documentos:
junto da autoridade competente (IMT, IP), evitando dessa forma que um veículo possa, por
hipótese, possuir num determinado período duas matrículas válidas.
A par das referidas situações, sublinha-se que as expedições ou exportações de veículos com
direito a reembolso de imposto, obrigam ao cancelamento das matrículas nacionais, conforme
decorre do n.º 3 do art. 29.º do CISV, já que a apresentação do comprovativo do
cancelamento da matrícula constitui um dos requisitos de cuja verificação faz depender a
concessão do reembolso.
1 – Admissão temporária
Todavia, sem prejuízo do princípio regra supra referido, é autorizada a condução por pessoas
distintas do proprietário, em caso de força maior, avaria mecânica ou em virtude de contrato
de prestação de serviços de condução profissional, devendo a sua circulação ser feita a
coberto dos respetivos títulos definitivos.
Um dos condicionalismos de acesso ao regime de admissão temporária, como acima foi
referido, é o veículo estar matriculado em nome de pessoa sem residência normal em
Portugal.
1.4 – Formalidades:
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Considera-se residente a pessoa singular que tem a sua residência normal em território nacional por período igual
ou superior a 185 dias, por ano civil, em consequência de vínculos pessoais e ou, no caso de uma pessoa sem
vínculos profissionais, em consequência de vínculos pessoais indicativos de relações estreitas entre ela própria e o
local onde vive, assim como a pessoa coletiva que possui sede ou estabelecimento estável em território nacional (n.º 6
do art. 30.º do CISV).
2 – Regimes especiais
Para as situações de tráfego fronteiriço, que implique a circulação diária em território nacional,
de veículos automóveis e motociclos com matrícula espanhola de série definitiva, propriedade
de cidadãos que residem em Espanha com o respetivo agregado familiar, caso exista, e que
se desloquem regularmente no trajeto de ida e volta entre a sua residência e o local de
trabalho situado em território nacional, é autorizado o regime de admissão temporária desde
que se verifiquem os respetivos pressupostos legais.
No prazo de oito dias úteis após a receção do pedido, a Alfândega emite a guia de circulação,
na forma de DAV de regime de admissão temporária, e envia-a ao interessado.
No período que medeia a entrega do pedido e a receção da DAV, o interessado circula com a
cópia da declaração remetida à Alfândega, à qual anexa a prova de entrega ou o registo de
envio. O incumprimento deste procedimento conduzirá à instauração de procedimento
contraordenacional, não havendo, porém, lugar à apreensão ou imobilização do veículo.
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O pedido de concessão do regime de admissão temporária acompanhado da citada declaração, pode ser
apresentado diretamente na alfândega ou a esta remetido por via postal registada.
O regime será concedido, pelo prazo da duração da missão de duração limitada, estágio ou
estudos, mediante pedido prévio (acompanhado da documentação comprovativa dos
pedido, tanto pode ser apresentado antes da entrada do veículo, como até 10 dias posteriores
a essa entrada. O regime é autorizado pelo prazo máximo de 90 dias.
No âmbito do regime do uso profissional previsto no art. 39.º do CISV (na redação dada pela
Lei n.º 83-C/3013, de 31 de dezembro – Lei do OE/2014), os automóveis ligeiros para fins de
uso profissional, portadores de matrícula de série normal de outro Estado membro, tendo em
vista o exercício direto de uma atividade remunerada ou com fim lucrativo, podem
permanecer e circular temporariamente em território nacional, sem a exigência de guia de
circulação nem o cumprimento de formalidades aduaneiras, desde que reunidos os seguintes
condicionalismos:
• Serem os veículos admitidos por pessoa estabelecida fora do território nacional, ou por
sua conta;
• Os veículos não se destinarem a ser essencialmente utilizados a título permanente em
território nacional, podendo ser dada uma utilização privada com natureza acessória ao
uso profissional;
• Os veículos terem sido adquiridos nas condições gerais de tributação, considerando-se
essa condição preenchida quando portadores de uma matrícula de série normal de
outro Estado membro, com exclusão de toda e qualquer matrícula temporária.
a) Documentos do veículo que atestem que o mesmo se encontra matriculado numa série
normal e em nome de pessoa estabelecida noutro Estado membro;
b) Documento de identificação pessoal ou qualquer outro documento de efeito equivalente,
que comprove a residência normal do condutor do veículo noutro Estado membro.
declaração mencionada no número anterior, será concedido o prazo de 10 dias úteis para
que a mesma seja apresentada em qualquer alfândega do território nacional.
Nestes casos em que a condução seja efetuada por cidadãos residentes em território
nacional, para além da respetiva guia, devem os respetivos condutores ser portadores de
fotocópia do contrato de trabalho e de autorização da empresa proprietária ou locatária do
veículo que lhes justifique a utilização do veículo no território nacional, a fim de serem
presentes às autoridades de fiscalização sempre que lhes for solicitado.
A informação com a indicação das alfândegas existentes em território nacional e respetivos
contactos, encontra-se disponível no site da AT, no link:
http://www.dgaiec.min-financas.pt/pt/informacao_aduaneira/Veiculos/regularizacao/FAQ_ISV_10.htm
3 – Importação temporária
3.1 – O regime
À importação temporária de veículos com matrícula de país terceiro, por força do n.º 9 do art.
30.º do CISV, é aplicável o atual Código Aduaneiro da União (CAU) e o Ato Delegado ao Cau
(AD) que revogou o anterior Código Aduaneiro Comunitário (CAC), estabelecido pelo
Regulamento (CEE) n.º 2913/92, do Conselho, de 12 de outubro (vide artigos 137.º a 144.º) e
Assim, nos termos do disposto no artigo 250.º do CAU e desde que cumpridas as condições
previstas no n.º 3 do artigo 212.º do Ato Delegado ao Cau (♣), a entrada e a permanência em
Portugal de veículos de matrícula de país terceiro para uso privado pode ser autorizada, ao
abrigo do regime de importação temporária, estando sujeita ao preenchimento de
formalidades aduaneiras, consubstanciadas na apresentação de uma DAV de regime de
importação temporária.
( ♣) Estejam matriculados fora do território aduaneiro da União (TAU) em nome de uma pessoa
estabelecida fora desse território, e sejam utilizados por pessoa estabelecida fora do TAU, sem
prejuízo do disposto nos artigos 214.º, 215.º e 216.º.
Pela Lei n.º 82-D/2014, de 31 de dezembro (Lei da “Fiscalidade Verde”) foi criado um regime
excepcional de incentivo fiscal à destruição de automóveis ligeiros em fim de vida que reveste a
forma de redução do Imposto sobre Veículos (ISV) até ao montante máximo de € 3.250, devido
pela introdução no consumo de um veículo híbrido plug- in novo sem matrícula.
Com a Lei n.º 7-A/2016, de 30 de março (LOE/2016) foi alterada a Lei da Fiscalidade Verde e
em sede de ISV (por força da nova redação dada à alínea b) do n.º 1 do artigo 25.º), o montante
de incentivo fiscal passou a ter o limite máximo de €1.125, traduzindo-se na redução de ISV
devido pela introdução no consumo de um veículo híbrido plug-in novo sem matrícula.
Nota: Para uniformização de procedimentos, foi elaborado e divulgado o Ofício Circulado n.º 35.059/2016,
de 2016-04-05.
Nota: Podem usufruir do referido benefício, os veículos introduzidos no consumo, ainda que adquiridos
através de locação financeira, desde que se identifique o locatário nos respetivos documentos.
2. Procedimentos
O pedido do incentivo da redução do ISV deve ser apresentado junto da Alfândega da área de
residência do proprietário/adquirente, ou da Alfândega por onde o veículo vai ser introduzido no
consumo, devendo ser instruído com os seguintes documentos:
O regime de incentivo fiscal ao abate de veículo em fim de vida – VFV em sede de ISV (por força
da alteração ao artigo 54.º da Lei da Fiscalidade Verde operada pela LOE/2016), vigora até 31
de dezembro de 2017, sendo que o montante de €1.125 atualmente fixado (como limite
máximo do incentivo a atribuir) passará para €562,50 a partir de 1 de janeiro de 2017,
conforme quadro abaixo indicado.
Nas Regiões Autónomas dos Açores e da Madeira, na impossibilidade dos veículos serem
destruídos por operadores autorizados nos termos do Decreto-Lei n.º 196/2003, de 23 de agosto,
alterado pelo Decreto-lei n.º 64/2008, de 8 de abril, o incentivo fiscal é concedido (a par dos
restantes requisitos) na condição da destruição ser efetuada sob controlo aduaneiro.
Nota: O incentivo fiscal ao abate de VFV previsto na Lei n.º 82-D/2014, de 31 de dezembro (Lei da
“Fiscalidade Verde”, com a alteração produzida pela LOE/2016), traduzido na atribuição de um subsídio
de € 2.250,00 na introdução no consumo de um veículo eléctrico novo sem matrícula ou de €1.000 pela
introdução no consumo de um veículo quadriciclo pesado eléctrico novo sem matrícula, é da
responsabilidade da Agência Portuguesa do Ambiente, I.P. (APA,I.P.), entidade onde devem ser
apresentados os respectivos pedidos.
Visto o objeto do processo, ao nível do pedido e causa de pedir ora formulados, afigura-se que a
emissão de matrícula ao veículo decorrente da liquidação e cobrança do ISV nos termos do art.º
11º, n.º 1 ex. vi. art.º 20º e art.º 25º, al. b) e 27º do CISV, não contende com a reclamação
graciosa apresentada, no sentido de por si só, afastar a possibilidade de anulação/revisão do ato
de liquidação caso se verifiquem do ponto de vista formal e substantivo fundamentos de direito
que possam colocar em crise o ato tributário de liquidação perpetrado pela Alfândega, matéria a
analisar em sede própria de procedimento de 1º grau, e que talqualmente como resulta dos
factos enunciados pela Alfândega se encontra em fase de Audiência Prévia.
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As Informações Vinculativas reportam-se ao tempo da ocorrência dos factos e da legislação vigente e aplicável aos
casos expostos
Enquadramento e decisão:
As isenções do ISV para deficientes encontram-se previstas à data na Lei n.º 22-A/2007, de 29
de junho, na redação da Lei n.º 44/2008, de 27 de agosto, art.º 54º e seguintes.
Mais se informa que a legislação em referência encontra-se disponível no site da DGAIEC em
http://www.dgaiec.min-financas.pt/pt/legislacao_aduaneira/isv_doclib/default.htm
Vistos os factos constantes do pedido, é de informar ao nível do âmbito de aplicação da norma
isentora que, as isenções do ISV aplicam-se a deficientes motores na aceção da definição
prevista na lei, a saber, “ «Pessoa com deficiência motora», toda aquela que, por motivo de alterações
na estrutura e funções do corpo, congénitas ou adquiridas, tenha uma limitação funcional de caráter
permanente, de grau igual ou superior a 60%, e apresente elevada dificuldade na locomoção na via
pública sem auxílio de outrem ou recurso a meios de compensação, designadamente próteses, ortóteses,
cadeiras de rodas e muletas, no caso de deficiência motora ao nível dos membros inferiores, ou elevada
dificuldade no acesso ou na utilização dos transportes públicos coletivos convencionais, no caso de
deficiência motora ao nível dos membros superiores”;
Neste sentido, no que concerne a outro tipo de deficiência, como seja do foro oncológico, para
efeitos de isenção do ISV, a mesma terá que se repercutir em termos de incapacidade motora na
percentagem de incapacidade prevista na lei, bem como nas dificuldades de locomoção
mencionadas no preceito legal, e ser tal facto devidamente comprovado por declaração de
incapacidade emitida para o efeito pelas entidades competentes. (Artigo 56º do CISV).
Assunto – Limite de CO2 previsto para veículo com caixa automática destinado a pessoa com
deficiência motora, que se desloca na via pública com a ajuda de canadianas, não necessitando
de cadeira de rodas.
O Senhor A, residente em Lisboa, solicitou que seja emitida informação vinculativa, pois, é
portador de incapacidade motora superior a 60% reconhecida nos termos legais exigíveis,
deslocando-se na via pública com a ajuda de canadianas, não necessitando de cadeira de
rodas.
Pretende adquirir um veículo novo, que por indicação médica deverá ter caixa automática e,
ainda, outra adaptação a realizar posteriormente à compra que consiste na inversão do pedal do
acelerador.
II – Enquadramento
1. Da situação descrita pelo interessado parece resultar que se trata de pessoa com
deficiência motora, maior de 18 anos, com grau de desvalorização igual ou superior a
60% (nº 1 do art. 54º e al. a) do nº 1 do art. 55º, ambos do CISV).
Decisão
4. Encontrando-se previstas na lei, taxativamente, as situações excecionais ao limite de
CO2, não pode o interessado, portador de incapacidade motora superior a 60%
reconhecida nos termos legais exigíveis, deslocando-se na via pública com a ajuda de
canadianas, não necessitando de cadeira de rodas, adquirir um veículo com emissão de
CO2 superior a 180 g/Km, nos termos do disposto no nº 4 do artº 54º do CISV.
_________
II – Enquadramento
1. O regime ínsito no artigo 38º do CISV, destina-se, na sua essência, a permitir a admissão
temporária de veículos com isenção do ISV, por ocasião de certos e determinados
eventos, como é o caso de feiras, exposições, apresentações, corridas, treinos, testes ou
demonstrações.
2. Tendo em conta que do pedido resulta que os veículos a admitir em território nacional,
não se destinam a ser comercializados/introduzidos no consumo em Portugal, mas
somente a ser expostos em território nacional, após o que regressam a Espanha, a fim
de serem alienados ou devolvidos aos proprietários, encontram-se reunidos os
pressupostos para o enquadramento no regime consignado naquela disposição legal.
Face aos contornos da situação descrita, é aplicável o regime especial de admissão temporária
de veículos destinados a exposições e demonstrações previsto no artigo 38.º do CISV.
ANEXO I
DECLARAÇÃO ADUANEIRA DE VEÍCULO – DAV
(Exemplar para consulta)
ANEXO II
DECLARAÇÃO COMPLEMENTAR DE VEÍCULO – DCV
(Exemplar para consulta)