Manaus Entre o Passado e o Presente PDF
Manaus Entre o Passado e o Presente PDF
Manaus Entre o Passado e o Presente PDF
1.ª Edição
Vol. 1
Manaus
2009
Copyright © Durango Duarte, 2009.
1. Edição, 2009 – Ed. Mídia Ponto Comm Publicidade Ltda-ME.
EDITOR
Mídia Ponto Comm Publicidade Ltda-ME
ORGANIZADORES
Kleber Paiva / Maurília Gomes
PROJETO VISUAL
Dayd Costa / Marcelo Rhenzo / Nádia Saraiva
REVISÃO
Carlos Eduardo de Souza Gonçalves
NORMALIZAÇÃO
Leiriane Leal
CDD (981.13)
CDU 94(811.3 Manaus.)
2009
Mídia Ponto Comm Publicidade Ltda-ME
Rua Professor Samuel Benchimol, 477 – Anexo 1 – Parque 10 de Novembro
CEP: 69055-705 – Manaus-AM
(92) 8414-6150
Tiragem: 5.000 exemplares
Não sei contar e nem ordenar a tantos que deveria citar por
me permitirem esta conquista. No entanto, escolhi fazê-lo
por meio de três mulheres.
A minha Kelly Tadros Duarte, que viveu, aceitou e ajudou a
construir esta obra. Um amor que conspirou sempre a favor
desta vitória. Te amo.
A minha filha Luiza, manauense, que, ao ler este livro daqui
a alguns anos, possa entender seu pai pela dimensão dos
sonhos que realiza.
A minha mãe Sylvana Martins Duarte, que sempre optou
por morar em Manaus. Um enorme orgulho de ser seu filho.
Pesquisar é o verbo mais importante deste projeto. Realizar é
o sentimento de satisfação mais forte que levo.
Gratidão e respeito escrevo com os nomes de Maurília e
Kleber. A vocês, muito obrigado e um futuro generoso de
sucessos.
Deus permita que nossos caminhos possam produzir outra
loucura como esta.
AGRADECIMENTOS
COLABORADORES
Abraham Meyr Benmuyal – Abrahim Sena Baze – Adalto de Menezes – Manoel Ribeiro da Costa – Manoel Roberto de
Guilherme Gil Xavier – Admilson Medeiros – Afonso Celso Lima Mendonça – Manuel Jeremias Colares – Marcelo Borges
Maranhão Nina – Afonso de Souza Nascimento Júnior – Alberto – Marcelo José Lima Dutra – Marcelo Silva – Márcia Correia da
Monteiro – Alcides Ferreira da Costa – Aldisio Filgueiras – Silva – Marcicley Rego – Márcio Páscoa – Márcio Souza – Marco
Alessandro Bronze Toniza – Alexandre Franklin Pazuello – Almir Antônio Belandi – Marcos Ricardo Herszon Cavalcanti – Maria
Diniz de Carvalho – Almir Diniz de Carvalho Júnior – Álvaro Leal Arminda Mendonça – Maria Auxiliadora de Almeida Costa –
Sanches – Alzerina Martins dos Santos – Amaro Vasconcelos Maria Auxiliadora Mourão Tuer – Maria da Conceição Simões
Filho – Ana Holanda Gonçalves – Ana Lúcia Maranhão – Ana Corrêa – Maria de Fátima Costa Antony Moreira – Maria de
Lúcia Motta – Ana Maria Moraes Castelo – Anayde Rodrigues Fátima Araújo – Maria do Brasil Sant’Ana Barros – Maria Eliete
Marques – Andressa Repolho de Carvalho – Anibal Beça – Anibal da Silva Cavalcante – Maria Izabel de Medeiros Valle – Maria
Nazaré Matias – Antônio Diniz de Carvalho – Antônio Francisco Nazarene Maia – Maria Nedilza de Souza Lima – Maria Shineida
Ausier Ramos – Antonio José Souto Loureiro – Arlindo Augusto Pacó – Maria Socorro da Costa Pinto – Maria Viviane Tavares
dos Santos Porto – Armando Andrade de Menezes – Benayas – Marilda Loureiro Jacob – Mário Expedito Neves Guerreiro –
Pereira – Bepi Sarto Neves Cyrino – Carlos Alberto De’ Carli Marizete Brandão da Silva – Marlúcia Bentes Costa – Maurício
Júnior – Carlos dos Santos Braga – Carlos Eduardo de Souza Elísio Martins Loureiro – Mazé Mourão – Moacir Andrade –
Braga – Carolina Paese – Carrel Ypiranga Benevides – Célia Maria Mônica Elizabeth Santaella da Fonseca – Narciso Júlio Freire
da Silva Carvalho – Christian Antony – Cláudio do Carmo Chaves Lobo – Neide Souza Lima – Neyde Menezes Fonseca – Nílio
– Consuelo de Medeiros Valle – Custódio Rodrigues da Silva – Braga Portella – Nílio de Lima Portella – Norma Montezuma
Danyelle Christene da Costa Soares – Deocleciano Bentes de Araújo – Omar José Abdel Aziz – Orígenes Angelitino Martins –
Souza – Diác. Francisco Salvador – Dissica Calderaro – Ed Lincon Orlando Cabral Holanda – Otávio Raman Neves – Osiel Ferreira
Barros da Silva – Edinea Mascarenhas Dias – Edmilson Fumaça de Assunção – Osvaldo Giotto Santoro Frota – Otoni Mesquita
Moreno de Araújo – Ednelza de Oliveira Carvalho – Ellen Regina – Paulo Augusto Fiúza – Paulo De’Carli – Paulo Henrique de
Rodrigues – Elson Farias – Erilene Pedrosa Bezerra – Etelvina Souza Santos – Paulo Herban Maciel Jacob Filho – Paulo Roberto
Garcia – Evelina Santana da Camara – Fabiano de Queiroz Ribeiro Pereira – Paulo Sérgio Montenegro Vieitas – Paulonei Tomaz de
– Fabiene Moraes Araújo – Fabio Nutti Marangoni – Fabrício Silva Avelino – Pe. Augusto Bartoli – Pe. Cânio Grimaldi – Plínio Cesar
Lima – Fernando Lopes Burgos – Franciney Aleixo – Francisco Albuquerque Coelho – Rafael Froner – Raimundo Colares Ribeiro
Roberto Duarte da Silva – Frank Abrahim Lima – George Cabral – – Raimundo Nonato dos Santos Braga – Raul Armônia Zaidan –
Gilberto Mestrinho de Medeiros Raposo – Gilson Moura Pereira – Regina da Costa Pinto – Regina Lúcia de Souza Vasconcellos –
Gladson Saraiva – Guilherme Aluízio de Oliveira Silva – Gutemberg Renata Rafael – Renato Chamma – Rêne Levy Aguiar – Ricardo
Leão Alencar – Hamilton Salgado – Hiel Levy Maia Vasconcelos Henrique Oliveira Soares – Rildo Cavalcante de Oliveira – Rivair
– Ir. Maria Oliveira Barbosa – Ir. Nilde Tissot – Isaac Dahan – Ivan Corrêa Pinto – Ritta Haikal – Robério dos Santos Pereira Braga
de Azevedo Tribuzy – Jaime Samuel Benchimol – Jair Abreu de – Roberto Benigno Filho – Roberto de Lima Caminha Filho –
Alencar – Janer Duarte – Jesus Woo Leong – Joaquim Marinho Roberto Gesta de Melo – Roberto Kahane – Rodrigo Henrik Alves
– Joaquim Rodrigues de Melo – João Bosco Araújo – João Bosco – Rogelio Casado Marinho Filho – Rômulo Valente – Ruy Alberto
Chamma – João Coelho Braga – João Frederico Guimarães Cruz Costa Lins – Sáskya Canizo – Selda Vale da Costa – Sérgio Bezerra
– João Mendes da Fonseca Júnior – Jorge Henrique de Freitas de Lima – Sérgio Cardoso – Sharles da Costa – Sheila Ingrid
Pinho – Jorge Humberto Barreto – Jorge Lima Daou – Jorge Luiz Ferreira – Shirley de Lima Neves – Sidnei Barroso Wanderley –
Moreira Vasques – José Arlindo Brasil de Oliveira – José de Oliveira Sidnei Mouta – Silvio da Costa Batista – Solange Elias – Stanley
Fernandes – José Epifânio Leão Carneiro Filho – José Maria Muniz Wibbe – Sumaran Trigueiro – Tenório Telles – Tereza Cristina
– José Ribamar Bessa Freire – José Roberto Bessa Freire – José Calderaro Corrêa – Themis Duarte Moreira dos Santos – Thiago
Roberto Tadros – Josiane Marques de Moura Magalhães – Júlio Duarte – Trícia Tereza Tadros Pinho – Túlio Mêne Melo – Valderez
Servalho – Juscelino Simões – Kátia Regina de Medeiros Tadros Barbosa de Oliveira Cabral – Vânia Novoa Tadros – Vera Lúcia
– Kelly Roberta Tadros Duarte – Leila Cristina de Souza Soares – Souza – Vicente de Paulo Queiroz Nogueira – Vilar Câmara Júnior
Leyla Martins Leong – Louismar de Matos Bonates – Luiz Ribeiro – Vivaldo Barros Frota – Wagner Mello – Waldner de Menezes
da Costa – Luiz Ricardo Tadros – Lúcio Meirelles da Silva Bezerra Caldas – Wander Araújo Motta – Wilson Cruz Lira.
SUMÁRIO
PREFÁCIO............................................................................. 13
INTRODUÇÃO ..................................................................... 15
I PRAÇAS ................................................................................ 16
VI CEMITÉRIOS...................................................................... 142
XI HOTÉIS................................................................................ 244
ANEXOS
PREFÁCIO
Márcio Souza
A obra que agora está em suas mãos é resultado de um de informação; ao “desaparecimento” do acervo público – como
trabalho de cinco anos. Um esforço coletivo e persistente de livros, placas de inauguração, bustos, entre outros – e à completa
vários colaboradores. De incontáveis dias de coleta de dados desorganização dos dados que ainda (r)existem.
nas mais variadas fontes de informação disponíveis aqui e em Some-se a isso a prática, por parte de nossas Instituições
outras cidades. A palavra pesquisar e a paixão por Manaus Públicas, da publicação de relatórios oficiais com dados fictícios;
foram os vetores da construção deste projeto. periódicos cujas informações publicadas trazem equívocos e
Dividido em doze capítulos, Manaus – entre o passado e o contradições históricas (talvez, por falta de apuro ou por excesso
presente resgata a história do espaço urbano da Cidade por meio de confiança), além da deficiência, seja por parte do Poder
de algumas das nossas principais Praças, Monumentos, Pontes, Público ou da iniciativa privada, de incentivo à realização de
Portos, Igrejas Católicas, Cemitérios, Escolas, Universidades, projetos como este.
Bibliotecas, Museus, Hotéis e Cinemas. Cada morador da Cidade lê menos de um livro por ano.
Sua formatação não seguiu uma ordem sequencial O acervo de nossas bibliotecas é pobre em variedade e em
consonante com a evolução urbanística de Manaus. Entretanto, quantidade. Alguns de nossos museus, inúteis por suas portas
buscou-se estabelecer uma certa harmonia entre todos os cerradas. Nossos logradouros, mal sinalizados. Mais de 95% da
capítulos que o compõem. população atual de Manaus sequer visitou o Teatro Amazonas.
Outro ponto a ser destacado é que esta obra não possui, Para completar essa triste realidade, existe uma vontade insana
essencialmente, a característica de um livro de história, mas de se desconstruir o que foi realizado pelos outros.
sim, de um grande guia sobre Manaus e que pode ser lido a Confesso que, muitas vezes, tive vontade de usar este
partir de qualquer página. projeto para “rasgar o verbo” em cima daqueles que destruíram
Durante a execução do trabalho, pude contar com a grata e desorganizaram – e dos que ainda continuam destruindo –
contribuição de excepcionais manauenses que me ajudaram, a paisagem e a memória de nossas praças, ruas, prédios etc.
especialmente por também acreditarem no sonho de não Contra a excessiva frouxidão das autoridades públicas que não
deixar a memória da Cidade sucumbir ao esquecimento. Cada fazem cumprir os códigos, regras e regulamentos criados para a
linha das 296 páginas deste livro possui um pouco da energia manutenção dos espaços públicos.
dessas pessoas. Manaus mais parece uma cidade sem lei. Ninguém respeita
Mesmo sem ter nascido em Manaus e de não possuir o Código de Postura do Município, a Lei Orgânica, o Plano Diretor,
ascendências locais, decidi levar esta ideia adiante como forma ou seja, as regras de convivência pública existentes são relegadas
de retribuir à Cidade Sorriso o que ela me proporcionou nestes ao descaso, ao esquecimento criminoso.
mais de trinta anos em que a adotei como lar, meu e de minha Contudo, preferi direcionar minha insatisfação para um
família. Quem sabe, esta contrapartida seja ínfima diante do caminho diferente: o de fazer um trabalho focado na objetividade
muito que recebi e ainda recebo. das informações, com dados dispostos de maneira simplificada e
Por opção pessoal, investi recursos próprios nesta enriquecido com fotografias, algumas, inéditas.
produção e não quis receber nenhum apoio financeiro das Cuidou-se, também, para que este livro não fosse uma
estruturas de poder. Fundei, inclusive, uma editora, a Mídia mera reprodução do conteúdo de publicações já existentes. Em
Ponto Comm. Possivelmente, deverei relançar este livro em meio às pesquisas, foram encontrados diversos fatos históricos,
uma versão revisada e ampliada, e estou estudando, também, até então, desconhecidos.
a possibilidade de produzir um segundo volume com outros Quero salientar ainda que todos os dados aqui contidos
aspectos de nossa urbe. foram atualizados até 31 de dezembro de 2008, à exceção das
Não sou memorialista, muito menos, historiador. informações relacionadas ao Centro Cultural Palacete Provincial
Não pertenço à “Academia”, nem sou um intelectual. Sou, e à praça Heliodoro Balbi, ambos em pleno funcionamento.
simplesmente, um pesquisador, passível de erros e acostumado Aliás, diga-se de passagem, o trabalho de revitalização
com a crítica. Por consequência, este livro também está à realizado recentemente nesses dois espaços públicos pode ser
disposição do exercício da criticidade, pois ninguém é dono da considerado como a melhor referência do que deve ser feito
história local, muito menos, da “verdade”. para preservar a memória de nossa cidade.
Apesar de existirem pequenas ilhas de resistência que Ao final desta obra, foram anexadas algumas plantas
trabalham para a conservação dos dados históricos de Manaus, geográficas, um levantamento aerofotogramétrico, uma foto
boa parte da memória da nossa Paris dos trópicos ainda corre o aérea e uma imagem de satélite de Manaus.
risco de desaparecer devido à falta de conservação das fontes Boa leitura!
PRAÇAS
Ao menos até 1856, foi chamado, também, de Largo da da Matriz, constituiu o complexo de jardins mais significativo de
Pólvora, devido existir, em suas proximidades, um depósito de Manaus: a Praça Oswaldo Cruz.
material bélico. De acordo com o historiador Mário Ypiranga No segundo, são apresentadas outras praças de relevância
Monteiro, entre as décadas de 1850 e 1860, esse logradouro histórica para a Cidade e que ainda estão em funcionamento –
recebeu outras duas denominações: Praça da União, em 1856, e com um pequeno destaque, ao final desse bloco, para mais seis,
Praça Uruguaiana, em 1865. localizadas nos bairros Nossa Senhora Aparecida, São Raimundo,
Em 1879, quando ainda se chamava Uruguaiana, sua área São Jorge e Centro.
foi dividida em outros dois logradouros. Um deles recebeu a O terceiro e último bloco é composto por praças que foram
denominação Praça General Osório, hoje extinta, e o outro extintas ao longo dos anos, como a General Osório, a Rio Branco,
manteve o nome Praça Uruguaiana – atual Dom Bosco –, a Floriano Peixoto e a João Pessoa (da Bola do Olímpico).
nomenclaturas sugeridas pelos vereadores Aprígio Martins Vale lembrar que, entre as décadas de 70 e 90, a maioria das
de Menezes e Guilherme Moreira em sessão do Legislativo nossas praças perdeu suas características originais. Nos últimos
Municipal de 25 de outubro daquele ano. anos, o Poder Público tem tentado recuperar esses logradouros,
Ressalte-se que, tanto esses dois nomes, quanto os das como foi o caso da Praça São Sebastião, reformada entre 2003 e
praças Riachuelo e Paysandu, foram denominações que tiveram 2004, e que hoje integra todo um complexo sociocultural.
relação com a Guerra do Paraguai, ocorrida entre 1864 e 1870. Em 2008, as principais praças do Centro foram interditadas
Este Capítulo foi dividido em três blocos. No primeiro, para que os seus espaços fossem revitalizados. No entanto, essas
destaque especial para a história daquela que, com o Parque obras, em quase sua totalidade, estão atrasadas.
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1. Praça Oswaldo Cruz e Parque da Matriz
2. Praça Tenreiro Aranha
3. Praça Dom Pedro II 2
4. Praça Nove de Novembro
5. Praça dos Remédios (Torquato Tapajós) 15
6. Praça Cinco de Setembro (da Saudade)
7. Praça São Sebastião
8. Praça Heliodoro Balbi (da Polícia) 16
9. Praça Roosevelt
10. Praça Gonçalves Dias
11. Praça Ribeiro Júnior
12. Praça Antônio Bittencourt
(do Congresso)
13. Praça Dom Bosco
14. Praça General Osório 5
15. Praça Marechal Thaumaturgo
16. Jardim Tamandaré
17. Praça Comandante Ventura
Imagem aérea da cidade. In: Levantamento aerofotogramétrico de Manaus. DNOS – 2º DFOS. Década de 60. Acervo: Jucineide Araújo.
Vista da então Praça 15 de Novembro durante calçamento da sua área, após a instalação da fonte-monumental. In: O Estado do Amazonas, 1899.
Em 19 de julho de 1896, abriu-se ao público o primeiro A mudança de Praça 15 de Novembro para Praça do
jardim dessa Praça, de formato triangular e situado em frente à Comércio – em homenagem ao principal vetor de desenvolvi-
Igreja Matriz. Nesse mesmo dia, também se inaugurou a fonte- mento econômico de Manaus naquela época – foi proposta pelo
monumento, com base hexagonal, instalada por Antônio Ignácio superintendente municipal Adolpho Lisboa, em Mensagem do
Martins, no centro desse jardim – que, mais tarde, veio a se dia 15 de fevereiro de 1907.
chamar Jardim Santos Dumont. Entretanto, o calçamento da Em 1912, na administração de Jorge de Moraes, efetuou-se
área somente aconteceu dois anos depois. o recalçamento e a arborização de todos os jardins pertencentes
O governador Fileto Pires, em 1897, mandou construir um a essa Praça. Cinco anos mais tarde, a Lei Municipal 866, de
segundo jardim nessa Praça, no local onde haviam sido plantadas 13 de março de 1917, alterou-lhe novamente a denominação,
as palmeiras e nas proximidades da área desapropriada, em desta vez para Praça Oswaldo Cruz em homenagem ao cientista,
1893, por Eduardo Ribeiro. O serviço foi contratado pela Secção médico e sanitarista Oswaldo Gonçalves Cruz, que encampou a
de Obras Públicas da Província junto a João da Matta. Decorridos campanha de saneamento da região amazônica.
alguns anos, esse novo jardim recebeu a instalação do Pavilhão Durante as gestões municipais dos superintendentes Ayres
Universal e, décadas depois, ali passaram a funcionar também o de Almeida (1917-1919) e Franco de Sá (1920-1922), ocorreram
Pavilhão Ajuricaba e um posto de gasolina. o conserto e a pintura do chafariz, a arborização com Fícus-
O Poder Municipal, em 1898, assumiu a responsabilidade benjamin e a restauração e conclusão do novo calçamento, com
pela conservação e manutenção de toda a área da Praça 15 paralelepípedos de granito e pedra de alvenaria.
de Novembro. Três anos depois, a Superintendência mandou Na década de 20, a Praça foi remodelada pelo prefeito
realizar arborização e calçamento a granito de toda a área desse Araújo Lima que construiu mais dois jardins em sua área,
logradouro. Em 1904, na área próxima ao local em que hoje existe aproveitando o percurso dos bondes: o primeiro, em 1924,
uma agência do Banco do Brasil, foi instalado um monumento ao denominado Jardim Jaú, e o segundo, em 1927 – em sua nova
Barão de Sant’Anna Nery (ver Capítulo Monumentos). gestão –, que levou o nome de Jardim Ajuricaba de Menezes.
Vista da área da praça no início do século XX. Acervo: João Bosco Araújo. Vista aérea da praça, contornada pelos trilhos dos bondes. Década de 20. Acervo: CCPA.
Praça Oswaldo Cruz e seus jardins. Década de 60. Acervo: João Bosco Araújo.
Praça Oswaldo Cruz, durante reforma de sua área em 1975. Acervo: Moacir Andrade. Vista da praça, após a reforma do prefeito Jorge Teixeira. Foto: Nonato Oliveira.
Vista aérea da Catedral e seu entorno hoje, onde se vê a área do único jardim que restou da Praça Oswaldo Cruz, incorporado ao Parque da Matriz. Acervo: Amazonas Em Tempo.
2. JARDIM JAÚ
ESTAÇÃO DOS BONDES
Vista da Praça Oswaldo Cruz, com o Jardim Santos Dumont (1), o Jardim Jaú (2), Pavilhão Universal. Acervo: CCPA.
o Jardim Ajuricaba de Menezes (3) e o jardim do Pavilhão Universal (4)
e do Pavilhão Ajuricaba (5). Cartão-postal Bazar Sportivo.
5. PAVILHÃO AJURICABA
Vista aérea parcial da área do Centro, onde se vê a Igreja Matriz e o seu Parque, composto pelos jardins laterais e a parte frontal com o viveiro de plantas. Década de 20.
Acervo: Biblioteca Samuel Benchimol.
Vista da praça após a instalação do Monumento à Província. Vista da praça com sua área remodelada e transformada em
Acervo: CCPA. estacionamento. Década de 70. Acervo: Moacir Andrade.
JARDIM TAMANDARÉ
Vista do, hoje extinto, Jardim Tamandaré, em frente ao prédio Vista da avenida Floriano Peixoto, onde ficava a praça, que teve parte da sua
da Capitania dos Portos. Foto: Nonato Oliveira. área ocupada pelo estacionamento do Hotel Amazonas. Foto: Silvino Santos.
Vista da Praça da República, de onde se vê, ao centro, o chafariz. In: Album Descriptivo Amazonico, 1899. Arthur Caccavoni.
Vista da praça em 2006. Em primeiro plano, o chafariz. Ao fundo, o coreto em ferro fundido e o Paço Municipal. Foto: Alex Pazuello.
Imagem da Praça Nove de Novembro. In: Levantamento aerofotogramétrico Vista aérea da praça durante reforma do prefeito Jorge Teixeira. Década de 70.
de Manaus. DNOS – 2º DFOS. Década de 60. Acervo: Jucineide Araújo. Foto: Hamilton Salgado.
Vista da Praça Nove de Novembro em 2006. Foto: Durango Duarte. Imagem de satélite da Praça Nove de Novembro. Fonte: Google Earth.
Vista aérea da Praça dos Remédios, com seu terreno totalmente ajardinado. Ao fundo, a igreja de mesmo nome. Década de 20. Acervo: CCPA.
Praça dos Remédios já remodelada e com a estátua de Jesus Cristo. Vista aérea da praça com novo formato. Década de 70. Foto: Correia Lima.
Acervo: Moacir Andrade. Acervo: Eduardo Braga.
Praça da Saudade com a estátua de Tenreiro Aranha ao centro e os caramanchões laterais. Acervo: Biblioteca do IBGE – Arquivo Fotográfico Ilustrativo dos Municípios Brasileiros.
Vista aérea da Praça da Saudade após remodelação realizada pelo prefeito Josué Cláudio de Souza. Década de 60. Acervo: Biblioteca Samuel Benchimol.
Vista da praça com espelho d’água e estátuas. Década de 70. Acervo: Jornal do Commercio. Vista da Praça da Saudade em 2006. Foto: Alex Pazuello.
Vista aérea da Praça São Sebastião e seu entorno. Acervo: Biblioteca Samuel Benchimol.
Vista da praça, onde se vê, em seu entorno, o Teatro Amazonas e a igreja de São Sebastião. Acervo: Moacir Andrade.
Vista atual da área do Centro Cultural Largo de São Sebastião. Acervo: Amazonas Em Tempo.
Formação do Regimento Policial Militar na então Praça da Constituição, vista do ângulo do Palacete Provincial. Abril de 1901. In: Album do Amazonas 1901-1902.
Vista da praça após o calçamento de sua área. In: Album do Amazonas 1901-1902.
Vista lateral da Praça Heliodoro Balbi, de onde se vê o Colégio Amazonense Dom Pedro II, à esquerda, e o Palacete Provincial, à direita. Acervo: Moacir Andrade.
Vista aérea da então Praça João Pessoa, ao centro; Praça Roosevelt, à esquerda, e Praça Gonçalves Dias e Pavilhão São Jorge, à direita. Foto: Correia Lima. Acervo: Eduardo Braga.
Detalhe da praça com busto de Ferreira de Castro e o coreto grego. Foto: Durango Duarte. Vista do coreto de ferro restaurado. Ao fundo, o Palacete Provincial. Foto: Durango Duarte.
Vista da praça, onde se vê, à esquerda, o mulateiro sob o qual aconteciam Vista de um dos aspectos da praça com Palacete Provincial, ao fundo.
as reuniões do Clube da Madrugada. Foto: Durango Duarte. Foto: Durango Duarte.
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Vista aérea da Praça João Pessoa (ao centro), onde se vê as praças Roosevelt (1), Ribeiro Júnior (2) Pavilhão São Jorge instalado na antiga Praça Gonçalves Dias.
e Gonçalves Dias (3), com o Pavilhão São Jorge, depois Café do Pina (4). Acervo: Moacir Andrade. Acervo: A Crítica.
Praça Gonçalves Dias com o pavilhão ao centro. Foto: Correia Lima. Acervo: Eduardo Braga. Pavilhão São Jorge situado na área da Praça Roosevelt. Acervo: Manaustur.
Vista do terreno da praça em frente ao Instituto Benjamin Constant. Acervo: Moacir Andrade.
Vista da Praça Antônio Bittencourt com os quatro jardins separados e o Monumento a Nossa Senhora da Conceição no canto inferior esquerdo. Acervo: Moacir Andrade.
Vista aérea da Praça Antônio Bittencourt (do Congresso). Foto: Robervaldo Rocha. Acervo: Semcom.
Vista da Praça Chile com detalhe do Reservatório do Mocó, à direita. Foto: Durango Duarte. Vista dos jardins da praça. Ao fundo, o cemitério São João Batista. Foto: Durango Duarte.
PRAÇA SANTOS DUMONT em que Alberto Santos Dumont veio a falecer, a Prefeitura de
Manaus, por meio da Lei 103, de 30 de setembro, alterou a
Localizado no final da rua Silva Ramos, no Centro, esse denominação desse logradouro para Praça Santos Dumont em
logradouro existe desde o início da década de 10 e era conhecido homenagem ao construtor do avião 14 Bis.
como Praça São João devido estar situado nas proximidades do Mais de vinte anos depois, em 1957, o local recebeu a
cemitério São João Batista. instalação de um busto de Santos Dumont, no qual o Pai da
Essa denominação é encontrada na Mensagem do Aviação aparece sem o seu tradicional chapéu (ver Capítulo
superintendente municipal Jorge de Moraes e na Planta da Rede Monumentos). Na década de 60, esse espaço já apresenta o
de Esgoto e Águas Pluviais de Manáos, organizada por Argemiro formato triangular mantido até os dias de hoje.
Vidal Pessoa e Raymundo de Miranda Leão. Foi chamado, ainda, de Em 1975, em razão das intervenções realizadas na rua
Praça de Nazaré, em referência ao então bairro Alto de Nazaré. Silva Ramos pelo prefeito Jorge Teixeira, a Praça foi reformada.
Nos primeiros anos da década de 30, sua área foi ajardinada Nesse mesmo ano, por meio do Decreto 173, de 2 de outubro, a
e recebeu calçamento, iluminação elétrica em poste de cimento Prefeitura fez a concessão da escultura de Dumont à Base Aérea
armado, além da construção de uma rampa. Em 1932, ano de Manaus – BAMN.
Imagem aérea da Praça Santos Dumont. In: Levantamento aerofotogramétrico Vista aérea da Praça Santos Dumont.
de Manaus. DNOS – 2º DFOS. Década de 60. Acervo: Jucineide Araújo. Acervo: Amazonas Em Tempo.
A Superintendência da Zona Franca de Manaus – Suframa A partir do final da década de 70, a Praça Francisco Pereira
iniciou, em 1972, através da empresa Conterra, a construção de da Silva passou a sediar o Festival Folclórico do Amazonas. Antes
uma praça na entrada do Distrito Industrial, com uma área de disso, o Festão do Povo – como o evento é conhecido até os dias
setenta mil metros quadrados, que ficou conhecida como Praça de hoje – já havia sido realizado em outros espaços, como a praça
Zona Franca ou Praça da Suframa. Ainda em 1972, as obras foram General Osório, o Parque Amazonense, o Estádio da Colina e o
paralisadas devido à falência da Conterra. Vivaldão. Na década de 90, o festival mudou de lugar novamente
Em 1974, o projeto de construção da Praça foi retomado por e passou a acontecer na ferradura do Centro de Convenções,
meio de um contrato firmado entre a Suframa e a construtora popularmente conhecido como Sambódromo. Após novas idas
ESUSA, em 12 de novembro desse ano. O autor do projeto da e vindas, o Festival Folclórico do Amazonas retornaria à Bola
Praça foi o paisagista paulista Fernando Chacel. Foi denominada, da Suframa em 2005, e, desde então, vem sendo realizado, no
oficialmente, Praça Francisco Pereira da Silva, homenagem feita período das festas juninas, na arena do Centro Cultural Povos
a esse deputado federal, idealizador do projeto da Zona Franca da Amazônia.
de Manaus e primeiro superintendente da Suframa.
Sua inauguração ocorreu em 8 de janeiro de 1976 com a
presença de Rangel Reis, então ministro do Interior, e de Jacy
Canavarro Pereira da Silva, esposa do homenageado, falecido
três anos antes, em 10 de setembro de 1973. Em julho de 1980,
com a visita do Papa João Paulo II a Manaus, a Praça recebeu a
instalação de um palco, em formato de cruz, para a celebração
da missa pelo líder da Igreja Católica.
Em 25 de maio de 2004, após três anos de construção,
o Governo do Estado inaugurou o Centro Cultural dos Povos
da Amazônia – CCPA, que ocupa, atualmente, toda a área da
referida Praça, onde está instalado um pavilhão cultural com
quase sete mil metros quadrados e uma arena de espetáculos
com capacidade para dezessete mil pessoas.
Apesar de essa Praça possuir uma nomenclatura oficial, ainda
é chamada pela população, simplesmente, de Bola da Suframa,
por estar localizada próximo ao prédio dessa Superintendência. Vista aérea da Bola da Suframa. Foto: Hamilton Salgado. Acervo: Igha.
Estátua de Nossa Senhora Auxiliadora situada ao centro da praça. Foto: Durango Duarte.
Vista da então Praça Ruy Araújo. Década de 60. Acervo: Moacir Andrade.
PRAÇA PAYSANDU essa área. Mas, somente em 1881 é que esse serviço foi iniciado,
sendo as obras executadas por Manuel Joaquim Pereira de Sá.
De acordo com a Mensagem Anual do presidente da O presidente da Província, José Paranaguá, em sua
Província, José Jansen Ferreira Júnior (1885), a Praça Paysandu Mensagem Anual de 1883, sugeriu que o futuro Teatro Provincial
localizava-se entre as seguintes ruas: Saldanha Marinho, Cinco – atual Teatro Amazonas –, fosse construído na área dessa Praça,
de Setembro – atual Henrique Martins –, da Conceição – atual o que não chegaria a ocorrer.
Joaquim Sarmento – e Comendador Clementino – atual avenida Ainda em 1883, em sessão da Câmara Municipal, de 17 de
Eduardo Ribeiro –, no Centro. agosto, foi denominada Praça Cinco de Setembro – designação
Conhecida por essa denominação desde a década de 50 que, anos mais tarde, foi adotada pela praça da Saudade. A Praça
do século XIX, em 15 de abril de 1880, a Assembleia Provincial Paysandu também teve seu terreno loteado e se tornou mais um
autorizou o então presidente José Clarindo de Queiroz a aterrar dos espaços que desapareceram ao longo dos anos.
2
1
Localização das antigas praças e Riachuelo (1) e Paysandu (2) . In: Planta da cidade de Manáos de 1879. Acervo: Biblioteca do Exército (RJ).
Vista aérea do estádio General Osório, com o ginásio coberto do Colégio Militar ainda em construção. Década de 70. Foto: Correia Lima. Acervo: Eduardo Braga.
PRAÇA BENJAMIN CONSTANT No fim da década de 20, a Intendência Municipal, por meio
da Lei 1.477, de 16 de abril de 1928, deu-lhe novo nome: Praça
As primeiras referências sobre esse extinto logradouro Coronel Antônio Bittencourt. Dois anos depois, por meio do
são encontradas em documentos datados dos anos 1890 e Decreto 3, de 1º de novembro de 1930, de autoria do prefeito
indicam que ele se localizava na confluência da antiga estrada Marciano Armond, voltou a ser denominada Benjamin Constant.
da Cachoeirinha, atual avenida Sete de Setembro, com a avenida Posteriormente, com o processo de urbanização da Cidade, a
Uaupés, atual Presidente Castelo Branco, no bairro Cachoeirinha. Praça Benjamin Constant foi extinta. Em sua área, construiu-
Sua primeira denominação foi Praça de Antimari, nome da rua se, por volta de 1939, a antiga subusina de energia elétrica da
que, inicialmente, lhe servia de referência e que existe até os empresa Manáos Tramways and Light Company Limited e um
dias de hoje, margeando o igarapé da Cachoeirinha, atual do galpão que servia de oficina de bondes, onde hoje existe uma
Mestre Chico. Sua nomenclatura foi alterada novamente em unidade da Manaus Energia e o Mercado Municipal Walter
1896: Praça Benjamin Constant. Rayol, no bairro Cachoeirinha.
Imagem aérea da ex-Praça Benjamin Constant. In: Levantamento aerofotogramétrico Vista da antiga Praça Benjamin Constant. Década de 70.
de Manaus. DNOS – 2º DFOS. Década de 60. Acervo: Jucineide Araújo. Foto: Correia Lima. Acervo: Eduardo Braga.
Vista da, hoje extinta, praça Nossa Senhora de Fátima após pavimentação Vista da área da antiga praça já ocupada pelo Centro Paroquial da igreja.
de sua área no início da década de 70. Acervo: Frank Lima. Foto: Nonato Oliveira.
PRAÇA MONTE CRISTO Apesar de sua área nunca ter recebido melhoramentos
inerentes a uma praça, como ajardinamento e calcetamento,
Esse logradouro localizava-se nas ruas Quintino Bocaiúva, foi citada com essa denominação, ao menos, até a primeira
Isabel, dos Andradas e Oriental, atual Pedro Botelho, no antigo década do século XIX. Com o passar dos anos, seu terreno
bairro dos Remédios, área, hoje, compreendida pelo bairro foi sendo ocupado por residências e comércios. Da sua área
Centro. Sua referência mais antiga é a Carta Cadastral da Cidade e original, restou, apenas, um canteiro triangular, em frente
Arrabaldes de Manáos, de 1895, encomendada pelo governador ao atual prédio do Museu do Homem do Norte (ver Capítulo
Eduardo Ribeiro e levantada por João Miguel Ribas. Museus).
Vista da então Praça Presidente Bernardes com prédio do grupo Vista da praça com muro construído em seu entorno.
escolar de mesmo nome ao fundo. In: Album de Manáos 1929. In: Relatório do prefeito municipal Araújo Lima, 1929.
Praça Ribeiro da Cunha. Década de 70. Foto: Nonato Oliveira. Imagem de satélite da área da extinta praça. Fonte: Google Earth.
Rua
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Vista aérea da, hoje extinta, Praça Manoel Chagas no início da rua João Alfredo. Década de 70. Foto: Correia Lima. Acervo: Eduardo Braga.
Vista da antiga Praça João Pessoa com chafariz de ferro e Vista aérea da ex-praça, na área em que hoje existe o viaduto Dom Jackson
estátua ao centro. Acervo: Moacir Andrade. Damasceno Rodrigues. Foto: Correia Lima. Acervo: Eduardo Braga.
Área da ex-praça após a reforma de Jorge Teixeira. Acervo: Jornal do Commercio. Vista aérea do local modificado. In: Manaus – 4 anos administração Jorge Teixeira, [s. n.]
Chafariz instalado na antiga Praça João Pessoa. Acervo: Moacir Andrade. Chafariz instalado na Bola do Eldorado com os leões invertidos. Acervo: A Crítica.
MONUMENTOS
HISTÓRICOS
TEATRO AMAZONAS
A história do maior símbolo cultural e turístico do nosso praça São Sebastião, onde, enfim, seria edificado o prédio. A
Estado inicia em 21 de maio de 1881, dia em que o deputado pedra fundamental do Teatro Amazonas foi lançada no dia 14 de
Antônio José Fernandes Júnior apresentou à Assembleia fevereiro de 1884, porém, as obras foram iniciadas somente em
Provincial um projeto que solicitava verba para a construção de 2 de junho desse ano.
um teatro em alvenaria. Menos de um mês depois, em 14 de Os trabalhos seguiam lentamente, até que, em 1885, por
junho, o presidente da Província, Alarico José Furtado, por meio falta de recursos do Tesouro, a Assembleia Provincial aprovou,
da Lei 546, autorizou a despesa de cento e vinte mil réis para a em 12 de junho, a Lei 694, que autorizava a presidência da
compra do terreno e o início da obra. Província a renegociar o contrato com Rossi & Irmão para reduzir
O primeiro local sugerido para a construção do Teatro os custos da construção.
Provincial, sua primitiva denominação, foi a área situada entre Os contratados, porém, recusaram-se a aceitar qualquer tipo
a rua José Clemente e as antigas Progresso e Comendador de acordo que viesse a diminuir suas vantagens e continuaram
Clementino, respectivamente, as atuais rua Dez de Julho e a construção, à revelia da solicitação do Governo Provincial.
avenida Eduardo Ribeiro, onde hoje existe o Centro Cultural Em vista disso, em 11 de agosto daquele ano, a Presidência da
Palácio da Justiça. Província, por meio do Ofício 24, mandou que os cessionários
O responsável pelo projeto do teatro foi o Gabinete de italianos interrompessem os seus trabalhos enquanto não
Architectura e Engenharia Civil de Lisboa, cujo representante em houvesse um acordo.
Manaus era o comerciante Bernardo Antônio de Oliveira Braga. O entendimento entre as partes não aconteceu e os
Assinaram a planta do projeto, datada de 4 de outubro de 1882, cessionários abandonaram a construção e saíram da Cidade. Por
Jorge dos Santos e Felipe Monteiro. fim, em 12 de janeiro de 1886, o presidente da Província, Ernesto
Em 1883, a administração provincial indicou um novo local Adolpho de Vasconcelos Chaves, rescindiu o contrato.
para a edificação da casa de espetáculos: um terreno situado Decorridos seis anos, em 1892, o então deputado estadual
na mesma área da praça Paysandu (ver Capítulo Praças). Nesse Fileto Pires Ferreira apresentou projeto ao Legislativo Estadual
mesmo ano, em 17 de maio, foram apresentadas quatro propostas que autorizava o Governo do Estado a liquidar a dívida com os
para a execução da obra, sendo vencedora a de Manuel de empresários Rossi & Irmão e retomar a construção do teatro.
Oliveira Palmeira de Menezes, dono da firma Menezes, Gomes Esse projeto foi convertido na Lei Estadual 3, de 31 de agosto
& Cia. Ao menos até o final daquele ano, a construção não havia daquele ano, sancionada pelo governador Eduardo Ribeiro.
iniciado em razão do terreno ainda não ter sido preparado. Em 1893, o Governo do Estado contratou para os trabalhos
No início de 1884, Palmeira de Menezes transferiu o seu de decoração interna, pintura, plantas e instalação do mobiliário
contrato para Alexandre Dantas e este, por sua vez, repassou-o à do teatro o pernambucano Crispim de Amaral, cenógrafo,
firma Rossi & Irmão, dos doutores arquitetos Carlos e Francesco decorador e pintor formado na Accademia di San Luca, na Itália.
Rossi. Nessa mesma época, o presidente José Paranaguá mudou Em 31 de maio desse mesmo ano, Manuel Coelho de Castro
novamente o local de construção do teatro porque a área onde firmou acordo com a administração estadual para executar as
se pretendia erguê-lo – contígua à praça Paysandu – não era obras de alvenaria.
firme, visto que se localizava muito próximo ao leito do igarapé O governador Eduardo Ribeiro havia programado a
do Espírito Santo. inauguração do Teatro Amazonas para 1894, no entanto, isso
Optou-se, então, pela desapropriação do terreno que não chegaria a ocorrer, porque a montagem da cobertura e da
pertencia ao tenente-coronel Antônio Lopes Braga, situado na cúpula duraria, praticamente, dois anos. Em junho de 1895,
Esse monumento foi erguido em homenagem à abertura do marco, contudo, somente foi comunicado ao inspetor do Tesouro
rio Amazonas ao comércio mundial, decretada por D. Pedro II no em 5 de fevereiro de 1901, por meio de ofício da Diretoria de
dia 7 de dezembro de 1866. O símbolo original era uma coluna Obras Públicas, publicado dois dias depois no Diário Oficial.
de pedra, que foi instalada na praça São Sebastião. A confecção do Monumento à Abertura dos Portos foi
De acordo com Mário Ypiranga Monteiro, sua inauguração realizada por De Angelis no ateliê de Enrico Quattrini, em Roma,
aconteceu no dia 7 de setembro de 1867 pelo diretor de Obras Itália, e as peças que o compõem foram trazidas para Manaus
Públicas, Antônio Davi Canavarro, seu autor e realizador. em partes separadas.
Três décadas depois, por meio da Lei 209, de 23 de fevereiro A figura principal é composta pela escultura de uma
de 1898, o Congresso Estadual autorizou o então governador mulher – que representa a Amazônia – com uma tocha na mão
Fileto Pires a abrir concorrência pública para a construção de um direita, enquanto que a esquerda pousa sobre o ombro do deus
novo monumento, que substituiria a coluna inicial (Coleção de Mercúrio – divindade romana que simboliza o Comércio –,
Leis do Amazonas – 1898). colocado em plano inferior. Nas faces do pedestal quadrangular,
O contrato foi firmado em 9 de março de 1899 com o italiano estão retratados quatro continentes do globo terrestre.
Domenico de Angelis. Nos termos do acordo, a inauguração da Esse Monumento foi restaurado em 1995 graças à reforma
obra estava prevista para 3 de maio de 1900, data em que se realizada pela Prefeitura de Manaus em parceria com a empresa
comemoraria o IV Centenário do Descobrimento do Brasil e que Xerox do Brasil. Foram substituídas as âncoras douradas que
está inscrita no marco até os dias de hoje. adornam as colunas – que haviam sido arrancadas pela ação
Em 9 de junho daquele ano, a Secretaria de Negócios de vândalos. Para a proteção desse marco, foi colocado um
da Indústria solicitou à Diretoria de Obras Públicas que gradil de ferro, mais tarde, retirado durante a reforma da praça
providenciasse a iluminação elétrica do referido monumento, São Sebastião ocorrida entre 2003 e 2004. Nessa época, o
que já estava finalizado. O recebimento em definitivo desse Monumento também recebeu iluminação especial.
Vista panorâmica do primeiro monumento (coluna de pedra), instalado em 1867. Ao fundo, a rua José Clemente.
In: O valle do Amazonas e o problema da borracha, 1912. Manuel Lobato.
A Comarca do Alto Amazonas, atual Estado do Amazonas, No dia 12 de junho daquele mesmo ano, o então presidente
ficou subordinada à Província do Grão-Pará até 1850, quando da Província, José Paranaguá, por meio da Lei 617, autorizou a
o imperador D. Pedro II, por meio da Lei 582, de 5 de setembro construção do símbolo, porém, não mais um busto e sim, uma
desse ano, oficializou a autonomia política do Amazonas, estátua daquele ex-presidente provinciano.
elevando a então comarca à categoria de província. Seu primeiro Em 5 de setembro de 1883, ocorreu a solenidade
presidente foi o deputado paraense João Baptista de Figueiredo de colocação da pedra fundamental da base da coluna
Tenreiro Aranha, que governou de 1º de janeiro a 27 de junho comemorativa. O monumento deveria ser instalado na praça
de 1852. 28 de Setembro, atual Heliodoro Balbi, em frente ao prédio, à
Para simbolizar esse marco histórico, o deputado Silvério época, denominado Paço da Assembleia Provincial – depois,
José Nery, em pronunciamento à Assembleia Legislativa sede do Comando-Geral da Polícia Militar e que hoje abriga o
Provincial no dia 11 de maio de 1883, sugeriu a construção de Centro Cultural Palacete Provincial.
um monumento composto por uma coluna, em granito, com Essa iniciativa ficou paralisada por mais de uma década e
inscrições, nas quatro faces, das datas mais importantes da foi retomada somente na administração estadual de Eduardo
história da Província. Sobre a coluna, seria colocado um busto Ribeiro. O local de instalação desse marco, no entanto, estava
de Tenreiro Aranha, em bronze. programado para outra praça, a Cinco de Setembro (da Saudade),
Monumento visto do início da antiga passagem que entrecortava a praça Tenreiro Aranha. Cartão-postal Bazar Sportivo. Acervo: João Bosco Araújo.
Maquete eletrônica do projeto de restauração da praça Cinco de Setembro (da Saudade) em 2008. Acervo: A Crítica.
Vista do Relógio Municipal. In: Álbum Manaus, [s. n.]. Governo de Álvaro Maia.
Localizado na avenida Eduardo Ribeiro, nas proximidades da jornal Estado do Amazonas daquele mesmo dia e o Diário Oficial
Catedral de Nossa Senhora da Conceição, o Relógio Municipal de do Estado, do dia posterior. O projeto desse relógio foi realizado
Manaus faz parte do Patrimônio Histórico Estadual do Amazonas, pelo amazonense Coriolano Durand.
tombado pelo Decreto 11.197, de 14 de junho de 1988. A obra Com mostradores colocados nos dois lados, o Relógio
possui, aproximadamente, cinco metros de altura e uma base Municipal permite a visualização das horas nos dois sentidos
quadrangular. da avenida Eduardo Ribeiro. Ao redor dos mostradores, existe
Há registros de que a primeira iniciativa de se construir um a inscrição filosófica latina Vulnerant omnes, ultima necat, ou
medidor de horas na Cidade data de 1854, quando o presidente Todas ferem, a última mata, significando que “cada hora fere a
da Província, Herculano Ferreira Pena, em pronunciamento nossa vida até que a derradeira a roube” (OLIVEIRA, [s.n.]).
à Assembleia Legislativa Provincial, expôs a necessidade da
existência de um relógio público em Manaus.
No entanto, somente em 1926, seriam realmente dados os
primeiros passos para sua edificação, quando o então prefeito
Araújo Lima, em Mensagem Anual à Intendência Municipal,
falou sobre a aquisição de um “magnífico cronômetro alemão”,
o qual deveria ser instalado em um local público.
A construção do pedestal para a instalação do relógio foi
iniciada em 31 de março de 1929. Quase oito meses depois, em
28 de novembro, o marcador foi inaugurado, conforme relatam o
Localizado na praça Antônio Bittencourt (do Congresso), o A base desse monumento possui quatro faces e, em duas
monumento em homenagem a Nossa Senhora da Conceição é delas, encontram-se inscrições comemorativas – uma em
composto por uma coluna de pedra sobre a qual está colocada homenagem ao Congresso Eucarístico e outra em celebração ao
uma imagem dessa Santa. IV Centenário do Descobrimento do Rio Negro pelo navegador
A inauguração desse marco ocorreu em 3 de junho de espanhol Francisco Orellana, em 1542.
1942 por ocasião do Primeiro Congresso Eucarístico Diocesano Nas outras duas faces, estão gravados agradecimentos ao
de Manaus, realizado em comemoração aos cinquenta anos da primeiro bispo de Manaus, Dom José Lourenço da Costa Aguiar,
criação do Bispado no Amazonas. e ao Papa Leão XIII.
CONGRESSO EUCARÍSTICO
CARLOS GOMES tinha o formato de uma harpa, encimada por um busto de Carlos
Gomes.
O Governo do Estado, em 1897, firmou contrato com o De acordo com o historiador Mário Ypiranga Monteiro, o
artista italiano Domenico de Angelis para a pintura e a decoração busto que ficava sobre a harpa era o mesmo que foi esculpido
do Salão Nobre do Teatro Amazonas. por Quattrini, tendo sido, apenas, trasladado do Salão Nobre
Entre os trabalhos que deveriam ser realizados, De Angelis para o monumento instalado no jardim frontal do teatro. Esse
teria que confeccionar oito bustos em gesso, pintados em marco a Carlos Gomes, inaugurado em 11 de julho de 1936, ficou
mármore de Carrara, para homenagear artistas brasileiros, conhecido como a harpa do Teatro devido a sua localização.
dentre eles, o maestro e compositor Carlos Gomes que havia Em uma reforma realizada no teatro, na década de 60, o
falecido em setembro de 1896. monumento perdeu seu aspecto original e o busto desapareceu.
O busto, instalado no Salão Nobre, foi esculpido por Enrico Mais tarde, na administração municipal de Jorge Teixeira, a
Quattrini, um dos artistas que faziam parte da equipe de De escultura de Quattrini reaparece instalada em uma mureta na
Angelis e que vieram a Manaus para as obras do teatro. Por praça Cinco de Setembro (da Saudade). O busto de Carlos Gomes
ocasião das comemorações do Centenário de Nascimento de encontra-se, atualmente, no Salão Nobre do Teatro Amazonas,
Carlos Gomes, em 1936, o Governo Federal instituiu, por meio seu local de origem.
da Lei 221, de 10 de julho desse ano, o dia 11 de julho como
o Dia Nacional da Música, atualmente, comemorado em 22 de
novembro.
Em Manaus, também em 10 de julho de 1936, seguindo a
festividade nacional, a Câmara Municipal aprovou a Lei 118, que
abria um crédito de dois contos de réis para cobrir as despesas
com a construção de uma herma em homenagem ao maestro.
Esse marco, mandado construir pelo prefeito Antônio Maia e
esculpido pelo artista plástico amazonense Olympio de Menezes,
GONÇALVES DIAS
Monumento quando instalado na avenida Floriano Peixoto. Monumento modificado, na praça Heliodoro Balbi. À esquerda, edifício do então
Acervo: Moacir Andrade. Comando-Geral da Polícia Militar. Acervo: A Crítica.
Na administração do prefeito Paulo Nery, Luís Alves de Lima O busto do ex-presidente do Estado, Ephigênio de Salles,
e Silva, o Duque de Caxias, foi lembrado com a instalação de um mandado construir pela Prefeitura Municipal de Manaus e pelo
monumento na praça que leva o nome do homenageado, no Governo do Estado, foi inaugurado em 11 de março de 1975,
bairro São Jorge, Zona Oeste. O marco, composto por pedestal e no cruzamento da avenida que possui o mesmo nome do
busto, foi inaugurado no dia 27 de agosto de 1971 e permanece homenageado com a então rua Paraíba, atual avenida Jornalista
no mesmo local até os dias atuais. Umberto Calderaro Filho.
Em Manaus, há ainda outros dois bustos em homenagem Sua estrutura original, composta por herma e busto, teve
ao Patrono do Exército, ambos instalados em unidades militares: o pedestal destruído em 1984. Dois anos depois, o busto foi
um em frente ao Comando Militar da Amazônia – CMA e o instalado na praça Cinco de Setembro (da Saudade), de onde
outro, na 12ª Região Militar – 12ª RM, sendo que este último também desapareceu.
foi inaugurado em 25 de agosto de 1971 como parte das
comemorações da Semana do Exército. As referidas instituições
militares estão localizadas na avenida Coronel Teixeira, no bairro
Ponta Negra, Zona Oeste.
D. PEDRO I
EPHIGÊNIO DE SALLES
16 8 1879 A 12 10 1939
Além das esculturas destacadas anteriormente, existem se o busto do seu irmão mais novo, Frederico José de Sant’Anna
muitas outras pela Cidade, instaladas em espaços públicos ou Nery, mais conhecido como Barão de Sant’Anna Nery.
em áreas particulares, como é o caso do busto de Leopoldo de Já o busto do ex-comandante do Comando Militar da
Mattos, inaugurado no dia 28 de novembro de 1928, na frente Amazônia – CMA, general Rodrigo Otávio Jordão Ramos, foi
do prédio da Santa Casa de Misericórdia. inaugurado em 28 de julho de 1993, na praça que leva o nome
Os ex-governadores Ramalho Júnior (1898-1900) e Silvério desse militar, na avenida Coronel Teixeira, bairro Ponta Negra,
Nery (1900-1904) também foram homenageados com bustos. O defronte à Companhia de Comando do 2º Grupamento de
de Ramalho Júnior está escondido no último andar de um prédio Engenharia de Construção – 2º GEC.
– localizado na rua Saldanha Marinho, esquina com a Costa Nesse mesmo bairro, na praça central do condomínio
Azevedo, Centro – que foi alugado pelo Sesc-Am para guardar as Jardim Europa, inaugurou-se, em abril de 1986, o busto do maior
peças adquiridas junto ao artista plástico Moacir de Andrade. herói nacional peruano, almirante Miguel Grau Seminario. O do
Melhor sorte teve o busto de Silvério Nery que está em presidente Humberto de Alencar Castello Branco foi instalado
exposição no Centro Cultural Palácio Rio Negro – CCPRN, na em frente ao prédio da Superintendência da Zona Franca de
avenida Sete de Setembro, em uma sala onde também encontra- Manaus – Suframa, no Distrito Industrial.
Busto de Leopoldo de Mattos, em frente à Santa Busto do ex-governador Ramalho Júnior, em Busto do ex-governador Silvério Nery, exposto
Casa de Misericórdia. Foto: Thiago Duarte. propriedade do Sesc-Am. Foto: Durango Duarte. no CCPRN. Foto: Durango Duarte.
Busto do general Rodrigo Otávio Jordão Ramos, na Busto do almirante Miguel Grau Seminario, na praça Busto do presidente Castello Branco. em frente
praça de mesmo nome. Foto: Durango Duarte. central do Jardim Europa. Foto: Durango Duarte. ao prédio da Suframa. Foto: Durango Duarte.
Busto de Álvaro Maia, no canteiro central da avenida Busto de Paul Harris, no cruzamento das avenidas Busto de Dom Bosco, na área de convivência do
que tem o seu nome. Foto: Thiago Duarte. Darcy Vargas e Djalma Batista. Foto: Durango Duarte. colégio de mesmo nome. Foto: Maurília Gomes.
Busto do Pe. Agostinho Caballero Martin, na biblioteca Busto de Irineu Evangelista de Sousa, o Barão de Busto de Armindo Rodrigues da Fonseca, também
do Colégio Dom Bosco. Foto: Maurília Gomes. Mauá, no prédio da ACA. Foto: Thiago Duarte. exposto no prédio da ACA. Foto: Thiago Duarte.
PONTES
A ponte de ferro dos Remédios – cuja planta é de autoria
de Alexandre Haag e executada pelo engenheiro inglês Charles
Brisbin – foi concluída em 23 de dezembro de 1881, mas, sua
pintura seria realizada somente dois anos depois. Foi desmontada
no final do século XIX.
Assim como a dos Remédios, a partir da década seguinte,
muitas das pontes citadas anteriormente foram removidas
devido ao aterramento de alguns igarapés da Cidade. É o caso
das pontes do Espírito Santo, da Imperatriz, do Aterro e da Glória,
que perderam a utilidade com o aterramento dos igarapés do
Espírito Santo, que deu lugar à avenida Eduardo Ribeiro, e dos
Remédios, substituído pela avenida Floriano Peixoto. Vista da antiga Ponte da Imperatriz.
In: Manaus - Referências da história, 2005. Etelvina Garcia.
Em igarapés como o de Manaus e o do Bittencourt, realizou-
se apenas a troca das pontes de madeira por outras em concreto,
que ainda existem até os dias de hoje, mesmo após os igarapés
terem sido aterrados recentemente.
Vale ressaltar, também, que foi nesse mesmo período
que se construíram as primeiras grandes pontes, consideradas
como obras de arte, as quais existem até os dias de hoje na
Cidade e cujas informações históricas mais importantes serão
apresentadas mais à frente.
Decorrido mais de um século da construção das primitivas
pontes de madeira, Manaus possui, atualmente, acima de
trezentas pontes, das quais, entre as que possuem denominação
oficial, podem ser citadas as pontes Professor Ignácio de Oliveira
Magalhães, que interliga os bairros São Jorge e Santo Antônio; Ponte da Imperatriz. À esquerda, as palmeiras reais do antigo largo da Olaria e à direita,
a Igreja Matriz. In: O valle do Amazonas e o problema da borracha. Manoel Lobato.
Isaac Sabbá, que fica na avenida Leonardo Malcher, Centro, e
Engenheiro Villar Câmara, situada no igarapé da Cachoeira
Grande do Tarumã.
As 17 pontes que serão descritas neste Capítulo foram
agrupadas por área geográfica, como forma de melhor visualizar
o crescimento de Manaus, à exceção das quatro primeiras, que
foram reunidas por terem suas construções iniciadas durante o
governo de Eduardo Ribeiro (1892-1896).
Ao final dessa parte, há um pequeno destaque para a
construção da ponte sobre o rio Negro, obra que irá justificar a
existência da Região Metropolitana de Manaus e impulsionará o
desenvolvimento econômico, principalmente, dos municípios de
Iranduba, Novo Airão e Manacapuru.
Este Capítulo encerra-se com uma síntese histórica das Ponte do Espírito Santo, que ligava os bairros Espírito Santo e República. Mais à frente, a
antiga praça Riachuelo. In: Roteiro Histórico de Manaus, 1998. Mário Ypiranga Monteiro.
passagens subterrâneas e dos viadutos existentes na Cidade.
Vista lateral da ponte, com o detalhe do bonde, único meio de transporte público coletivo daquela época Foto: Coleção Silvino Santos. Acervo: Museu Amazônico.
Vista lateral da ponte, na noite da sua reinauguração em setembro de 2008. Acervo: Agecom.
PARQUE PONTE DOS BILHARES segunda, em 28 de julho de 2007. Possui uma área total de,
aproximadamente, sessenta mil metros quadrados, dividida
Espaço público de convivência que reúne opções de pela Ponte Prudente de Moraes. O complexo é dotado de uma
entretenimento, esporte, cultura e lazer, o Parque Ponte dos praça, três playgrounds, um no lado leste e dois no oeste, duas
Bilhares localiza-se às margens do igarapé do Mindu, no trecho quadras poliesportivas em concreto e uma de areia, um lago
que se estende da avenida Djalma Batista até o condomínio artificial com jatos d’água, pista de skate, biblioteca, um bar-
Cidade Jardim, no bairro Chapada. Foi construído em duas café, uma sorveteria, uma tacacaria e uma pizzaria, além de
etapas, sendo a primeira inaugurada em 24 de outubro teatro de arena, área para venda de artesanato e uma rádio-
de 2006, dia comemorativo ao aniversário de Manaus, e a parque.
Vista aérea das pontes Romanas, com os igarapés em pleno período de vazante do rio Negro.
Foto: Correia Lima. Acervo: Eduardo Braga.
Vista aérea das pontes Romanas, com o Centro Cultural Palácio Rio Negro (ao centro). No entorno, as obras de aterramento e revitalização
realizadas pelo Prosamim. Ao fundo, a ponte Padre Antônio Plácido. Foto: Mario de Oliveira. Acervo: Agecom.
Vista atual da Ponte Ephigênio de Salles, hoje, apenas uma passagem para pedestres. Foto: Durango Duarte.
Vista da Ponte Ephigênio de Salles, ao fundo, à esquerda. Fotografia feita na década de 40 por Moacir Andrade, hoje,
transformada em um quadro que está exposto no Palácio do Governo. Acervo: Eduardo Braga. Foto: Fabio Nutti.
Vista aérea da Ponte Juscelino Kubitschek, com a ponte Ephigênio de Salles mais abaixo, em paralelo. No canto superior esquerdo, vê-se a Ponte São Benedito. Acervo: Agecom.
Ed Centro
uca
nd
os
Centro
Educandos
Igarapé do Educandos, antes da construção da ponte. In: Levantamento Vista aérea da Ponte Padre Antônio Plácido de Souza, no início
aerofotogramétrico de Manaus. DNOS – 2º DFOS. Década de 60. Acervo: Jucineide Araújo. de sua construção. Década de 70. Acervo: Frank Lima.
Vista aérea da Ponte Presidente Dutra. À esquerda, a antena da, hoje, extinta TV Ajuricaba. Foto: Correia Lima. Acervo: Eduardo Braga.
Vista aérea das pontes Presidente Dutra (abaixo) e da Conciliação (acima). Acervo: Agecom.
Vista aérea dos bairros Nossa Senhora Aparecida (abaixo) e São Raimundo (acima), com destaque para a Ponte Senador Fábio Lucena. Acervo: A Crítica.
JOANA GALANTE
28 6 1910 A 19 11 1970
Vista da Ponte Engenheiro Lopes Braga. Foto: Alex Pazuello.
Primeira ponte de concreto construída sobre o Mindu, na Recife. Acervo: Vilar Câmara. Ponte da Recife, antes da construção do viaduto Miguel Arraes. Foto: Vilar Câmara.
Vista aérea do extinto balneário do Parque Dez. Abaixo, à direita, a ponte construída sobre o igarapé do Mindu, na antiga rua Recife. Foto: Hamilton Salgado.
Ponte da avenida Darcy Vargas, já toda em concreto. Acervo: Frank Lima. Vista da ponte da avenida Darcy Vargas em 2006. Foto: Vilar Câmara.
Vista do Complexo Viário Ephigênio Salles. À esquerda, a primeira ponte (acima) e a segunda ponte (abaixo) sobre o Mindu. Foto: Robervaldo Rocha. Acervo: Semcom.
PONTE SOBRE O RIO NEGRO seguinte, sendo vencedor o consórcio Rio Negro, composto pelas
empresas paulistas Camargo Corrêa e Construbase Arquitetura
Obra que faz parte do projeto de expansão da Região & Engenharia Ltda. Em julho de 2008, fincaram-se as primeiras
Metropolitana de Manaus, a ponte que está sendo construída estacas no meio do rio.
sobre o rio Negro, entre a área chamada de Ponta do Ouvidor, O orçamento inicial da obra é de, aproximadamente, 580
no bairro Compensa, em Manaus, e a Ponta do Pepeta, na ilha milhões de reais, recursos oriundos do Governo do Estado e do
do Camaleão, em Iranduba, originou-se de um projeto de lei Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico – BNDES.
apresentado pelo deputado estadual Francisco Souza, em 2003. A ponte deverá ter uma extensão total de 3,6 quilômetros e
Nesse mesmo ano, o Executivo Estadual reuniu uma pouco mais de vinte metros de largura; torre central, em forma
comissão técnica para iniciar os estudos da viabilidade da de diamante, com 162 metros de altura; duas pistas em sentido
construção dessa obra de arte. Os resultados foram concluídos contrário, com duas faixas de rolamento, cada, e acessos viários
em 13 de abril de 2007 e o processo licitatório foi aberto já no com três faixas de rolamento, em cada sentido. A conclusão das
outro mês. A divulgação do resultado ocorreu em novembro obras está prevista para o primeiro semestre de 2010.
Vista aérea da passagem subterrânea situada no cruzamento das avenidas Vista aérea da passagem subterrânea denominada Duca Brito.
Djalma Batista e Darcy Vargas. Acervo: Arquivo Público Municipal. Acervo: Arquivo Público Municipal.
PORTOS
Vista da orla da cidade de Manaus, no final do século XIX. Gravura: Sant’Anna Nery. In: Le Pays des Amazones, 1885. Frederico José de Sant’Anna Nery.
Vista da orla da cidade de Manaus, onde se vê o Trapiche 15 de Novembro, à esquerda. Acervo: Sesc-Am.
Vista dos ancoradouros que ficavam no meio do rio Negro, na orla de Manaus. In: Album do Amazonas 1901-1902.
Ponte flutuante (roadway), no Porto de Manaus. Foto: Silvino Santos. Acervo: Igha.
Vista aérea da orla da cidade de Manaus onde se vê, em primeiro plano, o complexo portuário. Acervo: Museu do Porto.
Vista área da travessia da Ceasa. Acervo: A Crítica. Vista do ponto de travessia da Ceasa. Foto: Durango Duarte.
IGREJAS CATÓLICAS
NOSSA SENHORA DA CONCEIÇÃO
Vista da fachada principal da atual igreja Matriz, antes da pavimentação do seu entorno.
Década de 1880. Foto: Fotografia Fidanza. Acervo: Biblioteca Samuel Benchimol.
Projeto original de restauração da Matriz assinado por Domenico de Angelis, ilustrando a perspectiva da fachada principal e lateral. Acervo: Igha.
No ano de 1818, o governador da Capitania de São José do Vista da fachada principal da igreja de Nossa Senhora dos Remédios. À sua
frente, a praça de mesmo nome. In: Annuario de Manaos 1913-1914.
Rio Negro, major Manoel Joaquim do Paço, criou um imposto,
em dinheiro, para todos os moradores da Capitania, com o
intuito de viabilizar a construção de um templo em homenagem
à Virgem dos Remédios.
As obras de edificação da igreja ainda não estavam
concluídas quando, em 1821, sua estrutura foi parcialmente
arrasada devido a uma rebelião referente ao movimento de
independência do Brasil em relação ao jugo português.
Somente no ano seguinte que o templo foi reaberto à
visitação pública. Em 1850, após o sinistro que destruiu a
primeira sede da Matriz de Nossa Senhora da Conceição, a Igreja
dos Remédios tornou-se matriz provisória até 1877.
Essa Igreja foi elevada à categoria de Paróquia em 22 de
outubro de 1878, mas a cerimônia oficial de instalação ocorreu
Vista do monumento ao Sagrado Coração de Jesus, no centro da praça
dois meses depois, em 22 de dezembro. Seu primeiro vigário foi dos Remédios. Ao fundo, a igreja, após ter sido reformada na década de 60.
o padre Raimundo Amâncio de Miranda. In: Alguns aspectos da antropologia cultural do Amazonas, 1969. Moacir Andrade.
Igreja de Nossa Senhora dos Remédios vista do ângulo da rua Coronel Sérgio Pessoa. Década de 60. Foto: Coleção Silvino Santos. Acervo: Museu Amazônico.
Vista da fachada principal e lateral da igreja. À direita, a rua Leovegildo Coelho. Foto: Durango Duarte.
Vista da fachada principal da igreja de São Sebastião, com a praça de mesmo nome à sua frente. À esquerda, o Teatro Amazonas. Foto: Thiago Duarte.
Vista da igreja. Década de 50. Acervo: Paróquia de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro.
Vista frontal e lateral da igreja. Década de 80. Acervo: Moacir Andrade. Fachada principal da igreja. Foto: Durango Duarte.
A edificação, em Manaus, de um templo em devoção Em 1945, essa residência foi ampliada com a construção de
a Nossa Senhora Aparecida tem a sua origem em 22 de julho uma sala que serviria para as reuniões das associações ligadas à
de 1943, dia da chegada, à capital amazonense, dos padres Igreja e para as aulas de catecismo, entre outras atividades.
André Joerger e João McCormick, pertencentes à Congregação Com o crescimento do número de fiéis, em 1946, os
do Santíssimo Redentor, da cidade de Saint Louis, no Missouri, redentoristas decidiram erguer um novo templo, o qual seria
Estados Unidos da América. provisório até que se pudesse edificar uma basílica digna da
Quatro dias depois, também chegaram os padres José Maria Rainha do Brasil. A pedra fundamental dessa igreja foi lançada
Buhler, José Elworthy e Jaime Martin, além do irmão Cornélio. no dia 22 de junho de 1947.
Todos foram hospedados pelos freis capuchinhos, da Igreja de A construção da sede atual da Basílica de Nossa Senhora
São Sebastião. Aparecida foi iniciada em 1954 e inauguradas três anos mais
Os redentoristas iniciaram suas atividades com a realização tarde. O projeto é de autoria do amazonense Moacir Andrade e
de um tríduo – três dias seguidos de orações, geralmente, às foi executado pela empresa Sociedade de Obras Limitada, sob a
vésperas de uma data importante à devoção católica –, ocorrido responsabilidade do engenheiro José Florêncio, irmão do médico
entre 5 e 7 de setembro de 1943, na capela de São Vicente de e escritor acreano Djalma da Cunha Batista.
Paulo, na rua Ramos Ferreira. Àquela época, a festa da padroeira O templo possui, em seu interior, imitações de mármore,
ocorria junto com o Dia da Independência do Brasil. instaladas por José Gaspar. Para sua inauguração, uma imagem
Em 8 de setembro, dia do aniversário de Nossa Senhora, da Santa foi trazida por Dom Antônio Macedo, à época, bispo
os religiosos passaram a ocupar residência própria, situada na auxiliar de Dom Carlos Carmelo de Vasconcelos Motta, cardeal
rua Comendador Alexandre Amorim, n. 325, terreno doado por de São Paulo e diretor da Basílica Nacional de Aparecida/SP.
Agesilau Araújo. Nessa área funciona, atualmente, um clube de A Basílica de Nossa Senhora Aparecida localiza-se na rua
mães, o mais antigo de Manaus. Comendador Alexandre Amorim, no bairro homônimo, Zona
Enquanto não existia um templo adequado, os redentoristas Sul, e foi elevada à categoria de Santuário Arquidiocesano em
celebravam as missas dominicais em espaços improvisados, como 12 de outubro de 2007, em meio às comemorações do dia da
no Grupo Escolar Cônego Azevedo ou em uma casa particular, Santa. Todos os anos, nesse mesmo dia, a Paróquia realiza uma
localizada na rua Leonardo Malcher, próximo à Luiz Antony. procissão pelas ruas do bairro.
A Paróquia de Nossa Senhora Aparecida foi instituída
oficialmente em 30 de janeiro de 1944 e seu primeiro vigário foi
o padre André Joerger.
Com a criação da Freguesia, tratou-se de preparar a capela, a
qual foi instalada em uma das dependências da casa paroquial.
Fachada da igreja de São José Operário. Década de 70. Acervo: Moacir Andrade. Fachada da igreja, cercada por um gradil de ferro. Foto: Fabio Nutti.
Vista da igreja de Nossa Senhora de Nazaré. Década de 40. Acervo: Moacir Andrade. Fachada principal da igreja. Foto: Thiago Duarte.
Igreja em construção. À frente, a antiga praça. 1973. Fachada da igreja de Nossa Senhora de Fátima.
Acervo: Arquivo Público Municipal. Foto: Durango Duarte.
Os templos religiosos secundários são assim denominados A Capela de Santa Paula Frassinetti, localizada no Colégio
por desenvolverem um trabalho religioso voltado para públicos Santa Dorotéia, na avenida Joaquim Nabuco, n. 1.097, Centro,
específicos. Os mais conhecidos são as capelas e os santuários foi inaugurada no dia 25 de maio de 1911, na festa de Ascensão
existentes em colégios, universidades, presídios, conventos, do Senhor. Oito dias depois, em 2 de junho, instalou-se a imagem
quartéis e outros. de Nosso Senhor. No entanto, o templo somente teria o seu
O mais antigo de Manaus – e atualmente desativado – foi primeiro capelão – padre José Tomás de Aquino Menezes – em
a capela da Santa Casa de Misericórdia, localizada na rua Dez dezembro de 1916.
de Julho, Centro. Seu espaço, inicialmente, era ocupado por um
necrotério, inaugurado em 1º de março de 1903. O local sofreu
adaptações estruturais na década de 20 e passou a funcionar
como templo religioso a partir de dezembro de 1922.
Entre as várias capelas existentes na Cidade, podem ser
citadas a de Santa Paula Frassinetti, no Colégio Santa Dorotéia, a
do hospital da Sociedade Beneficente Portuguesa do Amazonas,
a de Nossa Senhora Auxiliadora, situada na escola homônima e a
da Medalha Milagrosa, na Casa da Criança, além do Santuário do
Sagrado Coração de Jesus, no Patronato Santa Teresinha.
Detalhe da fachada da capela da Santa Casa, hoje, desativada. Foto: Durango Duarte. Primeiro altar da capela, exposto no museu da Beneficente Portuguesa. Foto: Fabio Nutti.
A Capela de Nossa Senhora Auxiliadora está localizada na A Capela da Medalha Milagrosa, da Casa da Criança, na rua
escola de mesmo nome, na rua Silva Ramos, n. 833, Centro. Ramos Ferreira, Centro, foi inaugurada no dia 27 de novembro
A pedra fundamental da primeira capela – em cuja urna de de 1956. A imagem existente defronte à capela foi instalada em
mármore foram postos diários oficiais e exemplares do Jornal do 2 de fevereiro de 1958, como parte da celebração dos dez anos
Commercio e de O Jornal da época, além de moedas de prata, de atividades daquela instituição filantrópica.
níquel e bronze – foi lançada em 24 de janeiro de 1932.
Conforme o histórico do próprio Colégio, a inauguração
dessa primitiva ermida aconteceu em 24 de dezembro de 1933.
Porém, no livro Cronologia Eclesiástica da Amazônia, publicado
em 1952, aparece o dia 24 de setembro de 1933 como sua data
inicial. A atual capela foi inaugurada em 15 de maio de 1974 e a
sua última reforma ocorreu em 2006, quando foi aclimatizada.
Detalhe da fachada da atual capela. Foto: Durango Duarte. Fachada principal do santuário. Foto: Durango Duarte.
Fachada principal da capela. Década de 70. Foto: Hamilton Salgado. Interior da capela. Foto: Fabio Nutti.
Fachada da igreja antiga. Acervo: João Bosco Araújo. Nave central da igreja antiga. Acervo: Colégio Dom Bosco.
CEMITÉRIOS
Ao longo dos anos, outros países europeus passaram a Chamado de Cemitério dos Remédios – ou da Cruz –, essa
adotar o sistema de sepultamento utilizado pelos franceses necrópole localizava-se no entorno das ruas da Cruz, atual
(PETRUSKI, 2006). Com as novas regras, logo apareceram, nos Leovegildo Coelho, e dos Andradas. Em 1856, os sepultamentos
cemitérios a céu a aberto, os grandes mausoléus, verdadeiras passariam a ser realizados no Cemitério São José, hoje extinto.
obras de arte em mármore e pedra, como forma de ostentação Além do Cemitério São José, esse Capítulo trará a síntese
da condição econômica, política e social do defunto. histórica do também desativado Cemitério São Raimundo (dos
No Brasil do século XVIII, os enterramentos fora dos limites Variolosos); dos cemitérios São João Batista e Santa Helena, que,
das igrejas já aconteciam, mas para os mortos de famílias “oficialmente”, devido à falta de espaço livre, recebem somente
menos abastadas – independentemente de serem católicos, enterros em sepulturas perpétuas, e dos cemitérios Parque de
protestantes, judeus, muçulmanos –, para os escravos e para os Manaus, particular, e Nossa Senhora Aparecida, público.
condenados (VALLADARES, 1972). O Capítulo contém, ainda, informações sobre o Cemitério
Em 1801, o príncipe regente D. João criou a Carta Régia nº Nossa Senhora da Piedade, o Cemitério São Francisco e o
18, primeira lei colonial que regulamentava os sepultamentos e Cemitério Santo Alberto, além dos quatro campos santos que
proibia qualquer tipo de enterro dentro da área urbana. Contudo, existem na Zona Rural: Santa Joana do Puraquequara, São José
essa legislação seria contestada pela população, que temia “não do Jatuarana, Nossa Senhora do Carmo e Nossa Senhora da
alcançar a graça divina” se não enterrasse seus mortos em Conceição das Lajes.
lugar sagrado, e também pelas irmandades, responsáveis pelos
“preparativos” do sepultamento dos “escolhidos” nas igrejas e
que viam nessa medida higienista a perda de receita. URNAS FUNERÁRIAS INDÍGENAS
Essa determinação somente começou a ser cumprida a
partir do fim da década de 20 do século XIX, quando D. Pedro I Muitos povos indígenas do Brasil tinham o costume de
promulgou a Lei Imperial de Estruturação dos Municípios, de 18 enterrar seus mortos em potes de cerâmica, conhecidos como
de outubro de 1828, quando as Câmaras Municipais passaram urnas funerárias ou igaçabas. Alguns desses povos realizavam o
a ser responsáveis pelas questões de Saúde Pública, entre as que os arqueólogos chamam de enterramento primário em urna:
quais, a construção de cemitérios longe das igrejas. colocava-se o morto dentro delas e, em seguida, enterravam-
Até a primeira metade do século XIX, Manaus ainda não nas com vários potes menores e oferendas para que os deuses
possuía um cemitério adequado. Em Mensagem de 1º de outubro “recebessem bem” o índio falecido. Outras tribos sepultavam
de 1853, o presidente da Província, Herculano Ferreira Penna, já seus entes queridos dentro das próprias malocas, cujo chão,
expressava a necessidade de se construir um cemitério público, normalmente, era de terra. O local era regado com água por
medida que exigia certa urgência, principalmente porque as vários dias. Decorrido algum tempo, quando já restavam
inumações continuavam a ser realizadas no entorno do largo somente os ossos, o corpo era desenterrado e colocado dentro
da Trincheira e nas imediações da igreja dos Remédios – locais de uma grande urna, com os objetos pessoais do morto. Esse
desprovidos das mínimas condições possíveis – em covas rasas e pote era enterrado em um local específico, em um ritual que
à mercê dos animais que por ali circulavam. os especialistas chamam de enterramento secundário em urna.
Após acordo entre a presidência da Província, a chefatura Manaus é considerada pelos estudiosos no assunto como um
de Polícia e o vigário da Igreja de Nossa Senhora dos Remédios, grande cemitério indígena em razão dos mais de cinquenta sítios
aquele administrador provincial mandou que se cercasse a arqueológicos urbanos aqui existentes. Ao longo da história, a
área próxima ao templo para que o local passasse a servir de área onde tem ocorrido o maior número de descobertas de urnas
necrópole pública até que a Província pudesse providenciar um funerárias indígenas localiza-se no espaço compreendido pelas
campo santo em local apropriado. As obras de adaptação do praças Nove de Novembro e Dom Pedro II, no Centro (ver Capítulo
terreno da igreja ficaram prontas em 1854. Praças). Em 2003, durante a reforma da praça Dom Pedro II, e
Com sua criação, os enterramentos passaram a ser realizados mais recentemente em 2008, quando da restauração do Paço
nesse cemitério, sendo vedadas as inumações nas igrejas e áreas Municipal, foram encontradas igaçabas de, ao menos, 1.500
próximas, como aparece na edição de 24 de junho daquele ano anos de idade. Na Zona Norte, em 2001, durante a construção
do jornal A Estrella do Amazonas, onde o juiz de Direito da de uma das etapas do Conjunto Residencial Nova Cidade, no
Comarca, doutor Manoel Gomes Corrêa, utilizando-se do Código bairro Cidade Nova, encontrou-se um sítio arqueológico de,
de Posturas Municipaes, proibiu “enterrar-se cadáveres nos aproximadamente, 250 mil metros quadrados, com cerâmicas,
templos, ou átrios destes, sob pena de ser multado o infrator artefatos e parte de um cemitério indígena.
em vinte mil réis, ou oito dias de prisão”.
Representação da vista do local em que ficava o antigo Cemitério dos Remédios. No centro, ao fundo, vê-se a igreja de Nossa Senhora da Conceição.
Gravura: Sant’Anna Nery. In: Le Pays des Amazones, 1885. Frederico José de Sant’Anna Nery.
Vista do antigo Cemitério São Raimundo. In: Relatório do superintendente municipal Arthur César Moreira de Araújo, 1901.
Arco de entrada do Cemitério São João Batista. Foto: Thiago Duarte. Fachada principal da capela do cemitério. Foto: Durango Duarte.
Capela da área destinada à Irmandade do Santíssimo Sacramento. Jazigo perpétuo das Irmãs de Sant’Anna.
Foto: Thiago Duarte. Foto: Durango Duarte.
cemitério São José para o São João Batista. Ao todo, existem, A partir dessa data, as necrópoles de São João Batista, São
nesse ossuário, os despojos mortais de, ao menos, 48 pessoas, Francisco e Santa Helena passariam a receber, “oficialmente”,
conforme placa de mármore existente no local. Duas décadas apenas sepultamentos em jazigos perpétuos.
mais tarde, pela Lei Municipal 294, de 28 de setembro de 1950, Cinco anos depois, por meio do Decreto 11.198, de 14 de
foi autorizada a remoção dos restos mortais existentes no extinto junho de 1988, o Cemitério São João Batista foi tombado como
cemitério São Raimundo para esse campo santo. Monumento Histórico do Estado do Amazonas.
Na década de 70, quando o São João Batista, praticamente, Em 2008, como parte do projeto Corredor Cultural, a
já não mais comportava novas inumações – e devido já existirem Prefeitura realizou obras de restauração e revitalização nesse
o cemitério São Francisco, no bairro Morro da Liberdade, e o Cemitério. Foram pintados, nas cores originais, os dois portões
cemitério Santa Helena, no São Raimundo – foi cogitada a sua de ferro e as grades dos muros, e reformou-se a capela. O projeto
extinção, o que não ocorreu. previa, também a revitalização no entorno da necrópole.
A Prefeitura de Manaus optaria por disponibilizar essa Localizado na praça Chile, esquina com avenida Álvaro
necrópole apenas para enterramentos em sepulturas perpétuas Botelho Maia, s/n, bairro Nossa Senhora das Graças, o Cemitério
e, ao mesmo tempo, retomou o processo de exumações. São João Batista possui uma área de vinte mil metros quadrados,
Em 1982, devido aos três cemitérios municipais já estarem dividida em 25 quadras.
lotados – e em razão do contrato de exclusividade firmado entre Ao todo, esse campo santo contém mais de dezenove mil
a Prefeitura e a empresa responsável pelo recém-construído sepulturas e, aproximadamente, cem mil inumados. Em cada um
cemitério-parque (ver página 152) –, a administração municipal dos seus portões de ferro, fabricados em Glasgow, na Escócia,
decidiu que, a partir de 8 de janeiro de 1983, somente seriam existe a inscrição Laborum Meta, expressão em latim que
permitidas novas inumações nesse novo cemitério do Tarumã. significa Fim dos Trabalhos.
Jazigo de Etelvina de Alencar. Foto: Thiago Duarte. Detalhe da lápide. Foto: Thiago Duarte.
CEMITÉRIO JUDEU Comitê, o Cemitério Judeu possui espaço para mais vinte anos de
funcionamento visto que, por ano, são realizados entre quatro e
Somente em 1928 que a Prefeitura concederia uma área sete sepultamentos.
dentro do Cemitério São João Batista à comunidade judaica da Uma área próxima ao cemitério Parque Tarumã foi adquirida
Cidade. Antes disso, os judeus aqui falecidos eram sepultados para a construção do futuro Cemitério Israelita do Tarumã. O
na área cristã dessa necrópole, a qual havia recebido, até 1927, Comitê Israelita pretende transferir as sepulturas que estão,
mais de quatrocentos enterros israelitas. hoje, na área cristã do São João Batista para a nova necrópole
O primeiro inumado do Cemitério Judeu foi Leon Perez, que será construída futuramente.
sepultado no dia 12 de setembro de 1928. Esse campo santo Entre os judeus, o Dia de Finados não é comemorado, pois
é administrado pelo Comitê Israelita do Amazonas, Órgão que eles costumam celebrar apenas a vida. As visitas aos cemitérios
representa a comunidade em nosso Estado. ocorrem somente no mês de setembro por ocasião do Rosh
Nesse cemitério, podem ser enterrados, de forma gratuita, HaShaná – o Ano Novo Judaico. Outra característica dos israelitas
todos os membros da comunidade judaica no Amazonas é colocar, ao invés de flores, pedras sobre os túmulos, em razão
composta, atualmente, por 650 pessoas. De acordo com aquele de essas durarem mais que aquelas.
Vista da área ocupada pelo Cemitério Judeu. Foto: Thiago Duarte. Detalhe da lápide existente no início da área do Cemitério Judeu. Foto: Durango Duarte.
Vista do Cemitério Santa Helena. Foto: Durango Duarte. Vista do cemitério em construção. Década de 70. Acervo: Arquivo Público Municipal.
Capela do Cemitério Santa Helena. Foto: Durango Duarte. Vista da entrada do cemitério. Foto: Durango Duarte.
Vista do Cemitério Santo Alberto Vista aérea do Cemitério Nossa Senhora da Conceição das Lages.
Foto: Osiel Ferreira. Foto: Robervaldo Rocha. Acervo: Semcom.
ESCOLAS PÚBLICAS
E PARTICULARES
PERÍODO PROVINCIAL se dava continuidade ao trabalho realizado pelo antecessor. O
primeiro diretor da Instrução Pública – cargo hoje equiparado ao
No começo da década de 50 do século XIX, com a recente de um secretário estadual de Educação – foi o cônego Joaquim
elevação do Amazonas à categoria de província, seu primeiro Gonçalves de Azevedo, que exerceu a função de 2 de maio de
presidente, João Baptista de Figueiredo Tenreiro Aranha, 1852 a 15 de novembro de 1858.
empossado em 1852, sentiu a necessidade de organizar o Na administração provincial do presidente Francisco José
ensino primário na região e de criar uma escola que formasse Furtado, ocorreu a instalação do Estabelecimento dos Educandos
professores. Com esse objetivo, em 8 de março de 1852, foi Artífices – primeira escola técnica do Amazonas – e do Colégio
instituído o Regulamento 1, que não foi de todo executado, Nossa Senhora dos Remédios, destinado às meninas pobres e
fato que se repetiria com, praticamente, todos os outros que funcionou de 1859 a 1862. Chamado também de Casa das
regulamentos que ainda estariam por vir. Educandas, teve como sua primeira diretora dona Tertulina
Nessa época, a recém-criada Província contava com apenas Eulália da Silva Sarmento.
oito escolas de ensino primário, das quais sete eram masculinas O ensino público secundário tem seu início na década
e uma feminina: duas no Lugar da Barra – sendo uma para cada de 60 do século XIX quando criou-se o Lyceu – atual Colégio
sexo –, uma em Maués, uma em Ega, uma em Moura, uma em Amazonense D. Pedro II –, nas dependências do Seminário. Entre
Borba e a última em Barcelos. A masculina da Capital funcionava, 1869 e 1872, existiu o Asilo de Nossa Senhora da Conceição,
de maneira provisória, em uma casa situada de frente para o criado para atender estudantes do sexo feminino e dirigido pelo
então largo da Olaria (ver Capítulo Praças). vigário-geral José Manuel dos Santos Pereira.
Vale ressaltar que, durante o período provincial (1852- Em 1871, concluiu-se a construção de três escolas
1889), a Instrução Pública do Estado sofreu sucessivas reformas primárias: uma feminina, no bairro Espírito Santo, e as outras
em consequência das mudanças constantes de presidentes duas, masculinas, nos bairros Remédios e São Vicente, que,
da Província. Cada um trazia uma solução nova e raramente atualmente, fazem parte do perímetro do Centro.
Essas duas últimas instituições receberam, em 1872, a
instalação das primeiras escolas noturnas da Capital, criadas
pela Câmara Municipal e que funcionavam das 18 às 21h. Cinco
anos depois, a escola do bairro Espírito Santo também passaria
a oferecer aulas no turno da noite.
O ensino público passou a utilizar o regime misto no ano de
1876 e, para atender a esse novo modelo educacional, foi criada
uma escola no bairro São Sebastião, regida por dona Josefina de
Freitas Tenreiro Aranha.
Naquele mesmo ano, surgiram o Internato de Nossa
Senhora dos Remédios – de dona Teresa de Jesus Mendes Lima
Prédio do Seminário São José, que depois abrigou o Instituto de Ciências
Humanas e Letras da antiga UA. Década de 60. Acervo: Biblioteca do
Seráfico e que durou de fevereiro a agosto – e mais duas escolas
IBGE – Arquivo Fotográfico Ilustrativo dos Municípios Brasileiros. particulares, sendo uma noturna, administrada por Nicolau
Vista do edifício do Instituto Amazonense de Educandos Artífices, no alto da colina (à esquerda). In: Album do Amazonas 1901-1902.
Fachada principal do prédio do antigo Grupo Escolar Fachada principal do prédio da escola após a ampliação. Década de 60.
José Paranaguá. Década de 20. Acervo: CCPA. Acervo: Luís Costa.
Vista do prédio original do Grupo Escolar José Paranaguá. Acervo: Otoni Mesquita.
Edifício do Gymnasio Amazonense. In: The News Brazil, 1907. Marie Robinson Wright. Vista aérea do Colégio Amazonense D. Pedro II. Foto: Durango Duarte.
Fachada principal do edifício do IEA, vista da praça Antônio Bittencourt (do Congresso). Foto: Coleção Silvino Santos. Acervo: Museu Amazônico.
A primeira Escola Gonçalves Dias data do início do século A Escola Estadual Barão do Rio Branco originou-se das
passado e foi instalada em um prédio estilo chalé, na rua Duque Escolas Complementares Masculina e Feminina instaladas
de Caxias, em frente à antiga praça Rio Branco, hoje, extinta. em 1905 e unificadas dois anos depois. Dessa união, surgiu a
Essa instituição de ensino funcionou, inicialmente, com Escola Complementar Mista, que foi instalada na rua Leovegildo
apenas três turmas: uma masculina, uma feminina e uma mista – Coelho, esquina com a dos Andradas, em um prédio construído
esta última, desmembrada em 1910 em razão de recomendações especialmente para abrigá-la (ver página 158).
da Inspetoria de Ensino. O Decreto Estadual 1.040, de 16 de dezembro de 1913,
Em 1950, quando o prédio já apresentava sérios problemas incorporou a Escola Complementar Mista à Escola Normal, sendo
estruturais, a sua área foi doada pelo Governo do Estado ao que a primeira passou a funcionar nas dependências da segunda
Patronato Santa Teresinha, administrado pelas irmãs salesianas. com a denominação Curso Anexo e sob a responsabilidade dos
Em contrapartida, as religiosas se responsabilizaram em manter normalistas. Esse Curso foi transformado em grupo escolar em
o Grupo Escolar funcionando pelo prazo de dez anos. 1918 e, no ano seguinte, por meio da Portaria 6, de 24 de janeiro,
As alunas foram acolhidas pela estrutura do Patronato. recebeu a denominação Barão do Rio Branco.
Quanto aos alunos, foram transferidos para outro espaço, com Em 1935, o Barão do Rio Branco acompanhou a Escola
professores mantidos pelo Governo. O local escolhido foi o Normal quando essa foi transferida para o Quartel da Polícia
anexo da igreja de São José Operário, na rua Visconde de Porto Militar do Estado, na então praça João Pessoa.
Alegre, Centro, onde existe, atualmente, a Inspetoria Salesiana Sua sede própria, na avenida Joaquim Nabuco, n. 1.152,
Missionária da Amazônia – Isma. Centro, foi adquirida em 9 de janeiro de 1943, quando o
Em meados da década de 50, o Grupo Escolar Gonçalves Governo comprou a Vila Milagres de Santo Antônio, residência
Dias foi extinto e seus alunos incorporados à então recém-criada do comerciante Tancredo Porto e onde também funcionou
escola salesiana Domingos Sávio – instituição que encerrou suas o Consulado de Portugal. No entanto, a Escola somente foi
atividades em 1984. instalada nesse local no dia 7 de setembro daquele ano.
Duas décadas depois da escola Gonçalves Dias original Como essa instituição de ensino não possuía uma lei
ter sido extinta, o governador João Walter, em 14 de março de específica de criação, em 1983, Paulo Nery, em um de seus
1975 – em homenagem aos professores e alunos daquele antigo últimos atos como governador, estabeleceu 1905 como ano de
estabelecimento de ensino – deu essa mesma denominação a origem da Escola Estadual Barão do Rio Branco.
uma unidade escolar construída no bairro Dom Pedro. Em 1988, seu prédio foi tombado como Monumento
A atual escola possui dezessete salas de aula e oferece o Histórico do Estado. Possui, atualmente, dois pavimentos,
Ensino Fundamental nos turnos matutino e vespertino. quatorze salas de aula e oferece o Ensino Fundamental.
Vista do edifício do antigo Grupo Escolar Gonçalves Dias. Década de 20. Acervo: CCPA. Vista do edifício do Barão do Rio Branco. Década de 60. Acervo: João Bosco Araújo.
Vista aérea da localização do antigo Grupo Escolar Gonçalves Dias (em destaque).
Fachada principal da escola.
À sua frente, área da extinta praça Rio Branco, hoje ocupada pela unidade sede
Foto: Durango Duarte.
do Ifam. In: Roteiro Histórico de Manaus, 1998. Mário Ypiranga Monteiro.
Fachada principal da atual Escola Estadual Marechal Hermes, no bairro Nova Esperança. Foto: Alex Pazuello.
A história da escola Olavo Bilac tem início em 1916 Criado pelo Decreto 1.472, de 11 de janeiro de 1924,
com a desativação do antigo mercadinho do bairro São o então Grupo Escolar Machado de Assis era composto por
Raimundo, construído na atual rua Cinco de Setembro – e que, quatro turmas. Sua instalação ocorreu naquele mesmo ano,
posteriormente, passou a servir de residência ao professor em um imóvel pequeno e sem condições de higiene, no bairro
Francisco Rebelo de Souza. No ano seguinte, esse educador Constantinópolis, atual Educandos, Zona Sul da Cidade.
sugeriu ao Governo do Estado que se aproveitassem aquelas A mudança desse Grupo Escolar para o seu atual endereço
dependências para atividades escolares. – na rua Amâncio de Miranda, também no Educandos – foi
Em atendimento à solicitação do professor, ali se instalaram providenciada em 1925. Nessa época, o seu prédio, que antes
três escolas – duas diurnas e uma noturna –, cujos diretores havia abrigado o Estabelecimento dos Educandos Artífices,
eram, respectivamente, Joaquim Sarmento, Luizinha Nascimento era de propriedade da Faculdade de Direito e foi alugado pelo
e o próprio Francisco Rebelo. As aulas eram frequentadas por interventor Alfredo Sá por um prazo de cinco anos.
filhos de migrantes nordestinos que haviam se fixado no bairro Para que a Escola ficasse ali instalada definitivamente, em
São Raimundo. 1926, o presidente do Estado do Amazonas, Ephigênio de Salles,
A junção dessas três escolas deu origem ao Grupo Escolar substituiu o contrato de aluguel – firmado na administração
Olavo Bilac, criado em 11 de janeiro de 1924 pelo Decreto anterior – por uma permuta de prédios.
Estadual 1.472 e cuja nomenclatura homenageia a Olavo Brás Nessa troca, o Estado ficou com o prédio já ocupado pela
Martins dos Guimarães Bilac, jornalista e poeta brasileiro. Escola e deu àquela Faculdade o prédio estadual localizado na
Devido à precariedade do prédio – um galpão apenas com atual avenida Joaquim Nabuco, onde hoje se encontra a Escola
as paredes laterais, sem divisão interna alguma –, em 1928, Estadual Nilo Peçanha (ver Capítulo Instituições de Ensino
o Governo decidiu reformá-lo a fim de dar-lhe as condições Superior). Em 1º de agosto de 1934, inaugurou-se, anexo a esse
necessárias para o funcionamento de uma instituição de ensino. Grupo Escolar, o Jardim de Infância Bernardo Ramos.
Toda em madeira, a nova escola foi inaugurada em 13 de maio Ao ser reformado em 1957, o edifício dessa instituição
daquele mesmo ano, e suas atividades foram retomadas no dia de ensino foi reconstruído e ampliado e ganhou um segundo
seguinte ao da inauguração. pavimento. A partir de 1994, passou a oferecer, além do 1º grau,
Em 1966, a construção de madeira foi demolida para dar o 2º grau profissionalizante, com habilitação de Técnico em
lugar ao prédio atual – com dois pavimentos e apenas cinco Administração. Em 1998, esse curso técnico foi extinto e a Escola
salas de aulas, além de outras dependências. Situada na rua iniciou o ensino médio regular.
Cinco de Setembro, n. 82, bairro São Raimundo, essa Escola Com dezessete salas de aula, o Machado de Assis
dispõe, atualmente, de nove salas de aula e oferece o Ensino disponibiliza, atualmente, o Ensino Fundamental, a Educação de
Fundamental e Educação de Jovens e Adultos – EJA. Jovens e Adultos – EJA e o projeto Tempo de Acelerar.
Vista do edifício do antigo Grupo Escolar Olavo Bilac. À sua frente, Vista do edifício do Grupo Escolar Machado de Assis.
corpo docente e discente da escola. Acervo: CCPA. À sua frente, alunos e professoras da escola. Década de 20. Acervo: CCPA.
Fachada principal da escola. Foto: Alex Pazuello. Fachada principal do edifício da escola. Acervo: Seduc-Am.
Vista frontal do prédio histórico do Colégio Dom Bosco. À esquerda, a igreja antiga. Década de 70. Foto: Hamilton Salgado
Vista lateral da entrada do Colégio São Francisco de Assis (prédio à direita). À sua frente, a então rua Municipal, atual avenida Sete de Setembro. Acervo: Moacir Andrade.
Fundada em 8 de fevereiro de 1938 pelo casal Pedro e Criado em 30 de outubro de 1954, o Instituto Christus
Lourdes Silvestre, a Escola Brasileira de Manaus funcionou, do Amazonas se originou da iniciativa do casal Orígenes e
inicialmente, na rua 24 de Maio, Centro. Oferecia os ensinos Berenice Martins com um grupo de professores. Suas atividades
Primário, Pré-Fundamental, Fundamental e o Pedagógico – este foram iniciadas no ano seguinte em um prédio alugado junto à
último, um curso preparatório destinado aos professores que Arquidiocese, localizado na avenida Joaquim Nabuco.
desejassem participar de concurso público. O nome Centro Educacional Christus do Amazonas foi
Em 1939, transferiu-se para a rua Doutor Moreira, onde adotado em 1974. No outro ano, inaugurou-se a sua primeira
ficou até 1944, quando mudou de endereço novamente e sede própria, também na avenida Joaquim Nabuco – prédio que
passou a funcionar na rua Comendador Alexandre Amorim, no depois foi ocupado pela antiga Cosama.
bairro Nossa Senhora Aparecida. Dois anos depois, seu nome foi Na década seguinte, em 1989, o Centro Integrado de
alterado para Ginásio Brasileiro. Educação Christus – Ciec inaugurou um novo prédio, situado na
Em 1957, essa Escola foi instalada na sua localização atual, avenida Djalma Batista, bairro Chapada, Zona Centro-Sul, onde
na rua Dez de Julho, n. 843, Centro. Decorridos quatro anos de hoje está sendo construído o Atlantic Tower.
funcionamento na nova casa, em 15 de março de 1961, assumiu A partir dos anos 90, o Ciec diversificou suas atividades e
a nomenclatura Colégio Brasileiro, até ser desativada. inaugurou novas unidades. Atualmente, o único prédio do Ciec
Suas atividades foram retomadas em 1990, quando o que está em funcionamento localiza-se na rua Urucará, n. 1.360,
Governo do Estado adquiriu esse Colégio e o adaptou para ser no bairro Cachoeirinha, Zona Sul da Cidade.
uma escola pública. Inaugurado no dia 14 de março de 1991, foi
denominado Colégio Brasileiro Pedro Silvestre.
PEDRO SILVESTRE
2 3 1908 A 25 10 1965 ORÍGENES MARTINS
23 5 1927
Natural da cidade de Baturité/CE,
Pedro Silvestre da Silva veio com a família Orígenes Angelitino Martins nasceu
em 1910 para o Amazonas. Foi morar em em Manaus e estudou no Grupo Escolar
um seringal no município de Benjamin Marechal Hermes e no Seminário São
Constant, onde iniciou seus estudos. Em José. Mudou-se para Fortaleza/CE, onde
1920, mudou-se para Manaus e, no ano se formou em Filosofia pela Faculdade
seguinte, ingressou na Escola de Aprendizes Artífices. Em 1928, Católica de Filosofia do Ceará. Retornou
transferiu-se para o Rio de Janeiro, onde foi estudar Desenho à sua cidade natal e, antes de fundar o Instituto Christus do
na Escola Normal de Artes e Ofícios Wenceslau Braz. Dois anos Amazonas, atuou como professor em diversos estabelecimentos
depois, voltou a Manaus e tornou-se professor da Escola Técnica de ensino da Cidade, como o Instituto de Educação do Amazonas,
Federal. Fundou a Escola Brasileira de Manaus, foi professor do a Escola de Enfermagem de Manaus e a Escola de Serviço André
Colégio Estadual do Amazonas, membro do Conselho Estadual Araújo. Também foi professor da Universidade do Amazonas e
de Educação e fundador da Associação das Escolas Particulares é membro fundador da Academia de Letras, Ciências e Artes do
do Amazonas. Faleceu na capital amazonense. Amazonas – Alcear.
INSTITUIÇÕES DE
ENSINO SUPERIOR
Em 1920, o Governo Federal criou a instituição precursora inúmeras instituições de ensino em todo o território brasileiro,
das universidades federais: a Universidade do Rio de Janeiro principalmente, as universidades particulares. As matrículas
(Decreto 14.343, de 7 de setembro daquele ano), atual UFRJ. Essa nesse nível de ensino subiram de trezentos mil em 1970 para
Universidade originou-se da fusão da Faculdade de Medicina mais de um milhão em 1980.
da Escola Politécnica e da Faculdade de Direito – institutos, até De acordo com o Ministério da Educação – MEC, a
então, independentes. Educação Superior Brasileira está organizada em duas categorias
Até o início da década de 30, as universidades brasileiras administrativas: Pública e Privada. A primeira é formada pelas
não possuíam vínculo acadêmico entre seus diferentes cursos. instituições criadas ou incorporadas, mantidas e administradas
Esse modelo de universidade, cuja ligação era exclusivamente pelo Poder Público Federal, Estadual ou Municipal. Na segunda
administrativa – pela Reitoria e pelo Conselho Universitário –, foi categoria, estão inseridas as instituições geridas por pessoas
predominante no desenvolvimento do ensino superior brasileiro físicas ou jurídicas, de direito privado, com fins lucrativos ou
e se mantém em muitas instituições até os dias atuais. particulares em sentido estrito, ou sem fins lucrativos.
Uma nova concepção de universidade surgiu em 25 de Existem no Brasil, atualmente, cerca de cinquenta
janeiro de 1934, quando o Governo de São Paulo criou a USP, universidades administradas pelo Governo Federal. Segundo
que reunia os institutos isolados existentes naquele Estado. dados do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais
A diferença em relação ao modelo anterior era que o Anísio Teixeira – Inep, Manaus possui dezenove Instituições de
vínculo entre as faculdades não se resumia apenas à parte Ensino Superior, sendo uma Estadual (UEA), duas Federais (Ufam
administrativa. Havia uma base comum de ensino utilizada por e Ifam, antigo Cefet-Am) e dezesseis Privadas.
todos os cursos – o chamado tronco comum –, estabelecido pelo Este Capítulo apresenta o surgimento e o desenvolvimento
instituto central da USP: a Faculdade de Ciências e Letras. do ensino superior na capital do Amazonas e segue a sequência
Além disso, a USP apresentava uma proposta de educação cronológica de criação das instituições.
moderna, baseada na ampliação do papel da universidade que, Inicia-se com a história da Universidade de Manáos e de
além da formação Acadêmica e Profissional, passaria a por em mais três institutos – Faculdade de Sciencias Juridicas e Sociaes
prática ações e projetos voltados ao desenvolvimento científico, de Manáos, Escola Agronômica de Manáos e Faculdade de
tecnológico e social. Pharmacia e Odontologia de Manáos – que surgiram vinculados
Mais tarde, isso se constituiu no modelo contemporâneo àquela Universidade e depois se tornaram independentes.
de universidade, composto por três elementos indissociáveis: Em seguida, são apresentados quatro Institutos Isolados de
Ensino, Pesquisa e Extensão. Ensino Superior, criados entre as décadas de 40 e 50: Escola de
O sistema federal de ensino superior começou a ser Serviço Social de Manaus, Escola de Enfermagem de Manaus,
constituído a partir de 1949, com a criação da atual Universidade Faculdade de Ciências Econômicas do Amazonas e Faculdade de
Federal de Minas Gerais – UFMG. Até essa data, apenas a Filosofia do Amazonas.
Universidade do Rio de Janeiro era federalizada. Na continuação deste Capítulo, destaca-se a história da
Nas décadas seguintes, principalmente na de 60, foram Universidade Federal do Amazonas – a mais antiga Instituição
criadas outras 29 Instituições Federais de Ensino Superior – IFES, de Ensino Superior da Cidade, em funcionamento –, seguida por
entre elas, a Fundação Universidade do Amazonas, em 1962, uma síntese histórica da Universidade do Estado do Amazonas. O
atual Universidade Federal do Amazonas – Ufam. último bloco, traz o resumo do surgimento de cinco Instituições
Nos últimos trinta anos do século XX, ocorreu uma Privadas de Ensino Superior existentes na Cidade: Ciesa, Uninilton
disseminação da Educação Superior, com o surgimento de Lins, Ceulm/Ulbra, Uninorte e Cesf.
Da esquerda para a direita: Eulálio Chaves e Astrolábio Passos, respectivamente, idealizador e diretor-geral da Escola Universitária Livre de Manáos.
In: Da Escola Universitária Livre de Manáos à Universidade Federal do Amazonas, 2004. Rosa Mendonça de Brito.
Vista do Grupo Escolar Saldanha Marinho, onde foi instalada a Escola Universitária Livre de Manáos em 1910. Acervo: Moacir Andrade.
Fachada do segundo prédio da Universidade de Manáos, na avenida Joaquim Nabuco. In: Jornal O Tempo, de 17.01.1918.
Vista do edifício da faculdade. Cartão-postal Livraria Academica. Acervo: João Bosco Araújo.
Vista da fachada principal do prédio onde funcionava a Faculdade de Direito, na praça dos Remédios. Foto: Durango Duarte.
Vista do então prédio da faculdade, localizado atrás da igreja de Nossa Senhora dos Remédios. Acervo: CCPA.
Quadro de formandos, turma de 1934. Acervo: Moacir Andrade. Fachada do prédio do curso de Farmácia. Foto: Thiago Duarte.
Fachada principal do prédio da antiga Escola de Serviço Social, na avenida 13 de Maio, atual Getúlio Vargas, esquina com rua Ramos Ferreira. Acervo: João Bosco Araújo.
Em 1º de dezembro de 1949, o então Serviço Especial de A Faculdade de Ciências Econômicas do Amazonas – FCE
Saúde Pública – Sesp, atual Fundação Nacional de Saúde, por foi criada pelo Governo Estadual, por meio da Lei 108, de 23 de
iniciativa do seu superintendente Marcolino Candau, criou dezembro de 1955, como um Órgão vinculado à então Secretaria
a Escola de Enfermagem de Manaus – EEM para preparar de Educação, Saúde e Assistência Social.
profissionais, com cursos de graduação, e formar auxiliares de Sua instalação oficial ocorreu em 2 de maio de 1958 e as
enfermagem a fim de atuarem em nossa Região. aulas iniciaram no dia 14 do mesmo mês, no térreo do prédio do
A autorização para o seu funcionamento foi concedida Instituto de Educação do Amazonas – IEA. Seu primeiro diretor
por meio da Portaria 1.051, de 14 de dezembro de 1951, do foi o cônego Pedro de Mottais e o corpo docente era composto
Ministério da Educação e Cultura, mas o seu reconhecimento pelos professores Fueth Mourão, Samuel Benchimol, José
veio somente três anos mais tarde, em 13 de dezembro de 1954. Augusto Borborema, Orlando Falcone e Aderson de Menezes.
Com capacidade para vinte alunos, instalou-se em um prédio Em abril de 1959, a Faculdade se mudou para o Grupo
estilo residencial, situado na rua Teresina, n. 495, no bairro Escolar Luizinha Nascimento, no bairro Praça 14 de Janeiro,
Adrianópolis, endereço que mantém até hoje. onde permaneceu até agosto de 1960, quando foi novamente
Em seu primeiro ano de funcionamento, a EEM registrou transferida para o prédio em que havia funcionado o
apenas seis matrículas e teve como diretora a enfermeira Rosaly Departamento de Estradas e Rodagens, na rua José Paranaguá,
Rodrigues Taborda, que permaneceu à frente dessa instituição n. 200, em frente ao antigo Comando-Geral da Polícia Militar.
até o dia 3 de dezembro de 1954. Em 1961, a FCE, que funcionava no horário noturno, passou
Na década de 70, o Ministério da Educação homologou o a dividir suas instalações com a Faculdade de Filosofia. A colação
Regimento Interno da Escola de Enfermagem de Manaus, que de grau da sua primeira turma de formandos aconteceu no
oferecia, inicialmente, o curso de graduação em Enfermagem, Teatro Amazonas, em 23 de dezembro de 1961. Era composta por
com três anos de duração, e o de Auxiliar em Enfermagem, dezessete economistas, dos quais nove se tornaram professores
com dezoito meses. Até 1975, a Escola de Enfermagem já havia da própria Faculdade.
formado 203 enfermeiros, 155 enfermeiros em Saúde Pública e A FCE manteve-se sob a responsabilidade do Governo
331 auxiliares em enfermagem. do Estado do Amazonas até 29 de julho de 1964, quando o
Em 1974, a Fundação Sesp decide ampliar a Escola para governador Arthur Reis, por meio do Decreto 68, transferiu a
atender à demanda por seus cursos. O novo edifício, com mais administração e os bens da Faculdade à recém-criada Fundação
de três mil metros quadrados, dois pavimentos, quatorze salas Universidade do Amazonas.
de aula, laboratórios, departamentos administrativos, diretório Após ser incorporada à estrutura da Universidade como
acadêmico, biblioteca, refeitório, auditório com capacidade para uma unidade acadêmica, foi denominada Faculdade de Ciências
duzentas pessoas, entre outras dependências, foi inaugurado Econômicas da Universidade do Amazonas. Reorganizada em 24
em 26 de março de 1976, com a presença do presidente da de fevereiro de 1965, agregou o curso de Ciências Contábeis e
República, Ernesto Geisel. recebeu, no ano seguinte, o de Ciências da Administração.
Duas décadas depois, de acordo com a Lei Federal 9.484, Em agosto de 1969, essa unidade foi instalada na rua Emílio
de 27 de agosto de 1997, a EEM foi incorporada à Fundação Moreira, n. 60, bairro Praça 14 de Janeiro, no antigo prédio do
Universidade do Amazonas – FUA como uma Unidade Acadêmica Seminário São José (ver Capítulo Escolas), que também abrigava
da então UA. Apesar de sua denominação atual ser Escola de a então Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras.
Enfermagem da Universidade Federal do Amazonas, ainda utiliza No ano seguinte, a Reforma do Estatuto da Universidade
a sua sigla original: EEM. do Amazonas, aprovada pelo Decreto Federal 66.810, de 30 de
junho, alterou sua denominação para Faculdade de Estudos
Sociais Aplicados e transferiu para a Faculdade de Direito
a administração do curso de Ciências Econômicas – que,
posteriormente, voltaria à sua unidade acadêmica de origem.
Em 1976, recebeu o nome que utiliza até os dias atuais:
Faculdade de Estudos Sociais – FES. Nesse tempo, a FES já
funcionava na rua Monsenhor Coutinho, local em que, hoje,
está instalada a Escola Estadual Eunice Serrano Telles de Souza.
Entretanto, as disciplinas do chamado tronco comum eram
cursadas no ICHL.
Em meados da década de 80, a FES voltou a ocupar o
imóvel da rua Emílio Moreira, onde permaneceu até 9 de janeiro
Vista do prédio da Escola de Enfermagem de Manaus, antes da ampliação. Acervo: de 2002, data em que foi definitivamente instalada no Campus
Biblioteca do IBGE – Arquivo Fotográfico Ilustrativo dos Municípios Brasileiros.
Universitário da Ufam, no bairro Coroado.
Fachada frontal e lateral do edifício da Faculdade de Filosofia do Amazonas. Acervo: Museu Amazônico.
Fachada do prédio em que foi instalada, em 1965, a Universidade do Amazonas, Fachada do prédio situado na rua Monsenhor Coutinho, onde funcionaram
situado na rua José Paranaguá. In: Da Escola Universitária Livre de Manáos as faculdades de Tecnologia e de Estudos Sociais. Acervo: Biblioteca do
à Universidade Federal do Amazonas, 2004. Rosa Mendonça de Brito. IBGE – Arquivo Fotográfico Ilustrativo dos Municípios Brasileiros.
Vista aérea do Minicampus, em primeiro plano, e o início do bairro Japiim ao fundo. Acervo: Museu Amazônico.
Entrada do Campus Universitário. Foto: Juscelino Simões. Acervo: Ascom Ufam. Corredor de acesso entre os blocos do ICHL. Foto: Juscelino Simões. Acervo: Ascom Ufam.
Vista aérea do Campus Universitário da Ufam, no bairro Coroado. No canto superior direito, o chamado Setor Norte, onde funcionam o ICHL,
a FES, a FT, entre outras unidades. Abaixo, à esquerda, o Minicampus, chamado de Setor Sul. Imagem: GoogleEarth.
Fachada do edifício da Escola Superior de Ciências da Saúde da UEA. Foto: Marcelo Borges.
Vista aérea dos blocos do Utam, quando em construção. Acervo: Arquivo Público Municipal.
BIBLIOTECAS
BIBLIOTECAS PÚBLICAS Em 1888, a Biblioteca Pública Provincial foi transferida para
uma das salas do recém-inaugurado prédio do Liceu, situado
BIBLIOTECA PÚBLICA DO na rua Municipal, atual avenida Sete de Setembro, sendo seu
ESTADO DO AMAZONAS novo diretor o bacharel Jorge Augusto de Brito Inglez. Seu
funcionamento teve início no dia 31 de julho daquele ano.
A história da Biblioteca Pública do Estado do Amazonas – Decorridos sete anos, em 1895, em razão do estado de
primeiro espaço público organizado para consulta de livros em precariedade em que se encontrava o acervo, o governador
Manaus – inicia em 1870, quando o presidente da Província, Eduardo Ribeiro transferiu o que havia restado das obras –
Clementino José Pereira Guimarães, por meio da Lei 205, de 17 muitas, incompletas ou deterioradas – para um armazém
de maio daquele ano, instituiu uma Sala de Leitura originada de localizado na praça da Constituição, atual Heliodoro Balbi,
um projeto do deputado Aprígio Martins de Menezes. próximo à rua Guilherme Moreira. Nessa época, o bibliotecário
Com um acervo aproximado de 1.200 títulos, a inauguração era Pedro Regalado Epiphanio Baptista.
dessa Biblioteca deu-se quase um ano depois, em 19 de março A Biblioteca perdeu a sua autonomia como repartição
de 1871, no então Liceu Provincial Amazonense (ver Capítulo pública em 1897, visto que a administração estadual, pelo fato de
Escolas). No final de 1873, essa Sala de Leitura foi transferida, considerá-la onerosa para os cofres do governo, a transformou
junto com o Liceu, para o térreo do Palacete Provincial, que numa seção do Departamento de Estatística. Nascia, então, a
estava para ser inaugurado. Sete anos depois, em 1880, ela Repartição de Estatística, Arquivo Público e Biblioteca e, mais
acompanhou novamente aquela escola secundarista e passou a uma vez, o acervo – que à época continha 3.165 volumes e 131
funcionar no prédio do Seminário São José. mapas – mudou de lugar, sendo transferido, em 1898, para uma
Em 1882, por meio da Lei 582, de 27 de maio, o presidente casa na rua do Progresso, hoje, Monsenhor Coutinho.
da Província, José Paranaguá, criou a Biblioteca Pública Provincial O Legislativo Estadual, por meio da Lei 254, de 9 de agosto
do Amazonas – primeira nomenclatura oficial dessa instituição. de 1899, autorizou o então governador Ramalho Júnior a
Sua inauguração ocorreu quase um ano depois, em 25 de março reorganizar a Biblioteca Pública e a desanexá-la da repartição a
de 1883, no aniversário de 59 anos da Constituição Política do que pertencia e tornou-a novamente uma diretoria autônoma.
Império do Brasil. Instalada de maneira provisória em um salão Tal medida foi regulamentada no ano seguinte, em 3 de janeiro,
no lado leste da Matriz de Nossa Senhora da Conceição, foi pelo Decreto 375-B. No entanto, somente em 1902 é que a
aberta ao público dois dias após ser inaugurada. Para facilitar o Repartição de Estatística deixaria o prédio da rua do Progresso.
acesso dos visitantes, mandou-se construir uma escada de pedra Permaneceram nesse local o Arquivo e a Biblioteca.
nos fundos da igreja, no extremo oriental do muro. Em 1905, no governo de Antônio Constantino Nery, foram
Boa parte do acervo dessa biblioteca fundada por José iniciadas as obras da construção do prédio – projetado pelo
Paranaguá era procedente da antiga Sala de Leitura. Seu quadro arquiteto paraense José Castro de Figueiredo – que iria abrigar
de pessoal era composto por Lourenço Pessoa, bibliotecário, e definitivamente a Biblioteca Pública e onde seriam também
Miguel Pereira Franco, porteiro. Até dezembro de 1883, perto de instaladas as seções de Arquivo e de Estatística. No terreno,
1.900 pessoas já haviam a frequentado. situado na rua Barroso, esquina com a antiga rua Municipal,
Área interna do segundo pavimento da Biblioteca Pública, alto da escada principal. Destaque, à esquerda, para o quadro da obra A Lei Áurea (1884),
de Aurélio de Figueiredo, pintada em óleo sobre tela. In: Manaus – amor e memória, 2004. Thiago de Mello.
Detalhe da fachada principal da Biblioteca Pública do Estado do Amazonas. Foto: Alex Pazuello.
Biblioteca administrada pelo Governo do Estado, funciona Inaugurada no dia 21 de agosto de 2002, a Biblioteca
agregada a um centro de artes infantil e é dirigida a crianças de Genesino Braga, mantida pelo Governo do Estado, é a primeira
cinco a dez anos de idade, da Alfabetização a 5ª série do Ensino de Manaus a funcionar dentro de um centro de compras – o
Fundamental. Foi inaugurada no dia 28 de novembro de 2001 e Shopping Grande Circular – localizado na avenida Autaz Mirim,
situa-se na rua Doutor Almínio, n. 73, Centro. n. 6.250, bairro São José Operário, Zona Leste da Cidade.
Além de disponibilizar títulos de suporte à educação e Seu acervo, composto por, aproximadamente, dez mil
revistas em quadrinhos, essa Biblioteca, também, oferece títulos, é formado por obras literárias sobre Sociologia, Política,
atividades recreativas e de arte-educação. Literatura, Línguas e Teologia. Possui, também, diversas
O acervo e as atividades recreativas são divididos por obras técnicas, como dicionários e enciclopédias. Em suas
estações: da Astronomia, da Ciência, do Vídeo, das Artes, do dependências funciona, ainda, uma pequena hemeroteca com
Teatro, da Brincadeira, do Conto, da Leitura e da Internet. artigos de jornais e revistas.
O prédio da Biblioteca Emídio Vaz d’Oliveira foi residência Estudantes, professores e o público em geral têm acesso
do homenageado entre as décadas de 30 e 60. Cada uma das gratuito ao acervo para empréstimos e consultas no local e
suas dependências foi aproveitada para a instalação dessa podem também acessar a internet para pesquisas. Atualmente,
unidade de informação e do centro de artes. Seu acervo atual é além do serviço de consulta e empréstimo de obras, a Biblioteca
composto por, aproximadamente, nove mil títulos. desenvolve projetos de incentivo à leitura.
Fachada principal da biblioteca. Foto: Durango Duarte. Espaço interno da biblioteca. Foto: Thiago Duarte.
Fachada principal da biblioteca. Foto: Maurília Gomes. Fachada do Igha, onde funciona a biblioteca. Foto: Durango Duarte.
A biblioteca especializada do Instituto Nacional de Pesquisas Com um acervo voltado para a temática do meio ambiente,
da Amazônia – Inpa foi inaugurada em 1º de novembro de 1954, essa biblioteca especializada denominada Biblioteca Ambiental
quatro meses após a instalação desse instituto. Originou-se do do Parque do Mindu foi criada, inicialmente, para atender a
acervo particular do botânico João Barbosa Rodrigues, fundador pesquisadores da área ambiental. Hoje, o seu acervo – disponível
do Museu Botânico do Amazonas (ver Capítulo Museus). apenas para consulta local – é muito procurado por estudantes
Com mais de cinquenta anos de atividade, essa Biblioteca dos ensinos Fundamental e Médio, além de visitantes de outros
possui um amplo acervo sobre a flora e a fauna da região Estados e até de outros países.
amazônica, além de obras de naturalistas como Darwin, Bates, Fundada em 5 de junho de 1996, essa Biblioteca está
Spix & Martius, Agassiz, Goeldi, entre outros. vinculada à Rede Nacional de Informações Ambientais –
Sua estrutura é composta por três pavilhões: no primeiro, Renima, que permite, por intermédio da página do Ibama na
são disponibilizadas salas para leitura – individual e em grupo – internet (www.ibama.gov.br) o acesso à pesquisa bibliográfica,
além de ser oferecido, gratuitamente, o serviço de internet. elaboração de bibliografias especializadas, consultas à legislação
No Pavilhão II, encontra-se a Divisão de Publicações ambiental e a outros documentos importantes.
Seriadas, que reúne um acervo de, aproximadamente, 7.400 O Parque do Mindu está localizado na avenida Perimetral,
títulos de publicações periódicas técnico-científicas, além s/n, no bairro Parque Dez de Novembro, Zona Centro-Sul, e sua
de livros, teses, separatas, materiais especiais, como mapas, biblioteca é composta, atualmente, por um patrimônio de mais
CD-ROM, DVD, microfilmes, fotografias e slides, entre outros de 2.500 títulos.
documentos científicos.
A secretaria, o auditório e os setores de processamento
técnico de material bibliográfico, de vendas e de intercâmbio
funcionam no Pavilhão III, onde também é realizada a assinatura
e a distribuição da revista Acta Amazônica. Nesse pavilhão,
disponibiliza-se, ainda, o Programa de Comutação Bibliográfica –
Comut, que permite a qualquer pessoa, por meio da interligação
de várias bibliotecas em todo o País, a aquisição de cópias de
documentos técnico-científicos, nacionais e estrangeiros.
A sede do Inpa está localizada na avenida André Araújo –
também conhecida como estrada do Aleixo –, n. 2.936, bairro
Aleixo, Zona Centro-Sul, e sua biblioteca dispõe, nos dias de
hoje, de, aproximadamente, duzentos mil títulos. Espaço interno da biblioteca. Foto: Thiago Duarte.
Espaço interno. Foto: Alex Pazuello. Vista da entrada da biblioteca. Foto: Thiago Duarte.
ARTHUR REIS
8 1 1906 A 7 2 1993 Vista do prédio da biblioteca. Foto: Alex Pazuello.
BIBLIOTECA ÉMINA BARBOSA MUSTAFA Apesar de a Associação Comercial do Amazonas – ACA ter
sido fundada em 1871, somente três décadas mais tarde, em
Criada e mantida pelo Serviço Social da Indústria no 1902, é que surgiria a ideia de se organizar a biblioteca dessa
Amazonas – Sesi-Am, a Biblioteca Émina Barbosa Mustafa foi instituição. Nesse mesmo ano, os seus associados começaram
inaugurada no dia 28 de setembro de 1980 e funciona no Clube a reunir o acervo para a organização da futura unidade de
do Trabalhador do Amazonas – CTAM, localizado na avenida informação, cujo patrimônio inicial era composto por centenas
Cosme Ferreira, n. 7.399, bairro São José Operário, Zona Leste. de publicações e títulos históricos.
Essa Biblioteca, que dispõe também de internet, tem um Após sofrer algumas reestruturações entre as décadas de 40
acervo de mais de quatro mil títulos e uma videoteca com e 80, no dia 20 de setembro de 1985, a Biblioteca foi inaugurada,
250 fitas VHS. A consulta local aos livros é permitida somente com a denominação Cosme Ferreira Filho. O empréstimo das
às pessoas que possuem a carteira de sócio do Clube do obras é vedado, porém, é oferecido um serviço de reprografia
Trabalhador, entretanto, apenas os títulos de Literatura podem para a tiragem de cópias de parte da coleção.
ser emprestados. A sede da ACA está localizada na rua Guilherme Moreira,
n. 281, Centro, e sua biblioteca detém, atualmente, acima de
dezessete mil títulos.
Interior da biblioteca, no Clube do Trabalhador do Amazonas. Foto: Fabio Nutti. Espaço interno da biblioteca. Foto: Alex Pazuello.
Essa biblioteca pertence à Grande Loja Maçônica do De propriedade da Fundação Rede Amazônica, a Biblioteca
Amazonas – Glomam, que está localizada na rua Comendador Senador Bernardo Cabral foi inaugurada em 30 de abril de
Clementino, n. 296, Centro, e cuja inauguração ocorreu em 18 2004 e está localizada em um edifício de dois andares, na praça
de setembro de 1996. No início de suas atividades, o acervo Francisco Pereira da Silva – popularmente conhecida como Bola
era disponibilizado apenas para o público interno e continha da Suframa –, n. 149, bairro Crespo, Zona Sul.
somente títulos maçônicos. Seu público é composto, principalmente, por alunos dos
Entre as obras específicas existentes, há, por exemplo, os cursos oferecidos pela Fundação Rede Amazônica, mas atende,
registros de todos os maçons do Amazonas e das primeiras lojas também, a estudantes de escolas públicas e pesquisadores
existentes no Estado, bem como as atas e cartas de alforria da de modo geral. Ao todo, a Biblioteca tem, aproximadamente,
época da libertação dos escravos – que possuem relevância seiscentas obras em seu acervo, como vídeos, livros, jornais dos
histórica, porque a então Província do Amazonas foi a segunda anos de 1919 a 1959 e documentos.
do País a abolir a escravidão, em 10 de julho de 1884, conquista Mesmo especializada nos temas Amazônia e Comunicação
que teve a participação efetiva dos maçons. Social, a Biblioteca Senador Bernardo Cabral é detentora de
Posteriormente, foram agregadas bibliografias de diversas obras relacionadas a outras áreas do conhecimento: Literatura
áreas e permitida a sua visitação ao público em geral. O atual Brasileira e Regional, História, Economia, Indústria de Plástico e
acervo da Biblioteca Mário Verçosa dispõe de mais de cinco Ciências Jurídicas, sendo que as obras referentes a esse último
mil títulos e abrange as áreas de Filosofia, História, Geografia, tema foram doadas pelo próprio Bernardo Cabral. Seus usuários
Matemática, Física, Biologia e Moral e Cívica. Podem ainda ser podem dispor, ainda, de computadores para acesso à internet,
encontradas obras de escritores amazonenses, entre outras. mediante o pagamento de uma taxa/hora.
Fachada da biblioteca. Foto: Maurília Gomes. Vista do prédio da biblioteca. Foto: Maurília Gomes.
MUSEUS
MUSEUS EXTINTOS Em 6 de julho de 1888, quando o presidente da Província era
o padre Raimundo Amâncio de Miranda, o Museu Botânico foi
MUSEU BOTÂNICO DO AMAZONAS transferido do palacete do Barão de São Leonardo para o porão
do prédio do Liceu – hoje denominado Colégio Amazonense D.
O Museu Botânico Provincial do Amazonas foi criado pela Pedro II (ver Capítulo Escolas).
Lei 629, de 18 de junho de 1883, na administração provincial de Decorridos três dias dessa mudança de endereço, foi
José Paranaguá e instalado somente no ano seguinte, em 16 de publicado o Regulamento 63, que reorganizava o museu e
fevereiro, na chácara Caxangá, alugada pela Província. determinava, em seu artigo 9º, a publicação de uma revista em
Seu funcionamento foi estabelecido pelo Regulamento 49, que seriam divulgados os trabalhos realizados pela instituição.
de 22 de janeiro de 1884, que definiu, entre outras coisas, as A publicação recebeu a denominação Vellosia, em
normas de visitas ao museu, aberto ao público geral apenas aos homenagem ao frei José Mariano da Conceição Velloso,
domingos, sendo o restante dos dias da semana destinados aos considerado o primeiro botânico do Brasil. Contudo, a revista
naturalistas nacionais e estrangeiros. teve curta passagem pelo meio científico, visto que foram
Dirigido por João Barbosa Rodrigues, pesquisador botânico publicadas somente duas edições: a primeira, em 1888, e a
dedicado ao estudo das orquídeas – entre outras espécies da segunda, em 1891.
flora brasileira –, destinava-se, originalmente, à realização de Após a mudança para o prédio do Liceu, o Museu Botânico
um trabalho voltado para a catalogação da flora amazonense e do Amazonas passou por grandes dificuldades financeiras, até
à extração e ao estudo de material botânico para a aplicação na que, em 1890, foi extinto pelo governador Ximeno de Villeroy,
medicina e na indústria, além de executar estudos voltados para pelo Decreto 42, de 25 de abril. Thaumaturgo de Azevedo, assim
a etnologia das tribos indígenas da região amazônica. que assumiu o destino da Província em 1891, restabeleceu o
Em 1884, o Museu Botânico foi transferido do seu local museu, mas a efetiva reorganização desse espaço museológico
inicial para outra chácara, de propriedade do Barão de São somente ocorreria em 1897, no governo de Fileto Pires Ferreira,
Leonardo, localizada na rua Ramos Ferreira, com 126 metros de reinstalado em um próprio estadual. Nesse mesmo ano, recebeu
frente e 324 de fundo, prédio ocupado pelo Instituto Benjamin a denominação de Museu Amazonense e passou a ter como
Constant desde a sua criação. anexo um horto botânico.
Dois anos depois, esse espaço museológico já continha um As últimas referências encontradas sobre o seu
acervo formado por uma coleção de plantas – também chamada funcionamento datam da primeira década do século XX, quando
de erbário –, com 1.281 espécies amazônicas e oitocentas estava prevista sua transferência para o Bosque Municipal, situado
espécies dos Estados Unidos da América, doadas à Província na avenida Constantino Nery, nas proximidades do igarapé da
pelo botânico John Donnell Smith, além da seção de Etnografia, Cachoeira Grande. Nessa época, o Museu Amazonense, cuja
com mais de 1.100 objetos indígenas, oriundos de sessenta direção estava confiada a J. Bach, recebeu de empresários locais
tribos amazônicas. doações de alguns espécimes da fauna amazônica.
Plano do Laboratório do Museu Botânico do Amazonas (pavimento térreo). In: Revista Vellosia, 1891.
Peças de cerâmica indígena. In: Revista Vellosia, 1891. Vista do edifício da ACA. In: Annuario de Manáos 1848-1948.
Urna funerária indígena de dois mil anos, encontrada durante a reforma da praça Dom Pedro II, em 2003. Foto: Fabio Nutti.
Busto de Moacir Andrade, rodeado de fotografias e certificados do Mostruário com as obras literárias de Moacir Andrade.
homenageado, em exposição no museu. Foto: Maurília Gomes. Foto: Maurília Gomes.
Mostruário de moedas do museu. Foto: Alex Pazuello. Moedas asiáticas: canoa, de porcelana e outras. Foto: Fabio Nutti.
Fachada do Centro Cultural Palacete Provincial, na praça Heliodoro Balbi (da Polícia). Foto: Durango Duarte.
Centro de Artes Chaminé, que abrigou a pinacoteca na década de 90. Foto: Alex Pazuello. Vista da Vila Ninita, onde a pinacoteca funcionou de 2000 a 2008. Foto: Fabio Nutti.
Interior da pinacoteca, quando a mesma funcionava na Vila Ninita. Foto: Alex Pazuello. Obra intitulada Imortalidade, de autoria do artista plástico Branco e Silva. Foto: Fabio Nutti.
CRISANTO JOBIM
18 11 1879 A 14 8 1940
Escarradeiras holandesas. Foto: Fabio Nutti. Instrumentos musicais. Foto: Fabio Nutti.
Fachada do prédio das irmãs salesianas. À esquerda, a entrada do Museu do Índio. Foto: Alex Pazuello.
Fachada do edifício do Museu do Porto. Foto: Durango Duarte. Fachada do prédio do museu. Foto: Thiago Duarte.
MUSEU DA AMAZÔNIA
Ciências
HOTÉIS
DO INÍCIO DO CICLO DA ou qualquer casa pública de aposentos a terem um livro de
BORRACHA ATÉ A DÉCADA DE 40 registro com os nomes de todas as pessoas hospedadas. Além
disso, os estabelecimentos deveriam apresentar à Secretaria de
Entre 1877 e 1898, registra-se a existência do Hotel de Segurança, todos os dias, até as 9h da manhã, um boletim com
França, pertencente a Dino Montini & Cia; do Hotel Protetor as ocorrências do dia anterior. Aos que abrigassem meretrizes
dos Seringueiros, de Gomes & Almeida, na rua da Instalação, n. e fosse comprovada a utilização dos seus aposentos para “atos
26; do Hotel Nova Esperança, de Domingos Garcia Esteves, na contrários a moral pública e aos bons costumes”, o fechamento
rua da Matriz, atual Lobo D’Almada, n. 18; do Hotel Avenida, de seria a punição imposta pela Superintendência Municipal.
Francisco Alves da Costa, na avenida do Palácio, atual Eduardo Em 1900, a Diretoria de Estatística fez um levantamento
Ribeiro, n. 14; do Hotel Rio Lessa, de Gonçalves & Baptista, sobre a movimentação de hóspedes nos hotéis existentes na
também na avenida do Palácio, e do Grande Hotel Internacional, Cidade. Dessa relação, em que aparecem os nomes de trinta
de A. Sinot & Cia., na rua dos Remédios, atual Miranda Leão. estabelecimentos, os cinco mais frequentados durante aquele
Completam essa lista o Hotel Europeu, na rua Saldanha ano foram o Hotel Restaurante Central, com 883 hóspedes; o
Marinho e o Grande Hotel Central, na avenida Eduardo Ribeiro, Hotel do Porto, de Teixeira Felix & Cia, na rua dos Remédios, n.
ambos de propriedade de Antônio Soares Maganinho; o Hotel 22, com 515; o Hotel de França, com 423; o Hotel Cassina, com
Cova da Onça, na rua Guilherme Moreira, de Alves & Cia.; o 386, e o Hotel Français, na avenida Eduardo Ribeiro, esquina
Hotel Pingarilho, na rua Guilherme Moreira; o American Hotel com a rua Saldanha Marinho, com 377.
Familiar, na avenida Eduardo Ribeiro, n. 39; o Splendide Hotel, Até 1920, além dos estabelecimentos já citados
na rua Municipal, atual avenida Sete de Setembro, n. 143 e 144; anteriormente, aparecem, também o Hotel Esperança, cujo
o Hotel Cearense, na rua dos Barés, n. 25; o Hotel Madeira, proprietário era Rufino Correia da Silva e se situava na rua da
de Manoel Francisco Dias; o Grande Hotel Familiar, de Manoel Matriz, atual Lobo D’Almada, n. 28; o Hotel Universal, do Careca
Ferreira Bulcão, e mais os hotéis do Comércio, Faneco e o famoso Velho, na rua da Instalação, n. 22; o Hotel Internacional, de
Hotel Cassina (ver página 249). Antônio Borsa, na rua Marechal Hermes, atual Miranda Leão,
Em 1899, a Intendência Municipal aprovou a Lei 178 que n. 13, 15 e 17; Hotel Familiar, de A. Gonçalves, entre as ruas
obrigava os proprietários de hotéis, hospedarias, estalagens Municipal e Demétrio Ribeiro; Hotel Adamastor, de Francisco
Da esquerda para a direita: Anúncios do Hotel Français e do Hotel da Madama. In: Annuario de Manáos 1913-1914.
Anúncio do Hotel Cassina. In: Album Descriptivo Amazônico, 1899. Arthur Caccavoni.
Fachada do edifício do Hotel Cassina. In: O Estado do Amazonas, 1899. Anúncio. In: Album Descriptivo Amazônico, 1899. Arthur Caccavoni.
FLAT
O Palace Hotel localiza-se na avenida Sete de Setembro, n. O Lord Hotel foi fundado em 23 de novembro de 1959,
593, esquina com a rua da Instalação, Centro. De propriedade por David e Maria Tadros, e sua construção foi financiada pelo
de Jaber e Abrahim Nadaf, sua inauguração ocorreu em 31 de antigo Banco do Estado do Amazonas – BEA. Ressalte-se que
janeiro de 1953, com quarenta apartamentos. Seu primeiro a empresa Tadros & Cia. já atuava no mercado de Manaus no
gerente foi Diaz Gobinez. ramo de exportação de produtos regionais e comercialização da
Esse hotel foi instalado em um prédio quase centenário, borracha. O Hotel foi inaugurado em 13 de junho de 1960, na
onde funcionou, por um longo período, a extinta Casa Kahn rua Marcílio Dias, n. 118, Centro.
Polack. Apesar do seu edifício ter sofrido algumas reformas e Posteriormente, com a aquisição de um terreno localizado
adaptações ao longo dos anos, seu estilo arquitetônico, com também na rua Marcílio Dias, esquina com a Quintino Bocaiúva,
dezesseis portas em forma de arcos, no térreo, foi mantido. os proprietários iniciaram a construção do atual edifício, cuja
Em 2001, após a revitalização do centro antigo de Manaus, inauguração aconteceu em 8 de outubro de 1965. A solenidade
sua fachada foi recuperada por meio do Projeto Manaus Belle teve a presença de diversas autoridades, como o então
Époque, coordenado pela Secretaria de Estado da Cultura – SEC. governador Arthur Reis, sua esposa Graziela Reis – a quem
O prédio pertence, hoje, ao Patrimônio Cultural de Manaus coube a responsabilidade de cortar a fita inaugural – e, ainda, a
(Decreto Municipal 7.176, de 10 de fevereiro de 2004). Miss Brasil 1965, Maria Raquel.
Atualmente, o Palace oferece 68 leitos, distribuídos por 33 Esse novo prédio continha 53 Unidades Habitacionais, das
Unidades Habitacionais. Além da atividade hoteleira, esse prédio quais trinta estavam equipadas com ares-condicionados, além
abriga, em seu térreo, uma financeira e algumas lojas. de um restaurante internacional no 6º andar. A gerência do hotel
ficou sob o comando de Paulo da Costa Góes.
No início da década de 70, passou a oferecer aos hóspedes
os serviços de lavanderia e telefones nos apartamentos. A
partir de janeiro de 1980, construiu-se mais um andar, até hoje
ocupado pelo salão de reuniões, com capacidade para oitenta
pessoas. O restaurante foi transferido do 6º andar para o térreo.
Anos mais tarde, o Lord Hotel associou-se à rede Best Western
Internacional e a ela permaneceu vinculado de 1991 a 2007.
Atualmente, o prédio desse hotel disponibiliza 191 leitos,
distribuídos em 103 Unidades Habitacionais, que ocupam os seis
primeiros andares do edifício.
Fachada atual do edifício do Palace Hotel. Foto: Alex Pazuello. Fachada atual do prédio do Lord Hotel. Foto: Durango Duarte.
CINEMAS
CASINO THEATRO JULIETA / GUARANY ao Governo Estadual – por meio de abaixo-assinado, cartas e
matérias em jornais – que intercedesse pelo tombamento do
Apesar de ter sido inaugurado em maio de 1907, o Casino- imóvel e o transformasse em um espaço cultural.
Theatro Julieta somente viria a se tornar uma sala de cinema No entanto, essa iniciativa não vingou e a demolição do
propriamente a partir de agosto daquele ano. Até então, os prédio deu-se entre 23 de setembro e 8 de outubro de 1984.
filmes dividiam espaço na programação com os divertissements Em seu lugar, foi construída uma agência bancária.
– números teatrais, musicais ou de humor. A projeção de
filmes ganhou mais espaço na programação em razão do
descontentamento do público com os cancionistas.
A casa de espetáculos possuía 1.500 lugares e funcionava
na rua Municipal, hoje, avenida Sete de Setembro. Sua entrada
principal ficava de frente para a praça da Constituição, atual
Heliodoro Balbi. A denominação Julieta foi uma homenagem
à filha do engenheiro Lauro Baptista Bittencourt, dono do
estabelecimento e o arquiteto responsável pela construção do
prédio. Esse cinema deixou de aparecer nos periódicos locais a
partir de novembro de 1911.
Em 17 de fevereiro de 1912, sob a gerência da Empresa
Luso-Amazonense, essa sala reabre como Cine-Theatro Alcazar.
Com essa nova denominação, deixa de ser mencionado nos Vista da fachada do então Cine-Theatro Alcazar. In: Jornal A Crítica, de 29.11.1999.
Vista aérea do cruzamento das avenidas Sete de Setembro e Floriano Peixoto, onde se vê os prédios dos cinemas Guarany (1) e Polytheama (2). Acervo: Museu Amazônico.
Em toda sua história, o Cinema Avenida passou por três Existiram dois estabelecimentos com a denominação
fases, mas sempre na avenida Eduardo Ribeiro. Na primeira, Polytheama. Um deles foi uma casa de diversões e botequim,
foi inaugurado em 28 de novembro de 1909 e desapareceu dos inaugurada em agosto de 1899, na esquina da avenida Eduardo
jornais em dezembro do mesmo ano. Funcionava em um prédio Ribeiro com a rua Henrique Martins. As projeções de filmes nesse
ao lado do Canto das Novidades. local iniciaram somente em outubro de 1900. Em novembro
Depois, em 20 de outubro de 1912, a Empresa J. Moraes de 1906, foi transferido para outro ponto da avenida Eduardo
& Cia. abriu um outro cinema com a mesma denominação, ao Ribeiro, esquina com a rua 24 de Maio. Nesse novo endereço,
lado do Restaurant Français – em que, atualmente, funciona recebeu a denominação Theatro Polytheama e ali funcionou até
uma agência bancária. Esse Cinema Avenida desaparece dos janeiro de 1907.
anúncios no início do ano seguinte. Como sala propriamente para exibição, o Cine-Theatro
Em sua última fase, é inaugurado em 27 de março de 1936 Polytheama – que não tinha relação alguma com o anterior, a
pela Cinema Avenida Ltda., de Antônio Lamarão e de Aurélio não ser o nome – foi inaugurado em 14 de julho de 1912 pela
Antunes, e funcionava no prédio da Manaus Arte – loja de Empresa J. Fontenelle & Cia. Funcionava na esquina da rua
equipamentos cinematográficos e fotográficos, da firma J. G. Municipal com a avenida 13 de Maio, respectivamente, as atuais
Araújo. Sua capacidade era de 642 lugares e seu filme de estreia avenidas Sete de Setembro e Getúlio Vargas. Sua capacidade de
foi Voando para o Rio. Permaneceu ativo até 2 de julho de 1973, lotação era de 1.500 lugares.
depois, o imóvel foi vendido para o Grupo Benchimol.
Esquinas das atuais avenidas Sete de Setembro e Getúlio Vargas, com vista da
fachada do Cine Polytheama, à direita. Cartão-postal Livraria Acadêmica.
Foto: G. Huebner & Amaral. Acervo: Joaquim Marinho.
...e na década de 70. Foto: Nonato Oliveira. Detalhe da fachada do prédio em que funcionou o Cine Polytheama. Foto: Durango Duarte.
No dia 21 de fevereiro de 1913, a empresa Moreira, Lages Inaugurado em 23 de novembro de 1946 na rua Jonathas
& Cia. inaugurou o Cinema Odeon, na avenida Eduardo Ribeiro, Pedrosa, n. 166/170, Centro, ao lado da casa do cineasta Silvino
esquina com a rua Saldanha Marinho. O primeiro filme a ser Santos, o Cine Éden possuía capacidade para mil lugares. O
exibido foi Os Filhos do General e sua capacidade de lotação era primeiro filme exibido nessa sala foi Brazil, produção norte-
de 380 lugares. O Cine Odeon foi o único espaço, à época, que americana dirigida por Robert North e musicada por Ary Barroso.
oferecia somente filmes e, por isso, foi construído sem palco. Inicialmente, era de propriedade da Empresa Cine Éden Ltda.,
Esse cinema funcionava ao lado da Casa de Schopps – de de Aníbal Augusto Batista e Oscar Antunes Ramos. Em 23 de
propriedade do industrial Maximino de Miranda Corrêa –, julho de 1948, foi comprado pela Empresa J. Fontenelle & Cia.
onde era produzida a cerveja XPTO. Em 1914, Corrêa comprou Funcionou como Éden até 30 de junho de 1973.
o cinema, reformou-o e reinaugurou-o em 3 de maio. No fim Três meses depois, a Empresa A. Bernardino & Cia. Ltda./
desse ano, arrendou a sala para a empresa J. Fontenelle & Cia. Grupo Daou comprou o prédio e o reformou em seguida. A sala
Em 1943, essa empresa comprou o Odeon e a Casa de Schopps. reabre como Cine Veneza em 10 de abril de 1974 com o filme O
Em 22 de janeiro de 1952, essa sala foi fechada. Depois de Destino do Poseidon. Possuía seiscentos lugares e permaneceu
passar por uma grande reforma, com significativas alterações com esse nome até 3 de março de 1984.
em suas características arquitetônicas, tornou-se a primeira Sob a administração da Empresa Cinemas de Arte Ltda. – de
sala exibidora da Cidade a possuir sistema de ar-condicionado. Joaquim Marinho e Antônio Gavinho –, foi reinaugurado em 10
A reinauguração aconteceu no dia 14 de agosto de 1953 com a de março de 1984 com a denominação Cine Novo Veneza. Em
exibição do filme Ivanhoé, o Vingador do Rei. sua estreia, foi exibido o filme Águia na Cabeça. Encerrou suas
O Grupo Severiano Ribeiro – Empresa de Cinemas São Luiz – atividades em 30 de março de 1985.
em 1963, arrendou esse cinema por dez anos. Em 1969, o Odeon Em outubro de 1987, o empresário Dahilton Cabral adquiriu
foi sede do 1º Festival Norte de Cinema Brasileiro, realizado em o prédio e deu início a reformas no edifício. A reinauguração
comemoração ao aniversário de 300 anos de Manaus. do cinema ocorreu quase dois anos depois, em 21 de junho de
Quatro anos depois, em 22 de junho de 1973, a sala encerrou 1989, com o nome Cine Teatro Guarany, uma homenagem ao
suas atividades, sendo A Mancha do Passado seu último filme antigo Cine Guarany, demolido em 1984. O filme exibido em sua
em cartaz. O prédio, de propriedade de Alberto Carreira da Silva, abertura foi Princesa Xuxa e Os Trapalhões.
foi vendido e a Construtora Adolpho Lindenberg o demoliu para A ideia de Dahilton Cabral era levar ao público sessões
a construção do edifício Manaus Shopping Center. de cinema com lançamentos de filmes inéditos, além de
apresentações teatrais. O Cine Teatro Guarany aparece em
anúncios de jornais até novembro de 1990. Depois, foi sede de
uma igreja evangélica e, atualmente, serve como depósito para
uma empresa do Pólo Industrial de Manaus.
Cartaz do Cinema Odeon. Década de 20. Vista do Cine Éden, com sua fachada original. À esquerda, a residência do cineasta
Silvino Santos. Década de 50. Foto: Coleção Silvino Santos. Acervo: Museu Amazônico.
A inauguração do Casino Julieta, em 21 de maio de 1907, O Cinema Equitativa pertencia à Empresa de Seguros
incentivou o surgimento de mais espaços específicos para cinema, Equitativa do Brasil e é mecionado nos jornais de julho a agosto
como o Salão Amazonas, que começou suas atividades em 24 de de 1911. Situava-se na rua Municipal, hoje, avenida Sete de
junho de 1908. Funcionou por sete meses e se localizava na rua Setembro, n. 90, em frente ao atual Banco da Amazônia.
Governador Vitório, Centro, próximo à estação dos bondes.
RECREIO AMAZONENSE
Fachada principal do Cinema Equitativa. In: Álbum Vistas de Manaus, [s. n.].
Anúncio do Cinema Alhambra. In: Jornal Folha do Amazonas, de 02.11.1912. Vista lateral da fachada do Cine Rio Branco. In: Album do Amazonas 1901-1902.
O Cinema Rio Negro, de J. Couto, inaugurou-se em 1º de Vista da avenida Epaminondas. À direita, edifício do Cine Manáos. Acervo: Moacir Andrade.
CINEMA POPULAR / CINE POP O Cinema Natureza era uma sala ao ar livre. Inaugurado
em 3 de outubro de 1927, na praça da Vila, hoje, praça Nossa
O primeiro Cinema Popular iniciou suas atividades em 1º Senhora de Nazaré, na então Vila Municipal, atual bairro
de janeiro de 1920, na avenida Joaquim Nabuco, n. 157, Centro. Adrianópolis, Zona Centro-Sul, suas sessões eram acompanhadas
Pertencente a Álvaro do Rego Barros, deixou de ser mencionado de execução de música pela Jazz Band Sucupira. Exibia os filmes
pelos jornais no mesmo ano da sua inauguração. da programação da empresa J. Fontenelle & Cia.
Em 14 de novembro de 1926, a empresa J. Fontenelle & Cia.
inaugurou uma sala com a mesma denominação Cinema Popular, IDEAL CINE THEATRO
na rua Silva Ramos, n. 190, no bairro Alto de Nazaré, área que,
hoje, faz parte do Centro. O filme de estreia foi O Prêmio da De propriedade de Aprígio de Menezes, o Ideal Cine-
Vitória. Permaneceu em atividade até 28 de junho de 1972. Theatro foi inaugurado em 24 de março de 1928 com o filme
Sob a administração de Luiz de Moraes, essa mesma sala é A Filha da Lua. Localizava-se no antigo bairro dos Tócos, atual
reaberta em 6 de janeiro de 1977 com o nome Cine Pop e seu Nossa Senhora Aparecida, Zona Sul. Deixou de ser mencionado
primeiro filme exibido foi Simbad, O Marujo Trapalhão. Possuía nos jornais em 1930. O cinema realizava as suas sessões na sala
capacidade para trezentas pessoas, sendo mencionado pela de uma casa situada na rua Xavier de Mendonça.
última vez nos jornais em outubro de 1979. Em seu lugar existe,
atualmente, uma loja de tintas. CINE GLÓRIA
CINEMA ÍRIS
Fachada do Cinema Popular. Acervo: Jornal do Commercio.
CINE OPERÁRIO
Fachada principal do Cine Constantinópolis, depois Cine Rex. In: O Jornal, [s. n.]. Fachada principal do Cine Ideal. Década de 70. Acervo: Jornal do Commercio.
O Cine Ipiranga foi inaugurado em 8 de outubro de 1959, O Auto-Cine Marrocos, da empresa Mazaltob Ltda., de
na antiga praça General Carneiro, no bairro Cachoeirinha. O local Abraham Benmuyal e Syme Pazzuello, foi inaugurado no dia
possuía, aproximadamente, 1.500 lugares e estreou com o filme 1º de setembro de 1975 com o filme Contrato em Marselha.
Adeus às Armas. A sala pertencia à empresa A. Bernardino & Localizava-se na estrada Torquato Tapajós, no bairro Flores, Zona
Cia. Ltda. Entre janeiro e outubro de 1980, o Ipiranga passou Centro-Sul, ao lado do Clube Municipal.
por algumas reformas e teve sua capacidade reduzida para Foi o primeiro cinema do gênero drive-in no Amazonas
quinhentos lugares. Deixa de ser mencionado nos jornais em e no Norte do Brasil, com capacidade para trezentos carros.
novembro de 1983 e torna-se, posteriormente, uma filial de Possuía tela panorâmica, medindo 18x10m, considerada uma
uma rede de eletrodomésticos. das maiores do País, à época. Seu último anúncio em jornal data
de 1º de setembro de 1976.
STUDIO CENTER
CINEMA 2
CINE PALACE
O Cinema 2 foi inaugurado em 23 de julho de 1977, na
Outro cinema de propriedade da empresa A. Bernardino rua José Clemente, Centro, no subsolo do prédio da rádio Rio
& Cia. Ltda., o Cine Palace funcionava na antiga Boulevard Mar, local antes ocupado por um auditório. O filme exibido em
Amazonas, atual avenida Álvaro Botelho Maia, esquina com a rua sua inauguração foi Tubarão. Pertencia à empresa Cinema do
Ferreira Pena, no Centro. Sua inauguração aconteceu no dia 18 Amazonas Ltda., de Jesus W. Leong e Orsine Oliveira. Em 1981,
de novembro de 1965 com o filme A Queda do Império Romano. a razão social dessa empresa mudou para J. W. Leong Ltda. Com
Em 20 de dezembro de 1966, o desabamento de parte do seu 314 lugares, esse cinema encerrou as suas atividades em 3 de
teto ocasionou a paralisação temporária das sessões. O Palace outubro de 1987.
seria reaberto somente em julho de 1967. Suas atividades foram
encerradas no primeiro semestre de 1973. Em seguida, cedeu
lugar a um supermercado. Hoje, esse prédio está fechado.
Fachada principal do Cine Palace. Década de 70. Detalhe da fachada do Cinema 2, com cartazes dos filmes em exibição.
Acervo: Jornal do Commercio. In: Jornal do Commercio, de 04.01.1987.
Além do Cine Novo Veneza (ver página 258), a empresa O Cinema Novo, localizado também na avenida Joaquim
Cinemas de Arte Ltda. abriu mais cinco salas de exibição na Nabuco, foi a segunda sala de Jesus Leong e Orsine Oliveira
década de 80 – Chaplin, Oscarito, Grande Otelo, Carmem e inaugurou-se em 15 de abril de 1981 com o filme O Nimitz
Miranda e Cantinflas – e mais quatro na década de 90 – Renato Volta ao Inferno. Funcionou até 26 de dezembro de 1991, depois
Aragão, uma sala no extinto Nova Shopping e mais duas em um ocupou uma igreja evangélica e hoje abriga um teatro de uma
centro comercial da Zona Leste da Cidade. universidade particular. Sua capacidade era de 404 lugares.
O Cine Chaplin foi inaugurado em 21 de abril de 1980 com Localizado na rua Ramos Ferreira, Centro, o Cine Oscarito
o filme Bye, Bye Brasil, de Cacá Diegues. Em sua avant-première, exibiu, em sua pré-inauguração, no dia 20 de setembro de
realizada no dia anterior, foi exibido o documentário Chaplin, seus 1981, o documentário Assim Era a Atlântida. Na plateia, estava
Filmes, sua Comédia, sua Arte. Localizado na avenida Joaquim presente a viúva de Oscarito, Margot Louro. No dia seguinte,
Nabuco, Centro, tinha capacidade para trezentos lugares. Deixa foi exibido ao público o filme A Dama das Camélias. A partir
de ser anunciado nos jornais a partir de novembro de 2002. de novembro de 2001, não há mais registro de anúncio desse
cinema em jornal. Nesse mesmo ano, foi transferido para a rua
Dez de Julho e substituiu o Cine Renato Aragão (ver página 264).
Funciona até os dias atuais com sua denominação original.
Cartaz original do filme de estreia do Cine Chaplin: Bye, Bye Brasil. Fila na entrada do Cine Grande Otelo. Acervo: A Crítica.
O Cine Carmen Miranda inaugurou-se no dia 20 de O Cantinflas foi inaugurado em 8 de outubro de 1987 e
novembro de 1986, na rua 24 de Maio, esquina com a rua funcionava no mesmo local onde existiu o Cinema 2 (ver página
Joaquim Sarmento, Centro. Em abril de 1992, não aparece mais 262). Seu filme de estreia foi Uma Noite Alucinante – A Morte do
em anúncios de jornal. O filme exibido em sua estreia foi A Hora Demônio. Desaparece dos anúncios em abril de 1992.
do Lobisomem.
Detalhe da fachada principal do Cine Qva Non. Vista da fachada principal do Cine Renato Aragão, em 2000.
In: Jornal A Notícia, de 10.05.1987. Acervo: Jornal do Commercio.
CINE PREMIÈRE
CINEMAIS
terceiro colocado.
Os demais foram: A Grande Enchente, de Guilherme
Shermuly Santos e Joaquim Bernardo Dias dos Santos; Igual a
Mim, Igual a Ti, de Roberto Kahane e Plástica e Movimento, de
Felipe Lindoso e Roberto Kahane. Os filmes participantes foram
produzidos em 16 milímetros, mudo, e oito milímetros, sonoro.
Entre 19 e 26 de outubro de 1969, no Cinema Odeon,
foi realizado o 1º Festival Norte de Cinema Brasileiro em
comemoração ao Tricentenário de Manaus, organizado pelo
Departamento de Turismo e Promoção do Estado – Depro.
A obra vencedora foi a comédia Macunaíma, filme dirigido
e roteirizado por Joaquim Pedro de Andrade. Aliás, ressalte-
se que esse filme foi apresentado sem cortes, na abertura do
festival, em plena ditadura militar. Gravação de cena de filme. Acervo: Roberto Kahane.
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Relatório da Presidência da Província do Amazonas. Manáos, 1882 e
1884. Mensagem do Presidente da Província. Manáos, 1880.
Relatório da Presidência da Província do Amazonas. Manáos, 1886 e Mensagem do Presidente da Província. Manáos, 1883 e 1884.
1889. Mensagem do Presidente da Província. Manáos, 1888 e 1889.
Relatório da Presidência da Província do Amazonas. Manáos, 1893 e Mensagem do Governador do Estado. Manáos, 1893 e 1898.
1894.
Mensagem do Governador do Estado. Manáos, 1900 e 1903.
Relatório da Presidência da Província do Amazonas. Manáos, 1901.
Mensagem do Governador do Estado. Manáos, 1905.
Relatório da Presidência da Província do Amazonas. Manaus, 1931 e
1932. Mensagem do Governador do Estado. Manáos, 1915.
Relatório da Presidência da Província do Amazonas. Manaus, 1955. Mensagem à Assembleia Legislativa do Estado. Manáos, 1916 e 1926.
Relatório da Presidência da Província do Amazonas. Manaus, 1968 e Mensagem à Assembleia Legislativa do Estado. Manáos, 1927 e 1930.
1969.
Mensagem do Governo do Estado. Manáos, 1935 e 1937.
Relatório do Governador Danilo Duarte de Mattos Areosa 1967- 1971.
Manaus, 1971. Mensagem do Governo do Estado do Amazonas. Manaus, 1939.
Mensagem do Governador do Estado. Manaus, 1948 e 1950.
Exposições Mensagem do Governador do Estado. Manaus, 1952 e 1962.
Exposição apresentada ao Presidente da Província do Amazonas. Pará, Mensagem à Assembleia Legislativa do Estado. Manaus, 1963 e 1973.
1851. Mensagem à Assembleia Legislativa do Estado. Manaus, 1974 e 1984.
Exposição apresentada ao Vice-Presidente da Província do Amazonas. Mensagem à Assembleia Legislativa do Estado. Manaus, 1985 e 1994.
Cidade da Barra do Rio Negro, 1853.
Mensagem à Assembleia Legislativa do Estado. Manaus, 1996 e 2002.
Exposição apresentada ao Presidente da Província do Amazonas. Cidade
da Barra do Rio Negro, 1856 e 1857. Mensagem à Assembleia Legislativa do Estado. Manaus, 2007 e 2008.
Exposições
Exposição apresentada à Intendência Municipal de Manáos. Manáos,
1917
Exposição apresentada à Intendência Municipal de Manáos. Manáos,
1921.
Exposição apresentada à Intendência Municipal de Manáos. Manaus,
1935.
Mensagens
Mensagem ao Conselho Municipal de Manáos. Manáos, 1866.
Mensagem ao Conselho Municipal de Manáos. Manáos, 1899 e 1903.
Mensagem ao Conselho Municipal de Manáos. Manáos, 1904 e 1914.
Mensagem à Intendência Municipal de Manáos. Manáos, 1915 e 1916.
Mensagem à Intendência Municipal de Manáos. Manáos, 1918 e 1922.
Mensagem à Intendência Municipal de Manáos. Manáos, 1924.
Mensagem do Prefeito à Câmara Municipal de Manáos. Manáos, 1926.
Mensagem do Prefeito à Câmara Municipal de Manaus. Manaus, 1928
e 1930.
Mensagem do Prefeito à Câmara Municipal de Manaus. Manaus, 1932
e 1933.
Mensagem do Prefeito à Câmara Municipal de Manaus. Manaus, 1935
e 1936.
Mensagem do Prefeito à Câmara Municipal de Manaus. Manaus, 1958
e 1959.
Mensagem do Prefeito à Câmara Municipal de Manaus. Manaus, 1965
e 1966.
Mensagem do Prefeito à Câmara Municipal de Manaus. Manaus, 1968
e 1969.
Mensagem do Prefeito Municipal de Manaus. Manaus, 1973.
Mensagem do Prefeito Municipal de Manaus. Manaus, 1976 e 1978.
Mensagem do Prefeito Municipal de Manaus. Manaus, 1980 e 1985.
Mensagem do Prefeito Municipal de Manaus. Manaus, 1988.
Mensagem do Prefeito Municipal de Manaus. Manaus, 1990 e 1991.
Mensagem do Prefeito Municipal de Manaus. Manaus, 2000 e 2003.
Mensagem do Prefeito Municipal de Manaus. Manaus, 2005 e 2006.
Mensagem do Prefeito Municipal de Manaus. Manaus, 2008.